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etek kk kkk e sek kkk ks VDLLNV 3QVGl v — INHald OONWHS FRANCO PIERINI A idade antiga Curso de Historia da Igreja FRANCO PIERINI A IDADE ANTIGA Curso de histéria da Igreja-1 1 eagao, 1908 8treimpressio, 2013, Foci ssrasear INTRODUCGAO, Este breve manual de historia da Igeeja antiga (ou histé sia antiga da Tgreja, como proferem outros) delincia os acon. tecimentos dos primeiros quatro séculos e meio da sua ja rilenar hist6ria. Um segundo volume, que esti em prepare ‘0, desenvolveré essa exposigdo, com a mesma metodologin, levando-s da metade do sée. V dC. até 0 sec. XV, inclusive, ‘ou seja, até vésperas do Humanismo, do Renascimento, des agrandes descobertas geogrificas, da Reformna protestantec da Reforma catdlica Naintroducio ao segundo volume falaremos dos proble: mas referentes ao periodo histétieo chamuado “Idade Media ‘Aqui explicaremos brevemente por gue 4 nossa expori fo da histéria antiga da Igreja termine com o conelio de Caleedénia (451) ¢ com a queda da Império romano do Oct dente (476). Embora reconhecendo avalidade de certas periodizagSes histéricas atuais, que falam de época “tardio-antige” (mais 08 menos de Marco Autélio& invasio musulmana) e de Epo. }, permitindo a defintiva infltragio dos hebreus na Palestina 3 MAARARARRRARERECCORERERDDERRROOUOE eee SERS SS SERA AA AASE REAR AASSS: Os indo-europeus desenvolvem um primeiro movimen- to por volta do ano 2000 a.C.: é a migeacao dos chamados “povos da montanha’, isto €, dos hurritas ¢ cassitas para a Mesopotamia, hititas ¢ mitanos para a Asia Menor, medos e persas parao iri, outros para a India setentrional, outros ait da para a Europa ocidental, ‘A segunda migragto é a dos “povos do mar”, por volta cdo ano 1200 a.C,, com os frigios, que abatem o império hitita, 1s filisteus, que se estabelecem ao longo da costa da Palestina ¢ iniciam uma longa luta com os hebreus, e os dérios, que penetram na Grécia, A terceira, por volta do séc. VIIT a, C., leva os cimétios & ja Menor e 0s citas & Europa, Ao mesmo tempo (entre os séculos XXII-VITI a.C.) sucedem-se no Meditertinco as co- lonizagdes cretense ¢ feniciae tem inicio a grega 3:3, A aventura de Israel Como ji acenamos, nesse vasto contexto histérico inse- te-sea aventura hist6rica de Israel. Os patriareas Abraao, Isaac «Jacé enquadram-se no periodo da segunda migracio seritiea, ‘ amorrita, entre 2000-1800 a.C.; a0 mesmo tempo, com a ‘chegada da primeira migragio arian, dos “povos da monta- aha” (1700-1600 a.C.), € talvez na companhia dos semiticos “yksos", alguns ells hebraicos descendentes de Abraio se estabelecem no Egito. Depois que o faraé Ramsés IT ou 0 su cessor Meneptah cagaram of “reis pastores’ ‘grantes hebreus deixam o Fgito guiados por Moisés ("xodo"), por volta du anv 1230 «.C., e voltam para a terra de Canaa. ‘onde conseguem penetrar aproveitando-se da nova mistura de povos acontecida na *meia-lua Fertil" com a terceira mi. Bago semitica, a araméia do sée. XIV a.C., com a segunda ‘migragio indo-curopéia, dos “povos do mae” do séc, XII, ‘Depois de longas lutas com os povos vizinhos, canancus e filisteus, Israel consegue criar uma progressiva unidade es- a4 ad tal com Saul, Davi e Salomio, aproveitando a relative fea {queza interna das duas superpoténcias de entio, a Babilénia e ‘0 Egito, duranteo breve perfodo de um século, de 1030 a 926 2.C. aproximadamente, As tenses intemas qucbram a uni- dade, eriando os dois reinos de Israel e de Juda: as lutas fratricidas, a ameaga sempre presente do force reino aramaico cde Damasco, 0 renascimento da poténcia esipcia, o apareci Imento da nova poténcia assiria e 0 renascimento da forga babilénica levam progressivamente o povo hebreu a ruina definitiva. Mas ao mesmo tempo surgem os grandes mestres de Israel, os profetas. “Todavia, a sucessio de trés grandes imperialismos — o persa (539-330 a.C.), ohelenista (330-30 a.C.) e0 romano (da destruigdo de Cartago, em 146 a.C., em diante) — embora facilitando a unidade econémica, politica, cultural do mundo mediterrinco, efavorecendo uma civilizagio urbana cada vez ‘mais intensa, traz consigo o flagelo das guerras, dos saques, das destruigdes, das subimissSes forcadas, das escravizagbes ‘em massa, junto com o desenvolvimento dos latiftindios pri