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¢ ¢ CENGAGE ** Learning” Ciéncia e Engenharia dos Materiais Donald R. Askeland University of Missouri — Rolla, Emeritus Pradeep P. Phul University of Pittsburgh Tradugéo Vertice Translate All Tasks Revisao técnica Gloria Dulce de Almeida Seares Professora da COPPE — UFPJ Engonheire Metakirgica D. Scem Engenharia Metakirgica e de Materiais - COPPE - UERJ Ivan Napoledo Bastos Professor do Instituto Politécnico ~ UERJ Wagner Figueiredo Sacco Professor visitante do Instituto Politécnico - UERJ s)) CENGAGE «© Learning® Australia» Brasil «JapSo + Coréia + México Cingapura « Espana + Reino Unido - Estados Unidos cumario Preficio xv Sobre os Autores xix Capttulo 1 Introducdo & Ciéncia e Engenharia dos Materiais 1 Introdugéo 1 1 O.que 6 Cigncia e Engenharia dos Materiais? 2 -2 Classificagdo dos Materiais 5 3 Classificagao Funcional dos Materiais 9 1-4 Classificagao dos Materiais com Base na Estrutura. 11 15 — Efettos Ambientais @ Outros Eleitos 12 16 — Projetoe Selegao de Materiais 14 AESUMO 1S mm GLOSSARIO 16m PRORLEMAS 17 Capitulo Estrutura Atémica 19 Introducao 19 21 Estrutura dos Materiais: Relevancia Tecnolégica 20 2.2 Estruturada Atamo 21 2.3 Estrutura Eletrnica do Atoma 27 24 ATabelaPeriddica 28 25 — Ligagdes Atomicas 30 26 — Energia de Ligagao e Distancia Interatémica 38 AESUMO 40m GLOSSARIO 41m PROBLENAS 43 Capitulo 3 Arranjos Atimicos elénicos 46 Introdugao 46 Ordem de Curto Alcance x Ordem de Longo Alcance 47 Materiais Amorfos: Principios e Aplicagdes Tecnolégicas 49 oe vii viii SUMARIO 33. Redes, Células Unitarias, Bases e Estruturas Cristalinas 50 3-4 TransformagSes Alotrépicas e Polimarficas $8 35 Pontos, Diregdes e Planos na Célula Unitaria 59 36 Intersticios. 69 3-7 Estrutura Cristalina dos Materials |Onicos 71 38 Estruturas Covalentes 74 32 Técnicas de Difragao para a Andlise de Estruturas Cristalinas 75 AESUMO 77 mm GLOSSHNIO 77m PROBLEMAS 80 Capitulo 4 Imperfeigdes nos Arranjos Atmicos elénicos 84 Introdugao 84 41 Defeitos Pontuais 85 42 Outios Defeitos Pontuais 91 43 Discordancias 92 4-4 Importancia das Discardancias 99 45 Leide Schmid 100 46 Influéncia da Estrutura Cristalina 101 47 Defeitos Superficiais 103 48 Importancia dos efeitos 108 AESUMO 109m GLOSSARIO 110m PROBLEMAS 2 Capitulo 5 Movimentos de fitomos e fons nos Nateriais 115 Introdugéo 115 5-1 AplicagSes da Difusto 116 5-2 Estabilidade de Atomos efons 118 5-3 Mecanismos de Difusdo 120 5-4 Energia de Ativago para Ditusio 122 55 Taxa de Difusdo (Primeira Lei de Fick) 123 5-6 — Fatores que Afetam a Difuso 126 57 Permeabilidade dos Poiimeros 132 5-8 Perfil de Composi¢ao (Segunda Lei de Fick) 132 5-9 Difusdo e 0 Processamento de Materiais 136 AESUMO 138m GLOSSARIO 138 m= PROBLENAS 1 Capitulo 6 Propriedades Mecanicas: Fundamentos e Testes de Tracdo, Dureza e Impacto 143 Introdugéo 143 6-1 Importancia Tecnolégica 144 62 Terminologia das Propriedades Mecdnicas 145 SUMARIO ix 63 Teste de Tragdo. Uso da Curva Tens&o-Deformagao 180 6-4 Propriedades Obtidas no Teste de Tragéo 164 65 —_Tensdoe Deformagao Verdadeiras 160 66 Teste de Flexo para Materials Frageis. 162 67 Dureza dos Materiais 165 6-8 _ Eleitos da Texa de Deformagao € Comportamento sob Impacto 167 €9 — Propriedades Obtidas no Teste de Impacto 168 AESUMO 171m —GLOSSARIO 171 m= PROBLEMAS 174 Capitulo 7 Mecénica da Fratura, Fadiga eFluéncia 178 Introdugéa 178 7-1 MecénicadaFratura 179 7-2 Importéncia da Mecénica de Frature 182 7-3 Caracteristicas Microestruturais de Fraturas em Metais 185 7-4 Caracteristicas Microestruturais de Fraturas em Ceramicas, Vidros & Compésitos 189 7-5 _Distribuigao de Weibull para Andlise de Resisténcia a Fratura 190 76 Fadiga 196 7-1 Resultados do Ensaio de Fadiga 199 7-8 Aplicagao do Ensaio de Fadiga 201 7-9 Fluéncia, Ruptura por Tens&o © Corrosao sob Tensao 205 7-10 Avaliagao do Comportamento em Fiuéncia 207 AESUMO 209 © m —GLOSSARIO 209 =m = PROBLENAS 2 Capttulo 8 Encruamento e Recozimento 214 Introdugéo 214 81 Relagao entre Trabalho a Frio ea Curva Tens&o-Deformacdo 215 8&2 Mecanismos de Endurecimento 220 8-3 Propriedades versus Trabalho aFrio 224 4 — Microestrutura, Textura e Tensdes Residuais 224 85 — Caracteristicas do Trabalho a Frio 228 86 — Os Trés Estégias do Recozimento 231 8&7 — Caracteristicas do Recazimento 234 &8 — Recozimento € 0 Processamento de Materiais 236 89 TrabalhoaQuente 238 AESUMO 240 om GLUSSARIO. 240m PROBLENAS 242 Capitulo 9 Principios e Aplicacies da Solidificagéo 246 Introdugéo 246 9-1 Significdncia Tecnolégica 247 x SUMARIO 92 Nucleagao 248 9-3 Mecanismos deCrescimento 253 9-4 — Curvas de Resfriamento 269 95 — Estrutura Bruta de Fuso 260 96 — Defeitos de Solidificaco 261 97 — Processos de Fundi¢ao para a Produgao de Componentes 264 9-8 _Lingotamento Continuo, Fundigao de Lingotes e Crescimento de Monooristais 266 9-2 Solidificagao de Polimeros e Vidros Inorganicos 268 9-10 Unido de Materiais Metdlicos 269 AESUMO 270m GLUSSARIO 271 m= PROBLEHAS 274 Capitulo 10 SolugGes Solidas e Equilibrio de Fases 279 Introdugao 279 10-1 Fasese DiagramadeFases 280 10-2 Solublidade e Solugdes Sdlidas 284 10-3 Condigdes para a Solubilidade Sdlida llimitada 287 10-4 —Endurecimento por Solugao Sdlida_ 288 10-5 Diagrames de Fases Isomortos 291 10-6 Correlacao entre Propriedades Mec&nicas 2 0 Diagrama de Fases 300 10-7 Solidificagdo de uma Solugao Sdlida 301 AESUNO 303m GLUSSARIO 304 m= PROBLEMAS 306 Capitulo 11 Endurecimento por Dispersdo de Fases e Diagramas de Fases Eutéticos 310 Introdugao 310 11-1. Prineipios e Exemplos de Endurecimento por Dispersdo 311 14-2 Compostos Intermetalicos 312 11-3 Diagramas de Fases com Reagtes Trifésicas 314 11-4 Diagrama de Fases Eutético 317 11-6 Resisténcia Mec4nica de Ligas Eutéticas 327 11-6 Ligas Eutéticas e Processamento de Materiais 332 41-7 Solidificagzo do Sistema Eutético em Condigdio de Nao-Equilloria 334 AESUNO 335m GLUSSARIO. 339 m= PROBLEMAS 337 Capitulo 12 Endurecimento por Dispersdo, Transformacoes de Fase e Tratamento Térmico 342 Introdugao 342 12-1 Nucleagao e Crescimento nas Reagdes no Estado Sdlido 343 SUMARIO xi Ligas Endurecidas por Supersaturagao 347 Endurecimento por Envelhecimento ou por Precipitagéa 349 Aplicagdes de Ligas Endurecides por Envelhecimento 349 Evolugéo Microestrutural no Envelhecimento 349 Efeitos da Temperatura ¢ do Tempo de Envelhecimento 362 Requisitos para o Envelhecimento 354 Uso de Ligas Envelhecidas em Altas Temperaturas 354 Reagdo Eutetéide 355 Controle da Reagao Eutetdide 360 Reago Martensttica e Revenido 365 AESUMO 369m GLUSSARIO 370 m= PROBLENRS 371 Capitulo 13 Tratamento Térmico de Agos e Ferros Fundidos 376 Introdugéa 376 18-1 Designagao ¢ Classificagao dos Agos 377 13.2 Tratamentos Térmicas 384 13:3 Tratamentos Isotémicos 383 13-4 Témperae Revenido 387 13-5 _ Efeito de Elementos de Liga 391 13.6 Aplicagao da Temperabilidade 304 13-7 Agos Especiais 397 13-8 Tratamentos Superficiais 399 1 Soldabilidade do Ago 