You are on page 1of 13
Aplicagao da metalurgia do po em motores elétricos Dé Eng. Pro Opto. Eng. Eetrnia-ICET- Fea -e-mal: mosesces@eeeleb * Diag. Pret DEMET -UFRGS;*r. ng. Po. pa. Eng. Mecirica~IGET-Fevale: ‘Dx. Eg, Pol. po. Eng, Mecdnca~ ULBRA Resumo Este trabalho tem por objetivo a aplicagéio de materiais magnéticos macio sinterizados em néicleos magnéticos do estator e rotor de motores elétticos. Estes materiais, obtidos a partir dos processos da Metalurgia do P6, possuem como caracteristicas: alla resistividade elstrica, alta permeabilidade magnética relativa, baixa coercitividade magnética e alta indugao de satu- rag&o. Os nticleos magnéticos obtidos so macigos e substituem as tradicionais chapas de ago laminado. Esta aplicagao é relativamente recente, possuindo raros protétipos citados na litera- tura, Assim, este estudo relaciona os principais matetiais sinterizados utilizados, citando al- guns motores jé construidos e seu desempenho. Palavras-chave Metalurgia do p6, nucleos magnéticos, motores. Abstract - The aim of this work is to verity application of sintered soft magn: materials in magnetic nuclei ofthe rotor and stator of electric motors. These materials, obtained starting from powder metallurgy processes, have as characteristics high electric resistivity and high relative magnetic permeability, low magnetic coercitiviy and high induction of saturation. The magnetic nuclei obtained by PM process are massive, and substitute the traditional sheets of rolled steel. This aplication is relatively recent and there are not many prototypes cited in the literature. Thus, this study makes alist of the main sintered materials utilized, and some motors built and their performance. Key words Powder metallurgy, magnetic nuclei, motors. rowiste tecnologia o 1. Introdugao Na sua grande maioria, os niicleos do estator € do rotor dos motores elétricos séo construidos com chapas de ago baixo carbono, Alguns motores de maior rendimento sao construides com chapas de ago-silicio, com um percentual aproximado de 1 a 3% de silicio. O proceso total para a contecgao destes nticteos consiste basicamente em laminagao, corte, um tratamento para isola¢ao, empacotamento ¢ fixacéio. Com relagao as chapas de ago baixo carbo- no, 0 processo para isolacdo consiste num tratamento térmico, onde os pacotes de chapas sao colocados em foros durante um certo tempo, havendo ent&o a oxidagao da superficte das cha- pas e, em consequéncia, a formagao de uma camada isolante de éxido de ferro entre as chapas adjacentes (1, 2]. ‘Com relag&o & construgo e aos materiais utilizados, os seguintes fatores determinam 0 desempenho dos motores elétricos: ‘* As chapas so construidas a partir de materiais ferromagnéticos (ferro ou agos magné- ticos), pois estes s&o materiais ferromagnéticos de alta permeabilidade magnética, Nos motores elétricos, quanto maior a permeabilidade magnética dos nticleos, menor sera o campo magnéti- co nos nticleos, e maior sera a intensidade de campo no entreferro, Observa-se que 0 conjugado ‘eletromagnético (torque) desenvolvido nos motores elétricos 6 proporcional a densidade de fluxo magnético no entreferro. Portanto, niicleos do estator e do rotor de motores elétricos construidos com materiais de maior permeabilidade magnética resultam em motores com uma melhor performance [1, 21 ‘* O material magnético dos nuicleos dos motores deve possuir elevada indugao de sature- 40, possibilitando ent&o que 0 motor trabalhe num ponto de flux magnético elevado, sempre abaixo do ponto de saturagao [1, 2}. + Utliza-se aco baixo carbono, pois este é um material magnético macio ¢ apresenta baixa coercitividade. A perda por histerese é proporcional a area do ciclo de histerese, que repre- senta matematicamente uma densidade de energia. Portanto, quanto mais estreito o ciclo de histerese, menor a coercitividade e menor a perda por ciclo de histerese[1, 2]. As perdas por histerese P, [W/kg] estd representada pela equagao 01, onde f é a freqiiéncia do campo magné- tico aplicado [Hz], W,.,, @ densidade de energia armazenada no campo, [j/m"] (érea do tago de histerese) ¢ p,, a densidade do material dada em kg/m? {3}. LWeny Pam (01 Pa {01} ‘+ Sempre que houver a incidéncia de um fluxo altemado sobre um nucleo magnético, haverd também correntes induzidas (cortentes paresitas ou de Foucault) sobre este nticleo. Tan- to 0 estator como o rotor so construfdos com chapas