vvados e plblicos e 0 enfraquecimento cada vez maior da pe- ‘quena propriedade agricola. Contra esses novos totalitarismos politico-sociais, que se revestiram, como de costume, também de motivagdes e just ficagdes culturais (por exemplo, a teoria aristotélica da desi ggualdade natural dos homens) e religiosas (por exemplo, Imposigio de divindades nacionais, culto do soberano), acon tecem revoltas por parte das mastas oprimidas, como as co- hecidas rebelises de escravos ocorridas tanto no Oriente ‘quanto no Ocidente entre os séculos IIT eT aC. 3.4. Por um novo ideal Mas a revolta mais ampla e decisiva verifica-se, mais uma vvez, nas profundezas do espitito, modificando gradativa e inexoravelmente a psicologia dos poves. A "época axial” abei- 35 sae com uma revola do indviduo contra 0 conformismo Sci ors esponabknd cl tina ont posto « proclamacio ds responesbilidade pessoa, eos gran deSimestres do espirtobaviam indicado, na base dos homens, t extencada doplatendéncia pars o bem eo mal, bem como a hecessidade de cada um “concer sea sf proprio" Ges, por vlad: Ha 0 dual oral ene sociedade © 0 mundo sto 0 dusliamo éicotende se tor tar dualism social ,sobretudo,Gualisno metalic, levan doo homem ase considera stor, i vezes simples expectador, de ume lua universal entre bern eo mal ec linha de pensamento, i evidente na mensagem rel siosa do persa Zartusts, propags se pelo mundo antigo ese Guictgbes socials eda preocupacio de superar male dot, Sevenceramort, de obter a talvagio 3.5. As “religioes de mistério" Para oferecer uma soluca tam-se, na €p0 4 esses problemas, apresen helenista-romana, do séc. IV a.C. em diante, as chamadas "religides de mistério" Blas, na maioria dos ca sos, originam-se de antigos ritos agrrios destinados a renovar as forgas da natuceza através de ceriménias de valor sagrado e _migico. O significado agrério do rito torna-se logo psicolégi- fo, porque a crente, a0 participar deases rine sreretoe (dal a palavra "mistérios"),fiea convencido de que pode morrer & Fenascer al como faz a natureza, para outra vida melhor. Pr Imeitamente, sia pequenos grupos insatisfeitos com a religiio oficial, muito ria e formalista; depois, o movimento de ade- ‘fo aos "mistérios” se amplia, tornando-se fendmeno de mas- 8 nos tempos do império romano. Essasreligides, com 0s rtos de iniciagio, os sacrificios ani ‘mais ou os simbolismos vegetais, com as preces, as ceriménias 36 scr tne spec promt desi min Hee Gh teregurandl a clevasto aos c&us, contribuem para rerrpt ath ctretos mites da cidade, ca nai; oferecem uma dae ange interior aos incividuos,independentemente da sua coors trogen, socal ou cultural A religio de Isis, deu seeSepipeta eo cult a Mita, deus-guerreto pers, pare Sino mcs empos do pero raman, moos 3.6. A gnose Nofinal da “épocn axial”, ito 6 entre 0 Heo séeuo a. co dunlinmo sociale metatisica bem como a mensagem des Supt so inerpetas tame pla ois rite aojae pore, segundo tals doutrnas, 96 0 verdadero co rata € foote de salvagao. Prtindo do dualismo étco elfen o maleate na conscenciaclo homer), o gnestiismo Geran vszo do berm edo mal em lata entre sem escala stieaa (luaismo metaisio} 0 bem € Deus; o mal €a me win cntendida tambem em sentido fsio (da em gera, “fetzcro pela exigeacis do corpo eo rigors puntano na oetPimoral is veees csfargado cm indiferemtissno moral em Tibcrinsmo}y entre Deus ea materia existe um mundo inter thedlino de cptitos(chamnados "cons= sees), enteos quis ie ginau,o chamad “demingo,crador e organivador do tes ater om codes os eu defo, ozo com, 0 wnhoeGue pode tambem fevesise de atérn (amv 00 Spurcmcmente = “docetsmo") com a finalidade de salvar os fBipens, gue sao fetes de materia cxptitolevando cada um area sticeer (isa “gnose”) a propria fagulhaespcitual © GRibndo-ow a algarem ae até o mundo dos “eons” (ico “ple roma” = plenitude) ate Deus "A ithude gnesica, considera wm pouco como 0 "pa asta” de todas as grandes rlgibes, desenvolve-se fo 6 50 7 TAULAVATLALUL TAREE TVLVLAVAVVL ee OE OT SCO SHARKS E ESSE ESAEES inne pao ccna mastanbn no mundo, ‘exprimindo-scem algun apécrilos do Antigo Rearereenk bretudo de estilo apocliptico, e, mais tate, multe pecs, cement no ambiente cristo. A evelugio congue as een, obscura fase de "pee gnostciemo”, de provognenicierg? € de “gnosticismo” propriamente dt, até sinters fe ee 4 cortetes, 10 “Inangtcstg"), ina aa tendon Ses So sempre a mexnas Ok multosfermentos que se desenvoveram no curso da “epoca anil” convergem pata formar dicta cu ladiconrees covreponde is expectativas, mas de mansi save cent surpreendene 38 4 OS PRIMEIROS TEMPOS Jesus, o fundador do eristianismo, é @ personagem com ‘uma consisténcia histérica especial. As perguntas em que ano e-em que dia nasceu, quanto durou sua existéncia tetrena, ‘quando morreu, quando ressuscitou, ninguém esti em condi ‘Gio de dar uma resposta precisa; embara possa pareces estas nnho, as datas da vida de Cristo, em si mesmas rigorosamente historicas, escapam @ historiografia, justamente porque ele foi considerado, desde o inicio, « persanagem historica por exce- léncia, o centro mesmo da historia, o homem profetizado ha séculos, a plenitude dos tempos (Gi 4,4; EF 1,10). 4.1 O tempo de Jesus Cristo O fato é que os documentos dos quais se pode tirar « quase totalidade das informagées a respeito da vide de Jesus {exceto alguns poucos acenos de Tacito, Sueténio, Pliio, 0 Jovem, entre os pagaos; de Flivio Josefo e do Talmud, entce ‘8 judeus) so os quatro livros de Mateus, Marcos, Lucas ¢ Jodo, livros que, como se sabe, nio sio biografias no sentido ‘ordinério da palavra, mas “evangelhos", “bons anincios”, pro- clamagio da salvagdo trazida por Cristo, cristologies com fur do biogrifico. Os evangelists, convencidos como estio da im pportincia de Cristo paraasalvagio do homem, nao abordam 0 assunto com fria mentalidade jomalistica ou Cientfica; antes, reocupam-se em captar o coragio da mensagem e da vida de 39 Crit, o end da sao eznda por Das por mio do sc Fo encatnado,O tena se psc dea Sepei d com ado Pa ae anen cece’ Cs sre par goon ea Se tronor(teoenpo enna ts tne eae guanine "tas ach cromporentee eet ou anc fet pels apnses pln cemgeinn Pando nonce resrelgo.orkase heehee dafcrolinsodoc ovo dnoenca enema cee Como conertumente se deenclu ee process de condos normuSera see demas fate ldap overturn died deene Belt pc spon commi probaligese qth eames de oped sith ilo Nin tine como wampo crons) are re ahora vieu no me de nin scone Po han Jo ato dae que nsf acannon 1 reac ca rede ranges along ange eras 40 s6dios da infancia e da juventude de Cristo; enfim, a reflex tcol6gica, através do evangelho joanino e dos escritos paulinos, procurou ir além da existéncia terrena, penctrando nas real dades do Verbo eterno, Nos evangelhos, a presenca dessa cronologia “ketigms- tica” é uma espécie de imi que ajuda a organizar ideoldgica e literariamente todo 0 material, embora, por evidentes razbe8 priticas, tenha-se preferido, como diz Lucas, narri-lo "de modo ordenado” (Le 1,3), ou seja, segundo a eronologia en tendida em sentido tradicional 4.2, Cronologia relativa da vida de Cristo Quando se tenta determinar uma primeira cronolo relativa da vida de Cristo confrontando os quatro evangelh saltam logo aos olhos algumas diferencas de disposigao e proporsio. ‘Em Marcos e Joto, por exemplo, diferentemente de em Mateus e Lucas, ndo se encontrar os episédios da infaincia No evangelho de Lucas, o material é organizado, is vezes, de ‘manera sensivelmente diferente do que em Mateus e Marcos, ‘como no caso da viagem da Galiléia aJeric6 (Le 9,51-18,14) A divergéncia mais notivel, do ponto de vista da crono- logia relaiva, esté, porém, no fato de que Mateus, Marcos ¢ Lucas falam de uma s6 viagem de Jesus a Jerusalém, por oes sido da Péscoa, durante sua vida pablica, restringindo esta aparentemente a cerca de dois meses, ao passo que Joao fala decinco visitas a Jerusalém Jo 2,13; 5,1; 7,10; 10,2223; 12,12) ccita trés Pascoas (Jo.2,13; 64; 11,55) ou quatro (se a festa de 5:1 for uma Pascoa), de tal mado que a vida piblica de Jesus chega a cobrir dois anos e meio ou até trés anos e meio. ‘evidente que, no infcio da pregacio e da redagao evan aélica, 0 "kaitds" da Gltima Pascoa, a Piscoa da paixio, mor tee ressurreicdo de Cristo, concentra de tal mocio em torn de si a disposigdo do *chronos” restante que coloca na som: 4 TULLLUL ERR aaiaasaiisields See SSSA USER REELS 3S55! bbra as outta festividades pascais da vida publica. Com o pas: sar do tempo (nao se deve esquecer que o evangelho de Joioe ‘omais recente dos quatro evangelhos