401 18-10 Agos Inoxidaveis 402 13-11. FerrosFundidos 406 AESUMO 412m GLOSSARIO 413m PROBLEMS 415 Capitulo 14 Ligas Ndo-Ferrosas 421 Introdugéo 421 14-1 Ligas de Aluminio 422 14-2 Ligas de Magnésio¢ Berllo 429 143 LigasdeCobre 431 14-4 Ligas de Niquel ede Cobalto 434 145 LigasdeTitanio 438 14-6 Metals Retratérios ePreciosos 444 AESUMO 445 m= GLUSSARIO 446 «m= PROBLENAS 447 Capitulo 15 Materiais Cerdmicos 450 Introdugéo 450 xii, SUMARIO 18-1 Aplicagées das Ceramicas 451 15-2 Propriedades das Cerdmicas 453 15-3. Sintese e Processamento de Pos Ceramicos 454 15-4 —Caracteristicas das Cerdmicas Sinterizadas 450 15-5 Vidros Inorgénicos 461 15-6 Vidro-cerémicas 467 15-7 Processamento @ Aplicagbes de Produtos de Argila 469 18-8 Refratérios 470 15-9 Outtos Materiais Cerémicos 472 AESUNO 474m GLOSSARIO 475 «m= PROBLENAS 476 Capitulo 16 Polimeros 478 Introdugao 478 16-1 Classificagao de Polimeros 480 46-2 Polimerizaco par Adigao e Condensacao 483 16:3 Graude Polimerizagao 486 46-4 Termoplasticos Tipicos 489 16-5 es entre Estrutura e Propriedades das Termoplésticas 492 16-6 Efeito da Temperatura em Termoplésticos 496 167 Propriedades Mecdnicas dos Termopldsticos 501 46-8 Elastémeros (Borrachas) 507 16-9 Polimeros Termofixas 512 16-10 Adesivos 514 16-11. Processamento de Polimeros ¢ Reciclagem 515 AESUMO S20 wm GLUSSAIRIO S20 am PROBLEMA S22 Capitulo 17 Compdsitos: Cooperacdo e Sinergia em Materiais 525 Introdugao 525 17-1 Compésitos Endurecidos por Disperséo 528 17-2 Compésitos Particulados 630 17-3 Compésitos Reforgacos com Fibras 535 17-4 —Caracteristicas dos Compésitos Reforgados com Fibras 540 17-5 — Fabricagao de Fibras e Compositos 547 17-6 Sistemas Reforgados com Fibras ¢ Aplicagbes 651 17-7 Materiais Compésitos Laminares 558 17-8 _ Exemplos e Aplicagdes de Compésitos Laminares 559 47-9 Estruturas Sanduiches 661 HESUMO S62 om GLOSSHQIO S53 mm PRUBLENAS S84 Apéndice Al 569 Apéndice B S71 SUMARIO. xiii Respostas aProblemas Selecionados $73 Tabelas de Conversdo 577 Indice Remissivo 579 Prefacio Esta edigao condensada de Ciénciae Engenharia dos Materiais resulta do sucesso da Quarta Edigdo americana de Ciéncia e Engenharia dos Materiais, publicada em 2003. Recebemos uum retomo positivo tanto sobre o contetido como sobre a abordagem intesrada que adotamos para desenvolver os fundamentos de ciéncia ¢ engenharia dos materiais, ao apresentar aplica- es e problemas reais ao estucante. O principal objetivo deste livro é fornecer uma visio ge- ral, porém concisa, sobre os prineipios da ciéneia e da engenharia dos materiais aos estudantes universitarios de varias disciplinas, O texto contém a mesina abordagem integrada da Quarta Edigéio, apresentando inicialmente aplicagdes reais, seguido dos fundamentos cientificos e dos problemas relacionados a esta area © contetido foi cuidadosamente selecionado, de modo que o leitor possa desenvolver ideias essenciais para uma solida compreensio da cigncia e engenharia dos materiais. Esta obra contém ainda novos exemplos de aplicagdes modemas com materiais avangados, como 6s utilizados em tecnologia da informagao, em sistemas de energia, sistemas microeletrome- cénicos com nanoteenologia (MEMS) ¢ tecnologia biomédica A abordagem concisa aqui empregada permite que os professores ministrem um curso introdutério a ciéncia e engenharia dos materiais em um semestre Acreditamos que, ao ler este livro, os estudantes perceberdo o quanto o tema ¢ interessante ¢ entenderio claramente a relevancia do que estio aprendendo. Incluimos varios exemplos das modemas aplicagSes de cigncia e engenharia dos materiais que afetam a vida dos proprios estudantes, Em nossa opinidio, se eles reconhecerem que muitas das maravilhas tecnolésicas atuais dependem do desempenho dos materiais de engenharia, ficardo ainda mais motivados a aprender como aplicar os fundamentos aqui apresentados Pilico-flvo e Pré-Requisitos Este livro foi desenvolvido para atender as necessidades dos estudantes de outras disciplinas ¢ formagdes em engenharia, que no a de ciéncia e engenharia dos materials, tais como as en- genharias mecanica, industrial, de produgao, quimica, civil, biomédica e elétrica. Ao mesmo tempo, fizemos um esforgo consciente para que seu conteitdo fosse adequado aos universita- rios que estio se especializando em cigncia e engenharia dos materiais, e também nos cursos diretamente relacionados aos materiais, como metalurgia, ceramica, polimeros e fisica aplica- da a engenharia, Neste sentido, a partir de uma perspectiva técnica e educacional, 0 contetido no foi “diluido” para atender a esse pitblico extenso, Assim, os assuntos apresentados $40 0 resultado de uma cuidadosa selecao de tépicos, com base em nossa andlise das necessidades e xv xvi PREFACIO no retomo obtido dos revisores, Evitou-se a apresentago de topicos aprofumdados referentes a propriedades eletrénicas, magnéticas, térmicas € épticas para manté-lo apropriado a um curso com uma abordagem essencial Este texto ¢ destinado aos estudantes de engenharia que ja concluiram cursos de fisica, quimica e calculo. O conhecimento de uma introdugao geral 4 Engenharia ou Tecnologia de Engenharia podera ser itil, mas nao necessario. O conteiido pode ser assimilado pelos estu- dantes que ainda nfo tenham concluide disciplinas de engenharia como estitica, dindmica ou ‘mecénica dos materiais, Recursos Incluimos varios recursos exclusivos: Seco “Voc® ja se perguntou?” A ilustragao de abertura de cada capitulo € seguida por uma segdio “Voce ja se perguntou?”, que traz questes concebidas para despertar o interesse do leitor, contextualizar o assunto e definir o escopo do que o leitor aprendera no capitulo em questo. Exemplos Acrescentamos muitos exemplos reais nos capitulos que abordam especificamen- te consideragdes de projeto, como temperatura de operagio, presenga de substancias coro- sivas, consideracdes econémicas, reciclagem e restrigbes ambientais. Referem-se também a matetiais tedricos ¢ célculos numéricos, como reforgo adicional para a apresentagao Glossario Todos os termos do Glossario presentes no capitulo aparecem em negrito na pri- meira vez em que silo incluidos no texto, o que permite uma facil consulta as definigbes fomne- cidas no Glossario final de cada capitulo. Respostas aos Problemas Solecionados As respostas aos problemas selecionados sao fome- cidas no fim do livro, para ajudar o estudante na resolugao dos exercicios de cada capitulo. Apéndices @ Tabelas © Apéndice A fomece uma lista de propriedades fisicas selecionadas dos metais, enquanto o Apéndice B apresenta os raios at6micos ¢ idnicos de alguns elementos. ‘As tabelas no fim do livro incluem a Conversao SI e Propriedades Fisicas Selecionadas dos elementos. Estratégias para o Ensino com este Livro E possivel abordar a maioria do contetido aqui apresentado em cursos tipicos de um semestre, Ao selecionar os tépicos apropriados, porém, o professor podera enfatizar alguns dos materiais (metais, ligas, ceramicas, polimeros, compésitos etc.), fomecer uma visio geral sobre eles, concentrar-se apenas no comportamento especifico on enfocar as propriedades fisicas. Além disso, o texto oferece ao estudante uma referéncia itil para cursos mais avangados de proces- samento, projeto e selego de materiais, Para os que se especializarao em ciéncia e engenharia dos materiais ou habilitagdes afins, as segdes referentes a sintese e processamento poderio ser discntidas com mais detalhes. PREFACIO xvii Suplementos Entre os suplementos para o aluno, podemos citar: + Uma pagina em inglés para os estudantes: www.engineering thomson.com. Agradecimentos E preciso ter uma equipe de muitas pessoas e trabalhar arduamente para criar wn livro-texto de qualidade, Somos gratos a todos aqueles que ofereceram apoio, estimulo e criticas construtivas durante a preparagao deste livro. Em primeiro lugar, gostariamos de agradecer aos virios professores que fomeceram um. proveitoso retomo a nossa pesquisa inicial para a Quarta Edicdo do livro Ciéncia e Bngenha- ria dos Materiais: C. Maurice Balik, North Caroline State University Deepak Bhat, University of Arkansas, Fayetteville Brian Cousins, University of Tasmania Raymond Cutler, Ceramatic Inc. Arthnr F. Diaz, San Jose State University Phil Guichelaar, Westem Michigan University Richard 8, Harmer, University of Dayton Prashant N. Kumta, Camegie Mellon University Rafael Manory, Royal Melbourne Institute of Technology Sharon Nightingale, University of Wollongong, Australia Christopher K. Ober, Comell University David Poirier, University of Arizona Ramurthy Prabhakaran, Old Dominion University Lew Rabenberg, The University of Texas, Austin Wayne Reitz, North Dakota State University John Schlup, Kansas State University Robert L. Snyder, Rochester Institute of Technology I. Rasty, Texas Tech University Lisa Friis, University of Kansas Blair London, Califomia Polytechnic State University, San Luis Obispo ‘YirLin Shen, University of New Mexico Stephen W. Stafford, University of Texas, El Paso Rodney Trice, Purdue University David S. Wilkinson, McMaster University Indranath Dutta, Naval Postgraduate School Certamente somos gratos a todos da Thomson Engineering por seu encorajamento, com- preensao e paciéncia ao permitir que este livro se concretizasse: Julie Ruggiero, John More e ‘Veno Boes. Gostariamos ainda de agradecer a trés pessoas em particular, por seus diligentes esforcos: a Bill Stenquist, nosso editor, que determinou 0 tom de exceléncia e proporcionou visto, ex- xviii PREFACIO periéncia e lideranga para a criagao de um produto de qualidade; a Rose Keman, nossa editora de desenvolvimento € produgao, que trabalhou longas horas para aperfeigoar nossa redagao € produzir un texto de qualidade desde as primeiras paginas do manuscrito até o produto final; e também ao Dr. Deepa Godbole ea Mayur Pangrekar, aos quais munca poderemos retribuir os grandes esforgos, 0 trabalho arduo e a dedicacao. Pradeep Phulé agradece particularmente a sua esposa, Dra. Tyotsna Phulé, e a seus filhos Aarohee e Suyash pela paciéncia, compreensao e estimulo. E grato a seus pais, Prabhakar € Pratibha Fulay, pelo apoio ¢ encorajamento. Os agradecimentos vao também para 0 professor S.H. Risbud, da University of California-Davis, pelo seu aconselhamento ¢ estimulo, ea todos os colegas que forneceram muitas ilustracdes de utilidade. Donald R. Askeland University of Missouri-Rolla, Professor Emérito Pradeep P. Phulé University of Pittsburgh Sobre os Autores Donald R. Askeland € professor emérito de Engenharia Metalinrgica na University of Missouri-Rolla (UMR). Obteve seus titulos académicos na Thayer School of Engineering do Darthmouth College e na University of Michigan antes de iniciar como docente na University of Missouri-Rolla em 1970. Ministrou disciplinas de engenharia de materiais ¢ de produgio a estudantes de diferentes habilitagdes. Recebeu diversos prémios por exceléncia em ensino e consultoria na UMR. Atuou ainda como professor titular na Foundry Eductional Foundation € recebeu varios prémios por seus servigos a essa organizagao. Suas atividades de ensino e pesquisa foram orientadas principalmente fundi¢ao unidio de metais, em particular pelo proceso que utiliza modelo de espuma polimérica, e resultaram em mais de 50 publicagdes e diversos prémios da American Foundry Society por seus servicos ¢ trabalhos publicados. Pradeep P. Plulé é professor de Ciéncia e Engenharia dos Materiais na University of Pit- tsburgh. Juntou-se a esta universidade em 1989, tendo sido promovido a professor assistente em 1994 e a professor titular em 1999. Recebeu o titulo de Ph.D. em Ciéncia e Engenharia dos Materiais pela University of Arizona (1989), além de um B. Tech (1983) ¢ um M. Tech (1984) em Engenharia Metahirgica pelo Indian Institute of Technology Bombay (Mumbai), na india E autor de quase 60 publicagdes e possui duas patentes registradas nos Estados Unidos. Recebeu prémios de pesquisa da Fundagao Alcoa ¢ da Fundagao Ford. O Dr. Phulé tem se distinguido como professor e educador e foi recentemente incluido no Faculty Honor Hall da University of Pittsburgh (2001) por servigos ¢ docéncia excepcionais. Entre 1992 e 1999, foi Membro Sénior da William Kepler Whiteford Faculty, na University of Pittsburgh. De agosto a dezembro de 2002, atuiou como pesquisador visitante no Ford Scienti- fic Research Laboratory em Dearbon, MI. Suas principais éreas de pesquisa envolvem sintese quimica e processamento de materiais ceramicos, ceramicas eletrénicas e magnéticas, além do desenvolvimento de materiais e siste- maz inteligentes. Foi presidente do Ceramic Educational Council (2003-2004) e é membro do Comité de Programas da Divisio de Eletronica da American Ceramic Society desde 1996. Exerceu ainda o cargo de editor assistente do Journal of the American Ceramic Society (de 1994 a 2000) ¢ tem sido o principal organizador de simposios sobre ceramica para processa- mento sol-gel, comunicagdes sem fio e estruturas e sensores inteligentes. Em 2002, Dr. Phulé foi eleito Membro Sénior da American Ceramic Society. Suas pesquisas tiveram 0 apoio da National Science Foundation (NSF) e de outras organizagoes. xix Introducdo ad Ciéncia e Engenharia dos Materiais Vocé ja se perguntou? M0 que estudam os cientistas e engenheiros de materiais? Como o aco em chopas pode ser processado para gerar un material leve com elevada resistén- ia, absorvedor de energia! e maledvel, empregado no fabricagdo de chassis de automévels? m Podemas fazer circuitos eletrénicos leves e flexiveis utilizando pldsticos? MO que é um “material inteligemte"? itulo, vamos primeiro apresentar © campo da ciéncia e engenharia dos ma- |, utiizando varios exemplos do mundo real. Em seguida vamos for lassificacdo. dos materiais. A ciéncia dos materiais € a base de todos os avangos tecnolégicos, e uma boa compreensio dos fundamentos dos necer uma introducao a cl materiais e suas