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Rev, Fisioter. Univ. Sao Paulo, v.6, 0.2, p.1S4-63, jul/dez., 1999, AVALIACAO INSTRUMENTAL DA FORCA MUSCULAR DO ABDUTOR CURTO DO POLEGAR E ABDUTOR DO QUINTO DEDO DA MAO* INSTRUMENTAL EVALUATION OF THE MUSCLE STRENGTH OF ABDUCTOR POLLICIS BREVIS AND ABDUCTOR DIGITI MINIMUM MUSCLES OF HAND Luciane Fernanda Rodrigues Martinko Fernandes”, Nilton Mazzer*™, Cléudio Henrique Barbieri”, Antonio Carlos Shimano” Fernandes, LE-R.M., Mazzer, N,, Barbieri, C.H., Shimano, A.C. Avaliago instrumental da forga muscular do abdutor cute do polegar e abdiutor do quinto dedo da mio. Rev. Fisioter. Univ. Sdo Paulo, v.6, 2.2, p.1S4-63, , julidez., 1999, RESUMO: A forga dos misculos Abdutor curto do polegar (ACP) e Abdutor do quinto dedo (AQD) serve como parimetro ‘para. a avaliago da fungSo dos nervos mediano e ulnar, respectivamente. Um aparelho foi desenvolvido para realizar a medida da forga daqueles msculos em mos de diferentes tamanhos, com a mesma efiiéncia, Est aparelho foi construdo inteiramente ‘com materiais de fil bteno e baixo custo. As medidas foram realizadas em 42 voluntérios, sendo 20 mulheres e 22 homens, cujo crtério de inclusio fot a total auséncia de qualquer patologia nos membros superiores, Trés medidas foram tomadas para cada ponto de aplicagio da carga, para cada um dos misculos e uma média foi obtida para a andlise estatistica. Os resultados ‘mostraram que a forga de ambos os muscu foi consstentemente maior nas homens e na mao dieita, Quanto aos dois pontos de aplicacio da carga, a forga foi sempre maior no ponto proximal, tanto para o polegar, como para o quinto dedo, A avaliagio ‘eral do desempentio do aparelho mostrou que eleé verstl,fomecend informagSes confidveis para as mios dieita eesquerdas de todos os tamanbs. DESCRITORES: Transéutores. Polegar. Resistencia a trago, Esforgo fisic. * Este trabalho & pate integrate da Dissertagdo de mestado em Bioengenhara da Escola de Engenharia de Sto Carlos, USP, Facultad de ‘Medicina de Riberto Preto, USP e Instituto de Quimica de Sao Catlos, USP. oterapeuta, Professors do curso de Fsioterapia da Universidade de Uberabs-MG. Professor Associado do Setor de Onopedia e Traumatologia da Faculdade de Medicina de Riberio PrtotSP. “Professor Titular do Setr de Ortopediae Traumatologa da Faculdade de Medicina de Ribetio Peto-USP. ™ Engenheiro Mecinico e Bioeageabsio do Laborato de Bioengenharia da Faculdade de Medicina de Ribeiro Preto-USP. _Enderego para correspondénca: Laviane Femanda Rodrigues Martinho Fernandes Rua: Coronel José Francisco, 383, apto 202. 380017. 140, Uberaba, M.G. emaikiciane @unisbe be, lftm@ zaz. com Isa Fernandes, LLF.RM., Mazzer, N., Barbieri, .H., Shimano, A.C. Avaliagio instrumental da forga muscular do abdutor custo do Polegar e abdutor do quinto dedo da mao. Res. Fisioter, Univ. S40 Paulo, v.6, n.2 p-154-63, jul/dez., 1999, INTRODUCAO forga muscular é uma das propriedades Dy sentir em através das provas de funglo muscular, tem grande importineia no exame fisico © durante a reabilitagio, O esto da fora fomeceinformagdes eis para 0 diagnéstico e para 0 acompanhamento da evolugio e do tratamento de enfermidades neuromuscularese musculoesquelética,caraterizadas Por fraqueza desequilibrio muscular, endo primordial para todos os profissionais envolvidos, sejam eles médicos ou fisioterapeuas As provas de fungi muscular, utilizando exclusivamente a ago da gravidade, foram descrits pela primeira vez por Wright © Lovett apud Hislop © Montgomery” no inicio