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ONL MINISTERIO DAS RELAGDES EXTERIORES DEPARTAMENTO CONSULAR E JURIDICO DIVISAO DE ATOS INTERNACIONAIS NK. 972 BRASIL - ITALIA CONVENGAO DESTINADA A EVITAR A DUPLA TRIBUTAGAO E PREYENIR A EVASAO FISCAL EM MATERIA DE IMPOSTOS SOBRE A RENDA Celebrada em Roma, a 3 de outubro de 1978. Aprovado pelo Decreto Legislativo n. 77, de 5 de dezembro de 1979. Instrumentos de Ratificagao trocados em Brasilia, a 24 de abril de 1981. Entrada em vigor a 24 de abril de 1981. Promulgada pelo Decreto n. 85.985, de 6 de maio de 1981. Publicada no Diario Oficial de 8 de mato de 1981. 1981 E Ss . =| dev 196 DECRETO NQ 85.985 DE 06 DE MAIO DE 1981. Promulga a Convengao Destinada a Evitar a Dupla Tributacgao e Pre- venir a Evasao Fiscal em Matéria de Impostos sobre a Renda O PRESIDENTE DA REPOBLICA, CONSIDERANDO que o Congresso Nacional aprovou, pelo De- creto Legislativo nQ9 77, de 5 de dezembro de 1979, a Convencao Destinada a Evitar a Dupla Tributacgao e Prevenir a Evasao Fiscal em Matéria de Impostos sobre a Renda, celebrada entre o Governo da Republica Federativa do Brasil eo Governo da Republica Italiana, em Roma, a 3 de outubro de 19783 CONSIDERANDO que a referida Convengao entrou em vigor, por troca dos Instrumentos de Ratificacao, nos termos de seu Artigo 28, a 24 de abril de 19815 DECRETA: Artigo 19: A Convengao Destinada a Evitar a Dupla Tribu- tagio e Prevenir a Evasio Fiscal em Matéria de Impostos sobre a Renda, apen sa por cépia ao presente Decreto, sera executada e cumprida tao inteiramen- te como nela se contém. Artigo 20: Este Decreto entra em vigor na data de sua publicagao, revogadas as disposicdes em contrario. BrasTlia, em 06 de maio de 1981; 1609 da Independéncia e 939 da Republica. JOAO FIGUEIREDO R.S. Guerreiro - nov 196 _ CONVENGRO EXTRE 0 GOVERNO DA REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPOBLICA ITALIANA DESTINADA A EVITAR A DUPLA TRIBUTACAO E PREVENIR A EVASKO FISCAL EM MATERIA DE IMPOSTOS SOBRE A RENDA 0 Governo da Repiblica Federativa do Brasil e 0 Governo da Repiblica Italiana; DESEJANDO concluir uma Convengao destinada a evitar a dupla tributagao e prevenir a evasao fiscal em matéria de impostos sobre a renda; ACORDARAM 0 seguinte: ARTIGO 1 Pessoas visadas A presente Convengao se aplica as pessoas residentes de um ou de ambos os Estados Contratantes. ARTIGO 2 Impostos visados i A presente Convengao se aplica aos impostos sobre a renda cobrados por um dos Estados Contratantes, por uma sua subdivisao politica ou administrativa ou autoridade local, seja qual for o sistema usado para sua cobranga. 2. Os impostos atuais aos quais se aplica a presente _ Convengao sao: a) no caso do Brasil: - 0 imposto federal de renda, com exclusio das incidéncias sobre remessas excedentes e atividades de menor importancia (doravante referido como “imposto brasileiro"); b) no caso da Italia: = 0 imposto sobre a renda das pessoas fisicas (imposta sul reddito delle persone fisiche); - 0 imposto sobre a renda das pessoas juridicas (imposta sul reddito delle persone giuridiche); - © imposto local sobre a renda (imposta locale sui redditi), mesmo no caso de ser arrecadado por meio de retengao na fonte (doravante referidos como “imposto italiano"). 3. A Convengao também se aplica a quaisquer impostos idénticos ou substancialmente semelhantes que forem introduzidos apos a data da assinatura da presente Convengao, seja em adigao aos impostos existentes, seja em sua substituigdo. As autoridades competentes dos Estados Contratantes notificar-se-do mutuamente de qualquer modificagaéo que tenha ocorrido em suas respectivas legislagdes tributarias. ARTIGO 3 Definigdes gerais a Na presente Convengao, a nao ser que o contexto imponha interpretagao diferente: a) o termo “Brasil” designa a Repiblica Federativa do Brasil; b) 0 termo "Italia" designa a Republica Italiana; c) 0 termo “nacionais" designa: sev 196 I- todas as pessoas fisicas que possuam a nacionalidade de um Estado Contratante; II = todas as pessoas juridicas, sociedades de pessoas e associagées constituidas de acordo com as leis em vigor num Estado Contratante; d) as expressées “um Estado Contratante" e "o outro Estado Contratante" designam o Brasil ou a Italia consoante o contexto; e) 0 termo “pessoa” compreende uma pessoa fisica, uma sociedade e qualquer outro grupo de pessoas; f) 0 termo “sociedade" designa qualquer pessoa juridica ou qualquer entidade que, para fins tributarios, seja considerada como pessoa juridica; 9) as expressdes “empresa de um Estado Contratante" e “empresa do outro Estado Contratante" designam, respectivamente, uma empresa explorada por um residente de um Estado Contratante e uma empresa explorada por um residente do outro Estado Contratante; h) a expressio “trafego internacional" designa todo transporte efetuado por um navio ou aeronave explorado por uma empresa cuja sede de diregao efetiva esteja situada em um Estado Contratante, exceto quando 0 navio ou aeronave for explorado apenas entre pontos situados no outro Estado Contratante; 4) 0 termo "imposto" designa o imposto brasileiro ou o imposto italiano, consoante o contexto; j) a expresso “autoridade competente” design. I - no Brasil: 0 Ministro da Fazenda, o Secretario da Receita Federal ou seus representantes autorizados; I] - na Italia: o Ministro da Fazenda. Para a aplicagio da presente Convengao por um Estado aor 196 4 Contratante, qualquer expressao que nao se encontre de outro modo definida tera o significado que Ihe & atribufdo pela legislagao desse Estado Contratante relativa aos impostos que séo objeto da presente Convengao, a no ser que o contexto exija interpretagao diferente. ARTIGO 4 Domicilio fiscal i Para os fins da presente Convengio, a expressao “residente de um Estado Contratante” designa qualquer pessoa que, em virtude da legislag3o desse Estado, esteja ai sujeita a imposto em razo de seu domicilio, de sua residéncia, de sua sede de diregio ou de qualquer outro critério de natureza analoga. 2. Quando, por forga das disposigées do paragrafo 1, uma pessoa fisica for residente de ambos os Estados Contratantes, a situagdo sera resolvida de acordo com as seguintes regras: a) sera considerada como residente do Estado Contratante em que disponha de uma habitagao permanente. Se dispuser de uma habitagao permanente em ambos os Estados Contratantes, sera considerada como residente do Estado Contratante com o qual suas ligagdes pessoais e econdmicas sejam mais estreitas (centro de interesses vitais); b) se o Estado Contratante em que temo centro de seus interesses vitais nao puder ser determinado, ou se nfo dispuser de uma habitagao permanente em nenhum dos Estados Contratantes, sera considerada como residente do Estado Contratante em que permanecer habitualmente; c) se permanecer habitualmente em ambos os Estados Contratantes ou se néo permanecer habitualmente em nenhum. deles, sera considerada como residente do Estado Contratante de que for nacional; d) se for nacional de ambos os Estados Contratantes, ou se n3o for nacional de nenhum deles, as autoridades competentes dos Estados Contratantes resolverao a quest3o de comum acordo. 