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Retribuindo VERSO PARA MEMORIZAR: “Entao ouvi uma voz do Céu, dizendo: — Escreva: ‘Bem- aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor.’ — Sim — diz 0 Espirito —, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham'" (Ap 14:13). Leituras da semana: Lc 12:16-21; Ec 2:18-22; Pv 27:23-27; 2Co 4:1 cl 1:15-17 Ec 5:10; Sabado, 4 de marco RPSP: Ne2 A nos aproximarmos do fim de nossos anos laborais, nosso foco fi- nanceiro se volta para a preserva¢ao de nossos bens levando em con- sideracao os anos finais da vida. A transicao do periodo de trabalho para o tempo da aposentadoria pode ser uma experiéncia traumatica. Em ter- mos de finangas, qual é a melhor maneira de proceder? A medida que as pessoas envelhecem, naturalmente comecam a se preocupar com 0 futuro. Os temores mais comuns sao: morrer cedo demais (antes que a familia esteja segura); viver tempo demais (esgotando suas economias); enfermidade grave (todos os recursos poderiam se extinguir) e deficiéncia mental ou fisica (quem vai cuidar de mim?). Ao comentar esses medos, Ellen G. White escreveu: “Todos esses temo- res sao originados por Satans [...]. Caso tomassem a atitude que Deus deseja que mantenham, seus tltimos dias seriam os melhores e mais felizes [...]. Devem por de lado a ansiedade e as preocupacées, ocupar 0 tempo da maneira mais satisfatoria possivel e amadurecerem para o Céu (Testemunhos Para a Igreja, v. 1, p. 376). Vamos estudar o conselho de Deus sobre nossos tiltimos anos. O que devemos fazer, 0 que devemos evitar e quais principios devemos seguir? |110| Administradores fiéis: 4 espera do Mestre Domingo, 5 de marco RPSP: Ne 3 Oricoinsensato 1. Leia Lucas 12:16-21. Qual é a mensagem relevante nesse texto? Que re- preensio o Senhor fez ao insensato, e o que isso nos diz a respeito de como deve ser nossa atitude em relacao ao que possuimos? mbora a mensagem seja mais ampla do que isso, pode-se argumentar que essa historia fala sobre o que nao fazer na aposentadoria. Portan- to, se alguém esté encerrando a carreira profissional para gastar seus re- cursos acumulados consigo mesmo, deve ter cuidado e levar a sério essa histéria. O problema ndo esta em trabalhar, acumular bens e enriquecer. O problema é a atitude. As palavras “descanse, coma, beba e aproveite a vida” (Lc 12:19) expressam 0 verdadeiro problema. “A aspiracao daquele homem nao era mais elevada que a dos animais, que perecem. Vivia como se nao houvesse Deus, nem Céu, nem vida futura; como se tudo que possuia lhe pertencesse, e nada devesse a Deus nem aos homens” (Ellen G. White, Pardbolas de Jesus, p. 146). Se, tendo recebido as béncaos de Deus, sé pensamos em nds mesmos e ignoramos os outros ea causa de Deus, seguimos 0 exemplo do rico louco. A parabola nao sugere que o rico fosse preguic¢oso ou desonesto. O pro- blema era a maneira de gastar os recursos. Como nao sabemos o dia da nossa morte, devemos estar sempre prontos, vivendo para cumprir a von- tade de Deus, em vez de levar uma vida egoista. A perspectiva biblica geralmente é que uma pessoa trabalhe e produza enquanto ela é capaz. Os autores dos livros de Daniel e Apocalipse esta- vam, muitos acreditam, na casa dos 80 anos quando completaram seu trabalho, numa época em que a expectativa de vida girava em torno de 50 anos. Ellen G. White publicou alguns de seus livros mais conhecidos e mais amados, como O Desejado de Todas as Nacées, apés seus 70 anos. Por- tanto, na medida do possivel, a idade nao deve nos impedir de ser produ- tivos nem de fazer o bem. Jesus aconselhou aqueles que aguardavam Sua segunda vinda a nao apenas vigiar, mas continuar trabalhando também (Mt 24:44-46). Nao importa a nossa idade nem a soma dos nossos bens, como evitar a armadilha do insensato? Pergunte a si mesmo: “Qual é o meu propésito na vida?” Jane Fev * Mar 2023, \1m| Segunda, 6 de marco RPSP: Ne 4 N&o levamos nada para o tumulo C erta vez alguém perguntou a Billy Graham o que mais 0 havia surpreen- dido na vida, agora que ele estava idoso (cle tinha 60 anos). A respos- ta de Graham? “A brevidade dela”. 