You are on page 1of 32
SUPREMO CONSELHO DO BRASIL Fundado por Franciseo G2 Acaiaba de Montezuma PARA O RITO ESCOCES ANTIGO E AGEITO _ Visconde de Jequitinhonha em 12 de novembro de 1832. EXPEDIENTE O GRAAL Conselho Editorial: Impressao: JOAO FERREIRA DURAO Grafica Santa Terezinha Informative Cultural do Fone: (061) 336-1777 ‘Supremo Conselho do RAIMUE EE MOS: hee a i eres i CLAUDIO R. BUONO FERREIRA Fax: (061) 3 JOSE CASTELLANI regen: 5. Soberano Grande ANTONIO CARLOS B. RAMOS 7070 exemplares: Sheen ERAMOSPENEDO _“impade Sie Crstovio, NEY COELHO SOARES —_ OSE RAI 114 - Rio de Janeiro - RJ BEJAMIM A.L. COSTAJUNIOR akg FONES: (021) 580-4647 Diretor do informativo: CARLOS ANTONIO. LUISA. SANTOS BASTOS 589.8971 - 589-8773 PITOMBO JOSE EDMILSON A. PEIXOTO (Jomalistas Responsaveis) FAX: (021) 589-4022 F ———E “gina 1 - ANO 1 - 1 ® Qe \ dezembro - 1998 Oditorial. © Supremo Conselho do Brasil para o Rito Escocés Antigo e Aceito, que tem sede na Cidade do Rio de Janeiro, rege-se, doutrinariamente, com bases nas Grandes Constituiges de 1786 @ os Regulamentos Gerais de 1762; fundamentando-se na hierarquia de 33 graus, conforme estabelece 0 seu vigente Estatuto (Decreto n° 200, de 20 de agosto de 1986). Como Oficina-Chete do Rito, a execugao administrativa de suas disposig6es estatutarias. por outro lado, esté disciplinada no “Regulamento Geral para os Orgaos e Corpos Subordinados”, aprovado em 20 de agosto de 1988, ‘© qual substituiu 0 antigo “Compéndio Normativo”. A estruturacao do Supremo Conselho do Brasil para 0 Rilo Escocés Antigo ¢ Aceito; esta alicergada nos seus Orgaos e Corpos em atividade no tertitério nacional, constituidos: Pelos Orgaos; As Delegacias Litirgicas, Os Colégios dos Grandes Inspetores Gerais e Colégios dos Cavaleiros Rosa-Cruzes. Pelos Corpos das Oficinas Litirgicas; Lojas de Perfeicao, Sublimes Capitulos, Conselhos filoséficos de Kadosch © Consistérios. As delegacias Litargicas tém atribuigdes especiais de representagao do Supremo Conselho do Brasil para 0 Rito Escocés Antigo Aceito, na area territorial de sua jurisdicao, @ o Delegado Litargico, deve ser um Grande Inspetor Geral, escolhido e nomeado pelo Soberano Grande Comendador; para lum periodo administrativo de trés anos; podendo ser reconduzido. No exercicio de suas funedes, 0 Delegadbo Litirgico membro nato dos Orgaos e Corpos Filoséficas do Rito Escocés na jurisdi¢ao de sua Delegacia, competindo-Ihe: Orientar ¢ fiscalizar Orgaos e Corpos Filoséficos, no campo litirgico e doutrinario. Atualmente, 0 Supremo Conselho do Brasil, tem 45 Orgéios: 33 Delegacias Litirgicas @ 12 Colégios dos Grandes Inspetores Gerais; sediados nas regiées mais desenvolvidas de cada Estado de nossa Reptblica Federativa, em que se acham funcionando plenamente; e também com 821 Corpos Filoséficos: 852 Lojas de Perfeicéo, 311 Capitulos Rosa-Cruzes, 98 Conselhos Filoséficos de Kadosch e 60 Consistérios de Principes do Real Segredo; totalizando mais de 27.000, Obreiros cadastrados no Supremo Conselho do Brasil para 0 Rito Escocés Antigo e Aceito. © SUPREMO CONSELHO DO BRASIL PARA 0 RITO ESCOCES ANTIGO E ACEITO, em harménica unido com o GRANDE ORIENTE DO BRASIL, cujo universo de obreiros ¢ superior a 80% de magons do RITO ESCOCES, vem cumprindo de forma inexordvel os preceitos da verdadeira Maconaria. Para 0 atrio do terceiro milénio, com 0 tespaldo honroso do reconhecimento formal da maioria das instituigdes magénicas do Globo, e cada vez mais estendendo seus dominios pelas regides mais distantes de nosso pais, por meio do trabalho digno e eficiente de seus Delegados Litirgicos & Diretores dos Orgaos e Corpos de sua jurisdicao, nosso Supremo Conselho do Brasil para 0 Rito Escocés Antigo ¢ Aceito, a difundir os objetivos salutares da doutrina e estudo do Rito Escocés, do cultivo da Fratemidade, da obediéncia a lei e a praitica da Justi¢a, do amor & Patria, do labor incessante em prol da Ordem Magénica, ¢ da permanente pregagao da esperanga de solidariedade entre os povos de todas as partes do Mundo. is Cita Toa INFORMACOES DO SUPREMO CONSELHO DO BRASIL: SUPREMO CONSELHO DO BRASIL PARA O R.'