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) ide SPACKMAN 7 ioe) Ocupacional Cm Cea Ny Ta ONT Elizabeth Blesedell Crepeau Andlise de Atividades: Uma Forma de Refletir sobre Desempenhbo Ocupacional Elizabeth Blesedell Crepeau Anilise de Atividades Voltada para a Tarefa Formato cle Analise de Atividades Voltada para a Tarefa Descriglo da Tarefa Analise dos Componentes do Des ipenho das Atividades ste capitulo descreve a analise de atividades, uma forma de raciocinio usida por terapeutas ocupacionais para compreen- «dra atvidades, 0s componente de desempenho necessiris para bis, € 08 significados culturas ipicamente atribuidos a e xu andlise contribui para 0 raciocinio clinico dos profissionais de terapia ocupacional, ¢ forma a base da selegao, adaptagao € sraduagio das atividades usadas na intervengo de terapia ocupa cional, Quando os profissionais de terapia ocupac alisam avidades, concentram-se tipicamente no nivel da tarefa ou da vklide, As aividades sto tarefas com objetivos definidos que ex: set habilidades e recursos para atender as necessidades pesso f sociais. Assim, as atividades podem variar de simples, como patos ou escovar nossos dentes, a complexas, como preparar una refeigho. As tarefas e atvidades reinem-se para apolar papéis ocupacionais. Por exemplo, varias atividades, como dlescascar bataas, fazer salads frango, estio envolvi- dha na atividade de preparar refeigdes, que faz parte do papel cocupacional de um membro da familia, Embora alguns tenham tentado fazer uma distinglo entre os termos tarefas ¢ atividades (rombly, 1995), nto ha consenso no campo acerca desta distin- ‘o (American Occupational Therapy Association [AOTAI, 1995). Ponto, para fins deste capitulo, 0s termos tarefas € ativiades serio usidos como sindnimos (s profisionais de terapia ocupactonal aproximam-se de sua ceducagto, conhecimento das atividades, ¢ experigncia clinica a0 anlisar atividades (Neistadt, McCauley, Zecha e Shannon, 1993) Sua analise também haseia-se no acesso a aividades espeeificas & no grau com que estdo dispostos a partcipar de 1 de experiéncias para compreender melhor as atividades. anise da atividade € um aspecto da pritica clinica to automat co que frequentemente ¢ ignorado ou nio observado. A pequena historia sobre Terry ¢a Sra. Munro no Cap. 9 demonstra a capaci- dade de Terry de identificar rapidamente uma atividade aprop 4a, a0 descobrit que a Sra, Munro jt havia tomado banho © se Yesido, atividades que havia planejado usar para a suranga e sua funglo cognitiva. Como a Sra, Munro bendo alta, Tery precisava fazer a avaliagio naquele dia. Assim, «la examinou 0 quarto a procura de atividades substtutas, Terry Graduagao © Adaptaglo das Atividades Anillise de Atividades Voltada para a Teoria Anillise de Atividades Voltada para o Individuo Conclusio decidiu usar 0s cuidados com a aparéncia, os cuidados com as flores e a lavagem de um vaso como atividades apropriadas para 0s interesses da Sra. Munro € os objetivos de avaliagao de Terry. © conhecimento de Terry das habilidades que queria avaliar e dos interesses da Sra, Munro, bem como sua capacidade de analisar rapidamente as atividades disponiveis, permitiram que fizesse esta avaliaglo, apesar da confusio inicial. A narrativa desta interagio, por Terry trata a mudanga nas atividades como uma parte espera- dda e habitual de seu dia como terapeuta ocupacional. Isso mostra como a anidlise da atividade faz. parte do processo de raciocinio dlnico. Embora haja uma demanda para tornar a anilise das ativida- ‘des um processo objetivo, estudos que tentaram alcangar esta meta demonstraram que o nlimero de varidveis € to grande que seria extremamente dificil atingir a meta da objet 1986; Neistadt et al,, 1993; € Trombly, 1995). S anvilise de des for compreender as possiveis demandas de uma atividade em relagao aos problemas ce desempenho de rminada pessoa, ento a objetividade nao € tdo impor- tante. Em vez disso, a compreensio da interagio entre a pes- soa, 0s problemas de desempenho ocupacional desta pessoa, € © contexto do desempenho ¢ fundamental, porque € através 1 compreensio que a andlise torna-se significativa para aquele individuo em particular e para a intervengio de terapia cocupacional. ‘Aanilise das atividades ocorre em trés nivets: énfase da tare- fa, énfase da teoria e énfase individual. A andlise de atividades fase da tarefa aborda (1) os métodos € o contexto tipicos do desempenho da atividade, (2) a variedade de habilidades en- volvidas neste desempenho, ¢ (3) 08 virios significados culturais que poderiam ser atribuidos & atividade. Os estudantes inicial- mente aprendem a analisar a atividade dessa forma. Profissionais de terapia ocupacional também podem pensar nas atividades a partir desta perspectiva, avaliando novos jogos, utensflios para Cozinha, ¢ outros objetos ou atividades quanto ao seu potencial terapéutico. A anilise de atividades voltada para a tarefa refere- se 2 propria tarefa, as habilidades necessérias para fazé-la, seu significado cultural ¢ potencial terapéutico. A anilise de ativida- ativid 122 V-_Anilise de Atividades: Uma Forma de Refletir sobre Desemper Andis de Atvidades Voted para a Tareta + cual so a habcces raiment sade pets Dessos par venta ‘imanae (ous fora tea? + Qual eo signed ‘aioe? + Como eta ahtace ater st used fermpevscamnte? Anélise de Atvidades Vottade para a Teoria + Como esta oo define inho Ocupacional Andlse de Atvidades Voltada para o Iniviuo + Quem 6 est pessoa? (Guns as abvisedos Impoarts para la? + Come as aides podem Ser usadas pare atoncer ‘20s bjetios desta pessoa? + Como ocanerto do rratamento fvencia 2 selegdo das abvanes? Fig, 12.1 Anilise de avidades voltada para a tarefa, voltada para a teoria e voltada para o individuo. des voltada para a teoria tem uma perspectiva diferente. Em vez de examinar as propriedades de uma atividade para compreen- der suas demandas em geral, a anilise de atividades voltada para a teoria examina estas propriedades de uma perspectiva te6rica, Utilizando os principios de uma determinada teoria da pritica, 05 profissionais de terapia ocupacional analisam as atividades ‘quando pensam sobre problemas de desempenho abordados por esta teoria, A possivel intervengo terapéutica deve ser