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1310723, 7:54 PN \Vazio | © que 6, Céleulo, Madidores de Presso e Vazio | Notas Técnicas 08/04/2022 POR ENGENHARIA - PRESYS Vazao Esse é um artigo completo sobre Vazéo, onde tera a explicagao do que é Vazéo, contendo os cdlculos e formulas, maneiras de uso, informagées e curiosidades sobre o assunto. O que é Vazao ? Conceitua-se Vazdo em volume (ou simplesmente Vazao) como a quantidade de fluido que escoa através de um conduto num determinado periodo de tempo. A Vazdo em volume pode ser calculada como se segue: a 4 onde: Q = Vazao, em volume AV = quantidade (volume) de fluido deslocado; no intervalo de tempo considerado At = intervalo de tempo considerado v= velocidade média global do fluid no conduto; e A= area da segao transversal do conduto Assim como definimos Vazao em volume, podemos, também, definir Vazéo em massa que escoa através de um conduto. am, At 62 onde: Q = Vazao, em volume Am = quantidade (massa) de fluido deslocado no intervalo de tempo considerado; e At = intervalo de tempo considerado; Da teoria da mecanica dos fluidos sabemos que a Vazdo em massa e a Vazdo em volume so relacionadas como se segue: www prosys.com brilogivazaol as 1310723, 7:54 PN \Vazio | O que 6, Céleuo, Madidores de Pressio e Vazo | Notas Técnicas Medigao em Unidades de Volume Aquantidade total de fluido deslocado pode ser medida em unidades de volume (litros, mm?, cm?, m®, galdes, pés cibicos) ou em unidades de massa (g, kg, toneladas, libras). A Vazdo é expressa em uma das unidades acima referidas, divididas por uma unidade de tempo (tros/minuto, m*/hora, galées/hora, etc.). No caso de gases e vapores, a Vazdo pode ser expressa, por exemplo, em kg/h (usual para vapor), ou em m:/h (usual para gases). Quando se mede a Vazdo em unidades de volume, devem ser especificadas as “condigdes base” consideradas. Assim, no caso de liquidos, é importante indicar que a Vaz se considera “nas condigdes de operagao", ou a 0°C, a 20°C, ou a outra temperatura qualquer. Na medigao de gases, é comum indicar a Vazao em Nm‘/h (metros ctibicos “normais’ por hora, ou seja, a temperatura de 0°C e a pressao de 760 mm de mercurio), ou em scfm (pés ciibicos “standard por minuto - a temperatura de 60°F e 14,696 psia de pressdo atmosférica As principais relagGes entre as unidades comumente utilizadas sao: 4m? = 1000 litros (ou dm3) 4 litro (ou dm?) = 1000 cm? 4. om? = 1000 mm? 1 pé ctibico = 0,0283168 m? 1m3 = 35,3147 pés cibicos 1 galao (americano) = 3,786 litros 1m3 = 264,18 gales libra = 0,4536 kg 1 kg = 2,2046 libras Medidores de Vazao www prosys.com brilogivazaol ans 1310723, 7:54 PN \Vazio | © que 6, Céleulo, Madidores de Presso e Vazio | Notas Técnicas Na medigdo de Vazdo de liquidos, gases e vapores pode-se utilizar um dos seguintes tipos de instrumentos: Medidores de pressao diferencial varidvel (area constante): placas de orificio, bocais, venturis, tubos de pilot, cunhas, etc. Medidores de area de passagem varidvel (pressdo diferencial constante): rotmetros, medidores de pistao, etc. Medidores de deslocamento positivo: discos nutantes, engrenagens ovais, etc. Medidores de Vazdo em canais abertos; Outros medidores: magnéticos, de turbina, de vortices, ultra-s6nicos, Coriolis, térmicos, etc. Medidores de Pressao Quando um fluido escoa por uma tubulagao contendo uma restrigao & passagem do mesmo, ocorre uma perda de carga (ou diminuigdo de pressdo), que é relacionada com a Vazao. Para a medicdo de Vazo por esse método serao necessérios, portanto, um dispositive colocado na tubulagao, capaz de restringir a passagem do fluido e um medidor de pressao diferencial (manémetro em “U’, transmissor de pressdo diferencial, etc). Consideremos uma tubulagao horizontal, contendo uma restrigao a passagem de um liquide. (Fig 1). A pressao estatica em varios pontos ao longo da tubulacao pode ser medida instalando-se diversos tubos de vidro, e anotando-se a altura que a coluna liquida alcanga em cada tubo. FAIKA