2. O que os textos a seguir ensinam sobre a vida humana terrena? SI 49:17; 1Tm 6:6, 7; SI 39:11; Tg 4:14; Ec 2:18-22 Nao sé a vida passa rapidamente, mas, quando morremos, nao levamos nada conosco, pelo menos dos bens materiais. A tinica coisa que nos acom- panha é 0 carter. Isso significa que deixamos 0 que temos para outras pessoas. Quem vai ficar com os nossos bens? Depende dos planos feitos de antemao. Embora nem todos tenham propriedades, a maioria das pessoas, como trabalharam ao longo dos anos, acumularam algo. O que aconteceré com isso depois da morte é uma questo que todos devem considerar. No fim da vida, nao importa se a pessoa tem muitos ou poucos bens, o planejamento patrimonial pode ser seu ato final de mordomia crista, de administra¢do cuidadosa daquilo com que Deus os abencoou. Se alguém ndo tem um plano de patriménio que inclua um testamento ou uma holding familiar (empresa criada para administrar bens dos herdeiros), as leis do estado ou do governo civil podem ser aplicadas (tudo isso depende, é claro, de onde a pessoa vive). Se alguém morrer sem deixar testamento, a maio- ria das jurisdi¢ées civis simplesmente passarao seus bens para os paren- tes, quer eles precisem ou no, quer facam ou nao bom uso do dinheiro, nao importa se a pessoa tivesse ou nao escolhido dar uma parte dos recur- Sos para os parentes. A igreja nao vai receber nada. Se for isso que a pes- soa quiser, tudo bem. Se nao, ela precisa planejar com antecedéncia. Nesse contexto, busque orienta¢do profissional para escolher a forma mais efi- caz e econémica de administrar os recursos de Deus. Como Deus é 0 Dono de tudo (ver $1 24:1), seria logico concluir a par- tir de uma perspectiva biblica que, quando tivermos terminado a tarefa que Deus nos confiou, devemos devolver a Ele, o legitimo Dono, o que res- tar, uma vez que as necessidades dos entes queridos estejam atendidas. A morte, como sabemos, pode vir a qualquer momento, inesperada- mente. O que aconteceria com seus entes queridos se vocé morresse hoje? O que aconteceria com seus bens? Seriam distribuidos como vocé gostaria? \12| Administradores fiéis: a espera do Mestre Terga, 7 de marco Comece com as necessidades pessoais _-RPSP: NeS N os tempos do AT, muitos dos filhos de Israel eram agricultores e pas- tores. Assim, as bén¢4os prometidas por Deus eram transmitidas na linguagem agricola. Por exemplo, em Provérbios 3:9 e 10, Deus diz que, se formos fiéis, nossos “celeiros ficarao cheios”. Muitos cristaos nao tém um celeiro hoje. Entao, Deus abencoara nosso trabalho ou negocio se es- tivermos dispostos a segui-Lo e a obedecer-Lhe. 3. Leia Provérbios 27:23-27. “Procure conhecer 0 estado das suas ovelhas e cuide dos seus rebanhos”. Como aplicar essas palavras hoje? Por mais que a Biblia alerte contra a opressao aos pobres, ou a respeito da ganancia, as Escrituras nao condenam a riqueza nem os esforcos para adquiri-la, desde que isso nao seja feito de forma desonesta ou por meio da opressao aos outros. O texto de Provérbios indica que devemos ser dili- gentes para que possamos ter o suficiente para nds mesmos e para nossa familia. “As cabras produzirao leite em abundancia para alimentar vocé, alimentar a sua casa e sustentar as suas servas” (Pv 27:27). Podemos parafrasear esse verso: “Revise seus registros financeiros e determine o estado de seus assuntos financeiros”. Ou: “Faca um balango patrimonial e entenda sua relacdo