laminadas e isoladas, uma vez que esta isolagao entre chapas restringe as correntes induzidas a uma menor area de circulago. As perdas por correntes induzidas ou parasites em um nticleo macigo sie consideravelmente mai- ores que as perdas em nticleos obtidos a partir de chapas isoladas eletricamente. Quanto menor a espessura das chapas, menor so as correntes parasitas € menor ainda a perda de poténcia nestes niicleos. A redugao das correntes induzidas podem ser obtidas a partir do aumento da resisténcia elétrica do corpo, ou a partir do aumento da resistividade elétrica do material, uma vez que resisténcia ou resistividade e corrente eletrica sao grandezas fisicas inversamente pro- porcionais. Por este motivo, motores elétricos de alto rendimento séio construidos com chapas de ago silicio, que possul resistividade elétrica maior que 0 ago baixo carbone {1, 2, 3]. Devido ao efeito Joule, estas correntes parasitas geram perdas por calor P, [W/kg], 6 esté representada na ‘equago 02, onde k 6 uma constante de proporcionalidade {adimensional], B a indug&o magné- tica [T], x a espessura da pega [ml], fa freqtiéncia do campo magnético [Hz] ¢ p, a fesistividade eléttica (W.m] [4] BQ roviste tocnologia ¢ tondéncios Bef tx? P, ee (02) Pe Em resumo, 0 material com o qual os niicleos do estator e do rotor séo construidos deve apresentar as seguintes propriedades [4I: * Alta permeabilidade magnética relativa; * Baixa coercitividade magnética; « Alta resistividade ou resisténcia elétrica; * Alta indugao de saturagao. 2. Ligas Magnéticas Fundidas Os maieriais magnéticos macios mais utilizados na construgdo de nuicleos de motores elétricos sao as ligas de ago em geral, com excecao de algumas ligas de aco inoxidavel que so paramagnéticos @ apresentam a mesma permeabilidade magnética relativa do vacuo (5). Os trés tipos de materiais mais utilizados para nucleos magnéticos, relacionados a seguir, so: Ago baixo carbono, a¢o-silicio nao-orientado e agossilicio orientado [15]. ‘* Ago baixo carbono: Este tipo de ago, com aproximadamento 0,05% de carbono, foi originalmente utiizado como material para construgo de nucieos para transformadores, moto- res e geradores, mas é limitado hoje principalmente para nticleo de pequenos motores. Ago. baixo carbono laminado tem uma permeabilidade magnética relativa maxima de 5.000 a 10.000, pode ser considerado como ferro com impurezas. Tratamentos para putificagao podem levar & uma melhoria da permeabilidade, Apesar da alta permeabilidade magnética, o ferro “puro” no é utilizado comercialmente em fung&o do alto custo e baixa resistividade, o que induz correntes parasitas, aumentando as perdas [15]. * Aco-Silicio ndo-orlentado: Este tipo de ago foi desenvolvido pelo metalurgista inglés Robert Hadfield, em 1900, ¢ fogo tomou-se o material preferido para construgdo de nicleo de Iransformadores, motores e geradores. A adigao de silicio ao ferro modifica profundamente as mudangas de fase. Uma vez que o contetido de carbono 6 muito pequeno, atualmente estas ligas sao conhecidas como ferro-silicio. A adigao de sillcio ao ferro resulta nos seguintes efeitos sobre as propriedades tisicas: a resistividade elétrica aumenta, causando uma redugao nas cor- rentes parasitas; a anisotropia cristalina diminul, causando um aumento na permeabilidade, © diminui a indugo de saturagao. O percentual de silcio varia de aproximadamente 1,05 a 3,25% para as ligas n&o-orientadas e 3,25% para as ligas orientadas, ¢ o percentual de carbono varia 0,03% (no-orientado) a 0,01% (orientado}. A permeabilidade magnética relativa, a uma indugo de 18 kG (1,57), 60 Hz para as ligas nao-orientadas, varia de 1.100 (1,05% de Si) até 700 (3,25% de Si), ¢ para as ligas orientadas varia de 16.000 a 23.000. As chapas so obtidas por lamninagao a quente, até aproximadamente a espessura final; a seguir é realizada uma decapagem para retirar a pelicula de éxido e, apés, laminado a frio para a espessura final, melhorando’as Carac- teristicas mecénicas; finalmente é realizado um recozimento a baixa temperatura [5]. * Ago-silicio com graos orientados: Este material fol desenvolvido pelo metalurgista americano Norman Goss em 1933. Ele descobriu que, com uma laminagao a frio, com um recozimento intermediario, acrescido de um recozimento final a alta temperatura, produz-se cha- pas com melhores propriedades magnéticas na diregao de laminagao, que as chapas com laminagao a