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Manipulando Emulsoes Loyd V, Allen, Jr. R.Ph., PhD. Professor ¢ Chefe do Departamento de Quimica Farmacéuticae ‘Medicinal da Faculdade de Farmacia da Universidade de Oklahoma Introdugdo - mm A emulsficaga preparadas, As emulsies sio sistemas hete €0 processo pelo qual as emulsies sio éncos que consistem de pelo menos um liquide disperso intima mente em outro no qual nao seja miscivel, na forma de ralmente supera O,lum. As cemulsies também sio definidas comersendo misturas goticulas eujo diametro de dois liquids essencialmente imisciséis ¢ sio caracte vizadas por uma terceira fase, o agente emulsificante © Farmacéutico deve considerar varios aspectos quan- do da preparacio extemporanea de uma emulsio, in dluindo 0 propésito do medicamento, se a mesma sera para uso interno ou externo, a concentragio do f maco, 0 veiculo liquide, a estabilidade fisico-quimica do farmaco, a conservagao, os solubilizantes, 0s agen tes emulsificantes, os doadores de viscosidade, 08 co- rantes e os flavorizantes. Definigées e caracteristicas Lee Nas emulsbes, uma das fases esta dispersa em uma ou tra, na forma de micelas. Assim, uma emulsio consiste de uma fase dispersa (fase interna ou descontinua); de uum meio dispersante (fase externa ou continua) © de um terceiro componente conheciclo como emulsifican: te, Existem trés diferentes tipos de agentes emulsifi cantes, que serao discutidos posteriormente. O diime- to das micelas situa-se geralmente entre 0,1 € 10am, aapesar de tamanhos tio pequenos quanto 0.0m e tao grandes quanto 10(jum nio serem incomuns, Empregam-se as emulses quando dois iquidos civeis devem ser dispensados em uma mesma prepara io, por algumma razdo em particular. Geralmente, existe lum componente polar ¢ outro apolar, cada qual no es- tado liquid. Qu fase externa é polar (Agua), a emulsio € denominada gua” (OVA). Quando a fase dispersa é a agua leo, a emulsio sera do tipo ndlo a fase dispersa é apolar (6leo) © ‘leo er € 0 meio dispersante € 0 ‘Agua em leo” (AO).* Geralmente, mas nem sempre, as emulsdes para uso interno sio do tipo éleo em agua, as para uso externa sio do outro tipo, Emulsoes A/O sio insohiveis em gua, nao sio lavaveis com agua, podem absorver Agua, sto oclusivas © po- dem ser untuosas. Jas emulsies OVA sio misciveis com gua, lavaveis com agua, podem absorver Agua, nio so oclusivas e nio sio untuosas Usos e aplicagées ee As emuilsses sio muito utilizadas na forma de cremes € logoes tépicas. Os cremes so sélidos macios ou liquidos viscosos, opacos e destinados a aplicacio externa, con- sistindo de medicamentos dissolvidos ou suspensos em bases evanescentes ou emolientes. Podem ser tanto do tipo VO quanto do tipo O/A, © termo “creme” & mais freqiientemente aplicado as preparagbes cosmeticamente aceitveis, macias, do tipo OIA. Sio usadas geralmente em lesbes timidas ou ex- sudativas, por poss vo", uma vez qule o$ fluidos serio misciveis com a fase rem possuem um efeito “ser externa aquosa dos cremes, As gies sio emulsdes fluidas ou suspensdes destinadas a aplicagio externa. Geralmente sio aplicadas em dre- as intertriginosas, ot seja, onde ocorre atrito da pele, como por exemplo entre os dedos, nas coxas, axilas € uum efeito lubr Peso Molecular me Para_uso interno, as emulsdes sio empregadas para) dispensar farmacos hidro ¢ liposoliveis conjuntamen- te, para mascarar o sabor de alguns firmacos oleosos , algumas yezes, para melhorar a absorcio de firma: os, Por via intravenosa, as emulsoes sio amplamente utilizadas para administrar éleos altamente caléricos a pacientes seriamente debilitados. Composi¢ao ee Geralmente, as emulsées contém trés componentes: ‘uma fase lipfdica, uma fase aquosa e um emulificante Dentre eles, onde o farmaceutico magistral tem a mai- or flexibilidade € na escolha do emulsficante, Alguns dos