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GOVERNO DO ESTADO DE RONDONIA GOVERNADORIA LEIN. 3.307 ,DE {9 DE DEZEMBRO DE 2013. Regulamenta as transferéneias de recursos da Administragio Direta e Indireta do Estado de Rondénia, mediante convénios financeiros, contratos de repasse € termos de cooperagdo e dé outras providéncias. O GOVERNADOR DO ESTADO DE RONDONIA: Faso saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei: CAPITULO I DAS DISPOSIGOES GERAIS Art. 1°, Esta Lei regulamenta os convénios financeiros, os contratos de repasse e os termos de cooperagao celebrados pelos orgios ¢ entidades da Administragao Publica Direta e Indireta do Estado de Rondénia, com érgaos ¢ entidades puiblicas federais, estaduais, municipais ¢ com entidades privadas sem fins lucrativos, para a execugao de programas, projetos e atividades de interesse piblico que envolvam a transferéncia de recursos financeiros, oriundos do Orgamento Estadual. § 1°, Para os efeitos desta Lei, considera-se: I~ convénio financeiro ou convénio — acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que discipline a transferéncia de recursos financeiros de dotagdes consignadas no Orgamento do Estado e tenha como participe, de um lado, drgfio ou entidade da Administragtio Pablica, Direta e Indireta, do Estado de Rondénia, ¢, do outro lado, orgao ou entidade publica federal, estadual, municipal, ou entidade privada sem fins lucrativos, visando & execugtio de Programa de Governo, envolvendo a realizagao de projeto, atividade, servigo, aquisigao de bens e realizagdo de evento de interesse reciproco, em regime de miitua cooperagao; Il contrato de repasse — instrumento administrative pelo qual a transferéncia dos recursos financeiros processa-se por intermédio de instituigdo ou agente financeiro publico, atuando como mandatadrio do Estado; III - termo de cooperagao ~ instrumento pelo qual é ajustada a transferéncia de crédito de érgio ou entidade da Administragaio Publica, Direta e Indireta, do Estado de Rondénia, para outro érgio ou entidade estadual da mesma natureza; IV — concedente ~ drgiio ou entidade da Administragio Publica Estadual, Direta e Incireta, responsdvel pela transferéneia dos recursos financeiros ou pela descentralizago dos creditos orgamentairios destinados 4 execugao do objeto do convénio; V ~ contratante - érgo ou entidade da Administragdo Piiblica, Direta ¢ Indireta, do Estado de Rondénia, que pactua a execuedo de programa, projeto, atividade ou evento, por intermédio de instituigao financeira mandataria, mediante a celebragaio de contrato de repasse: VI ~ convenente ~ érgio ou entidade da Administragio Publica, Direta e Indireta, de qualquer esfera de governo, bem como entidade privada sem fins lucrativos, com 0 qual a Administragao Estadual pactua a execugiio de es atividade ou evento, mediante a celebragiio de convénio; 4 / Lf f/ LUM/ 6 Jy = GOVERNO DO ESTADO DE RONDONIA GOVERNADORIA VII — contratado — érgao ou entidade da Administragdo Pablica, Direta e Indireta, de qualquer esfera de governo, bem como entidade privada sem f'ns lucrativos, com a qual a Administragdo Estadual pactua a execugiio de contrato de repasse; VIII — interveniente ~ érgio ou entidade da Administragdo Pablica, Direta e Indireta, de qualquer esfera de governo, bem como entidade privada sem fins lucrativos, que participa do convénio para manifestar consentimento ou assumir obrigagdes em nome préprio; IX — termo aditivo — instrumento que tenha por objeto a modificagdo do convénio ja celebrado, vedada a alteragdo do objeto; X — objeto ~ o produto do convénio ou contrato de repasse, observados o programa de trabalho ¢ as suas finalidades; XI — meta — deserigo completa dos objetivos a serem atingidos com a parceria, nos aspectos quantitativos e qualitativos, aposta no Plano de Trabalho: XII — padronizagao — estabelecimento de critérios a serem seguidos nos convénios ou contratos de repasse