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we te eee ee vs nears Etica tat ie it ie ed batt itd a Oat ‘No Servigo Social, a retexdo sobre a ética fol ‘orlentada durante muito topo por eoncopebes eotomistas, quo onfrentavam a questo celal sob a porspactiva da moral. Nas uitimas écadas, os trabalhadores do Servigo Social Inyerteram os terms, pessando a entend a dtlea profisslonal come parte Iniegtante da ‘questo socal, Essa 6 aorientacdo soguida por Maria Lucia Barroeo. Nesse registro, ‘vitae pautara ica por valores ideale desllgadoa da vida cotldlana, ou restringhia ‘2m conJunto de proceumentes corporatlvos, ‘mero meeanismo de defess de uma categoria profissional que elege uma tia particular ‘sem ligagbes com o universal evitase ainda, come georre entre o8 pos-modornos,aderir a um rolativismo extromado, ue sogrega 6 Indivfduo a6 nogar a exlatdncla de valoroe Universalis, oleo Frederico ETICA: damentos: sécio-historicos Cownkonco Etro tiie sin te Seago Sot lsabete Bora Const isnot te Ae Sra Sc ‘Sasi Alves aa iss Dinga Adeodats Boel Thine Root Behsing Mar Lic Cartho da Silva Macia Lita Sie Barons Dados inaracionis de elalogneso = Pubicaro (IP) {Camara Sri do Lio, SP as fk anaeros sto heros / Sia Lee [Bisiec biden deseo) BIN Sos 2enae Trains para clsiogo eset: Maria LuciaS. Barroco FTICh: fundamentos socio-historices BIBLIOTECA BASICA DE SERVICO SOCIAL VOLUME 4 2 edigaio Sia rica hate ssonei Pron ne stan Cesta eb Pa Lon Es Day Ens ‘Ate ee ogee ‘ae re et Aaa enna Das Se Seman no nese niin daria ot se aexby son snr ata ante ys 2a {50} Tete eat ou 0 mises Dhan ath ee pase al, fue rewolclongee aed gatade por grandes ce Cian Pee 25 neu os, Gute tos ence ‘Sumario Apresentagde nnn wise HL Introdugi so cons io fendi essere 15 Fi BOR an . 0 Capitulo AS hikes selene de constiigGO Ga SHedsewen 1S 1 Pes capacidades humanorgenévicas « 1.2. Peis, aie © FEN wennennnnsene SM sso compendia co " Tien de apt " eerste etal sonsennnae SL Capitulo % “repro weil a ebjotvagdos ice moraie nn. 57 21, Particulrades eons 7 22, ExigGncinssocaty © matvagées moras singules. 61 221, Formas de aienagi0 mors} 6 23, uugoncias teas humarw-genécas oni PA 24, los ¢ weft tea av Atiokndossmplonsntanes sececwacan M Text 70 7 a tt varies cer pe iceman aS Copitue 5 Hisivn e soca: os sits éco-patens 81, Enteea ética ea politica os (les) aenntoe a ended Boa efilesofin o artis tt 5.0 modo capialista dese comport: morale valores 33, Hine wideogias 332, Conservadostam moral 34. Thabo 6 bono: oes soca, Aad completes ‘esas ep, Edin eds cuts. 7 Conelusio: A dtica profisional Dibtiografia, 300 209 mu sr 16 iy 180 20 20 a 238 Apresentagao | ica € pant inteprante da peatica social sos homens! obetivan: lyse tanto ey suas aividaces cotidinns som mas formas de pets "ye parastem a ampliags nents coma individues, ‘de sua consciéncin morale seu en Airmasse, assim, que todos os indiviiaos 380 motivados a gir ‘icamtenteem seu cotidiano, mas io nto significa que & maiora dees loa obit ce eet sobre suns ages cas, st 6, que to fs pane sda sua vi cotiana inde citcamente soe 08 valotes que oped \duzem, sobre ws std sobne in le repetirem ernest compar: lamento moral sem pezguniar sobre ele Nossa experitncia dosent desde L985, noes de fa Peo fissional, nas cursos de gracuacio e de péc-araduagio em Servigo So Wal, na PUC-SP e em outs uniseisidades brasil, demonstra essa pe jernatca. Multas Yoors, os alas tern ase elev a valves abs Tratos, desvinculads se sos acstes ¢ vivtncias eels, AO Ca nhecend a4 mestnas come portadores de possbiidades éio-marais. ‘Cemponde a Uiblioeca Bésca ce Sovign Social, ste Hi fem por Ubjotico 9 enfentamemts dessis quests, de mode & tomar mals aces i pdoner au nda loaner moe sivelo ensin ca disiplina de tea Prflssional para alunos de ewssos se grauasio. Os Ieiteres perso ae aimicar com es afinasiu, modids em que as prises nie so aq abordados dinstomente, No ‘olanin, do apresenior os presauposion weiohision &térien fen Fics para compreensso da ica feces um base de Fundsinent io para tal sss formagio tics pretnd selersar a iniitvas da atégoria profissional dos asisentissecaisbrasilios, volta &consalidacio sto pesoto prafissinal de eposicha ac consorvadorsino do Sorvigo £0- «ial, em suas formas tadicnnals¢reatualizadas,visando a defesa dos pneipiese valores inseitos no Calg de fia Pooisional _Apresentamos uma sstematizagio dos fandaatos da Sica, caben- ‘da aos tones purguar — a partir deste estudo —, de moa que as ppurxuntas possum ser responds com novas inguielagies desencalea ora de nave stds, Est io objetiva garantir algunas condigées bascas:o esto da ica partir de uma farelamentace tereavigoros ma lngsagem acossivl, conv atsades complementars,wisaele faa o apron 2zalo por paste dos alunce; uns perspectva cotica, patina do pest posto ce que a eticx nao & neutra, mas, 3c contriro,exige julzos de valor Sabe-s,entrento, que a proposta de tomar mais acesnivel o di fii estudo da étca & —de antenvo — stun e oust, Seo resltade favorivel dopenal, ent vrs determinagies, da envalsimento de letones ele sa motivagio para se posiconir em face ds realidad (© pusicicnamentoterce © tico-pition da autora & clara nia hé varies para ocultlo, Logo, assuminos total responsabilidad pee las aitmagoes aqui contidas. Por fim, agradecenes smensamente & (Corte Falta, ag empeno de fot Xavier Contre de an aseseoeo Blsabete Borginni na produ da Biblioteca Basica de Service Socal ce deste ive, em especial ao Conselhn Eatial da Avea de Serviga $0 al, aos cologas Ademnir A daSilva, Dilsa A Bonetti, Eine R, Being ‘eM, Laci Carvalho da Silva, Un agracecimente aos professores da Pe Groluagio em Servigg Social da PUC-SP; aos alunos, aos pesqulsa- «clo Niclo de (NEPEDIN, em