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LTC *, (en Capitulo 9 MEMORIA coweNO DA MEMORIA 7 Pecans da Moméria pe camento da Informagao (CopiFICANDO! A ENTRADA DA INFORMAGKO cnn Codificamos que Codificares [ARMAZENAMENTO? RereNDo INFoRMAGAO emia Sensorial Meéria de Curto Prazo emira de Longo Prazo dmazenano Memérias no Cérebro RecureRacho: ACESSANDO A INFORMAGAO Pistas de | Recuperagao BsqueciMENTO aba na Codificagdo Desinio do Armazenamento aha na Recuperagao ConsTRUGAO DA MEMORIA Infrmagéo Errénea e Bfeitos da Imaginagéo ‘Amnésia da Fonte Distingdo entre Memérias Verdadeiras e Memérias Falsas Reootdagao do Testemunho Ocular de Criangas Memérias de Abuso: Reprimidas ou Construides? APRIMORANDO A MEMORIA Nictmaiteten6 consderamos a mem como um pi vilégio, exceto quando nos momentos em que apresenta «algum problema em seu funcionamento. Nossa meméria, obser- vou Rebecca Rupp (1998, p. xvii), “permite-nos reconhecer amigos {ntimos, vizinhos e colegas, e chamé-los pelo nome; ermite-nos tricotar, digitar, dirigir e tocar piano; falar inglés, espanhol ou chinés”. A memoria nos permite cantar ohino na cional, descobrir o caminho de casa ¢ localizar a 4gua e a comi- da de que precisamos para sobreviver. Nossas memorias com- partilhadas nos unem como mugulmanos, crstios ou judeus; como irlandeses ou ingleses, galeses ou escoceses. E, por ve~ es, nossas memérias nos colocam contra aqueles cujas ofensas no podemos esquecer. Em grande parte, vocé ¢ 0 que voce lembra. Sem a meméria no seria possivel desfrutar dos momentos felizes do passado, ‘nem seria possivel sentir culpa ou raiva das lembrangas doloro- sas, Vocé acabaria por viver em um eterno presente. Cada mo- ‘mento seria novo, Mas cada pessoa seria um desconhecido, cada ‘lingua seria estrangeira, cada tarefa — vestir, cozinhar andar de bicicleta—representaria um novo desafio. Vocé poderia ser um estranho para si mesmo, sentindo falta daquele sentimento con- tinuo de autoconhecimento, que se estende do passado distante até 0 momento presente, As memérias, assim como videotapes ou fotocépias, s0 construgdes pessoais. E € por isso que duas pessoas podem experienciar 0 mesmo evento ¢ se lembrar dele de forma dife~ rente, como 0 juiz da Suprema Corte Americana, Clarence Tho- ‘mas, que foi acusado de assédio sexual pela sua colega Anita Hill. Ele negou o fato de forma veemente. ‘Todos concluiram que um deles estava mentindo. Mas, conforme afirmara 0 pesquisa- ddor Daniel Schacter (1999), dada a maleabilidade de interpreta ‘¢fo e da meméria tanto Fill quanto Thomas poderiam estar re- Cordando a partir de suas proprias memérias acerca da verdade. O FENOMENO DA MEMORIA APRESENTACAO PrEvIA: O fenémeno da meméria humana éevidente em alguns casos fascinantes que provocam ad- miragdo, Mas como o sistema de meméria funciona? Que ti- os de lembrangas ele contém? E como os psicélogos o1g2- hizam suas proprias hipéteses a respeito do processo da meméria? Ameméria é o arquivo da mente, 0 reservat6rio que armazet® © ue € aprendido, Para o senador romano Cicero, a memoria &2otesouro e guardido de todas as coisas”, Para.a psicolog!a, ti € qualquer indicagdo de que a aprendizagem persis 'v através do tempo, E nossa competéncia para ‘armazenar € ‘Peuperar a informagio. PeRDA E FACANHAS DA MEMORIA ‘A investigagao dos extremos da memria tem ajudado os pes- {uisadores a entender o funcionamento da meméria, Alguns estudos tém explorado as rafzes e frutos da perda de meméria, ‘Meu velho pai de 94 anos recentemente sofreu um pequeno acidente vascular encefélico que teve apenas um efeito curioso. ‘Sua personalidade genial esté intacta, Sua mobilidade é tao boa quanto antes. Ele nos conhece e, quando colocado em frente a ‘uma foto da familia, pode relembrar em detalhes 0 passado. Mas cle perdeu a capacidade de reter novas informagGes sobre con- versas ¢ episédios do dia-a-dia, Ble ndo pode me dizer que dia da semana 6 hoje. Ele gosta de sair de carro e comentar 0 que 250 (Carmo Nove esté vendo, mas no dia seguinte € incapaz de lembrar nossa $2 fda. E ainda expressa surpresa quando comentamos a morte de seu cunhado. 'No outro extremo esto algumas pessoas que seriam cam- pedes em Olimpfadas de meméria, E 0 caso do jomalista russo Shereshevskii, ou S, como o psicdlogo Alexander Luria (1968) fochamava. A meméria de S ndo permitia apenas que ele ouvis- Se enquanto outros jomalistas tinham que anotar 0 contetido das ‘entrevistas. Ela também Ihe garantiu um lugar em praticamente todos os livros contemporiineos sobre memoria. Vocé ¢ eu po- ddemos repetir uma série de 7 digitos —e, certamente, ndo mais, dde nove. S podia repetir mais de 70 digitos ou palavras, desde {que entre a leitura de cada uma houvesse um intervalo de 3 se- {undos e que ele estivesse em uma sala silenciosa. Além disso, le era capaz de lembrar a ordem delas tanto de frente para tris quanto de trés para frente. Sua precisdo era infalfvel, mesmo {Quando solicitado a recordar uma lista de mais de quinze anos, apés ter memorizado centenas de outras. “Sim, sim”, ele diria "Esta foi uma série que vocé me disse em seu apartamento... vooe estava sentada a mesa e eu em uma cadeira nistica... Voc usa- ‘va uma blusa cinza e me olhava assim... Essas faganhas da memoria fazem sua prOpria mem6ria pa- recer mais fraca? Se achar que sim, considere sua eapacidade de recordar incontaveis vozes, sons e cangBes; sabores, odores e texturas; rostos, lugares e encontros. E realmente impressio- nante! Imagine a situago em que voc® vé 2.500 fotos de rostos € lugares por apenas 10 segundos cada uma. Depois vocé vé 280 dessas fotos pareadas com outras que no foram previamente vistas. Se for como a maioria dos participantes do experimento de Ralph Haber (1970), voe8 serd capaz de reconhecer 90% das fotos vistas anteriormente Talvez sua capacidade de meméria seja mais evidente quan- do voe8 se lemibra de momentos especiais de seu passado reple- tos de emogo. Uma de minhas memérias mais vividas é a da tunica tacada que dei na liga jinior de beisebol. Talvez a sua seja tum acidente de carro, seu primeiro beijo romfntico, seu primek ro dia como imigrante em um novo pais, ou a paisagem a seu redor quando ouviu uma noticia trégica. A maior parte dos ame- ricanos com mais de 50 anos sabe exatamente o que estava fa- zendo quando ouviu a noticia do assassinato do presidente Kennedy (Brown & Kulik, 1982). Sete meses depois da morte da princesa Diana, a maior parte dos britdnicos ainda podia lem- brar 0 que fazia no dia apés a sua morte — onde estavam quan- do ouviram a noticia (Wynn & Gilhooly, 1999). E voc8 prova- velmente se lembrara de onde estava quando ouviu as noticias sobre 0 11 de setembro. A primeira pagina do The New York Times trouxe a seguinte declaragéo: “um daqueles momentos em que a historia se divide e nés definimos o mundo como antes e depois”. A clareza de nossas memérias para eventos surpreen- dentes e marcantes levou os psieSlogos a denominé-las memsé- rias de flash, pois é como se 0 cérebro comandasse: “registre DP 0 que é mais