emubificantes que podem ser usados sio mostra- ddos ma tabela | :mulsiicantes © Establizantes para Emulsdes Surfactantes Aninicos, Catiinicos, Nao-idnicas, SOlidos Bentonita Hidrxido de Aluminio ‘Aicoot Estearlico : Determinagdo dos Tipos de Emulsées oad Quando se adiciona componentes adicionais a uma emulsao € importante conhecer se a mesma é do tipo OVA ou AO. Pode-se determinar o tipo da emulsio com alguns testes simples, entre eles, 0 teste da gota o teste do corante, o teste da condutividade elétrica € fo teste do papel de filtro, 0 teste da gota fundamenta-se no prin tuma emulsio é miscivel com sta fase ex zado pelo simples gotejamento de uma pequena q) tidade de emulsio em uma superficie cx pio de que Sea gota se espalha isso indica que a fase externa é a agua € a emulsio € do tipo O/A. O teste do corante baseia- se no, principio que um se win corante € soltivel na fase externa da emulsio cle se dispersar4 uniforme: mente, Este teste & conduzido adicionando-se um pequena quantidade solugio aquosa de cor emulsio. Se a difusio do corante for uniforme, a gu star na fase externa € a emulsio sera do tipo O/A, © teste da condutividade elétrica fundamenta-se no principio de que a agua é condutora de corrente el ca € 0 6leo nao o € Em geral, emulsées O/A ten: dem a conduzir a co emulsdes A/O, quando um equipamento de medida estiver disponivel nte elétrica melhor que as teste do papel de filtro € realizado colocando-se gota de emulsio sobre um papel de filtro limpo. Se a gota se espalhar rapidamente pelo papel, a emulsio serd do tipo OVA, j4 que a gua (Fase externa) tende a espalhar-se mais rapidamente que o leo. Pode-se preparar emulsies multiplas, emubsificando uma emulsio com uma outra fase externa. Como exemplo, podemos citar a combinagio de um emul ficante do tipe AO (monooleato de sorbitano) com vvaselina liquida, adicionados a uma fase aquosa e for mando uma emulsio AO; que em seguida é dispersa em uma solucio aquosa de um emubsificante do tipo OVA (ween 80) para formar uma emulsio final do tipo NOVA. De modo similar, uma emulsio O/A/O. pode ser preparada. Pode-se sugerir para elas ras aplicagdes, incluindo desintoxi mento de farmacos, fo Jongada e outras aplicacées cosméticas em potencial Q vel. Consequent ses dois liquidos, Quando eles sao agitados simulta neamente, pequenas goticulas i que 0 liquidos tenderio a manter a menor area de io, dieci mas farmacéuticas de agio pro- lo dois liquids imisciveis estao em contato f 10, eles tendem a manter a menor interface pos nente, € muito dificil misturar es- 10 se formar, visto superficie possivel, e uma tensio superficial existird entre eles. Quando se adiciona um componente com atividade na tensio superficial, suas moléculas ten ntre as duas faces, com a porcio polar orientando-se na fase polar e a porcdo apolar orientando-se na fase apolar, diminuindo assim a ten so superficial. Iso far com que os dois liq Em geral, ha dois métodos pelos quais os agentes emul silicantes auniliam a formagio de emulsoes: LP 2. Formas de wn redugio da tens superficial filme interfacial rigido 3. Farmaco de wma camada dielétivica Quando a concentracio do emulsificante & suficiente mente alta, pode-se formar um filme rigido entre as fases imisciveis que atua como uma barreira meciniea ia dos globulos. A formagio de uma cama: resulta forcas elétricas de repulsio centre as goticulas, minimizando a coalescéncia Técnicas de Preparacao. As emulsoes (0s liquidos sio misturad 10 se formam espontaneamente quando, requerendo energia adicio- nial para separar os Kuidos, resultando em um acrés- cimo da area de superficie da fase interna. A energia adicional pode ser fornecida na forma de agitacio me- cinica, vibragio ultra-s6nica ou aquecimento, Geralmente se preparam as emulsdes com métodos rmanuais on meciinicos. As téenicas mais comuns envol- ‘vem 0 uso de