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ario CCOMUNICAGAO UBIQUA: PER 204 ler alguma coisa le se aponta nos jogos educacions focando aspectos idade, seu car prazeroso, e tor iadro e giz ogos educativos tém 18 O LEITOR UBIQUO fojetos de incorporaco das tecnologias da inteligéncia a processos de nsino-aprendizagem deveriam ser precedidos de indagagbes sobre 0 cognitvo do discer ‘ocupagao tern me levak ice prprios do jovem u s, espec ‘éveis com as facilidades que trazem para 0 aces Tanto quanto posso ver, o cerne da questéo da aprendizagem localiza-se igura do leitor, no per itor. Que lei for (produtor e consumidor de je tr redes? E a essa questa que este capitulo esta dedicado, 1. A EXPANSAO DO CONCEITO DE LEITURA conceito de leitura nao esta isento de controvérsias. Bales- trini (2010, p. 35) afirma que “nao existe mento de interpretagao de CACAO UBIQUA:FEPERC ICACKO 266 reebem-se. De fato, para muitos, enho da re 0 texto ¢ a diagramagio. Além disso, -408 simbolos do alfabeto, os de que o livro & 0 agem, veio timo", € 0 que afirmam, rntemente se colocar diante dos nossos olhos na vida coridia- wriamente a essa recusa, defendo que imagens também a ena dos produtos que compramos, Mais do que isso, ha algum tempo, nos cartazes, 0s por i bus, nas eng de mtr, efi ainda o cidade ‘escopo pa portant, que he essa expansio. Em uma pesquisa realizada hi algu m livro (Santaella, 2004), tendo como para a superficie das telas do comp nuidade, mas em e cujos modelos perceptivo-cog- nivel de co esse 3 0 com énfase no leitor imersivo. novo tipo de dos internautas, criando novas formas de so “io, compartilha- vo da idade pré- mento ¢ participagao. ivro impresso ¢ da imagem expositiva, Toda essa variedade de E ‘or nasceu no Renascimento ¢ perdurou até meados firmpatiisradsee, Ugpats, comoxjocuils¢ revista: o amid do século XIX. O segundo tipo de lcitor é filho da Revol veio também Industrial e do aparccimento dos grandes centros urbanos: 0 es entre palavra e imagem, multidio, que foi lindamente retratado pelo escrivor entre 0 texto, a foro ea legenda, entre o tamanho dos tipos grificos -ameticano, Edgar Allan Poe, no seu conto com 0 mesmo CaM 30 CCOMUNICACAO UBIQUA: REPERCUSSOES 268 RA ENA EDUCAGAO .a exigem do leitor a lentidao , portanto, o leitor do mundo em 0, dinde ro, um desenho guagens de que as metrépoles explosio do jornal € ativa e interpretativa em que 0 leitores precede ddesses tipos de lei encontrada em Santaella, rel E 0 leitor treinadk traces fugazes e sensagbes evanescentes, cuija percepgio se tornou uma atividade instivel, de ntensidades desiguais, leitor apressado de linguagens efémeras, hibridas, miscuradas, A impressio mecénica, aliada ao telégrafo € 4 fotografia, gerou a linguagem hibrida do jornal, cestemunha do cotidiano, fadada a durar 0 tempo exato daquilo que noti- rnasce o leitor fugaz, novidadeiro, de meméria curta, perfil cognitivo do leitor do livro pressupée a pritica, que se tornou dominante a partir do século XV imaginativamente para pensamento caracterizados pela abstracio 1 sem urgéncias, provido de tivas, aprende assim a conviver com 0 Icitor orgs, gem exposta, & iados no espaco € ¢ se apagam; cleragio do mundo. novimento do trem, do bonds imento das cimeras de cinema. De fa oLetToR uBiquo 269 grifica. A rapider do de alto impacto constituiram um par de casa, ¢ da imagem 20 imperceptiv a transitar entre para a image sentua com o advent bo, do so Isso se espagos informacionais da incerr ao da percepesi dade da penetragio no instante percept ritmo da atengio, perfil r0 tipo radicalmente novo de pro- wogagio no ciberes com uma . ompen « aspects meng intersemitica, composta de