divida/capital”. De tempo em tempo, durante seus anos de trabalho, seria apropriado revisar seu testamento ou outros documentos em rela¢ao aos seus bens atuais e atualizar esses documentos, se for necessario. Testamentos e empresas de administra- ¢4o de patriménio sao estabelecidos no processo de planejamento patri- monial, a fim de proteger a familia em caso de morte prematura, ou, por motivos de satide, na impossibilidade de decidir sobre o destino de seus bens. Planeje o que ocorrera com suas posses quando elas nao mais esti- verem sob sua administracao. Amordomia crista das béngaos que Deus nos deu nao trata apenas do que temos enquanto vivemos, mas também do que acontece depois que descansamos. A menos que o Senhor retorne em nosso tempo, um dia morreremos, e os nossos bens, poucos ou muitos, ficarao aqui. Portanto, cabe anés tomar providéncias para que esses recursos sejam uma béncao para outros e um auxilio para a obra de Deus. “As riquezas nao duram para sempre” (Pv 27:24). E importante pensar nesse conceito? Jane Fev ¢ Mar 2023 © |13) Quarta, 8 de marco RPSP: Ne 6 Caridade no leito de morte 4. Que principios podemos tirar dos seguintes textos sobre como devemos lidar com o dinheiro? 1Tm 6:17 2C04:18 Pv30:8 dinheiro pode exercer um controle poderoso sobre o ser humano, o que tem levado muitos a ruina. Quem nunca ouviu falar de pessoas que fizeram coisas terriveis por causa do dinheiro - mesmo quando ja possuiam muito? Mas nao precisa ser assim. Pelo poder de Deus, podemos vencer a ten- tativa do inimigo de tomar o que devia ser uma béngao (posses materiais) e transformar isso em maldic¢ao. No contexto de ser um bom mordomo ao planejar para a morte, um perigo que as pessoas enfrentam é a tentacao de acumular bens agora, justificando esse acimulo com a seguinte ideia: “Bem, quando eu estiver perto de morrer, poderei doar tudo”. Isso seria melhor do que gastar tudo agora. No entanto, podemos fazer melhor do que isso. Nao devemos ser inconsequentes como aquele biliondrio que desperdicava dinheiro e decla- rou que ficaria feliz se o cheque para seu funeral voltasse! “Vi que muitos sonegam a causa de Deus enquanto esto vivos, acal- mando a consciéncia com a ideia de que serao caridosos na morte. Difi- cilmente ousam exercer fé e confianga em Deus para dar qualquer coisa enquanto vivem. Mas essa caridade no leito de morte nao é 0 que Cristo exige de Seus seguidores; ela nao pode desculpar o egoismo da vida deles. Os que se apegam as suas propriedades até o ultimo momento entregam-nas a morte em vez de fazé-lo para a Causa. Os prejuizos ocorrem continua- mente. Bancos vao a faléncia e as propriedades vao sendo perdidas de muitas maneiras. Muitos se propdem a fazer algo, mas adiam 0 assunto, e Satanas entra em a¢do para que de modo algum os meios sejam postos no tesouro. Perdem-se antes de voltar para Deus, e Satands se alegra com isso” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 130). Por que devemos ter cuidado em nosso modo de justificar 0 uso das bén¢aos materiais? |14) Administradores fiéis: a espera do Mestre Quinta, 9 de marco RPSP: Ne7 Legado espiritual FE mbora seja dificil saber como seria a vida na Terra se os seres humanos nao tivessem pecado, podemos ter certeza de que nao haveria actmu- lo, ganancia, pobreza ~ coisas que atormentam nosso mundo ao longo da histéria. Se temos propriedades conquistadas pelo trabalho honesto, esses bens sao legitimos. No entanto, uma manifestacao da vida neste mundo de pecado € 0 uso egoista e mesquinho das béncaos que Deus colocou em nossas maos. No fim, no entanto, independentemente de quanto temos, hd um ponto importante do qual devemos sempre nos lembrar. 