3. Quando, em virtude das disposigoes do paragrafo 1, uma pessoa que nao seja uma pessoa ffsica for um residente de ambos os Estados Contratantes, sera considerada como residente do Estado Contratante em que estiver situada a sua sede de diregao efetiva. ARTIGO 5 Estabelecimento permanente 1. Para os fins da presente Convengio, a expressao “estabelecimento permanente" designa uma instalagao fixa de negocios em que a empresa exerga toda ou parte de sua atividade. a A expressio “estabelecimento permanente" abrange especialmente: a)uma sede de diregio; b)uma sucursal; c)um escritério; d)uma Fabrica; e)uma oficina; f)uma mina, uma pedrefra ou qualquer outro local de extragdo de recursos naturais; g)um canteiro de construgao ou de montagem, cuja durag3o exceda seis meses. 3. A expressao “estabelecimento permanente" nao compreende: a) a utilizagao de instalagées unicamente para fins de armazenagem, exposigao ou entrega de bens ou de mercadorias pertencentes 4 empresa; b) a manutengao de um estoque de bens ou mercadorias pertencentes & empresa unicamente para fins de armazenagem, exposiga0 ou entrega; c) a manuteng3o de um estoque de bens ou mercadorias pertencentes & empresa unicamente para fins de transformagao por outra empresa; d) a manutengao de uma instalag3o fixa de negécios unicamente para fins de comprar bens ou mercadorias ou obter informagdes para a empresa; | e) a manutengio de uma instalagao fixa de negocios unicamente para fins de publicidadé, fornecimento de informagdes, pesquisas cientificas ou atividades anlogas que tenham carater preparatério ou auxiliar para a empresa. 4. Uma pessoa que atue num Estado Contratante por conta de uma empresa do outro Estado Contratante - e desde que nao seja um agente que goze de um status independente, contemplado no paragrafo § - sera considerada como “estabelecimento permanente" no primeiro Estado se tiver, e exercer habitualmente nesse Estado, autoridade para concluir contratos em nome da empresa, a nao ser que suas atividades sejam limitadas 3 compra de bens ou mercadorias para a empresa. Todavia, uma sociedade de seguros de um Estado Contratante sera considerada como tendo um estabelecimento permanente no outro Estado Contratante, desde que, através de um representante, nao incluido entre as pessoas mencfonadas no paragrafo 5 abaixo, receba prémios ou segure riscos nesse outro Estado. 5. Uma empresa de um Estado Contratante nao seri considerada como tendo um estabelecimento permanente no outro Estado Contratante pelo simples fato de exercer a sua atividade nesse outro Estado por intermédio de um corretor, de um comissario geral ou de qualquer outro agente que goze de um status independente, desde que essas pessoas atuem no ambito de suas atividades normais. 6. 0 fato de uma sociedade residente de um Estado Contratante controlar ou ser controlada por uma sociedade residente do outro Estado Contratante ou que exerga sua atividade nesse outro Estado (quer seja através de um estabelecimento permanente, quer de outro modo) nao sera, por si sé, bastante para fazer de qualquer dessas sociedades estabelecimento permanente da outra. ARTIGO 6 Rendimentos de bens imobiliarios 1. Os rendimentos de bens imobiliarios, inclusive os rendimentos de exploragdes agricolas ou florestais, sao tributaveis no Estado Contratante em que esses bens estiverem situados. acy 196 2. a) a expressio “bens imobiliarios", com ressalva das disposigdes das alineas b) ec) abaixo, &@ definida de acordo com a legisla¢ao do Estado Contratante em que os bens em quest3o estiverem situados; b) a expressio compreende, em qualquer caso, os acessérios da propriedade imobiliaria, o gado e o equipamento utilizados nas exploragdes agricolas e florestais, os direitos a que se aplicam as disposigdes do direito privado relativas a propriedade territorial, o usufruto de bens imobilfarios e os direitos aos pagamentos variaveis ou fixos pela explorag3o, ou concessao da exploragao, de jazidas minerais, fontes e outros recursos naturais; c) os navios, barcos e aeronaves nao sao considerados bens imobiliarios. a 0 disposto no parégrafo 1 aplica-se aos rendimentos derivados da exploragio direta, da locaga0, do arrendamento ou de qualquer outra forma de exploragao de bens imobiliarios. a 0 disposto nos pardgrafos 1 e 3 aplica-se igualmente aos rendimentos provenientes de bens imobiliarios de uma empresa, assim como aos rendimentos de bens imobiliarios que sirvam para o exercicio de uma profissao liberal. ARTIGO 7 Lucros das empresas als Os lucros de uma empresa de um Estado Contratante sé so tributaveis nesse Estado, a néo ser que a empresa exerga sua atividade no outro Estado Contratante por meio de um estabelecimento permanente af situado. Se a empresa exercer sua atividade na forma indicada, seus Jucros serao tributaveis no outro Estado, mas unicamente na medida em que forem atribuiveis a esse estabelecimento permanente. 2. Quando uma empresa de um Estado Contratante exercer sua atividade no outro Estado Contratante através de um estabelecimento permanente ai situado, ser’o atribuidos em cada Estado Contratante a esse estabelecimento permanente os lucros que obteria se constituisse nov 196 uma empresa distinta e separada, exercendo atividades idénticas ou similares, em condigées idénticas ou similares, e transacionando com absoluta independéncia com a empresa de que @ um estabelecimento permanente. a No calculo dos lucros de um estabelecimento permanente, & permitido deduzir as despesas que tiverem sido feitas para a consecugao dos objetivos do estabelecimento permanente, incluindo as despesas de administragdo e os encargos gerais de diregio assim realizados. 4 Nenhum lucro sera atribuido a um estabelecimento permanente pelo simples fato de comprar mercadorias para a empresa. 5. Quando os lucros compreenderem elementos de rendimentos tratados separadamente nos outros artigos da presente Convengao, as disposigées desses artigos nao serao afetadas pelas disposigoes deste Artigo. ARTIGO 8 Navegagio maritima e aérea Ll. Os lucros provenientes da explorag30, no trafego internacional, de navios ou aeronaves sé sao tributaveis no Estado Contratante em que estiver situada a sede da diregao efetiva da empresa. 