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i JoAo JOSE VIANA ADMINISTRACAO DE MATERIAIS Um Enfoque Pratico SAO PAULO EDITORA ATLAS S.A. - 2006 ¢ iw ~ BIBLIOTECA cass. 434. > © 1999 by EDITORA ATLAS S.A. wee 1, ed. 2000; 6: reimpressao 2006 AQUISICAO, Capa: Aldo Catelli Composi Style Up Dados Internacionais de Catalogagao na Publicagdo (CIP) (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Viana, Joao José Administragéo de materiais : um enfoque pratico / Joao José Viana, ~ 1. ed, ~ 62 reimpressio - Sao Paulo : Atlas, 2006. Bibliografia. ISBN 85-224-2395-4 1, Administracdo de materiais 1. Titulo. 99-3468 CDD-658.7 indice para catdlogo sistematico: 1. Administracéo de materiais 658.7 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - f proibida a reprodugiio total ou parcial, de qualquer forma ou por quaiquer meio. A violacdo dos direitos de autor (Lei a? 9.610/98) é crime estabelecido pelo artiga 184 do Cédigo Penal. tr % 4. Depésito legal na Biblioteca Nacional conforme Decreto n? 1.825, t de 20 de dezembro de 1907. Impresso no Brasil/Printed in Brazil DEDICATORIA A memoria de meus pais Wlademir e Amdlia Exemplos de trabalho, honrades e dignidade no século XX. A meus netos Murilo e Isabele Membros da geracdo esperanca da nagdo brasileira para o terceiro milénio. Apresentagao, 25 Preféicio, 27 SUMARIO Agradecimentos, 29 Homenagem, 33 Introdugéio, 35 1 A AMPLITUDE DA ADMINISTRAGAO DE MATERIAIS, 37 1 Conceitos préticos de administracdo, 37 ll 12 13 14 LS Qs dez mandamentos da boa administracio, 38 As empresas e seus recursos, 39 As empresas e a administracdo de materiais, 39 © administrador de materiais, 40 Procedimentos fundamentais de administragao de materiais, 40 1.5.1 Cadastramento, 42 Gestfo, 42 Compras, 42 Recebimento, 43 Almoxarifado, 43 Inventério fisico, 43 2 Estrutura organizacional, 43 8 ADMINISTRAGAO DE MatERIAIS. Evolugdo e mudancas significativas na 4rea de administracdo de materiais, 45, 3.1 A logistica e a administracao de materiais, 45 3.2. Técnicas de administracdo japonesas, 47 33 Cédigo de barras, 48 3.4 Informatica, 49 Principais desaftos do administrador de materiais na empresa atual, 49 4.1 Problema da manutengdo do estoque, 49 4.2 O que o futuro nos espera, 50 2 CLASSIFICAGAO DE MATERIAIS, 51 1 2 Conceituagao, 51 Anributos para classificagao de materiais, 52 2.1 Abrangéneia, 52 2.2 Flexibilidade, 52 2.3 Praticidade, 52 Tipos de classificagdo, 52 3.1 Por tipo de demanda, 52 3.1.1 Materiais de estoque, 52 3.1.2 Materiais ndo de estoque, 55 3.2 Materiais eriticos, 56 3.3 Perecibilidade, 58 3.4 Periculosidade, 59 3.5 Possibilidade de fazer ou comprar, 60 3.6 Tipos de estocagem, 60 3.7 Dificuldade de aquisicdo, 60 3.8 Mercado fornecedor, 61 Metodologia de céleulo da curva ABC, 64 4.1 Técnica de montagem da curva ABC, 66 Tabela mestra para construgéo da curva ABC, 67 CAleulo da percentagem sobre o valor acummulado, 67 Construciio do grafico, 68 Resumto de percentuais, 69 Faixa de valores, 69 Interpretacao, 70 Questes € exercicios, 71 suminio 9 ESPECIFICAGAO, 73 1 Consideragdes iniciais, 73 1.4 Definigdo, 74 Objetivo, 74 Critérios sobre a descrigao, 74 Estrutura e formagio da especificagao, 75 Tipos padronizados de especificacao, 77 Normalizacao, 78 6.1 Vantagens da normalizacao, 79 6.2 Definicio, 79 63 Normalizagéo no Brasil, 81 6.4 Normalizacao intemacional, 82 7 Padronizago, 83 7.1 Definigio, 83 7.2. Obietives da padronizacao, 83 7.3. Vantagens da padronizacao, 84 7.4 Aexperiéncia da Cosipa na padronizagao de materiais, 85 7.4.1 Parafusos, 85 7.4.2 Resultados obtidos, 86 8 — Andlise de Valor, 87 8.1 Metodologia de Andlise de Valor, 87 8.1.1 De ordem geral, 87 8.1.2 Que dizem respeito 4 manufatura, 88 8.1.3 Quanto 4 montagem, 88 8.1.4 Quanto & especificacdo e normas, 88 8.1.5 Quanto a possibilidade de fazer ou comprar, 89 8.2 Vantagens da Anillise de Valor, 89 8.2.1 Beneficios nado quantificdveis, 89 8.2.2 Beneficios quantificaveis, 89 8.3 Aexperiéncia da CSN na aplicac&o de Andlise de Valor, 90 9 Abreviatura de termos téenicos utilizados em especificacao, 92 10 Quesidies e exercicios, 92 aunun CODIFICAGAO, 93 1 Coneeituacao, 93 2 Objetivo, 94 3 Tipos de codifieagdo, 94 3.1 Codificacao decimal, 95 3.2 Federal Supply Classification (FSC), 96 10 apwmistRagio pe mareavus 3.3. Chambre Syndicale de la Sidérurgie Frangaise (CSSF), 98 3.3.1. Materiais normalizados, 98 3.3.2 Materiais especificos, 98 4 Aplicacao pritica - montagem de um plano de codificacdo, 103 5 Questdes e exercicios, 106 5 FUNDAMENTOS DO GERENCIAMENTO DE ESTOQUES, 107 1 ConsideracSes iniciais, 107 2 Definigdes importantes, 109 2.1 Estoque, 109 2.2 Consumo, 110 2.2.1 Consumo regular, 110 2.2.2 Consumo irregular, 111 2.2.3 Consumo sazonal, 112 2.3 Demanda, 112 2.4 — Previséio da demanda, 112 3 Inclusio de itens no estoque, 112 3.1 Informagées do usudrio, 114 3.2. Atribuigdes de gerenciamento, 114 Solicitagic de materiais nao de estoque, 114 RazOes para a existéncia dos estoques, 115 Natureza dos estoques, 116 Fundamentos da gestdo, 117 7.1 Politica de gerenciamento de estoques, 118 7.2 Anélise do comportamento de consumo, 118 7.3 Modelos de gerenciamento de estoques, 120 8 — Formacdo dos estoques, 121 8.1 Influ@ncias internas, 121 8.2 Influéncias externas, 122 9 Acompanhamento de consumo por meio do sistema de cotas, 122 10 Materiais sujeitos a recondicionamento, 124 10.1 Sistema de recondicionamento, 125 10.2 Variaveis do sistema de recondicionamento, 129 10.2.1 Materiais similares, 129 10.2.2 Recondicionamento parcial, 129 10.2.3 Sucatamento do material, 129 10.2.4 Sueata nobre, 130 11 Obsolescéncia e alienagao de materiais inserviveis, 130 11.1 Experiéncia da Cosipa no beneficiamento de materiais, 131 NOU 12 13 14 suménio. 11 11.2 Natureza dos materiais a alienar, 131 11.2.1 Material excedente, 131 11.2.2 Material obsoleto, 132 11.2.3 Material sucatado, 132 11.2.4 Material inservivel, 132 113. © processo de alienagao, 132 11.3.1 Alienacdo de materiais em estoque, 136 11.3.2 Alienagdo de bens patrimoniais, 136 11.3.3 Alienacio de materiais fora do estoque, 137 Controles nas atividades de administragao de materiais, 137 12.1 {Indices de avaliagaio na gestio, 138 12.2 indices de avaliagao em compras, 138 12.3 indices de avaliacio na armazenagem, 139 Custos nas atividades de administragao de materiais, 139 13.1. Custo de comprar, 141 13.2. Custo de armazenar, 142 13.3. Custo total, 143 Questées ¢ exercicios, 143 SISTEMAS DE GESTAO DE ESTOQUES, 144 1 2 Consideracées iniciais, 144 Problematica da formacao de estoques, 145 2.1 Demanda, 147 2.2 Processo de abtencdo do material, 147 2.3 Processo de deciséo, 148 2.4 Tempo de obtencéio do material, 148 Parametros e modelos matematicos de ressuprimento, 149 3.1 EM- Estoque maximo, 149 3.2 BS — Estoque de seguranca, 150 3.3. K-~ Fator de seguranca, 151 3.4 ER— Estoque real, 151 3.5 BV-Estogue virtual, 152 3.6 EC — Estoque de cobercura, 152 3.7 NR—Nivel de reposico, 152 3.8 TR-Tempo de ressuprimento, 155 3.9 PR~Ponto de ruptura, 156 3.10 IC Intervalo de cobertura, 156 3.11 QC— Quantidade a comprar, 157 3.1.1 Pedido inicial, 157 12 AbwousTRacio ve MATERIALS “4 9 3.11.2 Saldo em estoque igual ao nivel de reposicéio, 157 3.11.3 Saldo em estoque abaixo do nivel de reposicio, 157 3.114 Por meio do LEG — Lote Econémico de Compra, 157 3.12 CMN ~ Consumo médio mensai, 160 3.13 IR — indice de rotatividade do estoque, 160 AplicagSo pratica, 161 Consumo irregular, 163 5.1 EM — Estoque maximo, 163 5.2 ES —Estoque de seguranga, 163 5.3 NR - Nivel de reposigao, 163 5.4 QC-Quantidade a comprar, 163 5.5 AD~—Anélise da demanda, 164 5.6 Atualizacéo automética, 165 Criticas aos modelos analisados, 165 Modero gerenciamento, 166 7.1 Demanda regular, 166 7.2 Demanda irregular, 168 7.3. Demanda incerta, 168 7.4 Demanda sob risco, 168 Politica de estoques, 169 8.1 Manter ou nfo manter estoque, 169 8.2 Just in time, 169 8.3 Kanban, 169 8.4 Comparacio entre sistemas Kanban e convencional, 170 Questoes e exercicios, 171 NOGOES FUNDAMENTAIS DE COMPRA, 172 1 2 a) Consideracées iniciais, 172 Organizagao do setor de compras, 173 2.1 Cadastro de fornecedores, 175 2.2 Processamento, 175 2.4 Compras, 176 2.3.1 Compras locais, 176 2.3.2 Compras por importagao, 176 2.4 Diligenciamento (follow-up), 177 Rtapas do proceso, 177 Perfil do comprador, 179 Modalidades de compra, 179 5.1 Compra normal, 179 8 suméanio 13, 5.2 Compra em emergéncia, 179 Como comprar, 180 6.1 Por meio de concorréncias