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Classificacio Geral dos Grupos DAVID E, ZIMERMAN E vélido partir do principio de que, virtualmente, a esséncia dos fenémenos grupais € ‘a mesma em qualquer tipo de grupo, € 0 que determina dbvias diferengas entre os distintos grupos é a finalidade para a qual eles foram criados e compostos. Assim, em algumas circunstincias, os fendmenos psfquicos de um campo grupal estdo em estado latente, subjacente, ¢, em outras situagdes, € inerente A natureza do grupo em questo que haja a emergéncia de ansiedades, resisténcias, transferéncias, etc., € que as mesmas possam ser interpretadas e trabalhadas. Conforme for a finalidade precfpua do grupo, diferente também seré a camada das pessoas que 0 compéem, a natureza das combinagées do setting, o esquema referencial tedrico adotado¢ o proce- dimento técnico empregado. amplo 0 leque de aplicagdes da dinamica grupal, vasta a possibilidade de fazer arranjos combinatérios criativos entre os seus recursos técnicos e tAticos, e, igualmen- te, hd uma certa confusdo semAntica na drea da grupalidade; portanto, denominagdes diferentes podem estar designando um mesmo tipo de atividade grupal e, em contrapar- tida, uma mesma denominagao pode estar referindo distintas aplicagées praticas. To- dos esses fatos, acrescidos de tantas outras varidveis ficeis de serem imaginadas, po- dem gerar uma confusio conceitual, inclusive com um prejuizo na comunicagao relati- va ao necessdrio intercfimbio de experiéncias ¢ idéias entre os diferentes profissionais, Para atenuar esse estado de coisas, imp6e-se a necessidade de uma classificagao das distintas e miltiplas modalidades de grupos. Como nfo tenho conhecimento de nenhuma classificago mais abrangente ¢ que seja de utilizago consensual, vou me permitir propor um modelo classificat6rio das modalidades grupais, com a evidente ressalva de que nao hd a pretensdo de que ela seja completa ou rigorosamente certa, Da mesma forma que qualquer outro intento de classificagdo, também este poderia partir de muitos pontos de vista, como, por exemplo: a possibilidade de tomar as vertentes tedricas como base para uma classificagao; o tipo de setting que foi institu(- do © que preside o grupo (grupos homogéneos, grupos abertos e fechados, etc,); a finalidade a ser alcancada; o tipo das pessoas componentes; a Area ern que 0 grupo esté sendo aplicado; 6 tipo de vinculo estabelecide com 0 coordenador; o tipo de técnica empregada, ¢ assim por diante. A cclassificagao que aqui est4 sendo proposta se fundamenta no critério dasfinali- dades a que se destina o grupo, ¢ ela parte de uma divisio genérica nos dois seguintes grandes ramos: operativos e psicoterdpicos. ¢_ZIMERMAN & OSORIO Cada um desses ramos, por sua vez, subdivide-se em outras ramificagdes, con= forme o esquema simplificador que segue adiante, o qual visa unicamente a dar uma. informagio sumarissima, a fim de situar o leitor no contexto geral, visto que todas as modalidades grupais a seguir mencionadas serdo objeto, separadamente, de capitulos espectficos, por parte de colegas especialistas nas respectivas reas. GRUPOS OPERATIVOS E tao abrangente a conceituagao da expressio “grupo operativo” ¢ é tio extensa a gama de suas aplicagdes praticas, que muitos preferem consider4-los como sendo, genericamente, um continente de todos os demais grupos, inclusive os terapéuticos, mesmo os especificamente psicanaliticos, A conceituagio, a divulgagfo e a aplicae ¢40 dos grupos operativos devern muito ao psicanalista argentino Pichon Rividre, que, desde 1945, introduziu-os e os sisternatizou. Esse autor construiu o seu “esque- ma conceitual referencial operativo” considerando uma série de fatores, tanto conscie entes como inconscientes, que regem a dindmica de qualquer campo grupal, e que se manifestam nas trés 4reas: mente, corpo e mundo exterior. E titil enfatizar que a atividade do coordenador dos grupos operativos deve ficar centralizada unicamente na tarefa proposta, sendo que, somente nas situagdes em que 08 fatores inconscientes