quente. Esta melhora é devido a uma texture magneticamente favordvel, produzida por uma reeristalizagao secundaria durante 0 recozimento alta temperatura [5]. A tabela 1 (6) relaciona algumas ligas fundidas a partir do ferro, com as ptopriedades ffsicas de interesse, onde p, & a densidade, B,, a indugdo maxima, B, a retentividade\'H, a coettitividade, jz, a permeabilidade magnética relativa maxima e p, a resistividade elétrica ronete tyenclone ¢ tendénces |5Q TBbele 7 - Popriedades isicas de algumas ligas fans a pat do faro® Liga Ds. Bu | .Bu Br Bre | He He Mr Pe Iwem’} | (1) | tkGT- | ETE | tkGH'| TA/m] | 100) | [Ad.7 | 0.m)| ASIN ARS 739| L7[ 1T{ 1,28] 12,8) 79,58] 1,00)” 5.000) 0,13 asMHendhook | 7,65) - - -| 56,00} 0,70] 8.000] 0.47 Career Tech 7,26] 1,2] 12] 0,60} 6,0] 159,00] 2,00] 2.000 - astuiteatook | 20] 1,6] 16] 0,80] 8,0] 3,98) 0,05] 70.000 - 3. Caracteristicas dos Materiais Magnético Macio Sinterizados ‘As propriedades fisicas dos materiais obtidos por metalurgia do p6, como por exemplo as magnéticas e elétricas, sdo influenciadas por varios fatores, sendo que aqueles considerados de maior importancia no desenvolvimento deste trabalho esto rel ados a seguir: + Na maioria dos casos, a resistividade de um elemento metélico aumenta quando sao adicionadas impurezas, uma vez que estas impurezas provocam distorgées no reticulado orista- lino. Quanto maior as imperfeigées da rede cristalina, maior a resistividade. Por esta razéo, as maiores resistividades em metais so obtidas em ligas compostas de dois ou mais metais, nas mesmas proporgdes, ou em proporsées préximas. Nestes condi¢des, hé uma interpenetragao das redes cristalina dos materiais presentes na liga [7]. Por este motivo, ocorre um aumento da ividade do ferro sinterizado, quando outros elementos como 0 Si, P ou Ni séo adicionados + Aadigao de silicio ao ferro, além de aumentar a resistividade elétrica, aumenta também a permeabilidade magnética relativa maxima, diminui a coercitividade, Contudo, diminui também a indugdo de saturagao, conforme mostra a Figura 1 {9}. 7 6 15, “ at 3 2 " 0 Indugdo Magnética B | [90] 2H opeprsnisis0> 3 3 g 2 é ° 1 2 3 ‘ 5 6 7 ‘Figura 1 ~ Propriedades magnéticas da liga Fe-Si em lungéo do conteddo de soto” ‘A maiotia dos matetiais metalicos torrosos sinterizados possuem resistividade etétrica maior do que materiais macigos de mesma composicao quimica, devido principalmente a porosidade e & oxidago superficial das particulas. Portanto, 6 possivel aumentar ainda mais a resisténcia elétrica total de pegas metélicas sinterizadas, compactando com presséo menor, o que aumenta a porosidade do material, diminuindo portanto a densidade. A resistividade das ligas metalicas diminui com o aumento da densidade, lependente do tipo de metal (6, 10}. A Figura 2 mostra a variagéo da resistividade em fungdo da densidade para algunis materiais sinterizados [6]. GO|corste tecnsioge » tendéncaes F 06 g oo, sth go e seowte = —O— Fe 388i 2 A reso @ 02 o> ° 000 640070007200 7400-7600 Densidade (kg/m3) rita 2 -vanagao wa revsiaaave em ungeo 02 aensiagae' ‘Com 0 aumento da porosidade, hd urna diminuigéo da permeabilidade magnética, uma diminuig&o da indugo de saturagéo e um aumento da coercitividade [6, 11, 12]. A Figura 3 mostra @ variagéo da indugao de saturagao para um certo campo magnético, em fungao da densidade para o ferro sinterizado [12}. 20,0 16,0 12,0 ao 4,04 B, K Gauss. 0,0 im 26 Figura 3-Veiag da indo magnética em longo ds densidad para o fer sintrizad + Aresistividade elétrica para a maioria das ligas metalicas também 6 fungao do tamanho de gro. Quanto menor o tamanho de gréo, maior a quantidade de contornos de gros, que também provocam distirbios na rede cristalina, aumentando a resistividade. Entretanto, a dimi- ‘nuiggo do tamanho de gro causa um decréscimo da permeabiidade magnética e uin aurhento da coercitividade [13, 14]. * As impurezas como carbone, nitrogénio © oxigénio também afetam as propriedades magnéticas das ligas de ferro sinterizadas. Quando o objetivo é a obtengao de materlais magné- ticos de boas propriedades, é conveniente quo os percentuais destas impurezas sejamn mantidos ros seguintes niveis [09}: ' ~ carbono: 0,01% max; = oxigénio: 0,02% max; | ~ nitrogénio: 0,01% max. rouste tecnologia @ tens ‘+ Qutro fator que também afeta as propriedades magnéticas dos materiais ferrosos sinterizados é 0 tamanho de particula de pé [11]. O aumento da