. E.'. As. A... © Supremo Conselho do Brasil para 0 Rito Escocés Antigo e Aceito é a Oficina- Chefe do Rito, com ascendéncia litargica, administrativa e disciplinar sobre os Orgaos e Corpos que Ihe sao subordinados. SAO CARGOS DO SUPREMO CONSELHO DO BRASIL: 1 - Soberano Grande Comendador 2 - Lugar-Tenente Comendador 3 - Grande Chanceler 4 - Grande Ministro de Estado 5 - Grande Secretario de Administragao 6 - Grande Secretdrio de Finangas 7 - Grande Secretario de Relacdes Exteriores 8 - Grande Secretario de Cultura e Comunicagao 9 - Grande Mestre de Ceriménias 10 - Grande Hospitaleiro 11 - Grande Capitao das Guardas 12 - Grande Porta-Estandarte 13 - Grande Arquiteto 14 - Grande Cobridor 15 - Grande Mestre de Harmonia 16 - Grande Porta-Espada 17 - Grande Porta-Bandeira Nacional 18 - Grande Porta-Pavilhao do Supremo Conselho do Brasil. ‘Além dos cargos referidos, poderao ser instituidas Comissdes integradas por Soberanos Grandes Inspetores Gerais; sendo obrigatérias as seguintes: 1) Comissao de Graus 2) Comissao de Legislagao e Justica 3) Comissao de Finangas 4) Comissao de Solidariedade e Beneficéncia 5) Comissao de Liturgia e Ritualistica. Pagina 3 - ANO 1 — 0 GR&AN | —=— ees 1 MEMBROS EFETIVOS DO SUPREMO CONSELHO DO BRASIL PARA O RITO ESCOCES ANTIGO E ACEITO 01 - Ney Coelho Soares* 02 - Joao Ferreira Duro* 03 - José Ramos Penedo* 04 - Raimundo Ramos* 05 - Benjamim de Araujo Lopes da Costa Jinior* 06 - Arlindo de Jesus Rodrigues Pereira Alves* 07 - Cléuido Roque Buono Ferreira* 08 - José Castellani* 09 - Antonio Carlos Barbosa Ramos" 10 - Laurentino Quintéo Souza 11 - Manoel de Moura Barros 12- Ary Azevedo de Moraes 13 - Nilson dos Reis Leitao 14 - Clemildes de Oliveira Santana 15 - Moacyr José Gongalves 16 - Sylvio Cola 17 - Silvio Rubini 18 - Dimei Flagelo Sodré 19 - Euler Souza Novaes 20 - Alvaro Francisco Canastra 21 - Olavo de Oliveira 22 - Fares de Moura Silveira 23 - José Lopes Castello Branco 24.- Nivaldo Combat 25 - Bruno De Bonis 26 - Takeo Siosaki 27 - Jo&o Luiz Torres Neto 28 - Fernando Tullio Colacioppo Junior 29 - David Caparelli os nomes seguidos de * constituem 0 Sacro Colégio. rae) CRN, sere ADMINISTRACAO: SACRO COLEGIO 0 Sacro Colégio ou Santo Império constitui a Administragéo do Supremo Conselho do Brasil. Asalividades do Supremo Conselho do Brasil e do Sacro Colégio, bem como as atribuigdes de seus membros, sao as previstas no Estatuto no Regimento Intemo do Supremo Conselho do Brasil ‘A Administracéio do Supremo Conselho do Brasil, denominada SACRO COLEGIO OU SANTO IMPERIO, so exercida pelos titulares dos seguintes cargos: Soberano Grande Comendador NEY COELHO SOARES Lugar-Tenente Comendador JOAO FERREIRA DURAO Grande Chanceler JOSE RAMOS PENEDO Grande Ministro de Estado RAIMUNDO RAMOS Grande Secretatio de Administragao BENJAMIM DE ARAUJO LOPES DA COSTA JUNIOR: Grande Secretario de Finangas ARLINDO JESUS RODRIGUES PEREIRA ALVES Grande Secretario de Relagoes Exteriores CLAUDIO ROQUE BUONO FERREIRA Grande Secretario de Cultura e Comunicagao JOSE CASTELLANI Grande Mestre de Ceriménias ANTONIO CARLOS BARBOSA RAMOS Pagina 5 - ANO 1-1 DELEGACIAS LITURGICAS DO SUPREMO CONSELHO DO BRASIL PARA O RITO ESCOCES ANTIGO E ACEITO UF DELEGACIAS LITURGICAS: DELEGADOS: AC 05.1 - Acre Antonio de Souza Brito AL 13.1 - Alagoas Porfirio Rodrigues Camara AM | 03.1 - Amazonas Takeo Siosaki AP | 01.2 - Amapa ‘Osmar Gongalves Castro BA 15.1 - Bahia Abel Zacarias da Cunha CE | 09.1 - Ceara Oziel Da Costa Albuquerque CE 09.2 - Sobral Francisco Nazion Torquato Silva DF 24.1 - Distrito Federal Joao de Morais Silva ES 17.1 - Espirito Santo Sylvio Cola GO | 25.1 - Golds Joao Luiz Torres Neto MA | 07.1 - Maranhao José Ribamar M. Torres de Paula MG | 16.1 - Belo Horizonte Manoel de Moura Barros MG | 16.3 - Gov. Valadares Luiz Gonzaga Madalon MG [16.4 - Manhagu Franklin de Souza MG | 16.5 - Pouso Alegre Clemildes de Oliveira Sant'anna. MG | 16.6 - Uberaba Sillas Scussel MS | 27.1 - Campo Grande Cid Antunes da Costa MS | 27.2 - Corumba Osman Antunes da Costa MT | 26.1 - Mato Grosso Wilson Eustaquio Bregunci PA 04.1 - Para Raimundo Alves Pereira PB 11.1 - Paraiba Francisco Nunes de Almeida. PE 12.1 _- Pernambuco Paulino Dantas Pi_| 08.1 - Piauf ‘Antonio de Aratjo Pessoa PR | 20.1 - Parana (S) Manoel Pedro de Araujo Santos PR 20.2 - Parana (N) Joao Batista ira RN 10.1 - Rio G. do Norte José Miguel Fernandes Filho RO | 06.1 - Rondénia Raimundo Rodrigues Guimaraes RR | 01.1 - Roraima Alquelino de Souza Cunha RS | 221 - Porto Alegre Jorge Colombo Borges SC_| 21.1 - Santa Catarina Sérgio Bopré SE | 14.1 - Sergipe Adilio Aboim César SP 19.1 - Sao Paulo Emilio Sanchez Dimitroff Pagina 6 - ANO 1 - ORITO ESCOCES ANTIGO E ACEITO RELAGAO DOS 33 GRAUS De acordo com o Estatuto do Supremo Conselho do Brasil para o Rito Escocés Antigo e = 1° Grau ~ Aprendiz - Magom 2° Grau —Companheiro - Magom. ‘3° Grau — Mestre - Magom 1* Série - Graus de Perfeigao ou Inefaveis 4°Grau — Mestre Secreto 5°Grau — Mestre Perteito 6°Grau — Secretario intimo 7Grau — Preboste e Juiz 8° Grau — Intendente dos Edificios $°Grau — Mestre Eleito dos Nove 10° Grau ~ Mestre Eleito dos Quinze 41° Grau — Sublime Cavaleiro Eleito dos Doze ou Eleito Chefe de Tribo 12° Grau — Grao-Mestre Arquiteto 18° Grau ~ Cavaleiro do Real Arco 14° Grau — Grande Eleito ou Perteito e Sublime Magon 2? Série ~ Graus Histéricos e Religiosos 15° Grau — Cavaleiro do Oriente 16* Grau — Principe de Jerusalém 17° Grau ~ Cavaleiro do Oriente e do Ocidente 18° Grau — Cavaleiro Rosa-Cruz ou Cavaleiro da Aguia Branca e do Pelicano O GRRL ‘dezembro - 1998 3? Série ~ Graus Filosdficos 19°Grau — 20°Grau — 21° Grau — 22°Grau — 23° Grau — 24° Grau — 25°Grau — 26°Grau — 27°Grau — 28°Grau — 29°Grau — 30° Grau — Grande Pontifice ou Sublime Escocés. Soberano Principe da Magonaria ou Mestre Ad Vitam, Patriarca Noaquita ou Cavaleiro Prussiano Principe do Libano ou Cavaleiro do Real Machado Chefe do Tabemédculo Principe do Tabernaculo Cavaleiro da Serpente de Bronze Principe da Mercé ou Escocés Teinitério Grande Comendador do Templo Cavaleiro do Sol ou Principe Adepto Grande Cavaleiro Escocés de Santo ‘André ou Patriarca das Cruzadas Cavaleiro Kadosch ou Cavaleiro da Aguia Branca e Negra 4? Série— Graus Administrativos 312Grau — 32°Grau — 33° Grau Grande Inspetor Comendador Sublime Principe do Real Segredo Grande Inspetor Geral Inquisidor Pagina 7-ANO 1-1 ALTERACA FILOSOFICOS _ © Soberano Grande Comendador do ‘Supremo Conselho do Brasil para 0 Rito Escocés Antigo @ Aceito, no uso de suas atribuigdes e de acordo com a resolugéo do Supremo Conselho. RESOLVE: De acordo com os Decretos N° 534 © 535 Em 17 de setembro de 1998 Art. 12 - Os Artigos 68, 69 e 74 do Regulamento Geral para os Orgaos e Corpos ‘Subordinados passam a ter a seguinte redacao: "Art. 68 - sero conferidos pelas Oficinas Litirgicas, com todas as formatidades do Rito, 08 seguintes graus da hierarquia escocesa: 4, 7, 9, 10, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 22, 29, 30, 31, 32033 "Art. 69- Os Graus 5, 6, 8, 1, 12, 13, 20, 21, 23, 24, 25, 26, 27 @ 28 sao considerados intermediérios e concedidos