especial a Math, Laura, Amalia, Janina, Agrarecemes, ‘periment, « Amanda Chazzelli,que genbinente colabor a rev so, Aue meses: Maria V-lamamotn, José Peulo Netto, Celso Frederico ro Cortlla com earinho. Aeseompanheieos de viagem: Ana Livia, Fetnandinio, Luciana, Luiz, Mauellio: aos profssores Alkina Martins, Adelie Malai, Aledo Henrique, Fernanda Rodeigues, (Geaca Ans, Maria José Queiroz, Rosa Tomé: aos amigs fea, Macta& ut A Poof Ur. ose Bartta Maura, pels orentagi e tengo em nes sv tigi de po-doutorado na Universidade de Tishoa. Ate Borge, Inonele Bosehett, Marylucis Mesquit, Mione Apolinsio, Samy Ro- Us Silvana Mavs, Spa Tern, raeasguerteeas. A Cristina Brie, ws espana ni futur, ladon e Pesqulsn em Prien © Direitos Homans eMuries M.bacie 8 Mien ‘Si Phos mao le 208 Etica ¢ fundamentos “Todo conheciienta quo pretense supra o que estd ado © sun ajrcin ups war postara de questienaento om uma ert gna ‘fas: do presente « qe pride dasencatenr motieagbos lesions, tens pias, ngidas a erica e 2 uma pia socal volta 8 Wanstor= 0 da realidad, ‘Vom dos ensinamentos deinad pelos sofas grogos.a compres sso de gue oconhecimenta supe bnsen dos fetenetoee ina deter rina pstyea: wa abuse éntendida como pripria de quem — por ‘vor i sabedoris — se mine diane do oman, fazendo desou proprio. ‘sunt vn mo ce via: um camino seeversivel para gue comes 3 ‘inlagavcxtienmente 9 alice, entendenlo que ela pode ir @r de ‘utr forma, © que os gragos dhamawam de admnagio — entondda por ‘es coma una condigio humana sesencadeadara do enshecimento ta ‘ional! — éeyplicado pelo flésfo Georg Lukes de anito modo: 0 hoe nem &capar de pewter iar nes erga a pari sus espa esse sentido, a forma humane de indagacso em face da real § ama fo critic. sos paras: " catailesnte mmglist Sotho tne ttt rte, 8p (.]O nema tomas unser que esposas preamente na media ‘on que paallamen ablsenvaimenta seal eam proper cr fente — ele generlia, Iranslormands om perguneas seus propre soecimentn esas peaiidades de slsazé lo; ¢ quando, 8 respots ao conecien qu 2 provoc,fanda eeviquece a propia a ‘ie com fais mangoes beste ancuodas. Be mad que no ape tas reaposta, ras tambon a pergunta urn predate imedint da cons ‘Sensi que goa aida, Lakes, 1978 5) A crc tabica, quand busca 0s Randamentos da eaidade, ns- crovese em urna prspestiva radical, no sent de 2 aie dos fend neni, de alin ce pat, Nest Ho, ragames 0 sepulnte camino pata chug acs damontgs da die passamos pelos fundamontos da ser soul 0 que 6 ina uma esclhy tescosmeadeliice pautada na eom- preensdo de que a ica € un sonstragio hike dos homens. Assim, ‘quand alam em foes ues ‘enciaobjetiva: sao eategarias lor ome dizer gu oes tim ua exis ‘que expressam modos de ser seslseotes na maldade siccrhistiiea, como expla Mace J As aeons expresam, portant formas ¢ mods de ene © com fica siglo pects ets side, ste sito: desde 0 poo de vista inte, stm eninknein anterior an momen cm que xe Soh ale a saa (Ma, 10.1 A) Assn gomo a éticn supce a compreensto do se sus, nto cabe, na perspectva deans scio-hstric, tata apenas co nv. Des- ‘modo, dca nao ag entendida apenas camo conhecimento. Alem de reflexdo wsltumatizaciflasifia ela Geaneebida-aulesde ado, come pix ou, a palavras de Lakes, comes "ma pave da pis lemara em Sex coyinto™ (Lees, 207, p. 72), Com eas eomproensiua dies diz espelio& pation set de ins € sults, em sis abet na ida ‘aid » on sans posblados de caren com as eighcas ions cans- ‘ents da generate eo, Apesar de os process de desumanizagio sivios no conteta do “apitalsmo impedizem ox dificatarem 2 aproprizgio das conguistas hu runas pelos indivi, transfonnando sass motivagies étcas eat for. true de aienasa, queremos afrmar agi que os wlores no st pends srr € qu, ness contexts de desumanizagio, a prixis ica —enqus le criti oral dominate e prin de dfs de diets ales mips é possivel e necessria. Mas € precisa entender quea can ter » ponder do subse ese process, em sas ses estrus ‘Nossos pressuposoe lsteo-metodolégies fundamentals insets sone em una perspetiva lca ractonalist,ertea c histriea, oxic lava pa tora sacial de Marx pela tradirgoa le vincwada,expeci oonte a entaagi eval de Georg, Lukics © a producdo dca de Agras Hele (ers fase marxistn,¢ de pensadores da Escola de Budapeste, com Tstsin Meszaros © Georg Markus Sobre a estrutura do lives (0 coated cleste vm fo anganiaade em torno de trbs capitulo ‘gue peuleas se trabathades pelos professes ce ca camo tts uni tes aticuadas entre 8) poe uma oe central ir de gue on € woe “owed hist dts Homers ele guess fay de bbe core de fervent; vaviando em cna ormacéa socal, mas contatdo com es bisic constituclo pela existéncia da cis soca ttn, da opie pricade ed explora dv Wat, as objetivagies ics seme prelizen plo efoto e ple wpa da praise das capacisades hue Jans; logo, pela airmasio-e pela negagio da propria tics, em seus nos deen ‘A primeira unidede aprasenta os fdantanlos onli to 0 iol, ow ej, » base de constitu das eae anes que permi- tent ac hornem se eompotarelicamiente. A compreensio esses elemen= tov fundamental para a aprensodos vas der constiutivos da que hhamams-o eemnpa das abjetivages ctic-moras:¢ mol 0 cone to ico, as exis ¢ motos oes sialon ¢uraanosendrcws, & pds clon presenta no capita? Ne kia unidade, ado capitol 3, ukcutinns a lagio ene aaa e mci elon ew fle, ata do resgate de cettas formas histricas e experiéneas concetas, Itunes —ao final de cada unitate — ars conjure de atividas sles complementares, com 1) textos de apoio lextratos dle textes org ‘nas sere as temsteas de cada unidade), 2) exericos ©3) dens cular ris, para serem sxades pels professors ealunds, de mo opie, ‘Os textos de apoio referem-se aos lemas € acs conteidos tratados com cada unidade. S40 