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UMA FANTASIA JAcQuES-ALAIN Miter (Pai RIS). Garmotacantan net) Comeso por uma fantasia, Foi uma idéia que me veio ao escut T colegas dizerem, ontem de manha, em suma, a mesm: it 4 mesma coisa: 0s sujeitos contemporineos pésmodernos € até mesmo hipermocternos sio desinibidos, neo-desinibidos, desampara dos, desbussolados. Ao escuticlos, eu me dizi : 2 Ah! Sim, sim, sim! Quanto, como somos desbussolados! Como isso é verdacle'” Ver uma seqiiéncta de quatro colegas concordac em ‘um ponto, ¢star de acorclo com cles e, em seguida, observar que todo mundo também con- corda, que hii um consenso sobre esse ponto, é algo raro de se conceber: Entio, a0 escuti-los, eu me perguntava: desde quando isso acontece, desde quando estamos todos desbussolados? E eu mesmo respondia: sem diivida, desde que a moral civiizada, como dizia Freud ~ esta é ‘uma expressio de Freud — foi abalada, desde que ela se dissolveu. B a psicanilse tem algo a ver com a dissolucéo da moral civilizada. Nos que aqui estamos ~ nem todos, tampouco os ‘mais jovens que nos ouvem fora daqui - guardamos a lembranca do que foi essa moral civili- zada, Ainda guardamos sua significacao, 0 bastante, pelo menos, para poder compreender, ressentir niossa civilizacao, 0 estado atual de nossa civlizagae como imoral, como caminhando rumo & imoralidade. Com efeito, a moral civlizada, no sentido de Freud, dava uma béssola, tum corrimdo aos desamparados, sem diivida porque ela inibia. Podemos, contudo, nos per guntar por que essa moral civilizada, em seu apogeu — por volta do final da segunda metade do século XIX, na época vitoriana como lembrava Lacan -, foi tao cruel? Talvez essa crueldade moral respondesse a uma fend, a uma brecha, que j se ampliava na civilzagio. Pode ser que ‘ess moral civilizada, enquanto esteve em vigor, nos coragbes, jd fosse, como se diz, uma formacio reativa, Reativa a um processo em marcha ha muito mais tempo. E entio eu soahek talver estejamos desbussolados desde que temos bussolas. Quero dizer: talvez estejamos desbussolados desde que pritica da agricultura, que nfo é a nossa, que nio esté forgo mente no primeiro plano, pouco a pouco cedeu seu lugar dominante, em nossss sociedades, industria, Nao pensamos na agricultura o bastante, Talvez todo o mal venha disto: a mevifora dda agricultura pela indstria. A civilzacdo agricola fol um grande fato! _ E, para levar isso_a sério, quem sabe eu poderia consideri-os um Coneilio. Nio sei se Graciela Brodsi! mudou Algoma coisa esse respeto, mas, no me tempo, ma reuniio da AMP nio era um Conctlio, enfim' A civilizagao agricola encontra suas videntemente; hd uma hist6ria de climas. Os bons esp balizas na natureza, no ciclo invaridvel das estagdes. tos estio reconstituindo a histéria ro 2 Opgio Lacaniana n° 42 Sete" Seis || Be ae EL Ha pouco tempo, isolamos o term en ee os “ . Dizer que o isolamos ¢ dizer muito, enfim Aatlagofpsio prone iat Pree emo, como ata Europa trinico,Podemos dizer que o sco desbusoao€ conta at nn umaspecto bussolado € convidado a produzir avaliagio as Si Aqui, escrevo 0 S;, ou seja, o um contivel da avaliagio a ser produzida. Pi vem bem a calhar para, nesse lugar, substitu o§; do eerie eaten etoanete odefia darinda iutras significagoes parn esse Se ver nele. por exempt, o si faa mets que € chamaco, 10s BUA, selbeip,autoajuda, Nem sei como sedi iso em Francés a impressdo de que ainda nao ha um termo em uso. Fala-se de fearon ect ~ ns recuaram traduzi-lo para o francés, ainda nao se ousa. ae Ent, creio que voces véem onde quero chegar em minha fantasia: quero chegata