granulometria do po aumenta a pemeabilidade magnética, mas aumenta também a coercitividade. Além disto, outros fatores ‘como tempo, temperatura e atmosfera de sinterizagdo também alteram algumas propriedades fisicas (15) Os materiais sinterizados mais comumente utlizados so os seguintes (6, 16, 17): + ferro puro; + ligas ferro-cobatto; + ligas ferro-tésfor + ligas ferro-silicio © ligas ferro-fésforo-silicio; + ag0s inoxidaveis ferriticos, + ligas ferro-nfquel. A seguir estéo descritas as principais ligas que podem ser utiizadas e suas propriedades fisicas de interesse. Ferro Puro: Os materiais sinterizados de ferro puro s&o caracterizados por altas perdas e propriedades magnéticas médias. Seu uso ¢ aconselhdvel principalmente para corrente conti- nua ou circuitos de excitagzo magnética permanente, com fluxos magnéticos de médio a alto, devido a sua baixa resistividade elétrica. O ferro puro sinterizado de alta densidade possui satu- ragdo magnética e permeabilidade aitas, ¢ baixa coercitividade, propriedades ossonciais para aplicagdes de corrente continua [17], Ligas ferro-cobalto: Estas ligas t8m como principal caracteristica a sua alta indugéio maxima. Esta propriedade é interessante quando 0 volume ¢ 0 peso dos componentes devern ser minimizados [17] Liga ferro-fésforo: Os materiais sinterizados de fero-f6sforo (com teores de fésforona faixa do 0,45 a 0,80%) mantém as vantagens econémicas do ferro puro, adicionando ainda ca- racteristicas magnéticas superiores. Basicamente, a forga coercitiva 6 reduzida, enquanto se mantém uma alta indug3o maxima (17}. Estas liges so utilizadas principalmente quando se deseja uma boa resposta magnética aliada a boas propriedades mecanicas. igas ferro-silicio: Estas ligas tém forga coercitiva similar as ligas ferro-f6sforo, com uma indugao maxima ligeitamente maior. Porém, sua resistividade elétrica bastante superior, dit nuindo assim as perdas por correntes parasitas. Estas ligas so aplicadas em cirouitos que ope- ram em freqliéncias médias de até 1200 Hz. Indugdes maximas elevadas podem ser obtidas em pegas de alta densidade, porém 0 custo de produgao aumenta devido & alta abrasividade relativamente baixa compressibiidade do material (6). Agos inoxidaveis ferriticos: Os acos inoxidaveis ferriticos tornaram-se populares em meadios da década de 80, quando comegaram a ser utilizados em anéis sensores de sistema de freios anti-blocantes (ABS), devido a sua resposta magnética e moderada resisténcia & corrosAo [6]. Além disso, quando sinterizados em vacuo, estes materiais podem exibir um certo grau de duotilidade, essencial na montagem destes componentes. Ligas ferro-niquel: A principal caracteristica que distingue as ligas ferro nique! das de- mais 6 a sua alta permeabilidade, que é a maior de todas as citadas anteriormente, Além disso, a indugao maxima é baixa e a resistividade elétrica term um valor intermediério se comparada as demais [16, 17]. Estas propriedades tornam estas ligas atraontes om aplicagdes mais sofistica- das, que operam om altas froqiiéncias © com baixa oxcitagao. O efeito mais significativo do aumento do teor de niquel ¢ uma queda na retentividade e um aumento na coercitividade* Apesar da liga Fe-50%Ni apresentar valores de coercitividade, indugao residual e indugdo max ma menores se comparada liga Fe-3%Si, ela 6 mais indicada para aplicagdes em corrente alternada de alto desempenho, especialmente se for considerado que a permeabilidade maxima deste material é aproximadamente quatro vozes a da liga Fe-3%Si e quase seis vezes do que a do ferro puro [6]. | As tabelas 2 © 8 mostram, de autores diferentes, quadros comparativos regumides das Propriedades {isicas de interesse das principais ligas magneticamente macias sinterizadas. covista tgenclagie @ tendénces Tabela 2 - Quadro comparativo das propredadesfsicas das diversas ligas sinleizades megneticamente macias ® Liga ps. | Be] Bo | Be] Be [He] He [° Pe Ug/em’y | (7) | GY | TT | 0kG) | f/m) | fe] | (Ad.1 | u2.m) EIT 6s} iif if 06 6 90] t13{ 2400] 0.70 raseas 68} 12, 12] 06 6] 100) 1,26] 2.200] 0,80 ASC10029 73) 14f 14] 06 6| 90] 1,13] 3.600) 0,35 asess 73) laf 14 - -| 60] 0,75] 6.100) 0,45 sciao29 73) 14f 14 : -| 65] 0,81] 5.000) 0,47 rases 73] 14f 14] 4,0] 10} 60] 0,75} 6.100] 0,45 Asci0n29 72) 13) 13) 4 11] 80] 1,00] 4.300} 0,47 AbeI00 20 72) 14] 14] 08 8} 80/100] 4.800] 0,40 Fos0i 74] 11 it} 1,0} 10] 25] 0,31] 13.000) 0,50 Aci00 