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Peet tc} Emap tyson iy evel ne Onn eH Pee rn er ee eee Cee eet eee Lanne eee ead Laan eeees Supervisio de Arte pores poe Seal engin paieny Pema Saad See ea Ce roy Diagramogso Digital Prezado(a) Aluno(a), ‘AColecSo Pré-Universitéro foi etaborada com o intuito de proporcionara voce, estudante da 3*sériedo Ensino Médio, uma abrangéncia de objetos de conhecimento que contemplem assuntos relacionados a contexts signifcativos, a0 mesmo tempo em que contribui para a conquista de um dos seus principais objetivos: a universidade Cada livro dessa colecéo apresenta, de forma profunda e contextualizada, todos os objetos de conhecimento determinados pelo ENEM, assim como contetidos exigidos por vestibulares do pais inteiro, equilibrando as competéncias e as habilidades estabelecidas pela Matriz de Rferéncia do ENEM as requisicGes de insttuicbes que adotam outras vias de acesso. 0 material didético dessa colecdo & composto pelos Livros Integrados ¢ seus Suplementos. Sua organizacao pedagégica é efetuada aula a aula, faciitando o acompanhamento do Contetido Programatico. Cada aula ¢ identiicada por um [cone de Referéncia, que indica 0 objeto de conhecimento a ser estudado, as Competéncias e as Habilidades da Matriz do ENEM. ‘A Coleco Pré-Universitério e as solugées educacionais SAS garantem 0 suporte adequado para a obtencéo de um aprendizado condizente a cada disciplina, resultando em excelente desempenho nas avaliacGes seletivas ena vida, TAREFA ON-LINE SAS ‘Ambiente de apreneizagem vital mt ‘que voce responce as questoes do material ddtico no formato de multpla fecoina eastern relsteiae do aa esemoenho O LIVROS DIGITAIS SAS SISTEMA DE AVALIAGAO SAS Simulados, Avaboebes @ ‘Otrmpadas, com relatos sdagnésucnse anos de {estudos relacionados 20 Seu nivel de aorandizager, {906 ano do Ensino Fucamentl a [Psere cs Ensino Maso em format ‘doit quereforcao aprendizado {0s aus por meio de feramentas ‘recursos tecnohigicos O SASTV Ambiente que oferece ‘yocoauae Ge civereae cstegoras como recurso dinseico @ lenrquecedor dos ‘momentos de estudo Noiniio de cada capitulo deste v0, humboraoaue recone vere ‘are ua coo fee osconteos © PORTAL SAS sbordadon para o seu dia a dia. Estéo. © SAS App ‘Scponhelsrescigbese Aptana qu dspontbiza ‘abartos ds vos aim rezutagos de ovlacoes, ‘etext e ca sobre resis de qvetoes 2ssuntos gos vesubutres ‘formacdo global decades, gabartos os os entre outros contetos anata Conversa Caro aluno, Antes de iniciar a letura do livro, pare por um minuto. Vocé ja prestou atengao em sua capa? Quaisfalxas equals icones vocé nota? A capa de seu livo fol construida com a técnica RGB, desenvolvida pela dupla de artistas conhecida como Carnavsky. Essa técnica busca explorar vatias camadas de cor, oferecendo a seu espectador diversos estimulos e pperspectivas que marcam 0 mundo contemporsneo. Esse & 0 mote para representar nossa época e nossa sociedade hiperconectada. Vivemos em uma era na qual somos cercados por tecnologias, informagoes, fatos, acontecimentos e opinides. Em cada esquina das cidades, ou em cada rede social, somos todos levados a tomar. Stscsuraice | ecisoes sobre situacées diversas com base em nossa capacidade dele e ‘Se ea entender o mundo 20 nosso redr. — Trata-se de um mundo de conexbes e trocas de conhecimento, cheio de ti camadas, que, muitas vezes, conversam, mas também podem divergit Por essa razéo, devemos aprender diariamente sobre 0 funcionamento das. diversas linguagens com as quais interagimos, suas intencdes, caracteristicas e seus objetivos, Empenhados em ajudé-loa entender einteragircomessarealidade cada vez ‘mais complexa, na Colegéo Pré-Universitario vocé vai encontrar diversas. potencialidades que o ajudardo a desenvolver habilidades necessérias a seu percurso profissional e pessoal. Como vocé péde notar na Apresentacéo, nossa solugéo educacional & integrada e fornece diversos instrumentos para 0 desenvolvimento de habilidades de letura textual ede mundo, como aindicaco de habilidades essenciais a cada aula, a sistematizacdo dos principais conceitos procedimentos, videoaulas para cada aula e um sistema avaiativo com feedbacks e relatos. € necessério, por outro lado, dedicar energia para 12 ‘jotva e numeral» 17 Atvidadessscwsies » 25 Processos de formagao das palavras PN Teme eee) Na tirinha, Calvin apresenta uma solugéo inteligente para driblar a indicacdo da mae acerca de uma alimen- tagao vegetariana: a criagao da palavra sobremesariano. Vegetariano & uma palavra formada pelo acréscimo do sufixo -iano, que significa "sectario ou partidério” do vegetarianismo (regime alimentar baseado exclusiva- mente no consumo de vegetais, frutas, graos ou frutos secos), palavra, por sua vez, ja formada pelo acréscimo. do sufixo -ismo (denotador de envolvimento ideolégico ou social) & palavra vegetal. Percebendo o elemento de formagao da palavra, o radical veget-, e com 0 propésito de dar destaque ao seu alimento preferido, bem como elevé-lo & categoria de exclusividade, o garoto cria a palavra sobremesariano, empregando o mesmo proceso de formagao, chamado de neologismo, uma vez que é criada uma palavra na lingua. Veja agora uma peca publicitéria que poderia estimular ainda mais as preferéncias alimentares de Calvin. Nessa propaganda, a palavra chocolover revela a criatividade empregada no processo de sua formacao. Identifica-se, de inicio, a presenca do segmento choco- da palavra chocolate e, a seguir, a palavra lover, do inglés, amante, aquele que ama, que adora, ou seja, amante de chocolate. Outro processo que se pode iden- tificar nessa formacao ¢ o empréstimo de uma palavra estrangeira, empregada no lugar de uma pertencente & lingua portuguesa. A concisdo da linguagem publicitaria determina que a expresso "amante por (ou de) chocolate” causaria um menor efeito expressive que o termo chocolover. Percebe-se que a palavra original chocolate teve sua forma diminuida para, depois, ser acrescida do outro segment, lover. Esse processo de formagio de palavras é chamado de composicao. Processos de formacao das palavras Os principais processos de formagio de palavras séo a derivacdo e a composicao, mas outros processos como a abreviagao vocabular, a sigla, o hibridismo, a onomatopeia, o neologismo, o estrangeirismo e as palavras-valise também concorrem para © enriquecimento e a atualizacao da lingua portuguesa. FE] Antes de os processos de formagao de palavras serem pormenorizados, é preciso recordar os con- EF ceitos a seguir FJ Palavra primitiva: é aquela que nao provém de outra na lingua e que, por sua vez, permite que outras Re] sojam formadas por meio dela Palavra derivada: 6 aquela que se origina por meio de outra palavra ja existente. Primitiva Derivadas Negro Negreiro, enegrecer, negrume Moral imoral, amoral, moralidade, desmoralizar, moralizante, moralista paz Pacifico, pacfcar, pacifcacio, apaziguar, apaziguado, pacato reno Ferreiro, ferrugem, ferradura, enferrujar, desenferrujar, aferrar, ferrar, férteo Grants od LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Derivagéo A derivagio é um processo de formacao que consiste no acréscimo de um prefixe e/ou de um sufixo a um radical. Esses acréscimos sao responsaveis por nuances de significados, acessorios, sem que se perca a per- cepco do significado primitivo, presente no radical. A derivacao pode ser por prefixacao, sufixagao, parassin- tese, reducao ou, ainda, imprépria >. Derivacao por prefixagao - Acréscimo de prefixo ao radical da palavra primitiva. Exemplos: ultrapassar, >. Derivagao por sufixagao - Acréscimo de sufixo ao radical da palavra primitiva, 8s vezes, com o auxilio de uma vogal ou consoante de ligaco. Exemplos: Capitalismo, pianista, cheiroso, alegrar, atualmente. inatil, desunido, interestadual, emigrar. Em lingua portuguesa, a classificagao da variagdo de grau é motivo de divergéncia entre gramaticos ¢ linguistas. Tradicionalmente, o grau ¢ classificado como um mecanismo de flexio. Seguindo os estudos de Joaquim Mattoso Camara Junior (Estrutura da lingua portuguesa, 1987), 0 grau no ser tratado como um processo flexional, pois a flexao apenas ocorre na alteragao formal da palavra por meio de desinén- cias (de género e nimero); a gradacao das palavras sera tratade como um mecanismo de formacao de palavras por derivagao, oer) >. Derivagao por parassintese — Acréscimo simultaneo obrigatério de prefixe e sufixo ao radical da palavra primitiva, de forma que a exclusdo de um ou de outro resulta em um elemento incompreensivel na lingua. Exemplos: amanhecer, afrouxar, embarcar, encadear, despedacar. Caso 0s dois afixos ndo ocorram simultaneamente, a palavra é formada por prefixagéo e sufi- xacSo. Observe que, nos exemplos apresentados, as formas manhecer, frouxar, barcar, cadear © pedacar nao existe na lingua. Ja em indispensével reabastecimento, observam-se processos de derivacao prefixal e sufixal nao necessariamente (ou obrigatoriamente) simultneos, comprova- dos pela existéncia de uma das formas sem a ocorréncia da outra. Exemplos: Indispensavel - dispensével, indispensavel Reabastecimento ~ reabastecer, abastecimento: > Derivagao regressiva - Ocorre quando a palavra primitiva tem sua parte final subtraida. Exemplos Barracdo — barraco Zoolégico- 200 = So exemplos de derivagao regressiva os substantivos formados pelos verbos, sendo, assim, chamados de deverbais, pois nomeiam uma acao. Exemplos: sar —uso, voltar— volta, custar ~ custo, beljar — beijo, demorar — demora. FF] Quando houver divida quanto a palavra ser primitiva ou derivada, considere que, se o substantivo F¥ indica acao, sera derivado do verbo; se indicar objeto ou substancia, o substantivo sera primitivo, e o FY verbo, derivado. & Exemplos: Palavea primitiva | Palavra deriva Grtar Grito Buscar Busca Carimbo Carimbar Planta Plantar >. Derivacao imprépria ou converséo — Consiste no emprego de uma palavra fora de sua classe gramatical primitiva, sem que se altere sua forma original. A substantivag3o ¢ um exemplo de derivacao impropria muito produtivo da lingua, mas outras palavras também podem ser empregadas em outra classe gramatical Exemplos: De longe, podiamos ouvir seus ais. (interjeic&o - substantive) Ele me disse um nao que parecia um talvez. (advérbio — substantivo) ‘Algumas criangas tm medo de escuro. (adjetivo - substantivo) Eu falei alto. (adjetivo - advérbio) Calmat (substantive — interjeicao) Oferecemos um jantar aos homenageados. (verbo - substantive) Composicgao Na composigao, criam-se novas palavras por meio da combinagao de dois radicais ou de duas palavras ja existentes na lingua. A composicéo pode ser por aglutinac3o ou por justaposicao. > Composigao por justaposigao — Proceso em que os termos que compdem a nova palavra mantém seus fonemas. Exemplos: hora-aula, para-raios, beija-flor, pontapé. > Composigao por aglutinagao - Processo em que as palavras que se unem sofrem alteracdes fonéticas devido a perda de algum elemento. Exemplos: Palavra Formagio Pernilongo Pern(i) + longe Boquiaberto Boqui- + aberto Planalto Plano + alto Pontiagudo Ponta + «+ agudo Outros processos de formacao de palavras Hibridismo No hibridismo, os elementos que compdem @ nova palavra se originam em linguas diferentes. Exemplos: sociologia (latim e grego), televisao (grego e latim), automével (grego e latim) Grants @d LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Onomatopeia A cnomatopeia consiste na formacao de palavra que representa a imitago actistica da a¢ao produzida por seres ou objetos Exemplos: Nas férias, dormia ouvindo o marulho das ondas e 0 «1 O tique-taque desse relagio me deixa nervoso. Nao me venha com esse blé-blé-bla! dos grilos. Sigla ou siglonimizagao Uma sigla é a criacdo vocabular por intermédio da redugao de outras palavras ou expressées. Na formagao da sigla, utilizam-se as letras ou as silabas iniciais de cada elemento componente. Exemplos: MEC - Ministério da Educagao e Cultura FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Servico IBOPE - Instituto Brasileiro de Opiniao Publica e Estatistica ENEM — Exame Nacional do Ensino Médio As siglas tém ampla utilizacdo nos meios de comunicacao por seu poder de concisio e podem originar palavras derivadas, como petistas, peemedebistas e celetista. Redugao ou abreviacao vocabular Aredugio ou abreviacdo vocabular é um proceso em que @ nova palavra se forma pela reducdo de palavra primitive. Esse é um recurso muito produtivo da linguagem coloquial. Exemplos: Pneumatico (pneu) Cinematégrafo (cinema ou cine) Fotografia (foto) Quilograma (quilo) Poliomielite (pélio) Metropolitano (metr6) Neologismo: O neologismo é a criagdo vocabular para atender a novas necessidades comunicativas, podendo se origi- nar de outros processos de formagao de palavras, como composigao e derivago. Exemplos: O texto deletado foi recuperado pelo técnico Nao entendo o que eles falam: ou usam o internetés, ou abusam do juridiqués! Estrangeirismo CO estrangeirismo consiste no emprego de palavras de outras linguas, tomadas de empréstimo. No mundo globalizado, esse processo de renovago vocabular tem sido bastante produtivo, mas ha de se