extatosselecionades de obras terérins, de mis «os, de psemisescolhios por aprsenae uma Tnguagem mais acess ‘el ou por incentivag u debats de diferentos ideas (Os exercitios emetem aus textos de apoio #0 contecuo da und Ls, eolekondo indagges, "buscando esencadear uma eflec ertcn © Fuidamentada,sisaro rermper com as formas tradicional de esto sleserwelvidas nos cursos de araduacSo em Servigo Social, em geral, Pasa tant, instituiesse a aticulagio das eerie com as dca eu- lays. Trata-se de incentive o contata com a8 formas de refleto 110 pomionadas pela arte ex eral: as diversas maniestagdes litera € nristcas, como a escultut, pliturs, a mises, « dana, 6 enema, & Sugeno’ que os alu fan atiicades oss qua 6 textos os ‘onidades porte Ser refletidas ateavés de flees: laboradas otravts da raga dem texts eetiva par ser encenad seb a fora teat aproen- clas através de uma visita a um) muse ou a um espetéculo de danca, centre obtees Hivemsesn cuidade de sleconar uma flmograiaelsiva & cad tom er destaque nas unidads. ssos sugentes nfo visa apenas facilitar o estudo:além de as plior 6 hiversosociocstaral dos asies, paslems ineeniva® A wivéncia ‘coletiva, a soldariedade ea cratividaia. Pancipalenente, funciona come ‘experitncias priticas fciitadoras do enriquecinento éicarmoral dos alunos, pols permitem sua conexdo com exigincias kumanovgenricas, que ampliam a sa eonseléncia cae estiicae sua eapacidade catia, As bases sécio-histéricas de constimicao da ética 1.1. Prxls ¢ eapacidades humano-genéricas’ ‘Aberdamos neste capil pessessa © as farms pelos qual oho mem —erigitalmente ui see natural emo outros sees vivos —rompe com 0 padieto de inushiio Smeciat ¢ instntivoestabelecido cam a hatuteza, pan dar sou primis pasos na dine da construgo des! nes sc un rE nese processo histéricn que so teeidas a possibiliactes de homem se cormportar como tim ser Gtco:enquanto © vs se regctona com a natueeza a partic instink, © ser social passa 1 construir mediagies — coda ver mais aticuladas — ampliando se ‘domininsobre a natuseza escbe si mesenn, Dessentode, sem deixar de ‘se acini om ralumsea — pois precisa dela para se moter vivo si moldane us maton Social A ica — ented com modo de sor sorialmentedaterminad fem sua génese no proceso de mtecosge do ser sel? Seb se priya ce andlise saciale histtica,enfendese que ose sla surge da haluaza e que sine mpacklades essencais sao construidas por ele ne sou processo de humanizagSo ele & ular e pro de si mesmo, 9 900 indica a historiidade de sua existéncia,exclundo quelquer determina: si gs Kenscenss Rata 2 peop omer ‘A hstia io ¢ uma abstragio dotada de ura existénci indeper dente ds homens, Os omens sais — ean suns relagde entre s eco. a ‘natures — so vs postage ds objetividade sdciorhistelea Fnesse sealidn pode-se cer que o ser aovial fnwlaments-s2 om categrlas on- tolégico-sociis, pois os modas de sex que o caractorizam so caster es siiohistrioas que se intetenminam de forma complexa econe festa, om seu procosco de eoustiuisse, Embora o sr socal soe impanssivel ern a nature, um sala ont gio essinate 6 mannento de aun dierencingio dante da natn of _gibicne Inga, danda niin a seu processo de autoconstrugdo como ser espectin, Enquanto a atividade ital dos animais — como resposta ‘a nccissidaces de gobrovivincla — & Timitada,instintiva e imeeiata atividasle humana se dieroncia pelas mnediagbes que estabele, pot rnsponde ds cnatnias dle forma consciente, racional, projetiva, vans Foeanand os sentidos, de forma Hives eiativa, come mostia Mare Doce, 9 sina tién proauz, Const paras! Um nl, habla ‘pis cnn as abelhss, os castes, formas te. Comtedd rao gue rocosilaiatamatte para so pars 402 eis paodz Utena eis, enganty quo.0 Homers produ ances prodir apenas sab domvnact ds necidade Hse melo, anata gue e oman rode mmo ie da eee Uses €28 prodr venadament fa thoes meas pre aporos 9 pri, enquonto © he ‘mem vepuadua a Netusesa lode © se pooddto pertence imediatament | su rp fs enon w home extent Hoeenteo seu produto. (0 inal ran apenaesegonto a mica wa nesecldade da especie ‘soe pelea, enquonts que o hone save prize segundo a media tlocadr especie sabe apa em toda parte 9 medica ineente ao jee {0 80,0 omar orm tao sg as ee a bea Mae, Ws p18) Ma asinal, masse pardyrafo a8 principals eqpacidades desen- volvo pea ome, Fazenda usa ang coma atividade dos an tas ole diz que & homem se dsenvolve como im ser consent, uni- ‘eesalelivrs poe de pri sem a necessicade fica 6 oat, quanto as dla ge afastas, as ive send sun produgie v sa autoconsciacis de suit transformador da atreza, Ma se reece eapacidades de nals pol trabalho: “necesidade naturale etema de efetivaro Intercimbio material entre 9 homem ea naturera,, poxtnto, manter 8 vila humana” (Mex, 1980, p. £0). © iso Lukicsenfatiza 9 centalidade ontoligice do tesbalho ha vida dos homens 1.1 © trbtho antes de tao om armen gendtnce,0 pantade poeta 1 hamasizagn do homsin, do refnmvante de aps ced, proc So.do qual ni sc deve xquace ¢ dominio sobee st mesie, (Luks, 079,98) Constitutiva da se do ser social soeiabilidade @ “um taco ssonsial do individu taza e penetra em todas as formas de sua ativi- ‘lake vital” (Maks, 197, p. 3). Com efit,» seiaildade iyenorte a forlas as atividdes humsinas, expsessand-se no Fito ontologice de “que ehomem s6 pose consttuic-ae come tal erm rlagSo com outs ho tren © eit consagitncia doses relacto; cla signifier reciprocidade so tial conhetimento nuitus de serer de ama mesma eapéeic que part thom uma mesina aividade e dependem ss ios outs para vive, CConstituirse coca ver mais socalmente quer dizer domme 2 na turers ear nowas aemativas, dar tespostas soca, « dat decorne a transformacie de tos sentides umanos, Como diz Marx, usta ‘sassicade pina, como a fome por exemplo, frase social aeriat Sovinas diferencadys le satstago, pois estas indian costumes e cul unas coaslroidas em diferentes mies de prose: A fwone ¢ fom, nas s€€sopatts com enon prepara e-covka ee & Inger com aaj garde Gace icrecte da tome qe €satiea cnn can cay destocida eo ab mes, As unis ons dni ‘Noo trate somerte do siete eons stam des mn he "arnt peta pocuge ano en sua forma ebjeiva. com se ty Mr, 1970.1, A realizes da peodgso supe o pop ain da cnsciit@ por 1s86 € ti sestiago praia sa wc seal. Como entende Lukes 9 rnatureza existe nepenientectente da ago humana, mas para trans fuaéla# preciso condecer sua dint: Papal pot exemple aos came,» expat team aie one buna, 6 proisdades 6 wagies oe, estes abet que 9 ipresntados pbetvanente eat se de moe absetutamete indeper ‘no suelo ah dover se corcetamenteconhecdse coreg te unos (Laie, 190, p XLV) Considerar papel aliva ds consciéncia nas agéies humanas no significa entender gue o produto da pss se — sempre diretamente — resultado de uma delivers eonsciante ou de uma profs de A walidade & dinainisy logo, nao existe ma rlagin le canst weft us agBde Humans. Os heen lo 08 predators de sua canseick, liso prin de son prs nfo pode ser considesado uma conseagiin bn sisal less pros ees), porque as icnstineine soaks em qi le € produzide ultpassam a determinagia subjetiva dos individuns, lords ioladanvente, Por ist, Feultnda dps nfo € |} wove consegiencia causal de win precedente deiberagis, mas uot ‘inp de possidae reo delin\tad v conse enone oad el Rakes, 1990p. NEY) Muito ito cs do marsitmo wntendersmn histoicamente que, poe lor uma pompsetiva materialist, Marx nie bavia iio ate papal tw 8 cones, no aboranls tarpousa a Rabi Fo Lakes sta explisagio: ae ‘Cando abuts ima pote onto a determin cabgoes renlagho a lt, ssindemoeinplssinenten seine a pia pose ‘va Pade exit ose sem a corsa, engine xa concen ‘eve tr cme present, como Fusdaments, algo ge 6 mas iso m0 ria nenfania erage de valor (Lak, 102%, p40) Las €eselanoesan, pols if até meena nana ma cone ie el erg TH eS RLRTNARE, eae aaa Tea pensar quo taba possa sr sean sem partcipagto da subjet- ‘lace. Als, Mae tem um elise exemplo para elucidar essa ques ao, quando arma que rio existe trabalho sem a prego ideal do quae se relizado prsticmente, Em sus palovras Presses ail nina Foent em ae peonce essen 4 homer, Una asp oecuns operages enolate slo teceldo ea sho envergona mais eum arguitety humana sam 3 construe de favos de suas colméas, Nas 9 que stings de anemn,o lar arule 1 a mthor eth & ue ele consti w Fava em sun cae, aon de nos en cna, No Sin do posse ls sballbo ob wm ese tao que ino fnicle deste exita ninguna do eabalhedo pore tanto let Mars, 18D p22) ‘yee o papel ative da conseléncia na trabatho e na pris dos ho- mons em gra cesvelando a falta iia de que a materilidade de sun Intervengo prética nde implica sun subjesvidade. SO podersos lar em trabalho ow de prinis material quando atoms diante de urna intro opin consist que reals eat wun "prosata objetivo antes inex tents isto &: uarlo etarns diante di agio do omem sobre a materia eda criagié — alavts dela —denovareaidade hnmanizad” (Viequer, 77, p28) Desse modo, como Maix acvertiti, tkaballe nie se reuliza sem a capacidade teleoligica da mem Sea, sem a proj ideal deft Tides dee aos para a st efetivag, sem ura determinado grou de nena. de ceria formas soca le eanenicag a ere a Tg Avticulads, sem sim nivel ve cosine ¢ de domo sb a oan, fenlre ontos aspects ‘Dpservese que'a consciénia & una capacidade espeifca do ho mem: 25 ele & copa de responder aos seus catesimentos formulande novas pengumts ¢ pijtonca Finalidades, como dsssmnsanterionmen te, reconvendo a Laks. Como présis, 0 tabstho realiza xan spo moelment supe 2a ide lect (0 projet ideal de suas fnaidaces¢ tos) por porte ‘lo sujet que reali eile una nia np €objeton (results da roavla transforma). © produto de tabalha constitu a objetivagio do sujeito. Nesse process, suite sv modifi © pode se auto-recor heer como sujllo de sot-obra; a natuecza se mosifiea por te sido teinaformada pele acio do homer. © prodito pass tar uma xistor tia ndependente do suelo que ocrou, mas no independent da pris ‘da humanidade, pois & resultnte do sciimulo de conheeimento ¢ da pritice sia dos homens. Fata dupla trinsformagio — da suit € da abjeto — promave a ‘onsetncia histéeea do sujeto, Marx se roero belissimaments a sso «ior fla eo rconhoeimente da homem nos predts attics: A pods propotcans no somante ma mas 8 necenidade omy lanier uma necsidade 8 mati J: como qualquer oto rod vu objeto de ate da ugar a um pico seosval 8 arte esusceel de spec Bes. News sent, prog era id somente bjt [esos nas, amb, umsuo para osteo. Man 170 pI) Toa as stages objotivagies aga apontadas morieam que, cio tanstormadora, ose" homano cia alternativas,abrinda poosibilidades de escotha entre clas. As esculhas entre alteenativas, Xt Jada, promavem valoragees lescalhe-se o melhor, relizam- se comparagoes entre © que & bors ou mau, bonito ou ei, corseto ow “oreo ete} 01 se, seallean-seesotis de mr, ne necossarlemento dle valor mora certs que fat hse come a fabricasie dos primims instr mento ee taba ox mesmo a descoberta do fog perzitom observar ‘que eles resultaram concretamente na criagbo de alternativas, valores posslidades de escola ‘Ao mestno tempo, 0 taba soletivo prodve exiginlns le valor ‘tics ae, wma ver esencadeadas, pasta a see desenvalvidas nas de- ‘mals esforas da vida svi, come mostra Lukies [11 as prieisinas eperagas Inboratvas, as mals puntos con syns cl nipinte dis ee iano colsan os henens areas ‘oj eecughe oxigen ores price navn, diversas daguelae reqnerides pelo procsg liboeaive verdad © pip