importante — suas experiéncias ou suas me- ‘morias a reepeito delas? Como nés processamos essas faganhas da meméria? Como podemos nos lembrar de acontecimentos sobre 0s quais nio pensamos hé anos e esquecer o nome de alguém que aprende- ‘mos hé um minuto? Como podem as mem6rias de duas pessoas mesmo evento serem tio diferentes? Com, Soom armazenadas no nosso cérebro? Como mesme “meng Ttashes de memoria podem se provar completamene 80, (como os pesquisadores vio mostrar a0 recontactar aq do, (Re enevistaram ap6s 0 11/9)? Por que mais tarde no eS ilo voct lembraré de forma incorreta da frase “The es® Cap. threw the rock at the window” (“o encrenqueiro zan, a iotey a peda na janela”)? Como podemos aprimorar nosea ne sas srao nossas quest6es ao revisarmos um secqre Ste? aquisa da meméria. es. D> Horas apés a explosio da espagonave Ch. rae as pessoas se ecordavam onde estavam quando ouvir 158: ticias sobre o acidente, No entanto, elas foram slamengst precisas quando tentaram recordé-lo um ou trés anos magi Ge (McCloskey et ali, 1988; Neisser, 1997). Uma mulher se ey ee ee dormitério “a espagonave explodiul”. Na realidade, ela tart ‘Quvido sobre 0 assunto no almogo com os amigas, | Sha PROCESSAMENTO DA INFORMACKO Para pensarmos sobre a meméria precisamos em garde um modelo expliativo de seu funcionamente, Cong’ tima meméria , de alguma forma, semelhante ao process da informagdo usado por mim na elaboracdo deste Ines? cada edi¢a0, eu folheio incontiveisitens de informaggo, age toro de 100,000 titulos de artigos oriundos de perigdige'® ‘maior parte eu ignoro, mas alguns itens merecem um arses hhamento transitério em minha pasta para posteriormenecy submetido a um processamento mais detalhado. A maior raat desses itens poderd ser, eventualmente, descartado, O sen, 2.000 a 3.000 artigos e novos itens — serd organizaloces ‘quivado para um armazenamento de longo prazo, Postenovasn, fe, eu recupero essas informacdes e as retino a medida que es boro historia da psicologia atual. Voce segue esse processors apenas quando estuda para suas provas, mas também quand, processa os incontdveis eventos quotidianos. Nossa meméria funciona algumas vezes como o sistema de processamento da informagao em um computador, Paralemnt ualquer fato precisamos conducir a informagdo ao céres (codificagio), reter a informagdo (armazenamento) ¢. 3 tarde, resgatar a informagdo (recuperagao). Considers can uum computador codifica, armazena © recupera a informasi: primeiramente, ele traduz o input (proveniente do teclado)e linguagem eletrénica, da mesma forma que 0 cérebro cis informagio sensorial em linguagem neural; entSo,armazena ua vasta quantidade de informagao em um disco, a pat do ql ela poderd ser recuperada. Porém, como todas as analogias, o modelo computacioalten seus limites. Nostas memérias so menos literals e mas at's que as do computador. Além disso, a maioria dos compass res processaa informagdo rapidamente, porém Je modo se cial, mesmo quando est altemandotarefa, O cérebroémasF ‘mas realiza varias tarefas ao mesmo tempo — em paleo Este capitulo se baseia em um modelo classico do prow mento da memSria © modelo em tee ertgios, abo Richard Atkinson e Richard Shiffrin (1968). Esse modelo gere que n6s eriamos a meméria em trés estdgios: CesT 0s dados a serem lembrados como uma meméria e850 Drimeico iy. tna i wee externos ‘sensorial jr da qual eles S40 processados em uma mem¢, pati ns por sua Vez, serd codificada cra mes se prac. apa ‘a qual 0 dads podetio ser recupent (Figura yeremos, 68 processamento em trés passos fm tudo a0 mesmo tempo. Em vez disso, concentrannee nossa stengao1em cerosestimulos — geralmente novos ou imposes {ex Esses estimulos que chegam, em conjunto con imagens que regs de nossas memérias de longo prao, fcam dap veisem uma tela mental como memérias de cuto prazn econ tents. Eas rapidamente decaem a nfo ser que seam usadar renovadas. O conceito modemo de meméria de trabalho clas, o coneito de meméria de curto prazo focando mais na fae’ como prestamos atengo, ensaiamos e manipulamos a inform 0 Fenomeno DA Memoria Ameméria ¢ 0 aprendizado que petsiste no tempo, Psicdlogos po- paseram varios modelos de processamento da informagaodda mom. tia, Nés usaremos aqui o modelo de processamento em: tés estagios, quesugete que (1) registramos efémeras memérias sensarais, (2) pro. cessamos algumas delas em uma “tela” de curto prazo ou memtia de trabalho e (3) codificamos uma miniiscula fragdo delas para a me- ‘méxia de longo prazo, para que possa sor recuperada posteriormente Cocticagig pq 941 Modelo de processamento de Atkinson sy oa iin. Os t8s estagios REVEVJA E REFLITA Mewéais 251 ‘Ateneo a in Novas ou importance | __ ia CUR prazo Cociticagao Reecuperagéo de processamento da meméria. $20 em um armazenamento te "mpordrio (Engle, 2002). Nés no moras 0s apenas a nformagéo na elas nbs associamosatvcmnons dene Vela informagées eresolvemos problemas, A memons Labalho funciona grosseramente como a memoria de asercs ‘andémico do computador (RAM), que integra a informacio que hega doteclado com aquelaresgatadado disco rgido, Pane dong Imesnéria de trabalho évistvel na nossa tela de curtaduragao Alan Badetey (1992, 2001, 2002) percebeu que a memoria iho inclui um componente verbal e um componente vi- Sual. Esses subsistemas mentais separados nos permitem pro- geSsat imagens e palavras de modo simultineo no tajeto para 0 Amiazenamento. Como cada um dos sistemas é limitado, nio odemos nos engajar efetivamente em duas conversagdes 20 mesmo tempo, embora possamos falar (processamento verbal) enquanto dirigimos (processamento visual). Teste a Si Mesmo: As memérias incluem a meméria de longo razo, a meméria sensonal ea meméria de curto prazo Qual 6 a ‘ordem corteta dessas trés etapas? Pergunte a $i Mesmo: Vocé costuma ter meméria de flash para experiéncias afetivas que foram importantes em seu pasado? ‘As tespostas a0 Teste a Si Meso podem ser encontiadas no apace stuado no final vo CODIFICANDO: A ENTRADA DA INFORMACAO ‘APRESENTACAO PREVIA: Como a informacéo sensorial, uma ver, ‘egistrada, pode ser codificada e entAo transferida para siste- ‘ma da meméria? Que tipo de informago nés absorvemos de forma casual? Que tipos necessitam de esforco intencional? f Codificago 4 Com ‘Automation estorgo Fig. 9.2 Processamento com esforgo versus processamento automatic 1 informagdes, como é o caso dos conceitos deste capitu- 'b,exigem esforgo para serem codificadas e lembradas. Outrasin- #5, como, por exemplo, o que voce jantou ontem, S80 pro- ‘essadasautomaticamente Como Copiricamos Algumas codificagdes ocorrem automaticamente, liberando nossa atengdo para o processamento de informago que neces- sita de esforgo, Sua memoria do trajeto que vocé utiliza para ir <éecasa para. faculdade, por exemplo, é manipulada por um pro- cessamento automatico, jd seu aprendizado dos conceitos deste capitulo requer processamento com esforgo (Figura 9.2). Processamento Automiatico Geralmente com pouco ou nenhum esforgo, vocé codifica uma ‘enorme quantidade de informagdes sobre espaco, tempo ¢ fre- giléncia: durante uma prova, voce pode lembrar 6 local na pa- gina do livro onde o material esquecido se encontra, Para lem- brar onde deixou seu casaco, voce pode recriar a sequéncia de eventos do dia. Ao passar por um colega de turma, vocé pode perceber que essa € a terceira vez que passa por ele nessa tarde. Atengdo pode nos ajudar a reter tais informagées, ainda que elas se formem quase que automaticamente. O processamento auto- mético nao $6 ocorre sem esforgo, como também € dificil de ser desligado. Quando vocé Té ou ouve uma palavra familiar em sua \ingua nativa, seja um insulto ou um cumprimento, é praticamen- te impossivel ndo registrar seu sentido de modo automiético. 