2. Se a sede da diregao efetiva da empresa de navegagao se situar a bordo de um navio, esta sede sera considerada situada no Estado Contratante em que se encontre o porto de registro desse navio, ou na auséncia de porto de registro, no Estado Contratante em que resida a pessoa que explora o navio. 3. 0 disposto no parégrafo 1 também se aplica aos lucros provenientes da participagao em um "pool", em uma associagao ou em uma agéncia de operagao internacional. 4. 0 Acordo entre o Brasil e a Italia, datado de 4 de outubro de 1957, destinado a evitar a dupla tributagdo sobre os rendimentos provenientes do exercicio de navegagao maritima e aérea, cessara de aplicar-se, em relag3o a qualquer imposto, no perfodo durante o qual a presente Convengao for aplicavel no que se refere a esse imposto. Aov 196 al ARTIGO 9 Empresas associadas Quando: a) uma empresa de um Estado Contratante participar direta ou indiretamente da diregao, controle ou capital de uma empresa do outro Estado Contratante, ou b) as mesmas pessoas participarem direta ou indiretamente da diregao, controle ou capital de uma empresa de um Estado Contratante e de uma empresa do outro Estado Contratante, e, em ambos os casos, as duas empresas estiverem ligadas, nas suas relagGes comerciais ou financeiras, por condigdes aceitas ou impostas que difiram das que seriam estabelecidas entre empresas independentes, ©s Tucros que, sem essas condigdes, teriam sido obtidos por uma das empresas, mas nao o foram por causa dessas condicdes, podem ser inclufdos nos lucros dessa empresa e tributados como tal. ARTIGO_10 Dividendos 1. Os dividendos pagos por uma sociedade residente de um Estado Contratante a um residente do outro Estado Contratante sao tributaveis nesse outro Estado. 2. Todavia, esses dividendos podem ser tributados no Estado Contratante onde reside a sociedade que os paga, e de acordo com a legislagao desse Estado, mas se a pessoa que os receber for o beneficiario efetivo dos dividendos 0 imposto assim estabelecido nao podera exceder 15 por cento do montante bruto dos dividendos. Este paragrafo nado afetaré a tributagao da sociedade com referéncia aos lucros que deram origem aos dividendos pagos. 3. 0 disposto nos paragrafos 1 e 2 nao se aplica se o beneficiario dos dividendos, residente de um Estado Contratante, io tiver, no outro Estado Contratante de que é residente a sociedade que paga os dividendos, um estabelecimento permanente a que estiver efetivamente ligada a participag’o geradora dos dividendos. Nesse caso, os dividendos sao tributaveis nesse outro Estado Contratante, de acordo com a sua prépria legislagao. 4. 0 termo “dividendos", usado no presente Artigo, designa os rendimentos provenientes de agées, agdes ou direitos de fruigao, agdes de empresas mineradoras, partes de fundador ou outros direitos de participagio em lucros, com excegio de créditos, bem como rendimentos de outras participagdes de capital assemelhados aos rendimentos de agdes pela legislagao tributaria do Estado em que a sociedade que os distribuir seja residente. 5. Quando um residente da Italia tiver um estabelecimento permanente no Brasil, esse estabelecimento permanente podera ai estar sujeito a um imposto retido na fonte de acordo com a legislagao brasileira. Todavia, esse imposto nio podera exceder 15 por cento do montante bruto dos lucros do estabelecimento permanente determinado apds o pagamento do imposto de renda da sociedade referente a esses lucros. 6. Quando uma sociedade residente de um Estado Contratante receber lucros ou rendimentos do outro Estado Contratante, esse outro Estado Contratante nao poderé cobrar qualquer imposto sobre os dividendos pagos pela sociedade, exceto na medida em que esses dividendos forem pagos a um residente desse outro Estado ou na medida em que a participagéo geradora dos dividendos estiver efetivamente ligada a um estabelecimento permanente situado nesse outro Estado, nem sujeitar os lucros nao distribuidos da sociedade a um imposto sobre lucros nao distribuidos, mesmo se os dividendos pagos ou os lucros nao distribuidos consistirem total ou parcialmente de Jucros ou rendimentos provenientes desse outro Estado. 2 A limitagdo da alfquota do imposto prevista nos paragrafos 2 e 5 nao se aplicara aos dividendos ou lucros pagos ou remetidos antes do término do terceiro ano calendario seguinte ao ano em que a presente Convengao entrar em vigor. ARTIGO 11 Juros 1. Os juros provenientes de um Estado Contratante e pagos nov 196 a] a um residente do outro Estado Contratante sao tributaveis nesse outro Estado. 2. Todavia, esses juros podem ser tributados no Estado Contratante de que provém, e de acordo com a legislagao desse Estado, mas se a pessoa que os receber for o beneficiario efetivo dos juros o imposto assim estabelecido nao poder’ exceder 15 por cento do montante bruto dos juros. 3. Nao obstante o disposto nos paragrafos 1 e 2, os juros provenientes de um Estado Contratante e pagos ao Governo do outro Estado Contratante, a uma sua subdivisao politica ou administrativa ou qualquer agéncia (inclusive uma instituigdo financeira) de propriedade exclusiva daquele Governo, subdivisao politica ou administrativa, sao isentos de imposto no primeiro Estado Contratante. 4. 0 termo “juros", usado no presente Artigo, designa os rendimentos da divida piblica, de titulos ou debéntures, acompanhados ou nao de garantia hipotecéria ou de clausula de participagao nos lucros, e de créditos de qualquer natureza, bem como outros rendimentos que pela legislagao tributaria do Estado Contratante de que provenham sejam assemelhados aos rendimentos de importancias emprestadas. 5. 0 disposto nos paragrafos 1 e 2 n’o se aplica se o beneficiario “dos juros, residente de um Estado Contratante, tiver no outro Estado Contratante de que provenham os juros, um estabelecimento permanente ao qual se ligue efetivamente o crédito gerador dos juros. Nesse caso, os juros podem ser tributados nesse outro Estado Contratante, de acordo com a sua propria legislagao. 6. A limitagio estabelecida no paragrafo 2 nao se aplica aos juros provenientes de um Estado Contratante e pagos a um estabelecimento permanente de uma empresa do outro Estado Contratante situado em um terceiro Estado. 