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Fixa normas para matricula, transferéncia e progressio parcial de alunos do Sistema Municipal de Ensino de Carmo, e da outras providéncias. © Conselho Municipal de Educacao de Carmo, no uso de suas atribuicdes e com fundamento nos artigos 11 e 23, paragrafo 1° e 24- incisos ll, Ill e V, alinea “b” ~ da Lei de Diretrizes e Bases da Educagao Nacional - LDB n° 9.394 / 96. DELIBERA: DAS MODALIDADES DE MATRICULA CAPITULO I Da Matricula Inicial, da Matricula Renovada e por Transferéncia Art. 4°, Para fins desta deliberagao, a matricula é o ato administrativo de inscrever individuo para ‘cursar Educagao Infantil ou Ensino Fundamental em estabelecimento do Sistema Municipal de Ensino de Carmo. Art. 2°. As modalidades de matricula sdo: I inicial; H- renovada; I11-por transferéncia. Art. 3°. Matricula inicial é a primeira matricula da vida escolar do individuo, que abrange as modalidades de Educagao Infanti! e Ensino Fundamental. Paragrafo Unico - Constitui também matricula inicial aquela feita apds a avaliacao do aluno, pela escola, independentemente de escolarizagao anterior, e que define o grau de desenvolvimento e experiéncia do mesmo, permitindo insorigao adequada no ciclo, série, ou outra denominacao adotada, obedecidas as seguintes condides: I - Prévia apresentacdo de declaracdo, por escrito e sob as penas da lei, do responsavel pelo aluno ou deste se maior, da inexisténcia ou impossibilidade, justificada, de comprovagao da vida escolar anterior. II- Avaliagao organizada de acordo com os contetides curriculares da base nacional comum do Ensino Fundamental, estabelecidos no §1° do Art. 26 da Lei n® 9394/96. III- Regulamentago do referido procedimento no Regimento Escolar. ‘Art. 4°, Matricula renovada é a que se dé em qualquer ciclo, série ou outra denominagao adotada, caracterizando-se uma, ou mais, das seguintes situacbes 1 - quando o aluno cursou, no mesmo estabelecimento de ensino, periodo letivo imediatamente anterior, qualquer que tenha sido 0 resultado obtido; Tl — quando concluido pelo aluno, com éxito, 0 processo de aceleragao de estudos no préprio estabolecimento de ensino, na forma do Regimento Escolar e Proposta Pedagégica: TH — quando concluido, pelo estabelecimento de ensino, processo avaliatério especifico que recomende o avango, em ciclo, série ou outra denominagao adotada, de aluno superdotado, devendo também constar deste processo parecer favoravel de Psicélogo ou profissional equivalente; 1V — quando © aluno retoma os estudos no mesmo estabelecimento de ensino, apés interrupgao. Art. 5°. Matricula por Transferéncia ocorre quando 0 aluno apresenta ao estabelecimento de ensino de destino Histérico Escolar emitido pelo estabelecimento de ensino de origem, contendo todos os dados da vida escolar do mesmo, até a data da emisso do documento. § 1° - O Historico Escolar nao pode ser exigido para matricula inicial do Ensino Fundamental. '§ 2°- Para o aluno transferido serd dado o prazo de 45 dias para apresentagao do Hist6rico Escolar. § 3° - A matricula por transferéncia pode ser feita: 1 — por classificacéo, quando o estabelecimento de ensino de destino procede & matricula do aluno no ciclo, série ou outra denominacao adotada, de acordo com a indicagao do estabelecimento de ensino de origem, conforme Histerico Escolar; TI por reclassificacio, por iniciativa do estabelecimento de ensino de destino, com anuéncia dos responsaveis, de acordo com as normas curriculares gerais, compatibilizando a realidade pedagdgica das instituig6es de ensino de origem e de destino, de maneira a posicionar adequadamente o aluno. ‘Art. 6°, Na Educagao