repetitivas, 181 6.1.1 Inconstantes, 181 6.1.2 Constantes, 181 6.2 Por meio de contratos de longo prazo, 181 6.2.1 Vantagens, 181 6.2.2. Desenvolvimento, 182 6.2.3 Resultados obtidos pela Cosipa em contratagées de longo prazo, 183 Regulamento de compras da empresa— manual de compras, 184 7.1 Prefacio, 185 7.2 Cadastro de fornecedores, 185 7.3 Autoridade de compras, 185 7.4 Concorréncia, 186 7.5 Dispensa de concorréncia, 186 7.6 Relagées com fornecedores, 186 7.7 Propostas, 186 7.8 Avaliacdo das propostas, 187 7.9 Formas de contratacio, 187 7.10 Reajuste, 187 7.11 Penalidades, 188 Questées e exercicios, 188 8 CADASTRO DE FORNECEDORES, 189 1 2 Consideragies iniciais, 189 Critérios de cadastramento, 191 2.1 Critérios politicos, 191 2.2 Critérios técnicos, 191 2.3 Critérios legais, 192 Procedimentos para cadastramento, 192 3.1 Fase inicial - andlise preliminar, 192 3.1.1 Andlise social, 193 3.1.2 Andlise econémico-financeira, 193 3.13. Andlise técnica preliminar, 193 3.2 Fase final - andlise complementar, 193 1 Andlise juridica, 194 2 Andlise técnica conclusiva, 194 Aprovacio do cadastro, 196 14 apministRagao DE maTERWAS a 9 Classificagao de fornecedores, 196 Selecdo de fornecedores para a concorréncia, 197 Avaliacaio de fornecedores, 197 7.1 Desempenho comercial, 197 7.2 Cumprimento dos prazos de entrega, 198 7.3 Qualidade do produto, 198 7.4 Desempenho do produto em servico, 198 A experiéncia da Companhia do Metropolitano de S30 Paulo — Metré ~ na qualificagaio técnica de fornecedores, 200 8.1 Nivel de aplicagdo, 200 8.2 Pontuac&o, 201 8.3. Planilha de avaliagio, 201 8.4 Metodologia para a tabulacdo da planilha de avaliacdo, 201 8.4.1 Organizacdo geral, 201 Recursos humanos, 203 Engenharia do produto, 203 Engenharia industrial, 204 Matéria-prima, 205 Armazenagem, manuseio e expedic&o, 205 Produgio, 206 Organizago do controle de qualidade, 206 8.4.9 Plancjamento do controle de qualidade, 207 8.4.10 Afericdo dos instrumentos de inspegiio, 207 8.4.11 Selecdo e controle de fornecedores e subcontratados, 208 8.4.12 Inspecdo de amostras ¢ pecas iniciais de producio, 209 8.4.13 Inspecdo na fabricagdo, 209 8.4.14 Inspecdo final, 210 8.4.15 Materiais discrepantes, 210 8.4.16 Confiabilidade no produto final, 211 8.5 Resultado final, 211 Questées e exercicios, 211 9 CONCORRENCIA, 212 1 2 Consideragées iniciais, 212 Modalidades de coleta de pregos, 213 2.1 Coleta de pregos normal, 213 2.2 Coleta de precos em emergéncia, 213 2.3 Coleta de precos para contratag3o mediante autorizacao de fornecimento, 213 10 w w 10 suménio 15 24 Coleta de precos para contratacao por longo prazo, 213 Dispensa de concorréncia, 214 Condigées gerais da concorréncia, 214 4.1 Prego, 214 4.2. Alternativas, 215 43 Garantia, 215 4.4 Aceitagéio do material, 215 4.5 Outras condicées, 215 4,6 Informagdes adicionais, 216 4.6.1 Preco-teto, 216 4.6.2 Prego de referéncia, 216 tapas da concorréncia, 217 Proposta, 218 6.1 Condigdes comerciais, 218 6.2 Condigées especificas, 219 6.3 Apresentagiio do BDI — Beneficios ¢ Despesas Indiretas, 219 Modelo de coleta de pregos, 224 Avaliaciio da concorréncia, 225 8.1 Critérios de avaliagio, 225 8.2 Quadro comparativo dos resultados da concorréncia, 225 Negociagiio, 225 9.1 Processo de negociacio, 227 9.1.1 Quando ¢ como negociar, 227 9.1.2 O que pode ser negociado, 228 9.2 Perfil do negociador, 228 9.3 Qualidades do negociador, 229 9.4 Estratégias € taticas de negociaco, 229 Questdes e exercicios, 230 CONTRATACAO, 233 1 2 3 Consideragées iniciais, 233 Condigdes gerais de fornecimento, 234 Adjudicacao do pedido, 235 3.1 Por aurorizagéo de fornecimento, 235 3.2. Por contratos de longo prazo, 237 3.2.1 Gestor do contrato, 241 Diligenciamento (follow-up), 241 4.1 Procedimentos para diligenciamento, 242 4.2 Modalidades de diligenciamento, 245 16 © Avmanistracdo DE MaTERIAIS 5 4.2.1 AtuacSo preventiva, 245 4.2.2 Atuagdo curativa, 246 4.2.3. Procedimentos especiais, 246 Questées e exercicios, 247 11 COMPRAS NO SERVIGO PUBLICO, 248 1 Consideracées iniciais, 248 1.1 Pesquisa por objeto, 249 1.2 Pesquisa por data de entrada, 250 13 Pesquisa por data de entrega do edital, 250 1.4 Pesquisa por ntimero de controle, 250 1.5 Pesquisa genérica, 250 Licitacao — aspectos importantes, 250 2.1 Conceito, 250 2.2 Finalidade, 251 2.3 Prinefpios, 251 Objeto da licitagio - aspectos importantes, 252 3.1 Definigiio, 252 3.2 Obra, 253 3.3. Servigo, 253 3.4 Compra, 254 Modalidades de licitagdo — aspeéctos importantes, 254 4.1 Concorréncia, 254 4.2 Tomada de pregos, 255 4.3 Convite, 255 Limites de valor para licitagao, 255 Rdital de licitagao, 256 6.1 Documentagio necesséria para cadastramento, 256 6.1.1 Habilitagao juridica, 256 6.1.2 Qualificagdo técnica, 256 6.1.3 Qualificacso econémico-financeira, 257 6.1.4 Regularidade fiscal, 257 6.2 Predmbulo, 257 6.3 Exemplos de edital, 258 6.3.1 Modelo de edital da Sabesp, 259 6.3.2 Modelo de Edital da Comissao Nacional de Energia Nuclear, 266 Questdes e exercicios, 270 12 NOGOES BASICAS DE ALMOXARIFADO, 271 13 1 2 3 4 w Histérico, 271 Conceituacéio, 272 Eficiéncia do almoxarifado, 273 Organizacéo do almoxarifado, 273 4.1 Controle, 275 4.2 Recebimento, 275 43° Armazenagem, 277 4 Perfil do almoxarife, 280 Questées ¢ exercicios, 280 RECEBIMENTO, 281 Conceituacao, 261 Nota fiscal, 284 2.1 Fatura, 284 2.2 Duplicara, 284 2.3 Nota fiseal fatura, 285 , 2.4 Transportador/volumes transportados, 285 | 2.5 Dados adicionais, 285 2.6, Canhoto da Nota Fiscal, 286 Entrada de materiais, 286 3.1 Na portaria da empresa, 286 3.1.1 Cadastramento dos dados de recepcao, 287 3.2 No almoxarifado, 287 3.2.1 Exame de avarias e conferéncia de volumes, 288 3.2.2 Recusa do recebimento, 288 3.23. Liberagio do transportador, 289 3.2.4 Descarga, 289 Conferéncia quantitativa, 289 Conferéncia qualitativa, 294 5.1 Modalidades de inspegio de materiais, 295 5.2 Roteiro seqiiencial de inspeciio, 295 5.2.1 Documentos para inspecio, 295 5.2.2 Selecéo do tipo de inspecdo, 296 5.2.3. Preparacéo do material para inspecéo, 297 5.2.4 Anélise visual, 297 5.2.5 Andlise dimensional, 297 2 4.4 Distribuigdo, 278 4.5 Documentos utilizados, 278 { 18 — sommustaagio De MaTERIAIS 7 8 5.2.6 Ensaios, 297 5.2.7 Testes, 297 5.2.8 Consulta ao usudrio do material, 298 5.2.9 Resultado final, 298 Regularizacéio, 298 6.1 Documentos envolvidos na regularizacdio, 298 6.2 Processamento, 300 6.3 Devolugio ao fornecedor, 301 6.4 Motivos de reclamagao e/ou devolugio ao fornecedor, 303 Entrada no estoque por devolugiio de material, 304 Questées e exercicios, 307 14 ARMAZENAGEM, 308 1 2 NOU Rw Objetivos, 308 Arranjo fisico (layout), 309 2.1 O layout na armazenagem, 309 2.1.1 Itens de estoque, 310 2.1.2 Corredores, 311 2.1.3 Portas de acesso, 311 2.1.4. Prateleiras e estruturas, 311 Utilizagdo do espago vertical, 313 Critérios de armazenagem, 313 Controle de materiais pereciveis, 321 Manuseio de materiais perigosos, 322 Utilizagdio de paletes, 322 7.1 Definigéo, 324 7.2 Utilizagéio, 324 7.2.1. Vantagens, 324 7.2.2 Dificuldades, 325 7.3 Classificacdo, 325 7.3.1 Tipos, 325 7.3.2 Selegdo, 328 7.4 Materiais para fabricacdo, 328 74.1 Paletes de madeira, 329 74.2 Paletes de plastico, 329 7.4.3 Paletes metalicos, 329 Estruturas metdlicas para armazenagem, 330 8.1 Estrutura leve em prateleira de bandejas, 330 8.2 Estrutura porta-palete, 331 15 10 11 12, 13 14 15 sumanio 19 8.3 Outros tipos de estrutura porta-palete, 334 8.3.1 Drive-in, 335 8.3.2 Drive-trough, 336 8.3.3. Armazenagem dindmica, 336 8.3.4 Push back, 338 8.4 Armazenagem pelo sistema flaw rack, 340 8.5 Estrutura cantilever, 342 Acessérios para armazenagem, 343 Equipamentos para manuseio de materiais, 345 Técnicas de conservaciio de materiais armazenados, 347 11.1 Conceitos, 348 11.2 Desenvolvimento de critérios, 348 11.3 Aexperiéncia da Cosipa em preservacao, 351 Esquema de localizacio, 352 12.1 Esquema de localizacdo da Companhia Siderirgica Nacional (CSN), 356 Atendimento as requisicées de material, 357 13.1 Tipos de requisigao de material, 359 13.2 Controle de cotas por usudrio, 359 Controle fisico dos estoques, 359 Questées e exercicios, 362 DISTRIBUIGAO, 363 i nawr a Objetivos, 363 1.1 Natureza dos produtos a transportar, 363 1.2 Origem dos recursos de transporte, 364 Caracteristicas de transporte, 364 Selecdo da modalidade de transporte, 366 Estrutura para a distribuicdo, 366 ‘Transporte de produtos perigosos, 368 5.1 Classificacdo, 369 5.2 Identificacéio das unidades de transporte, 370 5.2.1 Rétulos de risco, 