30 74] 13) 1B 37| 0,46] 9.700] 0,48 ‘Tabela 3 - Quadro comparativo das propriedades lisicas das diversas ligas sinterizadas magneticamenie macias '* Liga Ps Bay Bu Br Br He He Hr [efem'}) (8) | kG). | CTI | tkG 1] fad] | [00] | fad). Fe 68} 114) 114) 0,96 9.6 131) 1,65] 2,900 7,2) 1,36] 13,6] 1,18] 11,8] 127) 1,60] 3.700 74\ 147} 14,7) 1,29] 12,9) 119} 1,50] 4.700 Fe- 7,0) 1,23} 12,3) 0,99] 9,9 96] 1,20 0,45%P 7,2 1,34) 13,4) 1,12 80} 1,00] 4.800 74| 1,46] 14,6) 1,26 60} 0,75 Fe-0,8%P 7,0] 1,27] 12,7) 1,08 8} 1,48 7,2) 132) 13,2) 113 119} 1,49 74} 142) 14,2) 115 69] 0,87 Fe-1,0%P 7,0) 1,35} 13,5) 1,13 67] 0,84 7,2) 1,38] 13,8 1,15 64) 0,80 7,4) 47) 14,7 1,25 62] 0,78 Fe-3%Si 68) LIT] IL7] 0,94 104) 1,30 7,0) 1,31) 13,1] 1,09 92] 1,15] 4.900 7,2) 1,39) 13,9) 118 80} 1,00 Fe-50%Ni 68) 0,93} 93) O71 21} 0,26 7,1| 1,09} 10,9] 0,80 20) 0,25] 21.000 75] 1,27] 12,7] 0,94 19] 0,24 Fe- 78) 0,72) 7,2) 0,48 6} 0,07! 77.000 81%Ni- 29%Mo Fe. 7,2) 1,24) 12,4) 0,73] 7,3] 178) 2,2 50%Co- 2%V censta tpenclogie @ lneies |B 4. Aplicagao de Materiais Magnético Macio Sinterizados em Niicleos. Magnéticos e Motores Materiais sinterizados obtidos a partir de ligas de material magnético macio, com ferro ‘outros elementos, como por exemplo Ni, Si, P e Co, podem ser utlizados na construgao de nticleos magnéticos de dispositivos eletromagnéticos alimentados por cortente altemada (ac). Desta forma, nticleos de estatores e rotores de motores elétricos podem ser construidos em locos Unicos, e deverd conferir aos mesmos melhores caracteristicas de desempenho [19, 20, 21, 22, 28, 24, 25, 26, 27]. Materiais magnéticos macios para aplicagdes em ac so os materiais da familia do Fe, ‘como as ligas ferro-silicio @ ferro-niquel, comumente utilizada na produgo de dispositivos elétri- cos. Devido & natureza isotrépica dos niicleos magnéticos obtides a partir da MIP, fatores no projeto, como empacotamento ou empilhamento de chapas laminadas, n&o sio apropriadas para a redugao das perdas totais. O sucesso da aplicagao depende da forma e das dimens6es das pegas e das propriedades dos matetiais. A produc&o de nticleos com ligas ferro-silicio & ferro-niquel por M/P, hoje é um proceso industrial no qual as propriedades magnéticas so ajustadas por parametros do processo bem definidos, como a pressao de compactago, tempo & temperatura de sinterizagao. Os processos da M/P permitem o uso de elementos, ligas ¢ siste- mas além da esfera dos tradicionais materiais magnéticos macios. Um exemplo é a liga ferro- fosforo onde, com a adi¢do de 0,8% de fésforo resulta em pecas isotrépicas as quais, indepen- dente do ajuste da forma ou tamanho, é equivalente ao pacote de chapas laminadas de 0,65 mm. A adiggo de fésforo melhora no somente as propriedades magnéticas macias do ferro mas também aquelas das ligas ferro-silicio. A extensdo da faixa de materiais disponiveis por MP inclui, também, ferro-silicio-{ésforo e ferro-fésioro-estanho, aumentando a flexibilidade de esco- tha das combinagdes das propriedades magnéticas @ eldtricas © custo de produgdo total [18]. Os niicleos magnéticos de motores, construidos a partir dos processos da M/P em con- traste ao método tradicional do empacotamento de chapas laminadas, oferecem vantagens na manufatura, uma vez que os nuicleos podem ser construidos a partir de blocos macigos. O pro- cesso tradicional de fabricagéio dos nticleos gera custos elevados, além de uma quantidade excessiva de sobras na estampagem, em tomo de 40% [19]. utra vantagem de um nucleo sinterizado é que este ndo tem as mesmas restrig6es no projeto, como o pacote de Kiminas. Trés graus de liberdade estéio disponiveis ao projetista em contraste ao dois graus impostos pelo simples empithamento de chapas na forma de discos. A sobra, praticamente zero, ¢ 0 aumento do grau de literdade do projeto permite uma redugéio nos gastos com energia na produgao do material usado no dispositivo, permitindo também a otimizagao do circuito magnitico relacionado a uma methora na performance do dispositivo [19} Devido &s suas baixas pordas por correntes parasitas, estes materials possuem boas pro- priedades magnéticas para operacdes em allas freqiiéncias. Considerando uma inducao de 1,5 T, ‘em 400 Hz, foram obtidos nticleos com 90 W/kg. Niicteos magnéticos fabricados com estes novos materiais tém demonstrado desempenho compardvel quando alimentados com corrente eléttrica de 60 Hz, @ superior, para correntes