Infantil, a matricula pode ocorrer em qualquer época do ano, tendo como referéncia a data corte de 30/04 do ano em curso, podendo ser feita: ‘em creche, ou entidades equivalentes, para criangas de até 3 (trés) anos de idade; a) Creches: + Bergario |- 3 meses completos no ato da matriculay + Bercario Il- 1 ano completo ou a completar até 30/04; + Maternal |— 2 anos completos ou a completar até 30/04; + Maternal Il 3 anos completos ou a completar até 30/04; b) Pré-Escola: + Pré 1-4 anos completos ou a completar até 30/0 + Pré ll 5 anos completos ou a compietar até 30/04 I. Em Gentros de Educacdo Infantil ou Creche Escola, para criangas de 3 (trés) meses até 5 (cinco) anos de idade. Art. 7°, © Ensino Fundamental 6 organizado em nove anos de duragdo, antecipando a matricula para as criangas que completam seis anos, até 30 de abril do ano em curso. Art. 8°, No ato da matricula, sejam quais forem suas modalidades, 0 aluno deve apresentar os seguintes documentos: a) Copia da certiddo de nascimento; b) Declaragao de Escolaridade; ¢) Histérico Escolar que comprove sua vida escolar anterior; d) Copia da Carteira de Identidade (quando for 0 caso); @) Carteira de Vacinagéo (alunos da Educagao Infantil); 1) Comprovagao da especificagao do tipo sanguineo; g) Comprovante de residéncia; fh) Xerox dos documentos pessoais dos Pais ou responsaveis pelo aluno; i) 02 retratos 3x4, § 1°. A falta de apresentagao dos documentos citados nas alineas de “c" a "h’ no impede a realizagdo da matricula preterida, devendo o responsavel apresenté-los no prazo maximo de 30(trinta) dias titeis, impreterivelmente. § 2°. Os documentos falsos e/ ou adulterados so de responsabilidade dos pais, caindo sobre os mesmos, as sangdes que a Lei do Cédigo Civil determina. § 3°. E vedada a cobranga de quaisquer custos no ato da pré-matricula ou da matricula, ficando pra quem praticar 0 delito, sujeito as sangGes civil, penal e administrativa previstas em legislagao. Art. 9°, A distribuicdo das vagas sera feita observando-se @ disponibilidade fisica de cada unidade Escolar, 0 tipo de atendimento prestado, garantindo a permanéncia do aluno na mesma Unidade Escolar conforme estabelecido no Artigo 53 do Estatuto da Crianga e Adolescente (ECA), Lei Federal n° 8.069/90 que leva em conta os seguintes critérios: |. _preferéncia ao aluno com necessidades ecucacionais especiais; Il. preferéncia para criangas e adolescentes até 18 anos incompletos (Constituigao Federal Art 227); Ill. proximidade da residéncia; IV- em caso de empate, a prioridade seré dada ao aluno mais novo ( menor idade). Art. 10°, Para todos os niveis de ensino a crianga devera, preferencialmente, ser matriculada na Unidade Escolar do bairro ou comunidade onde reside. Parégrafo unico — caso nao haja vaga na Unidade Escolar do bairro onde reside, o aluno deverd ser matriculado na Unidade Escolar mais préxima de sua residéncia. CAPITULO I ; DA MATRICULA POR TRANSFERENCIA. Art. 11.Transferéncia é a passagem de aluno, de um para outro estabelecimento de ensino, quer ambas as instituigoes estejam localizadas em territério brasileiro, quer uma delas — seja a de origem, seja a de destino — esteja localizada no exterior. § 1° - Qualquer que seja a localizagao do estabelecimento de ensino nao pode ser exigida declaragdo de vaga pelo estabelecimento de ensino de origem, para a expedi¢ao dos documentos de transferéncia. § 2° - A matricula _resultante de transferéncia é de competéncia exclusiva do estabelecimento de ensino de destino, prescindindo de co-participagao ou aval do Poder Publico que, contudo, podera, no exercicio de sua competéncia supervisora, examinar e avaliar os procedimentos adotados, a