370 5.2.2 Niimeros de risco, 371 Contrato de transporte, 371 A experiéncia da Cosipa na distribuicao interna de materiais, 376 7.1 Consideracées iniciais, 376 7.2 Evolucao do sistema de distzibuicéio de materiais, 376 7.3. Fundamentos do sistema trator x carreta, 377 contin € : 3 j 20 ADMINISTRAGAO De MATERIAIS 8 7.4 Programacéo, 379 7.5 Resultados obtidos, 380 Questdes e exercicios, 380 16 INVENTARIO FISICO, 381 17 L 2 oo oruan Concéituacéo, 381 Origem das divergéncias nos estoques, 382 2.1 Procedimentos, 382 2.2 Recebimento, 382 2.3 Localizacéo, 383 24 Conferéncia de embarque, 383 Epocas indicadas para o inventdrio, 383 Inventério rotativo, 384 4.1 Inventario automatico, 384 4.2 Inventario programado, 384 4.3 Inventario a pedido, 385 Metodologia para realizac&o do inventario, 385 Avaliagdo e controle, 388 A experiéncia da Acesita em inventario, 392 Questdes e exercicios, 393 VENDA DE MATERIAIS ALIENADOS, 394 auawre on Consideracées iniciais, 394 Modalidades de venda, 394 Procedimentos para venda em leildo, 396 Consideragées histéricas. Origens do leila, 397 Organizagio do leilfio, 398 Determinagio dos precos minimos, 398 6.1 Sucata ferrosa, 398 6.2 Sucata nobre, 398 6.3 Materiais sucatados diversos, 400 64 Materiais usados diversos, 400 6.5 Materiais sem uso, 400 6.6 Materiais em estado precario, 400 6.7 Materiais de pouco valor, 401 Formaciio dos lotes, 401 Contratago de leiloeiro, 401 Atribuig6es do leiloeiro, 402 10 Condigdes do leildio, 402 ll suméxio 21 10.1. Venda em leiléo, 402 10.2 Pagamentos, 403 10.3 Retirada de materiais, 404 10.4 Outras informagées, 405 Questdes e exercfcios, 405 18 AADMINISTRAGAO DE MATERIAIS UTILIZANDO A INFORMATICA, 406. 1 2 wo Objetivos, 406 A empresa atual utilizando os controles informatizados, 408 2.1 Sistema de informagdes, 408 2.1.1 InformagGes para os usuarios, 408 2.1.2 Informacées para a gestio, 409 2.1.3 Informacées para compras, 409 2.1.4 Informagdes para o almoxarifado, 409 2.1.5 Informacées para o inventdrio, 409 2.2 Cadastramento on-line de dados dos materiais de uso da empresa, 410 2.3 Atualizacdo automatica dos niveis de estoque para materiais enquadrados no crescimento vegetativo de consumo, 410 2.4 Atualizacdo e consultas on-line, 410 2.5 Emissdo de gréficos comparativos e estatisticos, ¢ de relatérios gerenciais e operacionais, 410 2.6 Solicitagéo automatica de reposi¢ées para material de estoque, 410 2.7. Solicitagao de compra on-line para materiais niio de estoque, 411 2.8 Acompanhamento e controle das compras, 411 2.9 Registro ¢ atualizagio de cadastro de fornecedores, 411 2.10 Registro, controle e acompanhamento dos processos de recebimento de materiais, 411 2.11 Controle de estoque, 411 2.12 Requisiciio de material on-line, 412 2.13 Inventdrio, 412 Sistema integrado de administracdo de materiais, 412 Modelos de relatérios gerados pelo sistema integrado, 414 4.1 Relatérios de controle, 415 4.1.1 Situagao financeira geral do estoque de materiais, 415 4.1.2. Situaco de materiais por usudrio, 415 4.1.3 Estatistica das classificacdes financeiras do consumo e do estoque, 416 4.1.4 Andlise de consumo de um material, 416 22 apvinistencio ne wareruas | 4.2 4.3 44 4.2.1 Estoques/consumos, 416 4.2.2 Estoques/vendas, 417 4.2.3 Estoques/produgio, 418 4.2.4 Estoques/capital social, 419 4.2.5 Evolugdo percentual anual, 420 4.2.6 {indice de atraso médio de compras vencidas, 421 4.2.7 Indice de entregas de compras no prazo, 422 Relatérios gerenciais, 422 4.3.1 Nivel de atendimento, 422 4.3.2 Disposigao dos materiais cadastrados, 423 4.3.3 Disposigéo de materiais com cota de consumo, 424 4.3.4 Tempo médio de compra de materiais, 425 4.3.5 Resumo quantitative de compras pendentes, 425 4.3.6 Avaliagio da carteira de recondicionamento, 426 4.3.7 Avaliagdo dos tempos de processamento de recebimento de materiais, 427 4.3.8 Avaliacéio de recebimentos pendentes nio processados, 427 4.3.9 Avaliacio da movimentagiio de materiais no almoxarifado, 427 4.3.10 Avaliagéio do inventério, 428 Relatérios operacionais, 428 Materiais de consumo irregular para andlise, 428 Materiais de consumo regular sem movimentagdo, 429 Materiais com excesso de estoque, 429 Anormalidades de consumo de cotas de materiais, 4229 Demonstrative de cotas ¢ consumo de materiais por usudrio, 430 4.4.6 Liberagio de cotas canceladas, 430 4.4.7 Carteira de recondicionamento, 430 4.4.8 Recebimentos de material com demanda nao atendida, 430 4.4.9 Estocagem temporaria por requisitante, 431 4.4.10 Compras em andamento, 431 4.4.11 AutorizagSes de fornecimento emitidas, 432 44,12 Materiais para ativagio, 432 4.4.13 Recebimento de compras nao aprovadas, 433 4.4.14 Materiais pendentes de regularizagio, 433 4.4.15 Acompanhamento de notas fiscais a liberar, 433 Graficos comparativos e estatisticos, 416 : | suméno 23, 4.4.16 Pendéncias de regularizagéo com pagamentos prestes a vencer, 434 4.4.17 Localizagio de materiais no almoxarifado, 434 4.4.18 Situacdo do estoque, 435 4.4.19 Requisigées de material ainda nao atendidas pelo almoxarifado, 435 4.4.20 Requisigdes de material efetuadas em emergéncia, 436 4.4.21 Requisic6es de material prejudicadas e canceladas por emergéncia, 436 4.4.22 Devolugées ainda nao regularizadas pelo almoxarifado, 436 4.4.23 Devolucées de material ao fornecedor, 437 4.4.24 Inventdrio, 437 5 A Internet ¢ a administracéio de materiais, 437 5.1 O estoque zero, 438 5.1.1 A empresa Netflores, 438. 5.1.2 A empresa Booknet, 438 5.2 Acotacao eletrénica, 438 5.2.1 A empresa Volkswagen, 438 Conclusdo, 441 Bibliografia, 443 een meee SRT’ INTRODUGAO © objetivo fundamental da Administracdo de Materiais é determinar quando e quanto adquirir, para repor o estoque, o que determina que a estratégia do abastecimento sempre é acionada pelo usuario, a medida que, como consumidor, ele detona o proceso. No entanto, como a formacao de estoque € ponto crucial, induz imediata- mente & indagacao “por que sempre hé falta de materiais?”, queixas estas que en- frentam dilemas e frustragées de procurar, a0 mesmo tempo, manter o nfvel ope- racional da empresa, suprir os consumidores por meio de adequado atendimento ¢ manter os investimentos em estoques em niveis ideais. Os problemas relacionados com gerenciamento de estoques esto princi- palmente ligados a aco e no a chegar a uma resposta. O que deve ser feito para controlar o equilibrio e estabelecer acées apropriadas? A fim de obter resposta para essa questo, é necessdria a formulaco de outras indagagies: Por que deve- mos ter estoques? O que afeta 0 equilibrio dos estoques que mantemos? Atingir 0 equilfbrio ideal entre estoque € consumo é a meta primordial e, para tanto, a gesto se inter-relaciona com as outras atividades afins, no intuito de qtte as empresas e os profissionais envolvidos estejam contemplades com uma sé- rie de técnicas ¢ rotinas, fazendo com que todo o gerenciamento de materiais, in- cluindo-se esto, compras e armazenagem, seja considerado como atividade integrante do Sistema de Abastecimento. Assim como todes os outros componentes do sistema, os insumos mate- riais (matérias-primas, materiais secundarios e outros) carecem de uma coordena- cao especifica, de forma a permitir a racionalizacdo de sua manipulacéo. A Admi- eR RQIP A, 36 ADMINISTRACAO DE MavERIAs nistra¢ao de Materiais coordena esse conglomerado de atividades, 0 que implica necessariamente 0 estabelecimento de normas, critérios e rotinas operacionais, de forma que todo o sistema possa ser mantido harmonicamente em funcionamento, sendo importante destacar que para a realizagao de seus objetivos desenvolve um ciclo continuo de atividades correlatas e interdependentes com as demais unida- des da empresa, motivo pelo qual uma série de informagdes tramita entre seus di- ‘versos setores. O funcionamento harménico, anteriormente mencionado, depende fun- damentalmente das atividades a seguir relacionadas, as quais sero esmiugadas no decorter deste livro: a. cadastramento, que compreende as atividades de classificar, especifi- car € codificar; b. _gerenciamento do estoque, que compreende as atividades de formacao do estoque: © obtengo do material, que compreende a atividade comprar; d. guarda do material, que compreende as atividades receber, armaze- nar, conservar e distribuir. A area de materiais constitui componente indispensvel no sentido do al- canee dos fins, para proporcionar os resultados almejados pelas empresas, Logica- Mente, érgios como a produgao, por exemplo, que visam aos fins, permite-nos in- seri-lana condic&o meio, sendo, entio, oportuno afirmar que nenhum setor de sua hierarquia existe sendo para servir. ADMINISTRAGAO DE 1 y A AMPLITUDE DA MATERIAIS | Conceitos prdticos de Administragéo = Amplitude da Administragdo de Materiais ™ Aestratura organizacional mAs mudangas na drea de Administragdo de Materiais lt Os principais desafios do Administrador de Materiais na empresa atual ™ O mercado de trabalho e suas interferéncias para o Administrador Para o perfeito entendimento da amplitude e da estrutura organizacional da Administragao de Materiais e suas conseqiiéncias na empresa, sera necesséria a andlise de certos conceitos de Administracio. 