aplicagdes no 36 fara de vocé um engenheiro mais capacitado, como também poderd ajudé-lo na fase de proje- to Para ser um bom projetista, vocé deve aprender quais materiais so apropriados as diferentes aplicacées. O aspecto mais im- portante dos materiais € serem facilitado- res, ou seja, tornarem as coisas vidveis. Na “Um muterial que absorve muita energia antes de se romper é classficado cemo tenaz. (NET) 2 Giénoia e Engenharia dos Materiais, histéria da civiizagio, por exenplo, certos materiais como pedra, ferro e bronze de- sempenhararn um papel marcante no de- senvolvimento da humanidade. No ritmo acelerado do mundo atual,a descoberta de materiais como 0 silfcio monocristalino e a compreensio de suas propriedades viabili- zaram a era da informacao eletrénica Neste capitulo e ao longo do livre todo, vamos fornecer exemplos interessantes sobre as aplicacdes reais de materiais pro- jetados. A diversidade de aplicagdes e os novos usos dos materiais ilustram por que um bom engenheiro precisa compreender plenamente os principios da ciéncia e en genharia dos materiais e saber apl ses principios. Cada capitulo se inicia com uma secio intitulada Voeé jé se perguntou? Essas perguntas foram concebidas para despertar sua curiosidade, contextualzar 0 assunto e definir o escopo do que vocé vai aprender no capitulo em questo. es. 1-1 D que é Ciéncia e Engenharia dos Materiais? Ciéncia e Engenharia dos Materiais (CEMat) é um campo interdisciplinar voltado a inven- ¢0 de novos materiais e ao aperfeigoamento dos ja conhecidos, mediante o desenvolvimento da correlagao composigo-microestrutura-sintese-processamento, © temo composigio indi ca a constitui¢ao quimica de um material. J4 o temo microestrutura se refere a descriga0 detalhada do arranjo de atomos. Os cientistas engenheiros de materiais lidam nao s6 com desenvolvimento de materiais, mas também com sua sintese e seu processamento, bem como com os processos de fabricagao relacionados & produgao de componentes, © termo sintese refere-se ao modo como os materiais sao feitos, a partir de quais substancias quimicas encon- tradas na natureza ou sintetizadas pelo homem. O temo processamento diz respeito ao modo como os materiais sio transformados em componentes titeis e com propriedades adlequadas ‘Uma das mais importantes fungGes dos cientistas e engenheiros de materiais consiste em es- tabelecer a correlagao entre as propriedades e 0 desempenho de um material ou dispositivo, a sua microestrutura, além da sua composigao e do modo como o dispositive foi sintetizado e processado, A cigneia dos materinis concentra-se nos fundamentos cientificos da correlagao entre sintese e processamento, microestrutura e propriedades dos materiais. A engenharia dos materiais, por sua vez, desenvolve modos de converter ou transformar materiais em disposi- tivos ou estruturas titeis. Um dos aspectos mais fascinantes da ciéncia dos materiais envolve a investigagiio da es- trutura de cada material, De fato, a estrutura dos materiais tem grande influéncia sobre muitas de suas propriedades, mesmo que a composigo quimica global nao seja alterada. Se voce, por exemplo, dobrar um fio de cobre puro repetidamente, ele vai se tomar nao s6 mais rigido, mas também mais fragil. Por fim, o fio de cobre puro vai se tomar rigido e frigil a ponto de quebrar! Além disso, a resistividade elétrica do fio vai aumentar ao ser dobrado repetidamente. Observe que, neste exemplo simples, no alteramos a composigao do material (ou seja, sua constituigao quimica), As mudangas nas propriedades do material decorrem de wna alteragao de sua estrutura intema, Se voc@ observar o fio ja dobrado, vai notar que ele parece mesmo, no entanto, sua estrutura foi alterada em uma escala muito reduzida, isto € microscopica. Nessa escala microscopica a estrutura € conhecida como microestrutura. Se pudermos com- preender o que mudou microscopicamente, comegaremos a descobrir meios de controlar as propriedades dos materiais. ‘Vamos usar o tetraedro da ciéncia e engenharia dos materiais para avaliar um produto, como por exemplo, os supercondutores ceramicos, descobertos em 1986 (Figura 1-1). Tal- Introdugdo & Ciencia e Engenharia dos Materiais 3 ~ | a ca Ea Capac Pe ce Desempenho | stesicast Custo | + Qual € custo de fabricagiio? A: Comporigio + YBayCus07.x #TIBa;CayCujOy, + BizSrCazCusO10 (G: Sintese ¢ processamento + Como € possivel producir pos com elevada pureza, homogéneos, com granulometria fina ¢ estequiometria ‘bem definida? + Como podemos fabricar fios longos? B: Microestratura * Que earacteristicas microestrufurais linitam, ‘a capacidade de transporte de cargas elétricas? + Qual € a textura do material? Figura 1-1 Aplicaciio do tetraedro de ciéncia © engenharia dos materiais ans supercondutores cerdmicos, Observe que os fatnres micrnestrutura-sintese e pracessamento-composi¢an esto inter-relacionados e afetam a razao desempenho-custo, vez vocé saiba que, em geral, os produtos cerdmicos nao conduzem eletricidade. Cientistas descobriram, por acaso, que determinados compostos cerdmicos baseados em dxidos de itrio, bario € cobre (conhecidos como YBCO) podem, sob certas condigdes, transportar correntes elétricas sem qualquer resisténcia. Com o que se conhecia sobre os supercondutores metélicos © as propriedades elétricas das ceramicas, niio havia expectativa de que existissem materiais ceramicos com comportamento supercondutor. Portanto, 0 primeiro passo nesse caso foi a descoberta do comportamento supercondutor em materiais ceramicos. Porém, encontrou-se ‘uma limitagiio nesses materiais: a de so apresentarem um comportamento supercondutor em: baixas temperaturas (<150 K). passo seguinte consistia em determinar como melhorar as propriedades desses mate- tiais. Nesse caso, “melhorar” significa: Como podemos reter 0 comportamento supercondutor nesses materiais em temperaturas mais elevadas? Como podemos ter elevada densidade de corrente em fios por grandes distancias? Isso envolve processamento de materiais ¢ estudos aprofuundados da correlagao propriedades-estrutura, No caso, os cientistas queriam saber como a composigao e a microestrutura afetavam 0 comportamento supercondutor. Assim, eles pre- cisavam descobrir também se outros compostos poderiam apresentar supercondutividade, Por meio de experimentagao, os cientistas desenvolveram, entio, uma sintese controlada de pés ultrafinos ou filmes finos, que sao utilizados na producao de dispositivos 2¥BCO ‘rium Bariwa COpper. QYRT) 4 Giénoia e Engenharia dos Materiais Pensando de acordo com a engenharia dos materiais, vamos supor que desejamos deter- minar a possibilidade de produzir fios longos para transmissio de energia. Em terms préticos, queremos saber se ¢ vidvel fabricar fios supercondutores de grandes extensdes, de modo confiavel e reprodutivel, que sejam superiores em desempenho aos atuiais fios de cobre e alu- minio. E possivel produzi-los com uma boa relagao custo-beneficio? O