almofariz € pistilo, misturadores elétri- cos, homogeneizadores manuais, agitadores, aparelhios| de ultra-som e vasa. Um almofariz e um pistilo podem ser utilizados nto ‘com © método Inglés como com © método Contine tal, descritos a seguir. Para melhores resultados, 0 al: mofariz deve ter a superficie interna rugosa, au do a subdividir o liquide em pequenas gotfculas, © Métado Inglés, também denominado Método da Goma Umida, depende do uso de mucilagens ou gomas dis solvidas e geralmente envolve o uso de almofariz e pis- tilo, Para a formacio da emulsio primiria, a propor- lo éleoraguacemul 3-4:2:1, Prepara-se a mucilagem adicionando uma pe- quena quantidade de sigua ao hidrocoldide - como por cexemplo a acicia Go, O 6leo é entdo adicionado em pequenas quantida des, com trituracio rapida. A mistura comega en ficante geralmente situa-se entre triturando-se até a homogeneiza se tornar densa e viscosa. Adiciona-se entio a agua res nte e com ripida trituragio, até que a cemulsio se complete. © Método Continental, também denominado Método da Goma Seca, geralmente também faz usb de um almofa riz e pistilo, Para a formagio da emulsio primaria, a proporcio éleo:iguaremulsificante geralmente sinua-se centre 4:2:1. No método da goma seca 0 hidrocoléide & misturado com o 6leo, misturando-se rapidamente por lum pouco tempo. Em seguida, adiciona- de 56 uma vez, triturando-se muito ra {que se ouga um som de estalado, indicando qu so primaria esta formada. Adiciona-se entio, lenta mente, o restante da {que a emulsio esteja completa, (© “método da garrafa” (agitagio) pode ser usado na preparacio de emulsées que contenham dleos volateis outros dleos nio viscosos. Esse método evita os res pingos que algumas vezes ocorrem quando se usa 0 almofariz e o pisilo, O“método da gi Fiagio do método da goma seca ¢ envolve a mistura do ea toda agua emul: uragio ripida, até rafa" é uma va- cemulsificante e do dleo em um frasco fechado, seguido de ripida agitacio ¢ pequenas chacoalhadas. A ‘igual necessiria 8 formagio da emulsio primavia (2:1) € adicionada de uma s6 vex ea mistura é agitada muito rapidamente, A agua adicional, se necessitia, € adicio- nada em pequenas quantidades, agitando-se em segui: da, E muito importante NAO permitir que o leo © a goma permanecam em contato por muito tempo, visto que a goma pode se embeber de dleo, tornando 0 po impermedvel O método do béquer € utilizado mais frequientemente quando se dispoe de agentes emulsificantes sintéticos, (Os componentes da prescrigio devem ser separados fem duas fases distintas: a aquosa e a oleosa. As duas, fases sio aquecidas separadamente até cerca de 60: 709C, se necessirio. A fase interna é entio vertida so- bre a fase externa, sob agitagio. O produto € entio retirado do aquecimento e agitado periddica e suave. mente, até resfriar Um agitador mecinico com helices pode ser introduzi do diretamente no sistema a ser emulsionado, dispontveis comercialmente diversos tipos misturado- res, podendo ser encontrados em lojas de depar fw artigos de covinha, Estio. ‘Também estio disponiveis homogeneizadores manu- ais, que funcionam por meio da introducio da mistura de liquides sob alta pressio através de uma pequeno orifici, resultando na dispersio dos globules. Incorporando_materiais uma emulsco AYO ne (Os Gileos e os pos insoliveis podem ser ditetamente in corporados, por espatulacio ou utilizando um almof Fircum pistilo. Quando forem necessrias grandes qua tidades de pos, pode ser preciso ilizar um agente levi szamte. Na maioitia das emulsoes 4/0, existe agente ern siicante suficiente para emulilicar quantidades razod ‘eis de solucbes aquosis de um firmaco, que podem ser -orporadas por espanulagio, com 0 almotariz€0 pist- quccimento suave em banho-maria, Se fot quecimento, a preparagio nio deve ser man- tida em altastemperaturas por tm tempo muito