DE MEDICAO QUEDA DE PRESSAO PERCENTUAL _/AMONTANTE DIAMETRO DA TUBULAGAO QUEDA DE PRESSAO PERMANENTE, PLACA DE ua ORIFICIO FLANGE DE” ORIFICIO. (OS TAPS SAO APRESENTADOS NA PARTE DE BAIXO “a SOMENTE PARA PROPOSITOS ILUSTRATIVOS, AINSTALAGAO NORMAL E LATERAL. a TAPS NA FLANGE www prosys.com brilogivazaol ans 1310723, 7:54 PN \Vazio | © que 6, Céleulo, Madidores de Presso e Vazio | Notas Técnicas Fig.1 Tubulagao horizontal com restrigao Observacées Até pouco antes da restrigao, a pressdo se mantém praticamente constante, existe um pequeno aumento da pressao, em pontos préximos da restrigo. Ha uma diminuigdo brusca de pressao, quando o liquido passa pela restricao. O ponto de minima pressao se situa pouco apés a restrigao, e corresponde ao ponto onde a area & minima (“vena contracta’), apés esse ponto, a presso comega novamente a aumentar. Bem adiante da restrigao a pressdo se estabiliza num novo valor, menor que o valor original Medigao de Vazao Para a medicao de Vazdo, pode-se medir a diferenca de pressdo entre dois pontos préximos da restricdo, um a montante e outro a jusante, Aproveita-se desse modo praticamente toda a queda de pressao introduzida pela restrigao. Alternativamente, pode-se medir a diferenga de pressao entre dois pontos afastados da restrigao. As equacées que relacionam a Vazdo de um liquido com pressao diferencial sao: nz Vp 54 [ar Kay Qa Kay 55 Qm=K-A-VIP-p 56 onde: v= velocidade Q = Vazdo, em unidades de volume Qm = Vazao, em unidades de massa A= area de tubulagao AP = presso diferencial www prosys.com brilogivazaol ans cusiaa, 7:54 PM Vazto | que 6, Cau, Medidares de Presslo e Vazko | Notas Técnicas p= densidade K = constante que depende da relagao entre o diémetro da restrigao e 0 didmetro da tubulagao, unidades de medida, fatores de corrego, etc. Observando-se as equagées acima, podemos notar que a Vazao é proporcional a raiz quadrada da pressdo diferencial e a Vazdo depende da densidade do liquido. As equagées (5.5) e (5.6) podem ser simplificadas, se considerarmos uma dada area e uma dada densidade: Q=K,-VaP 87 Qm=KyVAP 58 Ap 100 —— 10 90 4 ro 20 4 70 Le 60 4 Lz 40 4 L 6 30 4 5 20 + 4 10 3 EK 2 0 é Fig.2 Escala de um medidor de vazao tipo diferencial Suponhamos, por exemplo, que numa determinada instalagdo, a Vazdo maxima seja de 10 m/min, a maxima pressdo diferencial de 100°H20 e que, portanto, na equagdo (5.7), K; = 1. Se a Vazéo for reduzida a metade, ou seja, 5m*/min, a pressao diferencial passa a ser de 25"H,0, ou seja, % da anterior. www prosys.com brilogivazaol ens 1310723, 7:54 PN \Vazio | © que 6, Céleulo, Madidores de Presso e Vazio | Notas Técnicas Aescala de um medidor de Vazao do tipo de pressao diferencial serd, por conseguinte, “quadratica”, nao linear, e s6 permite leitura precisa para vazOes superiores a cerca de 30% da vazao maxima (fig.2). Quando se mede a Vazdo de gases ou de vapores, a equacao (5.7) se escreve da forma: A equagao (5.9) mostra que a medigao é afetada por P, (pressao absoluta) e T, (temperatura absoluta) do gas. Caso haja variagdes nesses valores, 6 necessario medir-se a pressdo e a temperatura, e efetuar-se a corregao necessaria. Por exemplo, um medidor de Vazao do tipo de pressao diferencial ¢ usado para medir a Vazdo de um gas. Ele é calculado para a pressdo relativa média de 5 kgf/cm?, com uma pressao atmosférica de 1 kgflom?, e a uma temperatura média de 30°C. Calcular o “fator de corregao" pelo qual deve ser multiplicada a Vazao medida, quando a pressao for de 6 kg/cm? e a temperatura a 50°C. Presso absoluta usada no célculo: Pay = 5 + 1 = 6 kgf/cm? Pressdo absoluta real: Paz = 6 + 1 = 7 kgf/cm? ‘Temperatura absoluta usada no calculo: Ts; = 273 + 30 = 303°K ‘Temperatura absoluta real: Taz = 273 + 50 = 323°K Nas condigées de cdilculo, a vazéio Q; era dada por: | PcaP Ti a 5.10 Nas condigées reais, para a mesma pressdo diferencial AP, a Vazdo indicada continua sendo Qy. Entretanto, a Vazdo real vale: Arelagao entre Q2 € Q; serd o fator de corregao