com o mesmo objeto, definidos pelo corcedente ou contratante, especialmente quanto is caracteristicas do objeto e ao seu custo; XIII - projeto basico - conjunto de elementos necessérios ¢ suficientes, com nivel de preciso adequado, para caracterizar a obra, servigo, complexo de obras ou servigos, elaborado com base nas indicagées dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e 0 adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliagao do custo da obra ¢ servigo de engenharia e a definigdo dos métodos e do prazo de execugo; € XIV - termo de referéncia - documento apresentado quando 0 objeto do convénio, contrato de Tepasse ou termo de cooperagao envolver aquisigiio de bens ou prestago de servigos, que deverd conter elementos capazes de propiciar a avaliagdo do custo 9ela Administrago, diante de orgamento detalhado, considerando os pregos praticados no mercado da regido onde sera executado 0 objeto, a definigao dos métodos ¢ o prazo de execugaio do objeto. § 2°. As disposigdes desta Lei nao se aplicam aos instrumentos e descentralizacao previstos na Lei -122, de 1° de julho de 2013, como também no que contrariar a referida Lei. CAP:TULO II DA PROPOSITURA E DO PROCESSO ADMINISTRATIVO Art. 2°, © procedimento destinado formalizagdo de convénio ser iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente autuado, pro‘ocolado e numerado, contendo a autorizagdo da autoridade maxima do érgio ou entidade, a indicago sucinta de seu objeto e do recurso proprio para a despesa e, ao qual serio juntados, na oportunidade, os documentos exigidos pela legislagdo correspondente, em especial: I~ autorizagao do Governador do Estado, quando 0 concedente for érgio ou entidade do Poder Executivo; GOVERNO DO ESTADO DE RONDONIA GOVERNADORIA Il — cotagdes de, no minimo, trés fornecedores, para cada bem ou servigo a ser adquirido ou locado na consecugiio do objeto, de responsabilidade do érgGo ou entidade concedente; III projeto bisico ou termo de referéncia, de responsibilidade do drgiio ou entidade concedente; IV — parecer inicial, de responsabilidade da Procuradoria Geral do Estado, tendo por objeto a anélise do edital de chamamento piblico ou da viabilidade juridica da escolha direta do convenente, nos termos desta Leis V - publicacao da homologagao do resultado final do chamamento piiblico ou da escolha direta; V1—plano de trabalho, na forma do artigo 4°, de responsabilidade do convenente; Vil — documentos de regularidade trabalhista e fiscal; VIII — nota de empenho; ¢ IX ~ pareceres técnicos acerca do objeto do convénio. Pardgrafo unico. Os processos de convénios relativos a eventos deverdio ser encaminhados & Procuradoria Geral do Estado, para elaboragao do termo, com no minimo 20 (vinte) dias de antecedéncia do inicio do prazo de execugo constante no plano de trabalho. Art. 3°. O projeto basico ou termo de referéncia, de responsabilidade do érgio ou entidade concedente, conterd as diretrizes fundamentais para a elaboragdo do edital de chamamento piiblico e do plano de trabalho. Art. 4°, O plano de trabalho, assinado pelo dirigente maximo do convenente, ¢ pelo ordenador de despesas do concedente, contera, no minimo, as seguintes informagdes: I razdes que justifiquem a celebragtio do convénio; II — deserigtio completa e pormenorizada do objeto a ser executado; I — deserigdies das metas, nos aspectos qualitativo ¢ quantitativo, a serem atingidas; TV ~etapas ou fases da execugaio do objeto, com previsdo de inicio e fim; V — plano de aplicagio, exposto de forma minuciosa, dos recursos a serem desembolsados pelo concedente ¢ a contrapartida financeira do proponente; ¢ VI-cronograma de desembolso. § 1°. A autorizagtio do Governador do Estado poderé no abarcar o valor integralmente requerido. § 2°. As entidades nio dotadas de capacidade técnica ou financeira para a elaboragdo de plano de trabalho, receberdo auxilio técnico e operacional do drgtio concedente. GOVERNO