1. CONCEITOS PRATICOS DE ADMINISTRAGAO As novas técnicas de manufatura implicaram a adequagiio da politica de estoques, motivo pelo qual, para o entendimento do gerenciamento de materiais aliado a tal adequacio, faz-se necessario o enfoque pormenorizado dé alguns tépi- RAIA, 38 spmmusrracto DE MATERAIS cos referentes a particularidades tedricas a respeito do estudo das empresas, para, entéo, analisarmos os conceitos fundamentais de Administracéo de Materiais. 1.1 Os dez mandamentos da boa administracio Como a Administracio de Materiais é uma das especializacées do adminis- trador, é necessdrio, agora, analisarmos os dez mandamentos da boa Administra G0, conforme Marcelo Martinovich, consultor e professor do Sebrae (SP). 1 10. andlise do mercado: informacées precisas sobre fornecedores, clientes, concorrentes € ambiente econémico auxiliam na identificacio de oportunidades; perfil do publico: é preciso identificar as necessidades do consumi- dor para tragar os objetivos e as formas de atuacdo da empresa, como estabelecimento de pregos, canais de venda etc.; compras ¢ estoques: é 0 ponto fundamental da gestéo operacional da empresa, E preciso saber quanto comprar e qual o estoque minimo, para evitar falta de capital de giro: custos ¢ formagio de precos: pela andlise dos custos, determi- na-se 0 preco ideal de venda do produto, o qual deve ser comparado com o mercado para avaliar a viabilidade de sucesso; fluxo de caixa: as informacdes sobre os movimentos de entrada, saida e saldos permitem projetar estouros ou sobras de recursos, Valea pena fazer esse controle diariamente; ponto de equilibrio: o empresirio deve saber 0 “faturamento mini- 10” capaz de pagar todos os seus custos e despesas. Com base nisso, poderd estipular suas cotas minimas; planejamento tributario: é preciso saber quantos e quais impostos e tributos seréo recolhidos, quais os beneficios e seus efeitos sobre 0 custo da mercadoria; estrutura comercial: é a estratégia de vendas adotada pelo empre- sdrio que definird o grau de penetracéio do produto no mercado. Ela deve ser estudada caso a caso; politica de Recursos Humanos: mesmo as pequenas empresas devem ter divisao das atividades, mas sao necessdrios mecanismos de motivacéio dos fumcionézios; informatica: a informatizagao é uma condicao exigida pelo mercado para que a pequena empresa tenha agilidade e dinamismo: é preciso, porém, analisar com cuidado os sistemas disponiveis, A AMPLITUDE DIA ADMINISTRAGAO DE MATRRIAIS 39. 1.2 As empresas e seus recursos Recurso é0 meio pelo qual a empresa realiza suas operagbes. Os principais recursos empresariais siio: a. recursos materiais: englobam os aspectos materiais e fisicos que a em- presa utiliza para produzir: b. recursos financeiros: constituem todos os aspectos relacionados com o dinheiro utilizado pela empresa; ¢, recursos humanos: constituem toda a forma de atividade humana na empresa; d. recursos mercadolégicos: constituem toda a atividade voltada para 0 atendimento do mercado de clientes ¢ consumidores da empresa; e. recursos administrativos: constituem todo o esquema administrativo e gerencial da empresa. 1.3 As empresas e a administragdo de materiais Para melhor entendimento dos enunciados expostos, apresentamos as Fi- guras 1.1 ¢ 1.2, que relacionam, na pratica, esses conceitos com a Administragao de Materiais: EMPRESAS EXISTENTES CaRACTRISTICNS 1 Industri 4. Compram matéiesprimas. b.Trarsformam as mats primas em produtos cnbados. <. Yendem os produios acubodas ds empresos comerciats. 2. Comertiis Compram e vendem produtos acabados. 3. Prostadoras de servgos No compram nem vondam moternis Figura 1.1 Tipos de empresa. ENTRADA SAIDA CONTROLE Repasicha Por compra, 4. Por venda. 0. Eetvasio, ‘Par compra, ‘5. Por fubricacdo interna. |b. Por uflizagio interna (monutencio). |b. Cilewlo de rivets. |b. Por fabricar interna. ¢. Por tansferéncia Cente iia). «. Processamento, Figura 1.2 Entendimento simplificado da movimentagdo de estoque nas empresas. 40 AnMoustragko vs MaTeniars 1.4 O administrador de materiais Independentemente da habilitagio selecionada, 0 administrador é 0 pro- fissional a quem cabe 0 gerenciamento, o controle e a diregio de empresas na drea de sua habilitagdo, buscando os melhores resultados em termos de lucratividade Produtividade, Dessa maneira, o administrador prevé, planeja, organiza, comanda © controla funcionamento da maquina administrativa privada ou ptiblica, visando aumentar a produtividade, rentabilidade e controle dos resultados. Determina os métodos gerais de organizacéo e planeja a utilizagii eficaz de miio-de-obra, equipa- mentos, material, servicos e capital, Orienta e controla as atividades de organiza- 40, conforme os planos estabelecidos e a politica adotada, bem como as normas previstas nos regulamentos da empzesa, Elabora rotinas de trabalho, tendo em vis. ta a implantacdo de sistemas que devem conduzir a melhores resultados com me- ores custos, © que demanda a utilizagao de organogramas, fluxogramas ¢ outros instrumentos de trabalho. 1.5 Procedimentos fundamentais de administrag&o de materiais Com base no exposto, podemos afirmar que administrar com eficiéncia e exatidao o movimento de entradas e sa{das dos materiais necessdrios 4 empresa ~ © qué, quanto, quando e como comprar ~ nao é tarefa simples. A Figura 1.3 apro- funda esse raciocinio. PROCEDIMENTO ESCLARECIMENTO O que deve ser comprade Annplio esprificaso de compra, que true ws necessdades da empreso. Como deve ser comprado Revela 0 procedimento mais recomendavel, Quando deve ser comprado Identificn o methor épocn, Onde deve ser comprada {mplica o conhecimento dos melhores segmentos de mercado. De quem deve ser comprado Implicao conhecimenta dos fornecedores da empresa. Por que preso deve ser comprado Evidencia 0 conhecimenta da evolucao dos precos no mercado, Em que quanidade dave sor compra { tstbelee a quomtdad ideo, or meio da ql hoa econana na camp, Figura 1.3 Procedimentos fundamentais de Administragéo de Materiais, j A AMPUTUDE DA ADMINISTRAGAO DF MATERIAS 41 Existem diferentes razées que recomendam atenciio especial das empresas a fungdo abastecimento: a. de seu desempenho dependem imimeros érgios (vendas, produsio, manutencao, setores administrativos ete.); b, necessidade de gerenciar grande variedade de itens, geralmente em consideraveis quantidades, ao menor risco de falta ¢ ao menor custo posstvel; c. aexigéncia de grande mimero de informagées, répidas ¢ precisas, a qualquer instante; d. fato de os estoques representarem parcela razoavel do ativo torna-os uma inversdo demasiadamente vultosa para que seja ignorada, o que merece grandes cuidados, pois, muitas vezes, os lucros ficam retidos nos estoques excessivos, os quais, contudo, nem sempre garantem ade- quado atendimento das necessidades da empresa. £ necessdrio, porém, salientar que nenhum modelo ou sistema pode subs- tituir ou prescindir da andlise do administrador, pois as caracteristicas de consu- mo, importancia, valor e métodos de compra dos materiais sfo muito varidveis. Agora, podemos, entéo, definir: a. material: Todas as coisas contabilizaveis que entram como elementos constituidos ou constituintes na linha de atividade de uma empresa; b. administragio de Materiais: planejamento, coordenagio, directo e controle de todas as atividades ligadas & aquisigao de materiais para a formagéio de estoques, desde o momento de sua concepeio até seu con- sumo final. ‘Na verdade, todos nds somos Administradores de Materiais, s6 que nao percebemos. Pense no abastecimento de sua prépria casa: comprar mantimentos, produtos de limpeza, de higiene pessoal, vestudrio etc. Para isso necessdrio: a. saber comprar, para garantir a qualidade e a quantidade do que seré consumido, ao menor custo; b. controlar, para evitar consumo desnecessdrio € néio correr risco de fal- tas c. armazenar adequadamente, para evitar perdas. Administrar materiais é uma tarefa bastante semelhante a essa, s6 que em. proporcao maior. Assim, j4 se pode analisar, em maior profundidade, a amplitude da Administrac&o de Materiais identificada esquematicamente na Figura 1.4. orgy evened 42 apmmustragho De MATERINIS SOUT PAR: 2) Ini mo eoque 4) Retidos de Comara sl cons ide oxi >| desnaireny 7) dpmaia tthe Deine REUISICES DE = — le Armungen fe Fac TS ios Got gina 30 Figura 14 Amplirude da Administragdo de Materiais. 