proximo desafio consiste, entdo, em fabricar grandes extensOes de fios cerémicos su- ondutores. Como os supercondutores ceramicos sao frigeis, fios longos representam um verdadeiro desafio. Portanto, ¢ preciso desenvolver técnicas de processamento de materiais para criar esses novos fios. Uma forma bem-sucedida de produzi-los consiste em preencher tubos de prata com pés ceramics supercondutores e molda-los no formato de fios. Embora a descoberta de supercondutores ceramicos tenha causado bastante alvorogo, a tarefa de converter esta descoberta em produtos titeis tem enfrentado muitos desafios, relacio- nados a sintese e ao processamento de tais materiais, Algumas vezes, a descoberta de novos materiais, fendmenos ou dispositivos ¢ classificada como revoluciondria como a descoberta do transistor de silicio, usado em chips de compu- tadores. Por outro lado, os materiais aprimorados ao longo do tempo podem ser igualmente importantes; esses materiais so conhecidos como evolutivos. Muitas ligas a base de ferro e de cobre, entre outros, sao exemplos de materiais evolutivos. Evidentemente, é importante reco- nhecer que varios materiais hoje considerados evolutivos, foram, na realidade, revolucionarios no passado. E comum que materiais e fendmenos sejam descobertos em determinada época e que os produtos e processos comerciais relacionados a esses materiais s6 aparegam no merca- do muitos anos depois. A transigdo entre o desenvolvimento de novos materiais ou processos € suas aplicagdes comerciais ou industriais titeis pode ser lenta ¢ dificil. ‘Vamos analisar outro exemplo, ainda empregando o tetraedro da cigncia e engenharia dos materiais. Vamos considerar 0 “ago em chapas” usado na fabricagao de chassis de automoveis. Como vocé provavelmente sabe, 0 ago tem sido empregado na manufatura de componentes ha mais de cem anos, mas € provavel que na Idade do Ferro, ha milhares de anos, ja existisse alguma forma rudimentar de ago. Na fabricagao de chassis de automaveis ¢ preciso empregar material com resistencia bastante elevada, mas que ainda possibilite a conformagao de super: ficies com propriedades aerodinamicas. Outro aspecto a considerar é a economia de combus- tivel, portanto, o ago em chapas deve ser também fino ¢ leve. Além disso, tais tipos de ago precisam, em caso de coliséo, absorver quantidades significativas de energia, elevando assim a seguranga do veiculo. Em suma, s8o requisitos contraditérios. Portanto, nesse caso os cientistas preocupami-se com as seguintes caracteristicas do ago em chapas: + composigio quimica; «resistencia mecanica; + peso; + propriedades de absorgao de energia; € + maleabilidade (conformabilidade). Os cientistas de materiais examinam o ago com o auxilio de microscépios para determinar se suas propriedades podem ser alteradas, a fim de que que tais requisitos sejam atendidos. Assim, eles devem processar esse material sob a forma de chassis de automéveis atendendo ainda a requisitos de economia, O processo de fabricagao ira afetar as propriedades mecénicas do aco? Que tipos de recobrimento podem ser desenvolvidos para tomar 0 aco resistente a corrostio? Além disso, ¢ preciso saber se tais agos podem ser soldados com facilidade. A partir desta andlise, é possivel notar quantas questées devem ser consideradas durante o projeto € a seleeaio de materiais para qualquer produto. Introdugdo & Ciencia e Engenharia dos Materiais 5 1-2 — Classificagao dos Materiais Hii varias formas de classificagao dos materiais. Uma delas considera cinco categorias (Tabe- la 1-1): 1. metais e ligas; 2. cerdmicas, vidros e vidro-ceramicas; 3. polimeros (plasticos); 4, semicondutores; ¢ 5, materiais compésitos. TABELA 1-1 = AplicagGes, propriedades e exemplos representativos para cada categoria de materiais Exemplos de Aplicagées Propriedades Metals e Ligas Cobre Fios eléticos ‘Ata condutvidade elética, boa conformebildade Foro findido cinzanto Blocos de moteras para autsmavas — Fundiblidade, usinabildads, amortecmanto de vibragses Agostiga Ferrementas, chassis de autonovels Endurecibildade por tratamento temico Cerdimicas e Vidros 810,Na,0-Ca0 Vidro para janelas Tengparencia apt, jsclamenta ‘exmico Qs M90, 80, Rttatarios (revestmento resstonte _Isolamento térmico, retatariedade, 0 calor para fornos Ge fusdo) ingrcia quimica Titanato de bario Capacitores para microsletenica Grande capacidadie de armazenamento de cargas eléticas silica Fibras épticas para teonclogia da indica de refagao adequado, banas informagao erdas opticas Potimeros Poiitleno Embalagens para alimentos Faollidade de ser maldado para produzi flmes nos, fexblidade © hermetisrmo Epon Encapsulamenta de cicuites teolante eltrico o resistencia & integrados uridade Fendicos ‘Adesivos para unigo de camadas de Resisiéncia mecanica e a umidade compensado Semicondutores Silicio TTansistores a crcutos itegrades _Raspastaelérica aspeica Gaks Sistomas opto-sletronicos Conversdo de sinas eltricos em uz, lasers, dlodos laser etc Compésitos Epéxi refergado com Componentes para aviaeto Elevada razto resistencia: peso carbon Liga de cobaliorelergada_—Fexramsntaa de cerle de carbeto —_Elevada dureza conjugada com bea com carbeto de tungstenio para usinagem resistencia a choques (woo) ‘Acorevestido com lanio —_-Vasos para reatores Baxo custo e associagdo de alta resisténcia do ago com a elevada resisténcia a corresio do tiinio 6 Giénoia e Engenharia dos Materiais, “bo Me) Mots Liga “i F Liga de cobalto Compesitos | a 5 de alta y Boost resisténcia 1.379 MPal ental mecinica 21.400 MP,| Fp Agosliga | Liga de Cu-Be | Liga de niquel Resisténcia mecinica (MPa) } Poliimida- fete } Liga de titanio Ceramicas | boro : Fsic . | Poliimida- | |-LatioCu-zn |_ }-SisNe ts Buea aluminio 2102 L Poliéster- L Liga de zinco | Atos video - Polietileno (sehuabe o Figura 1-2 Resisténcias representativas de varias categnrias de materiais. Os materiais de cada um desses grupos apresentam estruturas € propriedades distintas. As diferengas em resisténcia, mostradas na Figura 1-2, ilustram a gama de propriedades que 0 engenheiros podem selecionar. Como os materiais metaélicos sio amplamente usados em aplicagoes estruturais, suas propriedades mecanicas sdo de grande interesse pratico. Vamos apresenti-las rapidamente a seguir. O termo “tensdo” refere-se a carga mecénica ou forga por unidade de area, ao passo que “deformagao” significa o alongamento ou a alteragao de dimensio dividida pela dimensio original, A aplicagio de tensio causa deformagio. Caso a de- formagiio desaparega apos ser removida a carga ou a tenséo aplicada, diz-se que a deformagiio € “clastica”. Se a deformagio permanecer apés ser removida a tensio, diz-se que a deformagio € “plastica”, Quando a deformagao ¢ elastica, tensdo e deformagao estao linearmente relacio- nadas, € a inclinagio da reta tensio-deformagio neste trecho € conhecida como médulo de elasticidade ou modulo de Young. A tensio nevessaria para iniciar