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CcAPif®ULO Introdugao AS ORIGENS DA PESQUISA OPERACIONAL Desde 0 advento da Revolucdo Industrial, 0 mundo presencia um crescimento extraordind- rio no tamanho e na complexidade das organizagdes. As pequenas oficinas de artesaos de outrora evolufram para as corporagdes biliondrias de hoje. Um fator crucial dessa mudanga revolucionéria foi 0 extraordinério aumento na divisio do trabalho e a segmentago das res- ponsabilidades gerenciais nessas organizagdes. Os resultados foram espetaculares. Entretanto, juntamente com seus pontos positivos, essa crescente especializacao criou pro- bblemas novos, problemas estes que ainda ocorrem em muitas organizagdes. Um deles & a tendéncia de as diversas unidades de uma organizago crescerem em ilhas relativamente autOnomas com seus préprios objetivos e sistemas de valor, perdendo, conseqiientemente, a visio de como suas atividades e objetivos se entremeiam com aquelas da organizago como tum todo. O que pode ser melhor para uma das unidades freqiientemente é prejudicial a outra, de forma que as unidades podem acabar trabalhando em diregdo a objetivos conflitantes. Um problema relativo a isso é aquele no qual, medida que aumentam a complexidade e a espe- cializagio em uma organizagao, torna-se cada vez mais dificil alocar os recursos disponiveis para as diversas atividades da maneira mais eficiente para a organizagao como um todo. Esses tipos de problema e a necessidade de encontrar 0 melhor caminho para solucioné-los criaram condigdes necessérias para 0 surgimento da pesquisa operacional (comumente referida como PO), As origens da PO podem ser remontadas muitas décadas atrs quando foram feitas ten- tativas iniciais no emprego de uma abordagem cientifica na gestdo das organizagées. Porém, Q inicio da atividade, assim denominada pesquisa operacional, peraliente € atribuido as ati- Vidades militares nos primérdios da Segunda Guerra Mundial. Em razio do empreendimen- to da guerra, havia uma necessidade premente de se alocar de forma eficiente os escassos recursos para as diversas operagGes militares e atividades internas a cada operacio. Conseqiientemente, os comandos militares briténico e norte-americano convocaram grande nimero de cientistas para aplicar uma abordagem cientifica para lidar com este e outros pro- blemas téticos e estratégicos. Na prética Ihes fo solicitado a realizagao de pesguisas sobre operagdes (militares). Essas equipes de cientistas foram as primeiras de PO. Por meio do desenvolvimento de métodos eficientes de emprego da nova ferramenta radar, essas equipes se tomnaram instrumentos na vitéria da Batalha Aérea em céus da Gri-Bretanha. Por inter- médio dessas pesquisas sobre como melhor administrar operagdes de comboio e anti-sub- ‘marinos, esses cientistas desempenharam papel fundamental na vit6ria da Batalha do 2 “CAPITULO_1_INTRODUGAO Quando a guerra acabou, o sucesso da PO no empreendimento bélico despertou inte esse na sua aplicagdo fora do ambiente militar. A medida que se ia desenrolando 0 boom industrial p6s-guerra, os problemas causados pela crescente complexidade e especializago nas organizagées foram novamente ganhando o primeiro plano. Torava-se aparente para um ‘nimero cada vez maior de pessoas, entre as quais consultores de negécios que trabalharam nas equipes de PO ou em conjunto com elas durante a guerra, que estes foram basicamente 0s problemas enfrentados pelos militares, porém, agora, em um contexto diferente, No in‘- cio dos anos 1950, esses individuos haviam introduzido o emprego da PO em uma diversi- dade de organizagées nos setores comercial, industrial e governamental. A répida dissemi- nagiio da PO veio a seguir. Podemse identificar pelo menos dois fatores que desempenharam papel fundamental no rapido crescimento da PO durante esse perfodo. O primeiro foi o progresso substancial feito no inicio em termos de melhoria das técnicas da PO. Apés a