252 carruto NOVE de Jento automitico S40 apredides Aen etn ee eet almente requer esforgo: ‘it edop: «+ ocitmotua ranrot es an 7 ‘guns processamentos com esforgo (intenci- Coma pts fer mais autométicos, da mesma forma que cas) poten ued se toma fil para estudantes de fer da dir bo corre com pouco ou nenhum M es ont Riscsemaintefertnca de secant ‘outras coisas. (Esse € outro expo eee bro para processamento para cues fomay) = posse a0 ria poros as pessoas que presiassem atengi nas in- eras jprocessam automaticamente, como julgar a porrisa ge palavas apresentadas durante um experimento? Tp HathereRose Zacks (1979, 1984) descobriram que aaten- extra € de povca valia. Embora a meméria para esse mate- ij possa ter sido modestamente impulsionada pelo esforco, moses ‘codificagao 6 em sua maior parte automética: nfio pode- mos ligé-Ia ou desligé-la conforme nossa vontade, ogrofse moc otnemassecorP ento com Esfor¢o Nestiianese retemos grande quantidade de informagio de forma automatica, mas nos lembramos de outros tipos de infor- ‘magdo somente com esforgo e atengéo. Quando aprendemos novas informagSes como nomes, podemos aprimorar nossa meméria por meio do ensaio, ou repeticio consciente. Isso foi aquiesté outra frase que vou utilizar posterionmente: 0 Pel «xe atacou o nadador. Talvezentio, comoos ‘sujeitos de um experimento de William Brewer (1977), vocé lembre da frase do encrenqueiro pelo sen- tido que codificou quando a leu (por exemplo, 0 encrenqueiro zangado alirou a pedra através da janela) e no como ela foi Joona (“o encrenqueiro zangado atirou a pedra na janela”) Como se pode observar, nés ‘tendemos a lembrar coisas nao exatamente como elas aconteceram. ‘Na verdade, nds lembra- ‘nos aquilo o que nds codificamos. Estudando para uma prova, ‘focé pode se lembrar de suas anotages em vez. da propria lei- tura, Dessa forma, quando ouvimos ou lemos sobre uma situa ‘go, nossas mentes constroem um modelo sobre ela. Gordon Bower e Daniel Morrow (1990) compararam nossas mentes a 254 cara Nove ndo um roteiro cru, imagina uma - i ios mais tarde a lembrar 0 oat gms. THO ns Iembramos itealmente do tex- ue ov podelo mental que consruimos a partir dele tos do re odiicagio voc’ acha que produz melhor me- ue ti senapao verbal” A codificagdo visual da imager? im ego acstca do Som? A codificago semintica do A cod Cha uma pode ajar. A coificagio actstica, por sean aprimora a memorizagio e parece verdadera para eres que imam. “What sobriety conceals, alcobol reveals Qigua sobritade oul, lool evel) parece mais pe- ido que “what sobriety reveals alcohol unmasks” ("0 que a cipRedade revela, o alcool mascara”] (McGlone & ‘ofihbakish, 200). O advogado Johnnie Cochran se tomou elebre ao arguments ara 0 ji do caso OJ. Simpson que a sentenga "Ifthe glove does’ fit, you must acgit” ("Se aluva nao entrar, voce tem que inocentar”) era mais facil de ser recor- fda do qe seeletivesse dito “Ihe glove doesn't fit, you must find him not guilty” (*Como a lva no seriu, voeés devem presumir que ele nfo € culpado"). Para comparar codificagio sual, acisticae semantica, Fergus Craik e Endel Tulving (1975) mostraram uma palavra para um grupo de pessoas. En- tao, cls fizeram pergunas que requeriam que as pessoas pro- cessassem as palavres I) vsualmente (a aparéncia das letras), (2) acasticamente (o som das palavras)¢ (3) semanticamente (0 sentido das palavras). Para experimentar a tarefa vocé mesmo, responda rapidamente as questGes a seguir: Modelo de questées para Palavra iniciar 0 processamento mostrada Sim Nao TL Aplowaestemmaiisciss? = cadeia 2 Apa rima com tain? BAN 3. Apalavra poderia completar a frase: arma = = ‘Agarta colocou a __na mesa, ‘Que tipo de processamento prepararia voc melhor para reco- nhecer as palavras mais tarde? No experimento de Craik ¢ ‘Tulving ottimo, acodificagdo semantica — questo 3— pro- Percentual de pessoas que reconheceram a palavra posteriormente duziu methor memorizagio que o zido pela questo 2, expec oe Para experienciaraimpontnca do seqht® | (ye, ‘eral, coloque-se no lugar dos estudanes Bara Se Marcia Johnson (1972) solicitaram, que | mB, te passagem regisradaem uma fad ug sem io: © prceinento€ resent em snp arruma 0 material em grupos df ., pilha pode ser suficiente eepend et Canes Pas eA praca a 12a o material em grupos di ple alentio poder ser coloeade ens ees enya gi mente, poder ser usado mas uma go Pi, 880 fez pae da yc Quando os esodantesouviramo pari Ie sem Sentido do conento, cles eon 8 dele: Quando hes contaram que o panda Mig as (algo com sentido para eles), Sascbre leant muito mais do texto — coy inn) leo de novo, no Wot Proven et Esta pesquisa sugere o beneficio de orpan: i ‘uvimos em um contexto dotado de {que realizou com ele proprio, Ebbin, SeDtido, Nog et ore rando a memorizagao, haus estimoy ‘elatou, “0 tempo que voo8 leva est endo e relacionando-o a Imaal pene rocedimento mais itil que voce, quer fitonove?. °° Pode ze para és temos excelenteslembr ‘ndés mesmos. Se. ‘Perguntados ‘obo = ‘reve uma pessoa qualquer, perguntados sobre como eles ‘mos melhor — um fenémeno chemado de réncia Symons & Johnson, ‘cro se levar algum ‘tempo bus efit de cat, 1997), Ou se voce tm, scando um sentido pessoa sais Fig. 9.5 Niveis de processamen? 01 rocesameno pda ous va — pelo su signa semdntia)— pour nebo ‘mentodesta peava er ea ‘terior, do que um pro ee ficil, baseado na sua (De Craik & Tubing, 1978) — dando; f4¢a i880, por exer) 4-8 A pegunt i Mesto, no fn PNG ag q ws magao considerada “muito releyanyan «SFO deste Jr em processada €acessive), Para mim fi. ns jficandO Imagens es memorizar formulas, definicg ys Ramos facilmente lembrar me © datas, sin. ga" va conosco, onde sentamos € 0 que ioe ontem, ages masts — provavelmente degen ® Nos 9 volta dos 3.00 4 anos de quae acon. a a imaginagio visual, ou imagens ments aia vsiedade de exPerimentos,pesgusadya Ba osbeneficios de imagens ments, Porexemplg nooo sete melhor de palavas que condizem egg ss ‘mentais do que de palavras abstratas, com ieee de sal. (Quai das tts palavas, dente as seguinaa dy vi C8477, ineTEN, fog, procesto~ yee gy seis aciment?). De forma sila, provaveimente as afr lebra da fase sobe 0 ecrenguo da peta alo ape sco send qe cific, mas pela imagem visual qua fase {easonou, Como o exemplo Sugere, € como alguns especialistas, eons