candnicos), cresce a exi géncia de mais precisio cronoldgica, ¢ ent omam trés, como dever ter sido na realidade, ‘Também a respeito dos acontecimentos da tltima sema: ta de vida de Jena os testemunhos evanglicos, embora con ‘ordando sobre pontos essenciais,divergem em varios aspee tos, Todos os evangelistasafirmam que Cristo morreu na sex- t-feira& tarde (Mt27,62; Me 15,42; Le 23,54; Jo 19,31). Mas para Mateus, Marcos e Lucas essa sexta-feira coincide coma Pscoa judaica, que, como se sabe, era celebrada entre anoite do dia 14 e a noite do dia 15 (o dia judaico nao comegava € terminava 4 meis-noite, mas sim ao pér-do-sol) do chamado més de Nisan; para Joio, a0 invés, aquela sexta-feira era a vigilia da Péscoa, Sendo assim, aceia de Cristo com os apdstolos teria ocor rido, segundo os sinéticos, na quinta-feira da visilia da Pis- coa (Mt 26,17; Me 14,12; Le 22,7); segundo Joao, na quinta feira da antevigiia da Piscoa (fo 13,1; 19,14). ‘Os quatro, porém, esto de acordo em colocar na manha ddo *dia depois do sibado” (isto é, no atual domingo) o even lescoberta do sepulera vazio (Mt 28,15, Me 16, 1-2; Le 24,1; Jo 20,1), As divergéncias cronolégicas citadas dependeriam da diferente perspectiva com que os sindticos, dem lado, eJoio, ddo outro, olham a paixao de Jesus; os primeitos sublinhando, «sua ligacdo com o ritual da festa judaica, o segundo acen tuando a relacio entre 0 sacrifirin da cordeiro, que ocorria na Vigilia da Péscoa, ea contemporines imolagao de Cristo, cor, deiro de Deus. Existe, porém, uma outra possibilidade, jé projetada na antighidade crista (Didascalig, Epifinio de Salamina, Vitorino de Petau) ¢ recentemente reproposta & atencio dos estudio. 0s, depois das descobertas de Qumea: Cristo e os apéstolos poderiam ter usado nao 0 calenditiojudaico oficial, com base 2 as Piscoas se Junar, que entrou em vigor na époce helenists, ms o antigo ‘alencsis weeuzotal, cot base ela, qu compres Go ‘Genta e duns semanas, com inilo sempre na quarta tera, 0 Gual umbém a Pisce coincidiainvariavelmente com a ar theirs. Tendo presente que 0 dia jadsico comecava teem mara no pOrdovsol, se chegaia& conclusio de que Cristo ce Fa celebeado a cela na primeirs note rergafeta) do da pascal {quarta-fira), segundo o vlho clendario, teria morro na saz fir, cle posal (oogundo on satis) ou vga pascal {Segundo Jodo) do calendrio oficial Nointereao entre tergn, t sextafersfcarin mals facil colocar os vtiosepisSdios dx Capture, dos processo eda paixio de Cristo 4.3. Cronologia absoluta da vida de Cristo ‘Todavia, além dos pfoblemas da cronologia relativaexis- tem os da cronologia absoluta: isto & tratase de atsibuir 2 cada etapa da vida de Cristo uma data, segundo um calendi rio que estabelega anos, meses ¢ dias precisos e até, se possi vel, horas e minutos. Mas as dificuldades que se encontram so consideriveis, is vezes até insuperiveis, ‘A primeira questio refere-se a0 ano ¢ ao dia do nasci- nto de Cristo. A esse respeito, Mateus diz que Jesus nasceu “no tempo do rei Herodes” (Mt2,1), Lucas, que © evento se verificou durante 0 censo realizado “enguanto Quitino era governador da Siria” (Le 2,2). As indicagaes, como se vé, ‘muito vagas, e devem ser completadas com informagbes ofe recidas por outros sucores. Quanto « Herodes, o escritor hebreu Flavio Josefo afirma que ele morreu antes da Pascoa {= 11 de abril) do ano 750 da fundaczo de Roma, Devese deduzi, entio, que 0 nascimento de Jesus, ocorrida muito antes da morte de Herodes, verificou-de necessariamente an tes de 750, e que Dionisio, o Pequeno, estabelecendo © ano do nascimento em 753 da fundagio de Roma, errou em ts anos: Cristo, eto, nasceu ao menos trés anos... antes de Cris eB t0. Pelo menos tés anos, mas provavelmente também nfo mais do que sete anos. De fato, 0 censo a que Lucas se refere deve ter sido, conforme indicam os dados arqueolégicos, 0 sezun do convocado por Augusto, promulgado no ano 746 da fun dagio de Roma, Pode-se concluir, pois, que Jesus nasceu de pois do ano 746 e antes de 750 “ab Ushe condita” Quanto ao dia do nascimento de Cristo, a data de 25 de dezembro (ou 7 de jancr, segundo ocalendri julian, em uso nas Igrejas orientais) nem entra em questao, porque, como se sabe, trata-se de uma data litrgica, introduzida no sée. 1V para substituir as festas