guerra, muitos dos cientistas que haviam participado das equipes de PO ou que ouviram falar a esse respeito motivaram-se para desenvolver pesquisas relevantes nesse campo resultando em avangos importantes no estado- da-arte, Um exemplo essencial é 0 método simplex para solugdo de problemas com progra- magao linear, desenvolvido por George Dantzig em 1947. Vérias ferramentas-padrio da PO, como programagao linear, programagao dindmica, teoria das filas e teoria do inventério, tin- giram um estado relativamente bem desenvolvido antes do final dos anos 1930. ‘Um segundo fator que deu grande impeto ao crescimento desse campo foi a “avalan- che" da revolugdo computacional. Requer-se grande volume de processamento de célculos para o tratamento eficiente dos problemas complexos tipicamente considerados pela PO. Normalmente, fazer isso A mio seria uma hipétese fora de cogitagdo. Portanto, 0 desenvol- vimento de computadores eletrOnicos digitais, com a capacidade de realizarem eélculos ‘matemiticos milhares ou até mesmo milhdes de vezes mais répido que o ser humano, deu tum impulso enorme & PO. Outro estimulo veio nos anos 1980 com 0 desenvolvimento de computadores pessoais cada vez mais poderosos munidos de excelentes pacotes de software para emprego da PO. Isso permitiu que o emprego da PO ficasse ao alcance de um niimero muito maior de pessoas. Hoje em dia, praticamente milhGes de pessoas tém pronto acesso a software de PO. Por conseguinte, enorme gama de computadores, de mainframes a laptops, 6, hoje, rotineiramente utilizada para solucionar problemas relativos & PO. E _1.2'A NATUREZA DA PESQUISA OPERACIONAL Como o préprio nome indica, a pesquisa operacional envolve “pesquisa sobre operagées”, Portanto, a pesquisa operacional é aplicada a problemas envolvendo como conduzir ¢ coor- denar as operagdes (isto é, as atividades) em uma organizagio. A natureza das organizagoes é essencialmente secundéria e, de fato, a PO tem sido largamente aplicada em freas tio dis- tintas como manufatura, transportes, construgo, telecomunicagdes, planejamento financei- ro, assisténcia médica, militar e servigos piblicos, somente para citar algumas. Portanto, a gama de aplicagdes é excepcionalmente grande. ‘© trecho pesquisa do termo significa que a pesquisa operacional usa uma abordagem que relembra a maneira pela qual so conduzidas as pesquisas em campos cientificos usuais, Em um grau considerdvel, o método cientifico € utilizado para investigar o problema empre- sarial (de fato, a expressio ciéncias da administragdo € algumas vezes usada como sinéni- mo de pesquisa operacional). Em particular, 0 processo comeca observando-se e formulan- do-se cuidadosamente o problema, incluindo a coleta de dados relevantes. A proxima etapa € construir um modelo cientifico (tipicamente matemético) que tenta abstrair a esséncia do problema real. Parte-se, ento, da hipdtese de que esse modelo é uma representagao suficien- emente precisa das caracterfsticas essenciais da situayao € de que as conclusdes (solugScs) obtidas do modelo também sio validas para 0 problema real. A seguir, sdo realizadas expe- rimentagées adequadas para testar essa hipstese, modificé-la conforme necessério e, even- tualmente, verificar algum tipo de hipGtese (essa etapa € freqlientemente conhecida como validagdo do modelo). Assim, até certo ponto, a pesquisa operacional envolve a pesquisa 1.3 © IMPACTO DA PESQUISA OPERACIONAL 3 cientifica eriativa das propriedades fundamentais das operagies. Entretanto, hé outros fato- res envolvidos além desse. Especificamente, a PO também trata da gestio pritica da organi- zag. Portanto, para sex bem-sucedida, a PO também precisa, quando necessario, fornecer conclusdes positivas ¢ inteligiveis para o(s) tomador(es) de decisao. Outra caracteristica da PO € seu ponto de vista abrangente. Conforme implicito na sesdo anterior, a PO adota um ponto de vista organizacional. Dessa forma, ela tenta solucio- nar 