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PROLOGO © nosso siculo 6 tanto @ do &tom o 0 do commen ‘como o da linguageen. dio, teloviato, einem, Jornal Atrios com tiragens de males de exerplares, Heres Ge bolo ede bibles, relation econimicos, politic sects, documentos internaclonais, conferénas — oe ler « eserover so conjogades em todas as pesseas erm todos os tempos, de manhi & noite © fem todas 0s paises do mundo, a unt ritmo que mimes ‘ingventa anos. a estas lnguagens strepiem-e torts us otras, no menos reas, do gest eda lagers, ois nie € necessrio ter estudado a semilogin para ‘ompreender que umn banda deseahada, um quadro abstract, um painel com um sentido Taterdito, um ‘Mme mude ou’ uma danca rio. pritcas wde Ungus- gems *—segundo o eloqeente nelogiamo dor lngule- ‘as contamporineas — tal come as lengalengas do ‘sso viel ou etorias do nose Jorml.O homem ‘moderno esti mergulhado na linguagem, vive na fala, E ascaltado por milhare de signos, «onto de je ‘auase 26 ter uma existnein de emisnr e de receptor. isto que cxplica a Inportancia erescente das ‘ééaciag comp a informétion Unga, exon ele “a eno i aie Se prntos fundamentals apresentamas hoje tos mosses laltores. A presente obra mastra-hes oe rltsin 6 cs igstrumentos do que se servem ca linguists, cx pre- ‘lena que tim de resolver, as diversas concepees di Vnguagem elaboradas pelos homens no deecerer di cvolopho Matéice © as descobertas moderaas que permitiam quo a lingustca se consliluisne come cia. ‘Podem ver sobrelado até que ponte & que e680 sistema do siqnos conveacionsis e que chamamos Tagua, faa ou discus, © que eonsital a male expe. ‘flea partcularidado da copécie humana, 6 complexe ‘yas rms origeas © aa sue funglo; podem darao conta (# difcuidade quo hi em tomarmas face & Unguagem pdlslacla noossria para a consderarme, realmente, Como um objeto separade de nix priprisa, conden indipensivel para 0 sea estado; podem evallar a igmpertincia do problema de saber se existe um peo: mento Indepeadente da guage ou se guise iin, se faz sem fal & mecessirio saber pes de tide w easa coisa que fala quando eu flo ‘que me implica totalmente em cada som que entnin, ‘em cada palavra que eserevo, em cada sign que fap, fe essa colsa ¢ realmente ¢ em outro que existe ff ml, 08 ands umn ao sel qué de exteror 2 mim jiesmo que se exprime através da minha boca em ‘rlade de qualuer proceaso alnds iexplcedo, ‘io se val responder aqui esta questio. Mas a sbordagem escothida pela autora permitonor lnitar {9 pouco methor, desmontando-o nivel por alvel, 0 (trauho mecanima ao sitems que forjou defiaitive ‘peste 0 nose destino « cimenton te nowas soialades, INTRODUGKO A LINGUISHICA Furor da linguagem um objeto privlegiado de tefloxio, de lincia © de Flocfia, ola um gesto eo Aleance ainda nio fet completamente avaliade. Com leit, cmbora a linguagem se enka tornado um objecto e roto especifico ha Ji multos séculos, a einen linguiton, ete, 6 muito recente. Quanto A eoncepeto 4 linguazem come eehaves do homem ¢ da historia foci, como via de acemo aa leis do fonsionamento {4 soicdade, eon talve contin una das maui nnpor- ‘antas caracteristicas da nossa época. Pois trata-se talimente de um fenémeno nove: « lingvager, oie pritien 9 Romem eemnpre domino — que eonstitul um {ido com 0 homem e com a rociedade, aon quain est Inmamente lgeda—, esta linguagem, agore mais do quo em qualqucr outro momento da histira, 6 isoladn ‘© como que coloesda & distinc para ser eaptada. fenquanto object de comhecimento particular, suscepti: Yel de nos dar seessonéo apenas As leis do seu préprio funclonsmento, mas também a tudo o que relova da fonder do social ‘A partir de agora, potemes admitir que a relagto lo sujet felante com linguagem eoahecea duas eta Ps, das quala a segunde define a nossa época. ‘Primsir, pretendeu-ss covhsoor aqullo que JK oe bia praticar (a Hinguager), © assim ve criaram 08 Init, ereneas a loot, as eldosias da lnguagem. mn seguide, proectouse o conhecimento cient fico ds lnguagom sobre o conjunto da peitica scelat ‘etornouse pomfvelestudar como Hnguapens as diver- ‘ma maniferiagiesalgfianten, eatabelecendo-e asia ‘5 bases de uma abordagem centifica po vasto dominio alto bursano. 0 primeiro movimento isto & 0 acto de consi erar a linguagem como objeeto eapectico de conhe- ‘imento —impliea que ela deixo de ser um exericio ‘qe ae fgnora asi préprio para se pdr a falar as suns Dréprias leisy: digames que eum fala se pc o falar © falado>. Sate retorno paradoxal dessola 0 sujet {alate (o homem) daquilo que o constitu (@ lingua- from), © obrigno a dizer 0 mado como dix. Moment ‘om vislas consequincas, a primeira des quais€ per~ Inftr so homem so se eonederar jh como uma ent dade aoberana ¢ indecompenivl, maa szalicar-se como tum sata falante — una Hinguagen. Talvex pmo ‘ize que, so Rensacimento substitu oeulto do Dous ‘eters! pe do Home eo makitcla, a comm Epoee ‘pagundo quelguereulto tra uma reyelugéo nfo menos importante, vito que mibetitai Glsimo, do Homer, or um sistema accaivel & anilice entific: « ine ‘gugem. O homen coro Tinguegem, a linguegem no Ingar do home, wrk o gesto deamistiicador por exee Tincia, que introduz @ eifncia na. anna complexs © lmpreciea do hummano, no ponto onde st inatalam (hable ‘almente) as ideologias@ as vligses 8 a Knguistion ‘gve parece sera slavanca denn demintificagGo; & ela {ue aupée a lnguagem como objeto de ciénca, © que ‘ho ensina a8 Ina do neu funelonamento, Nascida no sical pastado—a palavra Tuition 4 stestada pele primelra ver em 1895, mas 0 tere Singuiota jt 20 encontra em 1818 om Reynovard, in Ghats des potsies des troubadours, exno I, p. 1—y 4 citneis da Tinguagom avange a um ritmo acclrado, ‘amine ob Angulos sempre novon wan prion qve ‘abennon exeroer som conhecsrmos, Mas quem dis lingungem ain domavcado, sigif- ‘capdo © comunicasdo. Nesta sentido, todas as pritoas Jnumanas ato tipos de lingvagem visto que tém a fan- ‘io de demarcar, de signifcar, de comunicar. roca a8 Ieresdoriee et runes a rede occa, progusir ‘objects de arts ov discurocs explintivo ecmo a8 reli> ‘xen ca oa mites, ¢ formar una espicls de sistema Tingwitico sound em relagho b Hinguagem, ¢ ine ‘wurar na tase deae satema un elroulto de comuni- ‘agio com sujeits, um sentido ¢ ume significesio. CCoubecer eases slstemas (nse aula, cases sents, oss significaées), estudar as suas pertcularidades fenquanto pos de linguager, 6 este 0 sogunto mov ‘onto que merce a refierto modsma que tama © homers por ebjecto apolandose na lngulaticn 0 que 6 tingungemt [Reqponder a eta porgunta introduce no prépri ‘eme da problemitica que sempre fol « do eatudo da Hnguagent. Cada ¢poca ou cada eiviingto, em confor: Iidade com o conjonto do seu saber, das suas erengas, ‘Guu ldclogi, responde de modo diferent o v8 ln- [Biager em fungio don molden que x conatltvem « st Dripria. Assim, = dpoea crits, até ao séoulo XVI, tina uma vist telégic da inguagem, pondo em pri Imolroliger o problema da sua crigem, ou em rigor, a2 ‘agraswniversia da sua liga; o séeulo xi, dominado elo historcimo, consideruva a Ungusgem como wm atenvalvimento, ume mudange, ume evolusio através 4 teepos. Hoje em da, aio as vides da lnguagem. fimo sutoma © o8 problemas do funcionamento dee Ilseris que predominam. Portanto, para eaptarmon 1 A LINGUAGEM, a LINGUA, A FALA, 0 DIScURSO| Soja quel for 6 momento em gue tomemes w Tine ‘puager —nos mais afastados perfode histricos, nou over dos glvagens ou na dpe madera —, ela apre- untae sempre como um sistema extremamente com Plexo em que se misturam problemas de ordem ee Em primero lugar, ¢ vista do exterior, lngus- jem revert de um eardeter material diversifieado jon supectone relagces temo de conocer: e Maguse fgem & una cata de sony articalados, mas também Juma rode de marcas eueitas (uma eeerita), ou un Jogo de gestos una gestualidade). Quals so’ aa rel flan ontrea vex, a eocrta« o gasto? Porque exts aife- ‘engas e 0 que é que las implicam? A linguagem pée- ‘nog estes problemas logo que chegumos a0 seu modo ae ae ho mesmo tempo, sstu materalidade enuncld, ‘worlta ou gesteuisda predus ¢ exprime (sto é cami vilo 8 que chamemor um pensamento Quer que a linguagem &simetaneamente 0 tinieo modo io pensamenta, a aua realidade o a sua reallza- TLavantou-sedemasiadna vexes o problems de sober ‘una linguagem som pensemento © um pens: Jinpossivel hoje em di, sem sbandonaro terreno w ‘do materialismo, afiemar a exisincla de um perss- ‘mento extrlingustco, Se obeervamos diereneas ent 1 pritin da linguagem que serve a comicagio ,dign- ‘moe, s do combo ou d0 um procaso inconsiente oo préconsciente, a clncia de hoje tenta, nfo exclir estes fenfmenoe «partiulares» da Tingwagem, mas pelo con- tein alargar a nogio de linguagem | permitindo que tnglobe aqulo que & primeire vista parse escaparthe Por ino evtarae afte que a Hapuagere 0 faire ‘mondo do pensumenta, Ta coneopglo pod fasor cror (que a Tinguagem exprime, como un tensa, qualquer (olsun dein? de exterior a ela. Maw 0 que & ‘ta dela” Exits etn ar forma de lingugem? Diet ‘ave sim equivaleria 2 um idealism cfs ralaes reat fas sfo demasiado vilvea, Vernos atsim como 8 coneapeto instrumentalsta da liuagem, que, ne sun ast. rpte exotica de ar pease ov de imbélln sem linguagem, pelas sas impli- Sper fisedias attemine mtu ‘Sea linguagen € a matéea do pensamento & tame ‘bm o prépro elemento de comunicag socal, Nio hi ‘eciodads sem Tinguagem, tal