compati- vel com a teoria © provavelmente acarretari atividade de gradu- agao € adaptagio, Estas duas formas de anilise das atividades podem ocorrer sem um cliente, porque envolvem exploragao € compreensio da atividade em si, em relagio a intervengio de terapia ocupacional, Ao contririo, a andlise da atividade voltada para o individuo coloca o cliente em primeiro plano. Leva em consideragio 0s in- leresses particulares, objetivos, capacidades e limitages funcio- nais da pessoa, bem como seus contextos de desempenho tem- poral e ambiental. Estas consideragdes dao forma aos esforcos do profissional para ajudar o cliente a atingir seus objetivos atra- vés de intervencao cuidadosamente planejada. A selecio € 0 pl nejamento das atividades terapéuticas especificas sio derivados da compreensio do cliente pelo profissional, das demandas das atividades importantes para este cliente, e da relagao entre esas, atividades e as teorias da terapia ocupacional. Esta é uma forma altamente especifica e contextualizada de raciocinio. Consequen temente, a analise das atividades, ao menos da forma tipicamen te aprendida por estudantes de terapia ocupacional, evolui das perspectivas mais gerais voltadas para as tarefas ¢ a teoria paraa perspectiva voltada para o individuo. A Fig. 12.1 demonstra a relagao entre estas trés perspectivas com analise das atividades voltada para o individuo incorporando as duas perspectivas an teriores Y ANALISE DE ATIVIDADES VOLTADA PARA A TAREFA © objetivo da andlise de atividades voltada para a tarefa € com- preender, o miximo possivel, uma atividade, incluindo as habil- CONSIDERACOES HISTORICAS ¥ OPINIOES DE GEORGE BARTON Suzanne M. Peloquin George Edward Barton, ciador da idéia de fundar uma sociedade para promover a ocupago como tratamento, daminava o conceito de anilise das atividades, Ele frequentemente usava analogias médicas para explicar 0s efeitos terapeuticos da ocupaglo, Sugeriu que quando Adio foi expul: so do Jardim do fiden, recebeu esta ordem divina: “Trabalhe com 0 suor do seu rosto” (Barton, 19154) Mais especificamente, Barton acreditava que qualquer medicamento listado como agente terapéutico na Materia Medica inha um paralelo ocu: paacional. Ele explicava que se um médico podia prescrever a leucotoxina A PERMANENTE NECESSIDADE DE ANALISE DE ATIVIDADES: bbenzol para um paciente com leucemia, 0 terapeuta ocupacional poderia levar aquela mesma pessoa atrabalhar em uma fabrica de enlatamento de ‘conservas, onde os fumos da benzina quente teriam um efeito semelhante Bartoo, 19150). ‘Os aspects especficos da andlise de Barton agora parecem curiosos. Entretanto, permanece o fato de que para uma ocupacao ser considers terapéutica, ela deve ser submetida 4 uma andlise rigorosa de seus poss ‘eis beneficios, Se 0s aspectos especifics esto obsoletos, o conceit re iste i Baron, G.F (19150). Occupational ning. Trained Mure and Hosptal Review, 54, 138190 Baron, G.E (19150) Occupational therapy. rated Muse and Hesial Revie, 54, 535338 Anilise de Atividades: Uma Forma de Refletir sobre Desempenho Ocupacional ¥ 123 dades especificas nevessdrias para realiz-ta de forma competente ¢ sua relagao com a participagao no mundo em geral (Cynkin, 1995). Ao analisaratividades por esta perspectiva, voce fard per- sguntas como estas, sao as habilidades que as pessoas ge falmente usam para fazer esta atividade de uma forma tipica? “Qual Go significado cultural desta atividade?” “Como esta atividade poderia ser usada terapeuticamente?” Analisando uma grande sé- fie de atividades, voce poder determinar as habilidades necessa- fas para participar de atividades de autocuidados, profissionais, ¢ de lazer. Voc’ também avaliaré as relagdes entre estas atividades ea vida difria, E este aspecto de seu conhecimento das ativida des, suas propriedades e significados culturais que vocé usari para sugerirdeterminadas atividades aos clientes ‘Aanilise de atividades voltada para a tarefa também é uma forma de pensar sobre as atividades. E este aspecto do raciocinio linico que permite aos profissionais identificar rapidamente as Pense nisso: a atividade que vocé esta analisando. Que senti- dos so necessirios para participac2o nesta atividade? Por exem- plo, que partes da atividade exigem visio, audiclo, ou outro sen- tido? Processamento Sensorial: Interpretando esttmulos sen- sorlats. © processamento sensorial envolve a capacidade de in- terpretar ou compreender 0 significado dos estimulos sensoriais recebidos de forma que possam ser respondidos apropriadamen- te. Este processamento inclui a interpretacao de varios estimulos sensoriais, incluindo estimulos titeis, proprioceptivos, visuais, auditivos ou outros. Tatil: Interpretando o toque leve, pressdo, temperatura, dor e vibracdo através do contato cutdneo/receptores. A sensacao titil € particularmente importante durante a lactancia, porque € atra- vvés da exploracao tatil que as criangas aprendem sobre o mundo 0 seu redor (Parham & Mallioux, 1996). Continua a ser impor- tante durante toda a vida do individuo receber feedback do am- biente. Proprioceptivo: Interpretando estimulos originados nos miiscu- los, articulagées, e outros tecidos internos que fornecem informa- ¢6es sobre a posigdo de uma parte do corpo em relagdo a outra. A propriocep¢ao permite-nos compreender a posicao de nossas partes do corpo quando estamos sentados em uma cadeira tendo, ‘ou de pé na pia lavando pratos. A propriocepcio ou consciéncia dda posigao esti intimamente relacionada a cinestesia, que € a cons- ciéncia € a interpretagao do movimento articular. Vestibular: Interpretando estimulos dos receptores do ouvido interno em relagéo a posicdo e ao movimento da cabeca. O siste- ma vestibular é fundamental para a manutengao dos sentidos de equilibrio e posicao (Anderson, 1994). Contribui para nossa ca- pacidade de nos movermos dentro e através de nosso mundo, fornecendo-nos feedback sobre nossa posicao no espaco (Snow, 1996). Visual: Interpretando estimulos através dos olbos, incluindo a visdo periférica ea acuidade, e a percepedio das cores e padres. A visio permite-nos interpretar o mundo ao nosso redor, principal- mente as relagdes entre nés € os objetos em nosso meio (Snow, 1996). Auditivo: Interpretando e localizando