acreditam, a meméra para nomes ences aun i pela codiicas 20 tanto semntca quant visual Marsha, 1987; Paivio, 1986). Doiscigos sto melhores que un ‘rags & durabilidade da maior parte de nossa imagens vi. dus, ns recordamos nosses experiéncia com lashes ments asmelhoresepiores momentos. Assim, o melhor momento de pra alegria €o piot momento de dorefrustragio,em geal, ‘lorem nossas memerias mais que a sua duraedo (Fredrickson {:Kahneman, 1993). Lemirar os pontos altos e esquecer os ‘eventos mundanos pode explicar o fenémeno que Terrence Michell, Leigh Thompson, Erika Peterson e Randy Cronk (1997) chamaram de retrospectiva otimista: pessoas tendem a rrorda eventos como férias no campo mais positvamente do guede ito o foram quando os estavam vivenciando. Uma visi Optincipio da imaginagéo Opeoqisador em cirurgia plastica D panto pode falar de todos 08 lapere asalie, até se encontrar bea da mor : ‘meee idénticos, com apenas um dlessubainuenia do {20 eiemes aprender lembrat. Gay Back una nase 2d esqurda, e sua inma gémeade aparénciabam mas) Sita, a dieita errck Ante abservou que do fumo da furnaga 1 Masmostrefo%0 Mewon 255 18a Disng y él UE pelos bin Menos pelo care filasintermindves, A imaginagi 2S PASE € comida. de meména, Proce SE00 de muitos de nosos recursos ccorténcia da pals mMeMOH|COS (assim denominados em Pelosanigeseana ‘meméria em grego) foram desenvolvi- lembrarlongas HOS0S gregos e oradores como auxilio para Tagares ogg abe © discuss. Usando 0 "metodo dos de una 0 les imaginavam a si mesmos movendo-se ata. uma repeses oes famiiaes,asociando cada loeal a Wat40 visual do pico ser lembrad. Entfo, quan Outro t es aneménicosenvolvem tanto processamen- — ‘sual, Por exemplo,o sistema de plavras aban n CARE Aue incialmente se memorize um jingle: "One is Sie hag tshoe: three isatre; fourisadoor five isahive: tensa Ste 8 heaven eight agate nine is awe: cla ihe.” Sem muito esforo, vot etaréapto acon peas Palavras conezas, em vez de usar os nimeros: bun, shoe, tre, © eno associard visualmente as palavras com os itens a set lembrados. Agora vod est pronto para destfiar qualquer um a ‘he dar uma lista de mercado para memorizar.Cenouras?Ima- sine-as em um brioche, Leite? Encha um sapato com ele. Pa- Pel-toalha? Bspalhe-o em uma frvore. Pense nas palavras onexas ¢ verf as imagens associadas: cenouras, leit, papel- toalha. Com poucos eros (Bugelski et ali, 1968), voce ser ‘apaz de recordar todos os itens em qualquer order. Os siste- ‘mas mneminicos slo usados pelos magos da meimdria que repe- ‘em longas listas de nomese objets, e também podem ajudé-lo. Organizando a Informacio para Codificacao Sentidoe imagem aumentam nossa meinéria parcialmente por conta da organizago. Quando o pardgrafo de Bransford e Jo- hhnson sobre lavar roupa passou a ter sentido, suas sentengas 1 dOpatni »KLCISNE 3, KLCISNE NVESE YNA NI CSTTIH TNDO 4. NICKELS SEVEN ANY IN STITCH DONT 5. NICKELS SEVEN ANY IN STITCH DONT SSAVES AGO A SCORE TIME AND NINE WOODEN FOUR YEARS TAKE 6. DONT TAKE ANY WOODEN NICKELS, FOUR SCORE AND SEVEN YEARS AGO ‘A STITCH IN TIME SAVES NINE Eau Se Fig. 96 Efeitos do agrupamento na meméria ‘Quando organizamos @ informagao em unidades significativas, como letras, palavras e sentengas, n6s a recordamos com mais facilidade, (De Hinteman, 1978) ‘Gage fir no mallogn ingles. Em porugésatrago seri um €umnteioshe, dhis¢ map € ua vee quo uma pon cinco Cuma cole seis um bs- {ise 6 prio oo bun poo: nove Eun poco de uma ave, (nt Jo adult) 256 carmao NOE wae emonicos ajudam & OF encia, Troques mnemonics 3 formaram wa SAT ossarecuperagao poster rs Para experimentar & importinels ee ee oa MENTAN Mada de alguns segundos na Use ee ago. dé uma oN ohare tente reproduzir 0 gue Vise 96, entio afaste Ue pode facilmente reproduzit a SeB Unt ‘ela no €? Mas voce Femplexa. De forma semelhante, f nao menos nha a ais fait de memon sarquea3,emboraambas conte- feria lembrar 0 sexto grup E x028 oor ambox conten 8s mas faci smecmas palais scsi im wombs code ae 9 cago ise etnsacommane tee se inva dificl de memorizar (Hebert, 2001). ACS; pode~ Fe malonbvado oe regmentassemo as as te ‘eas niimeros, como ACSyer- sxperiéncia demonstra, n6s recordamos mais [Comes xii an Seer sentido, ou agrupamentos (chunkings). O agrupa- Srento (chunking) ocorre tio naturalmente que © consideramos Umprivilégio, Se vocé tem o inglés como lingua nativa, podera reproduzir com perfeicio os 150 ou mais segmentos de linhas {que formam as palavras nas tes frases do item 6 da Figura 9.6. Bias poderiam surpreender alguém que néo esteja familiariza- ingles. oo iranibin reverenciaria a babilidade de uma pessoa que entendesse chinés e que, apés observar a Figura 9.7, fosse ca- paz de reproduzir todos os sinais ali contidos; ou de um expert fem xadrez que, apés uma observago de 5 segundos para 0 ta- buleiro durante um jogo, pudesse, recordar a posi¢ao de todas as pegas (Chase & Simon, 1973); ou, ainda, de um jogador de basquete que ap6s observar rapidamente, durante 4 segundos, a as => Fig. 9.7 Um exemplo de agrupamento — Wemehings :pamento — para aqueles que Depois de olhar para estes cara 2s com precsio? sado em chints \ctetes, voc8 conseguiria reprodu- Sea resposta for afirmativa, entdo vocé é ver- ma quad, puss lembrat posi ext ds & Burnett, 1985). Todos n6s podemos nos x clara de informagdes quando someon capaye3 coy em um arranjo com significado pessoal. * ‘© agrupamento (chunking) também auxilia g material pouco familiar. Uma técnica mnemon eis g uma organi2agdo mais familiar criando patavrgr <2 POS aerdnimos) ou sentences cujas primeiras Jeune (2°%mingg® ras a ser lembradas. Para memorizar 9 nome sti dena des lagos americanos. basta lembrar a palavra HOM? Brn, Ontério, Michigan, Erie, Superior). Quer lenin eS oy arco-fris na ordem de seus comprimentos de onan’ 7 ROY G. BIV (red, orange, yellow, green, bug non Pei gt Com 0 agrupamento (chunking) voet peien® Volt ‘mem6ria para ntimeros também. Uma correme iq suet niimeros — 1-4-9-2-1-7-7-6-1-8-1-2-1-9-4.] posal deg para um americano, quando a fragmentamos en 4.27 fea 1812, 1941 (como poderia ser 1066, 1688, 1815 122 1716, aqueles famliarizados com a histia britnieay 4514 Peu duzentas horas de pritica no laboratSrio de Ania PS al de William Chase (1982), dois estudantes mens E"stong Camnegie-Mellon conseguiram incrementar sua oS &t05 de habituais sete digitos para mais de oitenta. Em ore ade os testes, o estudante Dario Donatelli ouviu o pesquisa Sis gmemue Da bometl cring eau 841665850612094885686772731418 186 10s462) 35027 74965928". Sem um inico movimento enquanto apr 23 ‘eros, Donatelli entéo, derepente, mostrou que een no Sussurrou miimeros, esfrezou 0 queixo, bated os pos oe desos epassou as mos pelos cabelos. "Cena cleanin ne se dois minutos mais tarde. “O primei 5937. Ido ute, nee Como ele fez isso? Ampliando a capacidade de fia de curta duragio? Nao. Quando foi soictadoa aes ‘mo com letras, Donatelli voltou a capacidade de sete tens Oy seja, ele tinha desenvolvido uma estratégia sofisticada paso agrupamento (chunking) de