longo, visto que pode ocorrer perda de 4gua, ocasionando widanga no volume final do produto, A adigio de com ponentesoleosos usualmente nao traz problemas. Alguns farmacos em sua forma crstalina precisam ser primeiro dlisolvidos em dleo, se possvel. Pode ser neces lo ou com utilizado i dis. solver alguns firmacos quando de sua forma cristaina, Nese caso, pode ser preciso utilizar o Farmaco na forma’ de base, € nao n il adicionar gua a cessas emulsdes, a menos que se use uma quantidade cexcedente de emulsifcante forma de sal. Ei Incorporando materiais uma emulsdo O/A — Pés insoltiveis € solugdes aquosas podem ser ineorpo- radas por espatulacio ou utilizando um almofariz € tum pistilo. E prudente urilizar um agente levigante, como a glicerina ow o propilenoglicol, para auniliar mistura do po insolivel A emulsio. Materiais na for- 1a cristaina deveriam ser dissolvidos em uma peque- nna quantidade de Agua, antes de sua adigio sto, Materiais hidrossoliveis podem ser adicionados dissolugio do pé em uma pequena quantidade ee Mathocel 15 cps 105 na EG 400 Monostearate Monoestzarato de Poliowetieno 11,6 - PEG 400 Monolaurate -Monolaurato de Polioxietieno = 13,1. Parmagal B Gelatina Span 20, Monolauato de sorbitano 86 "Span 40 Manopalmitto de soritano 87 ‘Span 60 ‘Monoestearato de sorbitano 47 de Agua € incorporando a solugio a base. Uma pe- {quena quantidade de 6leo pode ser incorporada dire tamente a base, visto que elas geralmente possuem tum excesso de emulsificante. Quando for necessario incorporar grandes quantidades de 6leo, pode ser necessirio adicionar uma pequena quantidade de um surfactante do tipo OYA, para auxiliar a dispersio uniforme do dleo no veiculo. Geralmente € mais fic nat componentes hidrossolived Quando se emprega aquecimento par componente a-uma vefeulo O/A é importante trabae Ihar rapidamente, visto que a ‘gua pode evaporar-se rapidamente, Quando isso ocorre, 0 produto tera seu volume alterado €, no caso de um semi-sélido, pode ficar my Agentes Emulsificantes een aa 10 consistente e com aspecto ceroso. © propésito de um agente emulsificante é minimizar a éncia que os glébulos tém para coalescer ou agru- par-se em globulos maiores, com eventual separacio dos dois liquidos. A estabilidade de uma emulsio de- pende das propriedades do emubificante e 0 filme for- mado na interface das duas fases. O filme interfacial deve ser rigido, elistico e formar-se rapidamente du rante © proceso de preparagio ou emulsificagio, (Os agentes emulsificantes podem ser divididos em trés| categorias diferentes: L.Agentes surfactantes 2.Caolides hidrafitices 3, Particulas slidas finamente divididas (Os agentes surf fa ce dleoldgua, na forma de filmes monomoleculares, resultando numa diminuicio da tensio interfacial (Os coldides hidrofilicos formam filmes multimolecu- lares ao redor das particulas dispersas, As particulas amente divididas estio adsorvidas na imerface, re os globulos das duas fases liquidas e formam, uum filme de pat n torno dos glébulos dis- persos. A formacao de um filme € um processo co- ‘mum a essas trés categoria. EHL (HLB) ee ntes estio adsorvidos na O sistema FHL (equilibrio hidréfilo-lipétilo) é empre- gado para descrever as caracteristicas de um agente surfactante. Gonsiste de uma escala arbitrévia na qual 5 valores do EHIL sio determinados exper ante € registrados, Se o valor do EHL € baixo, exis- te um pequeno ntimero de grupos hidrofi factante €0 mesmo € mais lipofilico (lipossolavel) que hidiofilico (hidrossoluvel). Por exemplo, 0 Span 80 tem um valor de EHL igual a 4,3 e ¢ lipossolivel (ta- bela 2). Quando o valor do EHL é alto, existe um gran- _de niiméro de grupos hidrofilicos no surfactante € 0 ‘mesmo € mais hidrofilica (hidrossolivel) que liposso- avel, Por exemplo, o Tween 20 tem um valor de EHL, de 16,7 ¢ € hidrosoltivel. Em fungao do seu valor de EHL, possuem