7 Os juros ser’o considerados provenientes de um Estado Contratante, quando o devedor for esse préprio Estado, uma sua subdivisao politica ou administrativa ou um residente desse Estado. No entanto, quando o devedor dos juros, residente ou nao de um Estado Contratante, tiver num Estado Contratante um estabelecimento permanente pelo qual haja sido contratda a obrigagao que di origem aos juros e caiba a esse estabelecimento permanente o pagamento desses juros, tais juros serao considerados provenientes do Estado Contratante em que o estabelecimento permanente estiver situado, —121 - nev 196 4 8. Se, em consequéncia de relagées especiais existentes entre o devedor e 0 credor, ou entre ambos e terceiros, o montante dos juros pagos, tendo em conta o crédito pelo qual sdo pagos, exceder Aquele que seria acordado entre o devedor e o credor na auséncia de tais relagées, as disposigées deste Artigo se aplicam apenas a este ii1timo montante. Neste caso, a parte excedente dos pagamentos sera tributavel conforme a legislagao de cada Estado Contratante e tendo em conta as outras disposigdes da presente Convengao. ARTIGO 12 Royalties Ll. Os royalties provenientes de um Estado Contratante e pagos a um residente do outro Estado Contratante sao tributaveis nesse outro Estado. 2. Todavia, esses royalties podem ser tributados no Estado Contratante de que provém, e de acordo com a legislacao desse Estado, mas se a pessoa que os receber for o beneficiario efetivo dos royalties o imposto assim estabelecido nao poderaé exceder: a) 25 por cento do montante bruto dos royalties Provenientes do uso ou da concessao do uso de marcas de indistria ou comércio; b) 15 por cento em todos os demais casos. 2 As disposigdes dos paragrafos 1 e 2 nao se aplicam quando 0 beneficiario dos royalties, residente de um Estado Contratante, tiver, no outro Estado Contratante de que provém os royalties, um estabelecimento permanente ao qual estéo ligados efetivamente o direito ou o bem que deu origem aos royalties. Nesse caso, os royalties sao tributaveis nesse outro Estado Contratante, de acordo com a sua propria legislagao. 4 0 termo “royalties”, empregado neste Artigo, designa as remuneragdes de qualquer natureza pagas pelo uso ou pela concessao do uso de um direito de autor sobre uma obra literaria, artistica ou cientifica (inclusive os filmes cinematograficos, filmes ou fitas de gravagdo de programas de televisdo ou radiodifusao), qualquer patente, marcas de indistria ou comércio, desenho ou modelo, plano, férmula ou ia 4 Processo secreto, bem como pelo uso ou pela concessio do uso de um equipamento industrial, comercial ou cientifico e por informacdes correspondentes 4 experiéncia adquirida no setor industrial, comercial ou cientifico. 5. Os royalties serao considerados provenientes de um Estado Contratante quando 0 devedor for o proprio Estado, uma sua subdivisdo politica ou administrativa, uma autoridade local ou um residente desse Estado. Todavia, quando o devedor dos royalties, seja ou nao residente de um Estado Contratante, tiver num Estado Contratante um estabelecimento permanente em relacéo com o qual haja sido contratda a obrigagao de pagar os royalties e caiba a esse estabelecimento permanente o pagamento desses royalties, serdo eles considerados provenientes do Estado Contratante em que o estabelecimento permanente estiver situado. 6. Se, em consequéncia de relagdes especiais existentes entre o devedor e o credor, ou entre ambos e terceiros, 0 montante dos royalties pagos, tendo em conta o uso, direito ou informagao pelo qual & pago, exceder aquele que seria acordado entre o devedor e o credor na auséncia de tais relagdes, as disposigdes deste Artigo sio aplicéveis apenas a este iltimo montante. Neste caso, a parte excedente dos pagamentos sera tributavel conforme a legislacao de cada Estado Contratante e tendo em conta as outras disposigdes da presente Convengio. re A limitagdo da aliquota do imposto previsto no Paragrafo 2b n’o se aplicaré aos royalties pagos até o término do terceiro ano calendario seguinte ao ano em que a presente Convengio entrar em vigor, quando tais royalties forem pagos a um residente de um Estado Contratante que detenha, direta ou indiretamente, pelo menos 50 por cento do capital votante da sociedade que paga esse royalties. ARTIGO 13 Ganhos de capital AG Os ganhos provenientes da alienagio de bens imobiliarios, conforme s&o definidos no paragrafo 2 do Artigo 6, sao tributaveis no Estado Contratante em que esses bens estiverem situados. 2. Os ganhos provenientes da alienagio de bens imobiliarios que fagam parte do ativo de um estabelecimento permanente 14 acy 196 que uma empresa de um Estado Contratante possua no outro Estado Contratante, ou de bens mobiliarios constitutivos de uma instalaco fixa de que disponha um residente de um Estado Contratante no outro Estado Contratante para o exercicio de uma profissso liberal, incluindo os ganhos provenientes da alienagao desse estabelecimento Permanente ({solado ou com o conjunto da empresa) ou dessa instalacdo fixa, sao tributaveis no outro Estado. No entanto, os ganhos Provenientes da alienagao de navios ou aeronaves utilizados no trafego internacional e de bens mobiliarios pertinentes & explorag3o de tais navios ou aeronaves s6 sdo tributaveis no Estado Contratante em que estiver situada a sede da diregao efetiva da empresa. 3. Os ganhos provenientes da alienagéo de quaisquer bens ou direitos diferentes dos mencionados nos paragrafos 1 e 2 sio tributaveis em ambos os Estados Contratantes. ARTIGO 14 Profissdes independentes 1 Os rendimentos que um residente de um Estado Contratante obtenha pelo exercicio de uma profissao liberal ou de cutras atividades independentes de caréter anilogo sé sio tributaveis nesse Estado, a nao ser que o pagamento desses servigos e atividades caiba a um estabelecimento permanente situado no outro Estado Contratante ou a uma sociedade residente desse outro Estado. Nesse caso, esses rendimentos sao tributaveis nesse outro Estado. 2. A expressdo “profissio liberal" abrange, em especial, as atividades independentes de carater cientifico, técnico, literario, artistico, educativo e pedagégico, bem como as atividades independentes de médicos, advogados, engenheiros, arquitetos, dentistas e contadores. ARTIGO 15 Profissdes dependentes i Com ressalva das disposigées dos Artigos 16, 18, 19, 20 e 21, os salarios, ordenados e outras remuneragées ‘similares que um residente de um. Estado Contratante receber em razio de um emprego Soe aov 196 4 Ser’o tributaveis somente nesse Estado, a no ser que o emprego seja exercido no outro Estado Contratante. Se o emprego for ai exercido, as remuneragdes correspondentes sio tributaveis nesse outro Estado. 