1.5.1 CADASTRAMENTO Aatividade cadastramento de materiais visa cadastrar os materiais neces- saris manuten¢éo e ao desenvolvimento da empresa, o que implica o reconheci- mento perfeito de sua classificagio, estabelecimento de codificacdo e determina- Gao da especificaciio, objetivando a emissdo de catalogo para utilizacdo dos envol- vidos nos procedimentos de Administracdo de Materiais. 15.2 GESTAO Aatividade gestio visa ao gerenciamento dos estoques por meio de técni- cas que permitam manter o equilibrio com 0 consumo, definindo parametros e nf- veis de ressuptimento ¢ acompanhando sua evolucdo. 1.5.3 COMPRAS Aatividade compras tem por finalidade suprir as necessidades da empresa mediante a aquisigo de materiais e/ou servicos, emanadas das solicitacdes dos A AMPLITUDE DA ADMINISTRAGAO DE MATERIA 43 usuarios, objetivando identificar no mercado as melhores condigées comerciais e téenicas. 1.5.4 RECEBIMENTO A atividade recebimento visa garantir o rapido desembarago dos materiais adquiridos pela empresa, zelando para que as entradas reflitam a quantidade esta- belecida, na época certa, ao preco contratado e na qualidade especificada nas en- comendas. 1.5.5 ALMOXARIFADO A atividade almoxarifado visa garantir a fiel guarda dos materiais confia- dos pela empresa, objetivando sua preservacao ¢ integridade até o consumo final. 1.5.6 INVENTARIO FiSICO A atividade inventdrio fisico visa ao estabelecimento de auditoria perma- nente de estoques em poder do Almoxarifado, objetivando garamtir a plena confia- Dilidade e exatidao de registros contabeis e fisicos, essencial para que o sistema funcione com a eficigncia requerida. 2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Em face da auséncia de uniformidade na terminologia adotada para identi- ficar a composicdo ou estrutura administrativa, n4o utilizamos os termos tradicio- nais em vigor, como setor, segdo, diviséo ou departamento, pois o que para uma em- presa é diviséio para outra pode vir a ser setor, e assim por diante. Logo, as estrutu- ras a serem analisadas propositadamente omitem essa particularidade. A Administracdo de Materiais, em algumas empresas, encontra-se subordi- nada asetores industriais e comerciais, ou subdividida entre estes dois, contrarian- doo antigo conceite de Administracdio de que “quem produz nao controla” ou, am- pliado para nosso campo, “quem planeja no compra, quem compra nao recebe, quem guarda néo inventaria”. O organograma demonstrado na Figura 1.5 ilustra o inusitado. eg crt AGE 44 spmiistaacio pe maTERIAIS, Grados suporiores na escola hirdnquica de Adminisiracio Producéio. Finangas Comercial Compras | Gerencomentoe Controfe de toques Figura 1.5 Organograma gerencial tradicional. Para atender ao modemo conceito de gerenciamento, as empresas adotam © modelo apresentado na Figura 1.6: ‘Grgaes superiotes na estas bierirguica da Adminisrocéo Moteriais Finangas || Comercial Productio 4 Compras Almoxarifodo Figura 1.6 Sistema moderno de gerenciamento. A AMPLITUDE.DA ADMINISLRACKO DEMATERWIS 45 3 EVOLUGAO E MUDANGAS SIGNIFICATIVAS NA AREA DE ADMINISTRAGAO DE MATERIAIS Embora nao seja parte do escopo desta obra, é importante mencionar al- guns importantes avancos, como a logistica, as técnicas de administragio japone- sas, 0 cédigo de barras e a informatica e suas conseqiléncias para a Administragio de Materiais, especialidade que. como se va, proporciona constantes evolugdes. vi- sando otimizar suas atividades. 3.1 A logistica e a administragéo de materiais Logistica é uma operacdo integrada para cuidar de suprimentos e distribui- 40 de produtos de forma racionalizada, o que significa planejar, coordenar exe- cutar todo o processo, visando a reducdo de custos ¢ ao aumento da competitivida- de da empresa. Merece destaque a afirmacdo de Ronald H. Ballou, em Logistica empresa- rial (1995 : 24): “4 logistica empresarial trata de todas atividades de movimenta- cdo ¢ armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisigao da matéria-prima até 0 ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informagao que colocam os produtos em movimento, com pro- pésito de providenciar niveis de servico adequados aos clientes a um custo razodvel.” Em conseqiiéncia, deve ser estimulado nio sé conhecimento pleno desse proceso, como também o desenvolvimento de novos modelos, naturalmente com base em um ponto de vista logistico, para uma moderna e apropriada administra- ao, culminando em estudat o impacto de tais mudangas. Assim, pretende-se apre- sentar sistema que facilite as relacées cliente/fornecedor, contribuindo, dessa for- ma, na divulgagao da Logistica, bem como oferecendo as empresas método mo- demo ¢ eficaz de gerenciamento de estoques. Em face do quadro de mudangas no cendrio econémico, a Logistica surge como ferramenta fundamental a ser utilizada para produzir vantagens competitivas. J4 é hora de se estabelecer o organograma de Administragio de Materiais para atender ao moderno enfoque logistico, confor- me demonstrado na Figura 1.7. an epin’: 46 Anwnismacdo pe MareRiats Adminisragio de Mateus Inventério Fisica Costa de tstoques Compras movado (adesttamento Gadasiro de de Materiais Fornecedores Rxcehimenta Previsio de Compras Consumo lcis Armazenagem Compras por onda de Iportagao Inserviveis Follow-up a Diligenciomento Distribuirdo Figura 1.7 Organograma logistico para Administragdo de Materiais. Tradicionalmente, as atividades logisticas tém se concentrado em dois se- \ores diferenciados, suprimentos e distribuicdo fisica, conforme demonstra a Figu. ra 1.8. Dando seqiiéncia ao raciocinio, cumpre destacar a significancia dos custos logisticos na composigdo total dos custos da empresa, conforme demonstram as Fi, guras 1.9 e 1.10. Pela andlise dos dados apresentados, conclui-se, em conseqiiéncia, que 0 sucesso do gerenciamento de materiais nas empresas depende da aplicabilidade dos conceitos logisticos. AAMPIITUDE DA ADMINISTRAGAO De MaTERIATS. 47 (0 PAPEL FSTRATEGICG DA LOGISTICA HA EMPRESA FUNCGES REBULADORAS DO CICLO LosisTICo 2 ¢ $ : ConPaste Locisnco F & ‘MOWWNENTACEO E aoe OE ARWATENAGEN | TRANSPORTES DEMATERAIS Figura 1.8 Papel estratégico da logistica na empresa. MOVIMENTACAO E + ESTOQUE + | TRANSPORTE “ARMAZENAGEM Figura 1.9 Composigito dos custos logisticos. CUSTO INDUSTRIAL BASICO 70%, CUSTOS LOGISTICOS = 30% Figura 1.10 Significéincia dos custos logisticos. 3.2 Técnicas de administragdo japonesas As técnicas de administragao japonesas esto sendo assimiladas pelas em- presas brasileiras, tal o seu teor de inovacio referente 4 produtividade, qualidade c envolvimento participative, o que também, como no poderia deixar de ser, apli- ca-se & drea de materiais, daf sua apreciagio. Apés a derrota na Segunda Guerra Mundial, os japoneses copiaram na inte- gra e nos minimos detalhes 0 modelo industrial americano. Arrasado pela derrota na guerra, com faita de espago e carente de recursos naturais, o Japao, para poder 48 apmpasrracio pe Marariars competir com o mundo, industrializou-se, adotando a norma de completa elimina- S40 de qualquer tipo de perda, modelo esse absorvido por sua farta mao-de-obra. Surge, assim, a filosofia de Perda Zero, alicerce das técnicas de administragio japo- nesas, fundamentada em que a perda eleva o custo desnecessariamente, devendo-se produzir sem perdas, com a melhor qualidade e a0 menor custo. Apartir dai, aparece na Toyota o sistema kanban para atender a dois quesi- tos imprescindiveis, just in time e jidoka. Just in time € a producao na quantidade necessdria, no momento necessé- tio, para atender a variagéio de vendas com minimo de estoque em produros acaba. dos, em processos ¢ em matéria-prima, Jidoka ouautocontrole é um controle visual, em que cada operador poderd controlar sua qualidade e sua producao com um minimo de perdas. O sistema japonés de administragao tem como técnica apenas 30% de sua forga total, pois 70% sao comportamentais, ou seja, um sistema de Participagao dos funcionarios na vida e no progresso da empresa. 