0s conflitos de interesses entre as unidades da organizagao da maneira que seja a melhor solugio para a organizago como um todo. Isso nio implica que o estudo de cada problema deve considerar explicitamente todos os aspectos da organizago; a0 contraio, os objetivos buscados devem ser consistentes com aqueles de toda a organizagao. ‘Uma caracteristica adicional € que a PO tenta, freqiientemente, encontrar uma melhor solugio (conhecida como solugio étima) para 0 problema considerado (dissemos. wma melhor solugio em vez de a melhor solucao, pois pode haver varias solugdes consideradas como melhores). Em vez de simplesmente melhorar 0 status quo, o objetivo é identificar 0 melhor caminho a seguir. Embora ele deva ser interpretado com cuidado em termos das necessidades priticas da administragio, essa busca pela “otimalidade” é um tema importan- te na PO. ‘Todas essas caracteristicas levam quase naturalmente a mais uma. E evidente que nio se espera que ninguém seja um especialista em todos os varios aspectos do trabalho em PO ou dos problemas tipicamente considerados; isso exigiria um grupo de individuos com back- ground e habilidades diversas. Portanto, quando se realiza um estudo de PO totalmente maduro de um novo problema, geralmente € necessario adotar-se uma abordagem de equi- pe. Uma equipe de PO desse tipo precisa, tipicamente, incluir individuos que coletivamen- te sejam altamente treinados em matemitica, estatistica e teoria da probabilidade, economia, administracdo de empresas, informética, engenharia e fisica, ciéncias comportamentais e as ‘écnicas especiais de PO. A equipe também precisa ter a experiéncia necessdria e diversida- de de habilidades para dar a atengio adequada a muitas ramificagdes do problema que per- meiam a organizagio. 1.3 0 IMPACTO DA PESQUISA OPERACIONAL ‘A pesquisa operacional teve um impacto impressionante na melhoria da eficiéncia de inti- eras organizages pelo mundo. No processo, a PO deu uma contribuigdo significativa no aumento da produtividade das economias de diversos paises. Ha alguns pafses-membros na Federacio Internacional das Sociedades de Pesquisa Operacional (Ifors), com todo pais tendo uma sociedade de pesquisa operacional nacional. Tanto a Europa quanto a Asia pos- suem federagdes de PO para coordenar a realizagdo de conferéncias intemacionais e a publi- cago de jornais de circulacdo internacional nesses continentes. Além disso, o Instituto para Pesquisa Operacional e Ciéncias da Administragao (Informs) é uma sociedade de PO inter- nacional. Entre os diversos jornais, tem-se o chamado Interfaces, que publica artigos regu- larmente descrevendo estudos importantes no campo da PO e impacto que teriam sobre suas organizacées. Para se ter uma idéia melhor da ampla aplicabilidade da PO, enumeramos algumas aplicagdes reais e consagradas na Tabela 1.1. Observe a diversidade das organizagies e das apli cages nas duas primeiras colunas. O leitor que tiver interesse poderd encontrar um artigo completo descrevendo cada uma das aplicagdes na edi¢o de janeiro-fevereiro da Interfaces para o ano citado na terceira coluna da tabela. A quarta coluna enumera os capitulos deste livro que descrevem os tipos de técnicas de PO que foram empregadas na aplicacao (note que muitas das aplicagdes combinam uma variedade de técnicas). A tltima coluna indica que essas aplicagdes resultaram tipicamente em uma economia anual de milhdes (ou até mesmo dezenas de milhdes) de délares. Além disso, beneficios adicionais nao registrados na tabela (por exemplo, melhoria nos servigos aos clientes e melhor controle gerencial) algumas vezes foram considerados até mais importantes que os beneficios financeiros (vocé terd uma oportunidade de investigar estes beneficios menos tangiveis nos Problemas 1.3-1 € 1.3-2) 4 capiTuLo 1_INTRODUGAO. 