as seguintes aplicagoes: rental. es Baixo 1-3. Agentes anti-espumantes 36 Agentes emulsficiantes (emulsdes A/0) 7-3 Agente molhante 8-18 Agentes emulsiticantes (ermulsdes O/A) 18-48 Detergentes ‘Alto 16-18 Agentes Solubizantes Os agentes molhantes sio surfactantes com valores de EHL entre 7 ¢ 9. Os agentes molhantes ausiliam nai obtengio de um contato fntimo entre as particulas sélidas © 08 liquidos. (Os agentes emulsificantes sio surfactantes com valo res de EHL entre 3 € 6 ou entre § e 18. Os agentes cemulsificantes reduzem a tensio interfacial entre deo € gua, resultando na diminuicio da energia necessi- ria pata a formagio dos globulos (Os detergentes sio surfactantes com valores de EHL. entre 18 e 16. Os detergentes reduzem a tensio sus perficial e auxiliam na remogio de sujeiras. As gor- duras serio emulsificadas, podendo ocorrer forma- go de espuma, e a sujeira podera ser removida pelo enxaguamento. s agentes solubilizantes tém valores de EHL entre We ls. Um valor de EL maior ou igual a 10%, primariamen: te, hidrofilio ¢ um valor menor que 10 seria lipofilico (Os Spans tém valores de FHL entre 1,8 ¢ 8,6, indican- do que suas moléculas si em dleo. Conseqiientemente, a fase oleosa i 10 formada sera do tipo AO. Os Tweens tém um valor de HL entre 9,6 € 16,7 - caracteristicos de moléculas hidrossoliveis ou disp siveis em dgua, Dessa forma, a fase aquosa sera predo~ minante € uma emulsio formada sera do tipo O/A. Mistura de Surfactantes ee Na maioria das vezes, uma mistura de emubsificantes| produz uma emulsio mais estavel do que quando usa ‘mos um iinico emulsificante com o valor de EHL cal- culado corretamente. Uma vez que 0s valores de EHL, sio aditivos, pode-se caleular o valor de EHL de uma mistura de surfactantes. predo- Por exemplo, se forem necessirios 20mL. de um su factante com valor de EHL igual a 9,65 € possivel adi- Gionar uma mistura de dois surfactantes (com valores de EHL de 8,6 e 12,8) em uma proporgio de 3:1. Se- Ho necessivias as seguintes quantidades: 3/€ x 8,6 = 6.45 (15 mL) a/4 x 12,8 = 3.20 (5 mL) EEL Total = 9.65 (20 mi) Tabela 3: Valores de EHL necessérios para a emulsificagao = de alguns componentes lipidicos em emulsées QiA Acido estedrico 15 * ‘coo exterico 4 RELIST BEET ES, Lanolina anidra 10 e leo mineral (leve ou pesado) 12 TEES SEES Vslina Ss 2 Conservacdo das emulsdes <<< As emulsdes dio suporte ao erescimento microbiano. A, contaminacio dos produtos pode ocorrer durante a preparagio da emulsio, bem como durante set uso. Para minimizar a contaminacio, area de trabalho € o ‘equipamento devem ser limpos e devem-se fazer todos ‘8 esforcos para produzir um produto sem contamina- io. Entretanto, quando o produto tiver que ser arma zenado, por qualquer periodo de tempo que o seja, devesse considerar a adigio de um conservante. Um conservante deve ser at6xico, estével, compative, Darato ¢ ter um sabor, c itaveis, Ele tam- b 1 um amplo espeetro de bac- e odor m deve ser efetivo con gos € leveduras. Os conservantes podem migrar para a fase oleosa € perder sua efetividade. © crescimento bacteriano nor- malmente ocorre na fase aquosa. Conseqiientemente, © conservante deve se concentrar na fase agus. Adi= cionalmente, como a forma nao ionizada do conser- vante € mais efetiva contra as bactérias, a maior parte do conservante deve estar no estado nao ionizado, O no deve ligarse ou ser adsorvido por quaisquer dos componentes da emulsio, de modo ‘manter sua efetividade, Em resumo conservante de un eimulsio 56 sera efetivo se estiver livre na fase aquosa, ndorligado, no-adsorvido ¢ nio-ionizado, Alguns con: servantes utlizados em emulsdes estio relacionados nai labela 4. Os parabenos (metilparabeno, propilparabe- no € butilparabeno) esto entre os conservantes pa cemulssies mais satisfatérios, Antioxidantes para emulsdes re ‘Oleou eibordurad estas ajo? rant