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ces Feveueyro mR oes pee Consett sae Abs SER Teno et ar ener SERETEIPO Gare) Mate Wego SONEOSA DRE EBLE DE DRO RO he CRGADE Dems iat Uns 8) Sao Aa AEIDADE DE DES are: Us MD sare oti on tna GoeSctaCKO eons tan sd Me bar "oeoncero be ONT 84 Keke Os PERADO RTS URIGHAROS - Arran Pardes Medto TSGENGIADALIBERDADE RANA“ FE Song PEMENOLOCA DOSED (Pate GA He PENoEnolocA DO ESET rane WH He “HePencn ov ota GRC Frac ars “EsTEAghEs PLCSCRCAS aig Wnts EROABE£METODO near Csr TERMENRUTCA- Pre DE Sewer Feed Cae Sut Bibra ergo Wrens han es Seine Bat ‘ert Goya Cada ‘Dados Iteranlonas de Calzzo ma Flac (IP) (Caran Broan Lo, 8, Bras Slory, rede 1 Hemera Arte oi ds nergreago/ Fritch DE. Selermacer | adie eapesentaas de Co Rei Bad Pera, Ness, 1998 ‘ial orga: Herne sav esazs2ien0 1 Mermentte La Ce Re ae. (ates pact stames 1LMementues: Maia: Flin 10 eoon10 Friedrich D.E. Schlelermacher HERMENEUTICA Arte ¢ técnica da interpretagio Traducio e apresentagio de Celso Reni Braida ‘hase y EDITORA vozES Patropelie 2000 © 1999, Edtora Voues Luda, Rua Frei Las, 100, 25689.900 Petrol, RI Intern. ptr sozes.com br Brasil “Tio righ: Hormone, eSitado por Heine Kine odes, Carl Wir Univertavera, 1985. Panes dea edict au pubes Hermenceh Enster Lora ver 1809-10; — Die gece Darsteling des cweten Teil ven 192627: V~ Die ‘Madeira von 182. Todos 0 direitos reservais, Nenhume parte desta obra. pers ‘er repreduzia os transmitda por quelauer forme ef0u ‘tussquer mcios cletrBnico ou mecénieo, inluindo ‘eoopia e gravogdo) ou arquivada em quslque sistema ‘ou barcode dacs sem permisso esrta da Edtora ISBN 8532621880 ent epee yl Et Var Ld, ~——— SUMARIO — Apresentagio, 7 1 Discursos acadamieos (1829) Sos 1 reo concate de herme- utes, com reference As indicaghies de FA. Wolfe a0 Compéncio de F. Ast 23 U- Hermenéuticaprimelro projte [1800:20} 65 IM Exposigio separada da sesunde parte [182627] 91 ———— APRESENTACAO ———— A historia da formacio da hermenéutica, enquanto arte ¢ téo: nica de interpretagio coreta de textos, comeca com o esorg0 dos gregos para preservare compreender os seus poets e de- senvolvese na tradiio judaico-rista de exegese ds Sagradas Escrituras. A partir do Renascimento fxamse tes tipos hist 0s de técnica de interpretaco: hermenéuticateoldgen (x «ra filoéfico filoligica (profana) juridia urs). Os estudos ‘de hermentatica de Friedrich DAE. Schleermacher esti ince Fidos tanto na tradido exgétea da teologaprotestante, come no renascimento dos estudos de filologia clssica, no final do séeulo XVIIL Nelesencontramos o antigo ideal exedético de reconsituir 0 sentido orginal de um texto, Todavia, este ideal aparece reorientado por uma exigenciaflocfia de extragio ‘eantiana’, qual sea, ae analsar as condigoesgerals sob 25 ‘ais a compreensio acoree de fomecer as rezbes do proces: 450 de interpretaco. A sua investigacéo procura fundamentar © procedimento a partir de um conceito geral de compreensio. [ste conceto eer imedatamente atsociado, em meadet do século XIX, a0 problema epstemoligleo da justiiagdo meto- Aolégica das ciéncias humana A hermenéatica de Schleiermacher, colocada por A. Boeckh’ (17851867) ¢ por 1.0. Droysen’ (1808-1884) come bare das eigncas istricofilel6gias, 6 pota por W. Dithey como fundamento geral das ciéneas humans 9u céncas do spite, contra a petensio hegemdnica da metodologia post tivsta dos cignces naturals experimentais. Desse modo, estar 1. Pad River Dee Pt Bac hermes Pi Sa 89.18 2. Breit ede dr ptlpchen Vinee ida ot Batok 9, 8. crm dr ri 168, coasermetmacaee ie Scie ecenoeme nator fd ldo dan ins hana dima lac toe Eetieaeaeancitams Nas elles de Sclsemacter, come ever is est gaicen como deterinates do ence de congsoe so Fs sero una rrr pinipl ao dservahtente Posterior a poem danclénas uiaras © da cach. anc hist Como concepts cmprensins, podece fe ‘hair tanto a socidoga de M Weber a paandce de & Freud devin eign nero One tabi, plas discuss ata as prs hes Inctodlighat dts cris naturals na pespectna de TS Kuhn. A hermentuincomtemporins por sua ve, ecathe ceri em ScHleermacer o seu precy, dvd & pole smatica por ele desenvolvda grande pate de suas orientagoes, 1 problema da compreensao aparece, assim, no mileo de tpras como Ser e tempo (Sein und Zeit, 1926] de M. Heide fer, Verdade o mend {Wahrheit und Methode, 1961] de HG. Gadamer, Do texto a azo (Du texte & Faction, 1986) de P. Ricoeur. Por fir, na obra de E, Beti, Teoria goral da inter. prtacao (Teoria generale dela interpretaztone, 1955], a de terminago da "metodologahermenbtice” parte exlitanent es indicagbes de Schlelrmacher 1. Vida e obra Fiedtich Danie! Ernst Sehleiermacher, telogo, fidlogo © ‘soi alemé, nasceu em Breslau no dia 21 de novembro de 1768, ¢ morreu em Berlin em 12 de everero de 1834. Perten: centeauma fama de pastores potestantes, foi educado numa ‘omunidade de irmios moréviosingressando em 1785 no Se- tmindrio de Barby, onde iiciou seus eszudos de teologia. A partir de 1787 etabeleceuse em Halle, continuando a sua for fhacio teokgica, 30 mesmo tempo que estudava filosofia ef Tologia. Ordenouse em 1734, «foi por dois anos predicador aati em Landsberg Entra em contato com o grupo de ro- ‘minticos,princpalmente F. Schlegel e E. Herz. Publica, sob peeudénimo, 2 sua primeira grande obra, Sobre « rligido [ier die Retigion, 1799] ¢, loge a sesir, «obra Mondfogos [onofogen, 1800} arbas delicadas ao problema da relifise. Em 1801 publica primeira série de seus Sermées Prediten), ‘Aesteperiodo da vida intelectual do Scheiermacher, Dithey ‘hamou de ép0ca intuitna. A partir de 1802 ica 0 perfodo ‘tea, 0 qual coincide com 0 seu ingresso no professoredo, ‘com a sua aceltagzo do cargo de professor extreordindio de ‘teclogia em Halle no ano de 1805. Publica a obra Esbogo de ‘cop p28 {Le Sirah, Ge MR Ba uma ertica das doutrinas dticas Grundtinien eimer Kriit des bisherigen Sitentehre, 1803] e vriosteatos menoresso- ‘re relia e teologia. Nesta épocaincia a traducdo dos dle. os de Plato, juntamente com F. Schlegel. Em 1807 volta 2 ‘Beri, convidedo por Humboldt, eonteibuindo ativamente na fundagdo da Universidade de Berm, em 1809, na qual ingeee sou como titular de tecloga em 1810. A lecionou por vinte € ‘autro anos, concorrendo com Fiche (1810-14 e Hegel 81 31), Bate foo periodo mais produto de Scheiermacher, come soldando a sun reputagio. Os seus discursos Sobre a veligiio 40 reditaos tres vezes (1806, 1521 e 1831) e08 Mondlagas duns vezes (1822 e 1829), Publia ainda 4 fsia de neta [Die Weitmachtsteer, 806; 2 ed, Berm, 1826] eA & cristdse- ‘undo 0s principio da Iyreja evangélica (Der chvisliche Glaube nach den Grundsitzen der evangelisehon Kirche, 1822; 2 ed, 183031] Além dessas obras, Schlelermacher pu. bHicomvirios textos menotes sobre religizo e uma sre de mono. safes histrico‘lolgicas, as quis contibuiram decisvamente ‘ara o renascimento dos estudot de Plato em particlare da flosafa dissin grega em gerl. Além da Jntrodusio aos dié- logos de Pletao,destacamse as monografas Horacio, 0 ohe- ‘curo de Ephesos (1808), Didgenes de Apoionia (1814); Sabre Anaximendro (1815); Sobre es obras étcas de Avisideles (1812), Sobre os comentarias gregos & Etica a Nicbmaco ‘Sobre 0 valor de Séeraies (1819) teats defilasofia e hermeneutica, centudo, permane ‘em nio pabicados. Os amigos eadmiradcres,apés sia morte, encarregarams de edtar o que cle mesmo denou apenas rx ‘uscrto, orem entao publicada, entre tras, em 1835, por A. Schweizer, Projeto de um sistema de doutrina éica Ent twurf einer Susier der Sittenlehre:F. Licke, Hermenutica «critica |Hermeneutt und Kritk, 1838; Jonas, Dialéica (Diatettk) eH. Rites, Histéria da flosofia [Ceschichte der Philosophie, 1839} A. Twasten, Compéndio de éticahloséitca (Grundris der pilosophischen Eth, 1841);C. Loraaatasch, Eslétca sthetik, 18425 CA. Brandis A doutrina do Evad9 {Die Late vom Stet, 1845]. C. Platz, Dowtrina da educeedo 10 LBeichunltre, 1843); 1. Geo, Picola Payee 164] Em 1864 cmleiouse a pulacto dt bres comrle tes(Sirtice Were cm 83 volumes aim organza: Zur Theologie, vol. 1-13; 11 ~ Predigie, vol, Philasophie und vermlschte Schriften, vol 2633. sctidermacher, io obsanteo ete eats desea sero nen sho ns asco o {Sito auc parle gins pear anos uve Coportoiny lad contr. Adal ero t> sofia principal, responsivel pela exposicdo do saber (Wiss fm ci frm le reson pr oo aber err, Inc dee ecco hse name petro» um he tia, den anes npr oc de mar deo Stars pons Mes eno cx ss Bor dopa pro uma tn cog ei "filets tenor um errno amber 7 suinte, ests kimitada em sua pretensio Ghclabde Setisemacher taba sobre a pressupdo ‘une ncnordi athlon att fer Deen) ue em comm enetincs aretha Jo saber", Os seus argumentos sio a inseparabilidade pe mento eHnauagent sinensis ow Le aa ravage unvers_A pip ngage sein weet tee de una Tenge de completa bk 35 nog rr lh aor «Sere fit tse om pF coe Ce. iden 86 pee 1 Samah Hoan *du Denn Spe en ol ws Mo eRe Scere Fee ater sn tana Ist» 3 cto to." ame Sorc 4 n then ingen Ua Wnese has somber Supe ssa ingrages nivel se aera Tine mo pensaneno puro come e bers nae ‘nossa pressuposicéo constante"”. Entretanto, isso que é apres Siento eran nt en enya oes Diet to so camer ensues dnnen €-un na nomredo see es 1s fara dettenge Copeman esas € usd uno an neurone e seo coe falavarm a mesma lingua™™ ¢ de ten un nga a ax ape ts Ae potest mer cscs pels tra inane Wl oma Scere ae tue tomtom eva" Tes ager tm mado nr oun maria pce cen sn Iameldsen questa ihoeleonsoransen eee inate” Oe ignites dw ue crete Sees ‘lee apes sexes Ingest recat fralngungenncrctae el Lipuip omen te Iniciar geno como intuigio comum”™. Por outro lado, Schleier- sa aa rman orn oe diab ubers conti, eerie ie etal spl asc oni pets come 98 conceites, por sua vez. pressupdem os juizos”, " 2BBeteade imho Hh 9 10780“ ase Sate rr eo Se ie a ns te Matern ut, 92928 [oan ~~ “sem linguagem no se daia nenbum saber, sem saber ne Bstasconsideagoes levam Schlelermacher a pstuler uma deperdencia mata ente daléticae hermenutca”,ndcativo ‘evidente devia relocmlacdo no glano sstemitico, 2 qual Mt Frank néo hesita em designar como uma reflerzo trans: cendental que “hisoricia” e “inguistcta” o propo trans: ‘endental Kantian” Nas palavras de H, Schnidelbach, ali inicia se uma "transcen dentalizaco da rariohistrcohermen tea’, o que “igualmente sigifica uma historicizagso da filoso- fia transcendental™, Acrescentese a isso a sua concepyte de faue 0 absoluto somente & apreendido pela intuigo (Ans- ‘hauung) pelo sentnente (Geful, fundamentos da celia, bem como a sua idtia de que arte € da oréem da imasinacé, percebende-se ass © quanto Sebleiermacher esti distante fanto da fllosofia transcendental eomo do idelismo aero em, sentido estrite, A dilética,entendida como ligheafosdtien, Cconstitui Hosomente um aspecto da atividade especulativa fepekulative Tatigket, a qual também € a base da atvidade podtea. Filosofia e poesia consttuiriam,desse modo, os dos ‘recionamentos da “livre produtividode na linguagem’®, © pensamento de Scheiermacher pode ser interpretado ‘omg uma reflerdo gore a relagées entre