5. Leia os textos a seguir. Qual é o ponto central em todos eles, e como isso deve impactar o que fazemos com as béncaos materiais que Deus nos concedeu? S! 24:1; Hb 3:4; SI 50:10; Gn 14:19; Cl 1:15-17 Somos administradores do que Deus nos confiou; ou seja, Ele é o dono de tudo, e é o Senhor quem nos da vida, existéncia e forca para obter as coisas. Ento, é logico que, quando tivermos completado a tarefa que Deus nos deu, e tivermos cuidado de nossa familia, devemos devolver o res- tante a Ele. “No dar a obra de Deus, vocé esta ajuntando para si tesouros no Céu. Tudo o que vocé ajuntar 14 em cima esta livre de desastre e perda e aumenta, tornando-se em bens eternos e duradouros [e] sera registrado na conta de vocés no reino dos Céus’” (Ellen G. White, Conselhos Sobre Mordomia, p. 232). HA muitas vantagens em doar agora, enquanto estivermos vivos. Eis algumas: (1) O doador pode ver os resultados no presente: um novo pré- dio da igreja, um jovem na faculdade, uma campanha evangelistica finan- ciada, etc.. (2) O ministério ou a pessoa pode se beneficiar agora quando a necessidade é maior. (3) Nao ha briga entre familiares ou amigos apos sua morte. (4) E um bom exemplo de valores familiares de generosidade e amor ao proximo. (5) Minimiza impostos sucessorios. (6) Garante que a doacdo seré feita 4 entidade destinada, sem interferéncia judicial ou paren- tes descontentes. (7) Demonstra que 0 cora¢ao do doador foi mudado do egoismo para o altruismo. (8) Armazena tesouros no Céu. Jane Fev ¢ Mar 2023 [15 Sexta,10demarco : RPSP: Ne8 Estudo adicional E llen G. White escreveu dois capitulos sobre esse importante tema de distribuicao de nossos bens: Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 101-111 (“A Pais Ricos”), e Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 412-419 (““Testamen- tos e Legados”). Ha também uma se¢ao que discute o planejamento patrimonial em Conselhos Sobre Mordomia, p. 219-224. Ellen G. White escreveu: “Se fos- sem cristaos verdadeiros, praticariam em vida, estando ainda saudaveis e fortes, o que adiam até a morte. Dedicariam a Deus a si mesmos e 0 que Ihes pertence, ao passo que, agindo como Seus mordomos, teriam a satis- facao de estar cumprindo seu dever. Como executores de seus proprios testamentos poderiam por si mesmos satisfazer as reivindicagées divi- nas em vez de deixar essa responsabilidade a outros” (Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 415). O que ela quis dizer com “executores de seus préprios testamentos”? Em um testamento normal, aquele que faz o testamento nomeia um executor para distribuir os bens apés sua morte, conforme o testamento. Ao se tor- nar seu proprio executor, vocé distribui seus bens enquanto est vivo. Assim, terd a satisfacdo de ver os resultados e de saber que est lidando de forma adequada com os talentos confiados por Deus. A segunda vinda de Cristo é a nossa “bendita esperanca’”. Serd incrivel ver Jesus voltando. Queremos ouvir as palavras: “Muito bem, servo bom e fiel”. Mas, e se descansarmos antes da volta de Jesus? Se seguirmos Sua vontade revelada, poderemos ter a satisfa¢ao de ver Sua obra avancar por causa de nossos esforcos, sabendo que, devido ao nosso plano patrimo- nial, ela continuard depois que partirmos. Perguntas para consideragao 1. Por que ajuntar tesouros no Céu nao é “comprar” a sua salvacao? 2. Devemos ser generosos, mas devemos ser sabios. Algumas pessoas mar- cam datas para eventos proféticos e fazem apelos por dinheiro: “Visto que nosso dinheiro sera inutil naquele tempo, é melhor dod-lo para o ministério deles agora”. Como discernir entre esse engano e maneiras legitimas de usar nosso dinheiro para a causa de Deus? Respostas e atividades da semana: 1. A nossa prioridade ndo deve ser os bens materiais, pois nada nos pertence de fato. Nossa riqueza é nossa fé em Deus. 2. Com a morte, tudo que conquistamos serd deixado para outras pes- 50s. Nao levaremos nada. A vida é passageira. Sem Deus, nada tem sentido nem valor. Tudo é vaidade.3, Seja sabio a0 administrar seus bens. 4, Nao depositar esperancas na riqueza, mas em Deus, nosso foco e atencao devem estar nas coisas eternas; contentar-se com o necessério; quem ama odinheiro nunca estard satisfeito. 