escre: ver $; no quarto lugar. Eis aqui o que proponho como fantasia, como estrutura do discurso hipermodero da civil a>$ SS Na civilizagio dos dias de hoje, parece-me vAlido situar $, 0 saber, no lugar da verdade/ mentira, A nogio de que 0 saber ndo passa de semblante fez muitos adeptos ¢ nos pressions Nao se trata de um ceticismo, propriamente falando, nem de um niilsmo, mas sim, digamos, de um relativismo, ou mesmo, como dizem as vezes 0s fil6sofos, um perspectivismo, arespet to do.qual alguém me dizia 0 quanto aalviara adert uma filosofa perspectvista, Bom! ‘Vemos-aqui onde conduz minha fantasia, Eno posso fazer outra cosa Sendo prosseGuit © que me leva a pensar que 0 discurso da civilizagio hipermoderna tem a estrutura do discurso ae analistal Esve ¢ um resultado absolutamente surpreendente. Para mim, em primeio las um resultado que pode parecer absurdo, No undo, rata-se de um desafio querermes justificd- Jo uma vez que ele surgiv. r Em primeiro lugar, se refletirmos tranaiilamente, sem emogio, Lacan no hesitou em for ular que 6 discurso do mestre era a estrutura do dscus® do inconsciente, ou seja, 0s dois tinham a mesma estrutura. Ora, se quisermos, 0 discurso do mestre é um discurso social, €0 discurso de uma cvlzagao que prevaleceu desde a Antiguidade Portanto, nto € absurdo, @ priori, que o discurso da civilizagio de hoje tenhaamesma ‘estrutura que o dliscurso do analista, {sso nao ¢ inconcebivel, sobre bases eventualmente desejantes a partir das quats trabalhamos. ‘Caso ateitemos isso, vemos logo a dificaldade: © aliseutso do analista era, eee ‘o-analisador do discurso do inconsciente que ‘seu avesso, mio €? O que ine —_ ° Aavesso da psicanilise ¢ 0 discurso do mesire (© aiscurs doanasta pod ants of a do ineonsciente ¢ stia potencia interpretativa ¢ subversiva tinha de se exercer, a mpo, ‘opgiotacaniana 942 Janeiro 2005, agio sobre os fermen cas sociedades Com 0s qua se tna de lida, cy pre a civilizago € s ae . vemonsirar,ceste a mais alta Antigua tentei demon: Jade, se minha fantasia conduz a algum lugar ~ 0 que aing a esta Hoje, se isso for verd ei nt nd o discurso da civilizagio nao é ma - set visto Bela jogada! Mas, de said 19 seu fim € ate 1 cae ilise niio € mais uma relagio de um avesse » entre civilizagio € psicandlise ni a Ja isso pe em questio tanto o meio da psicandlise, isto é, ain smo Seu comego, Poderianios dizer ~ se partitmos dg agi Rea one Gi Jacgio &, antes, da ordem da convergéncia. Quer dizer que cad {que essa re direito seus quatro term 1s permanece disjunto dos outros na civilizagao. De um lade 1, o sujeito trabalha, as identificagdes cacm substituidas pela avaliagag) govar comand i scidades, enquanto 0 saber se ativa em mentir assim como em pro as capaciddades, enc ee Poderiamos dizer que esses diferentes elementos estio dispersos na civil ba sadlse, tn psicandlise'pora essen elementos se orcensin enn dlecuedl Nesse sentido, hd sem dtivida uma chamada que nos conceme: 0 retorno so vio faltam psicanalistas ~ ¢ eles so mais nug do mestre, Na Franga, pelo menos, lara orclem do discurso do ‘nds — que sonham e se ativam na idéia de reinst mestre no lugar p: i reacioniios, caso contritio, vocés no serdo mais revoluciondriost Vemos 0 que isso significa considerando o desconforto que seu sucesso prod nilise. H4 um texto publicado, ha dois ou trés meses, cu nao o trouxe. Nele subversio antiga, a fim de comecar a refiar, a entregar nas maos ou a pér nae pacientes, os significantes da tradigao, sem o qué nada poderia acontecer. Estou longe de ter lido todas as coisas do dominio da psicanilise, hoje. mpressao de que isso