o universal eo pare ticular O univers, para ele, nunca se oferece em s, mas sem pre aparece sob tum forma particular, o particular, por san vex, So mesmo tempo que nio se deba subsumir nteiramente pelo ‘unhersal conlém em sable que ulapassa sun partcuardade ‘e manifesta a precenca do universal. A daltice, “Kunst Sophiren”™, enquant lida com a posibilidade do pensemento fem suo idealiade formal e enquanto “cincia da wnidade do lem 510 Mh TI AL 110 tags 9.1. hatin Dvscbnd 191 884 rata Ses, 12% 23 fr Profi der Spon rks er Be ah, Hap ‘she nunca esi &tenporalde da inguagen om que 4 cry pou dene at pstades sere po st Ungsgen™ Da a neceitade de complements pes Te senda, ul van 4 =peensio do penuent eno te cso pri Praia we Pemendutien pee 4 alta enquant eta vin eyo do parant os tn dcr Aermenétin, dese cr mostra oie cs tor sia a usta eo ote ora unser sepe¢pewade dent Sblhadsdeuwe dds inguage amare ceo Fat aapretso ce persanent, ess Cause gute fa plan Healerma O penance puro nd abate fer Caracteriado pola mabe cuidate. nce Bors; nossenpe stats uns Inga hen ose Solcashemeéutcn ea dla numa eagle nete pendinca ann com rata media cae ae 42 oper de enfendincnoe come ngcten? 3..A teoria hermentutica 4, Atsflesiohermenéutica de Schliermacher teveo sou ie * Pulso nical determinade pela necessiace tetrica de expla? © justfcar um procedimento prStice, qual sea, a inter. Dretagéo e tradusao de textos antigos cléssicos. Nzo obstante serif uma arte bem antiga, a hermenéutica ainda no tinhe Tecebido um tratamentosistemstco que acenstituisse em cén. ia. Antes, o que Schlciemacher encontra é um agregado de ‘egrasdeterminadas para obetos particule, derivades mais 2 prtica do que de principio, aranjadas mais em fangs de bjetos espcificos (religion, juridico,Holégico, etc) do que meen, tom Tete, hd 9.7, polo conceite de compreenséo, as quai, portant, “istava a Verdadeirajustiicagio™. As obras de Wolf, Aste, sabres, {de Ernest, nde propiciavam o que Schieiermacher esperava. ‘esta insatisfgio surgi a necessidade Mlosifica de eaborar tuna bermendutica gerl (aligemeine Hermeneutk) que nio penas contvese as regras e a explicazio do procedimento Interpretative enquanto fa, mas antes esobretudo fomecesse "as ‘anes das reras edo procedimento, portant, daarte acon preenséo em geral. Ao invés de perguntar com se interpreta teste ou aguele tipo de texto, ele passa a perguntar pelo que ‘Saniicaem geral interpetare compreenere como ito ocor re, Una ver respondida estas quesibes se podcria, eno, dent var as regrasgerals eespefficas. Tratase de uma consideragao filasicotedrica da operacio hermenutica, no mais determ hada pelo obeto, ecm, peas condigoes isto, pelo “como” de sa efsivacao, [A concepcio preliminar de hermengutica «saber, como ‘arte dacompreensio coreta do discuso de um outro" az 14 -uma deliitagio e uma generlizacio, na medida em que CGreunsereveo objeto ao dominic da inguagem falas ou ecr- tne por outro lado, dena de lado toda as visbestradicionais dos diveursoe, Como jf aluddo, através de um tnico mor mento Sehleiermacherdesocahermenéutica do domino téen- 9 e cetiica, estabeleeendoa no dominio flosBiea argumen- tando que aarte de compreender eta intersmente conectada com a arte de falar e com a arte de pensar. "Visio que a arte ‘de falar e compreender (correspondent) estdo contrapostas ‘uma & otra falar é porém, apenas 0 lado exterior do pensa mento, asim a hermenéutica esti conectada com a arte de pensar e, portant, & filssfica™. 2. 2 coating 66 SUT Kn de es andor eh ete’ M075, "Det eens tres eae gente, SOUS SE lne te ae bottle Hemera a eeEue elena drone So es 8 A. A compreensio metédica ‘A compreensio foi concebida por Schleiermacher como uma reconstrugio histricae dvnateria ds fatores obitivos e-subjetivos de um dseutso flado ou excrto® A prtica nat: ral dzarte da compreensdo,em que se haseava 3 hermeneutica ‘daminista tem como pressuposicioa ida que a compreenséo ‘se produ por si mesma e, portant, que o esforga conte em “evita malentenddo”. Eta opinio ext fndada na pressupo- siglo de tna ientiace dainguagem e do modo de combinagio dos pensamentes.entreoflantee o ouvnte™ Entretanto,a arte dda compreensio, enquantoesforgo canscientee meta, so: bre o qual a hermentuticagerl deve refeti, parte da presse osigde oposa, 2 saker, “que o maleatenddo se produ por si ‘que a cada ponto a compreensio deve fer desejada e busca dy" Notese que a prtica methdicaestépresiamente deter minade pela necessidade de justcagio racional econsciente 4a operagio interpretative. Ba de modo algum pressupde que sempre haja “dierenqas de inguagem’ e “ferencas de pense ‘mento’ entre 0 flante e 0 ouvite, etre o etrtor € 0 leitor™ Muito pelo contréto, "ela parte da dferensa da Kinga edo mode de combinagéo, 2 qual deve seguramente repousar sobre 3 ilentidade”™. A pritiea metédiea se distingue, por conseguin- te, da pratica natural pelo foto do sor regia pels exgincia de fomecer as rades da comprocnsio aleangada. 