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@ REPUBLICA DE MOCAMBIQUE MINISTERIO DA SAUDE. DIRECCAO NACIONAL DE FORMACAO DE PROFISSIONAIS DE SAUDE REGULAMENTO DE CONTINUACAO DE ESTUDOS Maputo, Novembro 2021 FICHA TECNICA Titulo: Regulamento para Continuagdio de Estudos ‘Ano : 2021 © Ministério da Saade Direegao Nacional de Formagiio de Profissionais de Satide Departamento de Formagao Continua Maputo ~ Mogambique Coordenagio Anténio Rodrigues Bernardina de Sousa Coordenagio Técnica Francisco Langa Elaboragio Benedito Massinga Léicia Macome Colaboradores Agnalda Telma Anténio Machava Bernardete Matcheve Carla Nhalidede Custédio Martinho Lopes Uane ‘Maria de Fatima Vicente Miquelina Sigaique Pedro Manjate Sandra Nhaguilunguane Financiador Centro de Controlo e Prevengao de Doengas (CDC) PREFACIO 0 Ministério da Satide (MISAU) € um érgio que coordena as aegdes da Sade com vista a contribuir para que todos os Mogambicanos, em especial os grupos mais vulneraveis, possam desfiutar da melhor saide possivel, a um custo comportdvel, contribuindo assim para ‘© combate a pobreza e para a promogiio do desenvolvimento. Para o alcance desta visio, o MISAU através da Direcedio de Formagiio de Profissionais de Satide (DNFPS) tem a missfio de formar recursos humanos para Satide competentes, disponiveis, distribuidos de forma equitativa a prestar servigos de qualidade a comunidade, Para a elevagdo de conhecimentos técnicos ¢ cientificos a DNFPS cria oportunidades de formagdo aos funcionarios do Servigo Nacional de Satide (SNS) através do proceso de continuagaio de estudos. Actualmente, existe um grande niimero de solicitagbes para a continuagao dos estudos muitas das quais fora das suas carreiras ou ocupagées e algumas sem enquadramento no MISAU. Observa-se ainda a saida de profissionais das dreas prioritérias como Enfermagem Geral e Enfermagem de Saiide Materno Infantil para outras nao especificas da saiide, 0 que implica uma perda de profissionais destas areas que sto necessérias para a prestagdo de cuidados de saide. Igualmente observou-se um processo de descentralizagao de competéncias a diferentes niveis de gestio administrativa no que concere a0 desenvolvimento dos recursos humanos, havendo, portanto, a necessidade de orientar aos gestores € funciondrios, sobre os procedimentos do proceso de Formagao Continua, ‘A regulamentaco de critérios para a continuagao de estudos permitira uma saida disciplinada dos funcionarios nos seus locais de trabalho, melhor planificagdo dos recursos humanos € financeiros para atribuigtio de bolsas e substituigo dos beneficidrios nos seus postos de trabalho de modo a manter o normal funcionamento das instituigdes de satide. O estabelecimento de critérios ¢ 0 seu integral cumprimento, permitira aos funciondtios beneficiarem dos seus direitos de progressio na carreira ¢ enquadramento no final da formagao. Mapats,\ ‘de Novembro de 2021 LISTA DE ACRONIMOS E ABREVIATURAS coc CNRM DNFPS DFC DNAM DNSP SPS. DPS EGFAE MISAU SNS. Centros de Controle e Prevengo de Doengas ‘Comissto Nacional de Residéncias Médicas Direcgo Nacional de Formacio de Profissionais de Saiide Departamento de Formagao Continua Direoc&o Nacional de Assisténcia Médica Servigo Provincial de Saiide Direcedo Provincial de Saude Estatuto Geral de Funciondrios e Agentes do Estado Ministério da Saude Scrvigo Nacional de Saiide 1. PREAMBULO Estatuto Geral dos Funcionarios e Agentes do Estado (EGFAE), prevé que os funcionérios podem se desenvolver profissionalmente frequentando cursos ligados a sua rea ocupacional e tendo em conta as prioridades do sector onde prestam servigos. 