fpense-ae ma onagein possi, 1h ashilae engenbosidade, ao liso eb Sets ‘ei execution cleivaente lke, 189, p. XXIV] ‘Quanda os hotens Wanstormacs in dado elemento da natuieza, pr exemple, ri pedaga cle model rian 0 Fogo ou um instrument dtetrabatho, possam aia alterotivas ants inexitentes Os fst: fenton de trabalho néo modlicaak apenas a aividade huntana; tans Tormam toda ¢ vida dos homens, instinda novas possbiidacee: No Gino fo, eltertie texas 08 setlos — pos com oalimento coz Ato, pac exemnpl,o paladin, 6 taloy 9 olfato oc, so moditeados: ate sdenvse a necessles, pois € possvel aquers4 com Fogo? eriam-se hibits cultura, desencadenndo novos sentiments w comportamer com sult de sun anata. ‘nto ae apresenta come ain mistériny 2 homey se v8 ‘ns alimmativas abscan spaco para estos: génese da fiberdade. Pisa heed, pasa Maex, in consistent caste da ede ds sca, mas na evs de eratoas¢ na possi once ee ta cattle, Assim a iberdade no é apenas ue valorou wm estado de pesfegdo abaclut, mas ia cipidade Ntorfennte descent inse- date que obitin, Soe so, Lukses considera que: Avena, bem como-sts porsslidads, io alg data por sates, fo rm dlom coal” «nem sept ua pre ine — de ope fontecoen— de humaaw. £- produ de prépria ated aman, (oe decors sem singe concent agua cian cifewote die gorse pmpuser. as que ns soy cosas dla — abet ‘nenle «de mo conn —oespage to qu ibenfae se oem po sve Les, 175, p15) Ui ve tins a lienatias paszam a ser valoradas pelos ho feos, pis os cbjetos da natureza que foram selecionadas por sia w= dade sin (2 pedsa redonuta, « adita mats fit ou vials cl de ta liu) ado avafiados em fingio do traballs, das necessidades sorias, ou ojo, suas puopreclades nafutals 56 ti valos para 0 homem na rlagio ‘stabelecia com sas necessiaes, Emvesmo os elementos ds ature ‘que nf sto transforms pele homnam sfo valoizados por ete em fam {ho da conjungio entre suas peupriedadese necessiaces secorrentes th tao, como mostra Luks (© venta un fator da nature gue por soma toma er oo" Kas Stevalor Ox nisegsnts, por dasdo os tempos seiqissinios sempre Islam se weno avorels ou desde de ato, pos mo proesso slo ral a avegagie& els, 20 hug x para wuge bh una og fditegto de veo ¢ 9 como rue geen ged om 9s peopeeces Tniterinis de mek e da Oe do trabalho. Resse cas,ent, vento {aversive os destavertiel én abot 9 mbt do ex ssi, otter ‘inbieoepncy da secestae cy 9 naturra a valads © 30 alie {ie faz pate day sons popriedodes objets, enqtmte momentes Ue um “mplso concrete da pres de teal (aie 1990, p XWT-XVI Coan ase en jnieos de valor es objets So avaliados como els, ‘nies, vids eX. owns, © fat de oda acto consciente onter uma Jresicao de valor ¢ un momenta de devise pose levar ao entendimenti de que a gnese davalor edasaltenntivs & lad apetus pei caporidade dle escolher © pi vale; (ta & pela valingo subjotiva dos indviduos® Towavie, bse nc & comet, Voli ¢aernativas Ho categorise obeivas, pois io abjetvagtes do ser socal produtus desu livia {1 © presto do hath ens wv (no ase de ears @ counts {Se valor € um develo). Apurse oben ret ser pea nb fae “om que possnn alnante mice valores Bo fae de ques aloes, rs heise alos dn soviet, sam fens ma expel, 050 Fate lini osgaticade bien dese presents. (Laks, 129,97) Pexeabo-se por que afirantos que a erade &wesltado da atv dade humana que maporsle « necessidades ea rerio, instaurando no oe possibilidades de liberdade. A bondade é— simultanemmente — cite de esol consent dvga a una flied eepusae prn erin cones pra a vaizdo objetion das excell pra gu noes es J jonecrate, Pru, iserdade valor vinculan-seantelogjcareno: ‘Nas dco alternativas lo taba se escendeo enimen “origin {ig di ede, eae ete scans 98 Srp scl tte dts possibldades — alge peed lms vcore na vide os hina sopedotes —, mas ne acl ene gue pol eo gue we ‘ros lx everualeent ct eafgossuperion eats dae eopéies ‘erent de valores entee complex de vale, prekamite porque Dao resale ont abot de mansra bilogiamente dexerinuda, ‘hum diigo esis ana, a0 conti, seals em ere pest ‘valves se omacdekrminads ivagies pte #9 sel Sas (Lkson, 199, pV Trstamos 2 Uberdade erm dais sents negatvo e pasitive. A Ik bende negative sgelica estat a duly, send drighla 8 supa fos impediments 9 sin hone manifest quer dizer 6 empenbi na lego de agées que rompars com os limites Hberdade 0 co ‘sya olferativas de essolha, Pn Hberdade positivaentends 0 tor howe pe tga ou sel, a.agzovoltada 3 objetvagio da iberdade, & sua ping, sua cetesa e estat de viailzagio, Mars assim define howd: [ul ekeieo da ntondade cunts wxatmunty insuperable necsnii,alien dss, despoje os Une eacnos de eu caritr ca Drs aeesiade sal para estabele ls coun fas gue indo Fao os nen, de manos queso tne mlizasSoe bjetvagto da ssp ow see ined a ea aida proclaims abana (stir, 1975p 1) [Em meio do cosenivinonta da pei elinsiasnse novos aces sidedes forms de satsago, que vesultsen a anplacfo ds expcidades osane generics, levando-nos a compreender que a privs 2 "ovalda- de das objetivagbes do ser scl constitu & cnstitvinte” (Neto, 1981, A), Novas formas de pris, como a ate, a asia as pitas ede cvs, seligioss, poticas,propilam 0 rtinamento da inteleto, dos sis, ca sbviaee mana? prions seins conscientes que se sistinguom do pedxia material, mas qua @ ebjto de intorengan dos owen 80.05 peSpris homens, conforane Netto € Bax Devos distinguir eae formas de pris voltadas para o conte ea caploragio dt rabweva eS viliadss para infu no compote Tove ac doe homens. No peel cas, que #0 do tabi, © he rem 6 0 suis «a natucezn 6-9 objeto; no segundo eos, tase de ‘eles ente suo eet laguels forms ce prxivem que ser tua sobre aro eon pens educa eo pnp) (serio Beas, 2008, pH DPesoegenso caminho dos fanamentos, chegames 3 tea enter Llklo