sons, e discriminando ruidos de fundo. © sistema auditivo permite-nos dizer a dife- renca entre Virios sons e compreender seus significados (Snow, 1996). f através de nossa capacidade de localizar 0 som que sabemos aonde ir se alguém estiver nos chamando em outro 126% Anil de Atividades’ Uma Forma de Refleir whe esermpenhin Ccupuctonal comende di eves, e deterininar qive weanbies dn fanlia 26th cb mando, Ghustartves Interpretando saburer 0 paludar 6 vn prewense multoservarnial que acute ateaves de veeegaene ta liga, aba Anole, © arte supserion hs tating Haan, HAY five sent ‘do de pradar A penzer rea vidas epuanir conneenen 1 lh eto de que wont OffaircsInterpretando dors Koxpnesdace de eH deenabe de seceptoren tis nari © comin para nave sertide de pada Representa uina contiiuksie importante park a sequranicn prety al, por enemplo, a capacidade de sentir a chine de furnaga ont de alimentos que estrayens D Penne nissen 4 atividade que voce est analinander Quite 0% Componentes de processamnento sensoriais necemarien pars part Cipar desta atividade? Por exemple, que partes da atividade ent em propriocepsan, olfacio, & assim por diated Processamento da Percepy ito: Organizando os extirmulon sensoriats em padroes significattoon, & sercepKau wive conve frase para compreender o munde av nomw redor © para aprenih zado, Envolve 0 reconhecimento © 4 interpretacan de eximulos enwoniats (Andersen, 1994), Estereognonta Mdentificando objets alravies da propriocepyan, cognicao ¢ 0 sentido do lato. esterecysunia € acyucle process, de percepgo que permite-nos colocat as mac ne boda de casa: co para peyar a» chaves do carro, Ina acarreta a capacidade de discriminar entre as chaves do carro © quainyuer cnteos objeto pequenos que podertam estar em nan bolon, Cinestesta:Idenificando a excursao a diregan do mnimenta articular Yaa capacidade de ierpretar o meres) anicular eo intimamente relacionada sos procemen propricxeyaiva Cimerpne: tacao da posigao) © vestibular (equilibrioy, que ve combinam & ‘inestesia para permitir que non mavimentemin de forma eletiva € eficiente (Wedreti, 1996) Resposta & Dor Interpretando esimulos noctios. dox & sin proces subjetivo que varia de uma pessoa para outra (Ander on, 1994). Exquema Corporal, Adgutrindo uma percepgan interna do corpo © das relagoes entre as partes do corpo. Durante on 2 primeisos anon de vida, as criangas aprenden a diferenciar entre elas mesmas 0 mundo ao seu redor (Anderson, 1994). Vata percepyao do corpo e da relagan entre 4s partes do corpo & ecessaria, antes que possamos compreender 4 relacao entre 16s mesmon € 08 objeton do mundo a0 nosso sedor. K capac: dade de se vestir depende parcialmente de win exquema con poral intacto Discriminagao Direta-Rsquerda. Diferenctando um lado do otro. Ea habilidade de percepgan acarreta compreensan de Bi rita © esquerda em relagao a nis mesmicn € a0 mundo externa, A dixcriminacao dircitaenquerda € necessaria Para veguit as orien tages €, novamente, contribu para numa capacidade de now vex tirmos (Quintana, 1995). Consdincta da Forma Reconhecende formas ¢ objetos como sendo tguats em vdrios amblentes, postgtues ¢ tamanbos. Yaka capacidade permie nin HCONELEE UNE CMnL oy fo ndaendente de wes SOrmaley, manhin ety. ge ie Pn CLL rome en Iinpreana 14 wae, Coneeniirntuniante, # csmatinaye nf et OW mal, inn periniie ture comprcender que Te a Posigae nu Vopiagy Determinanide a relic Ae vivacia dy uras e objet vim relagaiy ash mer aM a intra formaca es Vota Wabllihade Se prercepn HeaTVetA CO MN RER a, de ag ‘enim conn para civ «oat Vai, tbe 00h, © ai py dian capacidade de innerprerd lon em elacas 4 itm mee mere entie cbjeters (Quintana, VII). aka «ara bade pera now compreender que sania Nolen thou 9b 4 Inee4. Vandy consribu pare nonea capacidade de snterpretas um ypiges ge Jetras come uma palaven, e pabavean comme wine Sane (ena 1906), © tambern now vestir & camninhar por win wepass Vaud, fequintana, 199) Vechamento Visual. Identificanda formas ou objetos a partir de apresuntagioes INCOMPNelas Nees PRET ME-DA CEADIHEEDET (ps ns Hivio 6 vin tivro, mesmo quando vernem apenas sia lonbada ra prateleira Percepyao da Posigduo de uma Vigura Diferenctande entre oe Jeton om postydao proeminunte w de furido ey Wnporta 0 Ae ete Janu fazendo, precivarna ser Capazees Se 11% CONCEDRFA ft a pecion mais pertinentes do mele externa, ‘eee significa concen rare ni Sita, Om ne) Objete Ons ObYeLOn evericiabs para 0 qs ‘estamnen Sazendo © prestar meni alengAn aon Oulton anpecton amblente, que colocamin ao fundo, Late & 4m process fuido, ‘qual pexdernion Jesi/iar none alengao €, Conmequemenuerte, pas sar 0 que era una “Shara” gars 0 cendrio de Sunde « vice-ver (schinecls, 1996). 8 capacidade de posicionar uma Sipura num ponicao proeminene on ne {unde permite-no~ concentrar fa trada quando estamos diryinde © iynorar outron aspecton do a0 Dente que nae shir esmenciain para nowwa seguranga. Kata capac dade mbérn pone ser aphicads 4 audigho © permite-nos ouvir un determinada conversa es. umn ambiente cheic de outras pes Salanido, Percapyan de Profundidade Dewrminande a diferenga re ‘Moa entre vbjetos, yarn ou poten de referbncta eo obervad. ota 6 4 capacidade de percepgan que uranin para subs © de cer excadan ©, quando ditiysmnon, para determina a Simncis 4 om carton estan de nbs antes de atraveswarmens a rua, Conveqi temente, esta capacidade contribs para senna capacidade de 0 escaen arave ces ce nmaeetvae egra (Schne 1996). Kelaybes tapactals; Determinando a posigao relattva dos ob 4s entre 9h Vota capacidade envolve a compreennae da rela centre Objeton 0 amrbncrte € 16m these, Exh intimamente rela nada to capacidader descritas na pikzao nor expago © contr) para atividadees cons deslixament através do expago © 0 ati 1 vemir. Conner tranohertnca requuet a avaliayao da distancia ex ohyeun (ito €, 4 Sitancia entre uma cadeira de rodas € 0 ¥: sanitirio), € uma habilidade de percepao necessdria para trans séniias veguiras (Quintana, 1995), Orteniago Toprprafica Dewerminando a localtzagao deo fon eo ambsente w 0 trajew até w localizagay Var V+ ccm Analise de Atividades: Uma Forma de Refletir sobre Desempenho Ocupacional VY 127 tajeto de um local ao outro, precisamos construir um mapa cog- ritivo