DO ESTADO DE RONDONIA GOVERNADORIA CAPITULO IIT DAS VEDAGOES, Art. 5°. E vedada a celebragdo de convénios e contratos de repasse: I~ com 6rgios e entidades da Administragao Publica Direta e Indireta, de qualquer esfera de governo, cujo valor seja inferior ao fixado em decreto do Governador, excetuados aqueles decorrentes de emendas parlamentares; Il — com entidades privadas sem fins lucrativos, que tenham como dirigente agente politico de qualquer dos Poderes, dirigente de érgo ou entidade da Administragao Pablica de qualquer esfera governamental, ou respectivo cdnjuge ou companheiro, bem como parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o segundo grau; III entre orgaos e entidades da Administragdo Pablica Estadual; IV ~ com entidades privadas sem fins lucrativos que, concomitantemente, tenham menos de 2 (dois) anos de existéncia e que néio comprovem, nos iltimos 2 (dois) anos, a realizag&o continua de atividades referentes a matéria objeto do convénio ou contrato de repasse; V — com entidades privadas sem fins lucrativos que tenham, em suas relagdes com o Estado de Rondénia, com a Unitio, ou qualquer entidade federativa, incorrido em pelo menos uma das seguintes condutas: a) omissio no dever de prestar contas; b) descumprimento injustificado do objeto de convénios, contratos de repasse ou termos de parceria: ©) desvio de finalidade na aplicagao dos recursos transferidos; 4) ocorréneia de dano ao erario; ©) pratica de outros atos ilicitos na execugtio de convénios, contratos de repasse, contratos de gestdo ou termos de parceria. VI — com entidades privadas sem fins lucrativos que estejam sob Tomada de Contas Especial, no Tribunal de Contas da Unido, de Estado ou Municipio, enquanto pendente de julgamento definitivo: VII — com entidades privadas com finalidade lucrativa; VIII — que visem a prestagao de servigo, aquisigio de bens ou realizagiio de obras em regime em que a participagtio do concedente configure-se em remuneragdo ao convenente; € IX — para reembolso ou indenizagao de gastos de qualquer natureza, em especial, os incorridos antes da vigéncia da avenga. Pardgrafo nico. Para fins de alcance do limite estabelecido no inciso I deste artigo, € permitido: 4it4y GOVERNO DO ESTADO DE RONDONIA, GOVERNADORIA 1 —consércio entre érgdos e entidades da Administragéo Publica Direta ¢ Indireta dos municipios; ¢ Il ~ celebragao de convénios ou contratos de repasse com objeto que englobe varios programas & agdes estaduais a serem executados de forma descentralizada, devendo 0 objeto conter a descrigao pormenorizada e objetiva de todas as atividades a serem realizadas com os recursos federais. CAPITULO IV DAS ENTIDADES PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS Art. 6°, Para a celebragdo de convénio ou contrato de repasse com érgios e entidades da Administragdo Publica Estadual, as entidades privadas devem estar cadastradas no SISPAR, em conformidade com a Lei n, 3.122, de 2013. CAPITULO V__ DO CHAMAMENTO PUBLICO Art. 7°. Com fulero nos Principios da Igualdade e da Moralidade, a celebragdo de convénio ou contrato de repasse, com entidades privadas sem fins lucrativos, observadas as disposigdes do artigo 47 da Lei n. 3.122, de 2013, sera precedida de processo administrativo de chamamento piiblico, a ser realizado pelo drgtio ou entidade concedente, visando a selegaio de projeto ou entidades que tornem mais eficaz 0 objeto de ajuste. § 1°. Devera ser dada ampla publicidade ao chamamento publico, inclusive ao seu resultado, especialmente, por intermédio da divulgacao em imprensa oficial, jornais de grande circulagao e sitios Virtuais oficiais, § 2°. A autoridade maxima do concedente poderé, mediante decisdo fundamentada e publicada no Diério Oficial do Estado, excepeionar a exigéncia prevista no caput deste artigo, nas seguintes situagdes: I — quando se fundamentar em situagdes que se enquadrem em pelo menos um dos dispositivos