como nio hi wociedade ‘som eomunieagla. ido 0 que se predus como lingut- fom tem higer na troca sooial pare sor comunieado, [A pergunta clic: «Qual & a fargo peeelra da lise guage: 2 de prods um pensamento ca s de comic sicarfs nko tem nenhum fundamento objestivo. Alin fuagem ¢ tudo laso slmutareaments, nfo pode ‘ietir urna. estas fungées sem a outrs. Tedea ce tas temunhoe que a arqueclogis. nos oferece de priticas de lingagem se encontram em sistemas tein, © por ‘consegulntepartlclyam de urna eomunleapa,eO home {alas © co homem & um animal socials bo duas propo- gen tautogiens om al mena «singnimas Portanto fountuar eaPicter soctal da linguagem ni quer dizar ‘que a6 sma predomingncin A sun Fangio de comani= acho, Pelo comtrrie, depois de tr serido contra aa concepstesexpritualistas da Unguagen, a teoria da co- ‘mungngio, se tomar ume posi dominante na aborde- sem de linguager, pode ocular qualquer problemticn reopitante& formagto © & predugio linguistic, isto & A formacio © & produsio do sueto falantee da slei- fleacio somunieada qua, para este teria da comuni- fagho, slo constanter mio analinivela Depois de felta fits sdverinee, polomes dizer qu « linguegem é um | proesio de comunicagéo de uma mensagem entre dois Ijetos falantes pelo menos, szndo um 0 destnader {08 0 emissor, @ 0 outro, 0 dstinatirio cu o receptor. piste —o aentinaticia ra sade suite falant 6 simultancdmenie o det toador eo destinairio da sua propria measagem, visto fe & capa de ao meomo tempo emit ua mensagem frando-e, e em princplo no emite nade que nfo fu docifrar Assi, a menaagem destnads ao outro Thun corto sonido, destinada em primciro bugar 30 ‘qe fan: donde sb conelut ge falar & falar. ha medida em que pode dizer aqullo que ouve. ‘Wemos portanto que 9 eireuito de comunicagtolin- tol estabelerdo oa Introduz mum domtnio odo myjeto, da sus constitugto em relagio utr, a sun mancire de interloriza® eso outro verso nomendo ¢ofuniverso gue nomcin'o detribuem? is uma outre série de queetdea cijo exclarecimento rot val ajadar a eaproender 0 facto «linguagem Por fim, agulo a que ckaramoa linguagem tam lum histérin que se dsenrola po tempo. Do poato de Vista desta” dacronia, a linguagem transforma-se rant as diferentes époeas, toma divers formas nea Aiferentes povos. Tomada como um sisteme, isto. 6 sincroncamonte, tom ragras praia de funeionamento, faa catrutura detarminede © trauaformagice cacti vals que obedccer a lin etritan. ‘Voros portante que, como observou Ferdinand de Saussure, «tome no wu todo, « Unguagem & mute forme eheterélta; abrangendo vivioe dominic, simul- taneamente Fisica, isicigienepeiques, erence ainda so dominio Individual ao dominio socal; no ae dette classifcer cm penhurna categoria de fctos hum ‘os porque ne sxbemos como decacar & ava unkéades, Pela complesidade e pela diverse doe probleanas gu levanta, a linguagem tem ‘neotssdade da endive da ‘lot, da antropologin, da psicandlse, de socclgls, ‘tom fear dea dtorentn daeplins Linguistica, Para inolar desta massa de tragor que ae referem ‘ tinguagem um objects urifieado e suseptive de uma tlaaifongto, « lingusticn distingye a parte lingo no Sonjusto da linguagom, Segundo Saussure, de qualquer simboliemo: ‘que 0 primeir acto de simbaizagho € « slmbolizasko ime pela linguager. Iso nfo exch o festo de not aparece uma grand: diversidade de slgnos nos aie: renee dominios da prétics humana. Consoants a rela- flo entre o representante eo objcto representado, Peirco conoogultcletitcd tos em tr eatogcri ~0 teomo referee 40 objeto por ume semelhanga ‘eam ele: por exemple, © deceaho do ume &rvere gus presenta a drvore real parecendowe com ela & um foone. =0 fndice nfo se parece forgosamente com 0 ‘bjest, mas éafectado por cleo, deste modo, tam qual- [quer coin de coma com 0 objeto: assim o Fumo 6 um Andis do fog. “0 simboloeofre-e 2 um object que oe deig- a pr uma egécie de In, de convengto, por interme lo da Mea: oo assim cm signoe Ungultioo, Embora Peires tenn feito uma teoria geral dos signos, é 1 Stonure que devomon 0 primeira deoen- Wolvimonto exaustivo ¢ elentiico do algne Unzuitioo fi rin eonoepedo moderna. No seu Caro de Lingution Geral, 1915, Saussure obeerva que seria thsério acre- Aitke que o signe Tngustien aasosla ume coisa @ um home; n tizuedo que o signo estabelece 6 entre um onevito una imagem aoistia. A imagem actstien ‘iho 6-0 som om st mesmo, maa ea marea palquce docoe fom, a represetacio que dele nos 6 dada plo tee- miko dos noseos sentidee,.Aaai, pare, Saussure, 2 0 sgno & uma realidade yelqulea com duas face, endo lume o concitoe w outen imagem acnticn. Por exer pl, para a palaera xpedras,o ano 6 conatituldo pela Imagen sciatica gedra e pelo conceito tem como significante fem franate pig, rem Tasso Kame, em inglés stown, fom chinks, ah Into alo quer diver que os signif antes sejamn easihidos aitraramente por um teto ‘eluntiro individual e qve por conseguinte possam ser Aerades de‘um modo \gualmentearbitristo. Pel con- ‘rire, o sasbltrrto» do nino & por asim diver nor Imativo, absolute, vélido ¢ obrigatério para todos os felt que falazn a mesma Tingua. A palavra ebi- friror slgnitice mala exastamente imotioado, quer Alize que to Mi nenbarsa secesideds natural ov teal tive Tze 0 significante © 0 significado, O facto de (ert gpomatopeies e exclamagien parecerem émitor ‘a fnimenas resis e, deste mod, pareserem motivadas hbo eupeime eate postalndo lingaticn, vieto que wo trata de facto de um aso com uma importinela sour, [No entanto, teria do signo, que tem a vantagem 4 ple o problema da relagdo entre a Unigus a reall fade no exterior do eampo das prooeupagées linguist! as, ede parmiti 0 xtudo da Iga como tim stems, formal, submetido a leis ¢ contituldo por estratuns connaaes e tranaformectonale, eat hoje expoeta «una briten que, embore nio deetrun completamente, the impto certas modificagie. ‘Assim, a teoriaaasenta na redugho da rede fniea complexa que 6 0 diseurso a uma eadeia Tivear na qual 0 Iola tm elemento minim coreapondete & polara ‘Ora torna-se cada ver mals difiell admitr que a unk ado minima da lingua aoa a palaves. Com efeito, © plaven 65 ganha a sia signifieaglo completa. aura fro, ito € por e nama reagio sindetice. Por outro Jado, ssn mesma paavra é deeompoafvl em elementoe morfoligieos mais pequenas do que ela, o& morfemas, flea completa se ndo a eatdarmon mam disoure, tendo ‘em conta a enunclagko do suseito falant, Compreendese que s plavra, concede como ent- ‘de indivisvel ¢ valor absolut, se torne suspelta 20s hos dos lingulstese dates de ser, hoje ex di, o apoio fndaental du refiexo sobre o funclenamento dx lise ftungen. 8 cada ver mats neceasrio afastéla da clés in do linguagen. Martine! esoreve com rexio que im feito, emborn vcrtoe Geyer camo co pulmées, Taringe, 0 pals, o naris, a lingua, of dentea © as ms partaipom na arseulegdo. da nguager, no om ser considersdca ct instrument. A. ling nto ¢ uma funcko bielGgica como a reeplragio, © fo, on @ gosto, que tm ¢ seu Grgio nos palmses, Inarin, na nga, ee. A Hguagem ¢ uma fungho de gio © de signficagio, isto & uma fungio f@ no blogic, possbilitade todavis pxlo fun onto blegicn "Tamim nio podemos dizer que a inguayem exch mente lcalinda no efrebro. B certo que a ofisologin consegve localsar aa diferentos man materials da Lnguagem om diversos centros © centro auditivo comand eudigto do c= centros motores, of movimentos da ing, los, da laringe, ets» contr visual, o trabalho ecient visual neceaairio ma letur, ete. Ora ates centroa af controlam partes contituintos Tingsagers, mas go sio 0 fundamento dessa fungio ‘sitétea © social que 6 « pratien da Ungua. termes, os depos corpora que. purticipam formngio material da Unguagem podem forcecer- fr funaamentos quantitetivas © mectnieos do onamento lingubtico, sem explicarem ease aalto qualiatieg que 0. animal hurmano efoctua quando ‘Gomecn a matear dferengas nur alstema que se tora fasim a rode de slgnifcasées através da qual os sue ‘tes comuicam na sociedade, Esta ride de diferengas fo pode estar no cérsbro nem am nenkum out lugar. ‘B umn fanséo social scbredeterminada pelo proceso ‘ompleno da troca © do trabalho wical, produsido poe fn eincomproensivl smn ela ‘ito ito, & poasivel daserever os érgfoe que forne- cam a base mecdnies da arteulgio lnguieion® 0 apa tle voes! «0 a6u funclonarnente, Bxpulso polos pulmdes, o ar segue pelas vias res- plraérias ¢ faz vibrar a gle quo no cntanto nfo Imprime neahuma difereneiag ace sons, Parmada por vas eordaa vores, quo oko dois mioeulce paralica ‘que se comprimem ou se afastam, a glte forma © som Teringoo por apreximagto dag cardas vocal. ste som uniform pode stravestar a catidade moa! ow a eavidade nasal que particalarizam e6 difo- rentca sons de agua. A eavidade bucal compreende los, a linus oe dontee wuperiore,o pat (com ‘una parte anterior inete e de, ama parte pote- ‘or mével:o véu palatio), a tvula, oe desta infero- ret. Através do fincionsmento drster companentes, vidade bute pode slargarse on streltar-se, enguasto fTingua eos ibios podem ateialr dierson valores 20 fom Iaringeo. Aatim, 2 cavdade bucal serve simult Iearnenta para. produsir cons ¢ pm faser remoar © ‘or. Bim caso de grands abertura da lot, sto & ma oninein do vibrapdo da lnsinge, & x cnvidade bucal ‘que produz o smn, Ea caso de vbragio da lot, isto quando ss condas ¢stio priximas, = boca nio faz ‘mais do que medsiar 0 vou laringeo. “A