pagis do solsticio de inverno. A segunda questio de cronologia absoluta esta ligada ao inicio da vida publica e ao batismo de Jesus, feito por Joao Batista. Também nesse caso, apesar dos detalhes solenemente proclamados por Lucas (Le 3,1-2), a data precisa foge do al cance da pesquisa histérica, porque nao se consegue estabcle- cer qual © critéro usado pelo evangelist ao escrever "no ano décimo quinto do império de Tibério César”, que tanto pode set 2627 ou 28-29 d.C. Como Lucas diz também que Pilaos ji era rocurador da Judéia eo inicio do exercicio desse cargo deve ser colocado entre 0s anos 26-27 d.C,, esta claro que precisa ‘mos nos manter entre os anos 26 e 29, mais provavelmente 27, ou seja, no ano 780 da fundacio de Roma (se as Pascoas dda vida piblica de Jesus foram txés). Quanto a0 dia exato (do cio da vida pablica), aqui também nada se sabe, a ndo ser que deve ter sido antes da Péscoa, pelo que afirma Jo 2,13. (O terceiro e mais importante problema refere-se & data dda sexta-feira da paixo. Como ja dissemos, «festa pascal ju daica ia do pér-do-sol do dia 14 a0 pér-do-sol do dia 13 do més de Nisan, que correspondia a uma parte dos nossos me. ses de margo e abril. Dado que ¢ absolutamente improvivel «que Cristo tenha sido condenado e erueificado na manhi ou na tarde de um dia festivo e tao solene como a Péscoa, ou sea, 15 de Nisan, s6 resta aceitar a data de 14 de Nisan, Ale disso, como pelas pesquisas astronémicas fica claro que no periodo em que Pilatos governou a Judeia, isto é, dos anos 26 “4 236 d.C., apenas em dois anos o dia 14 de Nisan coincidiu om a sexta-feirs, ou seja, nos anos 30 € 33; levando em conta, também, que o ministério pablico de Jesus comecou no ano 27 0428 e durou dois-trée anos, pode-se deduzir que. dia 14 dle Nisan do ano 30 parece a data mais plausivel: ela corres ponde ao dia 7 de abril do nosso calendétio. Podle-se afirmar, por isto, com suficiente seguranga, que Jesus Cristo nasceu entre 0s anos 8 € 4 a.C., comegou a vida ppablica no ano 27 ou 28, e motreu numa sextaceira, no dia 7 He abril do ano 30 dC. Esse quadro eronol6gico essencial da Vida de Jesus pode parecer um tanto pobre, mas é mais do {gue suficiente para situar o Verbo encarnado na histéria dos homens. 4.4. Cristo depois de Cristo sua mensagem e a comunidade primitiva Sobre a existéncia histérica de Jesus Cristo ha, porém, no $6 testermunhos literdrios mas tamnbém arqueolégicos: an tes de tudo, os lugares santos da Palestina, entre os quals Nazar, Belém, Jerusalém e, nesta cidade, sobretudo o Santo Sepulero. ‘Quanto ao Santo Sepulcro, especificamente, as escav: goes realizadas nestes tltimos decénios embaixo da atual Basilica, que remonta a época das Cruzadas, descobriram nao 56 notiveis vestigios da reconsteugio feita pelo imperador Constantino Monémaco (1048), construses do sé. Ie im ponentes vestigios da basilica constantiniana consagrada no ‘ano 335, mas também paredes romanas que devem estar rela ‘ionadas com o recinto sagrado do templo pago construldo no local do Santo Sepulero pelo imperador Adriano, depois do ano 135, ¢ inclusive a terra virgem de cor avermelhada do horto de José de Arimatéia. ‘Mas o que nos resta de Cristo é, sobrenudo, 0 “evange Iho", a “boa nova”, Embora Jesus nao tenha deixado nada por escrito, ni ¢ impossivel, analisando os evangelhos com % PRRARARRRORRRORACOCRRRR DAD RORROOOGE FFE kT STFS EA AN ANSE EEE ENNIS OS ‘0s modernos sistemas filol6gico-iterrios, chegar até ao pen- Samento de Cristo, as vezes As suas proprias expresses, as suse proprias palaveas. Mas, neste ponto, a historia da mensa- gem de Cristo coincide com a histéria da Igreja primitiva e Goma mancia eas creunstinis através ds gun elo pro "Jesus, de ato, havia eriado um vasto grupo de ouvintes, uma verdadeira seqiiela de “pobres”, de “oprimidos” (Mt 11,28), Jesus também fazia refeigGes com eles, e como sentar se ii mesma mesa significava participar da béngio recitada no inicio pelo chefe da mesa, eles participavam da béncio ‘messiinica representada por Cristo. "Essa massa de seguidores passou por uma gravissima cri se quando « mensagem e a obra do “rabi” pareceram contra: Tiadas pelos acontecimentos que se sucederam de 2.7 de abril do ano 30 (783 da fundagio de Roma): entrada triunfal de Je: sus em