contidos nos artigos 24 e 25 da Lei Federal n. 8.666, de junho de 1993; Il - nos casos de emergéncia ou calamidade publica, quando caracterizada situaglio que demande a realizagao ou manutengdo de convénio e contrato de repasse pelo prazo maximo de cento ¢ oitenta dias consecutivos ¢ ininterruptos, contados da ocorréncia da emergéncia ou calamidade, vedada a prorrogagio da vigéncia; e III — para a realizagdo de programas de protego a pessoas ameagadas ou em situagdio que possa comprometer sua seguranga. § 3°. O disposto no inciso IV do § 2° deste artigo nfo exime a convenente de cumprir os demais requisitos exigidos por esta Lei. § 4°. O chamamento piblico deverd estabelecer critérios objetivos visando a aferigdo da qualificagao técnica e capacidade operacional do convenente para a gestiio do convénio.. Art. 8°. O chamamento piblico devera ser instaurado, no que couber, de acordo com o rito da modalidade de licitagaio concurso, conforme disposto na Lei Federal n, 8.666, de 21 de junho de 1993. e GOVERNO DO ESTADO DE RONDONIA GOVERNADORIA Pardgrafo dnico. A Superintendéncia Estadual de Compras ¢ Licitagdes ~ SUPEL/RO ser 0 orgio responsavel pelo procedimento do chamamento piiblico, desde a elaboragao ¢ publicagao do edital até a publicagio do resultado final, da mesma forma em que se procede nas licitagdes dos érgaos e entidades da Administragao Publica Estadual Art, 9°. edital do chamamento piblico conterd, no minimo, as seguintes informagdes: 1 - especificagdo do objeto da parceria; IL- datas, prazos, condigdes, local forma de apresentagdio das propostas; IIL - datas e critérios objetivos de selegaio e julgamento das propostas; IV = exigéncia de declaragdo da entidade. proponente de que apresentaré, para celebragdio do instrumento, comprovante do exercicio, nos iiltimos 3 (trés) anos de atividades referentes & matéria objeto do convénio ou termo de parceria que pretenda celebrar com érgio ou entidade; V - valor previsto para a realizagao do objeto da parceria; e VI - previsto de contrapartida. Art. 10. A andlise das propostas submetidas a0 chamamento piiblico deverd observar os segi aspectos, dentre outros que poderao ser fixados pelo érgao ou entidade concedente: 1 - a capacidade técnica e operacional do proponente para a execugtio do objeto da parceria; e Il - a adequagao da proposta apresentada‘ao Objeto da parceria, inclusive quanto aos custos, cronograma ¢ resultados previstos. CAPITULO VI DA CONTRAPARTIDA Art. 11, A contrapartida do convenente deveri ser“atendida, preferencialmente, por meio de recursos financeiros, podendo, quando for 0 caso, ser composta de bens ¢ servigos, desde que economicamente mensuriiveis. § 1°, Nos convénios com érgios ¢ entidades da Administragao Publica Direta e Indireta dos Municipios é obrigatério o oferecimento de contrapartida, em recursos financeiros, conforme percentual abaixo: I~ minimo de 5% (cinco por cento) do valor global do convénio, para os Munieipios com até 25.000 (vinte e cinco mil habitantes); e I —-minimo de 10% (dez por cento) do valor global do convénio, para os Municipios com mais de 25.000 (vinte e cinco mil habitantes). . § 2°. Os limites minimos de contrapartida fixados no § 1° deste artigo poderdo ser reduzidos quando 05 recursos transferidos pelo ade, Y AHY GOVERNO DO ESTADO DE RONDONIA GOVERNADORIA 1 - forem oriundos de doagdes de organismos internacionais, de governos estrangeiros e do Fundo para Infraestrutura de Transporte e Habitagdio - FITHA; IL - destinar-se a Municipios que se encontrem em situag4o de calamidade piblica formalmente reconhecida, durante o periodo que esta subsistir; e III - beneficiarem os Muniefpios com até 25.000 (vinte e cinco mil) habitantes, incluidos nos bolsdes de pobreza com menor indice de Desenvolvimento Humano — IDH, § 3°. A contrapartida finaneeira deverd ser depositada na conta bancdria especifica e exclusiva do convénio, em conformidade com os prazos