niimeros. “Em primeito gar ¢e tava um tempo de 3 milhas”, Donatelli relatou, um condor de cross-country. “Em segundo lugar, um tempo de 10 mils Entdo uma milha. Meia mitha. Tempo de duas milhas. Una idade...Duas mithas. Idade. dade. Idade. Duas miltas. (Wells, 1983). Hierarqutas Para Donatelli alcangar seu pico — 106 digits — ele resgatou os agrupamentos dos ntimeros organizando-s de forma hierarquica (Waldrop, 1987). Primeiramente vie “trés grupos de quatro”, ele pode ter pensado, ¢ assim por dia te. Quando as pessoas se toraam experts em uma dee, elas cessam as informagdes nao apenas em grupos, mas ambén<® hierarquias compostas por alguns poucos conceitos amps vididos e subdivididos em conceitos e fatos mais speci’ Organizando 0 conhecimento em hierarquias,nés paden gatar as informagSes de modo mais eficiente. Este cpinio’ dard voce a no apenas entender os aspectos clement ‘meméria, mas também a organizar esses fats em bases, como a codificago, em subprinespios, como 0s P av 1, ron woken ot Erm portuguls: vermetho, Iran, amarlo, vere, a7, en ~~ Significado (codificacao I ssemantica) nizagdo beneficia a meméria 38 AoW palavras 0U conceitos em grupos 1 vern0s ASPOStOS aleatoriamente. : co e intencional ¢ em conceitos mais es 5 so, a imagem e a orgenizagio (Figura oe 0 05m wer e seus colaboradores (1969) demonstraram ‘os da organizacao hierdrquica. Eles apresentaram a beat forma aleat6ria ou agrupadas em categorias. Quan- para ada em gTUPOS, a TecordaeSo ds palaras era de wera venes melhor. Eses resultados mostam os benef tat ggaizat 0 que se estuda— de dar atengio especial foes em destaque, cabegalhos, apresentagdes prévias, revi- igrafos e questdes de verificagdo. Se vocé puder de eer ‘0s conceitos de um capitulo de acordo com sua SS coumcacho Aigustipos de informagao, notadamente informagéo concern ‘raespago, tempo e freqléncia, 680 codificados, na maior parte ds exes, de forma automatica, Outros tipos de informagéo, in- cuindo muito de nosso processamento de sentido, de peroepdo deimagem e de senso de organizagao, requerem esforgo. Truques szeménicos dependem da memorizagdo de imagens e de infor sages organizadas. Organizar a informagao em agrupamentos thutings) ¢ hierarquias auxilia bastante a meméria. REVEJA E REFLITA Organizacao hierarquicos, "Como cs que esto hsrados aqui, nds os ecordamnoe menor do que RBaizagi gral, provivel que vod se lembre dles de modo ‘az nalhorade um teste, Ler criar notas marcando partes dotexto—um ti 0 hi tan i io de organizaohierruica— poe se mos- > ‘Lembra as seis palavras apresentadas no segundo pardgra- fo da segao "Codificando Imagens”? De quais voc’ ¢ capaz de ‘elembrar agora? Quantas tém alto significado visual? E quan- tas tém baixo conteido visual? Teste a Si Mesmo: Qual poderia ser a estratégia mais eficaz para aprender e eter uma lista dos principais nomes de figuras histori- cas por uma semana? E por um ano? Pergunte a Si Mesmo: Vooé pode pensar em trés formas de uti lizagio dos principios desta sesso que incrementem seu pr6prio aprendizado e retencéo de informagées importantes? ‘Aaeapastas ao Testa S Meso poder set encontrdas no apne situad no final dove, ARMAZENAMENTO: RETENDO IN FORMACAO Aniesentacio Prévia: No coragao da meméria esta o arma- veramento, Nossas memarias sensorial, de curto prazo e de /prazo retém informagées por varios periodos de tempo. a capacidade e duragao de cada uma? Como e onde o to armazena fisicamente as memorias? «gids de certo tempo, voce se lembra de algo que exPe- sagt Yore deve, de alguma forma, té-lo armazenado ¢ ree ingee @2lguerinformactio armazenada em nossa meméra de nn0 permanece adormecida, esperando seracordada por de noqa® Qual 6 a capacidade temporiria ¢ de longo Pras Rae ria’? Vamos comegar pelo primeiro tipo de a to de memséria relatado no modelo de processamento ne ‘eag tios (ver Figura 91) — nossa efémera meméria = MEMORIA SENSORIAL Considere 0 que um intrigante experimento revelou sobre a ‘meméria sensorial —o registro inicial da informago sensorial no sistema da meméria. Como parte de sua pesquisa de douto- amnento, George Sperling (1960) mostrou a pessoas trés linhas ‘om ts letras cada, por apenas um vigésimo de segundo (Fi- gura 9.9). [sso era mas dificil qué ler por meio de flashes de ‘elimpagos. Ap6s 0 desaparecimento das nove letras da tela, as pessoas 36 conseguiam se lembrar da metade delas. "sso ocorreu porque essas pessoas tiveram pouco tempo para olhar as letras? Nao, Sperling, de modo bastante inteligente, demonstrou que, mesmo num perfodo de tempo mais répido que ‘a velocidade de um relmpago, as pessoas podiam ver e se lem- brar de todas as letras, mas apenas momentaneamente. Em vez ys cos ica rancamente fotos" res enact a sound, 3 Pe rasa recordar de Uma us . Se mn aa com prs gus eto sa todas as nove letras, Sperling fez ese no i ao apo epee Soar a ga irecionava as pessoas a relatarem apenas as, se pig ada nha — superior, d meio ou in- ears preset pestvamete. Agora elas aramente pergam uma tet rand qe a8 nove estavim momentanearent ds- pees para sem creda a de uma me- © expriento de Spring revelon a prescga Benn na ise efemeredenoinaa memsria ince, Por tum instante, nossos olhesregistram uma representay20 exata uma cenaen6s podems nos Iembrar de qualquer parte dela com fect imu edie Sperling atrasasse o sinal s ome indo segnds, a mend eb tea recvado e os sujetos de pesquisa s6 conseguiriam recordar de meade das letras de novo. Noss tela visual se desfaz muito repidament, como deve ser, para que novas imagens se sobre- ponham por cima ds antigas. /Nés também temos uma impecdvel, embora efémera, mem6- siaparaestinuosanitvos, chamada memiria ecdica (Cowan, 1988; Lae ali, 192). No entanto, se for parcialment intr prelado, oecoautivo desaparece de modo mais lento, As lti- ‘a palavras lads parecem demorar por3.a4 segundos. Ima- ‘in as mesmo em uma converse, enquanto presa atengao na \leviso. Seo seu cansado itelocutor perguntar “O que eu scab de fla”, voeé vai recuperar as ltimas palavras ditas de sua cara de eco mental, Menta DE Curro Prazo nu a vasa quantidade de infor ‘meméria sensorial, n6s ilumin perceniual que 90% recordou consoantes Fig. 9.10 Declinio da meméria de ‘A menos que haja ensaio, a informac te esquacida. (De Peterson & Pete, es 180, 1989) ian, recerf a nfo ser que voc® trabalhe ciéncia Pa ME am Para descobrir com que velocidade a mem. 20 desapareceri, Lloyd Peterson ¢ Marge de cata Pediram a voluntos para lembrardeprapee (8 tes, como CHL. Pra evita que enssiassene eo sadores pediam aos participantes que, por +S ey parr de cem, ders para fen iminuindo eR vez. Apds 3 segundos, as pessoas | ty lembravam ane ‘metade das vezes;ap6s 12 segundos, elas fi anne cio, mas também em capcidate. Con el a {e, nossa memria de curto prazo tem tpicamente . gue it de informasto (uma média de), Gemge en, finn sua capacidade de memria como o Magic See, mais ov menos dos. Nio surpreendentement, ava ‘Sumas compankias elefSnicas obrigaramosassnantssane, centar 0 niimero de eS¢igo de ére muita pessoas