5. Deus ¢ Criador¢ Dono de tudo. Devemos retribuir ao Senhor as béncaos doando em favor de Sua obra i116 | Administradores fiéis: & espera do Mestre ey AUXILIAR DO PROFESSOR - LIGAO 10 n Ul Retribuindo PARTE | - VISAO GERAL Precisamos confiar em Deus e nao colocar nossa confianga e amor no dinheiro (Mt 6:24-27). Podemos cuidar das nossas posses (Pv 27:23), ser prudentes (Pv 6:8; 10:5) e fazé-lo sem ansiedade (Mt 6:34), dedicando nossa vida a proclamar o poder de Deus (SL 71:18). Quando ficamos velhos e frageis (Ec 12:1-8), ainda podemos dar frutos para o Senhor (SL92:14), com Sua ajuda (Sl 71:17, 18), porque Ele promete cuidar de nds (Is 46:4; Sl 92:12, 14). Assim, teremos paz quando nosso félego de vida retornar ao Criador, por meio de quem tudo foi feito (Cl 1:16). Nossa vida e nossas riquezas nao duram para sempre (Pv 27:24), nossas posses serao passadas para outros (Sl 49:10) e ndo podemos levar nada conosco (Ec 5:15). Assim, sem- pre que possivel, “o homem bom deixa heranca aos filhos de seus filhos” (Pv 13:22); no entanto, ele deve fazé-lo de forma a evitar disputas entre eles. Ao redigir um testamen- to, ndo devemos pensar apenas em nossos proprios interesses terrenos, deixando de ser generosos para com Deus. Esse fracasso foi a ruina do rico insensato da parabola conta- da por Jesus (Lc 12:19, 20). Quando reconhecemos tudo 0 que Deus é para nés (Sl 24:1) e vivemos para Sua gloria (1Co 10:31), fixamos nossa mente no invisivel, que ¢ eterno (2Co 4:8). Aguardamos a cida- de com fundamentos (Hb 11:10), cujo construtor e artifice é Deus, em vez de investir todo nosso tempo e atengao em acumular riquezas temporarias (17m 6:17). Ao investir na obra de Deus (ML 3:8-10), deixamos um legado de fé. Entao, um dia, quan- do descansarmos de nossos trabalhos, nossas boas obras nos seguirao (Ap 14:13), porque Deus sera glorificado nelas, mesmo em nossa auséncia PARTE Il - COMENTARIO Acredite em Deus Todas as coisas vém por meio de Deus, o Filho, e foram feitas para Ele (Cl 1:16). No en- tanto, visto que o dinheiro “da conta de tudo” (Ec 10:19), nos apegamos a ele, apesar de sermos apenas guardides temporarios de tais recursos. A tendéncia de amar o dinheiro (17m 6:10) é condenada nas Escrituras (Mt 6:24). Substituir a confianga em Deus por amor as coisas criadas e esperanca nelas é loucura (ir 5:4; Rm 1:21, 22). O deus desta era distorce nossa compreensao da realidade e cega nossa mente, de modo que a gléria de Deus em Cristo nao possa ser vista (2Co 4:3, 4). Sem fé, perdemos o firme fundamento da esperanga (Hb 1:1). Somos assaltados pelo medo da morte (Hb 2:15) e pela ansiedade (Mt 6:34). Assim, nos agarramos obstinada- mente as coisas, resistindo a ordem de devolver a Deus 0 que Lhe pertence. Jane Fev ® Mar 2023 (117| Se, apés reter 0 que pertence a Deus, nos voltarmos para Ele (ML 3:7), a fé trara es- Peranca, salvacao e boas obras (Ef 2:8-10). 