pelas respectivas Oficinas, em sessao de instrugéo obrigatoria realizada em Camara referente ao grau iniciatico anterior”. "Art, 74 - Para as elevagées de graus Iniciticos serdo observados os seguintes —0 GRE“ dezembro - 1998 INTERTISCIOS MINIMOS : Dograu 3a0 4 — - seis meses Dograu 4a0 7 - seis meses Dograu 7a0 9 - seis meses Dograu 92010 - seis meses Dograu10a014 —- seis meses Do grau 14015 - nove meses Do grau15a0 16 - seis meses Do grau 16a0 17 - seis meses Do grau 17018 - seis meses Dograu18a0 19 - nove meses Dograu 19.4022 — - seis meses Do grau 22.2029 - seis meses Do grau 29.4030 - seis meses Do grau 30.4031 — - doze meses Dograu31a032 — - dozemeses Do grau 32033 - vinte e quatro meses. Art 2®- As normas de que trata este decreto entrardo em vigor a partir de 2 de abril de 1989, devendo as oficinas litirgicas tomarem as providéncias necessarias para seu cumprimento, As novas alteragées Regulamentares, com a passagem dos Graus 7, |6¢17 aserem Graus iniciéticos; visando ao obreiro mais estudo para atentar sobre os objetivos salutares da Doutrina do Rito EscocésAntigo @ Aceito; mostrando um perpétuo resnancer, que 6 a caracteristica iniciética da Ordem. Pagina 8- ANO 1-1 OG2XN— ‘dezembro - 1998 TRABALHOS: AJOIA DO MESTRE SECRETO. Consagrado ao siléncio do sabio e a discrigao do bom obreito, o grau de Mestre Secreto tem por JOIA uma CHAVE DE MARFIM, emblema do sigilo, na extremidade da qual esta a letra "2", inicial da palavra de passe. Este simbolo pretende relembrar 0s propésitos e as finalidades do grau, achando-se ainda ligado a esta JOIA extenso simbolismo, somente descortinado 4 medida que se estudam os varios elementos que a compéem. Mas este simbolismo sé pode ser compreendido recorrendo-se & CABALA. Geralmente criados e estruturados durante 0 século XVIII por adeptos das ciéncias ocultas em sua maioria, cabalistas hermetistas, os graus inefaveis acham-se totalmente impregnados de um simbolismo e de um misticismo intimamente ligados & CABALA Examinaremos separadamente cada um dos elementos componentes da CHAVE DE MARFIM, para em seguida procurarmos encontrar-Ihe uma interpretagao adequada. ‘Na antiglidade, a CHAVE era considerada como o simbolo do siléncio e da circunspeccao. E @ razo por que, nos mistérios de ELEUSIS, 0 hierofante colocava sobre a lingua dos iniciados uma CHAVE de ouro, como a lembrar-Ihes que se apalavra é de prata, o silencio é de ouro. A propria palavra “MISTERIO” significa algo oculto e secreto. O professor BATEM, ao tratar dos Iistérios eleusinos, expressa-se desta forma: “A palavra "MYSTERIUM" devia portanto designar, tia linguagem religiosa, alguma coisa de .reparado, de secreto, de oculto de que nao era licito falar. Souberam, alids, agir para conseguir esta discricao. E bem verdade que nao era exigido dos iniciados_nenhum juramento particular de nao revelar nada daquilo que thes era dado vere entender... mas punigées severas eram decretadas contra os tagarelas; banimento, confisco de bens, a prépria morte e a proibicao de enterrar o delinquente em seu pais Natal’. ‘As préprias sacerdotisas de Ceres, em Eléusis, usavam uma CHAVE como insignia de ‘Seu mistico oficio e, nos mistérios de Isis, a CHAVE representava a abertura ou a revelagéo do coragao e da consciéncia, no reino da morte, para que fossem submetidos ao Juizo final. Em todos os tempos, aliés, as chaves foram simbolo do poder e da predominancia. O PORTA-CHAVES, entre os Gregos, era o titulo de um cargo elevado. Entre os Romanos, no dia do casamento, eram entregues a noiva, as chaves da casa, indicando assim a autoridade do mando que Ihe era conferida; mas, por ocasiao do divércio, estas chaves eram-Ihe retiradas como simbolo da privagao desse direito. As CHAVES, entre os