estabelecidos no cronograma de desembolso, ou depositada nos cofres do Estado, na hipdtese de 0 convénio ser executado por meio do Sistema de Administragio Financeira, CAPITULO VII 2 DAS CONDIGOES PARA A CELEBRACAO Art. 12. So condigdes para a celebragdo de convénios, a serem cumpridas pelo convenente, conforme previsto na Lei Complementar Federal n, 101, de 4 de maio de 2000, na Lei de Diretrizes Orgamentirias e nas demais normas aplicaveis: 1 - demonstrago do exercicio da Plena Competéncia Tributiria, que se constitui no cumprimento da obrigagao de instituir, prever e arrecadar os impostos de competéncia constitucional do Ente Federativo a que se vincula 0 convenente, comprovada por meio de apresentagdo de declaragao do chefe do executivo de que instituiu, previu ¢ arrecadou os impostos de competéncia constitucional, juntamente com 0 comprovante de remessa da declaragtio para o respectivo Tribunal de Contas por meio de recibo do protocolo, aviso de recebimento ou carta registrada, com validade até 30 de abril do exercicio subsequente, para os Municipios, ¢ até 31 de maio do exercicio subsequente, para os Estados ¢ para 0 Distrito Federal; Il - regularidade previdenciaria, constituida pela observancia dos critérios e das regras gerais para a organizagdo e o funcionamento dos regimes proprios de previdéncia social dos servidores piblicos, cujo Certificado de Regularidade Previdencidria - CRP é emitido pela Secretaria de Politicas de Previdéncia Social - SPPS do Ministério da Previdéncia Social ~ MPS; III - regularidade quanto a Tributos e Contribuigées Federais ¢ & Divida Ativa da Unido, conforme dados da Certidao Conjunta de Débitos relativos a Tributos e Contribuigées Federais e a Divida Ativa da Unido, fornecida pelos sistemas da Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional — PGFN; IV - regularidade quanto as Contribuigdes Previdencisrias, conforme dados da Certidao Negativa de Débito (CND), fomecida pelo sistema da Secretaria da Receita Federal do Brasil, relativamente as contribuigdes previdencidrias e as contribuigdes devidas, por lei, a terceiros, incluindo as inscrigdes em Divida Ativa do INSS; V - regularidade perante o Poder Publico Federal, conforme consulta ao Cadastro Informative dos Créditos ndo-Quitados do Setor Piiblico Federal (CADIN), sendo sua comprovagao verificada por meio da informagao do cadastro mantido no Sistema de Informagdes do Banco Central do Brasil - SISBACEN, do Banco Central do Brasil (BACEN)<€ de acordo com os procedimentos da referida Lei: 4A tf GOVERNO DO ESTADO DE RONDONIA GOVERNADORIA VI - regularidade quanto as Contribuigdes para 0 FGTS, conforme dados do Certificado de Regularidade do Fundo de Garantia do Tempo de Servigo - CRF/FGTS, fornecido pelo Sistema de Controle da Caixa Econémica Federal: VII - regularidade quanto a Prestagao de Contas de Recursos Estaduais Recebidos Anteriormente; VIII - regularidade quanto aos Tributos e Contribuigdes Estaduais e a Divida Ativa do Estado; IX - regularidade quanto aos Tributos ¢ Contribuigdes Municipais e 4 Divida Ativa do Municipio sede da entidade; X - aplicagio minima de recursos na area da Edueagdo, que se constitui na aplicagéio anual, na manutengao ¢ desenvolvimento do ensino, do percentual minimo de vinte ¢ cinco por cento da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferéncias; XI - aplicagdo minima de recursos na area da Saiide, que se constitui na aplicago anual, em ages e servigos publicos de saiide, dos percentuais minimos da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferéneias; XII - publicagio do Relatério de Gestdo Fiscal - RGF, no prazo de até 30 (trinta) dias apés o encerramento de cada quadrimestre ou semestre: XIII - inexisténcia de vedagao ao recebimento de transferéncia voluntaria por descumprimento dos dispositivos da Lei Complementar Federal n. 101, de 4 de maio de 2000; XIV - publicagio do Relatorio Resumido da Execugdo