0 amor de Deus expulsard 0 medo (Jo 4:18) e havera esperanca, porque Nosso Pai nunca nos deixard nem nos abandonara (Hb 13:5). Prepare-se para o futuro 0 trabatho no Eden fazia parte dos prazeres do jardim (Gn 2:15). Depois do pecado, a sobrevivéncia dependia do “trabalho” e do “suor do rosto” (Gn 3:17-19). A Biblia nos orde- naa trabalhar honestamente (Ex 20:9) e a cuidar das nossas posses (Pv 27:23), bem como fazer provisdes para o futuro (Pv 6:8; Pv 10:5), enquanto podemos trabalhar. No entanto, ao envelhecer, a pessoa torna-se mais fraca (Ec 12:1-8) e pede a Deus que nao a abandone (Sl 71:18). Apesar do dectinio fisico, ainda é possivel dar frutos para Deus (Sl 92:14), que prometeu cuidar de Seus filhos até a velhice (Is 46:4). As riquezas nao duram para sempre (Pv 27:24), as posses sero passadas para outros (Sl 49:10) e nao sera possivel levar nada ao morrer (Ec 5:15). Por essas razdes, devemos nos esforcar para honrar a Deus agora (Pv 3:9, 10). As béngaos Deus nos da béncaos e salvacao, juntamente com a comissao de passar essas bén¢aos para as geragGes futuras. No Antigo Testamento, a palavra “alianga” também tem o significado de testamento com clausulas condicionais, para que os beneficidrios recebam uma heranca. No testamento divino estado incluidas béncdos materiais, como a terra de Canad (Gn 15:18), a condi¢do de grandeza da nagao (Gn 12:2; 15:5) e abundantes posses mate- riais (Dt 28:11). Ha também promessas espirituais: 0 Messias (Gl 3:16) e a comissao de le- var essas béngdos a todas as nacoes (Gn 12:3; Gl 3:8, 14). Todos os que vivem pela fé sao beneficiarios desse testamento, recebem essa comissao e nao precisam temer, porque es- to sob os cuidados de Deus. O Novo Testamento também apresenta o significado desse legado de béncaos mate- riais e espirituais de Deus para Seu povo. A palavra grega diatheke (Gl 3:15-18; Hb 9:16, 17) significa “testamento” e “ultima vontade do testador”, no sentido de um relacionamento unilateral. Nesse arranjo, o herdeiro da fé precisa apenas aceitar a oferta. Nos, que somos os beneficiarios do testamento (diatheke) executado com o sangue de Cristo (Mt 26:28), temos a responsabilidade de transmitir as geracdes futuras o legado desse testamento (Gn 9:9; 17:9), conforme refletido nas béngaos patriarcais (Hb 6:13-18) e na missao da igre- ja de pregar a todas as nagées (Mt 28:19). Devolva 0 legado do Senhor Todas as béncaos recebidas durante nossa vida devem ser usadas fielmente para glori- ficar a Deus (1Co 10:31; ML 3:8-10). Nés O glorificamos compartithando diretamente com a igreja e por meio dela tudo o que Ele nos da. Os seguintes exemplos biblicos demons- tram esse principio: Abraao: Deus elogiou Abraao por instruir sua familia “depois” dele a continuar a servir ao Senhor apés sua morte (Gn 18:17-19). \118 | Administradores fiéis: a espera do Mestre Davi: nomeou seu filho Salomao como seu herdeiro. Davi também garantiu que seu fi- tho recebesse um legado material e espiritual para continuar a obra que Deus havia the dado, a qual ele mesmo nao conseguiu realizar Depois de ser generoso com a obra de Deus ao longo de sua vida, Davi, ja idoso, ofere- ceu os recursos que havia preparado, tanto pessoais quanto de seu reino, para construir 0 templo (1Cr 29:2, 3). Essa obra comecaria aproximadamente trés anos apés sua morte (2Cr 3:2) e serviria de testemunho a todas as nacées (2Cr 6:32, 33). Durante séculos, o templo foi um poderoso projeto missionario, originalmente planejado e financiado por Davi, atraindo milhdes de pessoas para a casa de ora¢ao, destinada a todas as nagées (Is 56: devolver a Deus 0 que havia recebido Dele ao longo de sua vida e no fim dela (1Cr 29:14). A historia de Davi nos mostra que nosso compromisso com Deus é vitalicio. Se inves- tirmos no reino de Deus nesta vida, como fez Davi, deixaremos um legado que continuara apés o fim da nossa vida. Entdo, devemos fazer os preparativos necessarios. Essa tare- fa pode envolver a organizacao dos nossos bens e a capacitagao dos nossos herdeiros de -7). Essa obra sé se materializou por meio da determinagao de Davi de tal forma que eles possam continuar a testemunhar de Cristo depois que descansarmos das lutas desta vida. Nossa parte na alianca Jesus renovou o testamento divino