ainda no tomou uma forma macica, mas se esboca. E fenhamos uma psicandlise cujo objetivo sera o de reconstituir o inconsciente cu principio, a reagio psicanalitica ndo difere da ascensio dos fundamentalismo ocio. Veremos psicanalistas tentando reconstituir artificialmente o inconscient inconsciente de ontem, assim como vemos subir 3 cena do mundo mudando no diana, nossas viagens, nossos momentos de descanso, enfim, os loucos por D “coisa: fundamentalistas freudianos, enfim. Uma segunda posicio encontrada na psicandlise pode ser chamada de pass Dens m dizer: nada acomtece, nada se passou, o inconsciente ¢ etemo, 0 Deus, se assim posso dizer. 414 uma terceira posigdo sendo esbocada, Se a primeira girou rumo a0. — feside em um presente eterno, a terceira posicaio pode ser che ee ” Ontem, por Agnes Aflalo e Bric Laurent que nao a assum = tea ter de ler 9s livros que estudaram, Essa posigio progressista que a psicanlise se ordene conforme ao progresso das i Janeiro 2005 10 inclo nos valentes tradutores. Agradego-os ainda porque eles no tem meu texto escrito, porque eles nao t Entio, essa tentativa niio & absurda, Aliés, cb is, cla no nos for apresentada a esse titulo, Ela tampouco ¢ inédita. Toda a metapsicologia de Freud mostrou sinais de fraqueza, por volta de do século XX. E se poder : ‘ dizer que Lacan procedeu a uma traducao I ingiiist cadessa metapsicologi 0 Vopico-ting Ele proprio recontheceu ter de passa por isso‘ fim de dar novamen: teum sopro de vida & psicanilise. Portanto, nao €absurdo, a prior, tentar da uma tradugio pebro-cognitvina timetapsloblopaPoderos dizer que io ser julgado por seuerewlsida Jonge Forbes acha que estou exagerando expiito.,enfim Quero dizer que nio se deve insultar 0 futuro. Nés mesmos levamnos tempo para nos ddarmos conta de que havia uma enorme incstrarefles ossivel. Demonstro assim uma abertura de hi dez, quinze, vinte anos, confor me nos disse Agnes Aflalo. Hé vinte anos existem abelhas industriosas produzindo este mel traduzir a metapsicologia em termos neuro-cognitivistas, ¢ mesmo assim no vimos nada, ate ‘omomiento em que isso avancou sobre a cena e comegou, aqui ¢ ali, a fazer balbsirdia, a trazer desordem. Sou a favor de que os que se interessam no assunto nos tragam noticias do que anda acontecendo. Bom! Sob titulos diversos - vou agora fechar um pouco 0 espinto que abri~ essas wes posigGes que realcei me parecem dar acesso a priticas de sugestao. ‘Aprimeira a pritica reaciondria da psicanlise, proceder por exaltagio do simbOlico ve culado pela tradicio. Alids, assistimos a aliangas sensacionais com todos os tradicionalismos, ‘alorizando uma convergencia impressionante entre a Biblia ea "Interpretacio dos sonhos! E indiscutivel. ‘Asegunda petica, a passadista, procederi pela consolidacio de um refésio imaginiio Quanto’ terceira posiio, sem dvida a mais vancada la se dedi, entegnse 2 uma adesdo, adere ao real da ci sncia, assim ela 0 cre. Desee modo, distribu jos tres terms: simlylico,imaginrio eral entre esas us Pras CO que cls tem em comum, parece-me, € 0 que abreviamos quando esteeveni so jaa relacio entre comando e execucio, ou entre estimulo €resposta Nese sentido, o que steam essas prticas, por mais diferentes que sejam, podria, ealvez Ser éenunciado nestes ‘termos: que isso funcione, em: todos os casos! : IE hia priticalacaniana, ou melhor, haverd, visto que se Watt de inventé-la, Certamente ho se trata de inwentéla evil, sas sim na wa tacit sobretudo pelo o tltimo Lacan. E ‘essa pritica lacaniana se deixa pressentir naquilo que nos anima. : FEntio, a primeira coisa a fazer para-que esta quarts petica, a