cavidade nasal, pelo contrrio, permanece com plotanents imével, © 8 far © popel de eeseador. CConseguitons isola alguns ertérias de artiula- ‘Ho de sons sogundo of quals 9 pode eatabeloeer uns iasifleagio pertinnte que coresporde 38 suas qua- Tidedes sctiteas, Amon Sausnure propose tr en conta ot seguintesfactoren para soln an earecterse teas do um som: a expiragfo, a aticulegto Dual, a ‘vibragko da Feringe, a resanfinca nasal: <2 necessée a, auereve ala, estabelecer parm ada fonema’ qual 6 on artcclagdo buce, se comporta ou nfo um. sam Jusingco, se comporta on no uma resoontinla nasal ‘Datingve por eonaoguints os sone evrdoe, 2 sons sono os, cs rons muro sasalcadon © ox te nonoros taza: Ilendea. Segundo a ous articalagto basal, Saussure pre- tn eeguintssintereriangzo don elementos minimax ‘dela faladh ot fonemas (vo fonema 6 « ama 483 prensa acistieas @ dos movimentos stielatéros, Tnldade ouvide ¢ de unidedo fulnda..») ‘As cclusivas; obtides pelo fechamento completo ou ln ccluoko hermitica, maa momertinea, da cavidade 8) Isbinia: 9, 2 » td, a ‘ks frcativan on anpirantes: a eavidade heal no tompletamentefechada e permite a pascagem doar a) labiis: fv entais: «2,4 (0hB), 3 (fr, génie) palatala: x (ich, af) Y" (legen, al. Nort) futurais: (Bach, al), r (Tage, al. Nort) cat. Tian, Intern: tngua tooa no palo anterior de bertura& divite e& coquerda: assim pars a, P palatal eT gutural; ‘ibranter; menos peéxime do peato a lingua ‘le eonim para 0 7 mip apical (pro- oth a ponta dn Sngua batando nea avéolo), (produ com a parte porter da Ingus) ‘yogi exigem supressio da exvidade bueal "de rom: «boca actes unicemente come see timbre do aot laringeo {4236 Our pe- linplem- algumas distin entre as Voges: Veit ademas chemar semivogai, sogundo Saus- {om libice atio eutcadoa par x prondacia do & Girlndados para 4; non dois eases, © Hngun esth ada parm © palnto: eats fonemas sho polafas. 0,3: pronincla exige um ligsito afsstemento ius tila am relngho & série procaeate; ‘artiealeee com wma abarture mia da boca A descrigéo de produgho fodtin tanto da vogain | ‘camo das consoantes deve também ter em conta o £960 Ge que os fonemua rio existem no ettadoinlado, as ‘azem parte de umn coajuate: © entmelado, no interior do qual se encontram numa relagio de dependéncia Intern, Portanto a eidncia doe son tem de ser uma clnein dos grapes sonoros para dar conte do verda- eiro cartcter de fonagto. Assim, ccogosnte um oom ‘numa sllaba se promunele fechado ou aberto, poderos Aiatinguir no primeiro caso uma tmploedo (>) ¢ no segundo ‘aso uma explosdo (<<). Rxemplo: Appa. star duo prontncaa combinadas produzem gnipos exploivorimplosives, implesivoerplosives, ete. Cbega- ‘os assim & defiigdo de um ditongo: 6 um «lo implo- ‘vo de dois fonemas dos quais © segundo & reltiva- ‘mente abirt,e da ama improaio aedeties particular; Airse-a que sounte cotinua no segundo elemento do frupo, Exemplo: Seuasure eta oa grupos nd i em ‘curt dialectowslemien (hot, Hab). soos linguistieos distingvem-se igualmente pela sua durapto, a que chamamos quantdade: eta proprc- ‘dade 6 variévl mas diferentes linguas, © depend tam- ‘bam da ponigSo do som ao conjunto de adela prom cinda, Assim, em francs, « quantidade longa 86 existe fem allaba sent, ‘Vemes portanto que interinfltnela doe sons na ‘edin falads di lugar a uma fonétion combinatéria ‘que estnda as modlldades de nfludnca das vogais © las consoantes segundo & ova ocorréacit, Ertan modi. ‘engées nom sempre alteram 0 carieter fundamental ee sons. Asim ¢ ¢ d podem pefataliarse pelo con- ‘acto com uma vogal palatal (li— di—, io tém a ‘mauina consoante de tom, dom); wlarzar2e pelo con- ‘acto com vogals posteriores ou labialcarse por cause do arrefondamento des Mblos que asompanta a arti- ‘eulagdo de vogaislabaisvizinhas. No entanto hi fend. ‘menos que provoeam mudangas mais eonsideréveis doa ‘on Arai | ‘ anvindeeto: 0 facto db wm som se sproximsr 26 | de um outro no que diz respelto a0 abu modo de ser 4 dissilazdo: acentuacio da diferenes dos foae- ‘Amin, 0 portuguée falda regata monistro ‘de mina: 4 snterveraio, quando os enemas muda de hig, Ietitese, quando casa mudanga 86 faz A dathncia, nome prdprio Rolando tomou também a forma 4 ast (ou apes, denpareieato de Memento da cadein falnds que devia vor rope, Hoemplo que se di treguentemente 6 tagicomédia ‘ere rigico-coméda. Acadia falade, constitute amin por fonemas, fe rods todavia a una Unba lvidida em frag: ‘eprisentador ploe fonemas inlados. Na pric linguager, 20 seu fouerae combinam-e em les superiores, como as slabus. Para Grammant ih cnja formulagdo foi confrmads pele fons oistia, a slaba exrncterisa-ce por uma tomsdo jon por um acento do intensdade sobre a sllabe. Em +o amigo do povo», BA wm alco igritico © 0 gest Apecar dos numerosos trabalhos sobre oe dlversos de eserita que @ humanidade claborou através dos ernpos, a eicia seta ainda no propo ume tora satis exes te bend ea all daa regeas do seu Tuncionamenta, Dosenvoletnae tuna discnmo de eardeter metafinon sobre a questho dersaber o que 6 que cataya na corgems: 8 linguagem ‘ociten cu 0 gratia, Van Ginnshen, bascandore now Urabathoe do sibio chins Tehang Tehong Ming, dton- ea, quase contra todos, a tate da anteroesiaie dn ‘ecrita om rlagio & linguagem fonétea. Apoiava a0 2o facto de que a escrita chines, por exempl, parecia initer © Hngusgem gostual, que por consegulnts seria anterior & tinguagem fonttien ha eontrovérsia, ald ce constituir ms imper tingneia cientifen ne media em que dspemar de pou fos dadee para ateirmes de uma vorige> alin. fuagem. parese-nce cuca hoje em din por oxen de Inconsisténia terion quo formula a quettto de base problema de epeioriade» do escrito sobre © vocal, ‘ou inversamete, no pode ter um sentido histric, ‘mas apenas puramente Yeireo: oe admitirmos que 0 trago (o escrito) 6 uma marca da dferenga gue eens: ‘ital a signtieagio, © que como tal & nerente © qul (quer linguager, ineluindo fala vocal, 0 fonétien & ‘um trace, apesar da matéia tondtles tr coneibuldo Dera o desenvolvimento no sistema da. lnguagem de Darleuleridadas que a cacita talver tivesse mareado 4 ontrn forma, Na troca sola, o foneico obtavo ume Independéaela e ow autonomia, ¢ © escrta. Rurgia nam segundo tempo pare far 0 voeaisma, ‘A cacrta dirs, tranamitese, actua Be auséncia os sults falantee, Utllan 0 eapuro para nele se Imarear, langando um desifio 20 fompo: enquanto a Tala se desonole na témaporlidade, « escrte passa através do tempo representandose como wma ennfl- ‘guraglo espacial. Deelgna assim ur tipo de funciona rmeato em que 0 sujeto, difereniando-se daquilo que models, na medida em que o mare, nfo sal ds esrita, ‘no fabric ume dienes ideal (a 705 of0leKO} para A organizar a comunicagio, as pratla-a na malgein ‘no préprio capego dewea realidade de que fa= parte, fmbors difereneiando-s0 dele visto que a maroxActo ro da matin que as trea ¢ dla que a8 reebe. Por ivemce ave & marca eacita, tal como 0 sOH0, ru cqnsitua um acto de diferenciagio e de desi- 0, nao adam signa no aentio stra defini, ing d agno (refarenteigniiennte-signiieado) star aqui reduido a tra marca (aa oserts) wma relopo (no gesto) entre 0 sujelto © aquilo toxin Fora dele, sem 0 intormédio de uma delay fie fk conailuida (interpretante, significado. Conseguiw-se observer a eatrita relogfo entre 0 ‘cert exeitan como & don Ckineres 08 4 dos ji da América do Nore. Segundo Povrion, que se race trabathes de G. Mallory de TehangTehong- ‘ Winter-Counts nfo. eacrevem ie Sstngulu ainda do referents, mas 4 apenas es nts inluido num ister combnicade, 208 dado Herédoto (Il. 18). Hie costs que, quanio a re Tavadly pals doe Cita estes Ihe exviaram am Tompeeto por us plasere, um rato, ama ri sprocima mais da overta veradalramente tage ornecido elas sereritaa> formadan por wos cequi- valente geral, lato 6 por uma nb matéla eujen citer rontee aprecentageo! server parm. mareer diverse ‘objertos, Bo exso dos nds, para os Theat, gue mar favam dease modo oo animaia torts nat tales, © ‘istorisdor eapanol Garcilato de In Vega. deosre- ‘Parag asmunics da guerra, do governo, pare 0¢ tributes, para an ceriménias, havia dlversos guippu ‘eem cade pucotedostes havin muitos nia fie ligne os: vermelhos, verdes, aris, Branca, ete ¢ tal como ‘née deseobrimos diferengas entre as noneae vinte € ‘quatro Tetras colocando-as de maneiran diversas pare ‘btermos sons variados,c¢ Indice obtém um grande rimero de significegies através das diferentes posi- ‘es don nie das corny ‘Ora, por mais Tonge que a its seueoltes ¢ antropogica romante na histéri, an verdndeiran ‘escrtns slo ji trago, gramso, grafiemc complence, (Os tragos mais antiges foram situadon ‘0 fim do Detfodo musterent, © propagaram-ae sobretudo por volta de 85.000 antas da'nosan era, durante 0 perlodo ‘de Chatlporrn. Si entales na pedra no eas, sem nnenhuma figurapéo gue permita supor que n cerita & rimétles, qve copia ou representa uma imagem» fxistente, ou mais tarde um fenetiomo ettabeleeido, Podemos citar 4 maneira de exemplo as excritas dos ‘Austalianos churinge quo tracavam de forma abstract os corpas dos aus antepssadon eas diversas cols que om rodenvam. Outros achados palentoligion confir- ‘am a tese segundo a qual as primoiras osertasmar- cavam 0 ritmo e nko a Jorma de um processo onde #2 lngerdra a simboliaglo, tem se tormarem por isto uma representagio. Por volts do ano 2000 antes de nossa er, a fg: rasto gritlca & corrente ¢ evolul rapidaimente para atingir por valta de 15 000 uma pereigdo tenich sravara ¢ de pintura quase igual & da gpoca moderns ‘© surpreondentoverflear que a repreettagies hume rs pordem 0 s€u caricter crenata» ¢ a0 toraara tus, construdas por melo de trigulas, qua: Hinhas, pontes, como nas paredes das gritas Tiascsux, enquanto oe animals sio representados de orm realot, que ao esfores por repro forma e 0 a2u movimento. ‘Vemos portanto que fxragom (Fala o eacrita) arte figuration os confundem naquilo w que Lara han chara =o par intelectual fonaglo-grafias le, uaa grande parte da arte figura roteva de, ideografia, modo sutético de murcacio ave land imagens (ate: pitas, pintado epesen- ), transite ma weoneepuallaagéor, ou antes, uma, for una lingasgem. Para nie, sjeiton pertencontes ona eultral em quo a eevta & fonétin erepro- A letra a linguegem fondticn, 6 dite imaginar won ter exntide ¢ exta ainda hoje para nume- poves, um tipo de lingusgem—uma escrits — Tunciona independentemente da eadca flaca, qve ‘onsegvinte mio & Wear (como a emisslo da ver) ‘spackl, @ que zeeista oasim um sispositivo de jae om gue onda marca adguire um valor ro. 0 aru iugar no eongunto tragado, Assim, dese pra de Lascnus, podomos cheervar as relagéex eas constantes entre figura doa annals tae: no cant, 0 bsante eo cavalo; nos ‘o veadeo oa eabriteomontares; ne peiferia, Ties ¢ ce rinaceroster Segundo Lerol-Courhan, ‘etris du reunite simbelloa dea figures exitia ence um cotexto oral com o qual = reanido ia estave coordenade ¢ eujs valores reprodarin Jalmenter, Tones diapniivoe expesinie parecem constituir 0 ‘riflcomateral, © por cansogunte darkvel © stow, de todo um sisters mftieo on ebemico io de utna determinads soviedade. Poderan daar fetes grafiamcs, semleserita sml-reprosentagto ica, migice 04 religions, so mitogramas. “ Por outro Indo, esta proprisdade combinatéia des lementor grates permite a constitu de conjuntes fie enerita que marcam jf formagies sintétieas oo leas mais eomplesas. ® aquilo 8 que os sinbloges chamam agregados ligicos, formadcs por uma juste Dinigio de vitoe grafemas (elementos geifies). Do ‘mesmo modo, para indiearem que durante um ano hhouvo sabundarea de carne, on Winter Counta dee. has uri efreuo (= eaconderjo 0 pita) no meio do ‘qual ze encontrs uma cabega de biftlo ¢ donde sal tims estaca ou uma eopécie do andeime (para fumar ‘ou near 8 cart). "A emalidimensionlidades dates grafizmos obser vase om mumerosas esrlta nfo alfebities, como no Egipto, na China, entre os Aztecas ou os Maias. Os lsmentos destas esertas, camo haemos de ver, pedem ser enpaideradee como petogramaa oa ideogramas sinplifieadon © liu let wlquiren wm valor food tico constanto. Chegamoa assim a fonetizgto alfabé- lea da seria om que cada elemento esti astociato ftom ceria fonoma. A copactaliaeho da egrita 6 red dae mubatiulda pela bnearidede fonétos. ® 0 caso as esrita hieroglificeexipeia, em que cada plctograma ‘tem um aleanee fonétise. 0 idcograma chints, pelo con- Aririo, afastou-se muito da imagem-representagio (ae sumtime que de inicio eaerita chines fot figura- tive), ¢ ilo produaty arm alfabeto fonétieo, embors fort elementos tenbam umm valor fonético constante © posam aor r¢'lndos como foneas ‘A elfnsia da onerita, slatematizando 06 dados amucoligioe relatives ax alvereas eacritas, sting 105s tips: eacrlta plctogafion, excita Sdcogrificn (ot hicrofcs) eccie fonéticn (oa alfabitien). Actal- Inte est tipologia tradicional € conestada e subat- {hia por ume clasifieagio dos sistemas de escrta fer cinco categoria: 08 frasograma: so inscrgfes que tansmitem, meninges intra em guo no co dstinguem a8 dver- far palsy. O tormo fol proposto pelo silo ameri- ‘eno Gelb, ¢ aprosimaee da expresso © Béorer ‘ccerita do palsvrace. Portanto ehamamos logogramas iis ecritas ordontes como a doe Chinese, «dow Samé- Hos, ¢ em parte n dos Exlpcos, provenientes da peto- agrafla, e eujos slomentos designam palavras ou mais Drecsamente unidadee semdntieas do disourso a0 & forma de pavens ov de combinagies de. palavras ‘Commparada ecm & pletogratin @logogratia representa apenas o canted, max também a order tatdticn ‘© por vezes 0 sspecto foniteo do eouneiade. Alem disso o termo logograma tem a vantagem de inajear que o ekmento minuto exerito no 6 wie idea ‘ox um cancsto sm suporte material (como fala supor © termo idengrama), mas wma palaere, uma wnidade fla Iinguager eequanto sistema material Se marcas ‘erent ‘Uma categoria ds logozramas, tas como 0s hie- oplfoeideogrstioes chinese, eta divestaments gad A signfieagio da. prlavra: evocam a forma do fené- ‘meno que indium, « multag veuss podem aerlidos de Virias manciras. A possbiidede de vérias llturas de lima asia marea eucontrase tambim entre oe ant: gos Egipeos: «irs podia lense «Bam, etbe, «js s Estes logogeamas chamam-se por ves logogramas semdntios. ‘A segunda categoria dos logogramas, tas coma os hiergion foniticos» do chints, sath inediatarnente ligada ao fonetismo da palavra, Por conseguinte eram Uullizadas para desigoar homdnimon, apeser de die: renga de sentido. Estes Iogogramas sie polisémicos, lato 6, tm vree sentdoa: auxin, no antigo chinks, © logograma ma poiia sigaifiar a palavra cearalo>, ‘mas também a palavra «mies e's palevr sjurar> que do foneticamente semelhantes & primeira. Estes logo- framas tlm 0 nome de logogromas fondticos. 0s morfemogramas marenm as diverses petes a palayra, ct morfomes. A Bistérin ds onrta. m8 fonhece praticamente nenhuma morfemogratia plena- mente desenvoleda, visto que s dvisio da palavra em tmorfernas & ofeclivamente uma tarefa analllen exte- remente dite © somplexa. “Os silabogramas aio ezoritas que distinguem a8 ‘aiterentes lates sem trem em conta o feeto de elas ‘olneldie ou nfo com ce morfemas. Tistinguem-oc fs tr ubestogorian 8) at os alga marcam sllabas de dverses cons ‘rages foniicas oteritasasiri-bebilnice) 'D) oot sigaon fdcar unioamentealabas aber ‘as (cerita oretanse mietnic) ©) 6% por fim, of signes prineipas desgoarm unlcamente vogaie Woladas erm cOmbIn4gho com cou ‘antes on com a. Yoga) a “os fonogramas so mares dos elementos fe. om minis da eadeia falada: on fonemaa. Extent ‘scrtas fonéticas conacnnvoas, cujas letras rine pals designam a consountes (como o alfabeto drabe, hobrou, eta.) © eeritas fonéicas vocalizadas (como © alfabeto greg, latino, eso}, om ave ov signa tanto ‘mareem a2 cenaoartee como a2 vogeis, ‘Note-ae que era cifnin da esrita, cujasTinhas sera (expastas por Ietrine) rempetantes ae Upon de ‘oeritaacutames de dar, se mantém fel a uma concep ‘elo da linguage claborade a parti do modelo dls ‘bus falade, Ebora se tenka dado um passo em frente ‘my rela & distingdo clissica pietograme-idoograma- fenograma, este progresso nia faz mais do que trans- por para o plano ds cnerite o aber que temo da Hgun falas A eoorta 6 coniderada como uma repre- sontaglo do falado, come o ea duplo fxador, © 180 ‘como uma matéria particular eu eombinat rie obra ‘2 pir um tipo de funeionamento da Uinguagem dife- rented fendten. Portanto a etneia da eneita pareoe ‘star emarrade a uma eoncopeto segundo a qual inguae gem se confunde com Tinguagem flada, artieulada epundo as regres de ume carte gramitica, Meilet, Alepols de Saussure, exprimia ans, em 1010, esta osiio: ‘ieshum desenho 6 mfieiente para repair ern Seamente uma Iingua, por mas simples que seja a sstratura dessa lingua. Hi maitas palavras eujo valor ‘fo ae defxa exprimle laramente por nenhuma epee fentagdo gréfie, mesmo se dermoa aa representation ‘valor mt simbien. Banbretudo x propria eatrutra fs Iingua ndo ¢ exprimivel através fe disenhor que rpresentem o8 objoton: #6 ba Ingua quando existe lum eonpunto de processes kramaticais.. Portanto a ‘stratura da lnguagem levava necesariamente 4 e20- lar os tons; nenkuma notagio simbllica era sats- ‘xt, Hoje em dia, sob fnludncla das investigacbae ‘ides € do combecento da lien do ineonseiete, slgunn investgadores conaideant ce diversas pow de tserita como tos de Tinguagem que néo tém forgo sumente enccatidade> de expresio fontion, como Doncava Mollet, © que roprecentar assim pisos sgn- Teanter particulars, desaparvcides on trenafortadas ‘me vida ‘do hemem modarao. A cléacia dt cerita fnquanto dominio novo (e até agora descombecido na sun cspeificiade) do funclansmento lingulatico: dn ‘rita como lingungem, mas no como fala vocal ot ‘adein gramatical; dn eacrita como peta signiicante ‘spesitiea que nos pormite descobrr ries deaconne- dae no vasto universo du linguagam — essa lénola 4a coorta est ainda por fazer Categorias ¢ relagtes Hngulsticas Quando exputemes a materalidade eserttursl, ‘inion e geetual ds lnguagem, tivemos eceite de men- sonar e até de demonstrar que elt 6 um sistema com Dleado de elementos © de relagiea, através do qual 9 fajelto falante ordena 0 real, slstama ease que alls, @ analimdo © eonceptlizado pelo. linguista. Nese capitulo abr a stnterialidades da inguager, ¢ para Drivin o sentido que dames wo termo mstrilidads, femor de indica, aida que brevenente, cme & que fm diferentes categorias © relagien lingustens orga ‘lau o reel «a0 mesmo tempo af0 a0 syeto felanto ‘um conbeeimento desta real —-conbeeimento cuja ver- dado é confirmada pola pritien soci ‘Os mind come as diferentes terdéncas © esolas Lingufstienseneararam aa formas © ae construgbes da linguagem vio apareoer ao longo desta obra. 0 letor Dodert