luz da legislagao educacional. § 3° - Quando da transferéncia de aluno proveniente de escola localizada fora do territério nacional, a matricula no estabelecimento de destino sera feita por reclassificagao resultante de proceso de analise que: tera como base as normas curriculares gerais; acatard as disposigdes do respectivo Acordo Cultural, quando existente, em particular as concementes a equivaléncia de estudos; HI- poder incluir procedimento de adaptagao de estudos previstos no Regimento Escolar. § 4° - Em se tratando de transferéncia de aluno oriundo de escola localizada no exterior, a matricula poderd ser feita a qualquer altura do ano ou periodo letivo, desde que, relativamente ao ano/periodo letivo a ser cursado de imediato, esteja garantida a possibilidade de ‘cumprimento dos minimos de carga hordria, dias e de freqiiéncia exigidos, respectivamente, no art. 24, |e VI da Lei Federal n? 9394/96. § 5°- Para cumprimento dos minimos de que trata o § 4° deste artigo, os nimeros apurados dentro do ano letivo em curso incluiréo os pertinentes aos estudos realizados no exterior durante aquele ano civil e os possiveis de serem realizados na escola receptora, no tempo restante do seu ano letivo. § 6° - Em se tratando de aluno de nacionalidade estrangeira, deverd ser observada a legislagao especifica, ‘Art. 12. A nenhuma escola, qualquer que seja a razéo alegada, ¢ licito negar transferéncia a ‘qualquer de seus alunos para outro estabelecimento de ensino. Paragrafo Unico — Excetua-se do disposto neste artigo a ago de transferéncia nos 45 dias que antecedem ao término do periodo escolar, hipétese em que cabera ao diretor da escola analisar os motivos expostos pelo solicitante e decidir a respeito. Art. 13, Ao se transferir, 0 aluno deve receber do estabelecimento de origem, para apresentagao e arquivamento no estabelecimento de destino, 0 Historico Escolar, em papel timbrado, que informe: a)- a identificagao completa do aluno; b)- 0s ciclos e/ou séries cursados no estabelecimento e em outros frequentados anteriormente, se for 0 caso; ¢)- 0S resultados de avaliagdo obtidos em cada ciclo e/ou série cursados e concluidos (08 resultados apurados no ano letivo em curso, caso se trate de transferéncia no decorrer do ano letivo; 4}- 0 significado dos simbolos porventura utilizados para exprimir resultados; e)- a carga horaria total do ano letivo e o percentual de frequéncia do aluno até momento da transferéncia. § 1° - No hist6rico escolar, quando concluido 0 ciclo e/ou série, consigna-se a situagao final do aluno como APROVADO quando nao ha impedimento continuidade dos estudos no ciclo e/ou série, e como REPROVADO quando ha impedimento a continuidade dos estudos. § 2° - Em se tratando de transferéncia no decorrer do ano lelivo, caso 0 estabelecimento de destino 0 solicite, enviar em anexo os dados essenciais dos programas desenvolvidos no Ciclo e/ou série, de forma a ser possivel o estabelecimento de ensino buscar a melhor forma de integrago do aluno. Art. 14. Aos estabelecimentos de ensino & concedido o prazo improrrogavel de 30 dias para expedigao da documentago de transferéncia, a contar da data do requerimento feito pelo interessado. Art. 15. Caso se apure irregularidade na documentacao de aluno transferido, apés concretizada matricula na instituigao de destino, e nao se apurando mafé do estudante ou de seu responsavel, cabe & nova escola o dnus da regularizagao da vida escolar em questo, 0 que consistiré, sempre, de processo de avaliacao do aluno, seguido de reclassificacao, para fins de regularizacdo, sendo obrigatorio o registro nos assentamentos individuais do aluno, CAPITULO Ill DA PROGRESSAO