er idee prestie Gee tga cata = Coreto de Benzalcénio a aspecto desagradivel. De modo a minimizar este pr blema, deve-se adicionar antioxidantes a preparagao, Alguns exemplos de antioxidantes estio relaciona- dos na Tabela 5. Aromatizando Emulsoes a Na selecio do agente flavorizante adequado deve-se considerar a fase externa da emulsio, Por exemplo, quando se usa um flavorizante oleoso, que migra para 4 fase interna, sua intensidade sera reduzida. Os 6le os flavorizantes podem ser incorporados em peque- nas quantidades de surfactantes (usualmente se wt: lizam surfactantes com valores de FHL entre 15 € 18, em conjunto com outro surfactante com valor de EHLona faixa de 8a 12), Como regra geral, adicione 6 surfactante em uma quantidade cerca de 3 a5 ve- zes maior que a quantidade de flavorizante, para garantir a solubilizagao. Para obter methores resul- tadas, 0 flavorizante deve ser misturado ao surfac- tante antes da adigio a fase aquosa. Como essa téci a ocasiona uma perda de poténcia do Mavorizante, uma alternativa é utilizar um sistema co-solvente para incorporar o flavorizantes. O uso de etanol, gliceri- ‘na ou outro solvente adequado proporciona resulta dos accitaveis Estabilidade da Emulsdo eee A estabilidade das emulsbes podem ser methoradas das seguintes formas: 1.Diminnindo 0 tamanho das gldbulos da fase interna 2.Obtendo-se a proporcao stima entre dleo ¢ égua. 3.Awmentando a viseosidade do sistema Como, freqiientemente, a proporcio entre éleo e agua € determinada pelo presc ica (concentr dos principios ativos). para melhorar a estabilidade da cemulsio o farmacéutico magistral pode alterar 0 pri meito e o tltimo itens da relagio anterior. Seo tamanho do glébulo for menor que 5 micra a estabilidade ¢ dispersio da emulsio aumenta rao. Isso pode ser obtide por meio da agao cisa- Ihadora do. almofariz e do pistilo, on entio com um homogeneizador, A relacio étima de volume da fase é obtida quando a fase interna fica entre 40 ¢ 60% da quantidade total do produto, Quando a porcentagem da fase interna a ‘menta, a viscosidade do produto também aumenta, (© aumento da viscosidade da fase externa também ten- de a melhorar a estabilidade da emulsio, 0 que pode ser conseguido com a adigio de uma substincia que seja solivel, ou miscivel com fase externa da emulsio Para emulsies O/A pode-se utilizar hidrocolbides. Para. emulsies AO pode-se utilizar céras € éleos viscosos, them como dleoois ou didlos graxos. ‘Uma das preocupagies dbvias n € sua estabilidade. Uma en riza por uma auséncia de formacao de nata e de coales céncia, bem como pela manutencio do aspecto, cor, ‘odor ¢ outras propriedades fiscas originals, preparo de emulsies dio estvel se se caracte- A formacdo de nata ocorre quando os glébulos floculam se concentram em uma porcio especitica da emul io, resultando em uma distribuigio irregular do fi ‘maco ¢ um produto de aparéncia ruim. A formagio de nhata € mais caracteristca em emulsies OIA, pot as got alas de dleo condensarem-se ¢ emergirem até a si perfice do ereme. Isso se deve a0 fato do sileo ser, ge ralmente, menos densa que a fase aquosa, A formacio de nata ¢ facilmente reversivel e © produto poder ser “uniformizaco por agitagio, isto porque os glGbulos dis- persos ainda tem o filme protetor em torno de si, Os dois métodos para minimizar a formacio de nata sao 0 ‘aumento da viscosidade da fase externa aquosa €a r ducio dos tamanho dos glébulos com um homegens zador, até um tamanho muito pequeno. Uma outra abordagem possivel é igualar as densidades da fase externa ¢ interna, eliminando a tendéncia de uma fase separar-se da outta, i A coalescéncia on quebra € wm processo irrever ver que se perde o filme que cireunda as particulas ividuais. Alteragdes na viscosidade podem auniliar a cestabilizar € minimizar a coalescéncia. A viscosidade 6ti- ma pode ser determinada