ressaltar a cau- tela necesséria para que se evitem abusos, considerados vicios de linguagem, quando empregados em lugar de uma palavra correspondente na lingua. Recomenda-se, pois, na norma culta, a preferéncia pela palavra j8 ‘existente no vernaculo ou de sua forma aportuguesada, quando houver, Exemplos: = da lingua inglesa (anglicismos): marketing, chip, futebol, bife, show, estresse, antidoping, e-mail, blog (blo- gue), drinque; = dalingua francesa (francesismos ou galicismos): abajur, balé, garcom (garcao), toalete, bistré = da lingua italiana (italianismos): espaguete, aquarela, lasanha, cantina, violino, cenario; = da lingua espanhola (espanholismos ou castelhanismos): granizo, guerilha, mochila, baunitha, farol omelete, menu; Palavras-valise As palavras-valise so a combinacao de duas palavras, sendo ao menos uma delas reduzida, formando um novo vocdbulo que abarque os dois significados anteriores. Exemplos: Portunhol (portugués e espanhol) Showmicio (show e comicio) Chafé (cha e café) Abensonhadb (abencoado e sonhado) Dedoches (dedo e fantoches) Chocotone (chocolate e panetone) 1. Leia a tirinha a seguir. .. pais distan. ae a aos te vivia, um ogro . SR ea RA? que comia craton, art Disponivel em: hiips/eatacalive.com bri “Aces em: 27 jun, 2018. Assinale a alternativa que apresenta o processo de formagao da palavra droga, presente na tirinha. a) Derivacdo por prefixacdo. b) Derivacdo por sufixacdo. ©) Derivacao imprépria. ) Derivacao regressiva. €) Derivacao por parassintese. Grants od Campanha de doagao de sangue aporta no Cin da UFPE © Programa de Educagao Tutorial (PET) de Informatica promove, na proxima quarta-feira, uma campanha de doagao de sangue no Centro de Informatica (Cln) da Universidade Federal de Pernambuco. A aco foi articulada em parceria com o Hemope. Para doar, basta portar a carteira de identidade ou Carteira Nacional de Habilitag3o, (CNH) comparecer ao Centro de 8h30 as 12h ou de 13h30 as 17h. CAMPANHA de doayo de sangue aport no Cla da UFPE. Dio de Pernambuco. Disponivel em: hip Iwi iviodepernambuco.com br! ‘Aces er aio 2017 Palavras podem ser formadas por diversos pro- cessos, sendo os mais comuns o de composi¢Zo € 0 de derivagao. Ha outros, no entanto, que sao menos usuais, mas que também contribuem para 2 criagdo de novos vocabulos na lingua portuguesa: 6 ocaso das palavras originadas das siglas. Expres- sdes como “Cin”, “PET” e “Hemope’, presentes no texto, so exemplos de casos em que as palavras que compéem a sigla tomam-se secundarias ¢ a propria sigla caracteriza um vocébulo. Assinale a alternativa que apresenta outras palavras formadas por siglagem. a) Sudene, Sham- poo. b) Kombi, CEP. Sus, Pendrive. @) Fashion, PIS. @) UPA, Funai Leia 0 fragmento de texto a seguir. A internet 6 uma ferramenta muito utilizada por criangas, jovens ¢ adultos, trazendo atrativos como jogos, Facebook, Twitter e WhatsApp. A pergunta que se levanta é a seguinte: sera que isso ajuda no desenvolvimento e no crescimen- to do ser humano? |. A professora Fernanda [. diz que tem um pouco de dificuldade ao explicar a matéria para seus alunos, pois muitos deles s6 querem saber de “facebookar” no celular. [.1 Disponivel em: herp /uwufiamfasm br! ‘Acosso em: 27 jun. 2018 ladaptade) A formagio € 0 surgimento de palavras no por- tugués acontecem por meio de varios processos. As palavras facebookar e desenvolvimento, presentes nos trechos, exemplificam dois desses processos: 0 neolagismo e a derivaco sufixal, respectivamente. Esses dois processos ocorrem, respectivamente, quando a) ha a juncao de dois ou mais radicais e ocorre anexago de sufixo na palavra de origem. b) ha anexacao de sufixo na palavra de origem e ocorre a criagio de novas palavras. 0) haa criacao de novas palavras e a palavra 6 constituida por radicais de diferentes linguas. d) a palavra é constituida por radicais de diferen- tes linguas e as palavras imitam um som ou tuidos, @) haa criaglo de novas palavras e ocorre anexa- g30 de sufixo na palavra de origem. Uma das melhores interpretagées é feitas do verbo “coitadinhar", neologismo que aprendi durante um papo-furado com uma grande amiga que é cega, {oi feita no filme “Shrek”. Ela acontece no momento ‘em que 0 Gato de Botas, para fugir de uma situac3o em que estava encurralado, esbugalhou os olhos, LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS comprimiu 6 pescoco, ensaiou um choro e conse- guiu, por fim, amolecer o coracdo dos malvados que 0 cercavam ilesos. [.] MARQUES, Jiro. Fotha de SPouo, 1 des. 2015.82 tian. (roamento} Entende-se por neologismo a criagaio ou atribui- 30 de novo sentido a uma palavra ou expresso j existente, por meio de processos também exis- tentes na lingua. Com base nessa definicdo e na contextualizacao em que o termo “coitadinhar” foi utilizado no filme Shrek, deduz-se que ele significa a) criar situagdes para causar sofrimento em al- guém b) criar condigSes para ser avaliado como ser in- ferior ou inocente. ©) culpar os outros pelas préprias caréncias. d) ressaltar a infelicidade dos que o cercam e) responsabilizar alguém por algum desgosto ou infortinio. /™==PROPOSTAS 1. Leia o seguinte excerto. E bastava batesse no campo 0 pio de uma per- magoada, ou viesse do mato a lalia lamuria dos tucanos, para o jumento mudar de rota, pendendo & esquerda ou se empescocando para a direita; e, por via de um gavido casaco-de-couro cruzar-lhe a frente, | ele estacava, em concentrado prazo de irresolucao. ROSA, Jodo Guimaries Aare e aver de Augusto Matrag, kn Sagara, 38 ed Rio de Jane. Nowa Fonte 184 pp. 239.86, Assinale a alternativa que contém palavra forma- da pelo mesmo processo de formacao do verbo "empescocar”. a) Casaco-de-couro. b) Globalizacao. c) Anoitecer. @) Praguejar. @) Farmacologia. 2. Leia o texto a seguir. Celular roubado? Como bloquear o IMEI de seu aparelho na operadora Seu celular foi roubado? Aprenda a fazer o blo- queio do IMEI do aparelho junto & operadora. Isso desestimula 0 roubo de smartphones, ja que seu celular nao se conectaré mais a nenhuma opera- dora, tornando © crime inutil: na maioria dos ca- ss, 0 ladrao rouba o aparelho para revendé-lo posteriormente. Para descobrir 0 IMEI do seu aparelho, digite *¥#06# no telefone, como se vocé fosse efetuar uma ligago — 0 cédigo, com 15 digitos, seré imediata- mente exibido na tela. Caso vocé nao tenha mais, acesso 20 celular, procure o IMEI na embalagem do produto, que estara préximo a um cédigo de barras, MOSTOLA iPhone 4, Back, 3268, ter ret Se iat (Ge) PartNo MOSTOLLA mI ni 0 (6s) Serial No, 00050000000 a Se vocé ndo tem mais 0 aparelho e nem a cai- x2, ainda hé salvacao para os ususrios de Android. Acesse Google Dashboard e expanda o menu Android. Uma lista de todos os aparelhos atrelados a0 seu Google Play sera exibida, acompanhados dos respectivos cédigos IMEI. Entdo, para bloquear Grants oe © IMEI de um celular por roubo ou furto, entre em contato com a sua operadora. Celular roubado? Como bloquear o IMEI de seu apatetho na peradera. Dispanivel em: hizps//teendblog net. Acesso em: 9 now. ole. fadaptade) No que tange a anilise dos elementos mérficos, bem como dos processos de estrutura e formacao de vocabulos que integram 0 texto "Celular rou- bado? Como bloquear o IMEI de seu aparelho na operadora’, assinale a alternativa correta a) Oprefixo des, do verbo desestimular, da qual provém a forma desestimula, no primeiro pa- ragrafo, serve para reforcar a ideia de aumento no nimero de roubos de smartphones. b) Ao proceso de formacao que se da pela sele- 0 das iniciais das palavras de uma expressao, a exemplo do que ocorre em IMEI, dé-se o nome de abreviacao. ) Oprocesso de formagao do vocabulo acesso, no ultimo periodo do segundo paragrafo, 6 classificado como derivacao imprépria d) Apalavra roubo, no ultimo parégrafo, é forma- da por derivagao regressiva. ) Apalavra smartphone, por ter todos os seus elementos mérficos oriundos da lingua inglesa, deve ser classificada como um hibridismo. A formaco de palavras é um proceso bastante utilizado na lingua portuguesa. Na frase “A policia conseguiu a quebra do sigilo bancério do assassi- no", a palavra em destaque se classifica, quanto & formagao, como 2) um hibridismo. b)_ de derivacao imprépria. ©) de derivacao regressiva. ) de derivacdo parassintética @) de composi¢ao por justaposigao. Nas palavras “antialérgico” e “antecléssico", tem-se a) dois prefixos de grafia igual e significades di- ferentes. b) dois prefixos de mesmo significado e grafia semelhante. )_um prefixo e um sufixo que apresentam signi- ficados semelhantes. d)_um prefixo que indica contrariedade e outro que significa anterioridade €)_um prefixo que indica contrariedade e outro que tem sentido de negacao. Leia a seguir 0 trecho da musica de Arnaldo Antu- nes para responder & questo. Envelhecer A coisa mais moderna que existe nessa vida & envelhecer Abarba vai descendo ¢ os cabelos vao caindo pra cabeca aparecer Os filhos vao crescendo e 0 tempo vai dizendo que agora é pra valer Os outros vao morrendo e a gente aprendendo a esquecer LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS No quero morrer pois quero ver Como seré que deve ser envelhecer Eu quero é viver pra ver qual & E dizer venha pra o que vai acontecer .d E quando eu esquecer meu préprio nome Que me chamem de velho gaga Pois ser eternamente adolescente nada & mais démodé Com uns ralos fios de cabelo sobre a testa que nao para de crescer. Néo sei por que essa gente vire a cara pro presen- te e esquece de aprender [..] Amaldo Antunes Por intermédio de uma palavra, muitas outras se formam, acrescentando elementos que alteram 0 sentido primitivo ou acrescentam um novo sentido. A letra da miisica de Amaldo Antunes apresenta diversas formagSes de palavras. O titulo da misica, por exemplo, apresenta derivacao perassintética. Assinale 2 alternativa que apresenta um exemplo de derivacao sufixal. a) "Abarba vai descendo e os cabelos vio caindo La b) "[-]o tempo vai dizendo que agora é pra valer Ly ©) “Eu quero é viver pra ver qual é[.". d) “pois ser eternamente adolescente nada é mais démodé [.)" e) "Nao sei por que essa gente vira a cara pro presente e esquece de aprender [ Leia 0 excerto do livro Violéncia urbana, de Paulo Sérgio Pinheiro e Guilherme Assis de Almeida, para responder a questo a seguir. [.] Faz tempo que a ideia de integrar uma co- munidade e sentirse confiante e seguro por ser parte de um coletivo deixou de ser um sentimento comum aos habitantes das grandes cidades brasi- leiras. As noges de seguranga e de vida comuni- taria foram substituidas pelo sentimento de inse- guranca e pelo isolamento que o medo impée. O outro deixa de ser visto como parceiro ou parceira em potencial; 0 desconhecido é encarado como ameaca. O sentimento de inseguranca transforma e desfigura a vida em nossas cidades. De luga- res de encontro, troca, comunidade, participagao coletiva, as moradias ¢ os espagos piiblicos trans- formam-se em palco do horror, do panico e do medo. A violéncia urbana subverte ¢ desvirtua a funcao das cidades, drena recursos publicos ja escassos, ceifa vidas — especialmente as dos jo- vens e dos mais pobres -, dilacera familias, mo- dificando nossas existéncias dramaticamente para pior. De potenciais cidadaos, passamos a ser consumidores do medo. O que fazer dian- te desse quadro de inseguranca e panico, de- nunciado diariamente pelos jornais e alardeado pela midia eletrénica? Qual tarefa impde-se aos cidadaos, na democracia e no Estado de direito? PINHEIRO, Paulo Sérgio; ALMEIDA, Guilherme de Assis. Violéncla Urbana, Séo Paul: Pubic, 2003, Gramitice LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS As palavras do texto cujos prefixos traduzem ideia de negagao, so a) “desvirtua” e “transforma’” @) “desconhecido” e "inseguranca”. b) “medo" e “isolamento” ©) “subverte” e “dilacera”. ) “desfigura” e “ameaca’. 7. (ENEM) 1 Agora eu era heréi E 0 meu cavalo s6 falava inglés. ‘Anoiva do cowboy Era vocé, além das outras trés. 5 Eu enirentava os batalhdes, Os alemaes e seus canhées. Guardava 0 meu bedoque E ensaiava o rock para as matings. “Jobo e Mara" (977, de Chico Buarque. fata) Nos terceiro € oitavo versos da cancdo, constata-se que o emprego das palavras cowboy e rock expressa a influéncia de outra realidade cultural na lingua portuguesa. Essas palavras constituem evidéncias de @)_regionalismo, ao expressar a realidade sociocultural de habitantes de uma determinada regio. b) neologismo, que se caracteriza pelo aportuguesamento de uma palavra oriunda de outra lingua. )_jargao profissional, ao evocar a linguagem de uma area especifica do conhecimento humano. d) arcaismo, ao representar termos usados em outros periodos da histéria da lingua. €) estrangeirismo, que significa a insercao de termos de outras comunidades linguistics no portugués. 8. Leia a tirinha a seguir. Disponivel em: https/Mrasarmandinho tumblcon/post/154273528909/tirinha-ciginal Acesso em: 18 jul 2019 O texto verbal da tirinha apresenta dois termos de prontincia semelhante, mas de grafias e significados diferentes: "incomum” e “em comum’”. Sobre a constituigao desses termos, é possivel afirmar que a) “em comum" apresenta grafia inadequada, pois ndo se pode separar prefixo e radical. b) em “incomum’, tem-se 0 adjetivo “comum'” acrescido do prefixo de valor negativo “in”. 