0 seu principio ‘express. eno, uma divda medica que visa 0 controle das ‘ompreensées imecaias, lo, das précompreensCes. A suspen ‘0 daatitude natural permite arevlagio da distancia ou deren entre o esrtore 6 lotr. A superaco desea diferenca & 0 chjetvo da operacao hermendutia em sua totaldade, Os dois tipos de interpretagao indiar a exstincia de duns fontes de SB chan 3 in, iferengas © dstanciamentos,¢ os dois métodos prescrerem dois motos de dominilas. Nag obstante pastular a nitude tari, Scleiemacher pens sch a pressupsiczo 2 corneeen so, a qual, tochvia, pode ser incrneta de mips meds A recuperacio objetiva (gramatica) de um dscurso consis te na reativagéo da sua signeanca Bedeutsznkelt a partir do conjunto de regras sntétcosemantieas da lngua, tal como ea ‘eraem geal pratcada na comuriade de lanes qual pertence © se autor A regra principal pescreve: “tudo 0 que necesita de uma determinagzo wais precisa em um dado dscurso ape- nas pode ser determinado a partic do dominio lingistico do ‘tor e de seu piblico orginel™, Bate regra somente tem sen tide quando se concsbe a inguagem como algo dinimico ou hitirco, de tal modo que ela nunca esté disponivel em sua tetalidade para um individuo qualguer. Esta €a principal or fem Go distanciamentohistérico entre o lito © um toto, in dicando que a prion todo texo aparece como indsterminado, pois mada permite esperar ua identidade snttcosemsnticn A Segura regra, porém, ix “o sentido de uma palsy em ura Aeierminada pssagem deve ser determinaéo apartr do conteto conde ela ocore™ O pressuposto agul € que “cada parte dod ‘curso, material ou formal, €indeterminada er a? e que a de terainacio do sentido preciso de uma parte depende de su ‘omelago com as cutras partes concomitaniesPortanto,"0 seme {ido no es nos elementos iscados, mas apenas em sua cones: tenagdo™, 0 que significa dizer cue seatid do conunto no € ‘mera soma dos significado dos elementos, Seia uma para fou uma frase, quando isolada ela tem apenas um sgpiticado (edoutung) indeterminado © indefinige (miltipo); ela tere ‘um sentido (Sinn) preciso, portato, um sent univoco, quan 98. 1, Cad 6868 38 Hom p15 Casta 78060 do extverno interior de um conjunto de frases coordenads, ‘qual deliita im snico uso dente os véris possvee Um discarso,porén, também representa uma aco indi dual do sea autor (Tet seines Uvhebers) Sob essa perspectva, fo fator objetivo (a linguagem) aparece unicarente como um ins trumento maniplado segundo regras subjethas. A recuperagio do momento subjelivo de um discrs, a interpretaio psc sea procra compreender “como auc opera mangas" ou 1 seu mode de uso partiolr®, sta ¢ a outa fone de est ‘havent enzeoleitor eo eto, Peis sea linguage taz em si lume indeterminago ¢ nunca est dada simultaneamente er su totalidade, nao se pode saber a prort como um individu auti- :ai".0 modo de emprego individual, o esti no pode ser on truldo a prior. O seu conedte tem que sex construido caso 2 ‘aco, Por fim, dvese notar que a interpretagio pscogiea de ‘modo algum conssteem um tipo extralingistic de apeenséo do autor e seu pensamento, pisos “fos do pensarento’ td. ‘ue se manestar como “mod ficacée da Inguager™. També ‘para a interpreta psleotgica vale que “tudo o que pode ser fam problema yar a hermeneutia ¢ parte de uma frase. Em ambse as perspectives a compreensio nao estégarar- tida de antamaa eenvolvese em cculardades"” que se sobre: poem, produzindo indeterminagies elimindves apenas sob o imp ote ee (8. ldenp 18, Widen pI don pt, 5-7 or ol re oem net ee a {211 fstab Yc dn sa: ne atc dem pl am nfs wt in han ene scare sere onde ‘ital ae ange ee netomat dona Cena came (eel gr cs ore et nia aR rhc deen (cs ponto de vista de un procedimento infnitamentereterado, fetivacio da compreensdo ojetivaesubjetiva sempre ¢ prox Seria, Pos, um disurso dado € 0 produto do entrecnizamento a “totaidade da linguagem” (Gesamthet der Sprache} e da “totaidade da vida do autor" (Canzen eines Leben), as guais nunca se dio ntelrae siputaneamente Schleiermocher esta belece dis métodos de elminagio do estranhn: 6 dvinatério 0 comparativo. 0 método dvintirio “husca apeeender a ind- ‘ival imediatamente™,enquantoo comparativo parte do gen rico e procua detectar o particular por contrast, Entetanto, essaadhinhagao do que o outro quis dizer ou pensou numa dads useage ‘akanga a sua cartera apenas atravee da comparagde, sem a qual cle sempre poderé ser fantasioso, de tal modo que “os deis nto podem ser separades um do outrc™, pois a com aracdo pressupoe sempre ji uma précempresnséo imedita do que serécomparado, ‘A apreenséo do pensaments do outo, logo, compreensio ‘correta do discurso alfeio, se realiza aavés da compreensio da Iinguagem em aue ele expressou 0 seu pensamente. Nao ht ‘trai de acezzo a0 que 0 outro quis ier Seno o seu discu- 0, ou sea, seu uso de uma inguagem para expessar alumna cis 20 owinte. 0 que se pressupse e 9 que se enconta em Ihermenuica € apenas tinguagen (doch am Ende ales voraue- ausetzende und alles 2 findende Sprache is), Mais anda, “9 resultado da operagio hermenéutica &novamentelinguasemn™. Nos tres casos, notese, mio se trata da Hnguagem em feral mas ‘sempre de uma linguagem utlizads, loge, de um decurso.leto significa estabelecer a linguagem enquanto discursa como 0 objeto, o instrument © resultado da hermentutica.Por so B, Rosser pode justamentsafirmar que “apenas em Schleier -macherseencontra waa concepio (da hermenéstica) que tem xeon 90 a pretensSo de ser una tooia da compreensio das expressbes Tinguisticae™, am contrapesiios concepges de Dithe He dogger e Cadamer No obstante so, a ecepedo do pensamen- ‘ode Schlieriacher fi deciidamente orentada pel idea de interpretagia psicol6eica ¢ principalmente, pela nogio de “ientifiagao empatca’ com o autor. Praticamente, powcos lenbraram que ecea aproximacéo assitiica ao autor do dis cuneo foste mediada pela linguagem, e que 2 “dentifcagao ‘objetivaesubjetiva com o autor, exis por Seheirmacher, fesse sempre j6 mediada pelos seus exerts e relatos de sua vi «epoca, No entant, o objetivo final de sua hermengut- a antes a compreensio do autor nao apenas a compreen- fo do texto enquanto texto, o que determina o enfoaue teorico da hermensutica romantica como psicoléico. 