prvca lacanans do Fru, resist, se distinga das formas que extigmatizeh, € ave se voR claramente 0 principio das ou- tras trés priticas isto ¢, 0 principio do oe te o prdvica via & iso deixarse conduzir, (ieee ei op eae Tacaniana s6 pode ter por principio, caso se fi Janeiro 2005, mantém @ distincia da civilizagio hipermod ioderna © que de uma forma mais antiga, mais tradicional, diferente dhe bjetoa exercida pelo lado istimico das cviaces. Se do lac a.teligito se desespera sobre esse pontoo sexo uinidesesgnn quem freia a subida, a reascensio dla religiio, como explica =i rly ee Oli seareligiio se desespera ¢ porque ae destruida pelo real ¢ tornada obsoleta pela ascensiv do objeto a EB é para morrer de rir, ou de chorar, 0 fato de um grande nimero de psicanalistas no terem outta idea seniio a de reforctr isso, Eles thes ji pequeno homem necessita, em suia educagio, identifi sidero isso um abuso. £ um abuso, pois suas experiéncias nto podem de modoalgum confirnd Jo. Ja era ridiculo quando os psicanalistas se am os guardides da realidade coletiva. Mas, enfim, funcionava. E tanto mais que a realidade coletiva da qual querem ser os guardides é a de ontem. Dizer isso nio implica em nenhum entusiasmo quanto 20 remanejamento em cur 80. Como a maioria de voces, eu também fui educado a maneira mais antiga, mais tradicional A psicanalise foi inventada para responder a um makestar na civilizagio, um mab-estar do sujeito mergulhado em. uma civilizagio que se poderia enunciar assim: para fazer existir a relagio sexual, é preciso refrear,inibi, recalcar 0 goz0. {A pritica freudiana abriu caminho ao que se manifestou, com todas as aspas que vocés quiserem colocar, como uma “liberagio do gozo’. A pritica freudiana antecipou a ascensio do objeto a ao Zénite social, ela contribuiu para instalar essa ascensio. Nao se trata de um astro, mas sim de um Sputnik, um produto artificial ‘A pritica lacaniana tem de lidar com as conseqtiéncias desse sucesso sensacional. Conse aqiiéncias ressentidas como da ordem da catdstrofe. A ditadura do mais-de-gozar devasta a ‘natureza, faz tomper os casamentos, dispersa a familia, remaneja 0 corpo, nio apenas nos aspectos da cirurgia estética, ou da dieta ~ um estilo de vida anoréxica, como dizia Dominique ‘Laurent - ela realiza também uma intervengio muito mais profunda sobre o corpo. Nos dias de hoje, uma vez que se decifrou o genoma, é possivel produzirse, verdadeiramente, o que ‘hamam uma “pés-humanidade’ ees seré que a cea lacaniana condu2 seu jogo tendo em vista a pritica da IP seus standards? Sem dlivida, Mas ela o faz sobretudo em relacio aos navos reas, dos quais 0 iss curso da civilizagao real que falha, de tal modo que a relaca impossivel. Entio, 0 um-sozinho serd 0 st questionarios para receber sua avaliacio, 0 Se apresenta em seu aspecto mais ansiogénico. eee 0 principio de todas as substituigoes, Eo que permite dizer, em dado momento: ‘Bingo! A pritica lacaniana, pelo contririo, opera Na ‘dimensio da falha, Nés também dizemos: fica lacaniana. £ um milagre, uma Braga oe Lacan, que isso |. interprctagao anal ; aati, teno. asin ofc aan nostro pe mopar fendem com talento, com vigor hoje. Uma resistencia meritéria a0. «aces hipernodernas ctistio, catélica, eu @religiio se apdia em uma nogao da natureza que foi n, a partir de suas experiéncias, que o -s¢ Com papal ou com mame. Gon. tandard pos-humano, o um-sozinho preenchendlo im-sozinho comandaclo por um maisde-gozar Janeiro 2005, ne ae ntiro seguinte: 86 ha diferentes maneiras de falhar: Entre elas, ayn NaS say afinal, nos ga » se trata simplesmente de chiste, de Witz, Ea