3.3 Cédigo de barras O esforco na obtengao de sistemas mais eficazes de informagdo tem encon- trado os mais diversos obstaculos, destacando-se entre eles a dificuldade em ali- mientar os computadores com dados, tarefa delegada a digitacéio, muito morosa se comparada & capacidade de processamento cada vez maior dos computadores, que apresenta o grande inconveniente de estar sujeita a erros, Assim, o aperfeigoamento da alimentagao de dados que se tornou necess4- Tia deu origem ao cédigo de barras, sfmbolo composto por barras paralelas de lar- guras € espacamentos variados. © cédigo de batras pode ser usado para aprimorar qualquer ptocesso que envolva controle de mercadorias e, por suas préprias caracteristicas, 0 sistema é ideal para operacées com grande ntimero de itens, tornando-se a ferramenta ade- quada e racional de gerenciamento de estoques. As principais vantagens do sistema so: a. rapidez (estatisticas mundiais garantem que hé ganho de tempo de até 30% no processamento); economia; aplicacéo no armazenamento, em compras e em vendas; financeiras; dispensa de etiquetagio e reetiquetagio de cada produto com o prego; exeqiibilidade de operacées de descontos sobre determinados itens ou promogées. mo Ane AAMPUTUDE DA ADMINISTRAGRO DE maTERINS 49) 3.4 Informatica ‘Atualmente, a logistica estd se disseminando no meio empresarial, como plataforma de eficiéncia e produtividade, motivo pelo qual nao ha como conceber empresa que nado esteja informatizada. Ha cerca de quatro anos, a Internet est revolucionando os meios de infor- macdo; seu impacto nos negécios € um fendmeno que ainda vem sendo assimila- do. Poucas pessoas sabiam o que era a grande rede e nem imaginavam qual seria seu potencial de crescimento. Eo que dizer, entdo, das Intranets? Ainda hoje exis- tem ustdrios que desconhecem essa tecnologia. A Intranet é uma rede que interliga os varios equipamentos da empresa, como clientes e servidores PC ¢ impresoras de rede, com a vantagem de utilizar a tecnologia da Internet, por meio dos protocolos TCP-IP, http e e-mail. Assim, po- de-se dispor rapidamente de mais informagées, deixando-se de lado os entraves burocraticos para 0 processamento de qualquer expediente. A Intranet n&o se resume a disponibilizar documentos. As empresas também. autilizam para criar novos servicos e ferramentas. A partir do momento em que es- sas ferramentas possam ser acessadas pelos distribuidores, parceiros, fornecedores eclientes, temos uma Extranet, ou seja, as ferramentas e os documentos, antes limi- tados 4s consultas internas, podem agora ser acessados de modo controlado fora da empresa, 0 que permite maior rapidez e economia de tempo nas transagies. ‘A Volkswagen foi a primeira montadora brasileira a criar um ambiente Intranet, de comunicagdo virtual de baixo custo. Além de agilizar seus procedi- mentos, a rede possibilita ganho de tempo no proceso de fabricacio dos compo- nentes, pois as necessidades de aquisicao esto disponiveis para 700 fornecedores cadastrados, por meio da cotagao eletrOnica, em que sdo identificados os fornece- dores homologados quanto & qualidade, fornecimento e custo. Os que estiverem aptos acessam a Intranet e definem seu preco. 4 PRINCIPAIS DESAFIOS DO ADMINISTRADOR DE MATERIAIS NA EMPRESA ATUAL. 4.1 Problema da manutengio do estoque Quando se encomendam quantidades maiores, eleva-se 0 estoque médio, Juntamente com 0 custo de manté-lo. Manter um estoque custa os juros sobre o ca~ pital empatado mais as despesas da prépria manutengao fisica — o aluguel ou amortizac4o dos armazéns ¢ os saldrios dos funciondrios envolvidos. Portanto, para reduzir 0 custo de sua manutencio, deve-se simplesmente encomendar aos fornecedores entregas menores e mais freqtientes. As encomendas menores e espacadas, contudo, também tém seu custo. 50 ADMINISTRAGAO DE MATERIAIS A mio-de-obra empregada na preparacéio da maquinaria, o custo das pe- gas sueatadas ¢ as correspondentes despesas de administragéo podem demandar muitos recursos financeiros, Os gerentes de producao gostam de preparar sua ma- quinaria menos vezes e de fabricar volumes maiores, para conservar baixas as des- pesas com essa operactio. Ocorre ai o conflito classico: o setor financeiro quer reduzir o custo da manutencao do estoque por meio da fabricacéo freqiiente de pequenos lotes, en- quanto a geréncia de produgao quer reduzir as despesas com a preparacio da maquinaria (endo interromper as operacdes) mediante fabricagées prolongadas e espacadas. Independentemente do aspecto da economia do pais, a qual reflete inten- samente na formacao de estoques, a maneira de resolver esse conflito é mediante um acordo pragmatico, H4 um lote de tamanho economicamente correto — nem tdo grande que acarrete despesas excessivas de mantitengao, nem tio pequeno que acarrete despesas excessivas com a preparagao da maquinaria. Essa quantida- de de meio-termo chama-se lote econdmico de compra e foi montada em 1915 por meio de formulagio matemitica, constituindo, hé muitos anos, a peca fundamen- tal do gerenciamento dos estoques. 4.2 O que o futuro nos espera O campo da previsiio e suas técnicas altamente diversificadas dependem muito da natureza da empresa, dos recursos de processamento de informacdes € da andlise dos meios dispontveis. As tendéncias mundiais, por intermédio da globalizagio da economia ¢ seus efeitos, exigem postura mais dindmica ¢ eficiente das empresas, as quais de- vem estar preparadas para reagit o mais rapido possivel as sinalizacdes ¢ tendén- cias do mercado, a fim de que possam continuar sendo comperitivas e eficazes. Assim, as tendéncias futtras rumam, indiscutivelmente, para o advento da praticidade e da economia, com 0 intuito de se atingir 0 ponto maximo, objetivo de toda empresa, a qualidade total. Nesse contexto. a informatica, cada vez mais disseminada no meio empre- sarial, propiciando eficiéncia e rapidez das informacées, evoluird de tal forma que as relacées, principalmente entre clientes e fornecedores, processar-se-4o via Internet ou Intranets, fazendo com que a dinamica seja a tonica predominante. Consegiientemente, os conceitos serao preservados, evoluindo as formas. Por mais estranho que possa parecer, o futuro do gerenciamento de esto- ques é administrar estoque nenhum. 2 CLASSIFICAGAO DE MATERIAIS A influéncia da classificagdo no gerenciamento dos estoques W Alguns tipos de classificagao adotados @ Interface entre tipos de classificacéo 1 CONCEITUAGAO Aclassificacio é 0 processo de aglutinaciio de materiais por caracteristicas semelhantes, Grande parte do sucesso no gerenciamento de estoques depende fundamentalmente de bem classificar os materiais da empresa. Assim, o sistema. classificatério pode servir também, dependendo da situaco, de processo de sele- cdo para identificar ¢ decidir prioridades. Existem infinitas formas de classificag4o. Abordaremos apenas o alicerce, que permitira adaptac6es as necessidades de cada empresa. Uma boa classificagdo deve considerar alguns atributos. gee ngeg Soro 52. ADMINISTRAGAO DE MATERIAIS 2 ATRIBUTOS PARA CLASSIFICACAO DE MATERIAIS 2.1 Abrangéncia Deve tratar de uma gama de caracteristicas em vez de reunir apenas mate- tiais para serem clasificados, 2.2 Flexibilidade Deve permitir interfaces entre os diversos tipos de classificacdo, de modo que se obtenha ampla visdo do gerenciamento de estoques. 2.3 Praticidade A classificacdio deve ser direta e simples. 3 TIPOS DE CLASSIFICAGAO Para atender as necessidades de cada empresa, € necessdria uma diviséo que norteie as varias formas de classificacdo. Como existem varios tipos, a classifi- cago deve ser analisada no todo, em conjunto, visando propiciar decisées ¢ resul- tados que contribuam para atenuar 0 risco de falta. A Figura 2.1 permite visualizar a principal classificagéo, por tipo de de- manda, identificando suas ramificagoes: 3.1 Por tipo de demanda 3.1.1 MATERIAIS DE ESTOQUE So materiais que devem existir em estoque e para os quais s4o determina- dos critérios e parimetros de ressuprimento attomatico, com base na demanda prevista ¢ na importancia para a empresa. Os critérios de ressuprimemto fixados para esses materiais possibilitam a renovagao do estoque sem a participacao do usuudrio. Os materiais de estoque sio clasificados: a. quanto a aplicacéio: al. materiais produtivos: compreendem todo e qualquer material liga- do direta on indiretamente ao processo de fabricacdo. Exemplos: matérias-ptimas, produtos em fabricacdo, produtos acabados; cLassigicacko pg mareRias 53 Tioo do demands aie io de estoque A Valor do } terse Log} nese ant & povecibildade Avante «| peivelasiéode pecs pce orm ra —mMH—VNuKNrTrnrne tan c mocede ‘bevetin Figura 2.6 Hierarquia dos tipos de classificagiio. 