coma “ura sxoenents da pris humana em sea cajun (Lakes. Ni, p. 72} Nessa perspectiva, a étca nto perenee a nenhome dimen wo eas especie a eal, secjetivande, fio «penne foe frie poviearese acute determina, cam cone entre lintciduy suger ea exigeeis saias hraogenies. ‘O desenvolvinnia das conguisios materials © eepituais do ge hero huthan, determinade Fundamentalmente pela foros produ vase pelo dominio das homens sobre a atureza, permite a iberaio has capacidades humanas, concebidas por Mare como a riqueza hue mama, proxuter material ¢ wspisiual das emnquisine produzidas pola humonidade: Pre Nas presupente da “riquere hana” consi 8 Babe pa lee efagice tds as sopaidaese senfimenton manos, que zee para a manifetacio delve © mSlupl vice de to a ici, A feces como categoria de walr nin outs cong endo worst ee rig. Hale 978 0) Depecidenso das condgbeshistGricas nas quais se desenvelvem 0 Aust pss em geral, main x menor #9 campo de pesibilia- Als para que o indie 9 aproptie da iqueca humana, O que ikoree, Iistorieaments, 6 a gxsténcia de uma acpi eee 0 gneso hua rae 08 individues, tondo em vist as sociedad frdaas na dvisho Sova Uo tabatho, na propriedade privada dos meios nesses & po “dugBo ena exploraga do trabalho, Este conjonta de determinagees bis turicamentearticuladas em formas do produ pasticolaes, dl orgern av fentmena geval da alenagéo, 4.2. Prbis, jenagioe fetiche Consieraso em fae das sviedades precedents, o mode de pro- dugio capitalists repreenta um grande avange hires para o desete \olvimento do se social. feito ques emergincla ¢ a eotsclidagie do Sj gana forms, arse eguera ques areas contempt ‘hs pala esetnsia human atau dos tempos. (Sivi Gate, 199, p49) Texto Covet Insc do i Boron de tana Any dace vee fom se se 2 tina ‘jou sua muher oun foe tina Bessa Bthoseu cara ous Sco E atovesion mat on paso Baldo Sobar a consti ox se Foe magna Engoew no potamar squat pares sida Tilo pr tote sm desea sueo Sens olnsenbotos Ade eit igrima Sentou pea descr ‘uma so ese sad ‘Came Foto cam are ome sos un principe Thou eatin ome ge oe um mung Danse gargatiou Taropeyou no ees coo foe un bétiado Bfatiou near ser fem psa seston rach Foo um pace faci ‘Agni mo meio do pass pblico stnepathando ep. ‘Amon diel vee Bas as tice ends ho eu come a ose pigs oi se i as Subir a camaro ‘om fase sido egos patanae to pare gens ‘ole por tha na deseo gio Sons embolados Seni pr deere som foe prince Come ‘seu soba ‘coo se wae miqaing DBangou gargahow or see 9 prosine tropogu no cu FE ataon 0 ar om os ad Tie ato to et pce tid ido psslo nfutraga Morea na canzoni kplan 9 pablice Anon dass ve om se ess mgpina oon sue thor ur fs ghee Ee syste pose kas Sontou pra desansar so 3 fost tm pasharo tition nae sin 6 Ise wh prepa Esescahas nochio ft u pct Boba Mor conteana0 tsp abate Exercitios e dicas culturais 1A puted eit dos dei tte de apoio — Tet ea. 80 tuna, de Silvio Gall, © Contr. de Chico Buarque de lll, fase ume afleniosabie oli cide ems nos sock sae. # importante daca seas questesclocses pels textos im | ser com 9 coon, com sua vivencia ato 3 sun ai, na {sabaho, na Univetsinde, com avai te sou com ous) clea. 2. Enos algumas pessoas procurando soba a opinid das cre ts quesiesvineadas 90 alee «Among, Fagam a seguir ‘um relatos ofan, Seem alms dias de es, museas (iteranurs pass rr o Gaba ainda mae ative, lees 1 Ace pon ota ania (Di: le Pet) 1 fo gn Die ema Tan’ + Asti cela (Des Tomas Gute les) ‘Taos madras Dh: Chars Chapiod sicas + Contest (Chie Buanque de Holand) + Bice (Legito Us) + Wie deep ale ‘Test + Mork ea seze Jone Cable M9 Neto) 0 eprom coma (Visco de Morse) yes Areprodugao social das objetivacies ético-mor: 2.1. Particularidades ético-mo: At aq se Duscou evidence que as capacidades humanas dese \oleidss pola prix fundam a possbilidade de o se socal se objetivar ono unt er 89, Nese mamento,tatase de responder 3s seguinies {quests Qual € a magseezn do agi ico-moral? Por gue essa» formas loser se diferencia de autres mados de ebjetivagho uo per social ou ‘nis su suas particuaridades? Fodie-se obsarvar gue onvdteds € mesmo, Quando iniiamosese liv dissonios que pra apreender os fundamentes da tia seri pele ( buscara gese dr see sain, histor e que suas formas de ser sio Categoria bjetivas, ow ja, selo-hsticas, Nesse momento, de posse da conproonsia das baseshitdritas dascapacidades humanasque poss- Dota eo howe se objetivar como suit éico, passamos a explicitar juni 9s parteuaridases dese mado de sex Aa canjaio dos snore sr iooxaats esenvolicas histrica- ‘nente pelos homens, partir de-determ nado estigio de organinagéo do tyoballo aa vida ell, denominames campo des objotengs tiene rai, eto 1 joka sujet Stzo- oie 2} pela mona 3) pecan net fio; 4 aa pis weno, (© sujeito dticosmora &sevilanente onsidorado capaz de respon- lor por seus alos en termes morals, © que significa ser caper de der= hi eve efores! (certo eras born maw ete), que & 0 mesino gue ier Susu canseigneia moral Ura acio moral consciente #aquela em que suet astime ga 0(¢) ato(s) podem) ou ra sofFer as conse clas por sas tos; por eso, # moral supée 0 respeita ao outeafalterida= te} ea responsabilidad en rlacio aos msulaclos cas ws para ox teow individues, grupos © par 9 sociedad em geral. Com efoto, ag80 ica 8 tem sentido so individu sair de sua singolaidade volinda cexclusivamente para set "ou" para se telacionar com o out &condi- ‘Gio por tal Basia pens, por exemplo,emaitdes éticas coma a-zlide- Foe, « eonpatirisno,« altnian, « torna-se mais fo watender por “que. ate moral supa a elevagia cima dos ecessidales, dese p> ses singulaws, porque se exige pensat no ob e sara condigio do individu egos, voltado part i mes. Todavia, etn leds as aces i enpleagbes mas: as eco Ihas