inter-relacionais ameacarem a integracdo ou evolugao exitosa do grupo, & que caberdo eventuais intervengdes de ordem interpretativa, por vezes dirigidas ao plano do inconsciente. Em linhas gerais, os grupos operativos propriamente ditos cobrem os seguintes quatro campos: ensino-aprendizagem, institucionais, comunitdrios e terapéuticos. Ensino-aprendizagem. A ideologia fundamental deste tipo de grupo € ade que oessencial é “aprender aprender, e que “mais importante do que encher a cabeca de conhecimentos é formar cabegas”. Incontdveis sio as modalidades de aplicagao dos grupos operativos, sendo que muitas vezes, sob miltiplas denominagoes distintas, eles designam um funcionamento similar. Especificamente em relagdo a tarefa de aprendizagem ¢ treinamento, sio conheci- dos os grupos T (training-groups); os grupos F (essa letra é a inicial de free ¢ de formation, 0 que diz tudo acerca da caracteristica de tais grupos); os grupos Balint (nome de um renomado psicanalista inglés que realizava uma atividade sistemAtica ‘com grupos de médicos nao-psiquiatras, visando a dar-Ihes condigdes de desenvolve- rem uma atitude emocional empatica para que eles pudessem exercer uma aco psi coterdpica com os seus pacientes clinicos); ¢ entre outros mais, os “grupos de refle- xo", 0s quais, por sua crescente relevancia, serdo objeto de um capitulo especial. Institucionais, Cada vez mais esta atividade operativa esté sendo utilizada nas instituigdes em geral. Assim, as escolas esto promovendo reunides que congregam pais, mestres e alunos com vistas a debaterem ¢ encontrarem uma ideologia comum para uma adequada formagao humanistica. O mesmo pode acontecer nas diversas associagdes de classe, como, por exemplo, nos sindicatos, na igreja, no exército e nas empresas. Especialmente, estas iltimas esto montando servigos dirigidos por psicélo- ‘gos organizacionais, que se destinam a aumentar o rendimento de produgao de uma empresa, investindo no pessoal da mesma, através de grupos operativos centrados na. tarefa de obtengao de um clima de harmonia éntie os seus diversos escalées. COMO TRABALHAMOS comaRuros «7 Comunitérios. O melhor exemplo deste tipo de grupo € o de sua crescente aplicagZo em programas voltados para a satide mental. Partindo da definigao que a OMS deu & satide como sendo a de “um completo bem-estar fisico, psiquico e soci- al”, é fécil entender porque as técnicas grupais encontram (ou deveriam encontrar) uma ampla rea de utilizagao, sobretudo em comunidades sociais. Pode servir como modelo disso o trabalho com grupos que, hd muitos anos, vem sendo aplicado na Vila ‘Sao José do Murialdo, em Porto Alegre, RS, comunidade com uma populacdo em tomo de 30.000 habitantes, que se beneficia com a utilizagao de diversos tipos de grupos — por exemplo, os realizados com gestantes, criangas, pais, adolescentes sadi- 05, ideres naturais da comunidade, etc. Técnicos de distintas areas de especializagao (além de psiquiatras, também ou- tros médicos ndo-psiquiatras, psicdlogos, assistentes sociais, enfermeiros, sanitaris- tas, etc.) podem, com relativa facilidade, ser bem treinados para essa importante tare- fa de integragao e de incentivo &s capacidades positivas, desde que eles fiquem uni- camente centrados na tarefa proposta ¢ conhegam os seus respectivos limites ‘Terapéuticos. Tal como a denominagio indica, os grupos operatives terapéuticos visam fundamentalmente a uma melhoria de alguma situagao de patologia dos indivi- duos, quer seja estritamente no plano da saude organica, quer no do psiquismo, ouem ambos ao mesmo tempo. A forma mais utilizada desta modalidade grupal é conhecida sob 0 nome de grupos de auto-ajuda c ela consiste no fato de comumente ser um grupo de formagiio espontiinea entre pessoas que se sentem identificadas por algumas caracteristicas semelhantes entre si, ¢ se unificam quando se dio conta que tém condigées de ajuda- rem reciprocamente. Outras vezes, estes grupos se formam a partir do est{mulo inte- grador de algum profissional que coordena o grupo até que este sinta ter chegado 0 momento