hebreus, eram usadas no mesmo sentido. No catolicismo, porém, as chaves s4o os atributos do PAPADO, e Sao Pedro, considerado como 0 primeiro PAPA, e sempre representado, na iconogratia, portando duas chaves, simbolos do poder temporal e do poder espiritual rey OMARFIM 6 a substéncia que constitui a massa do dente tanto do homem como de todos ‘0s mamiferos, sendo também, a matéria compacta branca e dura que forma os dentes do elefante & de certos animais como o hipopstamo e outros. De acordo com J. Boucher, o MARFIM simboliza a pureza, mas também o poder. Muitas vezes, este material era empregado ao mesmo tempo Pagina 9 - ANO 1 - que 0 ouro, fazendo-se trabalhos que eram denominados criselefantinos. Assim, 0 trono do Rei Salomao era feito de ouro e de marfim representava o poder material e o poder espiritual Nos paises orientais, o MARFIM era também o emblema da Sabedoria, pelo que Magister escreve’ “O MARFIM 6, pois, em todas as tradigoes orientais, um dos emblemas da propria ‘Sabedoria. Além de relacionar-se com o elefante, considerado 0 simbolo da inteligéncia, é um dos materiais usados de preferénoia na confegao de reliquias € de objetos de veneragao". ACHAVE COMO SiMBOLO MACO! Achave tem sido sempre um dos simbolos mais importantes da Maconaria, e desde o século XVIII os rituais faziam alusdo a uma CHAVE destinada a guarda os segredos da Instituigao. Assim, no Ritual do Grau de Mestre do Rito ‘Adonhiramita, segundo a "F RANC-MACONNERIE ADONHIRAMITE”, publicado em 1.782, existe um dialogo em que o Mestre responde ao Veneravel, dizendo-Ihe que oculta no coracdo, os segredos que lhe foram confiados, guardando um uma caixa de coral, a CHAVE DE MARFIM que a abre e fecha. Explica um comentario que a CHAVE 6 a lingua obediente & Razdo, que fala bem na presenga, como na auséncia daquele de quem fala. Em Mackey, tanto no grau de Real Arco do Rito de York, como no de Mestre Secreto do Rito Escocés, a CHAVE é um simbolo de segredo. E referindo-se as Lojas Alemas, o mesmo autor acrescenta: “Em muttas Lojas Alemés, uma CHAVE DE ‘MARFIM faz parte da indumentaria magénica de ‘cada irméo, para lembrar-Ihe que devera encerrar ou ccultar 0 segredos da Magonaria em seu coragao” = 1998 E no mesmo sentido que a CHAVE DE MARFIM se acha ligada ao Sinal de Siléncio, no grau de Mestre Secreto. E através do silencio, que 0 iniciado exerce um dominio total sobra as palavras, e desta forma, pode dedicar-se & meditacao ea reflexdo silenciosa, que Ihe abrem as portas do progresso. O homem, que muito fala ndo reflete. E, por consequéncia, imprudente. Aquele que se acostuma a meditar busca naturalmente o siléncio e 0 isolamento. O dominio do pensamento comega pelo dominio de si mesmo, entao, a verdade e a virtude dificilmente ‘acompanham ao homem de muitas palavras, dai porque devemos aprender a calar para podermos aprender a pensar (Makey). ALETRA Aletra"Z”, que se encontra esorita sobre a CHAVE DE MARFIM, éa primeira letra da Palavra de Passe. Mas 6, sem duvida alguma, a letra hebraica ZAIN, cuja forma é a de um MALHETE ouade um sete e que, precisamente, tem o valor numérico de sete. Segundo Magister, a letra ZAIN, ‘em sua forma hebraica, tem o significado de sua primeira letra, ou seja dente, ¢ isto, diz ele “Mostra uma curiosa analogia com o material de que se compoe a mistica chave que permite o ingresso ao Santudirio. E 0 proprio dente tem sido venerado como emblema da Sabedoria.” Pagina 10 - ANO 1-1 INTERPRETACAO DA JOIA Eee A CHAVE DE MARFIM, se mantém como simbolo do siléncio da circunspeceao, do poder e da predominancia, da prudéncia e da discrigao, ‘qualidades a serem desenvolvidas ou conquistadas pelo Mestre Secreto. Conclui-se entdo, que 0 siléncio leva & meditagao e esta a pensamentos