2.ENQUADRAMENTO LEGAL, © Quadro de pessoal indica 0 niimero de lugares por cargo de direegdo, chefia ¢ confianga, por carreiras ou categorias profissionais necessdrias para a realizagiio das atribuigées, competéncias e funedes dos drgos e instituigdes da Administragdo Piblica (n°l, art 11 do EGFAR). Promover a formagéio continua dos funcionarios, seus subordinados de modo a contribuir para @ sua auto-realizagao e garantir uma melhoria constante da prestagdo de servigos e), art 45 — Deveres Especificos dos Dirigentes, EGFAE. Participar em cursos de formago profissional e de elevagiio da sua qualificagtio), art 46 — Direitos, EGFAE; Deereto n’ 11 / 2018 de 12 de Margo, que aprova o Regulamento de Bolsas de Estudo Para Funciondrios do Estado. Diploma Ministerial n° 85 / 2016 de 15 de Novembro, que aprova 0 Regulamento das Residéncias Médicas da Comissiio Nacional de Residéncias Médicas (CNRM), apés Licenciatura em Medicina e Medicina Dentétia, Decreto n°54/2009, de 08 de Setembro, nos seus anexos 1,2 ¢ 3, conjugado com a Resolugdo n’ 47/2020 de 31 de Dezembro que aprova a integragaio de novas ocupagdes profissionais nas carreiras de Técnico Superior N1, Técnico Superior de Satide N1, Técnico de Sade e ‘Técnico Profissional. Artigo 1 (Objecto) presente regulamento tem por objecto regulamentar 0 proceso de autorizagiio para continuago de estudos, nas areas de regime especifico e geral no Sector Satide tendo em conta o Decreto n° 54 /2009, de 08 de Setembro, nos seus anexos 1, 2 € 3, conjugado com a Resolugdio n” 47/2020 de 31 de Dezembro que aprova a integragiio de novas ocupagées profissionais nas carreiras de Técnico Superior N1, Técnico Superior de Saiide NI, Técnico Profissional e Técnico de Saiide. Artigo 2 (Ambito) O presente regulamento ¢ aplicavel a todos os funcionérios do Servigo Nacional de Satide, que tenham interesse na continuagdo de estudos dentro ¢ fora do Pais para elevago de suas, competéneias técnicas ¢ profissionais, bem como para a mudanga de carreira apés conclusio do curso, © processo de autorizagio para a continuagio de estudos deve obedecer um plano de formagio previamente aprovado e este plano deve ser elaborado tendo em conta o quadro de pessoal da respectiva unidade orgénica, bem como das suas necessidades, Nenhum funciondtio deverd ser autorizado a continuagdo de estudos fora do plano de formagdo. Artigo 3 (Requisitos para Continuagio de Estudos) Para efeitos de continuagao de estudos devem ser observadas os seguintes requisitos: 1, Ser Funcionétio do estado (despacho/titulo de provimento); 2. Ter nomeagao definitiva; 3. Tempo de servigo no Aparelho do Estado nfo inferior a 5 amos para funciondrios que pretendam estudar em regime de tempo inteiro ou parcial; 4. Tempo de servigo no Aparelho do Estado néo inferior a 2 anos para funciondrios que pretendam estudarem regime p6s-laboral, 5. Tempo de servigo no Aparelho do Estado nao inferior a 2 amos para Médicos de Clinica Geral e Médicos Dentistas que pretendam frequentar a residéncia méd a) Para a autorizagdo de continuagio de estudos para a residéncia médica os interessados devem requerer ao dirigente local, conforme referenciado no artigo 4 do presente regulamento. No entanto, a autorizagio de continuacSo de estudos nao implica a autorizagio para o inicio da residéncia médica. b) Todos pedidos para inicio de residéncia mé devem ser dirigidos 4 S.Excia Ministro da Satide, conforme o artigo 6 do Regulamento das Residéncias Médicas (Diploma Ministerial n°85/2016 de 15 de Novembro), devendo anexar a autorizagdo de continuagio de estudos e © parecer do local de trabalho. 