certo de caminhar sozinho, entdo 0 profissional se afasta definitiva ou transi- toriamente, mantendo-se disponfvel para o grupo que ele ajudou a formar. Podemos citar como exemplo a disseminagdo de grupos que, na maioria das vezes, formam-se espontaneamente € que so conhecidos sob o rétulo de “Andnimos” (Alcoélicos, Fumantes, Neuréticos, etc.) ‘A utilizagio terapéutica do grupo de auto-ajuda, 0 qual também comega a ser conhecido como “grupo de mitua ajuda”, merece ser destacada tanto pela razdo de sua indiscutivel eficdcia como também pelo largo Ambito das dreas beneficiadas e pela sua incrivel expansio, muito particularmente no campo da medicina. Os grupos de auto-ajuda so, portanto, compostos por pessoas portadoras de uma mesma cate- goria de prejuizos e de necessidades e que, de uma forma geral, podem ser enquadra- dos nos seguintes seis tipos: Adictos (tabagistas, obesos, drogadictos, alcodlicos, etc.), cuidados primarios de satide (programas preventivos de aide, como um supor- te para pacientes hipertensos, diabéticos, reumaticos, etc.), reabilitagao (infartados, colostomizados, espancados, mutilados, etc.), sobrevivéncia social (estigmatizados, como os homossexuais, os portadores de defeitos fisicos, etc.), suporte (pacientes crénicos, fisicos ou psiquicos, pacientes terminais, etc.), problemas sexuais e conju- gais (mais utilizados nos Estados Unidos). Cada um desses seis subgrupos permite novas ramificagées, e dai ¢ facil con- cluir 0 ntimero quase infinito de possiveis modalidades grupais dessa natureza ¢, portanto, do extenso ntimero de pessoas que pode ser atingido, E necessdrio enfatizar, entretanto, que essas miiltiplas e distintas ramificagdes de grupos operativos, na pratica, nao sio perfcitamente delimitadas; antes, elas muitas vezes se interpdem, comple- 78 + ziwerman&osonio mentam-se ¢ se confundem. Por exemplo: os grupos operativos costumam propici um beneficio psicoterdpico ¢, da mesma forma, os grupos psicoterdpicos se utilizamy| do esquema referencial operativo. GRUPOS PSICOTERAPICOS Embora, como anteriormente explicado, os grupos operatives também tenham u indiscutivel ago psicoterdpica, ¢ itil reservar a terminologia de “grupo psicoterdpico" estritamente para aquelas formas de psicoterapias que se destinam prioritariamente aquisigao de insight, notadamente, dos aspectos inconscientes dos individuos ¢ totalidade grupal. Nao hd um especffico e acabado corpo tedrico-técnico que dé uma sélida fun mentagAo a todas as formas de grupoterapias. Enquanto isso, elas vaio se utilizand de outras fontes, das quais merecem um registro & parte as quatro a seguir indicad: a psicodramdtica, a da teoria sistémica, a da corrente cognitivo-comportamentali €, naturalmente, a de inspiragao psicanalitica. Além dessas, deve ser incluida ui grupoterapia de abordagem miuiltipla holistica, a qual consiste no emprego de ut certa combinagao das anteriores. Psicodramtica, A corrente psicodramatica vem ganhando um significative espago em nosso meio. Criado por J. Moreno, na década de 30, 0 psicodrama aind: conserva o mesmo eixo fundamental constituido pelos seis elementos a seguir: ce rio, protagonista, diretor, ego auxiliar, publico ¢ a cena a ser apresentada. A dramatizagZo pode propiciar a reconstituigao dos primitivos estégios evolutiv do individuo. Assim, uma primeira etapa da dramatizagio (técnica da dupla) visa reconhecimento da indiferenciagdo entre o “eu” e o “outro”, Numa segunda etay (técnica do espelho), 0 protagonista sai do paleo e, a partir do piblico, assiste J representacao que uma outra pessoa, no papel de ego auxiliar, faz dele, ¢ isso possibi lita que cle reconhega a si pr6prio, assim como na infancia ele percorreu fases p: reconhecer a sua imagem no espelho. A terceira etapa (técnica da inversdo de papéis) vai permitir que © sujeito possa colocar-se no lugar do outro, entio desenvolven assim o sentimento de consideragao pelos demais. Deve ficar claro que, no curso tratamento, essas etapas nao so estanques. Também € util que fique clara a diferent entre “psicodrama”, tal