conosco (Mc 14:24; Hb 12:24) para ser pregado ao mundo inteiro (Mt 28:19). Assim como ocorreu com Abraao e Davi, os bens materiais e 0 legado espiritual que Deus nos da devem continuar a promover a heranga do evangelho na familia e na igreja, para a salvacao de todas as nacées. O testamento divino ordena que 0 povo de Deus seja fiel e generoso nos dizimos e nas ofertas. Essa doagao fiel e generosa deixara entre as nacdes a impressao de que as béncaos recebidas pelo povo de Deus (MI 3:12) vém da obediéncia a Ele. As béncdos devem se esten- der aos filhos para sempre (Dt 12:28). Por isso, os bens também eram trazidos para o tem- plo durante os reavivamentos espirituais (Ex 35:20-29; 2Cr 31:1-12; Ne 10:37, 38; ML 3:6-12) ou, no tempo do Novo Testamento, eram colocados aos pés dos apéstolos (At 2; 4:34-37). “Uma torrente de luz resplandece da Palavra de Deus, e devemos reconhecer as opor- tunidades negligenciadas. Quando todos formos fiéis na devolucao a Deus dos Seus dizi- mos e ofertas, o caminho se abrird para que o mundo ouca a mensagem para este tempo. [.] Se houvesse sido executado o propésito divino de transmitir ao mundo a mensagem da misericérdia, Cristo ja teria vindo a Terra, e os santos teriam recebido as boas-vindas na cidade de Deus” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja [CPB, 2021], v. 6, p. 355, 356). O testamento (evangelho) anunciado a Abraao (Gl 3:8) deve ser anunciado pela prega- 40, primeiro aos que esto mais préximos de nds (como no tempo dos patriarcas) e depois até os confins da Terra. S6 entao judeus e gentios serao abengoados com o legado de fé que nos foi passado pela familia ou pela igreja (Is 52:10; At 1:8; At 13:47). Assim, a men- sagem de que “as suas obras os acompanham” (Ap 14:13) nos mostra que nosso exemplo pessoal e fidelidade com nossos bens continuarao a testemunhar as geracoes futuras de- pois que nao estivermos mais aqui. Jane Fev ¢ Mar 2023 |119| PARTE II - APLICAGAO A VIDA A vida € um testamento vivo, comunicando as geragées futuras 0 legado sagrado co- locado em nossas maos. No fim das contas, tudo o que recebemos é continuamente de- volvido a Deus. Peca a um aluno que leia em voz alta as citacdes abaixo. Depois, discuta com a clas- se as questdes que se seguem. O testamento diario “Legados deixados somente na morte so uma miseravel compensacao da beneficén- cia que se deveria praticar em vida. Os servos de Deus devem dispor de seus bens todos os dias, em boas obras e ofertas generosas ao Senhor” (Ellen G. White, Conselhos Sobre Mordomia (CPB, 2021], p. 221). Como as boas obras e ofertas generosas estao relacionadas coma fé (Ef 2:8-10)? Por qué? Depois que 0 povo de Deus partir “Devem colocar em ordem sua propriedade de tal maneira que a possam deixar a qual- quer tempo” (Ellen G. White, Conselhos Sobre Mordomia (CPB, 2021], p. 222). Deus planeja ages desde os tempos antigos (2Re 19:25). Por que é importante planejar e fazer arranjos com antecedéncia, especialmente no que diz respeito as posses, para que estejamos prontos para deixa-las “a qualquer tempo"? Nosso sagrado dever “Muitos manifestam uma delicadeza descabida sobre esse assunto (fazer um testamen- to), [..] Entretanto, esse ¢ um dever tao sagrado como pregar o evangelho para a salvacdo de pessoas” (Ellen G. White, Conselhos Sobre Mordomia, p. 219). De que forma a elaboracao de um testamento é um dever tao sagrado quanto o dever de “pregar o evangetho para a salvacao de pessoas”? Por qué? ¢pb.com.br + 0800-9790606 Baixe 0 ep CPB livraria « © (15) 98100-5073 | CPB Aplicativo CPB Pessoa juridica/distribuidor # © (15) 3205-8910 dteimeriohraressohcem + pn fda a de OOOO Koereditora |120| ‘Administradores figis: a espera do Mestre

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