5. Origem dos textos traduzidos Schleiermacher, de 1805 a 1833, ministrog cursos reel res de hermendutica, dos quals nes restam um eanjunto de Imanuscrite, notas par cursos e dscurses aademucos. A pr tneia publicacdo desees textos ocoreu em 1838, sobs cuida- dds de Friedrich Lack, diseipalo e amigo de Schlelermaches, to VI yolume das obras comploas, com 0 titulo Hermencuti& tund Kitt mit besonderer Beziekung auf das News Teste: tment. Esta etico tem por base um manuscrito de 1819 eano- tages dos cursos redigidas por estudantes.Arecepcio cissica To pensaments hermeneution de Schletermacher ocomeu apstir dese obra. Em 1977, Manired Frank reorganizou ¢ editow tama nova versio da edigia de Lick acrescenando novasano- tagoes do préprio Schleiermacher ¢ um complemento com nove tests extaidos de outras obras. in 1859, Heinz Kim- itr din pcan Meme ners nncipis Denne wed Solatmecs en, rw sh merle, orientado por HG. Gadamer, reeditow os manuseritos oFitinas sb o titulo Hermeneutik éebando de lado as anole es dos estadantes. Além dos manuscritos da odigio de Licke sao acrescentados alguns fragmentos indies, bem como 05 “Discursos acadbmicos” antes publieadas em um volume dife rente. Na intyoduclo de sua edi, Kimmerle expicacs titulos. 4 origem dos seis manuscrites publcadas: 1) "Os aforismos de 1805 ¢ 18007 texto manuscrto de 16 paginas, intiuledo “tur Hermeneutk 1805 und 1809", constitu de pequenos aforsmns. A sia redagio corresponde ao primero curso de Inermentuticae contém ja divisso:intradugze, primeira parte segunda part; 2) “Hermenéutca, primeite projet: texto de 17 paginas, sem indicacio de data. Tratase de anolagies da segunda versio do curso ¢ provavelmente fo ediido em meat des de 1800-10, contendo mtrodupio geralea primera parte sobre a interpre!acio gramatical 3) “Hertnondutica, expoigto abreviada"; manuscrito de 44 péginas, de 1819, intitulado “Hlermencutik’. Ese texto foi a base da eigao de Lice: 4) “Segunda parte. Da interprotagio ténica’: manuscrte de 8 gina, intiulado “Zweter Te. Von der technschen Inter. pretation, redid provavelmente em 1926.27; 5) "Diseursos cadémicos’ texto de 17 piginas,ititulades “Uber den Bee serif der Hermeneati, it Bezut auf PA. Wells Andeutungen lund Aste Lehrbuch’, Tratase de dois discursos proferidos na plenivia da Academia de Ciendas da Prussia, nos diag 13 de agnsto e72 de outubro de 1829, 5) "Notas marginals de 1832- 3": constituldo pela reunido das notas actescentadas por Schleiermacher aos textos de 1819 e 182627. A presente traducio apresente tes textos da edicéo de Kimmel, 2 aber, @ texto de 180910, contendo a “introds lo" ea “primera pare" 0 teto de 182527, contendoa “Fegun- da parte’ eo teio de 129, contend os "Dicurses acadbcos” Apresentamos 0s textos priorizande os “Discursos académ cos", uma ver que eles consttuem os tinicos texts que foram proparados pelo autor para uma exposigio publica, Desse ‘modo, pensamos tornar a letura mais acessivel A edigio de immerlecontém um aparato ct, vsande distingueo tex. to manuserito original das anotagies posterior, bem como as corregbesintroduzias pelo editor. Nos mantiveros estas ind ‘caghes entre colcetes ({., que indica agora apenas as anc lacies e correges do préprio Schlefermacher, cam excegio as notastipogréfieas ave foram acitas e incorporedas 20 ex ta Mantivemes, em pé do pagina, as frases ¢passagens subst: tuldas Os textos originals nlo foram preparados para uma ‘edlgio por parte do autor ¢, por isso, contBm indmerasfllas nn pontuagdo e ortografis como também vria frases inacabse das e palavasilegives. A tradudo conserva esse crater © somente foram eceitas aquelas corregdes propestas por Kin meri reativas& ortograiae& pontuagdo. O nosso objeto fot ‘0 de propicar um primeira contato com os textos hermenguti- ‘os de Schleiermacher. Nessa perspectva, a versio agui ape: sentada constitai um exerico de aproximagio cpretende ser lum convte & discussio e& interoetario do pensamento de ‘Schieiormacher em particular, ¢ da hermentutia em geral Firalmenta, of meus agradecimentos vao para 0 Professor De HansGeorg Rickinger, pela orientagbes e conselics que ppermtiram a realizago deste trabalho, e para Sandra Helena de Souza par seu apoio incondicional, Cole & Bride "loianopots, 1995, L- DISCURSOS ACADEMICOS [1829] Sobre 0 coneeito de hermenéutica, com ‘teforéncia As indicagies de P-A. Wolf e 20 Compéndio de Ast a (ides em 13 de agosto de 1829] [Muitas' tales a maiora, dos aividades que compem a vida humana suportam uma gradagio tipi em rélago 8 ma. ‘eiga como ela 40 executadas:uma,o demodo inteiramente rmecinico e sem espirto; out, se apSia em uma rigueza de ‘experléncas e obtervagbes¢ inalmenteeutre que, no sentido literal da palo, o & segundo as regras da dscpina. Entre eas me parece inclurse também a interpreta, desde que 1 Aven da ai ta “sry ma cu eae ees ae {nce postin sm nur Caley bus nana eomegean peg cvar daw fom ee aa ree ‘ola qotns hos pecine cae atone natat nor Did rsa eset wn agen cen a {ot qade radon enutierapralennn ean hh ‘ita tne s teas hs pias cpa cann pa ‘mena te Sane ede er ne en i eo ‘ini rl moins obs aber nngeme e dara eats Casas reenter Gea ‘ves tmarcnoweiguseaial ener peurote {sesame tnaran cars sires weweatasee ‘regen ieraerstfona eu saute Bd Fierro oni Sr ened Wok eer sn ane dee ‘hts ea enon fea repes ses eect as ‘ght roms ova pe tun Fa pode ares {reruns erect enor ee on Ips nets popeae nm chp udm