como foi antes resurnido, e o emprego de “dramatizaces”, as: quais podem ser eventualmente utilizadas como um recurso auxiliar, no decurso outras formas grupoterapicas. ‘Teoria sistémica. Os praticantes dessa corrente partem do prinefpio de que os: gtupos funcionam como um sistema, ou seja, que hi uma constante interagio, com= plementagdo e suplementagiio dos distintos papéis que foram atribuidos e que cada’ um de seus componentes desempenha. Assim, um sistema se comporta como u conjunto integrado, onde qualquer modificagdo de um de scus elementos necessaria- mente ira afetar os demais e 0 sistema como um todo. A terapia de famflia tem apresentado uma relevante expansdo em nosso meio, sendo que, fundamentalmente, seus referenciais especfficos sio alicergados na teoria sistémica, No entanto, isso nao impede que muitos terapeutas de familia também utilizem o respaldo oferecido pelos conhecimentos psicanaliticos, assim como 0 em prego intercalado de técnicas de dramatizagao COMO TRABALHAMOSComGRUPos «79 Cognitivo-comportamental. Fssa corrente fundamenta-se no postulado de que todo individuo é um organismo processador de informagées, recebendo estimulos dados, e gerando apreciacoes. Trata-se de uma teoria de aprendizagem social, na qual, sobretudo, so valorizadas as expectativas que o sujeito se sinta na obrigagao de cumprir, a qualificacio de seus valores, as significacdes que ele empresta a seus atos e crengas, bem como a sua forma de adaptacio a cultura vigente. tratamento preconizado pelos seguidores da corrente comportamentalista (behavioristas) parte do fato de héuma necessidade de uma clara cognigao dos aspec- tos antes referidos ¢, a partir daf, a técnica terapéutica visa a tr8s objetivos principais: uma reeducagdo ~ em nfvel consciente — das concepgGes err6neas, um treinamento de habilidades comportamentais ¢ uma modificagéo no estilo de viver. B uma técnica que esta sendo bastante utilizada no tratamento de drogadictos em geral, ou nos casos de adicgo sem drogas, como é, por exemplo, o tratamento em grupo com obesos Nesses casos, é de fundamental importancia gue haja o desenvolvimento de fungées do egoconsciente, tais como ade antecipar, prevenir, modificar, além de lidar com as situag6es que implicam risco de reincidéncia Psicanalitica. A corrente psicanalitica, por sua vez, abriga muitas escolas: freu- diana, tedricos das relacdes objetais inspirados principalmente em M. Klein, Bion Winnicott), psicologia do ego (Hartmann, M. Mahler, etc.), psicologia dose/f(Kohut), estruturalista (Lacan, entre outros), No entanto, apesar da dbvia (e sadia) divergéncia na conceituagao da génese e do funcionamento do psiquismo, e da fundamentacao dos postulados da metapsicologia, teoria, técnica c prética da psicandlise, essas diferen- tes escolas convergem no que hd de essencial relativamente aos fendmenos provin- dos de um inconsciente dinamico. Particularmente em relagao as grupoterapias psicanaliticas, nio hé um Gnico referencial te6rico-técnico, o importante € que o grupoterapeuta tenha uma formacao psicanalitica, de preferéncia de natureza multipla, isto 6, de conhecer muito bem os fundamentos basicos de todas as escolas, e, a partir daf, construir o seu estilo préprio e auténtico de trabalhar psicanaliticamente, fazendo as necessdrias adaptagdes as peculiaridades do campo grupal, com as suas leis dindmicas espectficas. O fato de que o grupoterapeuta trabalhe com um referencial de fundamentagao psicanalftica nao significa que ele deverd visar, sempre, a um objetivo rigorosamente psicanalitico, no sentido restrito desse termo. Assim, da mesma forma como nas psicoterapias individuais, também as grupoterapias podem funcionar por um perfodo de tempo longo ou curto, podem ter uma finalidade precipua de insight destinado a mudangas caracteroldgicas, ou podem se limitar a beneficios terapéuticos menos pre- tenciosos, com a simples remogao de sintomas, alivio de angiistias ou resolugao de crises, Além disso, essas grupoterapias também podem limitar-se A busca nica de uma melhor adaptabilidade