uma deformagao plastica é denominada “limite de escoamenta”. A deformagao percentual maxima que se pode obter éuma medida da ductilidade de um material metélico, Esses conceitos so analisados mais profiun- damente no Capitulo 6. Metals e Ligas Tneluem acos, aluminio, magnésio, zinco, ferro fundido, titanio, cobre, niquel etc. Em geral, os metais apresentam boa condutividade térmica e elétrica, Tanto os metais quanto as ligas tém resistencia mecénica relativamente clevada, alta rigidez, ductilidade ou conformabilidade, e resisténcia a choques mecanicos. Eles so particularmente titeis em apli- cagGes estruturais. Embora metais puros raramente sejam usados, combinagdes de metais — as chamadas ligas ~ permitem melhorar uma propriedade especifica desejada ou obter melhor combinacao de propriedades. A vista em corte de uma turbina de aviao, mostrada na Figu- ra 1-3, ilustra 0 uso de materiais metilicos em aplicagdes tecnolégicas criticas. Cerdmicas Pode-se definir as cerdmicas como materiais cristalinos inorganicos. As cerami= cas podem ser consideradas os materiais mais “naturais” que existem, De fato, a areia das 3 PEEK 6 poli-tter-étercetona, (NRT) * Kevlar 6 onome dado pela empresa DuPont® a um tipo de fibra polimeéricesintéticn. (NRT) Introdugdo & Ciencia e Engenharia dos Materiais 7 Figura 1-3 Vista em corte de uma turbina de avidin. A secin de compressio dianteira. que opera de baixas a médias temperaturas, utiliza geralmente componentes de titinin. A secan de combustan traseira, porém, opera com altas temperaturas — 0 que requer 9 uso de superligas de niquel. A capsula externa estd exposta a baixas temperaturas, sendo satisfatsrin 9 empregn de aluminin compésitns. (Cortesia da GE Aircraft Engines) praias e as rochas sto exemplos de ceramicas em estado natural. As cerémicas avangadas sao materiais feitos com o refino de ceramicas naturais e por outros processos especiais. Essas cerdmicas sto empregadas em substratos de chips de computadores, sensores € atuadores, capacitores, equipamentos para comunicagdes sem fio, velas de igni¢ao, indutores ¢ isoladores elatricos, Alguns tipos de ceramica sao utilizados como revestimento de protegao para substra- tos metalicos em turbinas. As ceramicas também so empregadas em varios produtos de con- sumo, como tintas, plasticos ¢ pneus, e em aplicagdes industriais, como placas isolantes para Gnibus espaciais, suportes para catalisadores e sensores de oxigénio para automéveis. Quanto as ceramicas tradicionais, so empregadas em tijolos, lougas de cozinha, lougas sanitarias, re- fratarios (materiais resistentes ao calor) e abrasivos, Em geral, devido a presenga de porosida- de (pequenos orificios), as ceramicas nao sao boas condutoras de calor e deve ser aquecidas a temperaturas altissimas antes de fimndir. Além disso, as ceramicas sio resistentes e rigidas, mas também bastante frageis. Normalmente sao preparados pés finos de ceramica, que serdo moldados em diferentes formatos. Novas técnicas de processamento tomaram as ceramicas suficientemente resistentes a fratura, a ponto de serem usadas em aplicaces estruturais — tais Figura 1-4 Componentes ermplexns feitos er ceramica, incluindo rotores e laminas, que permitem a operacdn mais eficiente de turbinas em temperaturas elevadas. (Cortesia da Certech, Inc) 8 —Ciénoia e Engenharia dos Materiais como rotores de turbinas Figura 1-4), As ceramicas ainda apresentam excepcional resistencia & compressio. Voc® acreditaria que todo o peso de um caminhio de bombeiros pode ser supor- tado por apenas quatro xicaras de ceramicas semethantes as de café? Vidros @ Vidro-ceramicas O vidro é um material amorfo, geralmente (mas nem sempre) ob- tido a partir da silica fundida, O termo “amorfo” refere-se a materiais que no possuem um arranjo atOmico regular € periddico, Os materiais amorfos sto analisados em detalhes no Capitulo 3. A indiistria de fibras épticas esta baseada em fibras feitas com vidro de silica de alta pureza, Os vidros so usados também em casas, automéveis, telas de computador e TV, além de centenas de outras aplicagdes, Eles podem ser tratados termicamente (temperados) para que se tomem mais resistentes. A formagao de vidros sequida da nucleacao (criagao) de pequenos cristais no seu interior, por meio de um processo térmico especial, da origem a ma- teriais conhecidos como vidro-ceramicas, O Zerodur® é um exemplo de vidro-ceramica usada na fabricagao de substratos espelhados para grandes telescopios (como os telescdpios Chandra € Hubble). Tanto os vidros como as vidro-ceramicas so normalmente processados por fuls4o emoldagem. Polimeros Em geral, os polimeros so materiais organicos produzidos por meio de um pro- cesso conhecido como polimerizagao. Entre os materiais poliméricos, podemos citar as bor- rachas (¢lastémeros) e muitos tipos de adesivos. Varios polimeros apresentam elevada re- sistividade eletrica. Além disto, podem fomecer bom isolamento térmico, Embora tenham baixa resisténcia, os polimeros possuem boa razAo resisténcia-peso. Normaimente, nao s40 adequados ao uso em altas temperaturas, entretanto, varios polimeros sao bastante resistentes a produtos quimicos corrosivos. Empregam-se os polimeros em milhares de aplicagdes, de coletes a prova de bala, discos compactos (CD), cordas e displays de cristal liquido (LCD) a roupas e xicaras. Os polimeros termoplasticos, nos quais as longas cadeias moleculares nao esto rigidamente conectadas, tém boa ductilidade e conformabilidade, ja os polimeros termo- fixos so mais resistentes e também mais frageis, pois suas cadeias moleculares apresentam ligagSes eruzadas, também denominadas reticulagéo (Figura 1-5). Utilizam-se os polimeros em iniimeras aplicagdes, incluindo dispositivos eletrdnicos. Os termoplasticos sao fabricados por conformagao do material fundido, ao passo que os termofixos so geralmente fundidos € vazados em moldes. Emprega-se o termo plistico para descrever materiais polimericos que contém aditivos. Atomos ou .