PARCIAL Art. 16. A progressdo parcial, prevista no inciso Ill do Art. 24 da LOB, é admitida a partir da 5° série (6° ano do Ensino Fundamental), realizada sob a forma de matricula com dependéncia sera aplicada conforme previsto nesta Deliberagao. Art. 17. A progresséo parcial permite a matricula com dependéncia , na série seguinte a cursada pelo aluno no ultimo ano letivo por ele frequentado, desde que esta osteja prevista no Regimento Escolar e que a Proposta Pedagdgica da Unidade Escolar contemple estratégias administrativas, técnicas e pedagdgicas de atendimento ao aluno assim matriculado. § 1° O ndmero maximo de dependéncias simultaneas ou acumuladas, de disciplinas iguais ou diferentes em séries distintas, no pode ser superior a 2 (dois) componentes curriculares. § 2°- O aluno tera direito a prosseguir os estudos mesmo que tenha matricula parcial, com dependéncia, em até duas disciplinas da mesma série ou de séries distintas, § 3®- O aluno com matricula parcial poder cursar a dependéncia no proprio estabelecimento de ensino em que se encontra matriculado ou em outro, desde que compativel. § 4-0 insucesso na dependéncia nao retém o aluno na ultima série por ele cursada. § 5% O certificado de concluséo do Ensino Fundamental é emitido somente apés a aprovagao do aluno em todas as dependéncias. Art. 18. O planejamento da progressdo parcial, incluindo duragao e carga horaria, é definido pelo Professor das) disciplina(s), devendo ser analisado e aprovado pela equipe técnico-pedagégica da SME Art. 19. A dependéncia , com carter preferencialmente presencial, deve propiciar ao aluno a superagao de suas deficiéncias na aprendizagem, por meio de metodologias especiais, podendo utilizar mecanismos, tais como: médulos, cursos concentrados, aulas regulares, dentre outros, @ critério das equipes docentes e técnico — pedagégica da SME. Art, 20. O aluno que nao atingir, ao final do periodo letivo, a construgao dos conceitos, habilidades e atitudes essenciais a continuagao do proceso de aprendizagem em até 2 (duas) disciplinas, podera cumpri-las sob a forma de dependéncia, na série subsequente, desde que preservada a sequéncia do curriculo. Paragrafo unico - Ocorrendo reprovagéo em alguma disciplina na ultima série do Ensino Fundamental, ao aluno é permitido cursar apenas as disciplinas em que ficou retide obedecendo ‘o nimero maximo de dependéncias permitido. ‘Art. 21. E dever da Unidade Escolar manter 0 responsavel pelo aluno, ou este se maior, informado sobre os preceitos legais da dependéncia por meio de registros formais. TITULO 1 ES FINALS Art, 22 - E permitida a matricula do aluno no Ensino Regular até 90 dias no maximo, apés findo o primeiro bimestre do ano letivo, sem que este tenha sido anteriormente matriculado em outra escola no mesmo ano letivo e até 45 dias no maximo apés 0 inicio do periodo letivo, em se tratando da modalidade de Educagao para Jovens e Adultos ~ EJA, por ser adotada a organizagao em FASES, periodo de (06) seis meses, sem que este tenha sido matriculado anteriormente em outra escola no mesmo ano ou periodo letivo. Paragrafo Unico ~ A freqUéncia do aluno referida no caput deste artigo para efeito de cumprimento do minimo estabelecido na lei, ser apurada tendo como referencial © total de dias letivos e de carga hordria ainda nao transcorridos, a contar da data de sua matricula Art. 23. Esta deliberaco foi discutida e aprovada por unanimidade revogando as disposigoes anteriores e entraré em vigor na data de sua publicacao. SALA DAS SESSOES Carmo, 06 de outubro de 2014. Maria José Videira da Rocha Presidente do CME/Carmo-RJ

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