7 1 TABELA 1.1 Algumas aplicagées da pesquisa operacional ‘Ano da Capitulor Economia Anual Orgentzagéo Natureza da Aplicagio Publicagio* Relacionados' (USS) ~~ Besenvalve a police nacional de gestio de recursos Hc, — The Nethertands : : s Tre Neteins peue combo de noes mii, procediments 198s 281,20 1S mths operacionas © tr. santo Comp fiir operacses de producso mas fSbrcas quis snihoes ie cop. para atender a objetivos de produgio a um custo minimo. te aa Ht te Programarturos de trabalho nos bakes de reserva para 29,11,17, sibs ed ee atender as necessidades dos clientes a um custo minimo. 1986 26, 27 ene Otimizar opeacbes de refnaras © o absstecimento, 3 . snthoes igo Pewoeum corp. tii operas deren 020 1987 29,27 70 ih San Francisca programa eempregar deforma otiizada 0s patrubeies Pot toga 1,27, 11 ites Police Department meio de um sistema computadorizado, Mistura, de forma otimizada, a produtos da gasolina, “Texaco, Inc componentes disponiveis, vsando atender as exigencias 1989 2,12 30 mies, de qualidade e de comerciaizacéo. 20 milhaes + 250, Integrar uma rede nacional de inventarios de pecas de rmihaes em "aM reposiglo para melhorar os servcos de suporte 1990 eae ecorrencia de inventarios menores Yellow Freight COtimizar 0 desenno de uma rede nacional de transporte 2,9,12, snithoes System, Inc todovidrio e suas rotas. 1992 20, 27 Ce Departamento de Desenvolvimento de um programa de troca de agulhas 1993 > 3306 de redugio de Saide de New Haven eficente para combater alastramento da Aids/HIV casos de HIVIAds caret Desenvolver um sistema baseado em PCs para orientar clientes gg, pants ee comercial: no projeto de cal centers See Maximizar 0 lucro na alocagio de tipos de aeronaves am n Pe em mais de 2.500 véos domésticos. Reestruturar a cadeia global de abastecimento de Digital Equipment fornecedares, fabricas industrials, centros de distrbuigao, 1995 " 800 mithoes| Cor. localizacées potenciais e areas de mercado. Seleinare programar, deforma otimizada, projets em hina Gade excl para atender is necesidadesfturas de energia 1995 n 425 mihoes do pal. Forge de defese da Redevenay, deforms otmizada, 0 taanhn # ormato das : 1 binso Africa do Sul forcas de defesa e seus sistemas de armamentos. ea a DI fedesenhar sistema de dstibugboe de producso nos Estados Proctor and Gamble Unidos para rediicutose aumentaravelocidade dechegada 1997 8 200 mths 30 mercado Programar, deform olimzada, a excla de funconsis para Taco Bal fomccerum nel ge sterdimento a0 cient adequado am 1998 11,20,27, 13 mihoes custo minimo. fedesenhar os tamanhos ea localagbes de bulls em ua HevletPackard ihe ge producto de impresirs para atende aos objetves 1998 17,26 780 mies 2 mais de produgao. ll seas tontuck OHO Um Sterna de programa € aa de weiOs h ‘ao minoes para as frotas de entrega e de atendimento domiiiar. Fazer a reengenharia de sua cadeia global de abastecimento 18M para responder mals rapidamente aos clientes, mantendo, 2000 18 '20 mesmo tempo, o menor estoque possivel Desenvolver opcdes de cotagées onvine dietos e baseadas ‘em ativos para fornecimento de servigos na rea financeia 750 milhoes no Primeizo ano £80 mihaes a mais em receitas Desenvolver métodos de reduco de tempos de fabricagso soo 27 200 mises a mais, enives de estoque a em recetas Otimizar a realocago de tripulagdes quando da ocorréncia de desajustes nos horérios de voo. Merril Lynch 2002 2,20 samsung Electronics Continental Aiflines 2003 2M 40 mithoes * Penence a edi de jancto-fevereiro da Interfaces na qual pode-se encontrar um artigo completo deserevendo a apliagio. Refere-se aos capiulos deste livro que descrevem 0s tipos de técnicas de PO empregadas na apicasio. 