do ambiente (Schneck, 1996). Isso exige a capacidade de ‘orsiderar as relacdes entre locais no ambiente ¢ como ir de um Jpcil 3 outro, Esta capacidade de percepgio & colocada em acio ‘quando passamos de um cémodo ao outro em nossas casas, en {oniramos uma loja no shopping, ou viajamos para uma parte diferente de nossa cidade. >» Pense nisso: 2 atividade que vocé esté analisando, Que com- ponentes de percepgo sto necessarios para realizar esta ativida- de? Por exemplo, que partes da atividade exigem constincia da forma, relagdes espaciais € outros? Neuromisculo-esquelético (0 componente neuromiisculo-esquelético diz respeito aos aspec- tos biomecnicos do movimento. Reflexo: Produzindo uma resposta muscular involuntd- ria por estimulos sensoriais. Os reflexos ocorrem imediatamen- te apés o estimulo, sem qualquer a¢io voluntiria da parte do in- dividuo (Anderson, 1994). Amplitude de Movimento: Movimentando as partes do corpo através de um arco. Isso requer 0 movimento miximo através de todos os planos de movimento possiveis para uma {eterminada articulacao. Tonus Muscular: Demonstrando um grau de tensao ou resistencia em um muisculo em repouso ¢ em resposta ao estiramento. © tonus muscular € 0 estado de tensio equil brada que existe em miisculos intactos, de forma que quando o misculo € distendido, ele oferece alguma resistencia, mas nao suficiente para impedir 0 movimento, © tnus muscular pro- porciona estabilidade a articulagdes necessérias para manter a posicao € realizar movimento suave, controlado (Undzis, Zoltan & Pedrett, 1996) Forca: Demonstrando um grau de forca muscular quan- dob resistencia ao movimento, como com objetos ou gra- tidade. 4 forca muscular € necessiria para produzir € contro- lar os movimentos, e também para manter a postura (Zemke, 1995) Resistencia: Sustentando 0 esforco cardtaco, pulmo- lar e miisculo-esquelético com 0 passar do tempo. A re- sisténcia permite-nos realizar atividades por um periodo pro- longado. Esta relacionada a forga porque muisculos fracos tam- bém tendem a possuir menores niveis de resisténcia (Ander- son, 1994), Controle Postural: Utilizando a correcao ¢ ajustes do equiltorio para manter a estabilidade durante movimen- tos funcionais, Este & um processo dinamico que proporcio- na uma postura estavel a partir da qual pode haver movimento habil. Por exemplo, a inclinagao para a frente para pegar algu- ma coisa no cho requer uma base de sustentagio estivel, que se desvia quando nos abaixamos e voltamos & posigao. A capa- Cidade de fazer isso sem cair € uma caracteristica do controle Postural Alinbamento Postural: Mantendo a integridade biomeca- nica entre as partes do corpo. © alinhamento das articulagdes €necessirio para manter boa postura e mecinica corporal. O mau alinhamento postural pode ocorrer em locais de trabalho que exi- ‘gem que as pessoas trabalhem em posigoes incémodas, Estas posigdes de trabalho incOmodas podem levar a traumatismos re- Petitivos como entorse nas costas. Integridade dos Tecidos Moles: Mantendo a condigao anatomica ¢ fisioligica do tecido intersticial e da pele. As lesdes da pele ou as Ulceras de decibito, resultantes de pressio prolongada sobre a pele, podem ocorrer em pessoas que nao podem se movimentar suficientemente bem para mudar de post ho freqientemente. > Pense nisso: a atividade que voce esta analisando. Que com- Ponentes neuromusculo-esqueléticos so necessirios para reali- zr esta atividade? Por exemplo, que partes da atividade exigem forga, controle postural, ¢ outros semelhantes? Motor © componente motor es relacionado a qualidade do movimento, Coordenacdo Grosseira: Utilizando grandes grupos ‘musculares para movimentos controlados, objetivos. 0 movimento coordenado é suave, preciso e aparentemente realiza- do sem esforgo. A coordenacio grosseira envolve grandes grupos _musculares, tipicamente caminhar, correr, e muitos esportes € ati- vidades da vida didria envolvem coordenagao grosseira Cruzando a Linha Mediana: Movimentando membros e olbos através do plano sagitalmediano do corpo. 4 capaci dade de cruzar a linha mediana & necessiria para realizar muitas atividades que exigem movimento habil do lado oposto do corpo. Por exemplo, € necessirio cruzar a linha mediana para vestir um ‘asaco ou uma camisa, para abotoar os punhos de mangas com- pridas, e assim por diante Lateralidade: Utilizando uma parte unilateral preferida do corpo para atividades que exigem um alto nivel de ba- bilidade. & lateralidade refere-se a preferéncia da maioria das pessoas em usar a mao direita ou esquerda para atividades que ‘exigem grande habilidade, como escrever e comer, Integracao Bilateral: Coordenando ambos os lados do corpo durante uma atividade. 4 integracio bilateral & impor- tante para qualquer atividade que normalmente requer 0 uso de ambas as mios ou pés (por ex., remar um barco ou caminhar). Controle Motor: Utilizando 0 corpo em padres de movt- mento funcionais e versdteis. O controle motor é0 movimento dindmico, objetivo que reflete os padrdes preferidos de movimento do individuo (Mathiowetz & Haugen, 1995). Praxis: Concebendo e planejando um novo ato motor em resposta a uma demanda ambiental A prixis acarreta as aivi- dades mentais de planejar acoes. Em outras palavras, € a capacida- de de saber que para pentear o cabelo precisamos segurar um pen te com os dentes em posi¢do para passar entre 0s fios do nasso cabelo, levantar um brago repetidamente, ¢ movimentar o pente no cabelo até que a apresentagio esteja satisfatéria (Quintana, 1995). Coordenagao Fina e Destreza: Utilizando pequenos gru- pos musculares para movimentos controlados, particular- ‘mente manipulacao de objetos. A coordenagaio fina envolve © 128 ¥ _Anilise de Atividades: Uma Forma de Refletir sobre Desempenho Ocupacional uso habil da mio, particularmente 0 uso isolado dos dedos (Mathiowewz & Haugen, 1995). Costurar, trabalhar com madeira, tocar piano, pregar botdes, ¢ muitas atividades de cozinha exigem, tum alto nivel de destreza, Controle Motor Oral: Coordenando a musculatura oro- faringea para movimentos controlados. © controle motor oral € necessirio para comer ¢ falar. > Pense nisso: a atividade que voce esté analisando. Que habili dades motoras sio necessérias para realizar