F: 03... Pa Ta, QV Pa Ta 5.12 Substituindo nessa expressao os valores dados, vem: www prosys.com brilogivazaol ans 1310723, 7:54 PN \azio | © que 6, Céleuo, Medidores de Presso e Vazo | Notas Técnicas O fator de corregao vale, portanto, 1,046. Nas equagées (5.4), (5.5) e (5.6), validas para o caso de liquidos, a densidade se supde constante antes e depois da restrigéo, Quando se trata de vapor ou de gases, ha uma variagao de densidade, quando o fluido passa pela restrigao. As formulas de calculo incluem um fator de corregdo, para levar em conta essa diferenca Para reduzir a influéncia da variagao de densidade, convém que a relacdo entre a pressao diferencial medida e a pressao estatica absoluta seja menor que 0,04 (ou, em outras palavras, que a pressao diferencial, seja menor do que a pressao estatica) Faixa de Medi¢ao Afaixa de medigo mais comum para medidores de pressao diferencial 6 de 0 a 100°H20, ou de 0 a 2500 mm H20. Essa faixa é suficientemente alta para minimizar erros resultantes de variagdes de nivel e de densidade do liquido nas linhas de conexao do elemento primario ao medidor de pressao diferencial. A perda de carga resultante é, na maioria dos casos, perfeitamente aceitavel. Transmissores de pressao diferencial, amplamente utilizados, permitem em geral um ajuste de faixa de medigdo desde 20 até cerca de 250"H,0. Assim, caso haja necessidade de alterar a faixa de medicao devido a condigses diferentes de proceso, existe a possibilidade de aumenta-la ou diminui-la sem maiores problemas. Em alguns casos, a perda de carga pode resultar em uma elevagao muito grande dos custos de bombeamento, em outros, a pressao estatica (particularmente no caso de gases) é pequena, e nao comporta essa perda de carga. Nesses casos, pode-se usar uma pressao diferencial mais baixa, ou um elemento primario que produz uma perda de carga permanente pequena em relagéo a pressao diferencial medida (tubos venturi, bocais, etc.) No outro extremo, pode acontecer que, para altas velocidades de escoamento, a presséo diferencial desenvolvida por um elemento primario com o maximo diametro recomendado seja maior que 100°H,0. Pode-se, entao, utilizar uma faixa de medigao mais alta. Embora possam ser encontrados medidores com faixas de medigao desde 1 até 2000°H20, obtém-se os melhores resultados mantendo a faixa entre 20 e 250°H20. Placas de Orificio A placa de orificio € 0 tipo de elemento primério mais comum para a medigao de Vazdo pelo método de pressao diferencial. E um dispositivo simples, que pode ser fabricado com boa preciso dimensional. www prosys.com brilogivazaol 7s cusiaa, 7:54 PM Vazto | que 6, Cau, Medidares de Presslo e Vazko | Notas Técnicas Seu desempenho tem sido estudado em todos seus pormenores, podendo-se predizer com facilidade a relacao entre Vazdo e a pressao diferencial correspondente. Por esse motivo, nao ha, em geral, necessidade de proceder-se a calibragao nas condicdes reais de vazao. A forma mais comum é a de um disco de metal resistente a corrosao (em geral ago inoxidavel, podendo também ser usados outros metais), com um furo concéntrico, e uma haste lateral, que serve, por um lado, para a retirada da placa, e, por outro lado, para a inscrigao de dados de identificagao (fig. 3). O didmetro externo depende do didmetro da tubulagdo, e o didmetro do orificio ¢ calculado de conformidade com as condig6es de proceso e com a pressao diferencial desejada. A espessura 6, em geral, de 1/8” para tubulagées até 14” de didmetro, e de 14” para tubulagdes maiores. © Ske ig.3 Placa de orificio concéntrica As vezes, na medigao de Vazao de liquidos que contem sélidos em suspensao, utilizam-se placas com furo excéntrico ou segmental (fig. 4). Fig.4 Placas de orficio concéntrica e segmental Quando se mede a Vazao de vapor ou de gases imidos, pode haver um actimulo de condensado na regido anterior a placa, alterando-se com isso a medico. Nesses casos, convém fazer-se um pequeno furo tangente ao diametro interno da tubulagao