obeervar a maltipicidade e muitas vers a diver- ‘tncla ts opines e das terminologas, provecadas tanto pelas posites taricas dos autores como pelss partiulaidaden dis diferent linguas para as quals fs elaboraram aa teoriga, Vamo-nos limitar aqut 2 ssi- ‘lar, de un mato muito mimeo = geral, alguns spec tae da eonstrigso.Hnguatca, a2 gua consequénclas ‘ara © loutar ea sua rlagio com o esl ‘A cléncia lnguistion divides em virica ramos ‘que extidam sob diversas aspects os elementos ou fategoriaslingultina eae sua Telagies. A Teeicgrafia ‘escreve © dsionfrio: » vida das palavras, 0 seu se ‘io, a un eletvidade, as suas eombinagBes. A sen ‘Go entre on eementas de um enaneiado. A gramatica canceida como « o etd das formas ¢ daa ccnstrs- foes, Ore, hoje em aia, a matifieagdo © a renova (lo de cncia linguisticn provoeam a desruigdo dos Timites dastea continontes qu cada yer mas, inter- forum, se confundem, #0 refurnlom em concepecs #eR- pre noves e om plana evelugio. Dende eo canal qve, fe tomarmen como exemplo iia corta fase dests con 2, digames da graméticn, esse exomplo #6 deter cc campo Himitado, @ io comesue eagotar plexdade do problema dus eategoriaa e daa Tole ngutstieas. carando a lingua como um sistoma formal, = suisticndistingve netualmente, entre ae formas li jens, az que Yim uma astonomia(aigifleam es: oro, eiver, sermetho, ete.) ¢ aa que so semi epesdentes ou apenas relagies (significa reagées: Me, 0, onde, enjo, te.) As primeiras chamamae signas Tesiceis, a8 segunéas, signos gramatiais Tato signor combinanees em segmentes dlseur ives de complexidade diversa: m fre, @ proposiglo, 4 patacra « forma (segundo P. Gulraud, em La Gram: ‘aire, 1960) "Ke palacra tim afizos (outlos, prefixes, infos) ‘que servem para formar outras-pelarras (oa seman: amas) Justapondo-se ap redial, Assim: correr, corr lta, porcorr, ee. An desinincins, una eategorin de fixes, cmaream ¢ estatuto gramaieal da palavra na frase (espéle, modalidede ligagio)>. ‘As palavras formam frases dispondose segundo loin rigorossa. A relagio entre as palavras pale ser ‘mareadn pela sua ordem: @ ordam & docisiva naa lin- suas iolontes como 0 portuguds; em contrapartida fem apenas uma importania relative rma tingua f= ional como Haim. O acento nlc, as lgagies, mas principalmente as aconas, a8 concorddnoias c as ree fee Sndicam a= relagdes entre 36. diferentes partes ‘te un fre, “Ao eetdar es entegorins gramoticls, a gramtion tradiional distingue: ax parter do dsewrso, as moda lidades e a8 relagdes sintdeticas ‘As partes do discurso variam nas diferentes line guns, O francés tem nove: 0 substantive, © adjetivo, fo pronome, 0 atign o vere, oadvérblo, a preposiia, ‘ conjungio e a extlamagéo, “Aa modaldaes referem-se nos nomes aoa verbos, ‘edesignam o seu modo descr. S50: 0 nimero,o ghnor, ‘pessoa, 0 tempo eo eapago, 0 modo (As relapice sintdtious oko as rolegSee com que fentram ax palaves especifiendas (como partes do dis feurao) e modalzadan (por meio das madalidades) na frase. A clfncia actual comidera que a2 marcas de expici e de midalvade também sho area sintetcas ‘que mio exister wom sis, np exterior doe relagoee na frase, mas que, pelo conrarlo, tomam forma © este- ‘ificam-se unieamente em atravia estas relacbes inten. Ou aj, uma para é anomie» ou cverbo> ‘porque tem wm determinalo papel sntdstice nn frase, mio por tor om als um certo sentido que a predes tina e\ser enomes ou everbo>, Beta pougéo etre, vilida pare as linguas indo-europeias,eplica-e ainda mais a linguas como 0 ehinés, ende slo Rk propria- ‘mente morfologs, © onde a palayra pode aor una ox foutra parte do disearso (enome, everbos, ee) cone soante a ava fungio elnetiea, Astin, a lngustica ‘moderna tem tendéacia pare redazir © morjolagia (0 ‘estodo des formas: detiinacio, conjagagto, geo, nimero, a lexioologia,e mest & somfntios, & sinter, ‘to estudo das constraées, ea formula qualquer ex. indo linguistic significante camo um formalism sin- totio, Bite a teora desenvolvida por Noam Chemely fa aon sgramitiea geneativan, A qual haven, de voltae ‘As cetegorias seclte 0 awieito eo predicado: cama nocio-tema (0 sujlio) A qual se atsbi um corto eanScter, umn esto fetado ou actividade (0 prediendo)s; ‘—es detcrminantes Jo nome ou do adjectivo que jumtamante com 0 sujet formam 0 sintagma nominal, ‘be tormincegia do Noam Chomshy “Tas complomontos do verbo que ee juntatn ao verbo para designar o objeto ou at circunstncias da tesia.'Ne terminologin de Noam Chomsky, fermen, com 0 predieado, 0 aintagma verbal Timpbe-s uma pergunta: cates categories rarsam clementor «relies de ondem especifieament lng ‘ea, ou elo pelo contririo umn imples transposcto de nogies lgicas? Com efeito, a gramitlea steve rest durante muito tempo as perspoctivas légicaa Intiticas de base teadiionalmente (arinottiens) que, desde a Antiguldade até an nomi- ulin da Tdade Md, e anbretdn até ao afoul x¥t, qwiteram impor a adequselo da gramitien 4. liga Aciualmente, 6 evidente que as categoria Iiieas no ito caturaix, corespondem epenaa a certas Hoguas Iuito presias © mesmo a eerto tipo de emuncados, f@nio podem abranger « multiplicdade e » patil Thin as eategoria e ous rlagsea ngussiees. Uma hus obras mule importantes que Herton » gremétien lpendncia da Wien fi 6 Hesal de gramme do langue frangize de J. Damourete eB. Pichon (3811+ 050)" restaura e subilom das eategorls do pensa- total como io regitadas pelo discurso, som reo naGee do siematiznedo Iigies. No entacto o_o to logico mantimee, e di lugar « dois tpos de Por um indo, a¢ gramitiens psio-égias, como a 4c, Gilllasme (1880-1000). O autor distngue lingua, a que chama cimandeeis, zona confuse, disease, onde oe organiza fla, da operagio do nacho do pensarento,¢, por fim, do diceureo> cu eendéneins que & Jo uma eonstrugto em signos fatcos. Guillaume prefere estudar 0 que precede iyeurs, © chama A sun ciéncia . Para ele, 0 «dloeurso> ow a etrans- fincas, através doa peu spanhados que so as fr ‘ramaticas, woela © ordena a actvidade pen- ( cinaineias) Por outro Iado, az recentes teoraa Wgleas: a ea materdcen, a Hogicn combinatbria, x Togien ete, que foram oa Unguistasprocessos mais fg para a formalizagfo. das relagdes que se ‘io sistema da Kinga, sem abandonarem por 1 terreno proprlamente Iinguistico nem pretende- ‘oma tueizgdo de um pensamento pxé-linguit.o. modelos trasafornisclonain, como 0 dam sowie Shumjan © Saboleva, constroemrae na neo do ice logos: este eauo prelse, soc princi fon por Carey Foye a sun Logigue combina- (As cotegoriag © as relagSon Tingufatons que as Aifeentestooras e métodos iolam tn invorior da tne agua refleter @ provocam—a entalllnde & nul dia. Weta —situagdosconeras, reals; que a énem pode luedar partindo do uma anslie te dao nga fm, Vamos dar aqui emo exer modo, como E. Benveniste, em Prodidrcs de Uinastiqur générale, (1900), 20 estudar categoria da psaon 0 do temp, consoguin roonsteuir 0 préprie sistema da subject, Yidade e dla temporalidade © autor encara a subjestividade como «a capac Ande do locator de se apresentar com Suite»: « N68 afirmamos, esrove Benvenste, que extn ‘eubjectivt- dade’, quer « admitamen om fenotenciogi ox em pal ologia, iniiferentementa, & apenan a. emergéncia. no ‘ser de una propriatade fundamental da, Hagvagem, 28 “ego anuele que diz ego. Rneontramon aqut fun \damento da subjective que we determina peo eta to Tingustco da ‘peso’. Ora nfo verbo © o peo ‘ome possucr a eatagorin dn pein, A pessoa 8 tal ‘modo inurente- wo sistema verbal que eonjugagio erin) sue @ oniem das pessoas, © lst acontecia 38 India (onde os gramiticosdistinguiam tes pessoas —perusa) ena Gris (onde os eruites represettayam, 5 formas verhais como nstuns, pessoas). Meso. a5 aguas come o coreano ou © chings, cue contugacto verbal no sogue a dstingio das psscas,posruem pro- homes pasioals e por eonsegunts acrescentam mpc ita ov explcitamente) x pesoa a0 verbose [No interior do sistema das pessous funciona wea dup oposiio. A primeira & entre ex/tu por um lao, ele por outre; mw e fw 0 pustons implloadas no Aiea, o ele situase no extarioe de eu/tw ¢ inden alzuém ou alguma cose sobre x qual ae enuncia, mas sm que se trate de uma pessoa empecifcada. «A con- equinsia deve ser elarmente formilada,cecreve Ben. Weniste:a Yercera pesen’ mio 6 uma ‘pessoa’: é metro 4 fora verbal que ton @ funelo de exprinie « nd. -pessoa... Basta rocordar... a stuagio muito especial da terecira prssoa do verbo na maior yarte des line fin.» (ssi, em portuts, por explo, © see agspa te eae el sits Tegan opie ) ou como simples copia de um mundo extablecido. exit- tent som ela (sta @ lite ceelitas secant) ‘Aseategorias linguletiena mudam no tempo. Agra ritien lating & diferente da do franefs arenico que Aifere aa gramitia do franoés moderns. TA lingua gern) catoase todos of dina dat nossas iis © desde ‘tue sou vivo alterovae em cerea de metades, earevia Montaigne. & eviderte que hoje em dia x lingua esti nomnativiada, reguarizade ¢ fvada por uma cecrita etivel de tal foema que ax altragdee categoria nko fe dio tio depres, embers so produzam inecsuntc- Imente, Sem afitmarmos que qualquer evolugio dx Categorias da Kinguaimplicnneceaarlamente urna red do camo en que 0 sult Talante organiza © real, devemoa aainal que estas mutagdce ndo di- sam de ter importéncin para 0 fueionsmento cons lente © sobretado ineanslente do locutor. Temomos lum exemplo dado por M. W. von Wartburg em Probl ten et