elementos sonoros, vi ais € textuais 2.3. O leitor imersivo O leitor imersivo impresso que segue as sequéncias de um texto virando oerTo8 valquo 271 habilidades empres imagens ou o. Antes de tudo, esse leitor pratiea espectador de pelo menos quatro estratégias de navegacao: '2) Escanear a tela, cobrindo uma larga superficie nfo linear sem profundidade de ca bb) Navegar, seguindo pistas até que o alvo seja encontrado. ja, esforcar-se para encontrar o alvo pret d) Explorar em profundidade, chegar até ada (Canter et al, 1985, p. nto. Nio é dificil perce- ber que, sem nenhuma divida, os tts tipos de leitores coexistem, complementam-se ¢ se completam. Entretanto, nos aces por que tem passado a cultura 6 trans es so de causar assombro. po, surgiu um qi uma denominagio aceleragio dessas tr que, nese curto espaco de t 1c batizei de leitor ul aparecendo a outros pesquisadores da cul ar sia inquestionavel presenca. compreender o perfil apresentar a recente ago oterToR vei 273 idade esti- veram prese espaco desde as origens da internet. 1s autores (Rh 1996; Lévy, 1996) izacdo e @ comuni- ucao de comunidades vireuais, redes sociais digitais, es tecnol6gicas e fatos que Web sao frutos basicamente da popu websites, bases de stam, orcs lista de c ia Naqu faces compute dor-us ar, ter acesso ¢ ler. Entretan= seragao de novos ambientes 0s e-mails para trocas de ndentes da prese CCOMUNICACAO UBIQUA: REPERCUSSCES 274 ULTURA E NAH redes de cooperag vem p mas juno. Dentro da grande rede que é a podem ser feitas a ¢ para celulares nao passavam de te Entio, eles incorporaram 0 te envolvido, de uma al, que nac renha as redes sociais abrange também até as a camada social rods os projetos igos, produtos € jas que nascem a cada dia para opera sobre da lncia de que & para essas red ja citada no ¢: lados al, (2012, p. 166 es nos anos 1960, stadores pessoais € dos navegadores de anos 1990, hoje wuarta grande fase do mercado wwalquer lugar e a qualquer momen ngold dizia, em 1996 (p. 414), foi se tornand gracas a essas novas plataformas: cengajamo-nos realizamos ag6es comers fazemosplanos, 10s € discutimos, rerCUrSOS os conhecimen- os ideias 10s emogbes, amos amigos € 08 flertamos, eriamos rsa fiada. Fazemos tudo que fazemos com pala fazem as pessoas qu: ideos nas telas neem a alguma rede soc , milhoes de nds per qual nossas identidades se misturam ¢ i jente do tempo ¢ do local idia, outro nome para esse espago piiblico em per- is designam, espécies de associagées fluidas ¢ flexiveis de pessoas, liga ddos fios invisiveis das conexdes que se cruzam pelos quatro cantos do globo, perm ios se organizem espontan mente para marcar sua presenga por mei idos de conversagio (ver Recuero, 2012). A proliferagao crescente espagos conver wedida em contato instantineo com pessoas em qua onais apresenta dois lados: & .coes humanas tornam-se cada ver do mundo, as oLerTOR velquo. 25 0 UBIQUA: REPERCUSSOE ivinhando as tendéncias fururas, orque nossas méquinas nos dio 0 poder de esvoagar pelo universo, nossas comunidades crescem em fragilidade, volatilidade ¢ efemeridade nan mas, 20 mesmo tempo, be 08 visores dos smart e iP nstatagio de niio pode ser vi idade fisica do usuétio. Para navegar de um das redes informacionais, nas quais se entra ¢ se sa 5» paginas ete, com 0 espaco fisico. L cruzamentos, interseegdes entre eles sio et © misturado A mobilidade fisica do cidadio das redes. Ambas gtigantesca das redes sociais do ciberespaco nao seria posst facil qualquer tempo e lugar. £ idade que emerge o leitor interfaces que rein- o espago urbano € as relacies |, © que repercute nas is de trabalho, de entretenimento, em que os de servigos, de mercado, de