1.4_ALGORITMOS E/OU COURSEWARE 5 A Referéncia | entre as selecionadas no final do capitulo nos dé um follow-up sobre o impacto estratégico no longo prazo que varias dessas aplicagées tiveram nas empresas refe- ridas, A Referéncia 3 descreve algumas outras aplicagdes e o papel fundamental que a pes- quisa operacional desempenha no aumento da lucratividade e na produtividade de intimeras empresas. Embora a maioria dos estudos rotineiros de pesquisa operacional fomega beneficios consideravelmente mais modestos que as aplicagGes consagradas sintetizadas na Tabela 1.1, (8 ntimeros na coluna mais & direita desta tabela refletem, de forma acurada, 0 impacto drds- tico que estudos de PO amplos ¢ bem planejados podem ter ocasionalmente. Descrevemos de forma sucinta algumas dessas aplicagdes no Capitulo 2 e, a seguir, apresentamos detalhadamente duas delas na forma de estudos de caso na Segto 3.5. Wa ALGORITMOS E/OU COURSEWARE ‘Uma importante parte deste livro é sobre a apresentagao dos principais algoritmos (proce- dimentos sisteméticos para solugdo) da PO para resolver certos tipos de problema. Alguns desses algoritmos sio incrivelmente eficientes e so usados de forma rotineira em proble- ‘mas envolvendo centenas ou milhares de varidveis. Daremos uma introdugio sobre como cesses algoritmos funcionam ¢ 0 que os torna tio eficientes. A seguir, vocé usard esses algo- ritmos para solucionar uma série de problemas via computador. O Courseware de PO con- tido no CD-ROM que acompanha o livro seré uma ferramenta-chave na implementagio de tudo isso, Uma caracteristica especial em nosso Courseware de PO refere-se a um programa chamado Tutor PO. Esse programa destina-se a ser seu tutor pessoal para ajudé-lo no aprendizado desses algoritmos. Ele consiste em diversos exemplos de demonstracdo que ‘mostram ¢ explicam os algoritmos em ago. Essas demos complementam os exemplos con- tidos neste livro. ‘Além disso, nosso Courseware de PO inclui um pacote de software especial denomi- nado Tutorial Interativo de Pesquisa Operacional, ou simplesmente Tutorial IOR. Implementado em Java, esse pacote inovador foi desenvolvido especificamente para melho- rar 0 aprendizado de nossos leitores. O Tutorial IOR engloba varios procedimentos interati- vos para execucio interativa dos algoritmos em um formato conveniente. O computador exe- uta todos os calculos de rotina ao passo que vocé se concentra no aprendizado ¢ na execu- ‘¢do da l6gica do algoritmo. Certamente vocé achari esses procedimentos interativos muito eficientes e uma forma de esclarecimento na execugio de varios exercicios apresentados. O Tutorial JOR também abrange uma série de outros procedimentos titeis, incluindo alguns procedimentos autométicos para execugdo automistica de algoritmos e diversos procedimen- tos que apresentam telas gréficas sobre como as solugdes fornecidas por um algoritmo variam conforme os dados do problema. ‘Na pratica, os algoritmos normalmente so executados por pacotes de software comer ciais. Acteditamos que seja importante para os estudantes familiarizarem-se com a natureza desses pacotes que usario apés se formarem. Portanto, nosso Tutorial IOR inelui um gran- de volume de material para introduzi-lo em trés pacotes de software comerciais deseritos a seguir. Juntos, esses pacotes 0 habilitardo a solucionar, de forma muito eficiente,-pratic: mente todos os modelos de PO encontrados no livro. Acrescentamos nossos procedimentos automaticos préprios a0 Tutorial IOR em alguns poucos casos nos quais esses pacotes comerciais nao puderam ser aplicados. Hoje em dia, uma abordagem muito popular é 0 uso do programa de planilhas mais popular do momento, © Microsoft Excel, para formular pequenos modelos de PO em um for- ‘mato de planitha, O Excel Solver (ou uma versio aperfeigoada dese programa adicional como o Premium Solver for Education, incluso em nosso Courseware de PO) é usado entio para solucionar esses modelos. Nosso Courseware de PO contém arquivos Excel & parte para praticamente todos os capitulos do livro. Toda vez que um capitulo indicar um exemplo que possa ser solucionado usando-se 0 Excel, serao apresentadas a formulago caPiTuLo 1 INTRODUGAO completa da planilha € a solugio nos arquivos Excel referentes ao capitulo em questio. ‘Também € fornecido um gabarito Excel para muitos dos modelos deste livro, ja contendo