esta atividade? Por exemplo, que partes da atividade exigem controle motor, coorde- naga fina, ou outras atividades semelhantes? ‘Sumério dos Componentes Sens6rio-motores Liste as cinco habilidades sens6rio-motoras mais essenciais ne- cessdrias para esta atividade. Explique que partes da ativi- dade exigem cada uma destas habilidades. Liste as cinco habilidades sens6rio-motoras menos essenciais necessirias para esta atividade. Explique que partes da ati- vVidade exigem cada uma destas habilidades INTEGRACAO COGNITIVA E COMPONENTES COGNITIVOS. A CAPACIDADE DE USAR FUNCGES CEREBRAIS SUPERIORES (AOTA, 1994, P. 1053). ‘A fungi cognitiva refere-se aos processos intelectuais que permi- tem as pessoas realizar uma tarefa, raciocinar e resolver proble mas. Nivel de Estimulasio: Demonstrando alerta e responsividade aos estimulos ambientais. E necessirio responder aos estimulos para realizar qualquer for- ma de atividade. Orientagio: Identificando a pessoa, o lugar, o tempo ea situacio. A orientagao permite-nos atuar em nosso meio ou nos adaptar a um novo meio (Anderson, 1994). Reconhecimento: Identiicando faces e objetos familiares, ¢ ‘outros materiais previamente apresentados. © reconhecimento € necessério para interagir com outros, para ‘encontrar instrumentos e equipamentos, ¢ outras atividades des- se tipo, Capacidade de Atencio: Concentragio em uma tarefa com © passar do tempo. Isso acarreta preparo para permanecer concentrado em um t6pi- co 04 atividade especificos. £ necesséria para conclusio da tarefa desempenho eficiente Inicio da Atividade: Iniciando uma atividade fisica ou mental. CConsideramos garantido 0 inicio de uma atividade; entretanto, as pessoas com lesdes do lobo frontal ou dos ginglios da base ou depressio podem nao ser capazes de inicia atividades sozinhas. Estas pessoas necessitario de indicagdes do profisional para ini- cir a atividade. Conclusio da Atividade: Interrompendo uma aiviage fisica ou mental. Isso acareta compreender quando € aproprado intenompe atividade. Os clientes com lesio do lobo frontal podem re vidades ou determinadasetapas de uma atvidade vrs ees para. Por exemplo, continuar a secar um prato mesmo qua, le jd esta totalmente seco. Este comportamento & deno perseveraglo. Os clientes que perseveram necessario dense Goes do profissional para interomper um comporamente pa sar a outro. Meméria: Lembrando informacées apés breves ou longos periodos de tempo. ‘A meméria envolve a recuperagio de informac&es aprenditas, bem como de experiéncias e sentimentos. Algumas lembrangs iy duragio muito curta, como lembrar-se dos sete algarismos de um nimero de telefone por tempo suficiente para escrevé-lo. Outas Jembrancas tém longa duraglo, como as recordacdes de uma x. hora de 80 anos sobre sua infincia Formagio de Seqiiéncia: Ordenando informasées, conceitos e acdes. A formacao de sequéncia € uma habilidade cognitiva necess. ria para muitas atividades. Por exemplo, € empregada até mesmo em habilidades basicas como se vestir, saber que a roupa fatima € colocada antes da roupa, e as meias antes dos sapatos. ClassificagZo: Identificando semelhancas e diferencas entre informagées ambientais. a habilidade ¢ importante para atividades como fazer compra, dle armazém, para as quais precisamos ver tanto como 0s objetos sto semelhantes (por ex., duas marcas diferentes dle ketchup ain da sto hetchup apesar de seus nomes comerciais diferentes) € como sto diferentes (por ex., prego, quantidade de gordura, acticar ou sal nas diferentes marcas), Formagao de Conceitos: Organizando varias informagées para formar conceitos e idéias. Por exemplo, cores e formatos sio conceitos, bem como nossas idéias sobre o que € verdade, correto e bom. Os conceitos aj- ddam na classificacdo, porque formam uma base para reunir obje- tos semelhantes, Por exemplo, os conceitos de cor, carro e for mato contribuem para distinguir carros de caminhdes, e depois agrupar carros em subgrupos por cor e forma (sedas, vans, con- versiveis). Operagdes Espaciais: Manipulando mentalmente a posigio de objetos em varias relagées. Esta habilidade importante para atividades como estacionar lum caro em um estacionamento, em que vocé precisa visua- lizar a distincia que seu carro estaré de outros veiculos du- rante todo 0 processo de estacionamento, antes de vocé co- mecar a estacionar. Esta habilidade requer boas capacidades de relagdes espaciais. Solugio de Problemas: Reconhecendo um problema, definindo um problema, identificando planos alternativos, selecionando um plano, organizando etapas em um plano, implementando um plano, e avaliando a evolugao. [Nés usamos nossas capacidades de resolver problemas sempre que realizamos uma nova atividade, ou encontramos dificuldade em ‘uma atividade conhecida. Quando encontramos uma nova situa- Anilise de Atividades: «20, nossa capacidade de resolver problemas permite-nos reco- thecer possiveis solucdes ¢ experimenté-las. Algumas vezes € muito frganizada, como indica a definicdo, ¢ outras vezes podemos usar tim método de tentativa ¢ erro para determinar que opin: tre virias € a solugo mais apropriada den- Aprendizado: Adquirindo novos cones comportamentos. Nos aprendemos pelo estudo de novos conceitos ou idéias, atra- ‘és da pritica € por experiencia direta. Nés sabemos que alguém aptendeu algo quando seu comportamento se modificous as pes seas podem fazer algo que nunca fizeram antes ou explicar algo que nio haviam compreendido antes. O aprendizado pode set demonstrado de forma verbal, motora e através de atitudes demons- tradas pelo comportamento. Generaliza¢io: Aplicando conceitos e comportamentos aprendidos previamente a varias situac6es novas. Esta é uma forma de classificacao na qual os conceitos ou com- portamentos so reunidos em uma regra geral, que entio pode seraplicada a varias situaces diferentes. Se permanecermos em uum nivel concreto ou especifico, 0 que aprendemos em uma siaglo nao pode ser usado em uma situagao diferente. Por exemplo, saber como podar rosas requer conhecimento sobre o erescimento da planta © os melhores locais no caule para podar. Outras plantas ¢ arbustos tém necessidades de poda semelhantes. Se nao formos capazes de generalizar, nao reco- heceremos 0s elementos comuns entre diferentes