rete ‘problemas em reter 0 niimero recém-aprendido, P omécic timers Sote se tomou uma contrib par \égica para uma intiganta lista de sete mégioos—ssviena Tavilhas do mundo, os sete mares, (08 sate pecads capitals, ‘Sete cores primérias, as sete notas musicals e os sete das ‘Semana — sete magicos setes. Nossa recordagio de curto prazo é um pouco me Aigitos “lnc (cons os dem nie kl Para letras aleatrias, que as vezestém sos simi: 52" ouco melhor para nformayo que uve ue Pa sgens que vemos. Grosso modo, tanto crianga quand embrangas de curto prazo para tantas palavras jois segundos (Cowan, 1994. ‘4 ypamentos (chunkings ga th i cpm mn significado como ARC tr Fnamento, a média das pessoa ye KGB, Bae sna memiria de curto Em ay Pio, dizendo, por exemplo, nepatorios, também redur aye cipio bésico: a qualquer m in : “ rn on ide forma consciente apenas o” pe Lonco Prazo in Scarlet, de Arthur Conan wolf esenta uma teoria Popular sobre aie a ‘cérebro de um h sgeroque © 1omem of corde geno S6UE0 Vazio, © n6s temoe eo amenteg coat om eis que escolhermes... Eu er pon ello cao Negmnodo tem paredes elisticas e pode se sn gee ° sto yer tamanho. Dependendo de como el Fa pred wnt em que para qualguerconhscimeno oye saree algo Ne stbimos ants, * de Sherlock Holm igo a crenca mes, 50 0708! nto da meméria de ae de " pesade & sem limite. Em uma estimativa oui eet tem cerca de 1 bilhio de bits de inher ’ idade d Bc ct me ad 4 wer, 1986). Ou ans ceebros nfo SHO como s6t40s, que uma vez ceios sel estocar1OVOS ins se descartados os antigo, pote Capacdade € vividamente ilustrada por aqueles que fa sevinaahasfenomenais com a memsria. Considere Rajen an, um psiclogo da Universidade do Tennessee Se wiisemes um bloco de dez niimeros dos primeios 30.000 Sande pi, aps alguns momentos de pesquisa mental para a dee cle diva série a partir dali, disparando ndmeros como oer ndquina (Delaney et alii, 1999; Thompson er ai, 1993). Slsdevan podia repetir cinqilenta nimeros aeatoriamente — Jets para rente 550 néo € um presente genético, segundoele, guiqer um pode aprender a fazé-lo, Mas dada a influéncia evfica em outros tracos humanos, ¢ sabendo que o pai de Rajan pata memorizar obras completas de Shakespeare, podemos tear sobre isso. ‘ARMAZENANDO MEMORIAS NO CEREBRO Exme maravilhava com minha velha sogra, uma pianista e or- tatista aposentada. Aos 88 anos, seus olhos cegos no podiam taser partituras. Porém, se a deixdssemos em frente a um te- cleo, ela poderia, sem nenhuma falha, tocar centenas de hinos, induindo alguns que ela ndo tocava hé mais de vinte anos. Onde, tw cérebro, ela teria armazenado esses milhares de seqitén- ‘zs de notas? Por algum tempo, alguns pesquisadores da me- Mira aereditaram que a estimulagdo cerebral durante cirurgia Moporcionaria evidéncias de que todo nosso passado, e no ‘Pt misica praticada por muito tempo, esté “Id dentro”, com sor detahes, apenas esperando para ser resgatado. Mes treet dias de hoje, seis em cada dez estudantes universiéri- te qucordam que “tudo que aprendemos esté permanentemen- 159, e240", embora as vezes inacessivel (Brown ef ali * Talvez alguns deles tenham ouvido sobre memérias apa M6ri ‘mento, uma antec Doyle, Sher * capacidage oe todavia, nossa ca. longo prazo é es- et Mews 259 rugs cerebais Para pre. citurgas cerebrais, Wilde Pot estimulagao elétrica océr. ld x mots CO) Aiudou fio deca Pacientes gcreotal as experiéncias interfere ns ‘ estgios da memeniafsca pou as 0 que a Pesan oe Sa mens" Os Meméria. Enquanto os psieGlog ee ene 2 ae fisica da 5” de nossa met y Célogos cognitivistas estudam os “hardware” — como e one hems estadam 0 se informaga ente o armazenamento da Abuse por evidence nc tem sido 2s exasperadora O psioblogo Kar! Lashley (1950) tesnou ro {0s para se livrar de um labitinto, depois cortou do corte de ser _ partes: x ahs Ctebros ¢ 0s testou novamente, Ele tinha esperanga em escobrir onde a meméria do enigma do labirinto estava arma- zenada, Ele descobriu que nao importava qual parte do cértex le seccionasse, 0s rats retinham, pelo menos parcialmente, a solucéo para o labirinto, A conclusio de Lashley: as memérias no residem em pontos especificos isolados. Teriam as memérias, em vez disso, origem na atividade elé- trica constante do cérebro? Se for assim, entdo, o destigamento temporério dessa atividade deveria eliminé-las, como a falta de energia elimina os parimetros de um rel6gio digital. Testando essa idéia, Ralph Gerard (1953) primeiramente teinou hamsters para virarem & direita ou & esquerda a fim de pegar comida e, entio, diminuiu a temperatura corporal deles até que a sua ati- vidade elétrica cerebral cessasse. Quando os animais foram re~ ‘animados e seus cérebros estavam ativos de novo, se lembra- ‘vam para que lado virar? Sim, Suas memérias de longo prazo sobreviveram ao desligamento. Ao comentar 0 cardter ilus6rio dos tragos de memdria, um pesquisador disse: “Eu devo admi- tir que as memérias so mais espirituais que realidade fisica. ‘Quando voc® tenta tocé-las, elas se tornam névoa e desapare- cem” (Loftus & Ketcham, 1994, p. 4). Saber como nosso cére- bro armazena e resgata sem esforgo uma torrente de detalhes “desafia a compreensio™, disse um espantado neurocientista (Doty, 1998). D> a cietroconvulsoterapia (ECT) administrada na depressao desloca a meméria para eventos recentes, mas deixa a maior parte das lembrangas intactas (ver Capitulo 17). 260 curr Nove Recentemente, a busca pela base fisica da meméria — pela Jnformago encamnada em matéria — tem se focado nas sinapses. Mudangas Sinépticas ; : Os acai caisas ‘esto expandindo as pesquisas que buscam localizar as memérias explorando as mudangas dentro dos neu- ronios ¢ entre eles isoladamente. As lembrangas eect impulsos circulando através dos circuitos cerebrais, de iu 7 forma deixando marcas neurais permanentes. Onde a mu e neural ocorre? As pistas disponiveis apontam para as bay ey — regides onde as células nervosas se comunicam umas Com 45 oulras, por meio de seus mensageiros, os neurotransmiss res. (No Capitulo 2, vimos como a experiéncia modifica as re- des neurais do cérebro.) A partir do aumento de atividade em ‘uma determinada via, as conexdes se formam ou sé tornam mais fortes. Eric Kandel ¢ James Schwartz (1982) observaram as mudan- «28 dos neurGnios eferentes de um animal simples, a lesma ‘marinha (caramujo) da Calif6mia, Aplysia, Suas meras 20.000 células nervosas sao especialmente grandes e acessfveis, permi- tindo aos pesquisadores a observagio das mudancas sindpticas durante 0 aprendizado. No Capitulo 8, elatamos como a lesma pode ser classicamente condicionada (com choques elétricos), recolhendo de forma reflexa suas bringuias quando esguicha- ‘mos gua nela, da mesma forma que um soldado entrincheirado pula quando ouve o som de um galho partindo, Observando as cconexdes neurais do animal antes e depois do condicionamen- to, Kandel e Schwartz mapearam as alteragSes. Quando o apren- dizado ocorreu, a lesma liberou mais o neurotransmissor sero- tonina em certas sinapses. Essas sinapses