Méthode e retomado por P. Gulraud: 0 verbo eres tent em. franeés ateuico dus “constraien, ‘rare en e eoire ov [en Ie], visto quo w utilizam 08 names priprios som artigo © os names comuns eom frtigo (cree ex Dieu, oie ou [en le] départ, croire fu (en leldiable). Mas, no decorrer da evolugio da Tingun, ow em 12) eonfundio-ze a tal posto com at [ae }que desapareoau a oposigho crave en/eroire ene (Ors, os Ieeutores conservaram sentido de wma opel: ‘glo mas Teintrpretaramse semantimente de unt ornin que no tem nada a ver com « oposicio grams: ‘Heal Inca: evore-cn designe agora uma erenga pro- funda mom ner divin, rote ura eronga de que qu «quer clea existe. B van Wartburg escreve: «Un eatho- Iique eroit en la Sainte Vierge, un protestant eroit & In Sxinto Viege "fee, etn ding & mena atta © contre or yum etm ueabessca por Wate, Bang ‘Num outro plano, © no quadro da um mesmo ele- tems gramatial, de uma etapa da lingua, exiater variagdes que, em ulrapasenrem Unite da inteligh Dilidade da tmeneagem, tranegridern gums destas regres, podem ser censidersian como agramatical, ‘Tim no entanto ume fungi especies, retrien, os ‘tila particulares. ¢ aio 0 objecto da estition Abortamos gut um outro problema Tngulsteo: © do sentido ¢ da signifiagio, que jk eveckmoe atréo ‘quanvo tratamoe du natureza do aigno lingtaticn Ba semantion que etuda este problems A min sutonome xmo discplina pakieuar na andi da lingua & baa {ante recente, Eimbora ax gramétic do, ateulo 30 {almacm de semasiooysa (do term grego séma. sign). foo linguist francs Michel Bréal que propio terme semdntien, © fol © primviro a eaerever ume Seméntion (rai de sémantiquc, 1590). Actualmento a. semi ‘Gea 6 emothida como o cto da furgo das palavras como portadoras de sentido, Entabeoceo uma distingdo entre sentido © signi- Feapto, serdo 0 sents 6 termo estitico que designa { fmagem mental resultnte do. proceso paiclogien Aesigondo pelo tro styaifeegao. Admitese. gota ‘mente que & Linguistica #8 se ocupa do sri, fleundo * signifiapio resorvada para uma efecin mais vata, 4 que sors ae chara series, « de que a stminticn spenas um caso partrnlar, Ora é eviente que, como ‘0 sentido nko existe fora dt ignifeagto « vice-versa, ‘98 estudos defines por eaten dois eonctiten se entre raza muitas vos Astnalemos alguns doe multes problemas levan tds pela statin, ‘Embora, nu cumunioagSo em gers, uma palavrn enka um 26 sentido, ¢drequente as palaveas posnunem Virios sentidos. Assim estado sigufiea smaneira de fer, stuandor, om {eglo, que eves rei 8 cone que 0 frig era mals antigo do que o egipcio). Pretendense igualmente doscobrir a corigem dx Nnguagem obtervando a aprendizagem de priticnlin- ‘piston pelos eegus © peloe murdoe. Fuzan-t observ ‘ee como meemo objective sobre a aprendizagem da ingua pelea criangas, Tentou-to deocobris a8 Tels rie rmordials da Ungue obvervando oe bibitos loeutirios | et as pessoas Dllgues « poliglota, a hipéteoe do pli flotismo fer um momento histrico anterior ao mon lotiamo (sto 6, &unifiago de uma lingua para wena Alterminada eorunidade). Por mais Interessamtes que Podsim ser todos estes dados, revelam-nae apenas @ roassto atravéa do qual uma Kaus i consttuide & ‘aprondida pale cujeltoa de ura deterinaia sociedad, fe podem chiidar-nos sobre as partiularidadee pleus: socioldgicas dos sueitos que falam oy aprender uma certa Iga, Mas no podem eslareer o process hee ‘tric de formaedo da linguagem, e ands menos & mis corigems ‘Quando os investgadores modernos se dedicnm & préhlatériay da linguagem, entendom par isco sobre- tudo as mals antigas elapas conheeidas: quer regis tadas por documentos, quer reeonatruidaa em estdoe comparadcs, e que permitem assim hipdtesse sobre fctidios anteriores do que no temoe textemnhos, Enire a dados do base para uma reconstrugho do pas: ‘do lnguistico, dontacamae sobretudo a decitragho os hleréglifoeeulples, daa fserigbos euneiformes, Sas plgrafes dos pores da Asis Mesor oa dow Denes, as runas germinicas, 0: mommentea ogtmicg, ete ‘A partir destes testomunhos eaeritas podem-se fazer edugdes referents nfo apenas & vida inguiticn, mas 1 vida social, em geral, dae diversas populagien. Por fou lado, lingulstiea' compara, scompanhando Vida das pelavras nas diferentes Ilnguas — a sua mga [lo e x sin ransformagio —, pode detuir certs let Tinguisticas que nas permitem recenstrulr © passado Jonginguo da linguagem A estas invertigagien Jun- tame igualmente an deseobertas devidas & decifragto flo material arquetégico: as epigafes, ot nomen don lenses, dos lugares, das pensns, ete, caja eonstincia ‘© duracio ma histéria sho um indie seguro que per mite 0 acesso 20 passado distanto da lingua. ‘Propaseramse virias teoria-hipStenee para expll- ‘ar a covigoms oe pré-hlatéria da lincungem: hipSteoes cee mricin deprema € deamentida e destralds, por Droposicées inspiradas por outroe princlpion ideale ices. Assim, 0 sovidtico N. Marr formulou une teria vtadia da inguagem; diviindo as lingua en quatro ‘ipo que corresponder ax etapa da socedade: 10 ‘chinése algumas ingvas afrieanas; 2.0 fno-hingaro 0 turcomongélico; 3.0 jafltieo e hamtico, que faracterioam o feudlismo; 4 aa linguaa indo-uro- poles e-semitieas, que earacterlam © sociedad capi- (alist, A aociedade comunta devia ser reprsentada, or ume lingua unlversal. Beta teorie fel vivamente fnitleada por Rataline que afirmon que # Ungua io ‘uma suparstrutua, © por consoguinte no aecmpania fielmente an tranaformegSen Ristéreas das estratures elas. . Révias em Origine at Prébistoire du langage (946) props uma teoria da pré-istéra. Linguistic com asin enti, que traga 0 tajesto que val desde a comunieagio animal at6linguagem humans altamente evenvolvide, No. estidio prChistérion © istic, observa, segundo o autor, uma reduglo da lingua |gem aoe todos imporativo, indientino « interrogation, uma diminuigio dx importéneia doa gestos. Quanto to sistema de comunieagio do homem primitive, o& Aoietioe ap toe om estos eupam un lugar pre- ponderante: esse linguagem limitayae, ena segundo ‘Révése. ao imperativa, uo voostivo # so Tocativa. "Abandanando a smbigio de construe estas teorias gral, para a8 quaie 00 40 pode fomceor noniuma prove certifi, a llagulstion aetualmente limitase, somo observa A. Tovar, a sestabsloeor um estidio fren dar llnguas gue mn a8 mesmasearacteritica Bate trabalho fol feito no que dir respeito & fonétiea por W. Schmidt Van Ginneken, por seu lado, propos tm tipo de lingua que ele considera primitive © to fntigo como a everita. Hasa «lingua» & um sisters de conmoantes Inernin ou cliques» (sons obtidas pelos ‘movimento Itarle de tiga, em quo es voraisestio ‘pace: Terms gue designs todas a2 paras go stam oe nse sat de eneean 2 se ls a pata te Weta enn do Smee 2 coe ee nap me wuagee 8c Pere sa a ee Sense mas eens Se reso oe age erpaipe Sener ino Raster eer sag atari sade ian oe eee ena a ae oir Sas omnaoee ee eee eens eee Saat ee en Soe aa ee rs Sees eee Seana ee oe ee carne at ee ee aoe See es Sie ee eer! Sioa ee ot eee eee ssiatt ecient ate ae prergiete ot epoca eae a cidneia, a religios, Desatindo de procurar uma teo- Tin socioligien pera expllear osimbolismo, Lévi-Strauss tanta, pelo contri, encontrar origen:simbéliea da ecledada, Pris ene vasto conjunto de sistemas de Saniteagdo que &0 social funciona —tal como exer- ceio ds ligus — de wm modo inconsctete, Ext — tal emo Mngua —bavoado na troen (ns corniescto) Desteparaleliemo conelu-so que ce fendmenos sociais podem ser assmilor (acb est ponto de vista) 8 lin ager, ¢ que a partir do funeionamento lngulstico otemon ter aceaso as lia do sistoms social. Ore, fooreve Lévi-Strauss, eindopendentemente do momento (as elreunstneiae do seu aparecimento, a Tnguagen Spe paseer aubtamente. As cosas nfo comecaram 1 signiticar progrestivamente Na sequénela de uma trantformagto enjo etude no roleva das cnciae tecfal, mas sins. da bologia e da fsiologa,efeetuouse lima passage de um estadio om que nada tinka sen- ido para outro em que tudo peasula um sentido». No ‘ntanto, Lévi-Strauss fama ating rigorosn entre ite aperceimento.bruieo da significigto ea lente fomads de conhecimento de quo «io siguificas. «As thu eategoriaa do sigaificante © do significado eons litursm.se simultioen © eoldariamente, como dolt Dlo- fs complementatee; ma 0 cobecimento, ito &, 0 pro» eave inteligiel que permite identifiear eertos sxpe=- ton do signifiants certs sspectos do significado uns fm rela aow outros. x6 aparecen & poveo ¢ pOwco (Owatversosignificon muito anes de se comecar @ saber ‘qua clo signficava> ‘Nima perspetiva semeTRunte,eliminando 0 pro- biema do wine poehistrin da lingonge em favor da (questio da estruture eapecifica do sistema lingistico deca slates significant, propde-se um taoris ds ‘elatvidadeFnguition, Conslte a hibtese de que cad Tingua, posbuindo uma orgenizaio partcalar « dife- rente das ontras, sigifles 9 real de um modo diferente portato ha tanice tipoe de erganicage signticanter fo universe quantos or Yipes de estruturas Unguis- teas, Bata idea, que data de Humboldt para sor rto- Imada por Ldo Weingerbr, fo reinventada por Sapir © errlvia meats por Benji Lon Wot, pe Sint ns ac nin soe nl ae ce ope 3 sian coi ean Amin gue ip ona nore ee sere ty qu 0 pre Wr toa eee seiner «ines marcas eet Pra dow Hepa, de pensar eapugo © 0 tempo, Bets feo nates qo mate pen ax utr ptm nr sds yar eee tapas crete una vp te nda ea Per um sii ua preps) Cee