Jerusalém, prisio, processo diante do sinédrio sob a facusasio de blastémia, condenacio & morte confirmada pelo procurador romano Péncio Pilatos, eruci ‘A partir de 9 de abril, porém, a comur los gradualmente se recompde em torno da nova mensagem da ressurreicio de Cristo ¢ em tomo da nova presenga do “rabi’, até 18 de maio, dia da sua definitiva glorificasto ( censio a0 eéu). Nasce, entdo, a comunidade de Jerusalém, composta, como afirma Lucas em At 1,15, de cento e vinte pessoas; nasce a comunidade cristi primitiva propriamente dita, situada no s6 em Jerusalém mas também em outras lo- calidades da Palestina, pois o Cristo ressuscitado aparece em ‘mais lugares, coma om Ematis (Me 16,19; Le 24,10), nolapo dde Tiberiades (Jo 21,1-22), no monte da Galiléia, que talvez corresponda i-aparicio @’mais de quinhentas pessoas (Mt 128,16-20; Me 16,15-18; 1Cor 15,6). A Tpceja-mie de Jerusalém, dez dias depois, a28 de maio, por ocasiao da festa de Pentecostes, recebe 0 “batismo” no Espirito e praclama publicamente, pela boca de Pedro, a pr6- pia f@. Os diseipulos, que antes haviam reconhecido Jesus 46 r | como profeta, a partic da confisZo de Pedro em Cesaréia Somoatneeeram como uin Messas, depois da ressureisio, Oe ait Measles veizndo, agorso proclamam abertamen {Seto Senor “Kiosk, Av 236% Bsa mesg ‘Eines antes de tudo aos povor da didsporajudaica mas {amfbgm aos sdistantes”, fat 6, 0s pagios (At 239) 'Ness dl, crea de rs ei pstoas se agrepim ao grupo ddos creates (At 21), que gradatvamentechega a cinco el (ara 2 comunidade jerosoimitana, em continuo crescimen to, apnesenta as seyuintesearacteriseas (At 242-47): adesto ‘Pisthsagem de Per edos outros “apéstolos,especilmen UTiae Mloncs comunhio Iraterns través da solidasiedade 1S sehuae mace, Ievada inclusive 4 comunho dos bens, SE Sfao de rligio eucariatica nas eass, em memoria da Sea eta pelo “Senhor” antes da sa paisio;assidaidade SSinias do Templo, Ecscomnidade, por isso, se apre Bests como a realizagao do Tsrelteoceticormessinico des- Eto pelos profetas 4.5.A Tereja apostélica ‘A pactida daquete Jesus, antes reconhecido como * sig? Ce eagoie prlamao tambo "Senhor” 0 Deas, pe em eden a foi © @ apa daa foment duc passam a ser chamados “apéstolos™ Eneles, em Terentemun, que a comunidade de Jerasaléin c todas a8 ‘Sots comunieades que va0 se formando fundam a propria 4 "A fungao do “apéstolo” (palavra tirada do grego popd- las, que significa "enviado", “embaixador") corresponde a dos ‘assim chamados “enviados oficiais", tio conhecida no mun: do greco-romano e no judaico. Na concepsic neoresta- "Ct Ar 29:0 deans corenpndets dee sg do inn a a, porém, 0 apostlado, sm designificar uma perpe tua da reseed Jos, Casto e Senor conta tm lidade, de origem sobrenavuralt ae ‘Oeaisma apostdico, porém, jt durante a vida trrena de Cristo desencave se em dimensoes em aives dierent Da multidio heterogénea dagueles que ouvem segucmn Je sus sto tomados os “doze” apdstolos (Me 313-15; Le 6,12. 13) e os setentae dois (ou setent)disefpuios (Le 10,12) cnviados pelo proprio Cato em misao is regi da Past diam sempre os mesmos quatro personagens, com urn mesmo cabreja do grupo (Pedro, Flip, Tago de Alf) cistingacn $e Simao eos dois irmaos Joo e Tiago, chamadeos a testemu nhar alguns des peincipaisepisddios da vida de Cent. Mas sobressi a todos Simao, que recebeu do proprio Cristo aa unha de "Cela", ou sea, spedea (dal, Beto), eo! eoloc. do como chefe do grupo apestlicoe fundamento da Igtels rascete (ef, Me 16,1819; Le 2232, Jo2113-17) © catisma apetdlico transforma se ass, gradualmen ‘e,em insiugio propeamente dita, Enquanto fico, taidor Judas €substtatco por um dos discipules, Matias, ue dase todo passa a fazer arte dos "doze" estes, agora Se quail cam perante todos porque tm a possibliade de tetemie nha espe didn Crt, do batsmo acess, ¢ porque form objeto dena precisa esclha por parte de Deus (cf. At 1,15-26). = meee Re Baseandose nstes dos crits (escola divina e visio do Cristo ressuscitada),ofarseu converide Saul, chase 4o tambem de Paulo, pode proclamar ecxgi set considers do *apéstolo", tal como os outros “done” (cl ICor9,1), em featerna colaboragio com Pedro na divisio do trabalho mis 1 1016 Quer ces mince a ot deri dee. ‘Cte i sl Paley 1a." de mim eeu no munca o ean 48 sionério (cf. G12,7-9). Pedro ¢ Paulo adquirem, assim, o mi imo destaque na saga da Ipreja primitiva, omando-se 0s protagonistas do liveo dos Atos, talvex do pedprio Ape Calipse, sob a imagem misterioss das “das testemunnas” (Ap 11D) Os “doze” eos demais apéstolos eumprem sua missio de “testemunhas em Jerusalém, em toda Judéia c Samaria, e até os confins do mundo” (At 1,8), expallando-se por todo im pério romano e pelas rides préximas, Como relat of a9- tigos cronstas ehistoriadores cristos (que completam as pou tas noticias existentes no Novo Testamento), Pedro ¢ Paulo percorzem o Oriente © 0 Ocidente, chegando o primero in Clusive a Roma e, 0 segundo, talvee a Espanhe; moreem am box, entre 64 ¢ 67, na capital do Império, Aj, enterrados em dduas modestissimas sepulcuras, em cemitérios pagios que as ppesquisas arqueologicas troueram 3 plena liz, passam ser hromenageados, pot volts da.ano 200, com pequenos mont: zientos funeririos¢, na época de Constantin, com das ver adeicas baslicas ‘Tiago de Zebedeu, flho de Joao, e Tiago de Alfeu (este Likime provavelmente diferente de Tiago o Justo, parente de Jesus e chele da comunidade judeu-crista de Jerusalém) pre gam sobretudo na Palestina, junto com 0 apéstolo Matis ‘André, rma de Pedro, evangeliza de mancita especial as sides do mar Negro (e, pot iso, esti na origem do patriarca do de Bizincio.Constantinopla); Filipe, as da Asia Menor, Barrolomeu, « Arménia c a Pérsia; Judas Tadeu, a Siriac 4 -Mesopotimia; Simao, a Africa setentrional Mateus, a Xp “Tomé. India Joao, a reves em torno de Efesn ‘Gs testemunhos, tanto iteratios quanto arqucolSgicos, referentes& atividade desses apéstolos, nio apresentam, po ‘am, a mesma confiabilidade dos reativos « Pedro.e Paulo, & ‘excegio, talvez, de JoZo, cuja meméria em Efeso est ligada também a de Maria, mae do Senhior. Outros numerosos apéstolos © evangelistas, como Bar nabé, Marcos e Lucas, jntam-se aos “doze” ea Paulo, ajuda 49 CTL ULUULUC UL CLL ELT ATVVATAT tt } see e eS ER US ANAROERRAR NA AIOS dos, por sua vez, pela obra dos disiconos e diaconisas, profe- tas € doutores, de colaboradores vatiados (ef. 1Cor 12,29, Fl 4,233), e substituidos gradativamente por presbiteros, bispos € outros ches das comunidades criss, no curso dos dois primeiros séculos 4.6. Oambiente da atividade apostolica Nascendo na Palestina, a mensagem evangélica © @ dade apostélica tém que se confrontar com tés ambientes cstritamente ligados entre si, mesmo onde estio em concor- réncia ou em contlito: o ambiente judaico-palestinense pro ppriamente dito; 0 judaico-helenista, que mestno na "didspora” Bravita em torno de Jerusalém, encontrando-se e, is vezes, conflitando com os judeus autéctones; © 0 pagio (ou “ti co, "gentilico”), representado sobretudo pelos comercian: te Sldadosromancs mas também plas populagdes sees ‘A Palestina, por outro lado, &s6 uma pequena porsio de uum conjunto bem mais vasto, isto é, 0 império romano, for- mado is vezes em condigées inesperadas, recolhiendo a he ranga dos etruscos, itdicos e italiotas da Magna Grécia, supe- tando o imperialismo comercial cartaginés, vencendo ¢ asi: milando as varias monarquias helenistas do Mediterrineo ‘orientale, enfim, levando as conquistas para o Noroeste, i ‘¢4 Britinia, para 0 Nordeste, ao Reno ¢ a Dansbio, © Sudoeste, até 3s montanhas de Atlas, e para o Sudeste, 3s fcontciras do reino dos partos. Desde o ana 63.4 — isto é, da época das conquistas orientais de Pompeu —a Pa lestina encontra-se, diteta ou indiretamente, sob © domi Esse império, que no primeiro decénio da era vulgar ‘media cerea de quatro milhes de quilémetros quadrados e ‘compreendia de setenta aoitenta milhdes de habitantes, apoia «propria economia essencialmente na agricultura, no artesa- 30 [ me ge mone a elem tera ne ae some Clo et Beever cee es eae ‘isis atte oe ae sean ana a Sates podkben antes detado,o de somendantechefedoexe ae ea age cea outers ta amy cigates Iocan fevered cerns ee ae Sn rae ie enki corn A Pc oe Hc re a eee mi tre peta cere a orn Be ee fee ee ‘etc a ee cee eon seater ines seein et Spe tear Sa ae or oe ees ou eo lee Pc ee ae seg ich ones ei ear ciieedeimgenemin potter ore a [A primeira supde-se preconceituosamente hostl ao cristianis. mo, como a qualquer movimento cultural ou religioso no tstttamente romano :itilico; segunda, ao conttsrio, procura sincretismo e nto se opie por isso a0 cristianismo, podendo lité mesmo favorecé-lo. De fato, as duas tendéncias sio condi jonadas pelas eitcunstancias e pela personalidade dos impe: adores, que nem sempre demonstram possuir uma visio or ginica da situagio. 