0) “em comum'" quer dizer conjuntamente e é uma variante de “incomum”, que tem mesmo significado d) “incomum” apresenta prefixo de valor negativo e significa “o que nao pode ser feito conjuntamente”. @) tanto em "incomum'" quanto em "em comum" tém-se vocébulos simples acrescidos de afixos de valor negativo, 9. Considere as seguintes afirmacdes acerca de palavras destacadas. A palavra incontaveis é um adjetivo derivado de um verbo. Il. A palavra marinhos 6 um adjetivo derivado de um substantive. Ill. A palavra fundamentados é um adjetivo derivado de um verbo. Qual(ais) esté(G0) corretalas)? a) Apenas | b) Apenas Il 9) Apenas Il @) Apenasiie li, —¢) |, tell 10. Assinale a alternativa em que o prefixo des- atribui a forma a que se agrega © mesmo sentido que atribui & desapegada. a) Desdenhada. b) Designada ¢) Desabrochada. 4d) Destrambelhada. e) Desabitada. Granites od LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS SAS” Substantivo | - Classificagao e flexao de ndmero; Artigo Aas vido entecomcose Leia 0 texto a seguir. Cirenito fechado Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Agua. Escova, creme dental, agua, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, 4gua, cortina, sabonete, 4gua fria, 4gua quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calga, meias, sapatos, telefone, agenda, copo com lépis, caneta, blocos de notas, espatula, pastas, caixa de entrada, de saida, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, f6sforo. Bandeja, xicara pequena. Cigarro e fésforo. Papéis, telefone, relatdrios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefone, papéis. Relégio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esbogos de amiincios, fotos, cigarro, fésforo, bloco de papel, caneta, projetos de filmes, xicara, cartaz, lapis, cigarro, fosforo, quadro-negro, giz, papel. Mictério, pia, agua. Taxi. Mesa, toalha, cadeiras, co- pos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xicara. Maco de cigarros, caixa de fsforos. Escova de dentes, pasta, gua. ‘Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro, f6sforo, telefone interno, gravata, palet6. Carteira, niqueis, documentos, caneta, chaves, len¢o, rel6gio, maco de cigartos, caixa de fésforos. Jornal. Mesa, cadeiras, x cara e pires, prato, bule, talheres, guardanapos. Quadros. Pasta, carto. Cigarro, fésforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, externo, papéis, prova de aniincio, caneta e papel, rel6gio, papel, pasta, cigarro, fosforo, papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xicara, jornal, cigarro, fosforo, papel e caneta. Carro. Maco de cigarros, caixa de fésforos. Palet6, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, co- pos, guardanapos. Xicaras, cigarro e fésforo. Poltrona, livro. Cigarro e fésforo. Televisor, poltrona. Cigarzo e fésforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calea, cueca, pijama, espuma, agua. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro, RAMOS, Ricardo, Grout fechado. So Paula Martie Editor, 1972 p. 2-22. O texto do escritor alagoano Ricardo Ramos causa estranhamento ao leitor por sua estruturagao pouco usual. Escrito em apenas um paragrafo, com frases nominais, sem elos coesivos gramaticais, o texto se constréi na selego vocabular quase exclusivamente de substantivos, palavras responsaveis por nomear os seres e 05 ‘objetos, em geral. Verifica-se que as palavras empregadas pelo contista predominantemente se referem aos ‘objetos que a personagem usa em seu dia a dia, que fazem parte de suas atividades cotidianas, mas também transmitem forte impressao de ago. A coesao desse texto se fundamenta, pois, na selegao e na organizacao das palavras, constituindo um tipo de coesao lexical, pois os substantivos s6 aparentemente esto dispostos aleatoriamente, denotando uma realidade fragmentada. Pela disposico dos substantivos, podem-se perceber ‘0s espacos em que transcorrem as acdes: a casa (o quarto, o banheiro), 0 escritério e o restaurante perto do trabalho, A caracterizacao psicolégica da personagem, a sequéncia e o ritmo acelerado de suas atividades, a des- ctigao dos espagos domestic e profissional e a profunda solidao que vivencia sao alguns dos aspectos que podem ser depreendidos da andlise do texto, Trata-se de um homem, pois faz barba ("“espuma, creme de bar- bear, pincel, espuma, gilete, agua"), veste “cueca, camisa, abotoaduras, calca, meias, sapatos" e “gravata, pa- leto" e deve trabalhar como publicitario ou executivo, pois trabalha em um escritério e lida com varios objetos préprios de um ambiente corporativo ("telefone, agenda, copo com lépis, caneta, blocos de notas, espatula, pastas, caixa de entrada, de saida |. quadros, papéis |.) relatérios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes [..] Relogio. Mesa, cavalete, [..] esbogos de antincios, fotos [.] projetos de filmes, cartaz, lSpis, qua- dro-negro, giz, [.] telefone interno”); almoga perto do trabalho e parece ser solitario, pois no ha palavras que remetam 3 presenca de outras pessoas ou de relagdes pessoais no texto. A repeticao da sequéncia alusiva a0 ato de fumar, “cigarro, fésforo", que revela a ansiedade crescente na sua rotina, acentua-se 4 medida que as atividades do trabalho parecem ficar mais tensas ou agitadas. Pode-se inferir, pela construgdo do conto fundamentada na enumeragéo de nomes de objetos de que se serve a personagem e na expressao da agitaao da vida contemporénea, uma intengao critica entre o ter eo ser. Isso pode ser inferido com base na predominancia de palavras que representam objetos do mundo exte- rior em contraste com a ansiedade e a solidao que podem ser depreendidas pelas agdes da personagem. A pontuagao abundante sugere 0 ritmo intenso, continuo e corrido da vida urbana, na qual ha excesso de preo- cupagdes externas, mas ndo sobra tempo, nem energia, para as relacdes humanas, o que despersonaliza o ser, tornando-o uma maquina ou um objeto. O desfecho do conto, semelhante a0 comego na enumeracao dos itens relativos 8 higiene pessoal e a troca de roupa, indica o fim de uma jormada vazia ¢ impessoal, quando se fecha 0 circuito, deixando a sugestao de que o dia seguinte sera exatamente igual ao que foi narrado. Substantivo Denominam-se substantives as palavras que dio nome a todos os seres e objetos, em geral, reais ou ima- inérios, animados ou inanimados, concretos ou abstratos, mas também a ages, estados, qualidades e sen- timentos. Quanto & forma, 0 substantivo é uma palavra varidvel (em género, numero e grau); quanto a sintaxe, pode exercer qualquer fungdo sinttica, menos a de ncleo do predicado verbal. Grants @d LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Classificagao do substantivo Quanto & estrutura, os substantivos podem ter as classificacdes mostradas a seguir: >. Simples ~ Quando a palavra é formada por apenas um radical Exemplos: 4gua, papel, livo, pia. > Compostos - Quando a palavra é formada por mais de um radical. Exemplos: quadro-negro, livro-caixa, meia-calga. >. Primitivos ~ Aqueles que nao se originam de nenhuma outra palavra na lingua. Exemplos: carro, carta, mesa, prato. > Derivados - Aqueles que séo formados por meio de outras palavras jé existentes na lingua. Exemplos: sabonete, abotoaduras, folheto, cinzeiro, Quanto a sua significagao, os substantivos podem corresponder as categorias mostradas @ seguir: > Comuns - Designam os seres em geral da mesma espé Exemplos: taxi, xicara, revista, prato. >. Préprios ~ Designam os seres em particular, individualizando-os. Exemplos: Ana, Rio de Janeiro, Brasil, > Coneretos ~ Designam os seres reais ou ima independentemente de outros seres. Exemplos: caneta, saci, fantasma, ar. > Abstratos — Designam sentimentos, acdes, estados ou qualidades dos seres. Exemplos: solidao, medo, ansiedade, justica. > Coletivos - Sao substantivos que designam grupos de seres ou objetos da mesma espécie, de maneira especifica ou genérica. Nesse caso, e também pela impossibilidade de se depreender o sentido pelo con- texto, admitem a nomeacao dos seres a que se referem. Exemplos: biblioteca, cardume, enxame, mago (de cigarros, de notas, de cartas), resma (quinhentas folhas de papel), frota (de taxis, de Gnibus, de caminhées) ’rios que tém ou que se considera que tenham existéncia Flexao de namero No conto “Circuito fechado", algumas palavras designam, pela auséncia de marcagao especifica, apenas um ser ou objeto, representando a no¢ao de singular, como em vaso, pia, sabonete, escova e pincel. Outras, porém, indicam em sua estrutura uma desinéncia que denota existéncia de mais de um elemento do mesmo. tipo, ou seja, a nogdo de plural, como em chinelos, abotoaduras, meias, pastas, blocos e notas. Nas ocorréncias da lingua portuguesa, o plural dos substantivos geralmente é marcado pela desinéncia -s, como nos exemplos extraidos do texto. No entanto, outras regras também sao utilizadas para determinar a flexao de numero. Terminagio Regra Exemplos Vogal, ditongo oral ou ditongo nasal ‘Acrescenta-se -s Chaves, relatérios, mies 4 ‘Substitui-se -m por -ns Nuvens, jardins “F-20u-n" Acrescenta-se -05 Talheres, cartazes, cénones Se paroxitonas ou proparoxitonas, ficam Invariveis (a marcaco ser feita por meio de (0s) lapis, (muitos) énibus um terme determinante) Se oxitonas ou monossilabas, acrescenta-se Moses, paises -al,-el,-ol e-ul? Substitui-se -| por is Jornais, niquels, anzéis, pauis Se oxitonas, substitui-se -| por -s funis Se paroxitonas, substitui-se -il por -cis Fésseis, répteis, projéteis! Permanecem invarigvels (a marcagéo seré feita ppor meio de um termo determinante) (02) térax, (os) climax ‘Substitui-se “So por -des (na maioria dos casos @ em todos os aumentativos) Quest “ao? Substitui-se -do por Caes, alemaes Acrescenta-se -s (em todos os paroxitonos, ‘monossilabos tSnicos e alguns oxitonos) maos Béngios, mao: Diminutives terminados com Separam-se os elementos, colocam-se ambos _Florzinha: flore(s) + 2inhas -zinhola) ‘no plural, retira-se 0 -s do primeiro elemento CartSozinho: cartée(s) + zinhos, Granites @d LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Excegdes 1. Abdémen, espécimen e hifen fazem plural var menes, hifens e hifenes. 2. Cais e c6s sao invariéveis, mas ha registro de coses. 3, Mal e cénsul fazem plural em males e cénsules. 4. As palavras réptil e projétil apresentam formas variantes oxitonas, projetil e rep respectiva regra, projetis e reptis. 5. Algumas pelavras terminadas em do admitem mais de uma forma plural Exemplos: Ando: andos, andes. Ancido: ancidos, ancides, anciées. Vuleao: vulcaos, vulcdes. Verdo: verdos, verdes. vel em abdomens, abdémenes, espécimens, especi- | cujo plural seguirs a Casos especiais > Alguns substantivos sé so empregados no plural. Exemplos: anais, belas-artes, ndpcias, pantalonas e viveres. > Existem casos de plural metafénico (marcado também pela alterago de timbre da vogel), isto é, alguns substantivos tam o timbre fechado (6), no singular, alterado para aberto (6), no plural Exemplos: jogo, povo, esforco, socorro, ovo, corpo, posto. > Alguns substantivos podem ter o significado alterado quando empregados no plural. Exemplos: Bem (virtude, qualidade) - bens (patriménio) Copa (dependéncia ligada a cozinha ou ramagem das drvores) ~ copas (naipe do baralho) Ouro (metal) - ouros (naipe do beralho) Costa llitoral) - costas (parte posterior do térax) No caso dos substantivos compostos, além das regras de plural relacionadas anteriormente, ha outras regras que levam em conta os componentes e a estrutura da palavra composta. Gen eo AUEAL] oe "tz DO aA? ‘VERISSIMO, Lule Femand, As cobras em se Deus existe que eu sejastingido | por um aio. Port Aloare: LAPM, 1997 > Quando 0 composto nao é grafado com hifen, @ flexdo de plural segue as orientagdes dos substantivos simples. Exemplos: aguardentes, girassdis, pernilongos. > Em compostos formados por substantivos ligados por preposi¢o, apenas o primeiro elemento vai para o plural. Exemplos: pes de I6, pés de moleque, mulas sem cabeca > Quando ligados por hifen, a flexdo de nimero pode ocorrer de quatro formas: = em compostos de dois substantivos cujo segundo elemento indica finalidade, semelhanca ou tipo, limitando o significado do primeiro, ambos os elementos admitem flexao ou apenas o primeiro varia; Exemplos: papéis-moeds (papéis-moedas), bananas-mac (bananas-magas), peixes-boi (peixes-bois). = flexiona-se apenas o segundo elemento, se 0 primeiro for verbo ou palavra invaridvel ou se os elemen- tos forem palavras repetidas ou onomatopaicas; Exemplos: beija-flores, vice-presidentes, alto-falantes, grSo-duques, pula-pulas, tique-taques. = flexionam-se os dois elementos, quando forem palavras variavels, como substantivos, adjetivos e numerals; Exemplos: guardas-civi = nenhum dos elementos varia, e a marcagao do plural ¢ feita apenas no(s) termo(s) determinante(s), quando os elementos do composto forem verbos e palavras invaridveis ou express6es substantivadas. Exemplos: 0s pisa-mansinho, esses bota-fora, 0s sabe-tudo, os louva-a-deus. Alguns substantivos compostos, mesmo empregados no singular, apresentam 0 segundo elemento no plural. Exemplos: ofos para-raios, o paraquedas, salva-vidas, os lustra-moveis. quartas-feiras, ares-condicionados. DANE Tn Goreld-Tenladat de dorto Poe Ae LPM, 2. 