retos; por isto, o homem que pensa e raciocina é prudente, discreto e circunspecto, conseguindo assim, predominancia e poder sobre 0s seus semelhantes, logo, pela pratica desta estrita disciplina (Siléncio, segredo e prudéncia) entende © Mestre Secreto, gravitar para o conhecimento, para a Palavra Perdida. E a ligdo de Hermes ao seu filho TAT; “O meu filho, a sabedoria ideal esta no siléncio e a verdadeira INTERPRETACAO DA JOIA )O MESTRE SECRET! ACHAVE DE MARFIM, se mantém como ‘simbolo do siléncio da circunspeceao, do poder e da predominancia, da prudéncia e da discrigéo, qualidades a serem desenvolvidas ou conquistadas pelo Mestre Secreto. Conclui-se entéo, que 0 siléncio leva & meditacdo e esta a pensamentos retos; por isto, o homem que pensa e raciocina prudente, discreto e circunspecto, conseguindo assim, predominancia e poder sobre os seus semelhantes, logo, pela pratica desta estrita disciplina (Siléncio, segredo e prudéncia) entende 0 Mestre Secreto, gravitar para o conhecimento, para a Palavra Perdida. E a ligdo de Hermes ao seu filho TAT, “O meu filho, a sabedoria ideal esta nosiléncio e a verdadeira semente 6 0 verdadeiro bem’. O@G2X— dezembro - 1998 Todas as iniciagdes proclamam este preceito fundamental. O ensinamento iniciético, dé- se € recebe-se no siléncio de todo o ser, langa os ‘seus fundamentos na meditacao, e leva os seus frutos nas obras mais secretas do espirito apaziguado. O Mestre Secreto aspira a elevar-se acima da superficie da terra e a penetrarnas altas regides do conhecimento, a procura da verdade da Palavra Perdida. Mas choca-se a esta aparente quadratura filoséfica pela qual a verdade absoluta reside na nuvem do incognoscivel sobre um cume inacessivel. O Ritual mostra-the, nao obstante, que ele detém a CHAVE deste mistério. A CHAVE DE MARFIM lembra que somente através da pureza the seré possivel alcangar a Sabedoria, e por ela © poder, néo somente sobre si mesmo, mas também sobre os outros. Ela representa a compreensao iluminada que o Mestre pode realizar dentro do seu préprio coracdo, entre o Esquadro do Juizo e 0 Compasso da Razéo, ou melhor, a perfeita compreensao da vida. A Joia, que é a ‘CHAVE DE MARFIM com a qual se abrem a uma de ouro e a Arca, é um simbolo evidente de fidelidade e de prudéncia, de discrigéo © de segredo; é além disto, emblemdtica de capacidade de penetracao da mente que se coloca em um ponto de vista central: no centro do circulo ou na Camara do Meio entre 0 Esquadro e 0 Compasso, onde constantemente pode ser encontrado tudo 0 que estiver perdido. Desta forma, se a CHAVE DE MARFIM representa o entendimento espiritul, © Mestre Secreto ha de conseguir, por seu intermédio, abrir a ARCA DA ALIANGA, que é 2 ARCA REAL DA SABEDORIA. ANTONIO CARLOS BARBOSA RAMOS Sob.’. Gr.’ Insp.’. Geral meer 0) GaN 7° GRAU - PREBOSTE E JUIZ ‘ou Mestre Irlandés Preboste, vem do Latim praepositus, € significa "preposta"; nome dado a magistrados civis, € atualmente designado apenas 0 Juiz Militar; 6 0 nome do Grau 7 do R.\E..A..A.. Preboste e Juiz, -¢ sinénimo de sabi ensina quem deve por remédio as misérias, inculcando a todos os principios que o regem, para que saibam apreciar seus deveres e direitos, legislando e administrando Justiga com imparcialidade e equidade. OEstudo deste Grau, gira em tomo da obrigaeao de fazer Justica; & dedicado a Justica e a Equidade; a Justica é fundada nos deveres e nos direitos do homem. © Grau 7 - Preboste e Juiz - Este curso comega atualmente por uma iniciagao, consiste de estudo da instrugao do grau, pesquisa, reflexao, vivéncia. Termina pelo aproveitamento que a situagao morale intelectual do Irmaio Ihe permitam, haut Neste grau procura incutir a idéia da necessidade de o Magom promover uma justiga