arbustos € precisariamos aprender a podar cada uma como uma nova ex- periéncia de aprendizado. > Pense nisso: a atividade que vocé esta analisando. Que componentes cognitivo integrador e cognitivo sto necessari- os para realizar esta atividade? Por exemplo, que partes da atividade exigem meméria, solucao de problemas, e assim por diante? ‘Sumario dos Componentes Cognitivo Integrador € Cognitive Liste os cinco componentes mais essenciais do desempenho ccognitivo integrador € da performance cognitiva necessiri- os para esta atividade. Explique quais partes da atividade exigem cada uma destas habilidades. Liste 0s cinco componentes menos essenciais do desempenho ccognitivo integrador e da performance cognitiva necessiri- 0s para esta atividade, Explique quais partes da atividade exigem cada uma destas habilidades. HABILIDADES PSICOSSOCIAIS E COMPONENTES PSICOLOGICOS: A CAPACIDADE DE INTERAGIR EM SOCIEDADE E DE PROCESSAR EMOGOES (AOTA, 1994, P. 1054). Estes componentes dizem respeito as interagdes entre as pes- s0@s € o ambiente social no qual vivem. Concentrando-se par- ticularmente nas atitudes e motivagao € no comportamento re- Sulante. Estes componentes do desempenho so altamente i dividuais e dependem da cultura, valores € crengas da pessoa. Para fins de andlise da atividade concentrada na tarefa, € atl Pensar sobre os possiveis significados que poderiam ser atribu- Uma Forma de Refletir sobre Desempenho Ocupacional ¥ 129 idos a esta atividade, embora possam nao ser aplicados a todas as pessoas. Psicologicos (Os componentes psicologicos referem-se as caracteristicas men- tais, de motivaglo © comportamentais de uma pessoa ou um gru- po. Valores: Identificando idéias ou crencas importantes para si mesmo e para os outros. Estas dias e crencas sio de- terminadas culturalmente e companilhadas por membros de um grupo. Por exemplo, a cultura americana valoriza a independén- Gia e a autonomia, enquanto outras culturas valorizam mais a in- terdependéncia (veja Cap. 6)-Os valores também inluenciam nossa eescolha de atividades, porque refletem 0 que consideramos im- portante em nossas vidas (Kielhofner, Borell, Burke, Helfrich e Nygard, 1995). Interesses: Identificando atividades mentats e fisicas que criam prazer e mantém a atencao. Nis desejamos realizas ati- vidades que nos proporcionem prazer e satisfag2o; isto é, aquelas atividades nas quais temos um interesse (Kielhofner, Borell, Burke, Helfrich, e Nygard, 1995). Autoconceito: Desenvolvendo o valor do eu fisico, emocio- nal e sexual. O autoconceito produz nossa imagem de nés mes- ‘mos, que construimos através de nossas experiéncias no mundo. Isso provém da avaliaga0 que fazemos de nossas agdes, € tam- bém de um feedback de outros. > Pense nisso: a atividade que voce esta analisando. Que valo- tes e interesses poderiam ser expressos através destas atividades? (Que oportunidades de feedback sobre desempenho existem para influenciar 0 autoconceito? Social (© componente do desempenho social aborda habilidades neces- sirias para viver em varios grupos como familias € organizagbes. Desempenbo do Papel: Identificando, mantendo e equi- Ubrando funcdes que se assumem ou adquirem em socie dade (por ex., estudante que trabalba, pai, amigo, parti- cipante religioso). Os papéis sto comportamentos padroni- zados esperados de um grupo de pessoas como mies, profes- sores, irmaos, trabalhadores e outros. Estes papéis a0 social- ‘mente definidos e tendem a ser relativamente estiveis (Stephan Stephan, 1985). Quando assumimos novos papéis, devemos adquitir o comportamento esperado para aquele papel. Isso fre- qiientemente € realizado através de brincadeiras ou de pritica (Mead, 1934). Conduta Social: Interagindo pelo uso de costumes, espa- {¢0 pessoal, contato visual, gestos, atenco ativa, e auto-ex- pressdo apropriados para o ambiente. \ conduta social re- flete compreensio das expectativas da situagao social e modifica- ‘G0 de nossa forma de interagir para Ser adequada 3 situagao. Ser Capaz de “le” situagdes sociais suis permite-nos evitar constran- gimentos e conflitos. Por exemplo, saber quando iniciar um dislo- 0 com outra pessoa envolve a leitura de varias indicagoes ver- bais e nio-verbais (Goflman, 1967). Habilidades Interpessoats: Utilizando a comunicacao verbal e ndo-verbal para interagir em varias circunstan- Analise de Atividades: Uma Forma de Refletir sobre Desempenho Ocupacional ¥ 129 n, nosa capacidade de resolver problemas permite-nos reco- Sever posivets solucdes © experimenti-las. Algumas vezes € muito feqaizada, como indica a definicao, e outras vezes podemos usar (mmétodo de tentativa € erro para determinar que opiniio den- te virias € a Solugio mais apropriada Aprendizado: Adquirindo novos conceitos e tos. Nésaprendemos pelo estudo de novos conceitos ou idéias, atra- vésda pritica e por experiencia direta. NOs sabemos que alguém aprendeu algo quando seu comportamento se modificou; as pes- ‘eas podem fazer algo que nunca fizeram antes ou explicar algo qe nio haviam compreendido antes. © aprendizado pode ser Pense nisso: a atividade que vocé est analisando. Que componentes cognitivo integrador ¢ cognitivo sao necessari- para realizar esta atividade? Por exemplo, que partes da atividade exigem meméria, solucao de problemas, e assim por diante? Sumario dos Componentes Cognitivo Integrador € Cognitive Liste 0s cinco componentes mais essenciais do desempenho cognitivo integrador e da performance cognitiva necesséri- 0s para esta atividade. Explique quais partes da atividade exigem cada uma destas habilidades. Lise os cinco componentes menos essenciais do desempenho cognitvo integrador e da performance cognitiva necessari- 0s para esta atividade. Explique quais partes da atividade exigem cada uma destas habilidades. HABILIDADES PSICOSSOCIAIS E COMPONENTES PSICOLOGICOS: A CAPACIDADE DE INTERAGIR EM SOCIEDADE E DE PROCESSAR EMOGGES (AOTA, 1994, P. 1054). Exes componentes dizem respeito as interagdes entre as pes- s0as € 0 ambiente social no qual vivem. Concentrando-se par- ‘iculamente nas atitudes e motivago € no Comportamento re- sultant Estes componentes do desempenho si0 altamente in- dividuais e dependem da cultura, valores ¢ erengas da pessoa Para fins de andlise da atividade