ento se tornaram mais, eficientes na transmissao de sinais. O aumento na eficiéncia sindptica toma mais eficientes os circuitos neurais, Em experimentos, a estimulagdo répida das conexées de certos circuitos de meméria aumentou sus sensi lidade por horas ou mesmo dias. O neurdnio eferente agora pre- cisava de menos estimulo para liberar seus neurotransmissores, 0s sitios receptores podiam ser ampliados (Figura 9.11). Esse prolongado aumento do potencial de disparo neural, chamado de potenciacao de longo prazo (PLP), proporciona uma base neural para o aprendizagem e recordagio associadas, Nos sabe- ‘mos hoje que drogas que bloqueiam a PLP interferem na apren- dizagem (Lynch & Staubli, 1991), Ratos com mutagées induzi- as por engenharia genética que anulam a enzima necesséria para PLP néo conseguiam aprender a solugo para um labirinto (Silva et alii, 1992). E ratos que receberam uma droga que au- From Tontet al Nate 22 Nr. see Siena de Dorie Mater Fig. 9.11 Sitios receptores duplicados ‘Ajimagem de miczoscopia eletténica mostra apenas um sitio 1e- ceptor (branco) se estendendo na dirego ao neurdnio eferente antes da potenciagao de longo prazo (& esquerda) e, depois disso, em diregao a dois (& direita). (De Toni et alii, 1999) aprenderam 0 caminho do labiting timero habitual de erros (Service, 1994, Ft samc oe brindo moléculas de protefnas que: serve a cont = textes sinpiaseerement 2 Mena de uty, {MeGaugh 200), Essesathades aumentam as expe Pa, {que os pesquisadores possam a om fia descoba ome rulrientes “especificos para océrebro”, que aumentemy 88 fia, especial daquelas pessoas que a esto perdendg trai 202) Conta oses0 ge doggy bob 6 no maximo, um made‘ atvadr ds mem rai, 202). As dogs fre, porém ode sip ces cerebrais que snetizem nova pretense a formagio de at ee, a Pe 6s a potenciagao ond, connecter através do cérebro no destiré ype ty fn, Mas acoent vai Himparalgmas expen ye centes. Essa experiéncia corre tanto em animais ge gp °™%. ‘quanto em pessoas deprimidas submetidas a eletryggny io mpi Uma pancadanacabega pode er o mesmo ea dores de futebol americano que se chocaram um cong violentamente e ficaram momentaneamente in oo seremenrevisados alguns minutos depois do aiden ye bravamem geral com quem oldu (Yarnell ye a mesma forma, um boxeador derrubado no segungg pode néo ter meméria deste (ele funciona como ag dormem.enéo coaseguem se lembrar do que ouviam poygss de cair no sono), A informago na memiéria de cu tes da pancada nao teve tempo de se consolidare longo prazo. Horménios do Estresse e Meméria Os horménios estimulantes naturais que os bhumanos eos a. mais produzem quando excitados ou estressados também a tam o aprendizado e a retencio — eles os melhoram, ‘um rato recebe um horménio estimulante¢em seguidaim op raga aumamigo duas perguntas: (a) Comoseletramiosa pa~ lavra s-h-o-p?(b) O que voo# faz quando o'sinal de trénsito est4 verde? Seo seu amigo responder & segunda pergunta com. ‘stop’, voo demonstrou o fenémeno da ativacéo (priming). Vocé pode pensar na meméria como se estivesse mantida em um arquivo por uma rede associativa, Para recuperar uma me~ méria especifica, vocé precisa identificar primeiro um dos ca- minhos que levam a ela, um processo denominado ativagao (priming). William James, psic6logo e filésofo, denominou esse fen6meno “o despertar de associagdes”. Em geral nossas associ- ages so ativadas (primed) sem a nossa consciéncia. Como a Figura 9.14 indica, ver ou ouvir a palavra rabbit (coelho) ativa (primes) associagbes com hare (lebre), mesmo que no sejamos ccapazes de recordar ter visto ou ouvido a palavra rabbit (coelho). A ativagao tem sido denominada “meméria sem memoria” —meméria sem lembranga, memsria invisivel. Se ao andar por uma avenida, voce vir um cartaz de uma crianga desaparecida, voc8 serd ativado para interpretar uma interagao amb{gua entre crianga ¢ adulto como um possivel seqiiestro (James, 1986). ivagao (priming) — despertando asso 14 Ativagéo (priming) ean cie alse ‘ou oul rabbit (coelho),teremos, mais tarde, mat Apts Ya sletara palavia hae (e-b-e),Apropagaeag qa iagses ativa inconsciemtemente aSsociaeses que, dp as, fina, eid relacionadas Bsoefandmenoédenominadn a? (priming). (Adaptado de Bower, 1986) ra voct no se lembre de forma consciente do epoe sua interpretagdo. (Como vimos no Capiuins at re um estimulo subliminar pode atvarresposas a extn” 8. Pee itkla geralmentativam nossas mens py experiéncias anteriores. Truques mneménices o oes selentes para as pstas de recuperagao: ROY G. BIV; HoMgg Bun, shoe, tree, Mas a melhor pista de recuperacdo vem de sy ciagdes formadas no momento em que codificamos uma meng, ria, e essas pistas podem ser tanto experiéncias quanto pales Sabores,odores e paisagens com freqléncia evocam nossa. dagio de epis6dios que Ihes s80 associados. Para evocar piss Visuais quando tentamos lemibrar algo, podemnos mentaimeni ny transportar para o contexto original. Para ote6logo britiica ln Hull (1990, p. 174), isso se tornou dificil apés perder sua vo Em uma ocasifi, quando sua esposa Ihe perguntou 0 que his, feito durante o dia, ele teve dificuldade em se lembrar. “Eu sha que havia estado em algum lugar, e feito algumas coisas empa- ticular com algumas pessoas, mas onde? Eu néo conseguiapiras conversas que tivera em um contexto, Nao havia um cendi ren caracteristicas que me permitissem identificar o lugar. Noma mente, as memérias das pessoas com quem falamos durante od so armazenadas em estruturas que incluem um cenério.” D desatio 1 Questées de multipla escolha testam: a. tecordacao +, reconhecimento c.reaprendizagem ‘Questées de preenchimento de lacunas testam_— —- Marea fas 1 | Nee 80 ten fous srrmgem Ean ° Aguatea Teraléqua Aquatégus yy Contextos diferentes, para ouvir e recordar alter Contextos Para cure ‘ecordar 0s efeitos do contexto na meméria 915 Op sp mbax0 dua s8o ected aii Palavras ouvidas em terra séo reoneicgu=? a'4gus. dm rte, (Adaptado de Godden & Baddeley, 1975)" - ® oe pitos de Contexto S de volta no lugar onde aconteceu alguma coisa po racan Godden € Alan Baddeley (1975) descobsrers +o fieram mergulhadores ouvir uma lita de palserac soe suagoes diferentes: a 10 pés abaixo da superice « s ia. Como a Figura 9.15 ilustra, os mergulhado- os na praia. C * ‘mais palavras quando foram testados no mesmo peaemque as ouviram. : ‘oc# provavelmente jé experimentou o efeito de contexto, vont toma ao lugar onde viveu ou estudou, e é inundado por emirias e ecordagoes. Até fazer um exame numa sala onde et foiensinado pode ajudar um pouco. Carolyn Rovee-Collier (199) em varios experimentos, descobriu que um contextofa- nila ativa Iembrangas até em criangas de 3 meses. Apés te- ‘en aprendido que chutando um mébile em um bergo podiam filo se mover (por meio de uma corda atada ao tomozelo), ‘sangas chutavam mais quando eram testadas novamente no reso bergo com 0 mesmo objeto, do que quando eram testa- ‘asem outro contexto (Figura 9.16). As vezes, estar em um contexto semelhante a outro onde ‘sivemos antes pode disparar uma experiéncia