na parte inferior, para drenagem do condensado. Por outro lado, liquidos podem conter, as vezes, pequenas quantidades de gas ou de vapor, que tendem a se juntar na parte superior da linha, junto a placa, causando também erros de medigao Pode-se, entao, fazer um pequeno furo tangente ao didmetro interno da tubulagao, na parte superior, para dar livre passagem ao gas ou vapor. www prosys.com brilogivazaol ans 1310723, 7:54 PN \Vazio | © que 6, Céleulo, Madidores de Presso e Valo | Naas Técnicas Fig.5 Corte da segao transversal de uma placa de orificio concéntrica tipica O perfil do furo de uma placa de orificio pode ser visto na fig.5. O chanfro deve ser feito a 45° de tal maneira que a distancia “T” seja 1/32" para diametros de tubulagao até 3°; 1/16” para didmetros de 4 a6’, 1/8" para diémetros de 8 a 14”, e 1/4” para diémetros maiores. O canto vivo entre a face da placa e 0 furo nao deve ter rebarbas, e nao deve refletir luz quando observado a olho nu. A face da placa deve ser plana (com tolerancia de 0,010” por polegada). O diametro deve ter precisao de cerca de 0,05 mm, As tomadas de pressao podem ser executadas de diversas maneiras. Tomada nos flanges. A placa é montada entre “flanges de orificio”, de espessura maior que os flanges comuns, com furos para a conexdo do medidor de pressao diferencial situados a 1” da face anterior da placa (tomada de alta pressdo) e a 1” da face posterior da placa (tomada de baixa pressao) (fig. 6) E 6 0 tipo de tomada mais utilizada nos EUA (“flange taps”). Algumas vantagens sao poder ser facilmente inspecionadas, dada sua localizagao proxima a face do flange, os flanges podem ser adquiridos de fabricantes idéneos, com boa precisao dimensional As tomadas so simétricas, podendo ser utilizadas para fluxo nos dois sentidos e tem sido assunto de grande nimero de pesquisas, conhecendo-se hoje em dia todos os dads necessarios para uma medigao com boa precisao. www prosys.com brilogivazaol ons 1310723, 7:54 PN \Vazio | © que 6, Céleulo, Madidores de Presso e Vazio | Notas Técnicas Fig.6 Placa de orificio com tomadas de pressao nos flanges Sua principal desvantagem consiste na necessidade de se usar flanges especiais, mais caros que os convencionais, nao podendo ser adaptadas a flanges jé existentes. Nao se recomenda seu uso com relagées d /D (didmetro de orificio / diametro da tubulagao) grandes e/ou, para tubulagdes menores que 2", devido ao fato de a tomada de baixa pressao se situar numa regido altamente instével da curva de recuperagao de pressao, Tomadas de canto. Sao similares as tomadas nos flanges, realizando-se entretanto as tomadas nos cantos formados pela parede interna do flange e a placa. E um tipo bastante utilizado na Europa. Suas vantagens sao as mesmas das tomadas nos flanges. Quando a relacao d/D & grande, a tomada de alta pressao se localiza numa regido instavel, o que pode criar problemas. Sao mais sujeitas a entupimentos que as tomadas nos flanges. ‘Tomadas “vena contracta”. Esse tipo de tomada é feito na propria tubulagdo (fig... 7). A tomada de alta pressdo é feita a uma disténcia da placa igual ao diametro interno da tubulagao. A tomada de baixa pressdo se faz no ponto em que a pressao é minima (“vena contracta’). a D ZLZZD ZZ NT PILZ LILI ZZ. Le 4-0 d, Fig.7 Placa de orificio com tomadas de “vena contracta’ Essa distncia depende da relagao d/D (fig. 5). Alternativamente, para relagées d/D menores que 0,72, a tomada de baixa pressdo pode ser feita a uma distancia D/2 da face posterior da placa (tomada radial), com erro desprezivel. Quando o diametro da tubulagdo é menor que 6”, a tomada www prosys.com brilogivazaol rons 1310723, 7:54 PN \Vazio | © que 6, Céleulo, Madidores de Presso e Vazio | Notas Técnicas de baixa pressao deverd ser feita no flange, o que pode ser um inconveniente. As formulas e fatores para calculo so bem conhecidos. Relagio de Diémetros, © a2 | Relacio de Disténcias, © Fig. Abaco para definioao de local da fomada de baixa prosséo Uma