com frequéncias maiores que 60 Hz, quando comparados com 0 pacote de chapas de ago laminadas a frio (CRML) dos motores (Fig. 4) {19, 23, 24], B 181° Mil Material Compactado Perdas no nécleo [Wikg] \ g 2 0 02 Of 06 8 1 12 14 16 10 Tnduciio [T] Figura 4 - Ue compara, em 60 He, da perdeem nileas de materia srizados ede chapas amines de ago com féstoro, cronadas, de 0.84 mn eo ago 0-19 de 0,61 mim. E possivel construir um nticleo magnético maci¢o sinterizado, que apresente uma depen- déncia quase linear de perda no niicleo com a freqiiéncia de magnetizago, contrastando com a dependéncia quase quadrada de perda do néicleo com a freqiiéncia, tipico nos micleos de agos laminados. Uma vez que motores com imas permanente, de velocidade variével, operam.a fre- aiiéncias até 800 Hz, ¢ possivel obter-se uma melhor eficiéncia nestes dispositivos [19]. Salien- ta-se que o mercado para motores com ims permanente, com velocidade variavel, esté aumen- tando. Em geral, o ndcleo do rotor deste tipo de motor é construfdo com chapas de ago laminadas, € 08 imas sd fixados neste nticleo. Existem acionamentos de motores com frequéncias to altas quanto 800 Hz, Salienta-se que, com o aumento da freqdéncias das correntes de alimentagao, as perdas nos niicleos de ago aumentam dramaticamente. Estas perdas elevadas nos nticleos ndo somente reduzem a eficiéncia dos motores, como também limitam a sua faixa de operagdo [19}. Em 1,57 (15kG) e niveis de indugao mais baixos, a perda no niicleo do material sinterizado 6 ligeiramente mais elevada que a perda no nlcleo de ago de CRML. Considerando niveis de indug&o mais altos, maior que 1,6 T, onde muitos motores operam, as perdas do nucleo séo ‘comparaveis. Em niveis de indugéo maior do que 1,8 T, onde alguns motores também operam, 0 material sinterizado apresenta as perdas no nticleo menor. A Figura § mostra a perda total no nucleo do material sinterizado a 60 Hz, separadas em perdas por histerese © correntes parasi- tas. (A petda est composta de todas as perdas: a perda cldssica, por corrente induzida, as perdas anémalas, sendo excluida a perda por histerese). As perdas por corrente parasita sf uma parte muito pequena das perdas totais, menos que 10% até 1,8 T [19]. 3 Perdas Totais Perdas 10 nicleo [W/kg} 0 02 04 06 OD 1 12 14 18 18 Inchugdo [T} Figura § - A perda total nos nticleos, em 60 He, de material sinterizado, separado em perdas por histerese ¢ corrents induzidas As perdas relativamente pequenas por correntes induzidas mantém as perdas totais bai- xas para freqUéncias mais altas. A Figura 6 mostra uma comparagdo das perdas totais do néicleo, medidas a 1.5 T do material sinterizado para urn CRML ago fésforo orientado @ um ago-silicio M- 19 ndo-otientado, Em ambas comparagées, a perda por histerese do material sinterizado é mai- ‘or, mas as perdas por corrente parasita 6 menor. A baixas freqiiéncias, o material sinterizado tem as perdas do nticleo mais alta. Em aproximadamente 60 Hz, as perdas do material sinterizado ‘$80 comparaveis ao ferro-fésforo orientado CRML, sendo muito menores em freqiiéncias mais altas. O ago M-19 tem as perdas mais baixas do nticleo em freqéncias menores. Ainda ao redor dos 400 Hz, @ perda no niicleo para o material sinterizado é comparavel Aquela do ago M-19. 0 material sinterizado possui as mais baixas perdas a freqliéncias maiores que 400 Hz [19]. os 4-49, 0.64mm 008 eeneete MII Material Compactado Perdas no niiclco por ciclo [W/ky/tl/] ° 200 400 600 f [Ha] ‘Figura 6 -Comparagdo da pests totals do mates sinterizado, medides com uma indugao de 1.57, com chapas de ago Lainadas com fslro,oventades, de 0,63 mm 0.0 a¢0 slic M-19 de Q61 mm 19, ‘Aperda total mais baixa do nucleo com material sinterizado é devido as correntes induzidas, mais baixas. As Figuras 7(a-b) mostram 0 percentual de perdas de correntes induzidas para cada um dos materiais a 60 e 400 Hz, respectivamente. Em ambas as freqiiéncias, 0 petcentual de perdas totais do nucleo devido a perdas por correntes induzidas so menores para o material sinterizado. As baixas perdas por correntes induzidas para este novo material magnético resul tou em um bom material para motores elétricos. Na maioria das aplicagées, 0 nivel de indugao é maior que 1,5 T e a forma da onda de tenséo elétrica nao 6 sonoidal e tem um contetido harmd- nico elevado. As harménicas mais altas resultam em perdas por corrente induzidas maiores [19]. a s 8 8 8 8 