experimentalmente. Outro fator € a proporcio entre os volumes das fises, ou a proporgio entre o volume da fase interna ¢ 0 volume total do. produto, A miixima propargio que se pode 1, assumiindla que as particulas sejam perfeita- mente esféricas, € de 74%. Em geral, uma proporcio de cerca de 50%, que se aproxima da do espagamento entre particulas exféricas (ou seja, uma porosidade de 48% do volui 6), proporciona uma cemulsio razoavelmente estivel InversGo de fase re A inversio de fase pode ser tanto favordvel quanto des. favorivel. El corre quando uma emulsio “se inver ‘ou seja, cle OVA para AO on de NO para O/A. A inversio de fase pode resultar na for te™ de uma form io de uma emulsio melhor, sendo a base do mé- todo continental de preparacio. Cations monovalen- tes tendlem a formar emulsies OVA € cations divalentes tendem a formar emulsées A/O. Se o estaearato de s6- dio for empregado inicialmente para fofmar uma em so OVA, seguida da adigio de um sal de calcio para formar estearato de cilcio, a emulsio se inverte de uma emulsio OVA para uma emulsio AO. A preparacio de cemulsdes pelo método continental envolveo uso de uma pequena proporcio de Agua na presenga de grandes proporgées de dleo. O niicleo inicial da emulsto que se forma € do tipo VO. A adicao de agua, em pequenas ‘quantidades, eventualmente resulta de uma emulsio O/A para uma emulsio AO. Consideragées Gerais Eee A viscosidade das emus ' geralmente aumen: tam com o passar do tempo. Antioxidantes para emulsOes Galato de Propila L-Tocoferol ‘Acido Galico BHT Quanto maior o volume da fase interna, maior a viscosidade aparente Existe uma relagio linear entre a viscosidade da emulsio e a viscosidade da fase continua Cc uma emulsio O/A pode ser preparada 1 1 ja dissemos, em determinadas concligoes, is facil. mente em equipamentos de vidro, enquanto que mente preparada em tum material plistco, hidro-repelente. Isso se rela bilidade” da fase externa, em ie do equipamento, uma emulsio AO € mais fa ona com a “molha super Publicado originalmente no Secundem Artem Volu- me 4 Niimero 1. © Paddock Laboratories Inc, 1993, ‘Traducao de Luis Antonio Paludetti © 2000, Rx Editora e Publicidade Ltda. Traduzide e publicado com autorizacio. Proibida a reproducio. , es Se eel a tee tara legisiagdo vigente, em termos municipais, estaduais ee es gtacias especificas da pritica magistral brasile Gpelu, aus ay SURSO DE FARMACIA - FARMACOTECNICA, ESTUDO DIRIGIDO SOBRE EMULSOES Leia 0 texto “Manipulando emulsbes” e, a seguit, resolva os exercicios abaixo (deixe os calculos no verso). 4) Dada @ formula da emulsfo OYA, calcule o EHL da emulsio e esoolha entre os agentes emulsivos abaixo aquele que, teoricamente, seré o mais adequado para estabillzar a emulséo. EHL Cera de abethas 159 15,0 Parafina liquide 20g 10,5 A) Goma tragagante 13.2 Oleo vegetal 159 9,0 B) Lauril sulfato de sécio 40,0 Glicerina 4g C) Estearato de polioxietiieno 14,1 Ag. Emulsivo 59 Agua dest q.5.P. 1009 2) Dada @ formulagao abaixo, quanto terei de usar de goma arabica utilizando 0 método de ppreparo Continental (4:2:1)? Rx leo Mineral 30% Goma Arébica as. Flavorizante as. Agua destilada q.s.p. 120mL 3) Pera preparar 120 g de um creme utilize 39% de Tween 80 (EHL=15) € 1% de Span 40 (EHL=6,7). Qual o EHL da mistura? 4) Dada a emulséo abaixo, calcule a quantidade de de Span 80 (EHL = 4,3) e Tween 60 (EHL = 14,9) que deve ser utiizada para estabilizer 100 g da formulagao. EHL Acido estearico 8% 15.0 Alcool cetilico. 1% 13,0 Lanolina 1% 10,0 agente emuisificante 4% Glicerina 10% Agua dest. : asp... 100% 5) Dada a formula abaixo, qual a quantidade de goma arabica e Agua, respectivamente, necesséria para preparar a emulsdo priméria. leo de améndoas, 50,0 mL. Goma arabica ... as Salicilato de ferila .....8% Agua destilada ...4.8.p. 100,0mL

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