concentrada na tarefa, € Gtil Pensar sobre os possiveis significados que poderiam ser atribu- {dos a esta atividade, embora possam nao ser aplicados a todas as pessoas. Psicolégicos Os componentes psicol6gicos referem-se as caracteristicas men- tais, de motivagao e comportamentais de uma pessoa ou um gri- po. Valores: Identificando idéias ou crencas importantes Para si mesmo e para os outros. Estas idéias e crencas sio de- terminadas culturalmente e compartilhadas por membros de um grupo. Por exemplo, a cultura americana valoriza a independén- cia e a autonomia, enquanto outras culturas valorizam mais a in- terdependéncia (veja Cap. 6). Os valores também influenciam nossa escolha de atividades, porque refletem 0 que consideramos im- portante em nossas vidas (Kielhofner, Borell, Burke, Helfrich € Nygard, 1995). Interesses: Identificando atividades mentais e fisicas que criam prazer e mantém a atencao. Nos Pense nisso: a atividade que vocé esti analisando. Que valo- res ¢ interesses poderiam ser expressos através destas atividades? ‘Que oportunidades de feedback sobre desempenho existem para influenciar 0 autoconceito? Social ‘© componente do desempenho social aborda habilidades neces- irias para viver em virios grupos como familias e organizagoes. Desempenbo do Papel: Identificando, mantendo e equi- Ubrando funcdes que se assumem ou adquirem em socte- dade (por ex., estudante que trabalba, pai, amigo, parti- cipante religioso). Os papéis sto comportamentos padroni: zados esperados de um grupo de pessoas como maes, profes- sores, irmaos, trabalhadores e outros. Estes papéis sao social- mente definidos e tendem a ser relativamente estiveis (Stephan Stephan, 1985). Quando assumimos novos papéis, devemos adquitir 0 comportamento esperado para aquele papel. Isso fre- qlentemente € realizado através de brincadeiras ou de pritica (Mead, 1934). Conduta Social Interagindo pelo uso de costumes, espa- {¢0 pessoal, contato visual, gestos, atencdo ativa, ¢ auto-ex- pressao apropriados para o ambiente. \ condita social re- flete compreensio das expectativas da situacdo social e modifica ‘Glo de nossa forma de interagir para ser adequada a situago. Ser Capaz de “ler” situagOes sociais sutis permite-nos evitar constran- Anilise de Atividades: Uma Forma de Refletir sobre Desempenho Ocupacional clas. As habilidades interpessoais envolvem saber como falar com outras pessoas e interagir em diferentes circunstancias. Por ou- tro lado, a conduta social € a capacidade de escolher 0 compor- tamento correto em uma determinada situacao social (Goffman, 1967). Auto-expressdo: Utilizando varios estilos e babilidades para expressar pensamentos, sentimentos e necessidades. A auto-expressio envolve a flexibilidade de mudar a forma como Nos expressamos para sermos consistentes com os nossos pen- samentos € sentimentos. Em outras palavras, para expressar rai- va quando estamos sentindo, para pedir ajuda quando precisar- mos > Pense nisso: a atividade que vocé esti analisando. Que habi- lidades sociais sao necessérias para realizar esta atividade? Por exemplo, que partes da atividade exigem habilidades interpessoais, de auto-expressio ou outras? Autotratamento O autotratamento refere-se as habilidades que permitem-nos al- cangar nossos objetivos, apesar do estresse em nossas vidas. Habilidades de Adaptacao: Identificando e tratando o estresse e os fatores relacionados. Quando somos capazes de adaptar e controlar nossas vidas didrias, apesar de fatores de es- tresse como doenga, familia ou problemas financeiros, diz-se que temos a capacidade de “nos adaptarmos”. A adaptagio também refere-se as acdes que podemos realizar em uma tentativa de evi- tar ou diminuir o efeito dos fatores de estresse (Pearlin, 1989). Por exemplo, aqueles que poupam e evitam dividas em excesso redu- zem o estresse financeiro do desemprego ou de outras perdas fi- nanceiras inesperadas. Embora o comportamento de adaptacao seja uma caracteristica individual, é parcialmente aprendido com ou- tros (Pearlin). Gerenciamento do Tempo: Planejando e participando em um equilibrio de atividades de autocuidados, trabalho, lazer e repouso para promover satisfacao e satide. O gerenciamento do tempo envolve 0 conhecimento da forma de usar nosso tempo para alcancar nossos objetivos, para organizar tarefas, a fim de que possam ser realizadas de forma a satisfazer a nds mesmos e atender nossas obrigacdes com outras pessoas. Os profissionais de terapia ocupacional estao preocupados com o equilibrio destas atividades, de forma que haja tempo adequado para ambas as tarefas obrigat6- rias, como autocuidados e trabalho, e para tarefas e atividades con- sideradas relacionadas ao lazer e a diversao. Autocontrole: Modificando o proprio comportamento 7m resposta as necessidades ambientais, demandas, limi- es, aspiragées pessoais, e feedback de outros. O utocontrole acarreta a administracao de nosso comportamen- > de forma que seja apropriado para a situagao social. E solici- ido de forma mais dramatica quando sentimos fortes emogoes uja expressao com toda a emogca4o que sentimos pode ser im- ropria. Em outras palavras, se estamos muito zangados com guém, é impr6prio ter o acesso de fiiria que nosso intimo de is anos gostaria. Pense nisso: a atividade que vocé esta analisando. Que habi- ades de auto-administragao sao necessarias para realizar esta vidade? Por exemplo, que partes da atividade exigem controle tempo, autocontrole, ou outros atributos? Sumario das Habilidades Psicossociais ¢ Componentes Psicolégicos Liste as cinco habilidades psicossociais € componentes mais ¢s. senciais do desempenho psicolégico necessarios para est atividade. Explique que partes da atividade exigem cada uma destas habilidades. Liste as cinco habilidades e componentes menos essenciais do desempenho psicolégico necessarios para esta atividade. Ey. plique que partes da atividade exigem cada uma destas ha. bilidades. Sumario dos Componentes do Desempenho Resuma sua andlise na Etapa 7 da Fig. 12.2 identificando os com. ponentes de desempenho mais essenciais ¢ menos essenci- ais necessdrios para esta atividade. Para fazer isso, vocé deve rever seus resumos dos componentes de desempenho ne- cessdrios para as diferentes etapas da atividade. Vocé