be? at 06 cf t 42 46 46 2 04 0G 08 1 i te Me 18 Indio [T] 3 Indu [P| ercentual de perdas por corrents parasias Perocntual de perdas por corrntes parasitas 8 Figura 7 - Percental das pends, por conenesindvidas de nerd toll em ates de materi sinters, ce chapas de ago aminadas com fésioro, oriontades, de 0,63 mm e do aco silicio M-19 de 0,87 mn - (2) 60 He -(b) 400 Ha, roviste teenelogia @ tondéncias De acordo com dados bibliograticos 0, autor [19] cita, sem maiores detalhes, a construgao de estatores sinterizados para um motor sem escovas de quatro pélos. A tabela 4 compara as propriedades magnéticas do motor de nticleo sinterizado com aqueles de um motor de nticleo laminado padrao (0,64 mm M-19). O torque, em ambos os casos de teste, foi mantido constante, © nuicteo sintetizado obteve uma performance melhor que 0 niicleo convencional. Apresentou um consumo menor de corrente, girou a uma velocidade maior e apresentou um aumento menor de temperatura. Basicamente, a eficiéncia do nticleo sinterizado fol 10% maior. O material sinterizado utiizado nestes nticleos de motores nao foi divulgado, O autor cita que um posterior desenvolvimento do material resultaram em mais de 10% de diminuigaio em sua perda no nt- cleo. A partir destes ensaios, s4o esperados resultados até melhores com novos materiais. Fo- ram produzidos motores universal com o material sinterizado que apresentaram desempenho semelhante e ligeiramente melhor que os nticleos de acos CRML convencionais. Tabeta 4 -Ferlotmance de nici pachoes e niclees compactados'®, Tipo ‘Torque | Amps. | Velocidade | Rendimento | Temperatura Nicleo Nan ; Radis G2) PC) Padrao 0,066 71 1649) 4,5 49,4 ‘Compactado 0,066 66 1768 74,5 28 A partir de processos altemativos da metalurgia do pé convencional, é possivel melhorar as propriedades fisicas de interesse dos materiais utilizados na construgao de nucleos de moto- res [24, 25, 26, 27]. Como exemplo, cite-se a mistura adequada de pé de ligas de ferro com polimeros. Os niicleos magnéticos também podem ser construidos a partir de compésitos baseados ‘em pé de ferro aglomerado com uma matriz organics. Usualmente, sua composicao quimica varia dentro de uma faixa de 97 a 99,5% de pé de ferro, ¢ os restantes so aglomerantes orgainicos, tipo termofixos ou termoplasticos. S4o obtidos pelos processos da metalurgia do pé e so utilizados como substitutes dos nticleos magnéticos cldssicos de chapas de aco laminadas 0u p6 de ferro sinterizado, como ferro-silicio e ferro-niquel. O uso dos compésitos de pé de ferro- aglomerado em niicleos de rotores ¢ estatores de maquinas elétricas cc e ca e nuicleos de trans- formadores oferece certas vantagens como formas vatiadas, dimensOes precisas, perdas redu- Zidas, alta produtividade e custo vantajoso. A matéria-prima, na forma de pé, é misturada com estearato de zinco num percentual entve 0,5 a 1%, compactada & seco numa pressfio de 200 a 800 MPa e polimerizada om condigées ambientais ou atmosfera controlada, em temperaturas de 120 a 170 °C em tempos que variam de 15 a 60 minutos. Os valores minimos das principals caracteristicas obtidas por estes matetiais sd densidade de 6,0 g/cm®, indugao de saturacao 0.6 T, retentividade 0,1 T, forga coercitiva 8 Alem e permeabilidade magnética 100 [25]. Conclusao ‘Assim, pode-se destacar que algumas pesquisas esto sendo realizadas com objetivo de ‘substituir o tradicional pacote de chapas laminadas por blocos macigos sinterizados, Salienta-se, também, que para baixas freqliéncias (60 Hz) as perdas ainda sao maiores nos maieriais sinterizados; contudo, para freqiéncias maiores que 400 Hz, os materiais sinterizados apresen- tam um desempenho melhor que as chapas laminadas. A literatura clita nticleos maci¢es de motores elétricos construidos a partir de processos da MIP, eniretanto, os dados| relativos & construgao destes niicleos so vagos. Obviamenite isto se deve ao fato de que tais prdcedimen- tos tém carater inovador, certamente com registros e pedidos de patentes. E importante salientar também que, em um futuro relativamente préximo, muitos destes niicleos magnéticgs de moto- res (bem como de outros dispositivos efetromagnéticos, como transformadores, reatores, relés, etc) serao construfdos a partir dos processos da M/P_ ronste teenslope seein | Referéncias Bibliograficas 1. REBORA, G. La Construccién de Maquinas Eléctricas. Barcelona, Hoepli - Editorial Cient co-Medica, 1969. 