vantagem importante consiste no fato de ndo serem necessérios flanges especiais. Entretanto, nao se presta esse método quando o fluxo ¢ bidirecional. Tomadas a 2 % 8D. Como o préprio nome indica, as tomadas so feitas a distancia de 2D antes da placa e 8D depois da placa (fig.9). Mede-se dessa maneira a queda de pressao permanente, Sao bastante utilizadas na medigao de Vazdo de gases, particularmente para diametros pequenos de tubulacao (4” ou menos), em que as tomadas “vena contracta’ sao inconvenientes. Arugosidade da parede a jusante pode criar, uma perda de carga adicional e ocasionar erros na medigaio, Nao so necessarios flanges especiais, podendo adaptar-se a tubulagGes ja existentes. Nao podem ser utilizadas para fluxo bidirecional. Sao dificeis de inspecionar. Dead 9 Placa de orificio com tomada tipo 2 As tomadas “vena contracta’, “radiais” e “2 14D e 8D" devem ser feitas com os cantos ligeiramente arredondados, e devem ter uma segao cilindrica com um comprimento de, pelo menos, 2 Y diametros da tomada Em tubulagdes com diametro menor que 2", podem ser usados conjuntos compostos de flanges, placa e tubos, com face interna usinada e retificada com grande precisdo e conjuntos de “orificio integral’, adaptadores e transmissores de pressao diferencial Para se obter boa precisao nas medigdes com placas de orificio, deve-se existir um comprimento reto de tubulagao antes e depois da placa. O comprimento reto minimo recomendado pode ser obtido na norma ISO R541 — Measurement of Fluid Flow, by Means of Orifice Plates and Nozzles. O calculo de uma placa de orificio consiste em se determinar o didmetro do orificio, para determinadas condigdes de vazao e para uma dada pressao diferencial maxima. www prosys.com brilogivazaol ans cusiaa, 7:54 PM Vazto | que 6, Cau, Medidares de Presslo e Vazko | Notas Técnicas Para tanto, sao necessérios os seguintes dados: Vazdo maxima, didmetro interno da tubulagao, temperatura, material da placa, densidade, nas condigdes de operacao, densidade, nas condigdes de referéncia e pressao diferencial desejada Caso se deseje uma precisao alta, os seguintes dados adicionais devem ser obtidos, para liquidos: Viscosidade, pressao (somente no caso de pressées altas, que podem afetar a densidade). No caso de vapor de gases, necessita-se ainda o conhecimento de sua compressibilidade Nos conjuntos de “orificio integral”, as placas so fornecidas com uma série de orificios “standard”, devendo ser calculada a pressao diferencial. Para os calculos da placa de orificio, podem ser consultados MILLER e DELMEE. Visto que os métodos de calculo so baseados em fatores empiricos, pode acontecer que 0 mesmo calculo, feito com base em manuais diferentes, dé resultados que diferem entre si. A relagao entre vazao e pressao diferencial é afetada pelo “NUimero de Reynolds’, definido pela equacao: onde: RD = nlimero de Reynolds /elocidade de escoamento D = diametro da tubulagao e; P= peso especifico u=viscosidade Nos calculos de placa de orificio entra uma fator relacionado com o numero de Reynolds, calculado para a Vaz4o usual. Caso o numero de Reynolds seja baixo, as varia¢ées desse fator ao longo da faixa de medigao podem causar impreciséo na medida. Convém, entao, utilizar uma placa de orificio com borda a montante arredondada — “quadrant- edged orifice”, para a qual a influéncia do nimero de Reynolds é minima (STOLL ). Recomenda-se que a relagao d/D para placas de orificio concéntricas nao exceda 0,75. Caso 0 cdlculo, para uma dada pressdo diferencial escolhida, ultrapassar esse valor, sugere-se adotar uma pressao diferencial mais alta. Tubos de Venturi O tubo de venturi (fig. 10), 6 composto de uma seco cénica de entrada, com diametro decrescente, uma seco paralela central e uma secdo cénica de saida, com diémetro crescente. www prosys.com brilogivazaol rans cusiaa, 7:54 PM Vazto | que 6, Cau, Medidares de Presslo e Vazko | Notas Técnicas © tubo venturi ndo tem mudangas bruscas de seco, ou cantos em que possa