64 Apwmusreacio De MATERIAIS 4 METODOLOGIA DE CALCULO DA CURVA ABC Trata-se de método cujo fundamento é aplicavel a quaisquer situagdes em que seja possfvel estabelecer prioridades, como wma tarefa a cumprir mais impor- tante que outra, uma obrigagao mais significativa que outra, de modo que a soma de aigumas partes dessas tarefas ou obrigacées de importdincia elevada represen- ta, provavelmente, uma grande parcela das obrigagées totais. pds ordenados pela importincia relativa, as classes da curva ABC podem ser definidas assim: Classe A: grupo de itens mais importante que devem ser tratados com atengao bem especial: Classe B: grupo deitens em situagdo intermediria entre as classes Ae C; Classe C: grupo de itens menos importantes que justificam pouca atencao. Pata facilitar o entendimento, apresentamos a sintese histérica do método. Vilfredo Pareto, economista, socidlogo e engenheiro italiano (1848-1923), em 1897, muito antes do aparecimento das pesquisas econométricas, descobriu, a0 estudar a distribuigdo de renda entre a populacdo do sistema econdinico em que vivia, certa regularidade na distribuigao da renda nos paises capitalistas ¢ também naqueles onde imperavam relagGes feudais ou de capitalismo nascente, estabele- cendo um principio, segundo o qual o maior segmento da renda nacional concen- tava-se em uma pequena parte da mesma renda. Com base em estatisticas de diferentes paises, Pareto anotou uma série de dados sobre o nimero de pessoas correspondentes a diferentes faixas de renda te cebida. A seguir, com os dados obtides, tracou um grafico, marcando as diferentes faixas de renda no eixo das abscissas ¢, no eixo das ordenadas, o mimero de pes- Soas que recebiam rendas iguais ou superiores As de cada faixa, observando que 80 4 90 % da populacao pertencem a duas ou trés classes inferiores, do que concluiu que qualquer medida que atingisse duas ou trés classes majoritatias estaria englo- bando © grosso da populacao. Assim nasceu o diagrama de Pareto. Nos ditimos 30 anos, apds os esforcos iniciais da General Electric america- na, 0 principio de Pareto foi sendo adaptado ao universo dos materiais, particular- mente ao gerenciamento dos estoques, com a denominacio de classificacdio ou curva ABC, importante instrumento que permite identificar itens que justificam atengo ¢ tratamento adequados em seu gerenciamento. Assim, a classificacio ABC podera ser implementada de varias maneiras, como tempo de reposigo, va- lorde demanda/consumo, inventario, aquisigbes realizadas e outras, porém a pre- ponderante é a classificacdo por valor de consumo, da qual se obtém, em conse- qiiéncia, as definigdes j4 anteriormente analisadas. cassmicacho pemarenais 6S A Figura 2.7 demonstra uma curva ABC tipiea: + 100 4 5+ 4 z 3 a ® eo 2 4 Ow 100 oP 5 0 1s $%de quota dios Figura 2.7 Distribuicdo tipica e usual da curva ABC. A interpretac3o do gréfico da Figura 2.7 conduz-nos ao resumo abaixo, objeto da Figura 2.8: CLASSE ‘%e QUANTIDADE DE ITENS % DE VALOR A 5 5 B a a c 15 5 Figura 2.8 Interpretagdo e resumo do grdfico da curva ABC referente d Figura 3.1. Interpretando-se os resultados obtidos, pode-se afirmar que: a. acclasse A representa o grupo de maior valor de consumo € menor ! quantidade de itens, que devem ser gerenciados com especial atencao; b. aclasse B representa o grupo de situagéo intermedidria entre as classes AcB; 660 aDMINSTRAGKO DE MATERIAIS c. a classe C representa o grupo de menor valor de consumo e maior quantidade de itens, portanto financeiramente menos importantes, que justificam menor atencio no gerenciamento. 4.1 Técnica de montagem da curva ABC Eimportante esclarecer que a curva construidacom base ett quaisquer da- dos sempre apresenta o cariter tipico apresentado na Figura 2.7. A construgao da curva ABC compreende trés fases distintas: a. elaboracdo de tabela mestra; b. construgao do grafico; ¢. interpretagio do grafico, com identificagio plena de percentuais quantidades de itens envolvidos em cada classe, bem como de sua res- pectiva faixa de valores. Para entendermos a mecénica do proceso, adotaremos, pedagogicamen- te, para facilidades de cdlculo e de elaboracéio, o rol de 10 itens de uma hipotética empresa, como estd representado na Figura 2.9: MATERIAL RS PRECO UNITARI. | CONSHMO ANLAL - NAL nS x01 5,00 200 5,000.00 x02 16,00 5,000 0.000,00 X08 50,00 10 50,00 x04 100,00 100 10.000,00 | X05 a5 200.000 30.000,00 | x06 oni 100.000 1.000,00 | x07 8,00 1.000 8,000,00 x08 200 20.000 40.000,00 | x09 70,00 10 700,00 | x40 5,00 # 300,00 Figura 2.9 Relagio anual de materiais utilizados pela empresa, CLASSIFICACKO DE MaTERAs 67 4.1.1 TABELA MESTRA PARA CONSTRUGAO DA CURVA ABC Ao analisarmos a Figura 2.9, observa-se que os materiais estéo ordenados por cédigo, o que no interessa, pois pretendemos interpretar o valor deles, moti- vo pelo qual serd necesséria sua transformacio: a. ordenar o total do consumo por ordem decrescente de valor; b, ober o total do consumo acumulado; ¢. determinar as percentagens com relago ao valor total do consumo acumulado. A Figura 2.10 demonstra essa transformacéo: MATERIAL vaLoR D0 Cowsumo | YALOR DO CONSUIAO | % SOBREO VALOR TOTAL ANUAL, EM RS: ACUMULADO, EM RS. ACUMULADO x02 30,000,00 80.000,00 4558 X08 49.000,00 120,000.00 6837 x05 30,000.00 150,009.00 8547 x04 10.000,08 160,000,00 31,16 X07 8.000,00 168,000.00 9572 xo 5.000,00 173,000,00 98,57 Xb 1.000,00 174.000,00 99,14 x0 700,00 174700,00 99,54 103 500,00 175,200.00 99,82 «10 300,00 175.500,00 100,00 Figura 2.10 Tabela mestra pare @ construgéio da Curva ABC 4.1.2 CALCULO DA PERCENTAGEM SOBRE © VALOR ACUMULADO A percentagem sobre 0 valor total do consumo acumulado é obtida por meio da seguinte formula: VCA = x TA 100 onde: X valor % a ser calculado, para cada item; VCA = valor do consumo acumulado; TA = valor total do consumo acumulado. 68 ADMINISTRACAO DE MaTERLIS 4.1.3 CONSTRUGAO DO GRAFICO A construgio do grafico obedece as seguintes etapas, com base na tabela mestra, demonstrada na Figura 2.10: ordenadas e abscissas - formagao do quadrado: marcacaio de pontos; tragado da curva; - tragado da diagonal do quadrado e da tangente paralela A diagonal no ponto extremo da curva; 5. identificacao dos angulos, tragado das bissetrizes dos angulos ¢ deter- minagéio de pontos na curva; 6. determinagao das 4reas A, Be C. sweep e Temos, entio: a. ordenadas ec abscissas - formacdo do quadrade: é convenien- te a utilizagao de papel milimetrado para facilitar a construcdo do gra- fico; para o eixo das ordenadas, fica reservado o percentual de valores ©, para o eixo das abscissas, o percentual de quantidade; b. marcagio de pontos: os pontos percentuais obtidos na tabela mes- tra, objeto da Figura 2.10, devem ser transpostos para o gréfico no eixo das ordenadas (percentual de valor acumulado); ¢. tragado da eurva: os pontos marcados devem ser unidos por meio do auxflic de uma curva francesa, delineando-se, assim, o perfil da cur- va ABC; ¢. tragade da diagonal do quadrado e da tangente paralela a diagonal no ponto extremo da curva: traga-se a diagonal do guadrado abaixo da curva e uma tangente, paralela a diagonal ¢ que toque no ponte mais extremo da curva; e. identificagiio de anguios, tracado de bissetrizes e determi- nagdo de pontos na curva: 0 eixo das ordenadas ea tangente for- mam um Angulo, enquante o lado superior do quadrado e a tangente formam outro Angulo; identificados, tracam-se as bissctrizes desses Angulos, para que, entéo, sejam mareados 0s pontos obtidos pelo en- contro de cada bissetriz com a curva; £, determinagdo das dreas A, Be C: os pontos obtidos pelo encontro das bissetrizes dos angulos com a curva determinam e delimitam as areas A, Be C, conforme demonstra a Figura 2.11, obtida pelo exemplo em pauta. ‘LASSIFICAGO DE MATERIAIS nm a Figura 2.11 Determinagéto das dreas A, B ¢ C. 4.1.4 RESUMO DE PERCENTUAIS Os percentuais de quantidade s4o obtidos pela leitura do eixo das abscis- sas, enquanto os percentuais de valor so obtidos pela leitura do eixo das ordena- das, respectivamente para cada classe A, Be C, conforme a Figura 2.12: (USE 5% QUANTIDADE DEITENS 5 DE VALOR A n 9 B 8 4 c Al 5 Figura 2.12 Resumo de percentuais. 