2. N&o obstante as disposigdes do paragrafo 1, as remuneragdes que um residente de um Estado Contratante receber em fung3o de um emprego exercido no outro Estado Contratante sé s3o tributaveis no primeiro Estado se: a) 0 beneficiario permanecer no outro Estado durante um perfodo ou perfodos que nao excedam, no total, 183 dias do ano fiscal considerado; e b) as remuneragées forem pagas por um empregador ou em nome de um empregador que nao @ residente do outro Estado; e ¢) 0 encargo das remuneragdes nao couber a um estabelecimento permanente ou a uma instalagio fixa que o empregador tiver no outro Estado. 3. Nao obstante as disposigées precedentes deste Artigo, as remuneragdes relativas a um emprego exercido a bordo de um navio ou de uma aeronave em trafego internacional sao tributaveis no Estado Contratante em que estiver situada a sede da direcio efetiva da empresa. ARTIGO 16 Remuneragoes de diregio As remuneragdes de direcgio e outras remuneracdes similares que um residente de um Estado Contratante recebe na qualidade de membro do conselho de administragao ou de qualquer outro Conselho semelhante de uma sociedade residente do outro Estado Contratante sio tributaveis nesse outro Estado. dor 196 ARTIGO 17 Artistas e desportistas L. N3o obstante as disposigdes dos Artigos 14 e 15, os rendimentos obtidos pelos profissionais de espetaculo, tais como artistas de teatro, de cinema, de radio ou de televisao e misicos, bem como os dos desportistas, pelo exercicio, nessa qualidade, de suas atividades pessoais, sao tributaveis no Estado Contratante em que essas atividades forem exercidas. 2. N3o obstante as disposigées dos Artigos 7, 14 e 15, quando os rendimentos de atividades pessoais exercidas, nessa qualidade, por um profissional de espetaculo ou um desportista sao atribuidos a uma outra pessoa que nao o proprio artista ou desportista, esses rendimentos podem ser tributados no Estado Contratante em que as atividades do artista ou desportista sao exercidas. ARTIGO 18 Pensdes e anuidades tC Com ressalva das disposigées do Artigo 19, as pensées e cutras remuneragées similares que nao excederem um montante equivalente a US$. 5,000.00 em um ano calendario, as pensdes alimenticias que nao excederem US$ 5,000.00 em um ano calendario e as anuidades provenientes de um Estado Contratante e pages a um residente do outro Estado Contratante sé sao tributaveis nesse outro Estado. 0 montante das pensdes ou das pensdes alimenticias que exceder o limite acima mencionado poderé ser tributado em ambos os Estados Contratantes. 2. No presente Artigo: a) a expressio "pensdes e outras remuneragdes similares" designa pagamentos periddicos efetuados depois da aposentadoria, em consequéncia de emprego anterior, ou a titulo de compensag3o por danos sofridos em consequéncia de emprego anterior; a5 7 b) 0 termo “anuidade" designa uma quantia determinada, paga periodicamente em prazos determinados durante a vida ou durante um perfodo de tempo determinado ou determinavel, em decorréncia de um compromisso de efetuar os pagamentos como retribuigao de um pleno | e adequado contravalor em dinheiro ou avaliavel em dinheiro (que nao seja por servicos prestados). ARTIGO 19 Fungdes governamentats 1 a) As remuneragdes, excluindo pensdes, pagas por um Estado Contratante, por uma sua subdivisao polftica ou administrativa Ou autoridade local, a uma pessoa fisica, por servicos prestados a esse Estado, subdivisio ou autoridade local sé sao tributaveis nesse Estado. b) Todavia, tais remuneragées sé sio tributaveis no outro Estado Contratante se os servicos forem prestados nesse Estado e se 0 beneficiario for um residente desse outro Estado Contratante, que: I- seja um nacional desse Estado; ou II- n§o tenha se tornado um residente desse Estado unicamente com a finalidade de prestar os servigos. 2. a) As pensdes pagas por um Estado Contratante, por uma sua subdiviséo politica ou administrativa ou autoridade local, quer diretamente, quer através de fundos por eles constituidos, a uma pessoa fisica, em consequéncia de servigos prestados a esse Estado, Subdivis&o ou autoridade local, sé sio tributaveis nesse Estado. b) Todavia, essas pensdes sé sao tributaveis no outro Estado Contratante se o beneficiario for um nacional e um residente desse Estado. 3. O disposto nos Artigos 15, 16 e 18 aplica-se 4s remuneragdes ou pensdes pagas em consequéncia de servicos prestados no ambito de uma atividade comercial ou industrial exercida por um dos Estados Contratantes, por uma sua subdivisao politica ou is acy 196 4 administrativa ou autoridade local. 4 AS pensdes pagas com fundos provenientes da Previdéncia Social de um Estado Contratante a um residente do outro Estado Contratante sé séo tributéveis nesse Gltimo Estado. ARTIGO 20 Professores ou pesquisadores Uma pessoa fisica que &, ou foi em pertodo imediatamente anterior & sua visita a um Estado Contratante, um residente do outro Estado Contratante e que, a convite do primeiro Estado Contratante ou de uma universidade, estabelecimento de ensino superior, escola, museu ou outra instituigao cultural desse primeiro Estado Contratante, ou que, cumprindo um programa oficial de intercambio cultural, permanecer neste Estado por um perfodo nio superior a dois anos com o iinico fim de lecionar, proferir conferéncias ou realizar pesquisas em tais instituigdes, sera isenta de imposto nesse Estado no que concerne & remuneragio que receber em consequéncia dessa atividade. ARTIGO 21 Estudantes ft, Os pagamentos que um estudante ou um estagiario que @ ou foi anteriormente, residente de um Estado Contratante e que permanecer no outro Estado Contratante com o finico fim de estudar ou de realizar treinamento, receber para fazer face as despesas de manutengao, educagio ou treinamento nao séo tributaveis nesse outro Estado, desde que esses pagamentos provenham de fontes situadas fora desse outro Estado. 2. 0 disposto no paragrafo 1 também se aplica & remuneragdo que um estudante ou um estagiario receber por um emprego exercido no Estado Contratante em que ele prossegue sua educagao ou treinamento desde que essa remuneragao seja estritamente necessaria a sua manutengio. 