12 ‘© humor da tirinha consiste na mudanga do vocabulo o para um, respectivamente artigos definido e indefi- nido, diante da palavra préximo, No primeiro quadrinho, “o préximo” refere-se ao ser humano, ao semelhante; no terceiro quadrinho, “um préximo” passa a ter sentido indeterminado, tomado como alguém. O artigo ¢ um vocdbulo varidvel em género e niimero, que é anteposto ao substantive, indicando de- terminago (denotando que o ser ou objeto ja ¢ do conhecimento do leitor) ou indeterminacao (significan- do que se trata de um ser n3o especifico ou individualizado, a0 qual no se fez refer&ncia anteriormente). Os artigos sao classificados da seguinte forma. > Definidos - 09), als) — especificam o substantivo, individualizando-o. Exemplos: A aluna apresentou 0 trabalho ao professor. >> Indefinidos - Um, uns, umais) ~ atribuem valor genérico ao substantivo. Exemplos: Preciso de uma caneta e um caderno. Os artigos podem vir combinados com as preposicdes a, de, em e por. Exemplos: A, aos, das, duns, nos, numa, pelo, pelas. Observacdo: a fusdo da preposi¢ao a com o artigo a(s) 6 marcada pelo acento grave, indicador do proceso chamado de crase (a + a = 8). Grants od Outras aplicagées do artigo LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS = Além de indicar determinagao ou indeterminacao, o artigo é responsavel por transformar qualquer palavra em substantivo, pelo processo de derivacao imprépria. Exemplos: Eles serdo felizes para todo o sempre. (advérbio ~ substantive) Ele nao tinha medo do impossivel. (adjetivo - substantivo) Muitas vezes, o querer ajuda a resolver os problemas. (verbo ~ substantivo) = Oartigo é responsavel também por revelar 0 género e o niimero do substantivo Exemplos: a alface, 0 champanha, o/os pires, o/os ténis. = Alguns valores semanticos so revelados pelo emprego do artigo. = Efeito de notoriedade: Este € o momento da minha vidal = Efeito afetivo, de familiaridade: A Mariana esta preocupada. — Efeito enfatico de caracteristicas: Lucas é um atleta! = Efeito de totalidade referente a espécie: O ser humano prevenido vale por dois = Efeito de aproximagao numérica: Havia uns vinte alunos na sala, 7 ==PARASALA Texto para as questées 1 ¢ 2. 1 Oarrastao Estarrecedor, nefando, inominavel, infame. Gasto logo os adjetives porque eles fracassam em dizer o sentimento que 05 fatos impdem. "Uma "trabalhado- ra brasileira, descendente de escravos, como tantos, que cuida de quatro filhos e quatro sobrinhos, que parte para o trabalho as quatro e meia das manhas de todas as semanas, que administra com o marido um ganho de mil e seiscentos reais, que paga pontual- mente seus carnés, como milhdes de trabalhadores brasileiros, 6 baleada em circunstancias ndo esclare- cidas no Morro da Congonha e, levada como carga no porta-malas de um “carro policial a pretexto de ser atendida, é arrastada & morte, a céu aberto, pelo asfalto do Rio. INao vou me deter nas versdes apresentadas pe- los advogados dos policiais. Todas as vozes terao que ser ouvidas, e com muita atengao & voz daqueles que nunca so ouvidos. Mas, antes das versdes, 0 fato é que esse “porta-malas, ao se abrir fora do script, es- cancarou um real que esta acostumado a existir na sombra. O marido de Claudia Silva Ferreira disse que, se © porta-malas nao se abrisse como abriu (por obra» do acaso, dos “‘deuses, do “diabo), esse seria apenas “mais um caso”. Ele esta dizendo: *seria uma morte anénima, ‘aplainada pela surdez da “praxe, pela invi- sibilidade, uma morte nao questionada, como tantas outras. E uma imagem verdadeiramente surreal, nao por- que esteja fora da realidade, mas porque destampa, por um “acaso objetivo” (a expresso era usada pelos Ssurrealistas), uma cena “recalcada da consciéncia na- cional, com tudo o que tem de violéncia naturalizada @ corriqueira, tratamento degradante dado aos po- bres, estupidez elevada ao ciimulo, ignorancia bruta transformada em trapalhada “transcendental, além de um indice grotesco de métodos de camuflagem e de- saparigo de pessoas. Pois assim como “Amarildo & aquele que desapareceu das vistas, e nao faz muito tempo, Claudia é aquela que subitamente salta a vis- ta, e ambos soam, queira-se ou no, ‘como 0 verso & © reverso do mesmo. O acaso da queda de Claudia da a ver algo do que ndo pudemos ver no caso do desaparecimento de Amarildo. A sua passagem metecrica pela tela é um desfile do carnaval de horror que escondemos, "Aquele carro é 0 carro alegérico de um Brasil, de 3. um certo Brasil que temos que lutar para que nao se transforme no carro alegérico do Brasil WISNIK, José Miguel. O srastio, O Globo, 22mar. 2018, Disponivel ‘em-hiip/foglebo globo.com.Acesso em: 17 mat. 2015. fadaptade) pplainada: nivelads “Amarildo: pedreiro desaparecido na favels de Rocinha, no Rio de Janeiro, em 2013, depois de ser detido por policais, Apraxe: pritica, habito, “recaleada: fortemente reprimids surrealistas: participantes de movimento artistico do século XX que enfatiza o papel do inconsciente, Stranscendental: que supera todos os limites. Assinale a alternativa correta quanto ao emprego do artigo. a) O artigo empregado em “seria uma morte anénima, aplainada pela surdez da praxe, pela invisibilidade, uma morte ndo questionada, como tantas outras.” (referéncia 8) atribui ao substantivo um sentido genérico que 6 re- forgado pelas expressdes “anénima” e “nao questionada, como tantas outras” b) Aomissao do artigo repetide em “como o ver- so € 0 reverso do mesmo.” (referéncia 9) nao afetaria o significado da expressao. No segundo periodo do primeiro paragrafo (referéncia 10), ha quinze artigos. 4d) O artigo em “Uma trabalhadora brasileira” (Feferéncia 10) atribui um sentido especifico ao substantivo, individualizando-o. 2) No trecho “escancarou um real que esta acos- tumado a existir na sombra", 0 artigo indefini- do poderia ser substituido pelo definido, sem prejuizo do significado. Assinale a alternativa adequada quanto a aplicacao dos substantivos a) No segundo pardgrafo (referéncia 11), ha treze substantivos. b)_O substantivo porta-malas (referéncia 12) ¢ uma palavra composta que sé deve ser empre- gada no plural. ©) Os substantivos trabalhadora (referéncia 13), deuses (referéncia 14), diabo (referancia 15) € carro (referencia 16) so simples e primitives, quanto & formacao, e comuns e concretos, quanto ao significado. d) Em “um ganho de mil ¢ seiscentos reais", 0 substantivo destacado é primitive e dé origem 20 verbo ganhar. €) Nos trechos “um carro policial” e “advogados dos policiais", as palavras em destaque ndo podem ser classificadas como pertencentes & mesma classe gramatical, pois semantica e sintaticamente exercem fungdes distintas. Como opera a mafia que transformou o Brasil em um dos campedes da fraude de medica- mentos. E um dos piores crimes que se podem cometer. As vitimas séo homens, mulheres € criangas doentes ~ presas faceis, capturadas na esperanca de recuperar a satide perdida. A méfia dos medicamentos falsos é mais cruel do que as quadrilhas de narcotraficantes. Quando alguém decide cheirar cocaina, tem absoluta consciéncia do que coloca no corpo adentro. As vitimas dos que falsificam remédios ndo é dada oportunidade Grants oF de escolha. Para o doente, o remédio é compul- sério. Ou ele toma o que o médico lhe receitou ‘ou passaré a corter risco de piorar ou até morrer. Nunca como hoje os brasileiros entraram em uma farmacia com tanta reserva. FASTORE, Karina, O paras dos reméclo alicads. Vj, m2. Sho Paulo: Abi, 8 ju 1998, 40-41 No trecho "Nunca como hoje os brasileiros entra- ram em uma farmacia com tanta reserva”. O termo destacado pode ser substituido, sem alteragso de sentido, por 2) estoque. b) cautela. 0) economia d) retengao. @) acémulo. 4. A regra gramatical de flexdo nominal ("faz-se 0 plural acrescentando um "s" ao singular"), nao se aplica a todas as palavras da lingua portuguesa. Qual alternativa comprova essa afirmagao? a). Maméo. ¢) Exame. b) Béncao. ©) Cidadao. ©) Degrau: /o===PROPOSTAS Leia um fragmento conclusivo de um artigo de Ménica Fantin sobre 0 uso dos tablets no ensino, postado na seco de blogues do jornal Gazeta do Povo em 16 de maio de 2013, para responder & questo. Tablets nas escolas Pensar na potencialidade que o tablet oferece na escola—acessar e produzirimagens, videos, tex- tos na diversidade de formas e contetidos digitais — implica repensar a didtica e as possibilidades de experiéncias e praticas educativas, midisticas e culturais na escola ao lado de questées econémi- cas e sociais mais amplas. E isso necessariamente envolve a reflexdo critica sobre os saberes e faze- res que estamos produzindo e compartilhando na cultura digital. FANTIN, Manica, Tablets nas escoles,Disponivel em: itp/fe. gavetedoporo.combr. Acesso em: 15 mar, 2015 ladaptodo) No ultimo periodo do texto, os termos saberes & fazeres sao @) advérbios. ©) verbos. a) adjetivos. b)_pronomes ©) substantivs. 2. Leia o seguinte trecho de uma entrevista concedida pelo entao ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. Entrevistador: O protagonismo do STF dos titimos tempos tem usurpado as fungdes do Congreso? Entrevistado: Temos uma Constituigao muito boa, mas excessivamente detalhista, com um ntimero imenso de dispositivos e, por isso, suscetivel 3 fomentar interpretacdes € toda sorte de litigios. Também temos um sistema de jurisdic consti- tucional, talvez unico no mundo, com um rol enor- me de agentes ¢ instituicSes dotadas da prerro- gativa ou de competéncia para trazer questdes a0 Supremo. E um leque considerdvel de interesses, de visdes, que acaba causando a intervengo do STF nas mais diversas questdes, nas mais diferen- tes dreas, inclusive dando margem a esse tipo de acusagao. Nossas decisées nao deveriam passar de duzentas, trezentas por ano. Hoje, sao analisa- dos cinquenta mil, sessenta mil processos. E uma insanidade. Vejo, 15 jun. 207 LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS No trecho “dotadas da prerrogativa ou de com- peténcia’, 2 presenca de artigo antes do primeiro substantivo ¢ a sua auséncia antes do segundo fa- zem que o sentido de cada um desses substantivos seja, respectivamente, a) figurado e proprio. b) abstrato e concrete. ) especifico e genético. d) técnico e comum @) lato e estrto. Texto para a questo 3. Antes do nome No me importa a palavra, esta corriqueira. Quero é 0 espléndido caos de onde emerge a sintaxe, 08 sitios escuros onde nasce o “de”, o “aliés”, © "0",0 "porém” e 0 “que’, esta incompreensivel muleta que me apoia Quem entender a linguagem entende Deus cujo Filho Verbo. Marre quem entender. A palavra é disfarce de uma coisa mais grave, surda-muda, fol inventada para ser calada. Em momentos de graga, infrequentissimos, se poderé apanhé-la: um peixe vivo com a mao. Puro susto e terror. PRADO, Adda. Bagage. Rio de Janeiro: Nova Fronts, 1979 3. Analise as assertivas a seguir e assinale a alternativa correta, a) Os substantivos peixe e palavra sao simples e derivados. b) O substantivo caos é substantive de dois nu- meros. ©) Graga, susto e terror sao substantivos con- cretos d) No trecho "o de, o alids,/ 0 0, 0 porémeo que’, as palavras destacades so substantivos formados por derivaco regressiva. e) Os substantivos muleta, peixe, mao e terror flexionam-se no plural da mesma forma que sitios. 4. Era. um burrinho pedrés, mitido e resignado [..] Chamava-se Sete-de-Ouros, e jé fora to bom, como outro nao existiu e nem pode haver igual. Sagarana, de Guimarées Rosa. A palavra Ouros est no plural, no nome do bur- rinho, porque a) nao representa o metal precioso, e sim um tipo vulgar de metal sem valor. b)_ os nomes dos naipes das cartas sé podem ser usados neste numero. ©) esta sendo usada em um substantivo proprio. d) tem de concordar com o cardinal sete, que exige plural. e) se trata de uma expressdo popular sem preo- cupaces gramaticais Texto para a questo 5. As duas manas Lousadas! Secas, escuras € gariulas como cigarras, desde longos anos, em Oliveira, eram elas as esquadrinhadoras de todas as vidas, as espalhadoras de todas as maledicén- cias, as tecedeiras de todas as intrigas. E na des- ditosa cidade, nao existia nédoa, pecha, bule ra- chado, coraco dorido, algibeira arrasada, janela entreaberta, poeira a um canto, vulto a uma es- quina, bolo encomendado nas Matildes, que seus olhinhos furantes de azeviche sujo nao descorti- nassem e que sua solta lingua, entre os dentes ra- los, nao comentasse com malicia estridente. A ilusre cosa de Remies, de Ega de Queirés, Grants oF 5. No texto, 0 emprego de artigos definidos e a comissao de artigos indefinidos tm como efeito, respectivamente, a) atribuir 4s personagens tracos negativos de caréter; apontar Oliveira como cidade onde tudo acontece. b) acentuar a exclusividade do comportamento tipico das personagens; marcar a generalidade das situag5es que so objeto de seus comen- tarios. 