imparcial, igual para todos; capaz de proteger as pessoas e as propriedades, gerando a seguranca ea paz social Por isso, neste curso, a Magonaria, continuando a examinar as situagbes decorrentes do assassinato do Grao-Mestre Hiram Habib, faz dezembro - 1998 ‘© Nedfito vivenciar a personalidade de um Preboste ou Juiz que tenha de funcionar no julgamento dos assassinos... com 0 objetivo de fazé-lo eliminar quaisquer possiveis resquicios de édio e vinganga ainda existentes em sua personalidade...no sentido de transforma-Io em um Obreiro consciente ¢ justo, capaz de espontaneamente se interessar pela protecdo das criaturas, das propriedades, das instituigdes. APTO, portanto, para procurar controlaro mal e aumentar o bem entre os homens: POR MEIO DO AMOR E DA RAZAO ! —M "DEUTERONOMIO" DEVERES DOS JUIZES "Os Juizes e oficiais pords em todas as tuas cidades que o Senhor, teu Deus, te dé, segundo as, tuas tribos, para que julguem © povo com justica. Nao torcerés 0 juizo; néo farés acepcao de pessoas, nem receberds peitas; porque apelta cega 0s olhos dos sdbios, e perverte a causa dos justos. Ajustiga, somente a justiga seguirés, para que vivas, e possuas em herangas a terra que o Senhor, teu Deus, te dé.” gina 12 - ANO 1-1 © GaN aero 008 SOBERANOS GRANDES COMENDADORES DO SUPREMO CONSELHO DO BRASIL PARA O R.’. E.’. A’. A.’. DESDE SUA FUNDACAO eeveeeene ae vase 2 - By 3 ATE A PRESENTE DATA Francisco Gé Acayaba de Montezuma (Fundador) Dr. Antonio Carlos Fbbeiro de Andrade e Silva ‘José Bonifacio de Andrade e Silva Manoel Joaquim Pereira da Silva ‘Gen. Jodo Veira de Carvalho Marechal Luiz Aves de Lima.e Silva Miguel Calmon Du Pin e Almeida ‘José Bento da Silva Lisboa Dr. Joaquim Marcolino de Brito José Maria da Silva Paranhos Almirante Artur Silveira da Mota Marechal Francisco José Cardoso Jtnior Luiz Antonio Vieira da Siva ‘Joao Batista Gonealves Campos Marechal Manoel Deodora da Fonseca Dr. Antonio Joaquim de Macedo Soares Gen. Quintine Antonio Ferreira de Sousa Bocaluva Gen. Lauro Nina Sodré e Silva Dr. Antonio Gongalves Parvira de $4 Peixoto Gen. Francisco Glycério Cerqueira Leite Dr. Raimundo Floresta de Miranda Dr. Joaquim Xavier Guimaraes Natal ‘Almirante Verissmo José da Costa Dr. Nilo Procépio Peganha Gen. Thomaz Cavaleante de Albuquerque Dr. Mario Marinho de Carvalo Behring Dr. Octavio Kelly Gon. José Maria Moreira Guimaraes Dr. Joaquim Rodrigues Neves Dr, José Marcello Moreira Djalma de Souza Santos Moreira Dr. Aviovaldo Vuleano Dr. Moacyr Arbex Dinamarco Cel. Ney Coelho Soares (Atual) Ramee —— () GRAV ———serenrsoios TEMPLOS ESCOCESES (TEMPLO NOBRE DO SUMPREMO CONSELHO DO BRASIL) © Templo Nobre do Supreme Consetho do Brasil para 0 R..E.'A..A.'; esta omamentado dentro do padres do Rito, é todo na cor vermelho; que é acordo Rito; tema capacidade para mais de 500 pessoas; no fundo do Templo est o trono do Soberano Grande Comendador; e 0 Estandarte, que representa a pureza e retidéio da Doutrina Magonica; as faixas suspensas com inscrig6es em letras douradas: "ORDO AB CHAO" (Order no Caos); e "DEUS MEUMQUE JUS" {DEUS e meu direito); que so as divisas dos principios fundamentais da ORDEM; e neste Templo 6 onde se realizam as Sessdes Magnas do Supremo Conselho, do Colégio © do Consistéro. Pagina 14 - ANO 1 dezembro - 1998 Este Templo é uma réplica do Templo Nobre em tamanho menor; esta localizado no prédio do Museu Magénico; 6 todo ornamentado na cor vermelha, a cor do Rito Escocés Antigo @ Aceito; ole é composto de 3lugares, para os membros efetivos do ‘Supremo Conselho do Brasil; nas suas reunides e do Sacro Colégio; que 6 a Administragao do ‘Supremo Conselho do Brasil para o RV’. E.. A. A‘s oqualé compost de nove Membros Eletivos, No Templo para as Lojas de Perteigao do