999p. . 2. RICHARDSON, D.\V. Rotating Electric Machinery and Tranformer Tecnology. Virginia-USA, Reston Publishing Company, Inc., 1982. 636p. 3, LANDGRAF, Fu.G., SCOZ, L.C. A separagdo de perdas elétricas como critério de avaliagéio de processamento de ages elétricos. Metalurgia & Materiais, maio 1995. p.436-438. 4, DIETRICH, D.W. Magnetically Soft Materials. ASM Handbook, V.2, 1992, p.761-781. 5. CULLITY, B.D. Introduction to Magnetic Materials. Adison. Wesley Publishing Company, Massachusetts, 1967. 51 4p. 6. LALL, C. Soft Magnetism, Fundamentals of Powder Metallurgy and Metal Injection Molding, Princeton, New Jersey. Metal Powder Industries Federation, 1992. 139p. 7. VLACK, L.H.V. Principio de Ciéncia dos Materiais, S. Paulo, Edgard Blucher Ltda, 1970. 427p. 8, LUBORSKY, FE., LIVINGSTON, J.D., CHIN, GY. Magnetic Properties of Metals and Alloys. Physical Metallurgy. Amsterdam: Elsevier Science, 1996. {08] 9. LAL, C; BAUM LW. High Performance Soft Magnetic Components by Powder Metalluray and Metal Injection Molding, Modem Developments in P/M, v.18, 1998. p.363-389. 10. Z.P. POPOV, TL. RATCHEY, Y.YANKOV. The influence of Boron Additives on the Magnetic and Electrical Properties of PM Fe-Si-Cr-P Soft Magnetic Material, Advances in Powder Metallurgy, v.5, 1991. p.189-193 11, MOYER, K.H. The Effect of Proposity on the Properties of Iron Compacts. Riverton, NJ. Hoeganes Corporation, 1980. 12, JAMES, B. A., WILLIANS, G. Review of the Magnetic Properties of Sintered Iron. Powder Metallurgy, v.22, n.2, 1979. p.75-85. 13, LANDGRAF, F.J.G., PLAUT, R.L. Efeito do Tamanho de Grao na Permeabilidade Magnética Maxima da Liga-Ferro 47,5% Niquel, Metalurgia ~ ABM, v.45, n.380, 1989. p.677-681 14, Acos Elétricos — Grao n&o Orientado. Artigo de Circulagao Interna da ACESITA, 1993. 15, LALL, ©. The Effect Sintering Temperature and Atmosphere on the Soft Magnetic Properties of P/M Materials, Advances in Powder Metallurgy, v3, 1992. 16. LENEL, F.V. Magnetic Applications. Metals Hadbook, v.7, 1984. p.638-641. 17. BAS, J.A., PUIG, J, MOLINS, C.B. Soft Magnetic Materials in P/M: Current Applications and State-of-the-Art. Modern Developments in Powder Metallurgy, Princeton, New Jersey. Metal Powder Industries Federation, v.18, 1988. p.745-756. 18. JANSSON, P. Soft Magnetic Materials for A.C. Applications. Hoeganes A.B., Hoeganes Swed, Powder Metallurgy, v.35, n.1, 1992. p.63-66, 19. KRAUSE, F.F., BULARZIK, J.H., KOKAL, H.R. New Soft Magnetic Material for AC and DC Motor Applications. Magnetics Inc, Burns Harbor, IN, USA. Journal of Materials Engineering and Performance, v.6, n.6, Dec. 1997. p.710-712, 20. ITOH, ¥., TAKEDA, Y., KUROISHI, N. AC Magnetic Properties of New Fe—Si Sintered Alloy. Modern Developments in Powder Metallurgy. v. 17. Special Materials, Toronto, Canada, 17-22 June 1984, Metal Powder Industries Federation, 105 College Rd. East, Princeton, New Jersey 08540, USA, 1985.p.641-655. 21. FRAYMAN, L.L., RYAN, D.R., RYAN, J.B. Modified P/M Soft Magnetic Materials for Automotive Applications, The International Journal of Powder Metallurgy, v. 24, n.7, 1998. p.31- 39. 22, ANISIMOVA, E, A., OLEINIKOV, A. M., SERDYUK, @ G Powder Materials with Specified Electrical and Magnetic Properties for Heavy and Two-Layer Rotors of Asynchronous Motors. Soviet Powder Metallurgy and Metal Ceramics (English translation of Poroshkovaya Metallurgiya), v.29, n.9, Feb 1991, p.741-744. 23. PERSSON, M., JANSSON, P., JACK, A.G, MECROW, B.C. Soft Magnetic Composite Materials - Use for Electrical Machines. IEE Conference, Publication n.412, 1995. IEE, Stevenage, Engl. p.242-246. 24, ENESCU, E., SOPTEA, E., GAVRILIU, S., CRISTESCU, E. New Composite Materials Based on Iron for Soft Magnetic Cores. Cercet. Metal. Mater. (Metall. New Mater. Res.), Il, (3), 69-78. 25, PERSSON, M,; JANSSON, P. Advances in Powder Metallurgy Soft Magnetic Composite Materials for Electrical Machines. IEE Colloquium (Digest), n.234,1995. IEE, Stevenage, Engl. p.alt-4/6, 26. JACK, A.G. Impact of New Materials on the Design of Electrical Machines. IEE Colloquium (Digest) n 284 1995. IEE, Stevenage, Engl. p.1/1-1/5. JACK, A.G, MECROW, B.C., MADDISON, C.P., WAHAB, N.A. Claw Pole Armature Permanent ‘Magnet Machines Exploiting Soft Iron, IEEE international Electric Machines and Drives Conference Record, IEMDC, 1997. IEEE, Piscataway, NJ, USA, 97TH8282. p.MA1 5.1-8.3. rouste.teenslepe 9 hee

You might also like