0) definir a conduta das duas irmas como critica- vel; colocé-las como responséveis pela maioria dos acontecimentos na cidade. d) particularizar 2 maneira de ser das manas Lousadas; situd-las em uma cidade onde so famosas pela maledicéncia @) associar as ages das duas irmas; enfatizar seu livee acesso a qualquer ambiente na cidade. 6. Leia o trecho a seguir. No tltimo domingo (7), a associagae Cineclube Socioambiental Crisantempo, localizada na Vila Madelena, bairro da zona oeste de Sao Paulo, rea- lizou uma feira em que os moradores puderam trocar objetos entre si. A iniciativa busca incenti- var 0 consumo consciente e levar para 0 espago 0 conceito de economia solidéria. A feira de trocas acontece uma vez por més, sempre 2os domingos|..] Disponivel em: hrtp/eiclovive.com br. Acesso em: 3 out. 2016 Em relagaio aos artigos destacados nas passagens do texto, pode-se dizer que a) na primeira, usou-se 0 artigo definido para apresentar um elemento, e depois se usou 0 indefinido para retomar esse elemento b) na primeira, usou-se 0 artigo indefinido para apresentar um elemento, e depois se usou 0 definido para retomar esse elemento. <) nas duas passagens, usou-se o artigo indefinido para nao determinar o elemento sobre o qual se esta falando. d) nas duas passagens, usou-se o artigo definido para retomar a um elemento citado anterior- mente. @) nas duas passagens, o emprego do artigo ndo ‘tem implicagao semantica no texto. 7. Indique a alternativa correta no que se refere 20 plural dos substantivos compostos casa-grande, flor-de-cuba, arco-itis e beija-flor a) casa-grandes, flor-de-cubas, os arco-iris, bei- ja-flor. b) casas-grandes, flores-de-cuba, arcos-iris, bel- jasflores. 0) casas-grande, as flor-de-cubas, arcos-iris, os beije-flor. d) casas-grande, flores-de-cuba, arcos-itis, bei- jas-flores €) casas-grandes, flores-de-cuba, os arco-fris, beije-flores. 8. (ENEM) O rio que fazia uma volta atrés de nossa casa era a imagem de um vidro mole que fazia uma volta atrés de casa Passou um homem e disse: Essa volta que o rio faz por tras de sua casa se chama enseada. Nao era mais a imagem de uma cobra de vidro que fazia uma volta atrés de casa. LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Era uma enseada. Acho que 0 nome empobreceu a imagem. BARROS, M. O lio das ignrdgas Rio de Janeiro Be Soll, 208, O sujeito poético questiona 0 uso do vocébulo “enseada” porque a a) terminologia mencionada é incorreta. b)_nomeacdo minimiza a percepcao subjetiva d) palavra é aplicada a outro espaco geografico. d)_ designacio atribuida 20 termo é desconhecida €) definicéo modifica o significado do termo no dicionétio. (ENEM) O tradicional ornate para cabelos, a tiara ou dia- ema, jé foi uma exclusividade feminina. Na origem, tanto “tiara” quanto "diadema” eram palavras de bom berco. “Tiara” nomeava o adorno que era o signo de poder entre os poderosos da Pérsia antiga e povos como os frisios, os bizantinos e os etiopes. A palavra foi incorporada do Oriente pela Grécia e chegou até 16s por via latina, para quem queria referir-se A mitra usada pelos persas. Diadema era a faixa ou tira de linho fino colocado na cabeca pelos antigos latinos, heranca do derivado grego para diédo (atar em volta, segundo 0 Houaiss). No Brasil, a forma de arco ou de laco das as e alguns usos especificos (0 nordestino “gigolete” faz alusao a0 ornato usado por cafetinas, versdes femininas do "gigol6") produziram novos si- nénimos regionais do objeto. 10. 0s sinénimos da tora, Lingua Portuguese, 1.23, 2007 (adaptadol No texto, relata-se que onome de um enfeite para cabelo assumiu diferentes denominagdes ao longo da historia. Essa variago justifica-se pelota) a) distanciamento de sentidos mais antigos. b) registro de fatos histéricos ocorridos em uma dada época ©) associagao a questées religiosas especificas de uma sociedade d)_ tempo de uso em uma comunidade linguistica )_utilizagdo do objeto por um grupo social. Leia o texto a seguir, publicado no Instagram e em, um livro do @akapoeta Jodo Doederlein. estrela (s.f) 6 que, feito catapora, se multiplicou no céu, dria CCarpinejar. sao as manchas que o universo nao tem vergonha de mostrar. so as pintas nas suas ccostas e as sardas no seu resto. s80 as memérias cde quem jé partiu. é onde escreve o destino, 0 brilho particular que algumas pessoas carregam no olhar. Jodo Doedelin, © livros ressignificados. Sto Pad: Perales, 2017.p. 17. A ressignificagao de estrela ocorte porque o ver- bete apresenta a) diversas acepgoes dessa palavra de modo am- plo, literal e descritivo. ') cinco definigdes da palavra relativas 8 realidade © uma definicao figurada. varios contextos de uso que evidenciam o ca- rater expositivo do género verbete. 4d) uma entrada formal de dicionério e acepgdes que expressam visdes particulares @)_informagées de cunho enciclopédico, mas com estrutura de dicionario. Grants Od LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Substantivo Il — Flexao de género e ) variagao de grau Leia 0 texto a seguir. Sexa — Pai. —Hummmmm? — Como é 0 feminino de sexo? —O que? —O feminino de sexo. —Nio tem. —Sexo nao tem feminino? —Nio. —Sé tem sexo masculina? —E. Quer dizer, no. Existem dois sexos. Masculino e feminino, —E como € 0 feminino de sexo? —Nio tem feminino. Sexo é sempre masculino. — Mas tu mesmo disse que tem sexo mascullino e feminino. —0 sexo pode ser masculino ou feminino. A palavra "SEXO" émasculina. 0 SEXO masculino, o SEXO feminino. —Nio devia ser “A SEXA"? —Nio. —Por que nao? — Porque nao! Desculpe. Porque nao, “SEXO” é sempre masculino. —O sexo da mulher é masculine? —E. Nao! O sexo da mulher é ferninino. —E como é o feminino? —Sexo mesmo. Igual ao do homem. —O sexo da mulher é igual ao do homem? —E. Quer dizer... Olha aqui. Tem 0 SEXO masculino e o SEXO feminino, certo? —Certo. —Sio duas coisas diferentes. —Entio como é 0 feminino de sexo? —£ igual ao masculino. — Mas nao sio diferentes? —Nio. Ou, so! Mas a palavra éa mesma. Muda o sexo, mas nio muda a palavra — Mas entio nio muda o sexo. E sempre masculino. —A palavra é maseulina. —Nio. “A palavra’ é feminino. Se fosse masculino seria “o pal..” — Chega Vai brincar, vai ( garoto sai e a mie entra. O pai comenta: —Temos que ficar de olho nese guri. —Por que? —Ele s6 pensa em gramética. VERISSIMO, Luis Femando, Sex. In CComédlas para se ler na escoe, Rio de Janeiro: Objetve, 2001. p, 53.54, CO efeito de humor do texto de Luis Fernando Verissimo se resume na confusao criada pelos questionamen- tos do garotinho sobre a flexao de género. Ele provavelmente pensou que todas as palavras da lingua portu- ‘guesa podem ser flexionadas do masculino para o feminino, dai ter concluido que o feminino da palavra sexo fosse sexa. Quando o pai Ihe diz que a palavra sexo é masculina, o mesmo raciocinio leva o menino a deduzir que, se palavra (no caso, o vocdbulo) fosse masculino, deveria ser “o pal(avro)...". O menino ainda confunde as nogées de género, uma categoria gramatical pertinente a palavras, e de sexo, caracteristica dos seres vivos, porque ambas so expressas pelos termos masculine e feminino. Assim, todas as palavras possuem um géne- fo, masculino ou feminino, quer elas se refiram a seres inanimados ou nao. Flexado de género Além da flexdo de numero, estudada na aula anterior, o substantivo também pode sofrer flexdo de género (masculino e feminino). Em lingua portuguesa, os substantivos podem ser de dois géneros, o masculino e o feminino, independen- temente de sua representacdo de seres animados ou inanimados. Assim, a mesa, o cardume e o amor, que so substantivos comum, coletivo e abstrato, respectivamente, apresentam os géneros marcados pelos cor- respondentes artigos. Para identificar o género do substantivo, costuma-se recorrer 8 anteposicao do artigo: sero masculinos os substantivos que aceitarem 0 artigo o(s); femininos, os que aceitarem a(s). A formacao do feminino de um substantivo pode ser realizada pelos seguintes métodos: = Substituigdo do -0 étono pela desinéncia -a’ Exemplos: filho — filha, namorado - namorada. Casos irregulares: galo — galinha, maestro ~ maestrina. = Substituicdo da terminacdo -e por -a: Exemplos: mestre — mestra, elefante — elefanta, monge — monija. Casos irregulares: conde ~ condessa, duque — duquesa, sacerdote — sacerdotisa, principe — princesa. = Acréscimo da desinéncia -a & terminagdo em consoante (-és, -or, -s, -z, - Exemplos: frequés — frequesa, professor — professora, deus - deusa, juiz — jufza, oficial — oficiala. Casos irregulares com a terminagao -or: ator ~ atriz, imperador — imperatriz, embaixador - embaixatriz (esposa do embaixador) ou embaixadora (chefe da embaixada), cantador — cantadeira, trabalhador — traba- Ihadeira (ou trabalhadora), namorador — namoradeira. = Substituicao da terminagao -do por -0a, -& ou -ona (no caso de aumentativos ou adjetivos substantivados) Exemplos: De -o para -0a: patrao — patroa, ledo — leoa, leitdo — leitoa. De -o para -a: cidadio - cidad, irmao — irma, ando — and, ancido — ancid, cirurgiao — cirurgi8, anfitrido — anfitria, campedo — cape’. Gramitice LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS De -&0 para -ona: comilao — comilona, pobretéo — pobretona, folio — foliona, solteirao — solteirona. Outras variagées irregulares: bardo — baronesa, rei — rainha, cdo — cadela, ladréo — ladra (ou ladroa ou la- drona), perdigao ~ perdiz, sulto ~ sultana, profeta— profetisa, czar — czarina, frade — freira, cénsul - consulesa, herdi — heroina, réu - ré, avé - avo. Classificagdo de género Quanto ao género, os substantivos classificam-se em masculinos ou femininos: alguns apresentam uma forma para 0 masculino e outra para o feminino, marcadas pela desinéncia de género (gato/gata, menino/me- nina), enquanto outros apresentam apenas uma forma, tanto para o masculino quanto para 0 feminino (onca, vitima, gerente). Alguns substantivos masculinos nao apresentam uma forma feminina morfologicamente correspondent. Nesses casos, a falta do feminino é suprida por outra palavra do léxico, em um processo chamado de heteroni mia (ou supletivismo). Os substantivos heterénimos no apresentam, pois, diferenciacdo de género marcada pela desinéncia, pois possuem formas oriundas de outros radicais. Exemplos: Homem ~ mulher, boi —nora. vaca, carneiro ~ ovelha, pai ~ mae, cavaleiro — amazona, cavalheiro - dama, genro Os substantivos que possuem apenas uma forma tanto para 0 masculino quanto para 0 feminino sao cha- mados de uniformes e podem ser classificados em epicenos, comuns de dois géneros e sobrecomuns. > Epicenos — Substantivos designativos de animais cuja distingao de género, se necessaria, é indicada pelas palavras macho ou fémea, Exemplos: o jacaré (macho ou fémea), a cobra (macho ou fémea), o ber-te- (macho ou fémea). > Comuns de dois géneros ~ Substantivos cuja distingo de género é marcada por um determinante (artigo, numeral, pronome ou adjetivo). Exemplos: Pianista famoso faré apresentago no parque da cidade. O repérter investigativo envolveu-se em situacSes perigosas. Aquela artista é irma do meu dentista. Ela foi a primeira estudante brasileira aprovada nesse concurso. Hé substantivos que podem ser classificados como comuns de dois géneros, embora admitam a formagio do feminino pelo proceso de flexo descrito anteriormente. Exemplos: 0 presidente ~ a presidente ou presidenta; o parente ~ a parente ou parenta. > Sobrecomuns ~ Substantivo de Unico género gramatical que designa pessoas do sexo masculine ou de feminino. Exemplos: Oacidente fez duas vitimas fatais. Aquelas criancas se esquecem de tudo brincando. Todas as testemunhas ja prestaram depoimento. Na tirinha, Mafalda se refere a “o moral", que significa estado de espirito, animo. J a palavra moral, 1no feminino, significa 0 “conjunto de valores, individuais ou coletivos, considerados universalmente como norteadores das relacdes sociais e da conduta dos homens”, segundo o Diciondrio Houaiss da lingua portuguesa. Como esse exemplo, outros substantivos apresentam alteragao de significado com a varia ‘60 de género. Em alguns casos, essa alteraco se justifica pela origem diferente dos radicais, como "o grama' (unidace de massa) e “a grama" (planta), o que constitui um caso de homonimia, Exemplos: ° ‘Artigo masculine Artige feminine © cabeca (chefe, lider) A cabeca (parte do corpo} © caixa (guiché para pagamentos) ‘A caina (recipiente) (O capital (bens, valores) A capital (cidade principal) (© grama (unidade de medida de massa) A grama (graminea, tipo de vegetagio) © guarda (sentinela, vigilante) ‘A quarda (grupo de vigilancia e protecdo) O lotacdo (veicul) A lotacéo (capacidade) ‘© nascente (ponto cardeal leste) Anascente (fonte de agua) rédio (oss0, aparetho eletrénico) A radio (estagao transmissora) = Alguns substantivos tém variacSo apenas aparente quanto ao g&nero, pois derivam de radicais dife- rentes; por isso so palavras distintas, chamadas de parénimas: prato, prata, caso, casa, colo, cola. = Outros substantivos apresentam aproximagao de significado, mas so empregados em contextos diferenciados: cinto, cinta, chinelo, chinela, jarro, jarra, banheiro, banheira, cerco, cerca, casco, casca, bolso, bolsa, barraco, barraca, poco, posa, espinho, espinha = So substantivos empregados apenas no masculino: champanha, delta, eczema, gengibre, dé, eclipse, apéndice. = S40 substantivos empregados apenas no feminino: omoplata, sentinela, elipse, énfase, libido, entorse, aguardente, alface, cal, dinamite, apendicite, comichao, couve, couve flor, atenuante, muse. = Alguns substantivos apresentam género vacilante, ou seja, podem ser empregados tanto no masculino quanto no feminino: o/a diabete(s), soprano, personagem, sabié, suéter, avestruz, agravante, xérox. Grants Od LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Variagao de grau FRANK & ERNEST BoB THAVES i ; |] mesons 2 | sew Maen |Btte “FRango FRANGALHO 0 Eade de 5 Pal, 25 mato 2005, Os substantivos podem variar também do grau normal (frango, por exemplo) para o aumentativo (fran- go) e para o diminutivo (frangote). Observa-se que o humor da tirinha reside na aproximacao do grau do substantivo frango com o substantivo frangalho, que denota trapo, caco, farrapo e, por extensao de sentido, refere-se 3 pessoa ou coisa que se mostra gasta ou acabada A gradacdo dos substantivos pode ser marcada de duas formas: >. Forma analitica-Mediante o emprego de um adjetivo indicador do aumento ou da diminuigao do tamanho. Exemplos: casa grande, menino pequeno, homem imenso. > Forma Exemplos: ‘Aumentativo: couraca, golago, muralha, corpanzil, paredo, chorona, bocarra, homenzarréo, cabecorra Diminutivo: riacho, goticula, casebre, jornaleco, namorico, saleta, livreto, fazendola, camarote, granulo, filhinho, flautim, florzita 1tética — Com o acréscimo de um sufixo indicador do aumentativo ou do diminutive. = Alguns substantivos, usados antes no aumentativo ou no diminutivo, ao longo do tempo e com a evolu- 80 da lingua, perderam as referéncias ao tamanho e adquiriram novos significados. Exemplos: cartéo, porto, ferréo, folhinhe, caldeirdo, calgéo, cartilha, cordio, camisole, sacola, mosquito = Alguns substantivos no aumentativo ou no diminutivo so empregados com valor pejorative ou afetivo, sem fazer referéncia a tamanho. Valor pejorativo: Lamento ter pagado to caro por este livreco. Aquele sujeitinho nao se cansa de criar problemas! Essa gentinha est sempre difamando a vida alheia Valor afeti \Vocé pode me dar uma ajudinha aqui? Ele é realmente um amigao! Aquele golaco levantou a torcida! = Anogao de gradagao pode também, pelos processos de formago de palavras da lingua portuguesa, ser expressa pelo acréscimo de prefixos ou pseudoprefixos: Exemplos: supermercado, hiperdosagem, megaoferta, microcirurgia, macroestrutura, maxicasaco, minibiblioteca. PP™=PARASALAncnn 1. Considere as passagens: a) Durante a pesquisa, foi colocada uma goticula — O restaurante, a0 que se disse no jornal, levan- do dcido para se definir a reagéio. tou-se como uma s6 pessoa ) Na casa dos sete andes, Branca de Neve en- —... e dava-se muito bem com as guardias. controu sete mindsculas caminhas. ©) Para cortar gastos, resolveu confeccionar livri= Pretendendo-se conferir sentido pejorative 8 pri- nhos que cabem nos bolsos. meira passagem e obternasegundapassagemum _d)_ Naoestava satisfeita com aquele empreguinho termo masculino plural que siga a mesma regra do sem graca e sem perspectivas. masculino plural de “guardias”, os termos em desta- e) Teve um carrinho de dois lugares, depois um que deve ser substituidos, respectivamente, por carro de cinco e, hoje, um de sete. a) periodico ¢ ale- — d) jornaleco © capi: 4, Assinale a alternativa em que ha substantivols) cuja mees ‘Ges. - mudanca de género provoca alteracdes de signifi- b) jornalzinho e cida- ) diario e bardes. d dios. cack ©) noticiério érfaos. a) Apersonagem do filme perdeu todo o investi- mento da empresa em uma transa¢ao arriscada. 2. Considere o trecho a seguir b)_ Uma dguia havia pousado na torre da radio. Eo que tem ocorrido com o estude da relacdo en- ©) © jomalista comemorou sua conquista com tre a obra e 0 seu condicionamento social, que a certa champanhe. altura chegoua ser vista como chave para compreen- 4): A populacdo lamentava que o acidente tenha dé-la, depois foi rebaixada como falha de visio, - e feito tantas vitimas. . talvez s6 agora comece a ser proposta nos devides ——«®)_ © avestruz tentava bicar o sabia. /™==PROPOSTAS Se a palavra relagao fosse substituida por vinculo, quantas outras palavras no trecho teriam de ser Alguns substantivos mudam de sentido quando modificadas para fins de corregao gramatical? ‘3 q mudam de género. E 0 caso de: a) Duas. c) Quatro. ©) Seis. " 50" ig li ‘ 2) “Adama do letagle" jé foi lido por varios es- b) Tres. d) Cinco. penne 3. Na oragéo “No quero que diga palavrses!", 0 ©). Assistiram 20 eclipse em um miranta substantivo palavrdes, ainda que apresente varia. ©) Emmeio ao evento, Plinio devolveu-Ihe o agra- 80 de grau, nao reporta a ideia de tamanho. Tal do. emprego também se verifica em: ) Era camaradagem a sua. ©) No vao principal, encontramos as digitais re- feridas. Grants Od Texto pa “Algoz” & um substantive sobrecomum, pois n5o apresenta diferencas sintéticas ou morfoldgicas para designar masculino ou feminino. Assinale a alternativa que apresenta unicamente substantivos sobrecomuns, a) Testemunha, monstro, criatura, b)_Individuo, intérprete, jurista ©) Doente, artista, vitima. @) Ente, colega, génio. €) Cliente, imigrante, martir. Indique a alternativa em que todas as palavras so femininas. a) Sentinela, faringe, dé, alface. b) Omoplata, apendicite, cal, ferrugem. ©) Entorse, cdnjuge, champanha, afa. d) Apéndice, teorema, guarané, vitrina. €) Dilema, eclipse, andlise, nauta. as questdes 4 5. A linha e o linho E a sua vida que eu quero bordar na minha Como se eu fosse 0 pano e vocé fosse a linha E a agulha do real nas maos da fantasia Fosse bordando ponto a ponto nosso dia a dia E fosse aparecendo aos poucos nosso amor Os nossos sentimentos loucos, nosso amor O zigue-zague do tormento, as cores da alegria Accurva generosa da compreensao Formando a pétala da rosa, da paixio A sua vida o meu caminho, nosso amor Voeé a linha e eu linho, nosso amor Nossa colcha de cama, nossa toalha de mesa Reproduzidos no bordado Acasa, a estrada, a correnteza Osol, a ave, a érvore, 0 ninho da beleza Gl, Giberto,Ofirho a linha, Eleracistio, Warmer, 2008 Faia 7 Sobre os substantivos encontrados na cancao, analise as assertivas seguintes. |. Oemprego enfético de substantivos abstratos reitera o tema da cancéo. I Oenvolvimento amoroso é expresso por meio de uma simile com o ato de bordar. Il Os substantivos abstratos presentes no texto s6 podem ser empregados em um género. Esta correto o que se afirma em a) |, apenas. b) Il, apenas. ©) lel, apenas. @) Hell, apenas e) Ile lll Considerando 0 titulo da cangao, assinale a alter- nativa correta, 2) Os substantivos sofrem flexio de género, sem alteragao de significado. b) Os substantivos linha e linho so cognatos. ©) Ossubstantivos linha e linho apresentam apa- rente flexo de género, mas so palavras de origem e significados distintos. 4d) Linha e linho so substantivos de dois gneros. ¢) Linha ¢ linho so palavras homénimas No trecho da crénica “O futuro era lindo", de Ma- rion Strecker, "Ninguém imaginou que 0 poder @ 0 dinheiro se tornariam tao concentrados em mega-hipercorporacées norte-americanas como © Google, que iriam destruir para sempre tantas indistrias e atividades em t3o pouco tempo", o termo em destaque formado por um processo que enfatiza 0 tamanho eo poder das corporacdes econémicas atuais. Essa énfase & produzida pelo emprego de 2 LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS a) sufixos de carater aumentativo. )_prefixos com sentido semelhante. @)_radicais de combinagao obrigatéria. d)_desinéncias de significado especifico. e) desinéncias de género e numero. Flexdo é 0 processo de fazer variar um vocabulo, em sua estrutura interna, para nele expressar dadas categorias gramaticais como género e nimero. Por esse conceito, a palavra destacada que admite flexdo de género é: a) “Fez-se triste o que se fez amante” (Vinicius de Moraes) b) "Paisagens da minha terra,/ Onde o rouxinol do canta” (Manuel Bandeira). "Sou um homem comum/ de carne e de me- méria/ de osso e de esquecimento” (Ferreira Gulla. ) “Meu amigo, vamos cantar/ vamos chorar de mansinho/ e ouvir muita vitrola” (Carlos Drum- mond de Andrade). e) "Mas tu, erianga, sé tu boa... e basta/ Sabe amar e sorrir...6 pouco isso?" (Antero de Quen- tal). No periodo: “Vim do sertao, fedelhozinho ain- da, bestaloide, mas dotado de uma hipersensi- bilidade”, ha, em fedelhozinho, dois sufixos de um deles expressa ideia de - em bestaloide ha um sufixo que indica ____, carregado de cono- tagao depreciativa; e, em hipersensibilidade, um __ prefixal Assinale a altemativa que preenche corretamente as lacunas do periado. a) aumentativo - depreciag3o ~ aspecto de — su- perlativo b)_ diminutivo ~ afetividade ~ semelhante a - su- perlativo ©) diminutivo - depreciaco - aspecto de — au- mentativo 4d) diminutivo-afetividade — aspecto de-aumen- tativo ©) aumentativo ~ afetividade ~ semelhante a - aumentativo Entre as frases a seguir, escolha aquela em que hs, semanticamente, variacao de grau para o substan- tivo. 2) Oadvogado deu-me seu cartéo b)Deparei-me corn um porto imenso e suntuoso. ©) Aprofessora distribuiu as cartilhas a todos os alunos ¢) Moravam em um casebre, a beira do rio. @) Aabelha, ao picar a vitima, perde seu ferro, 10. (ENEM) Pode chegar de mansinho, como ¢ costume por ali, e observar sem pressa cada detalhe da es- taco ferrovidria de Mariana. Repare na arquitetura recém-revitalizada do casarao, e como os detalhes em madeira branca, as delicadas arandelas de luzes, amarelas € os elementos barrocos da torre ja come- cam a dar 0 gostinho da viagem aguardada. Vindo 18 de longe, o apito estridente anuncia que logo, logo © cenario estaré completo para a partida. E no tarda para o trem de fato surgir. Pequenino a principio, mas de repente, em toda aquela imensi- dao que desliza pelos trilhos. Arrancando sorrisos € deixando boquiaberto até o mais desconfiado dos mineiros. ‘TIUSSU, Bruna. Raizasmineivas O Estado de S, Paulo. Disponivel em hitpifwwwestadaa com br. Aceaso em: 15 nov. 201, fedaptado) Grants od LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS A leitura do trecho mostra que textos jornalisticos produzides em determinados géneros mobilizam recur- sos linguisticos com 0 objetivo de conduzir seu publico-aluo a aceitar suas ideias. Para envolver 0 leitor no retrato que faz da cidade, a autora a) inicia o texto com a informagao mais importante 2 ser conhecida, a estagao de trem de Mariana. b) descreve de forma parcial e objetiva a estacao de trem da cidade, seus detalhes e caracteristicas. <) apresenta com cuidado e preciso os recursos da cidade, sua infraestrutura e singularidade. ) faz uma critica indireta a desconfianga dos mineiros, mostrando conhecimento do tema. @) dirige-se a ele por meio de verbos e expressdes verbais, convidando-o a partilhar das belezas do local atl ) ONC OR MATE} Adjetivo Observe a imagem a seguir. Intelectual Romantica Aventureira da ‘Atleta Despojada -‘Descolada == Qusada Pamitarse ser 0 que quiser, principalmente pligh Destinada & comemoracao do Dia Internacional da Mulher, 2 imagem centra-se na caracterizacao do pu blico feminino, homenageando mulheres de diferentes perfis, com 0 emprego exclusivo de adjetivos, que so palavras variéveis que modificam um substantivo, destacando-Ihe uma qualidade, uma caracteristica, um estado, um modo de ser, um aspecto ete. Perceba que a escolha de utilizar majoritariamente adjetivos na ima- gem pode ser justificada pelo grande potencial de caracterizacao que apresentam, mesmo que nao estejam inseridos em sentengas completas. Classificagao dos adjetivos Quanto & estrutura e & formaco da palavra, os adjetivos podem ser classificados em: > Simples ~ Apresentam apenas um radical Exemplos: atenta, ativa, amavel. > Compostos ~ Apresentam mais de um radical Exemplos: luso-africano, bem-apessoado, verde-agua. > Pr Exemplos: amarelo, bom, forte. > Derivados - Formados com base em verbos, substantivos ou outros adjetivos. Exemplos: confiante, amorosa, incapaz. jvos ~ Aqueles que ndo derivam de outra palavra. Entre os adjetivos derivados, encontram-se os pitrios ou gentilicos, aqueles que caracterizam seres ou objetos oriundos ou procedentes de cidades, estados, paises, continentes, regides etc. Essas classificagSes ndo so contempladas na Nomenclatura Gramatical Brasileira Exemplos: europeu, brasileiro, sulista, alagoano, belenense. Quanto ao aspecto seméntico, os adjetivos podem ser classificados em: > Explicativos - Aqueles que designam uma caracteristica prépria do ser. Exemplos: homem racional, pedra dura, limo azedo. D> Restritivos — Aqueles que designam uma caracteristica acesséria ou casual Exemplos: homem velho, pedra azul, mao siciliano. Por sua estreita relacdo com os substantivos, os adjetivos podem facilmente ser substantivados ou vice-versa Exemplos: Substantive Ela tem lindas olhas v« Ad O verde de seus olhos ¢ lindo. Substantive Também pelo