de gj vu (ex- esio francesa para “jé visto”), que inspira 0 sentimento de ‘Bu gestive nesta situagdo antes”. Os cerca de 60% de pessoas {rlaaram ter vivido esse tipo de experiéncia (MeAneny: '86) geralmente se perguntam: “Como eu posso reconhecer ‘mm situago que estou vivendo pela primeira vez?” Os que ‘Spiem haver uma explicago paranormal podem pensar em Fenimatio (“Eu devo ter experimentado isto em uma vida pth ou em premonigdo (“Eu vi esta situagdo em minha de vivencié-1a)”, Colocando a questo de ums for Singgigpn® CPot que eu senti como se eu reconhecesse esta 96s podemos ver como nosso sistema de mem6ria jdt. DU Fig. 9.16 is de oe familiar ativa a meméria dos bes een ie chtando,aapendiza Aovamente no age, 8 modo mais intenso se for testada ‘mesmo lugar. (De Buter & Rovee-Coller, 1989 } Produz 0 déj teem ta citer Icock, 1981). Se n6s estivemos previamen- fa de forma ee ethane, a sivagto comente pode seri Cis prévias. Dessa forma nso Pistas aue resgatam experién- virum estan orm, Seem um contexto determinado voce Similridade reales ande ¢ se pareca com um velho amigo, a Thecimenne Poe fev28 um senimento que inspire um reco- Osea een. Em decoméncia dos sentimentosconflitantes com — nbeimento de que a pessoa é estranha, vocé pode pen- ‘on 7 -VO ter visto essa pessoa nesta situagdo antes.” cane 2 SH? James Lampinen (2002), a siwagto pare os ‘quando possui semelhanca discreta com outros even- i Imagine que vocé encontrou rapidamente meu pai, meus itmdios, minha irma, meus filhos e, algumas semanas depois, & ‘mim, E provavel que vocé pense: “Eu estive com esse cara an- tes.” Embora ninguém de minha familia seja igual a mim (sorte deles), todos podem ter algumas caracteristicas parecidas, ¢ voce Pode ter uma “visdo global” de semelhanga. Humores e Memérias Palavras associadas, eventos e contextos ndo so as tinicas pis- tas de recuperacio, Eventos do passado podem ter despestado uma emordo especifica que posteriormente pode ativar a recor- dagio de eventos associados. O psicdlogo cognitivo Gordon Bower (1983) explica da seguinte forma: uma emogao € como uma biblioteca em casa, onde colocamos nossos registros de meméria, Nés resgatamos melhor os registros pelo retomno aesse quarto emocional. O que aprendemos em um estado — seja ale~ ¢gre ou triste, bebado ou sdbrio —€ por vezes lembrado com mais facilidade quando o experimentamos novamente, um fenome- no sutil denominado memédria dependente do estado. O que as pessoas aprendem quando estao deprimidas ou bebadas, elas no Jembram em qualquer estado (a depressio perturba a codifica- fo, ¢0 élcool, oarmazenamento). Mas elas lembram um pou- & melhor quando esto novamente bébadas ou deprimidas. ‘Alguém que esconde dinheiro quando esta bébado pode esque- cer a localizagdo dele até beber de novo. Mais interessante € a forma como o humor influencia nossas memérias (Fiedler er alii, 2001). Nés parecemos associar bons ‘ou maus eventos com as emogdes que os acompanham, que se tornam pistas de recuperagdo — como se nossas memérias fos- entes estfo deprimidos, ess He como on ok aur me as Gros em anos: VCE eu po a, ‘com 0 humor ro nase Fam ou dea hon NY sem rar reais 08848 Mudangas rea soatneceieetactecitem Ss oN e a por hipmose ov Por sen ae mete infec 9 OG0 com, ma mars copa 6° eno aide outa pessoas. De may hung," i (ama i Memes car deo (DE Migammes 290° ompotamen son co™0 iN NACHO; dey > ret ai 198") TashenevOle™ Garde UM Pinar como ineresse fam eal, 194; Saw a pes iar an la co EEA fon ‘mesos jes CATES ees. ue, 05.0 depende dé nosso humor, Asan ps i i ors ede 5g Porm recpergio dae tes — oes See nie ioe eres pert. Quen « de depres de CUP 8° gplicar Por Ne 7 ano en em alguns eos, Ps iuase OMIM CGO OSS SC Ptr de pis600s Flies Constante i Seton SP ese ON a eli U8 clog go ps IS aPDNIOE ad oem BN trevem de 0d 1987; Leis 1999 Jos acontecimentos em eo We -inson & Rosenbaum, adores (| a inte eM ey primis Levin Borst es 0 2 ree pl 16 25 OLE Cy rename eS es Te OOS epee sa afetvidade parental da" pais seis seman ies avala __ sess nevEsA BREFLTA ses aS Mesmo: Delia ae (ining Recurenacho recuperarao da informe te a SiMesmo: Que tipos de humor vo emia Ensen emia PERE Cio S00 DURE ek * so consi CS mr OT is TENE? lng ‘As pista, vero eta -bomou de . Mesmo podem se encon ® pal Otomo ae es FS ode econ? pegeaonn Se dem Scoot ap ning, humor, tendemos a recupera 251 fs ee com uma __ ~ thas da memdria podem se Cot" fo nfornagonunea ent), zo dos registos da memo- cde recuperagao ou in ‘ApnesenTacho Previa: Fe sempiéncia de falhas de codifica de armazenamento (deseparecine ria) ou de recuperagdo (perda das pistes terferéncia de outras: aprendizagens). Todos aplaudem a meméria — tantos esforgos so feitos pare so tants vos pare melor-la— as voo® out alguma vor refei-se ao esquecimento? William James (1890, 1. 680) foi uma dessas vozes: “Se lembréssemos tudo, sentir ‘nos-famos na maior parte ds situages como se io lembrésse- mos nade,” Descartaro emaranhado de informages sem uso ¢ desatualizadas — onde paramos 0 carro ontem, 0 antigo niime- rode telefone de um amigo, pedidos de restaurantes ja servidos —écertamente uma béngio (Bjork, 1978). S,o mago russo da ‘meméria que conhecemos no infcio deste capftulo, era atormen- tado por esse actimulo de meméris instes. Elas dominavam a sua conscinci. Ele tnha dificuldade em pensar de forma abs- trata — generalizar organizar, avalar. Uma boa meméria é de ‘grande valia, assim como a habilidade de esquecer. D> nespostas do Desatiot os questesdemskiplaeocohates- tam oreconhecimento; as questies de preenchimentodelacuna ‘testam a recordagao. Com frequéncia, porém, nossa meméria nos desanimaefrus- tra. As recordagdes sio enganosas. Minha propria meméria pode facilmente se lembrar de epis6dios como o maravilhoso beijo [MENTO da mulher amada, ou de epis6dis tviis comy Sammy Sost. Mas, de repent, ela me abandon ya, ‘Sntandolembraronome de um novo colega ou one, Geulos escuros. O pesquisador da meméria Dine (1998) enumerou set falhas comuns de nossa meng sete pecados da meméria, como ele 0s chamou, Sigg Trés pecadas do esquecimento «+ Faltaldistragdo — A falta de atengo 20s detathes falhas na codificagio (nossa mente pode esaremom gar no momento em que guardamos a chaves 0 cary" + Transitriedade —o armazenamento deci com cn (informagées nao utilizadas desaparecem) 7 + Bloqueio —a inacessibilidade&informagio amazes, pode estar na “ponta da lingua”, mas experimentanny falha na recuperagio — nds no conseguimos acess Pa and - Trés pecados da distorgao + Atrbuigdo errénea— confundir a fone dainfomayice ‘cando palavras na boca de outra pessoa ou lembrarunze de filme como se fosse um acontecimento da vida) Sugestbilidade — os efeitos remanescentes da ifr equivocada (uma pergunta tendenciosa — "0 sts tocou suas partes intimas?” — mais tarde se toma uns! ‘meméria da crianga) Tendenciosadade — lembrangas“coloids” pelt * sentimentos atuais a respeito de seu namorado p= rar as recordagies de seus sentimentos inicias)

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