ompr en a Tatued atest tread tc ne cna ‘Detar sansa promise ce gulch nema {mms sin opt se ear eee eee Pnfar un gucrs pe vss sega i ote don ps ‘ocun eogiesobe ss popes omc sets Ista ses bate ‘nubsumo sob esta express toda compreensao de discarso ex tranho A primera e mais elementar encontramos néo apenas ctidtanamente no mereade publico ena rua mas também em ‘muitos ctculs socials ende se trocam modos de falar sobre assuntos comans, tal que o falante quase sempre sabe com ceria o que o seu inteloeutor responderd 2 fala aanhada fe devsvia como una bola A segunda parece sero etieio n> sual neem geral estas, Assi & praticada a nterpetaio em rosea escolasefaculdades, eos comentérioseslarecedores dos fldlogose teflogos ~ pois ambos tim o campo prevamente cul tivado =, contém um tesoure de observagies e iformagdes ‘nsrutivas, as qusisprovam sufiientemente o quant ees 530 ‘erdodeirs artistas na interpretagio, ao passo que seguramen te a0 lado dele, ecbre 0 mesmo assunto, em parte nas passa ens mais éiiceis, emerge o male sehagem arbre, em parte 8 mediocrdade pedarte insensivelmenteorrte ou tolamente ‘eturpa o mais bela. Mas, aolado de tos esses tesouras aquele (que precisa execer este trabalho sem se colocar no nivel dos artistas indiscutives e,além disso, a0 mesmo tempo deveré ne Interpretagio mostrar © caminbo a ume juventude dvida de saber e the dar as dretivas, este enerimenta 0 deseo de uma instrogdo tal que, come metodolodia propriamente dita, nie somente que ea sia © fruto sempre alcanjado dos trbalhos ‘magistrais dos artistas neste dominio, mas que ea exponha também sob uma forma adoquada e ientiien toda a extersio ca razbes de ser do procecso, Bumnesm fut evade a procurar uma fal introdugio, tanto para mim mesmo como para meus covintes, quando pela primeita ver eu tve que fazer cursos de interpretagio, Mas fol em vio. Nio apenas 3 quanitiade nfo insignficante de sumas teldgicas ~ mesmo sealgumes dentre ‘lat, como o Into de Ernest foram corsieradas os produtos de uma escola floldgica distinta ~ mas também 9 Deaueno ‘nvmero de ensaios puramente iokgicrs deste sénero néo pa. recem ser sendo colecbes de regraspartculaes reunidas por Ineio destas observagies dos meses, algumas vezes clara: mente definidas, outras beirando &indefinigao,aranjadss ora falar de conhecimento necessino, Se nés avangamos & pensamos em como & sempre dial demenstrar, ras grandes partes de um conjunto, oencadeamento dos pensamentes, € apreseniar es suplementos escondios © insinuages por assim dizer pedidas Ent, [no importa coments, como Wolf © apresenta, 2 reuniaa e a ponderacao minusioss dos moments histrkos, tas nso adwvinhar 6 modo de corbinagio individual de um autor, o qual tra, endo diferente, na mesma posi histirica ena mesina forma de exposicia,oferecido um resultado wife rente, Nas coisas dss tip, eontudo, a convcgdo pessoal pode ser muito firme e também se comuniarfacimente aos compa heros de mesma opinio ¢ procedimento; mas, procurarsela ce véo impor a iso a forma de uma demonstragdo. E de modo algum isto & dito para denegrir fais deseobertas, mas neste oraino vale antes admit a pala, alts muito paradora, de um eérebr excelente que sempre vem nos salvar, a saber, que afirmar ¢ bem mals do que prova.Tratase de ws tipo de es- tera interamente diferente. também ~ como Wolf elogia na cerleza cftica ~ mais divinaria que surge quando o intérpre- te peneiza tanto quanto possvel ma interadisposiqdo do ext tor [por isso, ndo ¢ rao que as coisas se passer aqui de fato como o rapsode platoics' por si mesmo, e muito ingentamen- te, camfessa: que ele € capur de foroecer uma excelente exp cago de Homero, mas cue para um outro poeta ou prosador ro pretende ter nenhuma iurinacdo verdadeia, Visto que, em tudo o que nio depende apenas da lingua, mas ‘ambem de algum modo da stuagao histriea Go povo da época, «ints. prete pode e deve se mostrar er tudo igualmente excelent, se dle tem a disposigao a extensio adequada de conhecimentos. Naqullo que, a0 contréio, depend da exata concepgdo do pro- ‘esto interior do autor, no momento do esboco« da composi io, maquilo que é produto de soa origimalidade pessoal na lingua do conjanto de suas relagdes, mesmo ointérprete mas hndbil nao terd sucesso perfitosenio para os autores que lhe ‘so mais aparentados, apenas em seus autores favorites com ‘ quais ele ests mais familiarizado, assim como na vida nés ating mes melhor este resultado com os amigoe mals préximo, mas para os outros escrtores ele se contentardnesse domino menes consigo mesmo, e ngo ter vergonha de pei case 's oulras pessoas do ramo e que estio mals préximas desses ‘escritores Poder seis ser tentade a pretender que toda pritica interpretativa devetee ser dic, de tal maneira que uma ‘ategoria de intérpretes, mals onentada para a lingua ea his: Uirla que para as pessoas, exaninasse de marvel igual todos fos escritores de uma lingua, mesmo se alguns deles se impu: ma fon 6s 008) ‘este me numa zona e outros em uma outra; mas uma ou tra categoria, mals orientada pela observacdo das pessoas € ‘considerando a ling apenas como meio plo cual aquelas s¢ fexpressam, a hstna apenas como modalidades sob as quais ‘las exister cada um selimitando unicamente aos autores que ‘maie voluntariamente ce abrigsom a cle. E é pesivl que sea ‘assim de fato, mas, visto quea sua ate no se dea comunicar Uo hem através de discusses, estes iltimos no se distinguem tanto publcaments, mas usuiruem em sisi o prazer dos seus frutos. Que também Wol,nio obstantenéo tena perce: bido exe aspect, reivindicou| ao menos em parte, para nossa iciplina (uma certeza mas divinatoria que demonstrat, & fo que se segue de outras passages € ua dessas merece um ‘exame mais preciso, ‘Seem seu Compéndio o Sr. Ast [edne. com efit, amas ‘com as outres, sem hes [associar} outa coisa, a gramatica, a Ihermenéuticae a erica, como conhesimentes complements- re, agora, como nao temos dlante dens sendo um apéndice, 1s do apreendenes exatamente como elas se relaionam en- tre si Wolf também nio se satisfaz com este teva, enguanto rganon da cignca da antighicade, ¢ associa a le ainda aha: bilkdsde do estilo e a arte da eomposisio, ea métria antiga também faz parte dste conjrto por causa da poesia. Conti 60, 3 primera vista, isto & muito surpreendente. Por minha parle eu esariasatisfeto se conseguisse. 