processo de derivag3o imprépria, os adjetivos podem aparecer na oracao exercendo a fun- 0 de advérbios, modificando um verbo. Com essa func, eles no sofrem flexo de numero ou de género. Exemplos: QO jogador era muito alto, t 7 Substantivo Adjetivo jogador falava muito alto. ee Substantive Adjetive Grants Od LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS O adjetivo, normalmente, aparece depois do substantivo, mas, para efeito de énfase, pode antecedé-lo. © funcionério experiente jé requereu sua aposentadoria. -funcionério exp Substantive Adjetive © experiente funcionério ja requereu sua aposentadoria, -experiente funcionério Adjetivo —Substantivo Em alguns casos, esse alteracao de posicao pode implicar alteracao de significado e de classificagao das palavras. A seguir, leia um fragmento da obra MemGrias péstumas de Bras Cubas, de Machado de Assis. Capitulo 1 - Obito do autor Algum tempo hesitei se devia abrir estas memeérias pelo principio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar ‘o-meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja comecar pelo nascimento, duas consideracdes me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu nao sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro ber¢o; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. [J ASSIS, Machado de, Memoras péstumas de Bris Cuba. Crawfordsville: Kick Editors, 1997 p17 No trecho “eu nao sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor’, 0 primeiro termo € clas- sificado como substantivo, e 0 segundo, como adjetivo. Observe as alteragées de significado que resultaram dessa mudanga de ordem: Brés Cubas no se declara um autor que morreu, mas alguém que, depois de mor- to, resolve escrever sua histéria. Essa condi¢ao de “defunto autor” constitui a base de todo 0 discurso da obra, haje vista que o narrador se sente livre das convencées sociais para desfiar, implacavelmente, as suas ironias € critica. Locugées adjetivas Locugées adjetivas sao expresses compostas por mais de uma palavra (preposi¢ao + substantivo ou pre- posigao + advérbio) que exercem a mesma fungo do adjetivo. Em apenas alguns casos, locugées adjetivas podem ser substituidas por um adjetivo correspondente. Exemplos: Substantive Advérbio Amizade de irmao (= fraternal) Jornal de hoje Preposicio Preposicio Substantive Advérbio Lanche da manha (= matinal) Amigos de Tenge ropa Prepac Flexao do adjetivo Come termo determinante do substantivo, 0 adjetive deve concordar em género e nlimero com 0 termo a que se refere Exemplo: Convénios brasileiros com universidades estrangeiras geram oportunidades a estudantes de escolas publicas. a + v T Substantive Adjetivo Substantive Adjetivo Substantive Agjetivo Flexo de género Quanto ao género, 0s adjetivos podem ser uniformes ou biformes. > Uniformes ~ Aqueles que apresentam apenas uma forma tanto para masculino como para o feminino Exemplos Homem forte — mulher forte Gesto humilde ~ atitude humilde > Biformes ~ Aqueles que possuem uma forma para o feminino e outra para o masculine. Exemplos Homem generoso ~ mulher generosa Gesto solidério ~ atitude solid As regras que norteiam a flexdo de género dos adjetivos so praticamente as mesmas da flexio dos subs- tantivos femininos: Regra Exemplos Substituigao do -0 atono pela desinencio a Alto ~ alta, escuro — escura ‘Acréscimo da desinéncia -2 Cru~crua, chin@s - chinesa, sedutor — a terminacao -u, -8s € -or sedutors Substituigdo da terminagdo “Ao por -4 ou-ona Cristo crista, so ~ 58, brigio - brigona Substituigdo da terminagio -ou por -ci ‘Atou - ateis, plobeu - pleboia Substituigao da terminagao -éu por -oa Ithéu —ithoa, tabaréu — tabaroa Casos especiais = Sao exemplos de adjetivos invaridveis: hindu, cortés, montés, pedrés, melhor, pior, maior, menor, anterior, posterior, superior, inferior, interior, exterior, multicor, incolor, bicolor, tricolor. = Alguns adjetivos terminados em -or apresentam feminino em -eira ou -triz: trabalhador — trabalhadeira, motor - motriz, gerador — geratriz, = Sao irregulares as flexSes de género de: judeu — judia, sandeu — sandia, mau — mé, born ~ boa, espanhol — espanhola e andaluz— andaluza. Grants Od LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS = Alguns adjetivos que apresentam vogal o com timbre fechado [6] no masculine, mudam para o timbre aberto [él no feminino: cheiroso — cheirosa, idoso — idosa. = Substantivos empregados como adjetivos, na representagao de cores, ficam invariéveis: blusas rosa, calcas Cinza, roupas vinho, toalhas creme, canetas laranja, tintas gelo. Flexao de nimero Na flexio de nimero, as mesmas regras de formagéo do plural do substantivo se aplicam ao adjetivo. Confira as tabelas a seguir. Terminagao Regra Exemplos Vogel ou ditongo Acrescenta-se -s Claros, europeus Substitui-se -m por -ns sobrecomuns, marrons “rou Acrescenta-se-e5 Pulmonares, capazes Se onitonos, acrescenta-se -es Portugueses, ingleses Se paroxitonos, ficam invariaveis {@ marcagio seré feita por meio de outro terme determinante e do termo determinado) Simples, reles -al, -l,-ol @ -ul Anuais, fis, mongéis, azuis Se oxitonos, substitu Infantis, civis il Frageis, dé Se paroxitonas, substitui-se ‘Terminagao Regra Exemplos Vth i 1enas 0 ultimo elemento Debates politico-econémicos Adjtvo + agtvo | Saatom gtneve ender) oops aa escurs Pastas verde-limao Camisas verde- bandeira Fardas azul-marinho Etiquetas azul- Adjetivo + substantive Fica invaridvel Azul-marinho e azul-celeste 30 invariveis celeste Surde-mudo Os dois elementos sofrem unos surdos-mudos Meninas flexao (em género e nimero) surdas-mudas Gradagao do adjetivo Leia a tirinha a seguir. ‘A VERDADE GUEELES Ao LNDISsIMOS, ELES VAOFICAR CONVENCIDOS! 4] 7 6 (GONSALES, Fernando. Niquel Nausea: Disponivel en: hip //aaw2uolcom br/mquell “Acessa erm 15 fev 2015, No primeiro e no terceiro bales da tirinha, encontram-se adjetivos com variago de grau. No primeiro ba- lo, a coruja se refere aos filhotes como "muito bonitos" e, no terceiro balo, como “lindissimos”. Em ambos (08 casos, a caracteristica dos filhotes esta intensificada em uma gradag3o maxima, sem que haja qualquer com- aragao com outros seres. A gradacao dos adjetivos pode ser expressa por meio de dois processos distintos: > Grau comparative - Quando hé comparagao de uma caracteristica de dois ou mais seres ou objetos ou de duas caracteristicas do mesmo ser ou objeto. O grau comparativo pode indicar igualdade, superioridade ou inferioridade. = Comparativo de igualdade: com a expressao “tao (adjetivo) quanto” Exemplos: Este livro é to interessante quanto a revista. Este livro é tao interessante quanto polémico. Subsite Adutvo Sabo Site Aan sano = Comparativo de superioridade: com a expresso “mais (adjetivo) (do) que’ Exemplos: O jogador é mais alto (do) que o treinador. O jogador é mais alto (do) que gil Tv T Tv T v T Substantivo _Adjative Substantivo Substantivo Adjetvo——_Adjetivo = Comparative de inferioridade: com a expressiio “menos (adjetivo) (do) que". Exemplos: O candidato é menos inteligente (do) que o outro. a fy T Substantive Adjativo Proneme substantivo O candidato é menos inteligente (do) que esforcado. =r Substantivo Adjetivo Adjetivo > Grau superlativo - Quando o adjetivo é apresentado em seu grau maximo, com ou sem relago com outros seres ou objetos de caracteristica semelhante. = Grau superlativo absolute: empregado quando nao ha relago com outros seres ou objetos de carac- teristica semelhante. E dividido em analitico e sintético. Gunite oF LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS — Superlative absoluto analitico: expresso por advérbios de intensidade. Exemplo: Advérbio tt Vocés séo muito bonitos. borftos. Adjetivo — Supetlativo absoluto sintético: expresso pelo acréscimo de sufixo ao adjetivo. Exemplo: Eles so lindissimos. yoy Adjetivo + sufixo Grau superlativo relative: utilizado quando ha relacao com outros seres ou objetos de caracteristica se- melhante. Pode indicar superioridade ou inferioridade. — Superlative relativo de superioridade: com a expressao "o mais (adjetivo) de...” Exemplo: Ele € 0 jogador mais alto do time. Adjstivo = Superlative relativo de inferioridade: com a expresso “o menos (adjetivo) de... Exemplo: Ele & o menos esforcado da equipe. Adjetiva FE] Aideia de gradacio superlativa também pode ser expressapor outros processos da lingua portuguesa FJ = Pela repeticao dos adjetivos: 2 Ele era Agil, gil [J] = Pelo acréscimo de prefixos ou pseudoprefixos: Hiperdelicado, superagil, extraduro, megacurioso, ultrafino. = Por sufixos aumentativos ou diminutivos: Dormi com um lengol branquinho! (© pai duro impunha medo nas criangas. = Por comparagao: "Legides de homens negros como a noite” (O navio negreiro, de Castro Alves) = Por expressdes consagradas pelo uso popular, na linguagem coloquial: Morto de... .. de morrer, ..pra valer, podre de ... ..que déi, ..de mao cheia. Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno apresentam gradacées irregulares: Grau Bom | Mau Grande | Pequeno Comparative de i srieracde, | Melhor | Pior Maio | Menor Superlative ; i ic “pena timo | Péssimo | Maximo | Minimo Superitve melhor | Opior Omaior | Omenor Observago: “mais bom", "mais mau", “mais grande" e “mais pequeno” podem ser empregados ‘em suas formas analiticas, quando houver comparacao de duas caracteristicas do mesmo ser: O apartamento é mais grande que arejado. Este livro é mais pequeno que leve. Numeral Leia a tirinha a seguir. DAVIS, sin. Gari numa boa, Porta Alegre: LAPM, 2006.9 Leem-se na tirinha trés palavras que remetem a quantidades de seres ou objetos: um, milhdo e dezesseis, Tais palavras, varidveis em género ou numero, sao classificadas como numerais e tém a fun¢do de determinar © substantive (valor adjetivo) ou substitui-lo (valor substantivo), indicando-lhe, geralmente, a quantidade exata ‘ua ordem que os seres ocupam dentro de uma sequéncia. Classificagao do numeral Os numerais podem ser classificados em: Cardinais — Indicam a quantidade exata de seres ou objetos. Exemplos: Dezesseis anos, duzentos livros, cento e noventa e duas pessoas. Ordinais - Indicam a posigao que um ser ou objeto ocupa dentro de determinada sequéncia. Exemplos Segundo dia, quinta prateleira, ducentésimo candidato. Grants Od LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS > Multiplicativos — Indicam o némero de vezes por que uma quantidade seré multiplicada, designando um aumento proporcional dessa quantidade. Exemplo’ yy (on © humor da tirinha fundamenta-se no emprego da palavra par para designar um conjunto de dois seres. Helga, porém, preocupa-se com o aspecto fisico de cada um deles, considerando-se do tamanho de duas pes- soas. Assim, os dois valeriam por quatro, ideia expressa pelo numeral muktiplicativo quédruplo, palavra que, na tirinha, esté empregada com valor substantivo, Falha de S Paulo, 1 oot 1995, > Fracionarios — Indicam 0 niimero de vezes por que uma quantidade sera dividida, designando uma dimi- nuic&o proporcional dessa quantidade. Exemplos: Meio-dia e meia (hora), dois tergos da populagao, cinco doze avos. >. Coletivos - Indicam um conjunto de seres ou objetos de quantidade exata. Exemplos: Uma duizia de ovos, uma centena de alunos, década, ambos. Flexdo do numeral > Cardinais = Um, dois e as centenas a partir de duzentos flexionam-se em género. Exemplos: Uma dzia de livros, trezentas casas, quatrocentos quilémetros. = Milhdo, bilhdo e trilhao flexionam-se em numero. Exemplo: Dois milhdes de habitantes. >. Ordinais - Flexionam-se em género e numero Exemplos: Décimo andar, segundas intencdes, milionésima vez. > Multiplicativos - Quando tém valor de adjetivo, flexionam-se em género e nimero; quando tém valor de substantivo, so invariaveis. Exemplos: Porgées triplas, quartos quédruplos, vias duplas Este ano, eles lucraram o triplo do esperado. >. Fraciondrios - Concordam em niimero com o numeral que indica 2 quantidade de partes (numerador). Exemplos: Dois tergos da turma, um quinto da escola, trés milionésimos de segundo. = Ofraciondrio meio concorda em género eniimero com o substantivo a que se refere, esteja ele explicito ou nao. Exemplos Marcamos o encontro para meio-dia e meia (hora). Ele no é homem de meias palavras. > Coletivos — Flexionam-se em nuimero, Exemplos: Ha décadas nao voltava a esta cidade Preciso de trés resmas de papel Ad Valores semanticos do numeral Além das referéncias a quantidade, ordem, aumento ou diminuigSo proporcionais, os numerais concorrem para alguns efeitos expressivos no texto, indicando exagero, indeterminacao, valorizacao ou desvalorizagao da ideia etc. Em alguns desses casos, os numerais admitem variagao de grau Exemplos: Ja disse isso mil vezes! E um produto de primeira Comprou came de segunda. Apesar de quarentao, ele esté em dtima forma. Um: artigo ou numeral? Otermo um é classificado como artigo indefinido quando transmite a ideia de indeterminagdo, equi- valendo, em alguns casos, a qualquer ou algum. Como artigo, um flexiona-se em niimero e género (uns, uma, umas). Para verificar a classificagdo, passe a frase para o plural: o termo variard para uns. Vamos sair para um passoio. Adiga Quando expressa a ideia de quantidade, equivalendo a unidade, um seré classificado como numeral. Para certificar-se da classificacSo, verifique se, no contexto, transmite a ideia de quantidade e se é pos- sivel acrescentar os termos $6 ou Unico depois de um. Se passar a frase para o plural, caberd o numeral dois. Comprei um caderno sem pautas e duas canetas. Numeral Meio: numeral ou advérbio? Quando faz referéncia a substantivos, a palavra mei é numeral fracionario, equivale a metade e fle- xiona-se em género e nimero. Quando se refere a um adjetivo ou advérbio, mei advérbio (de intensidade), equivale a “um pouco" e permanece invariével Compre meio quilo de carne. 