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Maria oxi Copacint ( Ong.) TE ay Autoria e Legitimactio | DUET | Qf The oui < ee [Lerrura Fuxctoxanano Discursivo po Livro Divknico Marisa Grigoteno © biti deste trabalho & verfcar como se esrauram a segdes de leiturade textos ns ives diditicos para o ensino da Lingua Portuguesa nos cursos fundamental e médio,afim de tentarmos compreender qual ot (quis as concepgoes do ator do iro sobre oque deve ser atividade de {titua de textos na aaa de Lingua Portuguesa e, assim, indiretamente, investiga tts aspectos do trabalho: 1) o(6)senido(s) de leitara que ‘emibasa(m) as propostas do lv diatco; 2) aconcepeo sobre a natare- ‘ada arefado alan, enguant leitor, 3) 0 papel do professor também, de ceta forma, usuério do livo. ‘0 primeiro ponto que chama a atengio quando se analisam livros di- Preaga.G.& R Hora 1957) Pala & Pores. se Sto Pio: Ap 90, n ‘eutad 6total banaizaio doe ers, ue passa presen tetapena como um conju dese fora vena) cape do deve seretndiona sa iterate Um cxemp dines eons erga popostana seed “Estda do text cm um vo pasos ‘nim efron sum poma de Mare de Andre Naconerido poems initio “A stl deve ae” potaseve “Meus pés enterrem na rua Aurora, a NoPaian nem men sno, Natopes Chaves acaera assim por diane, explicitando onde deve ser enterrada cada parte do seu corpo quando morrer. ‘A referida perguntaapresenta-se assim: ‘# 1-0 poeta modemista Mario de Andrade, que sempre elogiouem seus ‘ersosa cidade de Séo Paulo, mostra, neste poem, 0 locas que mar «ara sua vida equ, portato, deverio sr lembrados aps sua mort, Relaciones pares do coro ao leas onde ee desea ser entra, corde com o texto, cabeca ua Aurora nari Pio do Colégio lingua Paigandy ouside Jaragué direito ete.” ra, eerco em nada contrib pr inert do extol tpl sas; catia ibs sa eae ura enti de ass simples, ais como oe vetos do pocma ee nese am prs do compo. logares, no pode ser pesaupmtns psn done ‘ergata po mio da porn, Conelunesa ptr as caractersicasapontadas, que 0 LD press- pe una concep Homogeratnant dos snes esto Seles Sela de aula, jque os textos sofrom todos mes tatmente eee Se dos educa una mesa tra, ier deconade plas oper tas de compreenieeconcbe-e gu tos Sj igs speseneeny * Caso, MC (99) Lingua Lert, vo 1,2 ra. So Pal: Siva, p. 162, n as mesmas dficuldades,necessdades e desconhecimentos”. Depreende- stam gt one é cones como alm ue deve indo em toda as suas intervenges sobre o text: no trabalbo com voca « gramitica (jf que cabe tio somente ao autor decidir os conteddos a serem abordados) ena tarefa de “compreens0”,vsto que, novamente, & prerrogativa do autor do LD determinar como, ¢ em que seauncia, 0 aiuno deve compreender o texto. A tarefa do aluno restringe-s, peas atvidades proposas, a responder erguntas, sempre em uma determi- ‘nada ordem. assim, tenta-s semoredelimiaro pereurso ds senidos. “Apenas tts dos livros analisados apresentam propostasdistincas dos ‘demais, pois veievlam outra concep¢3o de liturae, consequenterente, 4a tarefa do aluno enquanto letor. Umdesses vos! procura desenvelver areflexio do aluno em tomo das ‘elages entre liguageme poder, enrecondigbes de prod e receps30 do {exo adequapo da linguagem, een a construcio do texto € a fea¢0 auto exto-eitr.Além diss, o autor jsifien, em eada unidade, a escola os textos e das atvidades, ao invés de apresentslos como“ dado”, © rope uma mescla de atividades, que que, de cea forma, a Seqiéncia rigid feqdentemente adotaa nos LDs. Ainds,o liv perme 20 amos alguma liberdade na esolta de aspects do texto para discussS0. ‘Assim, oaluno no € concebido, como na mairia dos manvais, como algém que tem de fazer a “leitura cor”, através do entendimento do significado subjacente s formas lingisticas,e que, além disso, & capaz ‘apenas de dar opiniessubjetivas sobre o contd. No livroem questo, ‘oalun € visto como capaz de refletir sobre a organizagio do texto, sobre * as relagdes entre erganizagio do texto, posto propésto do autor, tipo de linguageme condigSes de produc, Euma concepeao um pouco mais vangada, ue permite a alano um cen grau de erisividade e andlise © The deixaaberto um espago por onde pode fazer circular outros Senidos. Como conseaignca,o professor & concebido também como alguém ve tera capacidade de jugar, pensar decid, que se exige dele mais extensasinteragbes com 0 aluno, como resultado da reflexdo © andlise sexe timo, (Qs.outsos dois manuais diferenciados”, por terem o objetivo e igara ¥ Ow argo en, nes volume pot ra mesma cones ep do LD de ‘Riche RC. & DM. oun (1996) Ofna de Texto: Latur Rep, vl sa, 2d Sip Pale Saavn Cane, AD (985) De nero 8 Rega vl 1° B {citura com redagfo também propdem volar