no fm eonseqidéncias path o8 entre, pals si0 opens pessoas, or excmplo, o nade dese vest. 9 pea nig, arientagso sexual, tee sutras Se; neni, fo Vistas coma as & pore esto sendo julgadas de forma mons, Por 2f se pade-abservar 0 papel iva da ‘omseieneia no jul de val rota das ages humans, assin comm 0 pepel ideoligicn dlsempenasls pelos preconcedtos moras na preset ue 8 ibendace ocupa um lugar central nfo pena nessa dscussio, mas também na prétea dos individu, sondo ‘aio slag costumes sme uma exigaca que, em ger io aparece na vida cotidiana por seu tatamento absteato,idealizado Na venta, » onsidneia © Hberdlade so componentes funda mentale para todas as formas de cealizagse éteo-fiorals, aestiido sue | dissemos no primeiro capitulo: as ejetivaghes Bice n= samentamse is capaciddes humanas desencadauas pela praxis: 2 roviabilidade, neonsciénca, «liberdade e a universalidade humanas. A ‘nsléncia € uma exigénla, na medida em. que a inlvidue deve tee him mieimo de partcipagéo cansciante nas dliberscbes extolhas ke ‘lor que realza com suit spot u stew, Pesumne-se que 0 suo fico sep consent w dotago de vont uma vontade que, pela natn ‘oda ica, deve ser livee, ou aja, seu porta nao deve serenade por outros indivtuhios em suns decides ne deve ser obngate a decidir yelo use da fog, psclgicn om sea, deve tor wm minimo de controle she sous impuios, iso@, ter autodomial, ‘A ino objetivinse fandamentalmente: L) coe sistema noxmatie 16 tepradutor dos costomes, em resposta a exlgéncis de interact wid cotidiana:2} como mnexio ence motivagdes do indian singular @ exis Du ‘outa, vingulandonse a0 individ singular nanorgenérens, vnculidas a diferentes formas de praxis dente elas 2 privis pot. (0 sitvar nonnai ovina mais elementar de obetivagao da mors, swan te ‘da ropeoeisao de norinase mgeasde eomportamento Socalounte determtoadas, Sua onigem, nas sociedales peimitivas, fi Aletorminada por necessidades de pres fe wd integrngso da commu hie quasco Bp existia 9 proprkelade priv a tera e dos ins Inwrtis de fabilla nem vexertente de prosugio, Tos comunidactes — também classifica cone cominismo primitive — puderam dese volver; de mova pera, valores coletivas, poutados na slidalaaie e190 quitersia (Vaaquer, 198K, p28) Percebese ai cordterslo-hintiricn dos valores, Na netic em quero exstin excedenteeconémios, que a prodgio ea alistbuida de fovea igualitiria e dso das tartas obedecia 26 principio de subor- dinagio do indica x0 dletive,« trabalho era cbrigacfo de todos, 8 valores eram eoletvistas, pads nas necessidades da prodogio e de Aefoss sa comnidads, femnande vina moral aseada na “ooo eR, Ba seoponsabilidade, na disci, n@ ajuda mata ena solidaredade, te 10 igualdade como principio de justi” (zquez, 1985, p. 29. Por estes pousns eremplos, vemos como os valoees movais Sune clas necosscades histeeas dos homens Una vex institu, passa a se cautrar come sistema normative conjunto de nermas morals que vis 8 egulagi do comportamento des individ, tendo por fnalida- le tender as necessidades ce sobeevivenca, de justia, de detesn et dia comunidad, As norms ¢ vlires também servem de eiengao de ‘nt, pavimetis pars os juseon de valor, que vio noetoara cons: inci moval clos inividues, componsla um digo ra! nto escrito, ‘ens produto esizada na ssa cotciona, pala repetigto formadora tity w dos costumes Est Forn\a prima de onganizagio social da ‘omnis ex toena de valores somvanse de naga de compose ‘od origent moral como costume (ao latin 7, 7) ou conju le habites de conduta (7) 'Nas comuniasdesprimitvas, a moval apresenta uma nivel de deen voluimesto restito, tendo em vistas limites de seu desenvolvimento econmico esta efoto de os zane set relativamente lomeg@ Em decoretncia disso, tals valoees podiam see adotades pelos inline cluos singles © reproduzidos aeavs des costumes sem grandes cm Fits decd social « moral, ao eantravig de que eeorne quando deter- rinado grupo ou tral socal mia aceila a normas 8 valotes sociale menie deterninndos, A aneida que asocinlade se desencol¥, «sistema normative em brim construc 1s comunicoles peimitivan & subsite poe for. ‘mas mais complexe, por nceessddes mais complexne ma. vex qu, com surgimento Ua propria peivad da soeleade de cases © da divisdo social do trabalho, apresentam-se novas exigencias de imtegra- ‘so socal que se eflete na necessdade de legitimacio dos valores ¢ ‘as norms de comportamento orientadas poo ei dominent, snolstade de classes, no é possivel uma amidade em tom lu valonus e nacessdades comuns a todos as membros da sociedad, ‘iuhora ay classes doatinantes Inaqueen a ntegrago de sun oxentagio nal 6a absagio das dferengas reals que — brotando dos intereses secon — perpassam pes valores e moos esr, Ness con lest, tendo em vista a enstincia de valores neterogenens, a possibil- de de transgtese,por parte dos jdviduos, das narmas morais © ‘dos eostomies dominantes ea presenga de cédigos morais alternatives, a moral so rovela conta evghncia de subontiago dos ndioitns sngdares — ‘de suas nesessidades, dese, poixdes, neassidades singulares — as vtncis de nigga scl 3 mena dinate. ‘visu agora por que 2 soaledade de classes, a marl ormase fan- al — enquantcrsistoma de exigéneas socais narmativas —8 repe ‘uyio da moral edo ethos dominante: Ratase de uma funcinaidade hiciitada pela natroza de sew cater normative « do sua esteuturacto fom sista de exigencias ds quis individu responde, mo mvel de tug singulardade. Ni se trata, no entan de uma maturezae de uma ol ox absolutas meseng na sociedad de classes ium ceria espago de mobilidade pars agoes em autre reyes, Is 6 na nec da contest, ce constitute de cttia e de adosto slo ourasseferereigs edi rita, de defense busca de ealzag a le vats formas de