3. Um estudante de uma universidade, estabelecimento de ensino superior ou escola de um Estado Contratante e que permanecer no outro Estado Contratante com o unico fim de obter uma formagao pratica 19 say 196 a) seré isento de imposto nesse outro Estado por um perfodo nao superior a dois anos, no que concerne & remuneragao que receber por atividades exercidas nesse iiltimo Estado em conexao com os seus estudos. ARTIGO 22 Rendimentos nao expressamente mencionados Os rendimentos de um residente de um Estado Contratante nao expressamente mencionados nos Artigos precedentes da presente Convengao sao tributaveis em ambos os Estados Contratantes. ARTIGO 23 Métodos para eliminar a dupla tributagao 1 Quando um residente do Brasil receber rendimentos que, de acordo com as disposigées da presente Convengao, sejam tributaveis na Italia, 0 Brasil permitira que seja deduzido do imposto que cobrar sobre os rendimentos dessa pessoa um montante igual ao imposto sobre a renda pago na Italia. Todavia, o montante deduzido nao podera exceder a fragéo do jimposto sobre a renda, calculado antes da deducio, correspondente aos rendimentos tributaveis na Italia. Para a dedugdo acima indicada, o imposto italiano sera sempre considerado como tendo sido pago 3 aliquota de 25 por cento do montante bruto dos dividendos pagos a um residente do Brasil. 2. Se um residente da Italia receber rendimentos derivados do Brasil, a It&lia podera, na determinag’o dos seus impostos sobre a renda especificados no Artigo 2 da presente Convengio, incluir os referidos rendimentos na base de calculo de tais impostos, a nao ser que disposigées especificas da presente Convengao estipulem de outro modo. Nesse caso, a Italia deduzira, dos impostos assim calculados, o imposto sobre a renda pago no Brasil, mas em um montante que no exceda a proporgao do mencionado imposto italiano correspondente & participag3o desses rendimentos no total dos rendimentos. 20 sor 196 Ao contrario, nenhuma dedugao sera concedida se os rendimentos estiverem sujeitos na Italia, por solicitagao do beneficiario dos referidos rendimentos, a um imposto definitivo retido na fonte. 3s Quando uma sociedade residente da Italia detiver pelo menos 25 por cento do capital de uma sociedade residente do Brasil, a Italia isentara de imposto os dividendos recebidos pela sociedade residente da It&lia da sociedade residente do Brasil. 4. Para a@ dedugao, mencionada no paragrafo 2 do presente Artigo, o imposto brasileiro sera sempre considerado como tendo sido pago a aliquota de 25 por cento do montante bruto: a) dos dividendos, como definidos no paragrafo 4 do Artigo 10; b) dos juros, como definidos no paragrafo 4 do Artigo 11; e c) dos royalties, como definidos no paragrafo 4 do Artigo 12. 5. 0 valor das agées emitidas por uma sociedade andnima de um Estado Contratante,cujo capital pertencer ou for controlado, total ou parcialmente, direta ou indiretamente, por um ou mais residentes do outro Estado Conzratante, nao estard sujeito a imposto de renda neste Gitimo Estado. 6. 0 disposto nos paragrafos 1 e 2 aplica-se na determinagao dos lucros de um estabelecimento permanente de um residente de um Estado Contratante situado no outro Estado Contratante. ARTIGO 24 Nao-discriminagao Os nacionais de um Estado Contratante nao ficarso sujeitos no outro Estado Contratante a nenhuma tributagao ou obrigagao correspondente, diferente ou mais onerosa do que aquela a que estiverem ou puderem estar sujeitos os nacionais desse outro Estado que se encontrem na mesma situagao. 2. A tributagio de um estabelecimento permanente que uma empresa de um Estado Contratante possuir no outro Estado Contratante 21 _ nio sera menos favoravel nesse outro Estado do que a das empresas desse outro Estado Contratante que exergam a mesma atividade, Esta disposigao nao podera ser interpretada no sentido de obrigar um Estado Contratante a conceder as pessoas residentes do outro Estado Contratante as dedugdes pessoais, os abatimentos e redugdes de impostos em fungao de estado civil ou encargos familiares concedidos aos seus préprios residentes. a As empresas de um Estado Contratante cujo capital pertencer ou for controlado, total ou parcialmente, direta ou indiretamente, por um ou mais residentes do outro Estado Contratante, nao ficarao sujeitas, no primeiro Estado, a nenhuma tributac3o ou obrigagao correspondente diversa ou mais onerosa do que aquela a que estiverem ou puderem estar sujeitas’ as outras empresas da mesma natureza desse primeiro Estado, cujo capital pertencer ou for controlado, total ou parcialmente, direta ou indiretamente, por um ou mais residentes de um terceiro Estado. 4 No presente Artigo, 0 termo "“tributagio" designa os impostos que sao objeto da presente Convengao. ARTIGO 25 . Procedimento amigavel ie Quando um residente de um Estado Contratante considerar que as medidas tomadas por um ou ambos os Estados Contratantes conduzem ou poderao conduzir, em relagdo a si, a uma tributagio em desacordo com a presente Convengio, podera, independentemente dos recursos previstos pelas legislagdes nacionais desses Estados, submeter 0 seu caso & apreciagao da autoridade competente do Estado Contratante de que é residente. 2. Essa autoridade competente, se a reclamagio se Ihe afigurar justificada e no estiver em condigdes de The dar uma solugao satisfatéria, esforgar-se-4 por resolver a questo através de acordo amigavel com a autoridade competente do outro Estado Contratante, a fim de evitar uma tributagao em desacordo com a Convengio. 3. As autoridades competentes dos Estados Contratantes esforgar-se-do0 por resolver, através de acordo amigavel, as dificuldades ou as dividas que surgirem da interpretagao ou da aplicagio da Convengao. nev 196 7 4, As autoridades competentes dos Estados Contratantes poderdo comunicar-se diretamente a fim de chegarem a acordo nos termos indicados nos paragrafos anteriores. ARTIGO 26 Troca de informagées a As autoridades competentes dos Estados Contratantes trocarao entre si as informagées necessarias para aplicar a presente Convengao. Todas as informagdes assim trocadas serao consideradas secretas e s6 poder’o ser comunicadas as pessoas ou autoridades encarregadas do langamento ou da cobranga dos impostos que sao objeto da presente Convengao ou da determinagao de recursos ou de processos de transgressdes. 2. 0 disposto no paragrafo 1 no podera, em caso algum, ser interpretado no sentido de impor a um dos Estados Contratantes a obrigacao: a) de tomar medidas administrativas contrarias & sua legislagéo ou & sua pratica administrativa ou as do outro Estado Contratante; b) de fornecer informagées que nao poderiam ser obtidas com base na sua legislagio ou no ambito de sua pratica administrativa normal ou das do outro Estado Contratante; ¢) de fornecer informagdes reveladoras de segredos comerciais, industriais, profissionais ou de Processos comerciais ou industriais, ou informagoes cuja comunicag3o seja contraria 4 ordem publica. ARTIGO 27 Funcionarios diplomaticos e consulares Nada na presente Convengao prejudicara os privilégios fiscais de que se beneficiem os funcionarios diplomaticos ou Consulares em virtude de regras gerais do Direito Internacional ou de disposigdes de acordos especiais. 