at St cnn do tana nice Seco & sm enter crea coagencnas Siac eons se 20s Sp emacs fae sae Sis tel cones ae ce deine meas Seco cea cece riaatrenetea ese aoe nee sobre @ prépria lingua. < a arte on wep Sets te moras vice eee miiiiess ene oe me Seon Siete Sree Swtee dence Som pelea et 1. ANTROPOLOGIA # LINGUISTIC. CONTECMIENTO Da. LINGUAGEM NAS SOCIEDADES DITAS PRIMITIVAS ‘Ao procurar um ejecto sitive de mr ets acetate que Termite em pris peer ee Aotroplgiadeenbris = igwapon. Anlst” Sizceien formas 20> a5 qanis tla se pres, = ‘tow regres ners ta ao cnsica qe dela tem on tverac pov (nw se ten 6a su co train) n enopolgi fundamen © ‘lags 0 ee nbesinento soir at scidader Sitar slags Oe pumcre enon que scien sank eta castroploga ingusea foram ow de Bdoura Tylor {Primtee Cutan, IST, « Anthropolny, 168), ae eto tev um predssace ig, RG Cathe. Mai foal tn 1080 dcenvolven ius entaar ~ fuse como rears da estate soci € cnt fren no ee ete Meaning tr Primitive Languoye Fete tenincla &seguien por outrr sibxe como Hoard, Han, Pe Foch Ne rope anton Toca iapr-ae oe table do Sousa ede Melt, frogs ama ornasta Tingunien. rar tavestizcies {le Durihem ee Mauss Err co ation amerianos rinciaimert « Boos que devas sx formolagioe hho disor t hat compromaa ost demi Depots ae cr crude Tings oer db idan th Andries «in Bsguinin © « ue ragto cms Sreaiapt cura eta Bow sire ghee tds ramen inpunice én yate de vender ove ‘iusto da eiologi do pron do mundo, Boas pemea sue seo fenenen da idguagem be tora pela tnctogin pi antroologa im objtet em a mek tno, 6c grande parte peo facto de a ela da fusgem cnnaarem sor sntsiaments dercoestdas de Toentre, que ox fendmenos Ungulscon nunca Shegam & cmeitncia do homer primitiv eeguanto toden ce eos tonmenen exo mais os non Sire ‘mente submetiie. a0. pesamento snzcentsn, Boas ‘i aceite um into tara da rtividnde inguin ‘No paren, esereve ele, hater umn relagho directa tniret eatsra de una trto ea Hoga que la fala ‘ipo tm medida om qv «ingua pose Bor motdada ‘lo ctad da ltrs, mas noha medida em que amt SErlo creado da culture € eoelclonaso plo tag ‘ore da tinge» Totudsndo gages «primi mum eonteato sociale cata, tp em vata er contexto © 60 Telsfo le » antropologin opéese multe wees & tims aberdagem puramente formal, dedstis «se fence faces ingusties Defend, como Mal sown, uma aboniagem que clog dseuroo Hiro o seu cuneate comomperinco de stuagben soca ‘i pot o tcto eit « 56 sin ge tacos se tort objet pip wenn Feta sto de linguagem rlaciomse 6 jmtase 4 gue 6 propost pela gegen soit. Com ith, esta eign vrfioa que ae eters. lingu Mias clube pi fonda, ela tatalgin pla sintiee, ete, ainsi tm em conta an dererses Iangice oecas desetipenhatae pelos princea pon se Sh fn lm Ta epee ‘po sar nh emit pore tsar Una cpa te ‘etn sein pure sctans areca © ‘mente fagncsany a Hogg) go ts > proposgies de que homem se serve: «A rut ‘hiade das fonghensoisis que tes de desempenhar Sommo membres dea rach de oma nao, de una Stare "de uma fara, dom eb, como thc {rmico, amante, pai, operon, ce, exge wm cro fren de eopecalinct lngubtia.» A soclingstisn ‘Senda justamente estas fg sca Mnguage {atcomo se apresestarm na pres estvtur da ting, aru dels extrair dador splememtares que esate {imo mecansamo ineoecent das mesnas Fongcn “Shqoanto Yingustas,antroplloges « scilgos & par dor dos Ingato don peven sprite, Xemtam choge a concusbs sobre Il que epee bilgeio tus cidade cae meson pow elao ram repreenagies © tora, riton © rateas mA tar ligndr abun linguagem, © gue consitem pers Sho umplo nto apenas da primis pss dao tr be torso actus tb nga, mes ta em to gare aa fon gun a Hausen tve em uliregien to diferentes denon (ic mals impressions « om emodernoy, ab tani Sinin nl inguin de ey 33 vom ngungum € extevior ao rel, ples. fina © ‘Remaster seazo cosvenconal, lta, exible, P'goe mar ‘soltadeprinitvas, ou camo se coma Give sem hota, spréniesy a Boguagem & GA suboténeta ena foge materia. inbors fale, Witote,comveign, ist & esac uma data Shire av mesmo’ (come sujita) «0 enteior (0 rel ors oaigicar nu stmt de Uieeneas (a gue Eine nomem priniive aio reconhen ete a0 c= ExT dato de tcloagdo ou de sbatracyo, mas pleco {ean como ua prticipagdoo univer que 0 rola Snbora prion a Unguagem soposba reainento Rie" crhoubm primitive ast date em rela Te a‘mgaagem lo € conta como um eter Stntal com ure tentative do abstrcro. A nga Seafndida com a frga moti do corpo e dR See purcya como um elmento efamico do core Tht wanuren, A bua lignsto com a rule corporal & falar lo & arate a cone ass ‘ale materia hrm priv no eeprom, Sr uma stn tis tates sets 9 en rele lnenagen, no pr segue eae ee "cxgvolinaiom, esndn mor ene sagan 4 Slputcaor: pr nae rc urgent stim manne cs toma gene, come & magia ssi anes mum tno tenets fi ‘etl como ume forge Sibose quan tne Se Sites sor estates alt anil Berka £© tue qu ae nr wipinets pluses @ ate orm ao Btn seni as ca ‘cna da eyuroace geraineta eng see Fels eas ca» ur etnies pee Gis erat Traps ttm nw eons tes ierigio de poms et on sats non {3x atin plana ace eames de sr retaton om Yr hanes te TE vote prtes sce ue erm sa vito du ingen non printv, Pas te Grate Bog, 391198) een qe ea Vas bon primitives 9 nome, or ene, cosdery cs te rate © a Som ascot tie ‘Date weve intermedia ens oe rata ‘tas unr outs pute da een fet Fees te acta a agi sore sts fas hon {aod Amica do Net segnfo ee eno soy @rtmo ato € nm eta oa uma foe ates Ao eeu corpo, cons © aha. dante ie ¢ fe coos fn ma eament dune tigen Kernen fea Fae avagundar © mime Seeeoss tntrar nom ne etter onde tbe © sae "so dove ser promanad, pl ato Sess pron ‘Sgiomatralasio poe seer matctabent ae rele ren tn ue ot, ct ea ‘rime! aoe aos Son sa iim‘ Bageis Siam am nome ovo quad 2 ora veya {aka crierram oe cane sate aia 4s spor ete oe Yene da More Gd ie 1m | Bana hon one cares ova neapaeanse ee Fraser 0 pl sovlava osu nome a fio momento Ah ining, nan pouear pean 0 conbecom, Na Avs {tila copeecom- co nomen, rears ag Peaous por ‘iro primo tobi.» Os eon abn ino ‘a nomeas0-peweno, que ore bom « resrrado 80 Pibio, eo grande que ere aa dssinaado. Bas trenganligadan 0 home proprio encontranse Mo ous de Aisin Ooi, on povoe da Cota dow Trereoo, nos Wolof de Sengimbin, mat ias Fil ia {ov Bogoboe de Mizdones), naa has Bours {Unda Orient}, na iba de Chilo a0 largo da cet tneifonal do. Chile. le. deur ep Re, plato Yor ume srpete, unetaae: «sou aque ave tem Tuten noms e muitasforman.O meu pale a isha Iie Ghverumme 0m nume etd escendio no met rpo desde meu nascimento pars ue nfo te pos Gr mentum poder snigico a alguem que me queira ‘Ear unm malagion Maa Ra acaba por rewelar © Some lis que sr toon tall-poerore Tab oe tem tabus que diver peta As pales que designarn fe rasa de parentses, Tire es Cafrey a2 mulheres cto probidas de pronunalar 6 sore do mario eo do sere, tal como rnlquer palsvra que ae Ite aso ato provoct Geta modifies da nguegem daa meres cue ‘Sho ein por fair de facto une Hagan distin razor lanes © propia dito que, ma Antizidne, 1 mulheres Joncas mines ohamavar © marido plo Some, © que anger devin promciat © nome dem acu de un fiha etquanto se realznvam em Roma {Ste de Ceres. inert trios do cst de Viti ce tabs enigem que 0 home « a mulher fal cada Shaina un Hgun cmbore compeceam do oO, © Soe podem casor coun pros de Hogua estran- ire ‘ ‘Os nomes doe morte tambien ett submis it ten do taba Os conten dente ipo ere rspeliados aloe Allenees do Cicao, « Frazer também es encon Ua cate co aborigeee dn Auntie. Na gua doe Kbigonce do Paragush, ntrodson-ae paves nore {oon ov ane, nt quo todas aa paavrasseetzaten Fie cece eee 8] ‘08 nomes dos mortes io suprimidas por prolamagio « austitudas por atras B evidente que estes proce, es acabam com a pusibilidade de una narration oo de uma historia: a'lingun mio tem nexhum: depo 4 passado,tranaorma-se com o dccuro real do tempo, Os tabs refesem-se igualmente aos nomes, doo rola, dua persontgens sagradas, aor nomes daw deste, mas tamtim a um grande nimero de noes ecmuns ‘Tratase sobretudo de nomes de anaic ou de plantas considerados perigoste,« cia promunciagio equlvlori 4 invoear 0 proprio perigo, Assim nee lingua ealaves 4 palnera que significa «tans foi subtitlda por uma Palavra mais canédinas euja rai & «mele, e em ruse, or exemplo, aparece med'vet (de med-mel\: 0 ure ‘alfico & substtuldo por algo do euférico—pele ali. ‘entagio Inofersiva da eqpeie, cujo nome, por mo. mia, sutstitul = pslvra, perigase, Estas proibiedes nic eatzo consclentemente mot las, Pareoein ser evidacia,«impoasblidadess nat. tals, © podem ser levantadas ou expiadas por certas feriménias. Virias peitieas maigicas sto baseadas a jena do que as palavras posuem ma reaidado con creta c actiante, © de que bata pronuneidclas para qve ‘mun aegdo uo excrg. Kata 6 base de vras oragiee (8 formulas miglas quo steasems a carn, © chuva Para oe campos, a colite sbundaste, te, Fred, que ettudou atentamente os dados reeahie ‘tee por Frazer, conseguiu explienr o tabu de certas Talavras ou a tnteriigio do certassituagios iscurs vas (outhersmaride, mietitho, palfilha) relacionan. oa com a proibeie do inceao. Observe tm seme "hangs evidente entre'e erro obtsrional os tabu, fem quatre ponte 1 9 suséncia de motivacto das protbigiee; 2 a sua fixagto om virude de uma necesldade 3. mua fucldedo em se deslcearom ¢ em con: ‘aminaren objeeton proibidce? 