Orgamentaria (RREO), no prazo de até 30 (trinta) dias aps o encerramento de cada bimestre; XV - comprovagiio de que as Despesas de Cariter Continuado Derivadas do Conjunto das Parcerias Piblico-Privadas ja contratadas no ano anterior se limitam a 3% (trés por cento) da receita corrente liquida do exercicio ¢ se as despesas anuais dos contratos vigentes nos 10 (dez) anos subsequentes se Timitam a 3% (trés por cento) da receita corrente liquida projetada para os respectivos exercicios; XVI - comprovagdo da regularidade quanto ao Pagamento de Precatérios Judici XVII - comprovagao de divulgagdo da execugdo orgamentiria ¢ financeira por meio eletrénico de acesso ao piiblico e de informagdes pormenorizadas relativas a receita e & despesa; XVIII - licenga ambiental prévia, quando o convénio envolver obras, instalagdes ou servigos que exijam estudos ambientais, na forma disciplinada pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA; XIX - comprovago do exercicio pleno dos poderes inerentes & propriedade do imével, mediante certidao emitida pelo cartério de registro de iméveis competente, quando 0 convénio tiver por objeto a execugiio de obras ou benfeitorias no imével. f/ GOVERNO DO ESTADO DE RONDONIA GOVERNADORIA § 1°. A ctitério do beneficidrio, podera ser utilizado extrato emitido por sistema de consulta de requisitos fiscais para recebimento de transferéncias voluntirias disponibilizado pela Secretaria do Tesouro Nacional, apenas com relagdo aos requisitos fiscais que estiverem espelhados no referido extrato. § 2°. Nao se aplicam aos convénios celebrados com entidades privadas sem fins lucrativos, as exigéncias previstas nos incisos I, II, X, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI e XVII deste artigo. § 3°. E condigao para a celebragao de convénios, a existéncia de dotago orgamentaria especifica no orgamento do concedente, a qual devera ser evidenciada no instrumento, indicando-se a respectiva nota de empenho. Art. 13, Nos instrumentos regulados por esta Lei, cuja duragao ultrapasse um exereicio financeiro, indicar-se~d 0 rédito ¢ respectivo empenho para atender & despesa no exercicio em curso, bem como cada parcela da despesa relativa a parte a ser executada ém exercicio futuro, mediante registro contabil. Pardgrafo tinico. O registro a que se refere o caput deste artigo acarretard a responsabilidade de o concedente incluir em suas propostas orgamentérias dos exercicios seguintes a dotagio necessiria a execugaio do convénio, CAPITULO VI DO INSTRUMENTO DO CONVENIO Art. 14. A celebragao do instrumento do convénio observard os principios da padronizagio dos instrumentos e da descentralizagao das atividades materiais, § 1°. A padronizagao dos instrumentos dar-se~A na forma de ato da Procuradoria Geral do Estado. § 2°. A anilise do procedimento administrative pela Procuradoria Geral do Estado pode ser dispensada nos convénios que nao envolvam repasse financeito, § 3°. Constitui cléusula necesséria em qualquer convéni a execugdo do objeto seré acompanhada pelo concedente. ispositivo que indique a forma pela qual Art. 15. Serd obrigatéria a estipulagao do destino a ser dado aos bens remanescentes do convénio. § 1°. Consideram-se bens remanescentes os equipamentos ¢ materiais permanentes adquiridos com recursos do convénio necessérios a consecugao do objeto, mas que no se incorporam a este. § 2°. Os bens remanescentes adquiridos com recursos transferidos poderao, a critério do Secretario de Estado, supervisor, autoridade equivalente ou dirigente maximo da entidade da Administragao Indireta, ser doados quando, apés a consecugio do objeto, forem necessérios para assegurar a continuidade de programa governamental, observado o disposto no respectivo termo e na legislagio vigente Art. 16. Os convénios, contratos de repasse € termos e cooperagdo, que envolvam repasse financeiro, serio assinados pelo Governador do Estado, pelo Secretéirio de