20 menos, logrer 2 habildade no estilo antigo ~ ese tata deste somenta, da cont ‘pesigio nas linguas antgus ~ apenas como 0 frutotardio de ‘um Tonga pritica na clncia da antigildade Pols, devese ter ‘ivdo no mando antigo tanto e também vigorosemente quanto no presente, [devesel ter consciénca viva de todas as formas ‘que exitencia humans de entio eda constituiga particular dos objeto ercundants, rara realizar mais qué a maori, € fazer um elogante trangado com as frmulasrecTida, para configura efetivaments em representagies gregss ou roma ras, agile que nosimpressiona no rosso mundo atl ent3o resitur aguas representagSes sob um aspecto mals antigo posse Como, entéo, Wolf vera nos exigir esta art, como prego de acesso aos santairos da cénca da anigidade? B, ‘no, por qual va honesta n6s jo deveriamos te conse do? Se no hi paca isso meios mgios, eu nso vejo sento a tradigso e uma aqulsgao fez, no meramente imitatha, mas también divinatria, do procdimento daquees que possuem, ‘er lima intancia, esta habildade apenas engusnto irate de ‘seus estudosE isso nos cordusiriaa um belo dcculo,poisnés rio podemos, como ¢ 0 caso éa ninterupia ordem apostolic, fazer derivar 0 nosso astlo em latin ~ e para esse fim nos deveriamos ter necessaiamente também um estilo rego ~ ds ‘ques que nao tioham ainda oatra Kngua materna que estas duns e, portant nfo possuiam a sua habiidade devido a um tal estudo, mas & vida imetsta [Do mesmo modo eu nio are. <éitana encontrar aqui a métrica diane da porta ea me parece pertencer, como ums parte ascencial da teora antiga da ate, fquelas Uscplinas wats inerentes a gnca da antgidade, na redid em que, asscciada & miisicae também estritanente & podtica e trazendo consgo a teoria do ritmo da prosa € da declamagio, representa todo o desenvolvimento nacional dos temperamentot na cariter dos movinentas conformes 3 arte. Agora, entretanto, dekemes a métric: mas, no que con ‘cerne 4 habiidade prdpra na composigio antiga a verdadira chave desta exigincia wolfana€ sents Ele mio exge ea habilidade imeditamente para as disciphina intermas da cen- ‘39 da antighidade, mas antes para 2 hermeneutia, para fins de compreensio corretae completa na sentido elevado de pox lavra,e também para 2 artca se bem que ele no acentue partcularment, mas sto se entende por si, Bem como para a ‘métrca, De serte que o seu acesto 20 santusrio da eicia da antiguidade novamente consste de dois degraue: 0 interior ‘onsite na gramitica, a qual ele coloca igualmente com fun damento da hermentatica eda crica, a0 lado dea, ahabil- dade do estie: a hermentutica e » cca formam 0 degrau ‘superior. Agora, como Wolfapresent a gramética em um estilo, ‘superior, mio com as dimensbestruncadas que ns poderia: mos ergir de alunos 20 téemino de su excalardade, do mes- ‘ma mode ele nia entende certamente por haildade de esto a redagio latina, tal como esa sedi nos ices, com iitacdo hb eaplicagio do conhecimento gramatical: mas & certo, por outro lado, que 9 auténtico manussio antigo das dus linguas ‘numa exposigio original interamente Inte seria goificado apenas para aque que percorreu toda a extensio da etnias da antgaidade Este grande homem poderia estar pensando fem oulra coisa que 0 conlecinent, tornado vivo grasas a0 exericio, des civersas formas de exposigio e dos limites ¢ I+ berdades que lhe «io proprias?E este conhvecimento tem cer tamente uma grate inluencia sobre aquele lado da arte de interpretar menos suscetiel de demansteagso, vida mals para aatividade espiritual do escrito; se uma nova intligém ‘Ga nos &justamente aerta acerca disso, sm divide Wolf dove ter também integrado este aspecto & sua imagem da inter- pretagio, metme so na exposigto ele rao transparece com uma igual evidencia. Bas a questo @ essencslnente esta Se nds vemos dante de nds as diferentes formas da ate da oratria csdiferenkestipos de esilo que se desenvalyeram numa lingua, ‘efinidas igualmente para as fedazies cientfieas e pratcas, centao,clavamente toda a historia daIteratura se decompoe em ois periodoscpostes, eujoscaraceres igualmente se epeter depos, porém, de uma mansira subordinada © primeiro & aquele em que esas formas se constituer stadualmente; © out & aque em que elas dominam, e se 2 tarefa cz hermendutica contite em reconstrair do modo mais ‘completo 2 itera eolugio interior da athidade compositora do escriter, enti, também &extremamente necessti saber & ‘qual des dois periods ele pertence. Pos, se ele pertenee 30 primeiro, cle eatava cr toda esta atividade puramente nele ‘osm, © entio se dedi aintensdade de sua forea prod tivae sua ong naling, que ele nao produ somenie obras fsoladas, mas que ua tipo fxo na loguanasce em parte com fe por ele. mesmo vale, mas secunderiamente, para todos