'No periodo que vai do primeiro triunvirato a morte de Domiciano, isto €, do ano 60 a.C. ao ano 96 d.C., colocam’se cm movimento 0: fatores que, entre muitas vicissitudes, le ‘vam ao equilibrio tipico do século dos Antoninos (de Nerva a Marco Autélio, 96-180), 0 século de ouro do império roma- nou Ni eonjntur de César « Domino ii pera => tessa dimensio estrutural que vem de longe ¢ iré, apesar de tudo, muito longe— realiza uma decisiva caminhada: acumu- lam-se e perdem se enormes riquezas, através das guecrras © cde um ripido intercémbio social, que colocam em agio uma Variedade de fermentos econémicos, politicos, culturais, ar Tisticos, religiosos. Um desses fermentos, o mais importante fnio tanto do ponto de vista dos tempos breves ou médios, © sim na perspectiva dos tempos longos (estruturais), & justa mente a nova fé proclamada pelos apéstolos. 4.7. Judewcristaos, heleno-cristios e étnico-cristdos ‘lingua cultura consituer, desde oni o pained ro elemento de dstingio no interior da comunidade dos no fos centes, mesmo som levar a uma divsio propeiamente dite, Deum ldo, or dew crston he os erentes den gut hebraica ou aamaica; de outro, os figs judcus de lin fs grepa- Os udew-ctistios so tolerados peas autorida Ses dc Jerusalém, embora Pedco ¢ 0s outros apéstlos t<- nu sft dss prises squids (At 41-3; 5,17). Mas {ambém os judeu-ctistos, a certs altura, 5 atingidos por 52 ma perseguisfo, no ano 44, desencadeads por Herodes Fon ree pro ea decapitagie de Tage de Zebedeu, arian com a prio de Pedro (cf At 121-2) De iro te Joo fl peradocaastado de eral, 2 com- Poi ae versione confiada a Tiago, “imo do Se Mion (Ar 12.47; Gl 119), a Canton, a mensagem de Cristo €entendida evi vide a Sor aa ildamente, segundo a mentalidade do vida cade oe cainense de ip faiaicombinico iva La ar lugares sngrasos Gobretudo o Templo): aon ee jes capressa nas categoras da angelologia€ eo ota io efamasos; uma exo co tmunitaria do tipo patiarcal ira Jo te ira versio da mensagem crs o jue cristonio dtodono, ue se espalha nao +6 pela Judea © ce, as tmbeiela Samaria, por wats do 20037, Fe aa ra cedo « Roma, pots na capital do impéri a Sara te rumeres, vive, expetada, mantendo rel ca com a Palestina. A propagagto pela capt gies fresno durante ox aos 4, dado que oimper deve er tporvola do ano 49, toma medians contr 0s ot Clie ete esata em Bran por causa de et indeus rome day (et. SuetOnio, Vides dos Césares, Cléw dio 3-4) 7338, porém,voltam a ser numerosos na capital do oer ea as fieeaseacencertamente oF Prime ae ier tdorer dos apéstalos que chegaram a Rome Fo colboraert final do teinado de Claudio ov no incio Peso le eg on anos 53.6 34 Paulo, mate tarde, em a ‘Ao mesmo tempo, vem se firmando, junto com o judew cristimiango, a tendencia heleno-cristl, Judcus de lingua gre: gne prosélitos provenientes da didspora constituem, desde Bae Pio. um grupo A parte, manifestando uma desconcer Sante (para of judeu-ctistios) liberdade de espfrito em rela {ho Adel mosaica eao Templo e sublinhando as eriticas que o PELALLAULECEEECELCOLTLLLALVALLAL IER Fe k ke ee eR ESA AANSE EERE SD SS553 | Brio Jeu hava eto ao legalime eo uals exage- Esse grupo ¢ entregue a uma instituicio nova, associada aos “doze: instituicao dos “sete” (que no corresponde & ‘ordem sagrada do diaconato, que se delineou depois) (ef. At 6,1-6). Justamente a pregacio e a obra dos “sete”, sobretudo ade Estévao e seu discurso perante 0 Sinédrio (ef. At7,2-53, ‘que & 0 documento mais importante do pensamento heleno- arretam para os judeu-helenos de Jerusalém uma persequicio no ano 35 ou 36, e Estévio é apedrejado, sob Acusagio de blasfémia (cf. At 6,8-8,1). Expulsos de Jerusa lm, eles se dispersam para o setentrio, até Antioquia da Siti, ampliando a pregacio da mensagem cristi e dando vida a uma iniciativa missionsria na Samaria (ef. At 8,4-40), em Damasco (cf. At9,10: Ananias, cristo de Damasco), na Fenicia (Ae 1119) em Chipre bid) (3s heleno-

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