haver actimulo de sedimentos. Por esse motivo, ele é frequentemente utilizado na medigao da vazao de liquids com sélidos em suspensdo. Ts D | 44]J/-—______| U ay U Fig.10 Tubo de venturi tipico A perda de carga permanente ¢ de cerca de 10 a 25% da pressao diferencial medida. Nesse aspecto, ele apresenta uma nitida vantagem quando comparado com a placa de orificio, pois reduz substancialmente os custos de bombeamento, em tubulagées de grande didmetro. Tubos venturi sao usados frequentemente na medigao de Vazéo de ar de combustao, em que a pressdo estatica é baixa. O ‘venturi curto", com um cone de saida de dimensées mais reduzidas, produz uma perda de carga permanente, ligeiramente mais alta que o tipo convencional. © seu custo é menor. O calculo de um tubo venturi ou outro dispositivo semelhante consiste em determinar a relagao entre o didmetro da segao central e o diémetro da tubulagao, a partir de uma pressao diferencial desejada. Inversamente, pode-se adquirir 0 tubo venturi com dimensées “standard’, e calcular a pressao diferencial. Suas principais desvantagens, quando comparado com a placa de orificio s4o 0 custo mais elevado e as dimensdes maiores (maior custo de instalagao). Bocais O bocal ("Flow nozzle”) consiste em uma restrigaio com um perfil eliptico, terminando em uma segao cilindrica (Fig.. 11). A perda de carga permanente, quando comparada com aquela produzida por uma placa de orificio com a mesma relagao d/D, é ligeiramente menor. Entretanto, para uma dada Vazdo e uma dada pressao diferencial, essa relagdo menor que na placa de orificio, Como resultado, a perda de carga permanente é praticamente igual a de uma placa de orificio usada nas mesmas condigdes de Vazdo. Bocais s4o usados principalmente na medi¢éo de Vazao de vapor e outros fluidos com alta velocidade, dada sua maior resisténcia a abrasdo. A relacao d/D pode ser aumentada até 0,80, sem grandes problemas. Bocais séo geralmente fornecidos com dimensées padronizadas, calculando-se a partir dai a pressao diferencial. www prosys.com brilogivazaol rans 1310723, 7:54 PN \Vazio | © que 6, Céleulo, Madidores de Presso e Vazio | Notas Técnicas FLANGES: Reb ee Sececs ls ws Fig.11 Bocal tipico Tubos de Pitot O tubo de Pitot é pouco utilizado na industria, sua principal aplicagao tem sido em pesquisas. A fig.12 mostra um tipo industrial. Na tomada de alta pressao (orificio de impacto), a velocidade se reduz a praticamente zero, resultando um aumento de pressao. Um segundo orificio constitui a tomada de baixa pressdo, medindo-se ai somente a pressao estatica. A diferenga entre as duas pressdes é proporcional ao quadrado da velocidade. Praticamente nao ha perda de pressdo permanente. Avvelocidade de um fluido em uma tubulagao é maior no centro do que nas bordas. Visto que o tubo de Pitot sé mede a velocidade no ponto de impacto, o resultado da medigdo depende da localizagao desse ponto. Um resultado razoavel se obtém localizando 0 orificio de impacto a cerca de 1/3 do raio da tubulagao, a partir da face interna. O elemento “Annubar’, possui varios orificios de impacto, obtendo-se assim um valor médio da Vazao. www prosys.com brilogivazaol vans 1310723, 7:54 PN \Vazio | © que 6, Céleulo, Madidores de Presso e Vazio | Notas Técnicas ‘CONEXAO DE ALTA _ PRESSAO (IMPACTO) <_ CONEXAO DE BAIKA PRESSAO (ESTATICA) << PORCADA CAXETA CAIKADE VEDAGAO, REGISTRO | ‘CORPORATION SSSR NY ABERTURA ESTATICA FLUX0g 4 ‘ABERTURA —~ DE IMPACTO ISSSSSSSSSSSSS SSNS SSS SSS SSS SSS Fig.12 Tubo de pitot tipico Apressao diferencial é de cerca de 0,75. jaquela obtida com uma placa de orificio com relagao d/D = © tubo de pitot é muito sensivel a perturbagdes de fluxo a montante. Recomenda-se um trecho reto de tubulagao de pelo menos 50 diametros, a montante do elemento. Nao convém utilizar 0 tubo de pitot com liquidos viscosos ou com sélidos em suspensao, devido possibilidade de entupimento. www prosys.com brilogivazaol ass

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