4.1.5 FAIXA DE VALORES As faixas de valores de cada classe sdo obtidas pelas seguintes etapas: a. da leitura no grafico dos valores percentuais correspondentes as clas- ses Ae C, no caso 49 e 95%, respectivamente; 69 snr ORE 70 aDMINIST2AGAO DE MATERIAIS Nota: 4.1.6 b. da identificacao, na tabela mestra, Figura 2.10, dos valores de consu- mo anual respectivos aos percentuais das classes A ¢ C. £m virtude da demonstracdo referente a técnica de montagem da curva ABC ter sido elaborada, conforme jé afirmado, por motivos pedagégicos, com o rol de 10 itens, nao sera possivel identificar na tabela mestra 0 va lor real correspondente a cada classe, motivo pelo qual, no caso em apre- go, o valor de R$ 70.000,00, que corresponde a classe A, 49%, foi obtido pela leitura de um valor de consumo anual qualquer correspondente aos percentuais de 45,58 e 68,37%, partanto situados imediatamente nos ex- tremos dos 49% mencionados. A Figura 2.13 demonstra os resultados obtidos: A> RS 70.000,00 RS 8.000,00 < B < RS 70.000,00 C sDMINISTRACAO DE MATERIALS 1.1. Definicéo Talvez a mais sintética definicdo de especificago seja “descrigao das ca- racteristicas de um material, coma finalidade de identificé-loe distingui-lo de seus similares”. No entanto, pode-se adotar definicdes mais complexas: a. “a representacao sucinta de um conjunto de requisitos a serem satis- feitos por um produto, um material ou um processo, indicando-se, sempre que for apropriado, o procedimento por meio do qual se possa determinar se os requisitos estabelecidos sio atendidos”; Ou: b. “Ga definigao dos requisitos globais, tanto gerais como minimos, que devem obedecer aos materiais, tendo em vista a qualidade e a seguran- ca deles”; Ou, ainda em conformidade com a Resolugdo n* 03/76, do Conselho Na- cional de Metrologia, Normalizagéo e Qualidade Industrial — Conmetro -, usando das atribuicdes que lhe confere a Lei n? 5.966, de 11-12-1973: ©. “€o tipo de norma que se destina a fixar condigdes exigiveis para acei- tacdo e/ou recebimento de matérias-primas, produtos semi-acabados, produtos acabados ete”. 2 OBJETIVO A especificacao propicia, entre outras, facilidades as tarefas de coleta de Precos, negociacao empreendida pelo comprador com o fomnecedor, cuidados no transporte, identificacdo, inspec&o, armazenagem e preservacdo dos materiais, apresentando um conjunto de condigées destinadas a fixar os requisitos e caracte. risticas exigiveis na fabricagaio e no fomecimento de materiais. Entre as intimeras vantagens, destacamos: a eliminacao de duividas que Porventura se apresentem na identificacdo de um material, jamais podendo ser confundidas com um ou mais similares. 3 CRITERIOS SOBRE A DESCRICAO A descricdo deve ser coneisa, completa ¢ permitir a individualizaggio; de- ‘Verse abolir a utilizagéo de vocdbulos referentes a marcas comerciais, girias e regio- nalismos, que inadequadamente consagram a nomenclatura dos materiais, espzcrricagio | 75. Para tanto, os requisitos para a montagem da especificacdo devem ser: des- crigdo sumaria e objetiva, termos técnicos adequados e usuais e critério de quali- dade para determinado uso. A descrigio padronizada de um material obedece a determinados critérios racionais, entre os quais merecem. destaque: a. a denominagio deverd, em principio, ser sempre no singular; b. adenominagio deverd prender-se ao material especificamente endo a sua forma ou embalagem, apresentagdo ou uso; ne nepael Exemplo: 5 = Burra de aco — errado z Aco om barra — certo : # c. utilizar, sempre que possivel, denominacées tinicas para materiais da mesma natureza; cc utilizar abreviaturas devidamente padronizadas, conforme disposto no item 9 adiante ¢ relacionadas no Apéndice C. 4 ESTRUTURA E FORMAGAO DA ESPECIFICAGAO Monta-se a especificacdo por meio da seguinte estrutura: a. Nome basico: trata-se do primeiro termo da especificagao. Exemplos: a. mpod; by sae. b. Nome modificador: trata-se do terme complementar. Exomplos: a. lémpada incandescent; lamp Horescente; «._sabo om; sao luo, 76 — ADMINISTRAGAD DE MATERIAIS ©. Caractetisticas fisicas: trata-se de informacoes detalhadas referentes as propriedades fisicas e quimicas dos materiais, tais como densidade, peso espectfico, granulometria, viscosidade, dureza, resisténcia ¢ ou. tros, devendo-se ainda apontar tolevdncias das propriedades indica. das, métodos de andlise dessas propriedades, padres ou normas ase. rem observadas (ABNT, DIN, ANSI, SAF etc.) que podem ser obtidas nosmamuais e desenhos construtivos dos equipamentos ¢ em catélogos téenicos de fabricantes, Independentemente dos componentes que formam a regra retrodefi- nida para sua formacio, a especificagaio deve contet, conforme o caso, alguns elementos auxiliares com informades destinadas a com. plementé-ia, para evitar ou reduzir os denominados “esclarecimen- tos técnicos”, que siio responsaveis pela perda ocasional de tempo du- Fante 0 processo de ressuprimento, Numa maior amplitude, a especi- ficagao estd associada ao perfeito conhecimento de normalizagio ¢ padronizacao. Os elementos auxiliares referidos so: 4. Unidade metroldgica: a boa especificagao deve conter em seu bojo as informag6es referentes a unidade de fornecimento do material, a uni- dade de controle adotada pela empresa, bem coma o fator de conver. séo da unidade de fornecimento para a unidade de controle, caso essas sejam diferentes. &. Medidas: se for 0 caso, devem ser fornecidos desenhos dimensionais ¢ tolerancias limites de qualidade nos quais 0 material pode ser fa- bricado e aceito pelo consumidor, bem como outras medidas, como capacidade, poréncia (HP), freqiiéncia (HZ), cotrente (A), tensio () ete. f£. Caracteristicas de fabricacao: indicar os processos de fabricagio, deta- lhes de construgéo ou execugio, acabamento do material etc. g. Caracteristicas de operacdo: garantias exigidas, testes a serem execu- tados durante 0 processo de Produgao e testes de aceitacdo, h. Cuidados com relacdo ao manuseio ¢ armazenagem: devem ser forne- cidos todos os detalhes sobre manuseio, transporte e precaucdes com relagdo a preservagdo e armazenagem dos matetiais, i. Embalagem: deve levar em conta a finalidade do material, como meios de transporte, manuseio ¢ armazenagem, visando a sua integridacle evitando perdas até o consumo final. gsoeciricagAo 77 Os tipos de embalagem mais comuns s40: il, caixas de papelaio ondulado: caracteristicas: baixo custo, leve, viola- gio facilmente percebida etc.; i2. tambores metélicos: caracteristicas: facil manipulacao e armaze- nagem, resisténcia, protecao absoluta, capacidade para reutilizacdo etc.: 13, fardos: caracteristicas: utilizades para grandes volumes, quando © custo final se tomna proibitivo para outros tipos de embalagem; i4. recipientes plasticos: caracteristicas: utilizados para liquidos ¢ és, inquebraveis, resistentes a corrosiio, mais leves que os tambores, podem ser reutilizaveis etc.; is. eaixas de madeira: caracteristicas: resistentes, baixo custo, boa protecao etc. 5 TIPOS PADRONIZADOS DE ESPECIFICAGAO Por oportuno, é necessério estabelecer uma l6gica para dispor as informa- ¢6es técnicas, a fim de garantir a homogeneidade da descrigao e, principalmente, que os materiais de um mesmo grupo contenham as mesmas informagées na mes- ma seqiiéncia. Dai, surgem os tipos, que irdo nortear a padronizacio da especifica- go. Temos, entao: a. conforme amostra: utilizada quando hd dificuldades em detalhar con- venientemente as caracteristicas do material. Deve ser evitada ao ex- tremo. Exemplo: formularios, como notas fiscais, faturas, duplicatas ete; b. por padrio e caracteristicas fisicas: utilizada quando se trata de mate- riais que possuam normas técnicas ou quando ha condigdes de fornecer todos os dados conhecidos de um material. Exemplo: parafuso métrico, cabeca sextavada, em aco classe de resisténcia 5.6 (ABNT-EB-168), cad- miado, diametro 6,00 mm, passo 1,00 mm, comprimento 16 mm, corpo todo roscado, acabamento grosso, conforme norma ABNT PB-40; cc. por composi¢éo quimica: utilizada quando ha exigéncias de teor pre- determinado para os componentes quimicos do material. Exemplo: sulfato, aménia, para anilise, solucio 10% H2S; d. por marca de fabrica: utilizada quando se deseja garantir a qualidade do material, aceitando-se a marca como padrdo. Pode ser aceito, ou nao, equivaiente. Exemplo: rolamento SKF 3210, ou equivalente;

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