——~ grupos de dtomos com reticulagio ‘Termoplastico ‘Termofixo Figura 1-5 A polimerizagao neorre quando pequenas moléculas (representadas pelos cfrculns) se unem para produzir meléculas maiores (polimerns). As moléculas de palfmeras padem apresentar uma estrutura composta de varias cadeias emaranhadas, mas nao interligadas (fermoplasticns), ou podem formar redes tridimensinais com cadeias reticuladas (fermofixc Introdugdo & Ciencia e Engenharia dos Materizis 9 Semicondutores Os semicondutores feitos de silicio, gemianio e arseneto de gélio, tais como os utilizados em computadores € aparelhos eletrOnicos, fazem parte de uma classe mais ampla demateriais conhecidos como materiais eletrénicos. A condutividade elétrica dos materiais se- micondutores situa-se entre a dos isoladores ceramicos e a dos condutores metalicos. Os semi- condutores viabilizaram a era da informagao eletrénica. Em alguns semicondutores, pode-se controlar 0 grau de condutividade elétrica, de modo a possibilitar a fabricagao de componentes eletrénicos (tais como transistores, diodos ete.) empregados em circuitos integrados. Muitas aplicagées requerem grandes cristais individuais (monocristais) de semicondutores, que so formados a partir de materiais fundidos. Costuma-se também produzir filmes finos de mate- tiais semicondutores por meio de processos especializados. Materiais Compésitos Ao se desenvolverem compésites, a idéia primordial consiste em combinar as propriedades de diferentes materiais. Formados por dois ou mais materiais, os compésitos dao origem a propriedades que no sao encontradas em nenhum dos materiais individualmente, Concreto, compensado e fibra de vidro sao exemplos de materiais compo- sitos. A fibra de vidro, por exemplo, é obtida dispersando-se fibras de vidro em uma matriz polimérica, Essas fibras, entao, tomam o polimero mais rigido, sem elevar significativamente sua densidade, Com o auxilio de compésitos, podemos produzir materiais leves, robustos, ducteis e resistentes as altas temperaturas, ou podemos fabricar ferramentas de corte duras (¢ mesmo assim resistentes a choques) que iriam fraturar se fossem feitas com outros materiais. Avides e veiculos aeroespaciais avangados dependem bastante dos compésitos, tais como polimeros reforgados com fibra de carbono, Equipamentos esportivos como bicicletas, tacos de golfe, raquetes de tenis ¢ outros, também utilizam diferentes tipos de materiais compésitos leves e rigidos 1-3 Classificagdo Funcional dos Materiais Podemos classificar os materiais com base na fangao mais importante que desempenham, ou seja, mecénica (estrutural), biolégica, elétrica, magnética ou ptica. A classificagdo dos ma- teriais pode ser vista na Figura 1-6, com alguns exemplos de cada categoria. Tais categorias podem ser ainda divididas em subcategorias. Aeroespaciais Materiais leves, como madeira ¢ liga de aluminio (que acidentalmente foi en- durecida pela presenga do cobre do molde empregado na fundigao) foram utilizados no histéri- co Véo dos irmaos Wright. Hoje em dia, os énibus espaciais da NASA utilizam pé de aluminio nos foguetes de propulsao. Ligas de aluminio, plasticos, silica (para as placas de revestimento extemo do Gnibus espacial) e muitos outros materiais pertencem a essa categoria. Biomédicos _Nossos ossos e dentes so formados, em parte, por uma ceramica formada natu- ralmente, denominada hidroxiapatita. Varios orgies artficiais, substitutos de ossos, proteses endovasculares (stents), aparelhos ortodénticos e outros componentes sto feitos utilizando-se diversos tipos de plasticos, ligas de titanio e acos inoxidaveis no-magnéticos. Os sistemas de imagem por ultra-som empregam ceramicas conhecidas como PZT (titanato zirconato de chumbo). Por outro lado, os magnetos usados na formagao de imagens por ressonancia mag- nética empregam supercondutores metdlicos a base de estanho e nidbio. Materials Eletrnicos Como ja mencionamos, os semicondutores (como os feitos de silicio, por exemple) siio utilizados na fabricagaio de circuitos integrados de computador. Titanato de bario (BaTiO,), oxido de tntalo (Ta,0,) ¢ varios outros materiais dielétricos s40 empregados 10 Ciéncia e Engenharia dos Materiais Compésitos C-C, SiO, Silicio amorfo, Ligas de Al, Superligas, Biomédicos fares cet) een aluminio, Conereto, RE Fibra de vido, ore Plasticos, Madeira ‘memiéria de forma, Plisticos, PZT orernet cy sieména de forma, iuidos MB, Gas polimérices cog Magnetics Fe, Fe-Si, Ferritas de NiZn e MnZn, Co-P-Ta-Cr, +-Fe,0, Figura 1-6 Classifica funcional dos materials. Observe que metais, plésticns ¢ cermicas aparecem em categorias diferentes. Alguns exemplos tipicos de cada categoria sn apresentados. em capacitores cerdmicos ¢ outros componentes. Por outro lado, utilizam-se supercondutores na construgao de poderosos imas. Cobre, altminio e outros materiais so usados como condu- tores em transmissfo de energia e em microeletrénica, Tecnologia de Energia e Tecnologia Ambiental A industria nuclear usa materiais como com bustivel nuclear, principalmente © diéxido de urdnio € 0 pluténio. Varios outros materiais, como vidros e agos inoxidaveis, sao utilizados na manipulagio de substancias nucleares ena gestiio de residuos radioativos. Novas tecnologias, relacionadas a baterias e células de com- bustivel, empregam diversos materiais ceramicos — como a zireGnia (ZrO,) —e também poli- meros. A tecnologia de baterias tem enorme importancia, em razao das necessidades de varios aparelhos eletrénicos, que requerem fomnecimento de energia por longa duracao e que também seja portatil, As células de combustivel, por sua vez, sero utilizadas também nos carros elétri- cos. A inditstria de petroleo utiliza amplamente zedlitas, alumina ¢ outros materiais ceramicos como suporte para catalisadores e emprega Pt, PURh, entre outros metais, como catalisadores. Diversas tecnologias de membranas para a purificagao de liquidos e gases usa ceramicas € Introducdo & Ciéncia e Engenharia dos Materiais 11 plasticos. A luz solar gera eletricidade com o uso de materiais como o silicio amorfo (a:Si:H), sendo essa fonte de energia chamada de energia solar Materiais Magnéticos Os discos rigidos de computadores ¢ os videocassetes utilizam varios materiais ceramicos, metalicos e poliméricos. Particulas de um tipo especial de éxido de ferro (conhecido como éxido de ferro gama [y-Fe,O,}), por exemplo, sao depositadas em um subs- trato polimérico para a produgao de fitas cassetes de dudio. Particulas de ferro de alta pureza s#o empregadas também na fabricagao de fitas de video. Os discos risidos de computador, por sua vez, sao feitos com ligas de cobalto-platina-tantalo-cromo (Co-Pt-Ta-C1). Varios tipos de ferritas magnéticas so utilizadas na fabricagao de indutores e componentes para comunica- Ges sem fio. Os agos contendo silicio so usados em niicleos de transformadores. Materiais Foténicos ou Opticos A silica € amplamente utilizada na produgao de fibras épticas. Cerca de dez milhdes de quil6metros de fibras dpticas ja foram instalados em todo o mundo. Utilizam-se materiais épticos para fazer lasers e detectores de semicondutor para sistemas de comunicacdo com fibras opticas ¢ outras aplicagdes. De modo semelhante, emprega-se alumi- na (Al,0,) e granadas de itrio-aluminio (ZAG) na fabricagao de lasers. Os polimeros, por sua vez, sto empregados na produgao dos displays de cristal liquido (LCD). Materiais Inteligentes Um material inteligente ¢ capaz de detectar estimulos externos — tais comoallteracies de temperatura, de tensao, de umidade on de um composto qnimico especifico ~e de responder a esses estimulos. Em geral, um sistema que utiliza materiais inteligentes & composto por sensores ¢ atuadores que percebem mudangas ¢ iniciam determinada reagao. O ti- tanato zirconato de chumbo (PZT) ¢ as ligas com meméria de forma sao exemplos de materiais inteligentes passiveis. Se adequadamente