23 nov 196 a) ARTIGO 28 Entrada em vigor 1 A presente Convengao sera ratificada e os instrumentos de ratificagio sero trocados em Brasilia. 2. A Conveng3o entrara em vigor na data da troca dos instrumentos de ratificacgio e as suas disposigdes serio aplicadas pela primeira vez: I - no que concerne aos impostos retidos na fonte, as importancias pagas ou remetidas no ou depois do primeiro dia de janeiro do ano calendario imediatamente seguinte aquele em que a Convengao entrar em vigor; II - no que concerne aos outros impostos de que trata a presente Convengao, ao periodo-base que comece no ou depois do primeiro dia de janeiro do ano calendario imediatamente seguinte aquele em que a Convengao entrar em vigor. ARTIGO 29 Denancia ce Qualquer dos Estados Contratantes pode denunciar a presente Convengao depois de decorrido um perfodo de trés anos a contar da data de sua entrada em vigor, mediante um aviso escrito de deniincia entregue ao outro Estado Contratante através dos canais diplomaticos, desde que tal aviso seja dado no ou antes do dia 30 de junho de qualquer ano calendario. 2. Nesse caso, a presente Convengao sera aplicada pela Gitima ve: I~ no que concerne aos impostos retidos na fonte, as importancias pagas ou remetidas antes da expiragao do ano calendario em que o aviso de denancia tenha sido dado; 24 nov 196 4 II _- no que concerne aos outros impostos de que trata a Presente Convengao, as importancias recebidas durante o periodo-base que comece no ano calendario em que 0 aviso de denincia tenha sido dado. £m testemunho do que, os abaixo-assinados, para isso devidamente autorizados, assinaram a presente Convengio. Feito em duplicata, em Roma, no dia trés de outubro de 1978 nas linguas portuguesa, italiana e inglesa, sendo todos os textos igualmente auténticos, exceto em caso de divida, quando prevalecera o texto em inglés. Pelo Governo da Republica Pelo Governo da Republica Federativa do Brasil: Italiana: a) Mario Gibson Barboza a) Franco Maria Nalfatti - 57 acy 196 PROTOCOLO ADICIONAL A CONVENCAO ENTRE O GOVERNO DA REPOBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E 0 GOVERNO TRIBUTAGAO E PREVENIR A EVASKO FISCAL EM MATERIA DE IMPOSTOS SOBRE A RENDA No momento da assinatura da Convengao concluida hoje entre o Governo da Repiblica Federativa do Brasil e o Governo da Republica Italiana para evitar a dupla tributagao e prevenir a evasao fiscal em matéria de impostos sobre a renda, os abaixo-assinados acordaram as seguintes disposigdes adicionais que constituem parte integrante da presente Convengao. Fica entendido que: 1. Com referéncia ao Artigo 2 Independentemente dos impostos mencionados no paragrafo 2, a Convengdo também se aplica a qualquer imposto sobre a renda posteriormente introduzido por, ou em nome de, qualquer subdivisao politica ou administrativa ou autoridade local. 2. Com referéncia ao Artigo 7, paragrafo 3 A expresso “despesas que tiverem sido feitas para a consecug3o dos objetivos do estabelecimento permanente” designa as despesas diretamente ligadas as atividades do estabelecimento permanente. 3. Com referéncia ao Artigo 10, paragrafo 4 No caso do Brasil, o termo “dividendos” também inclui qualquer distribuigao relativa a certificados de um fundo de investimento residente do Brasil. 4. Com referéncia a0 Artigo 10, paragrafo 4 As comissGes pagas por um residente do Brasil a um banco ou a uma instituigao financeira em conexao com servicos prestados por esse banco ou instituigao financeira sao consideradas 26 aor 196 REPOBLICA ITALIANA, DESTINADA A ELIMINAR A DUPLA =| como juros e sujeitas as disposigées do Artigo 11. 5. Com referéncia ao Artigo 12, paragrafo 4 A expressio “por informagdes correspondentes experiéncia adquirida no setor industrial, comercial ou cientifico" mencionada no paragrafo 4 do Artigo 12 inclui os rendimentos Provenientes da prestagao de assisténcia técnica e servigos técnicos. 6. Com referéncia ao Artigo 14 As disposigées do Artigo 14 aplicam-se mesmo se as atividades forem exercidas por uma sociedade de pessoas ou uma sociedade civil (civil company). qs Com referéncia ao Artigo 24, paragrafo 2 As disposigdes do paragrafo 5 do Artigo 10 nao sao conflitantes com as disposigdes do paragrafo 2 do Artigo 24. 8. Com referéncia ao Artigo 24, paragrafo 3 a) As disposigdes da legislagao brasileira que nao permitem que os royalties, como definidos no paragrafo 4 do Artigo 12, Pagos por uma sociedade residente do Brasil a um residente da Italia que possua no minimo 50 por cento do capital com direito a voto dessa sociedade, sejam dedutiveis no momento de se determinar o rendimento tributavel da sociedade residente do Brasil, n’o sao conflitantes com as disposigées do paragrafo 3 do Artigo 24 da presente Convengao; b) na eventualidade de o Brasil, apds a assinatura da presente Convengo, quer por disposigao de lei interna, quer por uma Convengao tributaria, permitir que os royalties, como definidos no paragrafo 4 do Artigo 12, pagos por uma empresa residente do Brasil a uma empresa residente de um terceiro Estado nao localizado na América Latina e que possua no minimo 50 por cento do capital da empresa residente do Brasil, sejam dedutiveis no momento da determinagio dos lucros tributaveis dessa empresa, uma dedugao igual sera automaticamente aplicével, em condigdes similares, a uma empresa residente do Brasil que pague royalties a uma empresa residente da Italia. : 9. Para a determinagao do imposto de renda a ser pago por um residente de um Estado Contratante em relagao aos rendimentos recebidos do outro Estado Contratante, o primeiro Estado nao nov 196 _ considerara, em nenhuma hipdtese, esse rendimento como superior ao montante bruto do rendimento derivado do outro Estado Contratante. 