4. a existncia de actor ¢ de regres cerimoniais ‘ve deconrem das prolbieden (ef. Totem et Tebon) Como © préprio Freud observa, ssera.evidente ia a Te SP mente egir de um modo apretindo € poneo eficar © dus da snalogln daz condighee mecinicas (da nevreae obsessional © do tabi} uma sfinidade de natu routs noezelo inate nesta observagio pols, eom fait, enbora as duas estruturas se assemelher, nada ‘brign penser que os tabus so tem para lo 0 mesmo peso real da siden», ale confundida com a primeirs, (0 homen primitive compreende a rede da lingwagem como ura matéria consistent, de tal forms que a3 femclhaneas féniets aio para ele o indice de seme- Thangs don signifentos © por comseguinte dos refered- tes, Boas entontre exemplos dsto entre 08 Pawo din Amévien,cajes crengua religiaan ao provocadas or smlitudeslinguiotica, Um caso exemplar € fore ido pela mitologia chinook: 0 herdl desoobre um hhomem que fente em vio pesear um peixe dancando, fe explienthe que 6 meceuirio pesear ecm ume rede Exta narrative organian-co em tomo de duns palaveas oveticumente idEntins (ldBatieas 20 alvel do algal fcants) mat com sentidce diferentes (aivergentes 20 lve do sigaifieado): ax palavras dengar © pracar com uma rede ronunciam-e' da mesma mapeira em eh ‘nol. Bsteexemplo prova a subtiiera com que o heme Drimitiv ditinge ow diveraon nivels da inguaaem, para chegar mosino #Jogur com eles, como se sugersae n com um humor aublil que conse mannjar perfeltn mente o significade, mas nfo onquese por isto a sue ligagdo com o signiticante que o suport, © qua ele loeutor atento & matesaldade da sun lingua conte Certos povts possem taoria dsonvolvdas sabre 6 funsionamento da faa, que se dexénrolam como re ‘dadleaseosmegonias, de ta forma qu, quando o tnd logo moreno tradus por «falas a fureaetsmlca © or poral sobre a quale primiivens veflectrm, life rungs em relaglo & notsa eoncepean des term & tho rand que ssiste ur problem teatar-o-4 yrdade!- Tamente da slinguagems tal como a entendem oe modernes? O que‘ aibio ocdentaltradus por fla ot Tinguagem rovslase como send por vexes 0 trabalho {lo prinrio corp, 0 dase, a tungh gexual, 0 verbo ‘também, evidentemente, © tudo isto simultanenmente Genevitve Caleme-Griaso no sou eatudo sobre ot Dogons (Bitmelogte et langage: In parole che les Doyons 18651. popaleso do Swdoeate du fox do Niger, obscrva quo para ease povo o terma «5», que designa ‘ tnguagem, slgities simultaneamente: «a fueuldad’ ‘qe distingue © homem do animal, lingua no xntido Seussurleno do termo, a liga de um grupo tuman> Aiterente de de um outro, a palavra, 0 diseurso © a8 fat mofalliada: mujito, questo, diseuso, delsto, ula. narmativa, ete». Mar txmbim, «na medida em ‘que qualquer acto social supe una troat de fal, em «que qualquer acto inivdal Bele meso una manera dese exprimir a «fla> 6 por veaes sino de eucséo, empresas. Hi expressies correntes que atestam cate Sentldo 3: some you, a sua fala entrous, ele & bem ‘ueedido na sue empresa (parsuadindo o sea interlo- futons mk yige 337 eagora 6a fla de aman, bs Aiams pare eran a contigo do trabalho. Ox Dogans chamam fla no ronaldo do acto, 4 cra, eriagia material que dela rsua: a enxada forjaia, © pano tecko, slo outras tantas efalas». Fatando @ rund impreseado do fal, © acndo fala © mundo, a Dogons elaboram sua teort de linguagem como wns mente arqutcetura de orreapondéncias entre a= varia: ‘Ben do dineuo individual ¢ os acontesimentor da vid Socal. HG 48 pos de falaas dacompostan em 2 ‘ease 24,0 mimero-save do mundo. Aasim, obeorra GCatare-Griane, «a exda fala correspoude uma tée nies ou ut inatitugto, uae planta Ce uma part Dre- ‘isn da planta), um animal (eum dos seus dads}, umn ego ad corpo humanos. Por exempo,m «fala unbiga> irs): designa o engano, «falsa apardnela quando 6 tata feria de um rocém-nascido ea infecta-se rmuitas vem embora do exterior parege eurada. Tudo © que ¢ faln promesta ou roubo chama-2° for ecnse flnteBiges pllge a order dx Ucnons, © to ladrig entre ee animal 6 smendoim rodondo que ‘fo fm vstdadeiro alimenta, ete. Ao mane tetpo, (Stas falas» sp intematizadar segundo «om seontc!: ‘mentos nities que jstificars por urn Indo 0 seu valor psleolgeo ou soeis, © por outro lado o seu mimero fe ordem simbélien ns clasiienios. ‘Bstaslmersba da fala uo mundo real nfo sho um fendmeno ieclado, Os Sudmneses Harmbara, seguido Daminique Zahaa (Lx dialetique au verbo ohts Tex Bambara, 1063), eonsideram a loguagen como um ‘lemento fisic, Kimbora distingam uma primeira fala Ainda mio express, que fas parte da fala primordial fe Deus, © que oe cham «fo Jota também o subs- © fonema em geral sob © nome 46 ckumas. Esta lime palavra tem afinidedss corn f palavea hus que sigifien econ ally hi umm rina bembere que dis: «0 horn nfo tem cada fem erina: 0 ponto que ‘stra’ a homem & a fala ‘de sua boa», Un estudo anata facilnente descobre or estas aproximagées até que ponto ¢ que & coca (Go da fala, entre co Bambara, 6 scoualizaa, © por tssim dizer indstines da fungio sexusl Hata verifies: (Glo 6 confirmada pelas representagies kambera. dor ‘rgios da fala. Sio! a cubega eo corusto; & bexigs, ot ‘irglos semua, os ntertines, sins; o© palmdes, 0 figado: & raquo, a garzanta, «boon (lima, dents, ‘bom, salva). Cada tum dastes Grgtos forme fala; om rins preciam o sentido e eonferemihe ume certa Aubiguldado; 0 dlzr nko apresenta qualquer strae- pierre ns ‘vo oo a humidade da bexign nfo entrar na su compo siglos;.thnalmente, os glen socini, rave do Imovimentos que so ® relugio das gestor reaizados durante 0 colte, dio ao verto 0 praser © 0 gosto da ida. Todo 0 corp, ca olhas, ew ouvir, as mo, fs, as postures, participa na arcieulscio a fale. Assim, para os Bambara, falar 6 fazer salt um mento do corpo: falar € dar a ie. Notese que on Dogon também atribuem estas fungoen sow tgs do ‘eorpo part 2 producto da fala ‘O elemento linguistico & to material como o eorpa ‘ave o produz. Forum ln oa sons primordia da fala ‘xtfo relacionados com ax quatro elementos eSamiea: gua, a torr, 0 fogo e 0 ar. Por otro lado, senda ‘fala material, 6 necssdrio que os Seyoe por onde posse estefam preparades para a receber: dal a tatuager da oct ou limager dar dentes que sho simbolos da luz © do dia © qua, depois de limads, se identtieam com o exminho da lux, Bates nt de pre- Daragio da boce pera uma fala sents, destinados sobretudo sx mulheres, colnldem ou identifieam-96 om cs vite de Ineo, in wma prove suplernentar do facio de que para oe Bambara 6 domino da fala 6 um ominio do corp, a linguagem nto & ums nistraccio mas participa em todo o sbtems ritual da sociedade 2 linguagom 6 do tal modo corporal que os tos da ‘agelagho, por exomplo, que almbllann resistencia to corpo & dor. tim a fongho de reprsentar © deninio Ao fegho da fra, Nao podamee roostear aqui toda, ae comaequtnelas que esta teoria da linguagem implion para relago do suptofalante com a sua sexualidade, fom o saber em gerale om a sua inski no rea © homem melanéso. que habita a Nova, Guiné ‘oriental os prinipais arquipéingos paraclos 4s cos- tas du Australi também elaborou uta represntagio ‘corporal do funeionamento da linguagem. M. Leenharde (Do fomo, Y9ET) tradus sequin lends melanie sobre origem da inguagom: «O deus Gomaswe andava, 1 passonr e encontres duas personages que ako cone Seyulam responder As suas perguntas nem exprimires Julgand que nha o corpo vaso fot eager doit rotor ‘cus entranhes recothew. Quando voltou pare. janto doe ois hemens, abriu-thes © vente © eoloeau no interior ‘ur visoeras do rato: Intastine, earaglo e figado. Depols td fechada. a ferds, om dois homens comegaran logo ‘falar, 8 comer e ganharam forgaz. A convioHo 36 ‘qe € 0 corpo que efala> est claramente atta era fexpressten como: equal 6 o teu vontre?> para dir qual &'t thn Bngun?s; 00 are sestar deacladon; ou centranhas que funciona Imals para chestars. © explito ou # eabega mio 540 0 ‘antro omisoor da lingusgansidla, Polo contro, de {ir um eumprimento x um orador é chamartie cabo fom, 0 que imples Indubltavelmente que o rigor do fist Utcurto se deve an facto de ser am produto do ‘entre, das entranhas Pera om Dogons, excreve G. Calame-Griaulo, «os diversas clomontoe que eompéom a fale enontram-se no corp em estndo dfs, patinlarmente sob a forma de Agus. Quando o nomen fla, 0 vorbo sei sob a forma Ae vapor, visto que © dgua da fale foi ‘equceid’ pelo forego, Or, tal como a ferra que df a significado (e peso) & palaves correspandendo assim 20 esqueleto no corpo, 8 0 fogo que determina ns condites puio- Tigiear do mujeito falante, ao ca outeee conponentes a lingvagem para os Dogon, A sua relagio com 0 ‘exo tambim tet& claramente estabeleida: para co Dogonr a fala 6 sexuada; hi tons masculince (halter fe deeendentes) feminincs (altos e assendents), mas fe diversas modelidades da fale ou memo a8 diferentes Iinguas e dialestoe podem ser considerades como pet ‘tencenteo a uma ou outra catogora. A fala masculine contém mais vento © mais fogo, fala. feminine mais ‘agua e mala terra. A teorla comploxa da fala entre o& Dagens comportatacnbér urbe ogo que ertaelece toma extreita relagdo entre © use diceursivo © guild aque se chamou psiquismo: 6 2 nogio de hikinu que ‘signa + o tom em que fale se manifesta 9 qua eet ‘iyestarsente relaclorad com o peiguirmo>. ‘ras eonsepoiee corporis de inguagem mo pre: tender que nfo 90 a umn atensdo partialar 8 sus ‘construgio formal. Oa Bambara véom & goragio da lin- ”

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