ebjetivagio mara (nian im 2.2. Exigéncias socials e motivacées morais singulares DDissemos que as primtnas formas se mganizagi socal dos val rs sagem tus comunidades peimitvas com a finale de integra social da eoleividade, e que, bara a forma de via igaaltia tenha permitido a vigéncia do ma moraliade coletivita, baseada ont vaki= res solidtios, os limites do desenvolvimento da prods w dis rela ‘es soviais dessus comunidades no deixavam espace para a mobilida- de dt indivilaa que ers totalmente sbordinada ao coletive, Nese con texto, tenga soi significava unidade nts os menbros da comsini- foie, mastamibém ura subordiawcno do indie ao coesiva de modo {86 Rio exits praticamente a wndvidalidade: [Nao qucremos dizer que todos penjavam ca mesma forma. Acme sxéncia da moral como sistema swocmative 6 assinala« ngcesidade de regulagio clo comportement coletvo, prevent ateansgresio das nor mas. Mas, diane das esracovstias jf apontdas, «fungi rexuladora «la ral 5 atculav a wm stems de necessidaces que — derivado clas fornins eletivas de onganizagio do trabalho eda vida vocal —ad- ‘quits condicaes de reprosentie fen omen, de forma dominante ‘Vims também que a existincia de valores omg ers um Stor limiladoe do desenvolvimento moral, pois expressive pouces possi dades de esctha ¢ de altemalivas dics. Os individ seam subovel io cole: pratcamante nae existla ainda 9 Agar do whee Quandu-surge a sociedace de enases ese antagonism, frets Propriedade peivada, na divsie scelal do tabula na exploracio do ‘ral, a fungao normativada moet adgulve uma watlva autonome 5 fee de outensfngdesaesuie form Weed gicss 6 beads de a tins entiages, contribul para aveiculagaa de metas dese, de valores enstumes qu jastfen a orden sain! dominate « suns ilae. A Intograsse vocal, nouses temas, volts 3 pitta da marl dan fe, do eins nocessrio a jusiicagia do presente ‘©ingisso mnsce em uma sociedad que conta com am siterna normative w com costae Sostituioss anv das institgbes bSscas responssieis por sua secalzagia priméris, come a fanntia& escola, ‘He ipso a rca bra os seine valoien gue pe sama fer parte de sou rferecial orl wd seu hos ot are: ama tespécie deeitign moral que orienta tas escolhose influencin seus jul ementos de valor Hclivo qué pode der nf a deteeninados valores nonns,E de Fat, di, etnbota iso depensa de uaa sétede czeuns- linia, entie of quais est © comhecimento atica eapaz de dlesvelar ‘owes meranismes ideolégices, o que evidentemente 10 basta para uiloraesteutura moral da sociedad, mas pork muscar a vlogao que initio estaba comm el star subodinaclo saciatnente a detrininadas exigencies morals pre sige mute formas de ser em opasiga. For exempla, na so- sialecontemporines, pose signifier viver om uma socodade na qual individuos, em sua grande mate dfendtema jun de mart, probs — ‘nit wid coin — estabeleden uma velagio eta ete pens weno agi, cespandenda violent com stlGnea, entendendo que | decor se problemas exelasivamente moras e individuals: Deper ‘tera 0 sueto moral esta social — mais, ou menos, igh slo concondar ow no com iio. A sodidade pode ofener codedes pra posicionamentas cited, os indiiduas podem se argenizar em Inovimentos de eposgdo a violencia, Fra «lo contest, estar subord vn a exigncns de integrasio social poe ser considera alg posi 1. (9 ¢a80, por exemple, do espelto 8 eultura de wm determinado spn ow classe social, de a8 costumes ovale, ibis © tages, Sire amas tes coisas No enionte, 0 que signitica viver om uma sociale oa qual as side a individ ‘questo de fund € por que ess Sociedade Gofenclea pera de morte? A ‘en ultapassann of Hite ds eta? Pols @ penate morte vise sombater 9 que? Por qui? Slo questBes como ess {jue pessoa sor elictidas Nenhuma saiadade se reproine sem norms cle canine: ne- hunt grupo coleivo tabalha ou exsenta deerminadas tres com purlithadas sem defini algumas eegens bisics para divi de respon sobilklades, st estabelecee eitéties de Salor e principies para avaliar seats compromises. Assim, a subordinagao pode-se dae de foneras va Findas e nem todas so negivas. Ha pode ore através da repress las motivastes singulaces, « que se verifica em ace de mois gids © ‘de rcunsticas soca oon pousss passibiiades de escolha e mobil- lade soci, ow mesmo quninde as motivagdessingulaiess8o allenadas, {odo em vist a assimsngho espomtanone aries de esigeclas soci, Un coletivo profissional, por exerspl, pode debater eleger vo ‘es © principios para orientar seu e6digo de éticn profesional, de form demverética, Ou pode decide de forma autortiia, sem discuss, 2 hieraeguia de seus valores © presrogativas profissionas, As exigencies sooine Bo at mapas — ¢ procin onganizate delibuae sobre valores ¢ deveros profisionais, lindo um vista a necessidae loa de ntitir sm Gcligo de étca. Mas outias engénias — deorsem ie, politica © can jntural — determinam os rumos dessa deliboragio, A forma coma el sur fita doponde, assim, de desisbes decontentes de exginetas dens € politices posta pela aleve pratssional em dada conjuntura, posta. uma exigéneia de natieza Besmsocal que visa 8 integraga ‘al das protissees na suciedude, Desse modo, paclemos abservar que coustom possibilidades de mobidade polities em om expagocirsunect fot mprostucto das exigencias de interacSo social; meblidade que pode assumir dinogbes sccias © polis que nia seam, niecesisiaments a Ae justieagie da order sack ds, da mars dominate © do const ragio do presente como o fim da hist Fm sua telagies socias, 0 agente moral pi ene valores « tras oientngdes de val, pois responde a exiganelas siversas, munitas ve7es ao mesma tempo. Mas nem todas 30 moras ea cnovimente die: Vejamos o gus Hall di ‘Quan afin nag,

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