agora concluiu uma anilise inicial de uma atividade. Este primei- ro nivel de descricao aborda uma Unica forma de realizar esta atividade. Entretanto, como somos todos individuos, realizamos até mesmo a mais simples das tarefas de formas ligeiramente diferentes. Uma forma de descobrir isso é ob- servar as pessoas vestindo seus casacos, amarrando seus sapatos, ou escrevendo. A variacao nas formas de realizar até mesmo estas simples tarefas, freqiientemente, é muito surpreendente. Assim, a andlise da atividade voltada paraa tarefa no pode descrever toda a variedade de possibilida. des para um dos métodos ou os significados da atividade. Entretanto, vocé pode comecar a desenvolver uma idéia das demandas de uma atividade, analisando-a a partir de um ponto de vista, e entao explorando as possiveis variagdes mais tarde. , Graduagao e Adaptagao das Atividades A Etapa 8 do Formato de Andlise de Atividades Voltada para a Tarefa (veja Fig. 12.2) solicita que vocé pense sobre a graduacio e a adaptacio da atividade que vocé esta analisando. A gradua- ao e a adaptacao da atividade é um aspecto essencial da pritica da terapia ocupacional, porque é através da graduacao e da adap- tacdo da atividade que produzimos alteracao terapéutica ou apoi- amos a fungdo em declinio. A graduagao de uma atividade en- volve aumento ou diminui¢ao seqiiencial das demandas da ativi- dade com o passar do tempo para estimular a melhora da funcio do cliente ou para responder & diminuigo da capacidade funci- onal. Por exemplo, através do aumento seletivo da resisténcia e repeticdes para determinados grupos musculares utilizando ati- vidades funcionais, os profissionais de terapia ocupacional au- mentam a forca e a resisténcia muscular. Inversamente, a culina- tia pode ser graduada para ser menos exigente cognitivamente mudando-se o tipo de alimento preparado para exigir menos elapas e menor aten¢ao aos detalhes. A atividade de fazer pudim pode variar de uma receita complicada de creme, pudim cozido embalado, pudim instantaneo até o pudim pronto que s6 precis! ser aberto. A adaptacao da atividade € 0 processo de modificar as tarefis eas atividades para promover funcao independente. Isto , a at vidade € modificada para se tornar mais facil fisicamente, cogni tivamente, ou sob outros aspectos. A adaptagao é particularmen- te apropriada para pessoas com problemas de desempenho que nao tendem a melhorar mais (por ex., uma pessoa com unit le sao da medula espinhal que est se aproximando da alta da tet” Analise de Atividades: Uma Forma de Refletir sobre Desempenho Ocupacional ¥ 131 pa ocupacional ou alguém com um disturbio degenerativo), A Praptagio significa mudar as demandas da atividade tornando-a tas simples cognitivamente, reduzindo o grau de habilidade fi er ou resistencia necessarias para executé-la. As adaptacde: fanbém podem envolver equipamentos de adaptagao ou altera- bes no ambiente para permitir a independéncia, a eliminacao. Ue atividades, a ajuda de outra pessoa, ou alguma combinagio ddstes. Em distirbios degenerativos, pode ser necessirio fazer fous adaplagdes repetidamente, Distirbios como sindrome de imunodeficiéncia adquirida (AIDS) ou cncer, ¢ doengas cr6ni cas, como artrite, podem exigir graduagao didria para acomodar os niveis futuantes de funcao tipicos destas doengas. (Veja na Fig. 122 as etapas a seguir para graduacao e adaptagao da ativi- dade.) y ANALISE DE ATIVIDADES VOLTADA PARA A TEORIA Osestudantes também aprendem sobre teorias de terapia ocupa- ional e como planejar 0 tratamento da perspectiva de teorias es- pecificas (veja Cap. 22). A teoria ou teorias especificas seleciona- das Sto influenciadas pelos problemas das pessoas que voc? est tratando, suas crengas profissionais, e a perspectiva filosofica de seu departamento ou Organizagio. Em alguns casos vocé pode ‘ombinar virias teorias para permitir uma abordagem mais ampla dos problemas de seu cliente. Cada teoria molda sua visio de funcao, disfungao e o uso da atvidade para permit aos clientes melhorar seu desempenho ocu- pacional. Esta compreensio orientari voce para as estratégias es- pecifcas de avaliacao e intervencao daquela teoria. Por exemplo, ‘odesempenho motor € um aspecto importante da intervencao da teria ocupacional. De uma perspectiva te6rica biomecinica, © ConcLUsAo Este capitulo descreveu a anilise de atividades como um pro ‘cesso cognitivo que os profissionais de terapia ocupacioal utilizam diariamente. Envolve uma forma de raciocinio sobre atividades que requer (1) compreensio de suas propriedides gerais, (2) compreensio sobre como usé-las para produit ‘mudangas terapéuticas da perspectiva de varias teorias da pr fissdo, ¢ (3) compreensio da forma de uso das atividades para alcangar 0s objetivos centralizados no cliente. O aprendizado dda anilise da atividade comega no inicio da educacao em tea: pia ocupacional nos niveis voltados para a tarefa e a teria. 0 trabalho de campo € a pritica profissional desenvolvem me- Ihor e aperfeigoam estas habilidades quando os profisionas as utilizam com seus clientes, > REFERENCIAS ‘American Occupational Therapy Association (AOTA). (1994). Uni form terminology for occupational therapy. Amerion Jounal O upaionel Therapy, 48, YO47-1054, ‘American Occupational Therapy Association, (1995). Poston Paper Occupation. American Journal of Occupational Therapy, 49, 1 018, Anderson, K. N. (Ed). (1994). Mosby's medical, muning & allied lth diaionary (Ath ed). St.Louis: Mosby. Corsini. RJ. (Ed). (1994). Encyclopedia of psycholgy (2nd od). New York: John Wiley & Sons. CCynkin, S. (1995). Activites. In C. B. Royeen (Ed.), The practic of uture: ting eccypation back into therapy: AOTA selfs ss (Module 7). Rockville, MD: American Occupational Therapy A Goffman, E. (1967). Interaction ritual: Essays om face-to-face behavior New York: Pantheon, Kielhofner, G., BorellL., Burke, J, Heltich, C., & Nygard, L (1999. Volition subsystem. In G, Kielhofier (Ed.),A mode of human opt tion: Theory and application (2nd. ed, pp. 39-2). Balsimore: Wilass & Wilkins. Llorens, L.A. (1986). Activity analysis: Agreement among facto ia} sensory processing model. American Journal of Oxcupatonal Thar 40, 103-110.

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