todas as equagdes necessarias para solucionar o modelo. Alguns programas Excel comple- ‘mentares sao fornecidos no CD-ROM. ‘Apés varios anos 0 Lindo (e também a linguagem de modelagem que o acompanha, © Lingo) continua a ser um pacote de software de PO popular. As versdes educacionais do Lindo ¢ do Lingo agora podem ser baixadas da Internet. Esta versio educacional também é dada em nosso Courseware de PO. Da mesma forma que ocorre com o Excel, toda vez que ‘um exemplo puder ser solucionado por intermédio desse pacote, serio fornecidos em nosso Courseware de PO todos os detalhes na forma de um arquivo Lindo/Lingo para o capitulo em questao. O CPLEX € um pacote de software de ponta usado largamente para solucionar proble- ‘mas de PO extensos e desafiadores. Ao lidar com tais problemas, € comum também se usar um sistema de modelagem para formular eficientemente 0 modelo matemitico ¢ introduzi- Jo no computador. MPL é um sistema de modelagem amigavel que utiliza 0 CPLEX como seu principal solucionador. Uma versio educacional do MPL uma do CPLEX se ¢ tram disponiveis para download gratuito na Internet. Para sua conveniéncia, também incluf- ‘mos essas versdes educacionais em nosso Courseware de PO. Repetindo, todos os exemplos que podem ser resolvidos com esse pacote sio detalhados em arquivos MPL/CPLEX para 0s respectivos capftulos em nosso Courseware de PO. Posteriormente, descreveremos com mais detalhes esses trés pacotes de software como usé-los (especialmente no final dos Capftulos 3 ¢ 4). O Apéndice I também fornece documentagao para 0 Courseware de PO, inclusive o Tutor PO e o Tutorial IOR. Para chamar a sua atengio sobre material relevante em nosso Courseware de PO, 0 final de cada capitulo, a partir do Capitulo 3, possui uma lista intitulada Ferramentas de Aprendizado para Este Capitulo Contidas no CD-ROM. Conforme explicado, no inicio da segio de problemas para cada um desses capitulos, também sio colocados simbolos a esquerda de cada mimero de problema (ou parte deles) onde quaisquer desses materiais (inclusive exemplos de demonstragio e procedimentos interativos) possam ser itis, Outra ferramenta de aprendizado forecida com 0 CD-ROM € um conjunto de Exemplos Trabalhados para cada capitulo (do Capitulo 3 em diante). Esses exemplos com- pletos complementam aqueles contidos no livro para uso conforme a necessidade, mas sem interromper 0 fluxo do material naquelas diversas ocasiGes em que vocé nio tem necessida- de de exemplos adicionais. Provavelmente vocé achard interessantes esses exemplos com- plementares ao preparar-se para um exame. Sempre mencionaremos toda vez que um exem- plo complementar sobre 0 tépico atual estiver incluso na segdo Exemplos Trabalhados do CD-ROM. © CD-ROM também apresenta um glossario para cada capitulo, @ REFERENCIAS SELECIONADAS 1. BELL, P. C. et al. Strategic Operations Research and the Edelman Prize Finalist Applications 1989-1998, Operations Research, v.51, n. 1, p. 17-31, Jan,/fev. 2008. 2. GASS, S. I; HARRIS, C. M. (Eds). Encyclopedia of Operations Research and Management Science. 2. ed, Boston: Kluwer Academic Publishers, 2001 3. HORNER, P. (Ed). Special Issue: Executive's Guide to Operations Research. OR/MS Today. Ins- titute for Operations Research and the Management Sciences, v. 27, n. 3, jun. 2000. 4. KIRBY, M. W. Operations Research Trajectories: The Anglo-American Experience from the 1940s to the 1990s. Operations Research, v. 48, n. 5, p. 661-670, set/out. 2000. 5. MISER, H. J. The Easy Chair: What OR/MS Workers Should Know About the Early Formative Years of Their Profession. Interfaces, v. 30, n. 2, p. 99-111, marJabr. 2000. 6. WEIN, L. M. (Bd.). 50th Anniversary Issue. Operations Research (edigio especial contendo re- latos personalizados de algumas das primeiras inovagGes de fundamental importincia tanto no campo pritico como no teérico), v. 50, n. 1, jan/fev. 2002.

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