a atenio do luno para {questoes de construc eorganizagio do texto eda relardo entre ose de essa diferengas,percebe-se, mesmo nesses livros, a ca. ‘acteristics primordial do LD, que 6a buses de order Hincaridads, Por, te-se sempre da pressuposicio de que hi ‘aluno deve reflet, mas © manual delimita a forma e seqUnca qe de, ‘emorientar asua eflexio;otexto deve ser explora quanto sus cons, trupdo, mas é preciso obedecer linearidade do texto, aserestadadoreny re a partido inicio. onforme dito acima, sreditames em wma raz fundamental para cexplicar a estrus . que the impse um earsier ‘massificante, QLD sempre enfaiza a ordem ea linaridade do dienane Pore esta uma mancia de se chegar ordenagSoeuifcagio do aij, to, Haroche (1984) mosire-nos como, nahstri, ea por impos lt siosa se jurdica,o individuo tem de ser~e se mostar ~ uno, Secony 4s indvadlin, pas Ista coco, uno ela, desided anbighidedcs henson ices ‘A Bradt, segundo a autora, conta pra o suse ene no soto seo, to pracrae masmocxigis mans dace ‘pongo supa a anspartacia cae a lngisgea eee $80 A ambitiade aoe, em opie 3 dsedeey Sdecoea, oposite ndtrminags. 1NoLD. cedtames ques poss rend a busca de satrap ds sznios oq, quem, por qt araqe, gue oan gus caer feos decorrente do vies ideologco de prestergae te homogencide ecompleude dainguageme down ‘ua einura conta, gus abarea ido o qué leone tom opt declarer exp fo sao seany ea mals come ede frna, desatigitar oe ane eve, prairie doo er lg aera 4e uc hun cde ea prs ado Sere ™ ‘trabalho do leitor, est ancorada, no limite, na mesma premissa de ” ln (6 scompanhndon cea rem ac) eninge ‘of una peste sas la dens eee in de Sto Pais Siva Camas 397.0) eco ees Coins, que «ltrs posénen eid came eninge acs Iiplidede de snes grado Aaron a Spates sfmar co LD sm un pace de wept as oblate atolvotonpo coeries posing ee, ‘ecda om ele pria oanene kan epee A titulo de conclusio, podemos telomat a caracterizagio do modo de ‘undanannt do dacs do LD. somominte hee abe um dos discursos de verdade se dé na operagdo com Ses fixas. A ‘Suse de uma mes exrtra aca ade ose ‘enn rk snl so at de tr so opener cae tras mr pte dsc isn oss em mle / Seve ct sempe gad a passport coca Oe boteso, prs ven, eve sede medasremcetines ieee todos gir cmprinentods propane sa Com isso, 0 livia se toma um exercicio disciplinar ¢ 0 professor, um sind Anaino a Fone (199), pea dare ee OLD, adspine Sena pret pls bers see Somapicingo des seen mt sinos ano temas Acta mado ie dic tvs pareda meinen pote nies ne So Fait (1979) ances res ops ae (ps do LD como fe ele oo oe tina ¢.stren les, LD eigen pags sea see ‘numa relagio distanciada ¢ exterior com a linguagem reforgam a manu- tego do exec ciel como monaco de eee ests upon debuctatagioc node ae OLD a, dao ns plc dmc tami dindostomodor on sspears cones pe pind mtx afore ig iw uncon como un frm de cane conte ee Ion Refrain» cts rf ese he io O38, eo pois qe ences epee cae se lesa ue anal ea) Chand Gout pe: 2 * Conn esl, om ofan a sors ect, gc 8 ei eer intima como eee soe sfeicded nrie etl mado deat ‘hescoleeconam sc Oren (1988) 15 Drofessores © alunos (sio] ‘colocados’ dentro de abordagens ‘curiculaes e de esquemas de gerenciamentoinstucionl que red zem seus paptis implementa de objeivos de editores, de espe lists e de outros profssionaisafastados ds singularidades da vida diria da sala de aula, Por su propria concep, o manual indi a ues delincem pais fxs, paironizaos, regis pol dpi ds homogencizago, dere. tig edo camino jf estbelecig pr outas mos Naeconomia do LD, ainjngSinespretagto, arctica de todo ato de linguagem tomado discursivamente,€apagad esbsiida pela Univocidade,transparéncin complete dos sendos. Olivo pre sentad como espago sempre incomplto de pron de sentido o que € préprio de quaiqer texto, mas sim como um “pace” embaliade aumatado que outs senidosnio pode conte. * lpia 9 mpentgein ce gPncias etm prtetn # form Rerenncuss Brioceseicas ‘CORACINE M.J RE (1995) A aula de leitura: um jog de lubes. te CCoracini MJ. (or) O Jogo Discusivo na Aula de Leura’ Lingua ‘Matera e Lingua Esrangeira, Crmpinas: Pontes, p. 27.33, FOUCAULT, M (1975) Vigiare Pair Petropolis: Vanes, 1987 (0999) Micrisea do Pode. Rio de lane: Cra, 1995 ‘GHROUK, Henry (1987) Escola Crtca« Police Cale. ed S80 Paulo: Cortez! Autores Assoindos, 1992. HAROCHE,C. (1988) Facerdicer querer der S8o Pao: cite, 1992 ORLANDI, EP (1988) Discuroe Ltr Sho Palo / Campinas: Cortez, 1B. da Unicamp, PECHEUX, M. (1975) Semamtica Discurso: ua critica @afimago io dovo. Campinas: Ea. Unica, 1988 «SILVA, A.C & R. Carbonar (1987) Copia letra ora: estetégias ara sin? In: H. Brandfo & G. 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