Estado da Pasta, ou pela autoridade maxima da entidade da Administragao Indireta, e pelo dirigente maximo da entidade convenente. Ay GOVERNO DO ESTADO DE RONDONIA GOVERNADORIA CAPITULO IX DA EXECUCAO E DOS REPASSES FINANCEIROS Art. 17. A execugdo de plano de trabalho que objetive a realizagao de obra podera ser feita por meio de contrato de repasse, salvo quando 0 concedente dispuser de estrutura para acompanhar a execugao do convénio. § 1°. Caso a instituicdo ou agente financeiro piblico nao detenha capacidade técnica necessaria a0 regular acompanhamento da aplicagao dos recursos transferidos, figurara no contrato de repasse, na qualidade de interveniente, outra instituigao publica ou privada a quem caberé o mencionado acompanhamento. § 2°. O registro a que se refere o caput deste artigo acarretara a obrigatoriedade de ser consignado erédito nos orgamentos seguintes para garantir a execugtio do convénii Art. 18. As transferéncias financeiras para érgaos piiblicos ¢ entidades publicas e privadas, decorrentes da celebrago de convénios e contratos de repasse, serdo feitas, exclusivamente, por intermédio de instituigo financeira piblica, que poder atuar como mandataria para fins de fiscalizagaio. § 1°. Toda movimentago de recursos de que trata este artigo, por parte dos convenentes, executores ¢ instituigdes financeiras autorizadas, seré realizada observando-se os seguintes preceitos: I — movimentagéo mediante conta bancéria especifica e exclusiva para cada instrument de transferéncia (convénio ou contrato de repasse); ¢ II — pagamentos realizados mediante crédito na conta bancéria de titularidade dos fornecedores e prestadores de servigos, facultada a dispensa deste procedimento, por ato da autoridade maxima do concedente ou contratante, devendo o convenente ou contratado identificar o destinatario da despesa. § 2°. Os recursos de convénios e contratos de repasse, enquanto nao utilizados, sero aplicados em caderneta de poupanga, se a previsdo de uso for igual ou superior a um més, ou em fundo de aplicagzo financeira de curto prazo, ou em operagdo de mercado aberto lastreada em titulos da divida publica, quando menor que um més. § 3°. As receitas financeiras auferidas na forma do parigrafo anterior sero, obrigatoriamente, computadas a crédito do convénio e aplicadas, exelnsivamente, no objeto de sua finalidade. § 4°. O convenente obriga-se a prestar contas dos recursos recebidos no prazo de sessenta dias apis © término do prazo de vigéncia ou consecugiio do objeto. § 5°. Nos casos de convénios ou contratos de repasse em que 0 objeto seja atividade de natureza continuada, ¢ que o repasse seja parcelado, 0 convenente obriga-se a prestar contas dos recursos recebidos no prazo de sessenta dias apés o recebimento de cada parcela. § 6°. O concedente terd o prazo de noventa dias para apreciar a prestagdo de contas apresentada, contados da data de seu recebimento, Z GOVERNO DO ESTADO DE RONDONIA GOVERNADORIA § 7°. A exigéncia contida no caput deste artigo podera ser substituida pela execugdo financeira direta, por parte do convenente, no Sistema Integrado de Administragdo Financeita para Estados ¢ Municipios — SIAFEM. Art. 19. E vedado realizar despesa em data anterior & vigéneia do instrumento, bem como efetuar pagamento em data posterior vigéncia do instrumento. Paragrafo ‘inico. Em caso de contingenciamento, a autoridade competente do concedente poderd autorizar, por escrito, em decisdo fundamentada e juntada ao processo antes do inicio do prazo de execucdo, o desembolso a conta do convenente, desde que o fato gerador da despesa ocorra durante a ncia do instrumento pactuado. Art. 20. Para efeito do disposto no artigo 116, da Lei Federal n, 8.666, de 21 de junho de 1993, a aquisigdo de produtos e a contratagao de servigos, com recursos transferidos a entidades privadas sem fins lucrativos, deverdo observar os principios da impessoalidade, moralidade e