acess ce troca de izado. ransportados, de computagio wuicéo de meios 8 servigos 4 pervasiva refere-se & ctos. Dotados de sensores, os dados e variagoes computacionais 1m € ajustam aplicagdes conforme as ios ¢ dos demais dispositivos. A computacéo lade com os oMacao OR UB]QUO 277 ‘oLerroR ueiquo 2. ide visual veloz © quase cs de ver. As ages refle- edos ¢ que sio de modo que alguns autores preferem unificar ‘ como se 0s olhos ad 0 tréstipos de computagio sob o nome de ubiqua (Santos, 2009). De qualquer modo, o que interessa€ per xas do sistema nervoso cent orpo ao ambiente tanto solve! se refere principalme! de estar sempre presente € a a caracterizagio do pistas, mapas, izando-se que para eles we nter uma comunicagio atos via SMS (Short Message Se plesmente dispositivos nte a pé smpo em que esti indo pelos am avenidas, estradas —, ambicntes em ser So tae sidade de mudar de 1, a reflexa esse tipo de sdes desenvolve ide de enxergar os problemas de provisar em resposta ao fluxo acelerado fagens em um ambiente mutavel. Ademais, a plura wversidade de mensagens facilmente acessiveis convidam dos materiais culturais e mesmo cientificos existentes, problemas mais alarmantes principalmente pelos adul- 2010, wida, uma das mais importantes pode conversar si pessoas a vinte ¢ pontos de vista, 1a prontido cognitiva impar para orientar-se entre dia, sem perder 0 controle da sua presenga € ituado. Que tipo de de controle motor, de economia do seu mente, de sistema nervoso da atengio esté af posto em at Nio ha divida de processat, to p. 297-310). A atengio &, habilidades cognitivas. Para ser processada no nosso cérebro, toda comtgc50 comu 280 (CAO UBIQUA: REPERCUSSOES NA CU Na toucacéo informs n de ser te ida em nossa meméria 10. Como proprio nome diz, essa meméria perma: é crucial amado de mutitarefs \sadas como come dar conta dos a meméria de curta duragio! strangimentos que sio impostos o do que se pode pensar, mulrtarefas nao & conce- ns et al. como uma disfuncio da atengio centrada. Ultrapassando esse entendimento superfic 6s autores vio bu imagem, diagramas etc undo Jenkins et al (ibid), a cogs titarefas, que também pode ser rador de tel contém uma série de detalhes, nenhum dos completa do conjunto. Al ta do cinema, gem feita de cortes répidos ciam velozmente 0s di cesucessivos. Assim, nosso: obter uma vi < tomando pot base Hartmann interessante comparagio entre jas de ut cocrente do - 1999), os autores estabelecern blade 0 exigid: comple: nada. Jao de tar uma sequéncia de tarefas que do prec 1a pistas que leva 's foram pensadas para criar f rere em uma coisa de cada Yet do séculos, a8 sco que 0 st ada da separ re desorde a partir disso que a escol: inform . lade, © que deve ser pensada € somes de modo te as mutagGes qUuE a cstio trazendo para o os processos cd ar, de for- quo canto REPERCUSSOES NA CULTURA E NA EDUCACAO que possam ser as experincias inovadoras de incorporagio das agem, o maior desafio da edu redes nos processos de apt hoje, em todas os seus niveis, dos elementares aos pés-graduados, & m tradugées 0! ar esse argu que desafio de se ngenhosidade entre a palavra e a imagem, entre entre a emacao e a reflexdo, 0 da inte jovadoras, jover com 6 livro € 05 dispositivos digit ivo, Talvez 0 car sca de propostas divertidas, motivadoras e eficazes. Em suma: os lexos e hibri seu livro. Wars: programas de al. A exclusio imo gy sobre Tecnologia e inclusi ial em debe de trés casos internaci I que, apesar da oferta generosa de r if Nos seus propdsites. O fracas mbém considerar que a a cultural e cognitiva contemporinea tipo de leitor hibrid que tem na ubi (ni 50

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