6 classificado como Numeral Ela estava meio palida Advérbio Grants Odi LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS PPAR ASALA Texto para as questées de 1a 3. Era um sonho dantesco... 0 tombadilho Que das luzernas avermelha o brilho. Em sangue a se banhar. Tinir de ferros... estalar de acoite. Legides de homens negros como a noite, Horrendos a dancar. Negras mulheres, suspendendo as tetas Magras criancas, cujas bocas pretas Rega o sangue das maes: Outras mocas, mas nuas e espantadas, No turbilhao de espectros arrastadas, Em ansia e magoa vas! ALVES, Catra. O nvio negro. Dispaivl en: hip/von Projetomemoria arr Acesso om: 1a. 2018 1. Apés a leitura do fragmento de O navio negreiro, do poeta romantico Castro Alves, responda ao que se pede a seguir. a) No primeiro verso, 0 que significa o adjetivo dantesco? b) O terceiro verso € uma oragio que se refere 20 termo tombadilho. Que adjetivo poderia substituir essa oraco? 2. Considerando o significado e a posigao em rela- ¢S0 ao termo a que se referem, analise os efeitos expressivos dos adjetivos presentes na segunda estrofe, Negras mulheres, suspendendo as tetas Magras criangas, cujas bocas pretas Rega o sangue das mies: Outras mogas, mas nuas e espantadas, No turbilhao de espectros arrastadas, Em Ansia e magoa vas! 3. Osentido profundo desse livro esta ligado ao fato de ele nao se enquadrar em nenhuma das raciona- lizagdes ideoldgicas reinantes na literatura brasileira de entdo: indianismo, nacionalismo, grandeza do sofrimento, reden¢So pela dor, pompa do estilo ete. Na sua estrutura mais intima e na sua viséo latente das coisas, esse livro exprime 2 vasta acomodagao geral que dissolve os extremos, tia o significado da lei e da ordem, manifesta a penetracao reciproca, dos grupos, das ideias, das atitucles mais dispares, criando uma espécie de terra de ninguém moral, em que a transgressao é apenas um matizna gama que ven da norma e vai ao crime. Aetonio Candido As palavras destacadas no texto poderiam ser substituidas, sem prejuizo para o sentido, respec- tivamente, por a) evidente; desiguais b)__manifesta; légicas ¢) oculta; insensatas. d)_mérbida; absurdas. e) encoberta; dessemelhantes. 4. Na inelutavel necessidade do amor (era quase pri- mavera) pombo e pomba marcaram um encontro galante quando voavam e revoavam no azul do Rio de Janeiro. Era bem de manhazinha. —As quatro em ponto me casarei contigo no mais alto beiral - disse 0 pombo. — Candeléria? — perguntou a noiva. — Do lado norte — respondeu ele. — Té — assentiu com alegria e pudor a pomba. Pois, as quatro azul em ponto, a pomba pontualis- sima pousava pensativamente no beiral. O pom- bo? O pombo nao td Paulo Mendes Campos. Considerado 0 contexto em que ocorre, 0 ad- jetivo “inelutavel” qualifica algo contra o que é lutar. lacuna dessa frase pode ser corretamente preen- chida por a) imperioso. ) inctil b) deplorével €) prazeroso. ©) instavel f™==PROPOSTAS Texto para a questo 1. Meu amigo Marcos O generoso e divertido companheiro de crénicas Conheci Marcos Rey ha mais de vinte anos, quan- do sonhava tornar-me escritor. |..] Nunca tinha visto um escritor de pert. Imaginava uma figura pompo- a, em cima de um pedestal. Meu coracdo quase saiu pela boca quando apertei a campainha. Fui recebido por Palma, sua mulher. Um homem gordinho e simpa- tico entrou na sala. [.] CARRASCO, Walaye Vaja SP, 14 abr 1999. 9.98. (adaptad) 1. No trecho "Um homem gordinho e simpatico en- trou na sala’, 0 diminutivo tem valor semantico a) irénico. @)_ indeterminado, b) afetivo. ) depreciativo. @) preconceituoso. 2. Leia a charge a seguir. Grants Odi Sobre a classe gramatical das palavras do texto, assinale a alternativa correta. a) Como as personagens esto descrevendo a si mesmas, s40 abundantes os adjetivos, entre os quais se incluem azuis, atlético, magra e sensual b) Como a principal funco do texto é descrever, nele ndo ocorrem verbos, que so préprios de textos narrativos. ©) No texto, curiosamente, no ocorrem prono- mes pessoais ou de tratamento, que séo bas- tante comuns em didlogos. 4d) O tinico substantivo que aparece no texto é a palavra olhos, como esperado em um didlogo em que as pessoas falam sobre si mesmas. €) Na fala da mulher, a palavra super, original- mente um prefixo, est sendo usada como um substantivo que caracteriza boca Seria dificil encontrar hoje um critico literario respeitavel que gostasse de ser apanhado defen- dendo como uma ideia a velha antitese estilo contetido. A esse respeito prevalece um religioso consenso. Todos esto prontos a reconhecer que estilo e conteiido so indissoliveis, que o estilo fortemente individual de cada escritor importante &um elemento organico de sua obra e jamais algo meramente “decorativo". Na pratica da critica, entretanto, a velha antitese persiste praticamente inexpugnada Susan Sontag. “Do estilo". Contra a interpretaréo, Consideradas no contexto, as expresses "religioso consenso”, “organico” e “inexpugnada”, destaca- das no texto, podem ser substituidas, sem alteragao de sentido, respectivamente, por a) _mistico entendimento; bioldgico; invencivel. b)_piedoso acordo; puro; inesgotavel. secular conformidade; natural; incompreensivel. 4d) fervorosa unanimidade; visceral; insuperada. ¢) espiritual ajuste; vital; indomada. ‘Amor Proibido Sabes que vou partir Com 08 olhos rasos d’égua E 0 coragao ferido Quando lembrar de ti Me lembrarei também Deste amor proibido Facil demais Fui presa Servi de pasto Em tue mesa Mas fique certa que jamais Terés 0 meu amor Porque nao tens pudor Fago tudo para evitar 0 mal Sou pelo mal persequido S60 que faltava era esta Fui trair meu grande amigo Mas vou limpar a mente Sei que errei Errei inocente Disponivel em: https/urmalatas mus br Acesso em: 25 set 2018 LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS As marcas linguisticas disseminadas pelo texto per- mitem identificar o seu locutor, ou o falante desse amor proibido. Assinale a alternativa em que essas marcas linguisticas asseguram o género do locutor. a) Trata-se de uma figura feminina, como pode ser comprovado no verso “fui pres" b) Trata-se de uma figura masculina, como atesta © verso "Sou pelo mal persequido” ©) Trata-se de uma figura feminina, devido a0 adjetivo certa em “mas fique certa...” d) Trata-se de uma figura masculina, como auto- riza 0 verso “Errei inocente”. @) Trata-se de uma figura feminina, identificada nos versos "Servi de pasto”. 5. (ENEM) Mais big do que bang A comunidade cientifica mundial recebeu, na semana passada, a confirmacao oficial de uma des- coberta sobre a qual se falava com enorme expec- tativa hd alguns meses. Pesquisadores do Centro de Astrofisica Harvard-Smithsonian revelaram ter obtido ‘a mais forte evidéncia até agora de que o universo ‘em que vivemos comecou mesmo pelo Big Bang, mas este ndo foi explosdo, e sim uma stbita expansao de matéria e energia infinitas concentradas em um pon- to microscépico que, sem muitas op¢des semanticas, 0 cientistas chamam de "singularidade". Essa se- mente césmica permanecia em estado latente e, sem que exista ainda uma explicacao definitiva, comecou a inchar rapidamente [..]. No intervalo de um piscar de olhos, por exemplo, seria possivel, portanto, que ocorressem mais de 10 trilhdes de Big Bangs. ALLEGRETT F oj, 25 mar. 20%4 (adapta No titulo proposto para esse texto de divulgagao cientifica, ao dissociar os elementos da expressdo Big Bang, a autora revela a intencdo de a) evidenciar a descoberta recente que comprova a explosao de matéria e energia. b) resumir os resultados de uma pesquisa que trouxe evidéncias para a teoria do Big Bang. ©) sintetizar aideia de que a teoria da expanso de matéria e energia substitui a teoria da explosio, d) destacar a experiéncia que confirma uma in- vestigagao anterior sobre a teoria de matéria e energia. @) condensar a conclusdo de que a explosao de matéria e energia ocorre em um ponto micros- cépico. 6. (ENEM) Glossério diferenciado Outro dia vi um aniincio de alguma coisa que no lembro 0 que era (como vocés podem deduzir, 0 aniincio era péssimo). Lembro apenas que o produto era diferenciado, funcional e sustentvel. Pensando nisso, fiz um glossério de termos diferenciados e suas respectivas funcionalidades. Diferenciado: um adjetivo que define um subs- tantivo mas também o sujeito que o esta usando. Quem fala “diferenciado” poderia falar “diferente”. Mas escolheu uma palavra diferenciada. Porque ele quer mostrar que ele proprio € “diferenciado”. Essa a funcao da palavra “diferenciado”: diferenciar-se. Por diferencado, entenda: "mais caro”. Estudos indicam que a palavra “diferenciado” representa um aumento de 50% no valor do produto. E uma palavra que faz a diferenca DUVMEER, G. Disponivel em: ww etha.uolcom br. ‘Rcesso em: 17 now 2014 ladaptado). Grants od Os géneros so definidos, entre outros fatores, por sua fungao social. Nesse texto, um verbete foi criado pelo autor para a) atribuir novo sentido a uma palavra. b)_apresentar as caracteristicas de um produto. )_ mostrar um posicionamento critico. ) registrar o surgimento de um novo termo. €) contar um fato do cotidiano. Texto para a questo 7. @) ewan 7. As palavras uma, sete e fome, em destaque no cartaz, podem ser classificadas, correta e respec- tivamente, nas classes gramaticais a) numeral, artigo e substantivo. b) artigo, numeral e adjetivo. Q 0, artigo e adjetivo. @) numeral, numeral ¢ adjetivo. €) numeral, numeral e substantive. 8. Nos versos de Adélia Prado “Quero é 0 espléndido caos de onde emerge a sintaxe, [..] esta incom- preensivel muleta que me apoia" e "Em momentos de graca, infrequentissimos |", as palavrasineom- preensivel ¢ infrequentissimos possuem o mesmo prefixo com valor semantico idéntico. Porém, seus sufixes apresentam funcdes distintas, uma vez que (vel forma adjetivo a partir de 2)_verbo e -issime atribui um valor de grau ao adjetive. b) verbo e -issimo atribui um valor de grau ao substantivo. substantive e -issimo atribui um valor de grau ao adjetivo. 4d) substantivo e -issimo forma adjetivo a partir de adjetivo. ©) adjetivo e -issimo forma adjetivo por meio do verbo 9. Leia os versos da cangdo “Perfeigao”, de Legido Urbana Vamos celebrar nossa bandeira Nosso passado de absurdos gloriosos [..] Tudo 0 que é normal 10. LINGUAGENS, CODIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Vamos cantar juntos o Hino Nacional [..] Em “Nosso passado de absurdos gloriosos", subs- tantivo e adjetivo se associam de forma a criar uma figura que se caracteriza pelola) a) emprego de palavras desnecessérias ao sentido da frase. b) énfase no exagero da verdade das coisas. ©) interpenetragao de planos sensoriais diferentes. d) relagao de semelhanca entre o sentido deno- tativo € 0 sentido conotativo do texto. 2) reuniao de ideias contraditérias em um so pen- samento, Leia os trechos da crénica Mulher boazinha, de Martha Medeiros, e responds ao que se pede. [.] Quer ver 0 mundo cair? Diga que ela é muito boazinha Descreva ai uma mulher boazinha Voz fina, roupas pastel, calgados rente 20 chao. [.] Disponivel, serena, previsivel, nunca foi vista ne- gando um favor. [. E queridinha. Pequeninha. Educadinha. [.] Passamos um tempo assim, comportadinhas, en- quanto famos alimentando um desejo incontrolé- vel de virar a mesa Quietinhas, mas inguietas. [. Ser boa é bom, ser boazinha é péssimo. [.] ‘As boazinhas nao tém defeitos Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas, apressadas, é isso que somos hoje. Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmaticos. As “inhas" nao moram mais aqui. Foram para 0 espaco, sozinhas. IMEDEIROS, Martha, Mulher bossa, Digpanvel ern: hep! pensaderuol comb. Acesse em: 28 mar 2014, Assinale a alternativa correta quanto 20 emprego dos adjetivos. a) Em “Quietinhas, mas inquietas”, os adjetivos ressaltam a complexidade do comportamento feminino por meio da coexisténcia de aspectos complementares. b) Em “Ser boa ébom, ser boazinha é péssimo", 0 grau superlativo absoluto sintético foi utilizado para estabelecer a diferenca entre as mulheres boas e as boazinhas. ©) © sufixo diminutivo atribui ao texto um valor semantico de afetividade. )_Em “As ‘inhas’ no moram mais aqui", ocorre derivagao por sufixagao. e) Em "Mulheres bacanas, complicadas, batalha- doras, persistentes, ciumentas, apressadas, & isso que somos hoje", os adjetivos empregados suavizam 0 valor semantico dos diminutivos empregados anteriormente. Grants od

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