do século XX, sendo Posteriormente graduadas segundo uma escala de 0a 6 ‘As avaliagSes baseadas em procedimentos cinesiolégicos ativos foram descritas na década de 30'™”. [A Daniels e Kendall apud Hislop © Montgomery", couberam na déeada de 40, os primeitos trabalhos sobre provas manuais de avaliagdo da fungiio muscular, que so realizadas, basicamente, para determinar a capacidade dos misculos ou grupos musculares de realigarem movimentos e promoverem estabilidade © supore Embora os imbolos possam varar, os movimentos «© fatores de resistencia estabelecidos por Wright e Lovett apud Hislop e Montgomery? formam a base da maiora das graduag6es de forga muscular existetes na atualidade. Segundo os testes de forga deseritos por Daniels ¢ Worthingham*, a fungio muscular avaliada Por processos manuais é graduada numericamente de 0 (zero), que representa auséncia de atividade, a 5 (cinco), que representa uma resposta normal & prova. Este método, todavia, se baseia mais em provas de amplitude de movimentos do que da fungi de musculos individuais. Cada grau numérico pode ser comparado com o desempenho na prova. Segundo essa graduagio, o msculo grau5 (normal) deve ser capaz de completar « amplitude plena de movimento e mant-Ia no ponto terminal contta a resistencia méxima, O masculo grau 4 (bom) deve completar amplitude plenade movimento contra forga da gravidade e ceder apenas um pouco no final de sua amplitude, contra resistencia méxima, O misulo grau 3 (regular) vence apenas a forga da gravidade, 185 representando um fimiar funcional de desempenho de tarefa minima, O miisculo grau 2 (precério) é aquele ‘que apenas consegue completar a amplitude plena de ‘movimento, exclufda a acdo da forga da gravidade, No ‘miisculo grau 1 (trago), nao existe movimento, mas 0 cexaminador € capaz de detectar visualmente ou por palpagdo alguma atividade contrétil. O misculo grau 0 (zero) apresenta-se completamente sem atividade contrat”. Por mais espectficas que se procurem fazer as graduagbes, todas as provas manuais de fungio ‘muscular constituem um procedimento que depende do conhecimento, experinciae pericia do examinador", 0 qual necessita de treinamento para realizar os testes adequadamente, atentando sempre para detalhes como © posicionamento apropriado da articulagio envolvida € as variagdes dos movimentos, de modo a poder determinar os resultados com precisiio". linda assim, por maior que seja a precisio atingida pelo examinador, as provas manuais de avaliagio da forga muscular sao, de modo geral, um método de ‘medigdio semi-quantitativo, que depende do julgamento subjetivo do examinador, principalmente entre as variagbes de grau “bom e “normal”. J4, 0s critérios de avaliaglo, 0s graus“fraco” e zero” so mais objetivos, pois tém a forga da gravidade como padrio*®, Apesar dos erros em que se podem incorrer com os métodos manus, poucos estudos tém procurado correlacionar 65 resultados obtidos através desses métodos, em comparagio com aqueles obtidos através de instrumentos” ‘A avaliagao instrumental da fungo muscular iniciou- se com os dinamdmetros de Grakam-Desagulier e de Regnier, confeccionados jf no século XVII © que caracterizavam 0 método de avaliagio como quantitativo, pois 0 aparelhos atribuiam um valor numérico ao teste", Ja no século XX, Martin & Lovett apud Daniels & Worthingham: utiizaram-se de uma balanga de mola para realizar testes de fungio muscular. Desde entio, tirante 0 desenvolvimento de diferentes modelos de

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