processada, a cerdinica de PZT gera wna diferenga de potencial elétrico ao ser submetida a tenses mecdnicas. Emprega-se esse efeito em varios disposi- tivos, tais como acendedores para fogies a gas ¢ sensores capazes de detectar objetos subaquaticos, tais como peixes e submarinos. Outro exemplo de materiais inteligentes so os fluidos magneto- reol6gicos ou MR. Esses fluidos, tinfas magneticas que respondem a campos magnéticos, sio usados nos sistemas de suspensao de automéveis, Outros exemplos de materiais ¢ sistemas inteligentes s4o os vidros fotocrémicos e os espellios de atenuiago automatica Materials Estruturais Esses materiais sao projetados para suportar tenso mecanica, Agos, concreto € compésitos sao empregados na constnugaio de edificios e pontes. Agos, vidros, plas- ticos € compésitos so também amplamente utilizados na fabricagao de automéveis. E: co- mum, em tais aplicagées, haver a necessidade de combinar simultaneamente as propriedades de resistencia, rigidez e tenacidade sob diferentes condigdes de temperatura e de solicitagio mecénica 14 Classificagdo dos Materiais com Base na Estrutura Como mencionamos, 0 termo “estrutura” significa 0 arranjo dos atomos de um material; a es- trutura em escala microscépica ¢ conhecida como microestrutura. Podemos ver tais arranjos em varias escalas, de menos de um nanémetro® (1 nm) até um milimetro (1 mm). Veremos, no Capitulo 3, que alguns materiais podem ser cristalinos (quando os atomos esto dispostos de forma petiddica) ou amorfos (quando os atomos nfo tém uma ordem de longo aleance). 5 YAG ¢ Yetrium Aluminum Gamets. (NRT) 6 Iam=10%m ORT) 12 Ciénciae Engenharia dos Materiais Figura 1-7 Micrografia dn agn inexidével exibindo gran e contornns de gran. (Cortesia dos Drs, Hug e Deardo — Universidade de Pttsburgh) Alguns materiais cristalinos podem ser constituidos de somente um cristal, sendo ento co- nhecidos como monocristalinos ou monocristais. Outros sio compostos por varios cristais ou griios e recebem o nome de policristalinos. As caracteristicas de cristais ou gritos (tama- nho, formato etc.) ¢ das regides entre eles — conhecidas como contornos de gro — também afetam as propriedades dos materiais. Vamos discutir esses conceitos nos préximos capitulos. A Figura 1-7 mostra uma micrografia de uma amostra de ago inoxidavel (onde aparecem os gros € os contomos de gréo). 1-5 Efeitos Ambientais e Outros Efeitos A correlagio estrutura-propriedades dos materiais usados na fabricagio de componentes ¢ ge- ralmente influenciada pelo ambiente ao qual so submetidos durante o uso, Isso pode incluir exposigao a altas ou baixas temperaturas, tensGes mecanicas ciclicas, impactos stibitos, corro- s80 ¢ oxidagaio, Esses efeitos devem ser levados em conta no projeto, a fim de garantir que os componentes nao falhem prematuramente. Temperatura As mudangas de temperatura alteram drasticamente as propriedades dos mate- riais (Figura 1-8), Metais e ligas que foram endurecidos por tratamentos térmicos ou durante Compésito de carbono-carbono 1D Figura 1-8 Em geral,o aumento de temperatura reduz a resisténcia dos materiais. Os polimerns poder ser utlizadns apenas em temperaturas réximas da ambiente, Por outre Fado, algans compssitrs (tal como 98 de carbono-carbono),ligas especiais e ceramicas tém excelentes propriedades em altas temperaturas. Resisténcia mecanica SeIqYy WOd Opesioyes HURUTLE ap O3189 1.000) 2.000 3.000 ‘Temperatura (°C) Introdugdo & Ciéncia e Engenharia dos Materiais 13, Formato aerodininea Comandes de direeda da protstia cperadoseletrscamente laces para protesio térmica de supericies metalicas ON sagem de ‘campesito. ‘Tonquos de propelente de compasito ‘Motores integradas tipo cerospike Componentes de titinio resistentes a allas temperatras Figura 1-9 Diagrama esquematicn do protatipn de um avian X-33. Observe o uso de materiais distintns nas diferentes partes. Esses veiculns testardin virions componentes para a espagcnave Venturestar. (Do artigo. ‘A Simpler Ride into Space”. de T. K. Mattingly, revista Scientific American, outubro de (997, p. 125 — Copyright © 1997 Slim Films) 0s processos de conformagao podem perder repentinamente a resistencia ao serem aquecidos. ‘Umattrigica lembranga dessa caracteristica é 0 desabamento das torres do World Trade Center em 11 de setembro de 2001 Temperaturas elevadas nudam também as estruturas das ceramicas e dos polimeros, Estes se fundem ou se queimam em altas temperaturas. Por outro lado, temperaturas extremamente baixas podem fazer com que um metal ou polimero se tome fragil, fraturando mesmo com a aplicagao de pequenas cargas, Essa fragilidade em baixas temperaturas foi um dos fatores responsaveis pela fratura do casco ¢ afindamento do navio Titanic. Da mesma forma, 0 aci- dente de 1986 com o énibus espacial Challenger deveu-se, em parte, a fragilizagaio dos anéis de vedagao (o-ring). As razbes pelas quais materiais poliméricos e metalicos se tornam frageis so diferentes. Vamos discutir esses conceitos nos proximos capitulos. O projeto de materiais com resisténcia a temperaturas extremas essencial em varias tecnologias aeroespaciais. Em velocidades elevadas ocorre grande aquecimento da superficie do veiculo devido ao atrito com o ar. Ao mesmo tempo, os motores operam de modo mais efi- ciente em altas temperaturas, Assim, para obter maior velocidade e economizar combustivel, novos materiais permitiram aumentar gradualmente as temperaturas maximas admissiveis na superficie da espagonave e nos motores, ainda que a origem da elevada temperatura seja dife- rente. No entanto, os engenheiros de materiais deparam continuamente com novos desafios. 0.5233 e 0 Venturestar so exemplos de veiculos avangados reutilizaveis, destinados ao trans- porte de passageiros no espaco, utilizando motores de foguete de um s6 estagio. A Figura 1-9 mostra esquematicamente o prototipo do A-33. Sera preciso desenvolver materiais e técnicas de processamento inéditas para enfientar as altas temperaturas que poderdo ser encontradas futuramente. Corrosao “Muitos metais ¢ polimeros reagem com 0 oxigénio ¢ outros gases, particularmente em temperaturas elevadas. Metais e cerdmicas podem desradar-se, ao passo que polimeros & BeOS CM OM aes eMC MS ace SME Co RECO UC universitarios de varias disciplinas da area. COOTER NOC SUM cee OU erence cr GRU ICON CER) TSC eee MMe Ce seo YO Sr LR Re Re aren ny ORC MOR M N CMC Ra nace eMC sae Kd TSA eee (es GOREN cM M SMO Cee OUNCE nC Cs eS ASM Ege Is ug Oe me UOT eOmeO Nae ceoRU eI) leer cles Pe Moc ICN CL OSM ME eel SMM UCC CHSC UMN CUS EUS EV oeeaco nea CUCL) informacao, em sistemas de energia, SOE Meee COteMe noe (UAVS en coal) erect ccm 0) principal objetivo deste livro consiste em fornecer uma visao geral, porém concisa, PT retail} Deno OMT Co ES Uc ce Meu Me SMU Cre CM eg Tene} CERRUTI ere MMe SOs en clare SUM (Suet Palate Xela | OAK Talis Sunnie ee Croan J WTA

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