10. Os impostos retidos na fonte em um Estado Contratante poderao ser restituidos, por solicitag3o do contribuinte, se o direito de arrecadar os referidos impostos for afetado pelas disposigées da presente Convengao. Os pedidos de restituigao, que deverao ser apresentados dentro do prazo fixado pela Jlegislagao do Estado Contratante que esteja obrigado a efetuar a restituigao, serao acompanhados de uma certidao oficial do Estado Contratante de que o contribuinte é residente, atestando a existéncia das condigdes exigidas para que tenha direito & restituigao decorrente da aplicag3o da presente Convengao. As autoridades competentes dos Estados Contratantes poderao estabelecer 0 método de aplicagéo do presente item, de acordo com as disposigées do Artigo 25 da presente Conveng3o. Em testemunho do que, os abaixo-assinados, devidamente autorizados, assinaram o presente Protocolo. Feito em duplicata em Roma, em trés de outubro de 1978 nas linguas portuguesa, italiana e inglesa, sendo todos os textos igualmente auténticos, exceto em caso de divida, quando prevaleceré o texto em inglés. Pelo Governo da Republica Pelo Governo da Republica Federativa do Brasil: Italiana: a) Mario Gibson Barboza a) Franco Naria Malfatti - 297 dev 196 4 Os textos em italiano e inglés da Convengao entre o Governo da Repiiblica Federativa do Brasil e 0 Governo da Repiblica Italiana Destinada a Evitar a Dupla Tributagao e Prevenir a Evasao Fiscal em Matéria de Impostos sobre a Renda, esto arquivados na Divisao de Atos Internacionais, e serao fornecidos mediante pedido especifico. 29 acy 196 coNV BN 2 TORE TRA IL GOVERNO DELLA REPUBBLICA PEDBRALY DZi BRA~ STILE FD IL GOVSRNO DELLA REPURBDICA ITALIANA PER EVITARE LE DOPPIZ IMPOSTZIONI B PREVENIRE LE BVA~ SIONT VISCALE IN MATERIA DI TWOSTE SUL AFDDITO ¥ Il Governo della Repubblica Federale del Bra~ sile ed il Governo della Repubblica Ttslianas desiderosi di coneludere una Gonvensiore per evitare le doppie imposigioni e prevenire le evasioni fiscali in wateria di imposte sul reddito; hanno convenuto le seguenti disposisioni + Articolo 4 SOGGEEDI a presente Convenzione si applica alle per- sono ahe sono residenti di uno o di entrambi gli Stati contraenti. Articolo 2 IMPOSTE CONSIDERATE in a presente Convenzione si applica alle impo- ste aul redéito prelevato per conto di ciascuno degli Stati contraenti o delle sue suddivisioni politiche o amninistrative o dei suoi enti locali, qualunque sia il sistema di prelevamento. 2. Le imposte attuali cui si applica la Conven- gione sono: a) per quanto concerne il Brasile + = l'imposta federale sul reddito, esclusa 1'imposta sulle rimesse eccessive e sulle attivita di mino~ re importanza (o imposto federal de renda, com excluséo das incidSncias sobre renessas excedentes @ atividades de menor importancia); (qui di seguito indicati quali "impoota brasiliana") ») per quanto concerne 1'Italia t — ltimposta sul reddito delle persone fisiche; - L'imposta sul reddito delle persone giuridiche; t - l'imposta locale sui redditi; ancorch® riscosse mediante ritenuta alla fonte (qui di seguito indicate quali “imposta italiana") 3. La Convengione si applicher& anche alle impo ste di nature identica o analoga che verranno istitui- te dopo la firma della presente Convenzione in aggiun~ ta o in sostituszione delle imposte attuali. Le autori- +& competenti degli Stati contraenti si comunicheranno le modifiche epportate alle rispettive legislazioni seali. a) e) t) a) Articolo 3 DEFINIZIONI GENERALT Ai fini aella presente Convenzione, 2 weno che conteste non richieda una diversa inter pretazione + Al termine “Brasile" designa 1a Repubblica Federale del Brasile; il termine “Italia” éesigna 1a Repubblica italiana; il termine "nagionali" designa + I~ le persone fisiche che hanno le nagionalit& ai uno Stato contraente; II - le persone giuridiche, socict& ai persone ed asso~ ciezioni costituite in conformiti della lsgislazione in vigore in uno Stato contraente; le espressioni "uno Stato contraente" 9 "l'altro Stato contraente" designano, come i1 contesto richiede, il~” Bragile o 1'Ttalies 41 termine "persona" comprende le persone fisiche, le so clea ed ogni altra associazione di persone; Al termine “societ&" designa qualsiasi persona giuridica © qualeiasi ente che ® considerato persona giuridica ai fini dell imposizione; . Le espressioni "impress di uno Stato contraente" e “ime presa dell'aitre Stato contrasnte” desigrano rispettiva- uente untimpresa esercitata da un residente di uno Stato contraente e un'impresa esercitata da un residente del~ Lialtro Stato contraente; (Segue art. 3) h) per “traffico internasionale" s'intende qualsiasi at- tivit& di trasporto effettuato per mezzo di una ndve o di un aevemobile da parte di un'impresa la cui sede di direzione effettiva & situate in uno Stato contraente, ad eccezione del caso in cui la nave o l'aeromobile sia utilizzate esclusivamente tra localita situate nell'al- tro Stato contraente ; i) 41 termine "imposta" designa, come il contesto richie ae, 1!imposta brasiliana o l'imposta italiana; §) L'espressione “autorita competente" designe : (1) per quante concerne il Brasile : il Ministro delle Finanze, il Segretario del readito federale o i loro rappresentanti auc, toriazats; ° (2) per quanto concerne 1'Italia : il Ministero delle Finange. 2. Per L'applicasione della presente Convenzione da parte di uno Stato contraente, le espressioni non diver samente definite hanno il signivicato che ad esse & attri- buito della legislazione di detto State contraente relati- va alle imposte oggettc della presente Convensione, a me~ no che il contesto non richiega una diversa interpretazio- ne. Articolo 4 DOMICILIO FISCAL Ai fini della presente Convenzione, l'espressio-— ne "residente di uno Stato contraente" designa ogni porso- (segue art. 4) na che, in virth della legislazione di dette Stato, & as- soggettata ad imposta nello stesso Stato, a motivo del suo domicilio, della sua residenza, della sede della sus dire- zione o di ogni altro criterio di natura analoge. 2. Quando, in base alle disposizioni del paragrafe 1, una persona fisica & considerata residense di entrambi gli Stati contraenti, il suo caso viene yisolto secondo le regole seguenti + a) dette gersona 2 considerata residente dello Stato con~ traente nel quale ha un'abitagione permanente, Quando essa dispone di un'abitagione permanente in ciascuno de- gli Stati contraenti, & considerata residente dello Sta- to contraente nel quale le sue relazioni personali ed econowiche sono pil strette (centro degli interessi vi- tali); b) se non si pud determinare lo Stato contraente'nel quale Getta pereona he il centro dei suoi interessi viteli, o “se la medesina non ha una abitagione pérmanente in alou~ no degli Stati comtraenti, essa & considerata residente dello Stato contrasnte in cui soggiorna abitualmentes ¢) se dette persona soggiorna abitualmente in entrambi gli Stati contraenti ovvero non soggiorne abitualmente in al cuno di essi, essa & considerata residente dello Stato contraente del quale ha la nazionalita; a) se detta persona ha la nagionalit& di entrambi gli Sta- ‘ti contrasnti, o se non ha Ja nazionalita ai

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