economicidade, sendo necessiria a selegdo da proposta mais vantajosa, segundo os critétios definidos no termo de convénio. Parigrafo tinico. Nas aquisigdes de produtos ¢ nas contratagdes de bens, obras ¢ servigos previstos no caput deste artigo, as entidades sem fins lucrativos devem obedecer As disposigdes dos artigos 49 a 52 da Lei n, 3.122, de 2013. Art, 21. Nas contratagées de bens, obras e servigos as entidades privadas sem fins lucrativos poderdio utilizar-se do sistema de registro de pregos dos entes federados. Art. 22. Os 6rgéos ¢ entidades piiblicas que receberem recursos do Estado, por meio dos instrumentos regulamentados por esta Lei, esto obrigados a observar as disposigdes contidas na Lei Federal de Licitagdes e Contratos Administrativos ¢ demais normas federais pertinentes ao assunto, quando da contratagao de terceiros. § 1°. Para aquisigdo de bens e servigos comuns seri obrigatério o uso da modalidade prego, sendo utilizada, preferencialmente, a sua forma eletronica. § 2°. A inviabilidade da utilizagao do prego na forma eletrénica deverd ser devidamente justificada pela autoridade competente do convenente. CAPITULO X DA DENUNCIA OU NULIDADE Art, 23. © convénio, contrato de repasse ou termo de parceria poderd ser denunciado a qualquer tempo, ficando os participes responsiveis somente pelas obrigagées do tempo em que parti voluntariamente do acordo, nao sendo admissivel cléusula obrigatdria de permanéncie ou sancionatéria dos denunciantes, Art. 24. Quando da conclustio, deniineia, anulagdo, rescisdo ou extingdo do convénio, os saldos remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obtidas das aplicagdes financeiras realizadas, serdio devolvidos a entidade ou érgao repassador dos recursos, no prazo improrrogivel de trinta dias do evento, sob pena de imediata instauragdio de tomada de contas especial, providenciada pela autoridade competente do drgao ou entidade titular dos recursos. LW GOVERNO DO ESTADO DE RONDONIA GOVERNADORIA CAPITULO XI DA PADRONIZAGAO DOS OBJETOS, Art. 25. Os érgiios concedentes so responsiiveis pela seleylo e padronizagao dos objetos mais frequentes nos convénios ou contratos de repasse. § 1°. Observando-se que 0 objeto de certos convénios consiste na aquisigio ou locagio de bens ¢ servigos, que possam ser padronizados, e que se repitam com frequéncia, a Administrago Publica deverd promover certame licitatério, preferencialmente, na modalidade pregao eletrOnico, para instituigao de ata de registro de pregos que englobe tais bens ou servigos. § 2°. No caso do parigrafo supra, a entidade escolhida deverd utilizar os recursos repassados para aderir a referida ata, CAPITULO XIT . DAS DISPOSIGOES FINAIS E TRANSITORIAS, Art. 26. Aplicam-se aos convénios financeiros, contratos de repasse ¢ termos de cooperagio, subsidiariamente, a legislagao estadual e federal sobre licitagdes e contratos administrativos. Art. 27. A presente Lei no se aplica quando érgao ou entidade da Administragao Direta ou Indireta do Estado de Rondénia constar em convénio com a Unio na condigao de convenente, bem como quando a avenga no implicar transferéncias de recursos. Art. 28. Ato do Governador regulamentara o procedimento referente aos termos de cooperagio, dispondo acerca das formalidades e requisitos cabiveis, tendo por dase as normas da legislagao federal ¢ estadual de Direito Financeiro e os dispositivos desta Lei. Art. 29. Até a entrada em vigor desta Lei, aplicam-se, aos convénios administrativos, contratos de Tepasse e termos de cooperagao do Estado de Rond6nia, o Decreto Federal n, 6.170, de 25 de julho de 2007, ¢ a Portaria Interministerial n, 507, de 24 de novembro de 20:1, no que for cabivel. Art. 30. Esta Lei entrara em vigor em 1° de janeiro de 2014. Palacio do Governo do Estado de Rondénia,em 19 de dezembro de 2013, 126° da Republica. ee ol YS CONFUCIO AIRES MOURA Governador

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