agules que ao menos modiicaram estas formas de mancira particular, e chegaeam a elementos novos ou fundaram nelas ‘um outro estilo Ao contri, quanto mais um excritor pert. ‘ee a0 segundo periodo, ele nao engendra a forma, mas compde ce trahaa [nesta ou naquel] forma, tanto mais precisamente se deve conhecer estas para © compreender interamente em sun atividade Pois, desde o primero eshoco para uma deter- rinade obra, também ce desenvolve nel a forga ordenadora da fora fixada, ela colabora strats de suas medidas gerais 1a ordonacao e na reparticao do conjantoe, através de suas ‘eis particuares, de um lado, fechando para o poeta um dom ni da lina assim Lanbém una deterrinada modicasio das representacdes, bem como abrindo umn outro, modificando assim no detalhe ndo somente a expressao, mas também ain ‘vengae, que os dels nunca se deszam separarintlrament= ‘um do oot. Aquele que, aa empresa da interpretagdo, no pereebe corretamente como a corrente do pensamento e da poesia de alsuin modo se choca com as paredes de seu lito € ‘ieocheleia¢entio drgese em um sentido diferente daquele ‘que teria tomado espontaneamente, es ja nio pode com Dreender corretamente a marcha interna d2 composigao, me- nos ainda atrbuir a escritor mesmo o seu verdadero har. [em referéncial& sua telacio com a lingua e suas formas. Ele ‘nfo perceberd como un autor tana 4 lingua, de modo mate forte e completo, imagens e iis que #8 atuiwar nae, c389 tle nde estivesse limitado por uma forma que entrava em con- nalidade pessoal: ele ni saber também apreciar no seu justo valoraquee que nio teria sade fazer algo de grande neste cu naquelegénero, caso ele rie estivesse sob a potencia potetora e direorada forms, que 1 fecundava na mesma medida em que o protege, ede aaas fle ndo acentuard suficientemente aguele que se move na for ma estabeecida sem se choca, to ivvemente como see pré> io fesse adora eriéla pala primeira vez Esta percepgao da relaggo de um autor com a8 forsas ji estabalecdas na sua literatura é um momento ti importante {a interpretagZo que, sem ele, nem o conjunte nem 0 dete podem ser compreendides corretamente. Mas, certamente Wolf tem intirarazdo: que € quaseimpossiveladivinhar cor- relamente, se nio se fem experiencia pessoal, como ce pode, rmantendo-se sob bites determinados eregras elida, tabs ‘har com a linguagem eltar contra ea Verdade € que, como squase em toda parte, agui também o procedimento dvinario ‘¢0 procedimento comparativo estio contrapostos, mas aquele ‘nto pode ser substitudo interamente por ete. De onde provi ia, enzo, o ponto de pata para o procedimento de comps: ragdo, se ele nio fosse dado nas tentathas pessoas? Bassin se expica,igvalmente, como a métrica encontra aqui o seu har, pois a medida das slabs € para toda composicio podtica Juma parte da forma que condicona de maneia essencial 2 escola das expresses, bm como em parte 0 lugar da idlas fe que, inloencia que esta exerce, aquelasrelagbes se 430 a concer da waneia mais clara, Todavia, come esiarelagao do conteido e da forma & no essencial € no eral, mesma para todas 2s linguas que possam estar em questio aqui, eu ins ‘rei menos que Wolf sobre a obrigazio da se adqulrir a prtica, necessiria 8 interoretaczo, precisamente nas Inguzs antigas ‘das mesmas B, tcdavia, se asim devesse ser, eu nio comreen- devia corretamente por que, ena lingua romana deveria ter oficio ¢2 capacidade de substitura dregs. Mas eu prefto antes cuprimir uma consderagso que se impoe aqui sobre o cardter que tas exericios sempre ter30, quando nds em pensamento os transferimos para a Iiteratura ds lingua era questo pare deservoler, partic do que fi dito em iio lugar algsmas dedugdes ndo detituidas de impor- tanca”, Com efeto, se em todo exericio desta arte se tem também conscléndia dos dois métodos, «divinatéro eo com- parative e iste, como eu penso, d2 wna maneira tao geal que {de um lado, 16s possamos compreender tudo também ime tamente, na qual nenhuma das atvidades especiis intermedi vas oe diinguem claramente, como uma aplicago e reuniio absoluta dos dois, mas quate (sem ccupar tampo perceptive) de ovtro lad, também as aplicaySes mais ccmpliadas da arte no nos apresentam nada diferente do que wa passage cons {ante de um método 20 outro, a qual deve e apreximar mals € ‘mais de uma coinsianca dos dois métdes no mesmo resto. do, iotico aque instamaneo, se deve surgr ao menos alau- ma satisfagio. Quango a dierenga acima indcada entre o ado ‘mais ramatical, que vi & compreensdo do discuro, partido a totaidade 2 lingus, 2 0 lado mais psicoldgeo da inter pretaglo, que visa compreensio do dscurso comm wn ato da rovlugdo continua de ios, esteja ti bem fonda na tarefa mesma, de sorte que em toda compreensio completa athos overdo igualmente estar completes, e que cada operacio com: poet, porsm, dertinadaa conduit a ete fim, dover cegur do ‘modo fl que o que acontece de ut lado se complete poe 0008 passos na outro lado, Se € assim, entbo surge a questa se 08 {ois métodes também valem para cs dois lados mencionados, 0 se cada método & apropraéo a um inico dos dis. Quando, portants, pelo lagar que ele di 2 métrea e & habldade ma. ‘omposigso, Wolf procura,ecbretudo para o lado mals peal ico da interpretacdo, uma base sbrea qual épossve! eiiar apenas um procedmento comparativo sera assim sua opinito (que 2 out face mas gramatical de interpeetacio devera ser, princpalmente, fomentada pelo método divinatsio? 0 eeu encaio no ¢e propée a reeponder iso imediata ©

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