cond, zem mais do qv se resista ante 0 discurso da civili >, a transformagio, no sentido topolbgico, que permitira EI #0 Dara Go hipermoderna. Entao, essa ppritica lacg lana sey forma, a deformag: Toad nseqincias reais que se produzem pela agio dle seu exerci, de gq sua sobrepujar as ducao, ha um século, em uma civilizagio, as qua do eiscurso analitico. ssas conseqiiéncias retornam sobre ela propria. As conseqi atualmente, convergem sobre g pscanilise retornam sobre a psicanilise c sobre seus trijetos, Ese poderia diver queg sua condigio de possibilidade torna-se uma condigao de impossibilidade. Digo pos me ado acontecimento flveza impossibilidad cada por ele e articulida por Lacan seja'a condigao do proprio exercicio da psiem todo modo, foi o que descobrimos, ndo de modo intelectual, mas na pritica, og existe sobre um fundo do impossivel, Aliés, constatamos que perdemos 0 gosto tins aos outros, NOssos sucessos terapéuticos, E quando testemunhamos um tJ temos 0 sentimento de que isso é verdade. Mauricio Mazzouti o compreendeu mui traver, ontem, como testemunho disso, uma interpretagio lateral, uma falha dep Ihe foi muito mais gratificante do que uma narragao euférica do tipo: “apertei obtive este resultado e 0 habito cai E precisamente por no compreendermos como isso funciona — porque nao apertando botdes, seja qual for a perfeigao diagndstica, a experiéncia clinica, ete ‘mos nosso tempo explicando, tentando explicar 0 que acontece, uns aos outro nhando sobre isso. A psicandlise, que fez tremer todos os semblantes sobre os quais repousa € as priticas, a psicanilise que assim desvelou 0 que Lacan chamava econo! psicanilise que é um socratismo mesclado de cinismo, se assim posso dizer, mente, a derrisio e 0 cinismo passaram para 0 social com algo de hut nalistas, eventualmente, so vitimas da psicandlise. Vitimas da suspeita instilad pela psicanzilise quando eles nao acreditam no inconsciente. E os semblantes pro propria psicandlise: o pai, o Edipo, a castragio, a pulsdo, etc., também se puse azao pela qual assistimos, ha vinte anos, a recorréncia ao discurso da ciéncia, elenos dé seja 0 real de que se trata, seja o mais-ce-gozar, isto ¢, a possibilidaded a barreira que separa S: de a no discurso da histeria, Aqui, cabe lembrar a condicio de contingéncia sob a qual a psicanilise 4 descoberta do sintoma histérico, por Freud, descoberta que se fez no co da ciéncia ¢ que incidia sobre um real no sentido cientifico, um real cle tipo 8 do, incluindo um saber. A descoberta de Freud se deu em um contextoy ‘materialismo psico-fisiolégico, do final do século XIX e, nesse context, hd sentido no real, f preciso dizer que isso escandalizou. A psicanalis corrupcio do saber cientifico, uma vez que o saber cientifico pode Janeiro 2005, ae ida dizet Entio, cnet que hi sentido no-real implica emque isso queira dizer algo, que ua intend, Para asians, o fo de haver sentido nore es contio depos, dade. O sentido no real é o suporte do ser do sintoma, no sentides relacio a Freud; houve um /aisser-faire. Podlemos nos perguntar por que? Houve um laiser faire quanto a Freud e seus dscipulos, que proiferaram, Deixaram que traficnsem o sntoma com 9 sintoma mental, com 0 sentido, Deixouse até mesmoa paiuatia Sem divida porque ni a nio sergrosso modo: havia ulitico. No entanto, em see ganha por isso. 8¢ tinha o saber no real que pudesse responder a sintomas desse tipo, lobotomia, a sonoterapia, enfim, Houve um laisser.faire quan: toa Freud € sua intengio de sentido no real. Deixou-se o tratamento do sintoma & manipula

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