6. Ter classificagao anual dos tiltimos dois anos, igual ou superior 2 12 valores; 7. Parecer do seu local de trabalho tendo em conta o plano de formagiio ¢ necessidades do sector; 8. Curso dentro da sua ocupagiio ou carreira: Artigo 4 (Contrato) 1. Os funciontirios autorizados nas condigdes dos nimeros 2 ¢ 4 do presente artigo, slo considerados bolseiros (n° 1 ¢ 2 do artigo 3 do Decreto n°11/2018 de 12 de Margo), portanto apés a autorizagio de continuagdo de estudos, deverdio assinar um contrato comprometendo-se a: prestar trabalho ao estado ‘por tn tempo minimo correspondemte ao periodo de duragdo da bolsa ou de formagéo f) do n° 1 do artigo 13 do Decreto n° 11/2018 de 12 de Marco, (contrato em anexo); 2. Os funciondrios autorizados na condigao do referido no niimero 4 do presente artigo, so considerados bolseiros pois as despesas de formagio totais ou 1 1 pareiais, so custeadas pelo Aparelho do Estado, portanto deverdo assinar contrato comprometendo-se prestar trabalho ao estado por um tempo minimo correspondente ao periodo de duragdo da bolsa ou da formagao f) do n° I do artigo 13 do Decreto n° 11/2018 de 12 de Margo, (contrato em anexo). Artigo 5 (Direitos) A autorizagdo de continuagdo de estudos e valida por dois anos contados a partir da data do despacho; Todos funcionérios autorizados a continuar com os estudos, tem direito de despensa total do servico durante o periodo de exames ¢ de estégios mediantes a apresentago do respectivo calendirio, devidamente assinado e carimbado pela Instituigtio de Formagao; Artigo 6 (Deveres) © funcionério estudante deve apresentar anualmente 0 aproveitamento pedagégico ao sector de formagao da respectiva unidade organica onde esta afecto; Finda a continuagio de estudos o funcionédrio deve se apresentar aos servigos no periodo maximo de 30 dias para quem esta no exterior e 15 dias para quem esta dentro do Pais, findo o periodo ira se proceder com a suspensiio de salérios ¢ acgdo disciplinar. Artigo 7 (Procedimentos) 1. A solicitagao de autorizagio de Continuagio de Estudos obedece 0 procedimento seguinte: a) Os funciondrios afectos no érgao central ¢ instituigdes subordinadas, devem requerer © pedido de continuagao de estudos, a 8. Excia Ministro da Sati b) Os funcionarios sob tutela do Director do Servigo Provincial de Saide, devem requerer o pedido de continuagao de estudos a S. Excia Secretétio do Estado: ©) Os funcionarios sob tutela do Director Provincial de Satide, devem requerer 0 pedido de continuagao de estudos a $.Excia Governador; 4) Os funcionditios afectos nos érgtios distritais, devem requerer o pedido de continuagio de estudos, ao Sr. Excelentissimo Administrador. Artigo 8 Wisposigdes Finais) As diividas suscitadas na aplicagio e interpretago do presente regulamento serao resolvidas € cesclarecidas por despacho de S, Excia Ministro da Sade. Artigo 9 (Entrada em vigor) presente Regulamento entra em vigor aps a sua publieago no Boletim da Repiblica; ANEXOS 10 ANEXO 1: CARREIRAS DE REGIME ESPECIAL DE SAUDE DIFERENCIADAS ‘Médicos de Clinica Geral Outro(s) Curso(s) permitidos © Especialidade de Medicina Familiar e Comunitaria * Mestrados de Areas de Saiide © Especialidade de Sade Publica * Doutoramentos de Areas de © Especialidades Hospitalares Satide Médicos Dentistas OMe ke reir OMTAWatee eee tnd © Especialidade de Medicina * Mestrados de Areas de Saude Dentaria * Doutoramentos de Areas de * Especialidade Oro-maxilo-facial Satide © Especialidade em Satide Publica ANEXO 2; CARREIRAS DE REGIME ESPECIFICO DA SAUDE NAO DIFERENCIADAS Carreira de Enfermagem ce Ones Area Ocupacio Qutro(s) Curso(s) permitidos © Enf. Geral © Tée. Sup. de Cirurgia * Ent. Pediatriea © Téc. Sup. Anestesia © Enf. de Saiide Materna © Téc. Sup. Instrumentasio Enf. Familiar de comunitario Enf. Cardiovascular Enf. Intensivista de adulto Enf. Intensivista Infantil Enf. Nefrologista . « Enf. Geriatra © Enf. Oncologista Técnico de Medicina (arene non enh) OMe eee nee ne © Medicina Geral * Téc. Sup. de Cirurgia * Medicina Dentéria © Téc. Sup. de Psicologia Clinica ‘Técnico de Medicina Preventiva Por reno! PTO Retnc Nose tiny Tée. Sup. de Nutri¢io de Sanitaria © Téc. Sup. de Enf. Familiar de comunitirio 12 ‘Técnico de Farmacia ParemrOrnmer noc tnt) Oke nan es © Téc. Sup. de Satide em Farmécia © Téc. Sup. de Logistic Farmacéutiea Técnico de Laboratério Perea tenon ener) (Toe ene ny © Téc. Sup. de Laboratério (Tecnologia Laboratorial / Biomédica e Aniilises Clinicas) © Tée. Sup. de Anatomia Patolégica + Tée. Sup. de Medicina Legal ‘Técnico de Radiologia CaTRcOR Mur kOsTe Outro(s) Curso(s) permitidos © Tée, Sup, de Saiide em © Medicina Geral Radiologia © Tée. Sup. de Fisico Médico ‘Técnico de Anestesia ORCC eT Qutro(s) Curso(s) permitidos © Téc. Sup. de de Anestesia © Medicina Geral 23 Parone tenon ter] Ena ne t es © Tée, Sup. de Saiide em Instrumentagao ‘Técnico de Oftalmologia Parse trek ore erty) (Oat One ite * Medicina Geral Técnico de mato! aeRO RRO Te Te See eT * Medicina Dentéria ‘© Téc. Sup. de Satide Pablica © Tée. Sup de Higiene Oral * Téc.Sup de Protese Dentaria Técnico de Medicina Fisica e Reabilitacio © Tée. Sup. de Fisioterapia * Téc. Sup. de Ortoprotesia © Tée, Sup. de Terapia de Fala © Tée. Sup. de Terapia Ocupacional © Tée. Sup. de Logofonoaudiologista ‘Técnico de Nutriesio SMR Tee oreo nia © Tée. Sup. de Satide em © Tée. Sup. de Satide Pablica Natrigao ‘Técnico de Psiquiatria aS MRO Ser ee OSS ee Tt ne * Téc. Sup. de Psicologia Cliniea © Tée, Sup. de Psicologio Social * Téc. Sup. de Terapeuta Ocupacional + Téc, Sup. de Satide Publica ‘Técnico de Administraeio Hospitalar Care EMR Mee ROM rT Mam Nar eee eet tt ig © Téc. Sup. de Administragio — _Téc. Sup. de Estatistica Sanitaria Hospitalar © Téc, Sup. de Saude Publica © Tée, Sup. de Terapia Ocupacional Moka tron ene © Téc. Sup. de Estatistica © Téc. Sup. de Relagées Piiblicas Sanitaria Sanitaria © Téc. Sup. de Administracio Hospitalar © Téc. Sup. de Satide Pablica 1s Poet Rom ern Mammo eer sen eet ot ‘Téc, Sup. de Manutengo ¢ Téc. Sup. de Informatica (TICS) de Equipamento © Tée. Sup. de Engenharia Mecanica. A ‘Hospitalar © Téc. Sup. de Electromedicina + Tée, Sup. de Eletromecinica A * Téc, Sup. de Eletrénica A 16 ANEXO 3: CARREIRAS DE REGIME GERAL ‘Técnicos de Administragio: Nota: Todos os técnicos de administragao podem requerer os cursos, de acordo com as necessidades definidas no quadro do pessoal do sector, podendo ser da Area geral ou especifica de saiide. 7

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