nas inter-relag6es familiares, profissionais e sociais, ov podem objetivar a manutengao de um estado de equilfbrio psiquico (como, por exe plo, com psicéticos egressos), ou ainda, a de despertar as ocultas capacidades positi- vas (como no caso de grupos com pacientes borderline, depressivos), € assim por diante. Umexemplo de como o referencial psicanalitico pode estender-se a outras aplica- Ges grupais que ndo somente as do classico setting com pacientes neursticos consis- fe no emprego da “psicanflise das configuragdes vinculares”, que, além dos grupos e instituigdes, encontra a sua grande importincia no atendimento a casais ¢ a grupos familiares 80 + zomermana osorio ‘Todas as alternativas até aqui levantadas requerem uma variabilidade de enqua- dres, como serd exposto ao longo do livro, inclusive com um capftulo dedicado espe- cialmente & prética com grupoterapia psicanal{tica propriamente dita, dirigida ao) insight, com 0 propésito prec{puo de obtengaio de mudangas caracterolégicas, ESTADO ATUAL DAS DIVERSAS FORMAS DE GRUPOS Seguindo o esquema de classificagéo proposto neste capitulo, pode-se dizer que atual panorama é o seguinte: Os grupos operativos - como, por exemplo, os “grupos de reflexdo” — tanto n rea de ensino-aprendizagem como nas diversas instituig6es, em distintas dreas hw manisticas, em programas comunitérios de satide mental, etc., tm mostrado algu crescimento visivel, embora parega que ainda esto muito aquém do que poderiam deveriam estar, Cabe um registro especial aos grupos de auto-ajuda e mtitua ajudé pois cles vém revelando, nos Ultimos anos, uma notdvel expansio e inquestiondvei beneficios, sobretudo em intimeras aplicagdes na drea da medicina, como sio os gi pos homogéncos realizados com pacientes diabéticos, hipertensos, aidéticos, reumat cos, colostomizados, pés-infartados, mastectomizados, deficientes ffsicos, etc., et um leque virtualmente sem fim de beneficios terapéuticos, Em relacao As grupoterapias, constata-se um significativo desenvolvimento uma progressiva demanda de dreas como a de casais ¢ a de familia, o emprego técnicas psicodraméticas, grupos com psicéticos egressos, diversos tipos de gry homogéneos (com pacientes depressivos, borderline, drogadictos, transtornos ali mentares, etc.). Quanto as grupandlises, em nosso meio pelo menos, apds o inicio sua aplicago na década de 50 € 0 seu vigoroso crescimento na década de 60, décadas de 70 e 80 foram marcadas por um progressivo declinio, e a de 90 ainda ni esté claramente definida. A guisa de conclusio final deste capitulo, cabern algumas sugestdes: + Ematengio as peculiaridades de um pafs pobre e populoso como € 0 nosso, utilizagao do recurso grupoterépico tem tudo para ser uma altemativa de grand perspectivas, até agora nao suficientemente exploradas, O aproveitamento ¢ servigos j4 existentes, ou a criagdo de clinicas de grupoterapia para pessoas média ¢ baixa renda, atenderia a uma inquestiondvel necessidade da comunidat * As instituigdes formadoras de profissionais da drea da satide biopsicossocial cor os médicos em geral, psiquiatras em especial, psicélogos, assistentes sociais, cor po de enfermagem, deveriam dedicar um maior espago ao ensino da dinamica grupo, inclusive com uma eventual utilizagao de técnicas grupais de ensino, nots damente nos primeiros anos de formagao profissional. * A continuidade na promogao de encontros entre todos os técnicos, muitas ve: andnimos, das mais diferentes dreas de especializaco que, de uma forma outra, esto empregando algum recurso de atividade grupal, em seus respective campos profissionais, Nao resta a menor dtivida quanto a importancia—como ui ponto de partida, para uma necesséria integragao ~ de se saber quem é quem, e que cada um pensa, faz, por que e como faz, etc Finalmente, deve-se dar todo apoio aos institutos formadores de coordenadot de grupos ¢ as entidades representativas, em suas tarefas de, entre outras, promovi cursos, programas, jornadas, algumas formas de intercdmbio de experiéncias, pe:

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