Suprerno Consetho do Be sil para 0 RE! A.A! ‘esté ornamentado nos padroes do Rito; que re- presenta 0 Templo de Salomao; predomina a cor verde; para as ses ses da CAmaras nos Graus4,7,9, 106 14, das Lojas de. Petfeicao; 0 local, € composto de ‘duas partes; uma parte para a reuniao plenaria, ‘onde temassento todos 0s irmaos e a outra par- te;60 Santos dos Santos, onde temassento 0 Pre- sidente, dvidido pela ba- laustrada; ea sua capa- cidade & de aproximada- mente cem lugares, (0 TEMPLO PARA AS LOJAS DE PERFEICAO) Os Templos para os Conselno de Kadosch ou Aredpago do ‘Supreme Consethio do Brasil para o Rv. E AMAL; estdo ‘omamentados dentro dos padrdes do Rito, predomina a cor preta, para as reunides das Camaras dos Grau 19, 22, 29.6 80; tem a disposi¢ao_de um Consetho. ‘dezembro - 1998 © Templo para as Lojas Capitulares do Suptemo Conselho do Brasil para o RIE ALAS esta ‘omamentado dentro dos padrées do Rito; predomina a cor vermetha; para as sessées das Camaras dos Grau 15, 16, 17€ 18, das Lojas Capitulares; tem sua disposigaio de um Conselho, para reuniéo dos Cavaleitos, (TEMPLO PARA OS CONSELHOS DE KADOSCH) mae OT GRE, ——secees © Gabinte do Soberano Grande Comendador do Supremo Consetho do Brasil para o REMALALS 6 composto de varias pecas rarissimas; de méveis medieval, com mais de 175 anos, pegase moveis de cristal; Relogio Frangés; doados pela Embaixada da Franga, para o Supremo Conselho do Brasil (NEY COELHO SOARES - SOB.”.GR.. COMENDADOR) ‘Pagina 17 - ANO 1-1 TRABALHOS: A JUSTIGA Aténica do Grau 7 6 a exaltacao a Justica. Vocabulo de raiz latina: “jus". Numa definicao simplista, Justiga significa “dar a cada um o que é seu”. Ou melhor, garantir 0 direito & propriedade, sendo a propriedade um bem que envolve tudo, inclusive, qualquer direito legitimo. Portanto, Justiga € um complexo de regras inesgotavel, porque envolve um grupo de homens aprofundados no conhecimento dos meios propicios para proteger 0 direito de outro grupo de homens que exigem protegao. A evolugao do Direito atingiu concepes perfeccionistas; assim, se inicialmente 0 homem para obter Justiga devia bater as portas dos pretorios, hoje, essa mesma Justiga vai ao ‘encontro do homem e Ihe da protegéo; em suma ohomem de hoje, recebe protecdo de forma direta e indireta. Todas as Constituigées dos paises prevéem como sao constituidos os tribunals ¢ os juizes; do preceito constitucional seguem as leis substantivas e adjetivas. A finalidade de Justica @ coordenar os esforgos, as atividades, os desejos da comunidade, por mais diversificados que se apresentem e distribuir direitos, poderes eaté deveres e obrigagées entre eles; deles para 0 Estado e do Estado para eles. A finalidade sera satisfazer as necessidades e aspiragdes dos OIGCRAMS dezembro - 1998 individuos; promover esforgos produtivos, visando ‘a coesao social, o ber-estar e 0 convivio pacifico. Portanto, “certos principios”, nao poderao ser suprimidos sob a desculpa de “evolugao", ‘independéncia” e “modernismo". O ponto fundamental é 0 valor ético. Assim como para que uma familia possa se manter coesa e um membro proteger o outro, faz-se necessario o respeito, 0 amor filial, a honra, a dignidade e a retribuigao, para que uma sociedade possa subsistir, devem sor mantidos os valores éticos tradicionais Os alicerces da sociedade, os grandes pensadores e filésofos, se preocuparam com a apresentacao de conceitos e teorias em toro da Justiga. Plato, em sua Republica, formulou uma doutrina da comunidade justa fortemente imbuida de idéias coletivas; para ele, a Justiga consiste numa relagao harmoniosa entre as varias panes do organismo social. Todo cidadéo deve cumprir com 0 seu dever no lugar que Ihe compete, realizando as tarefas para as quais esteja melhor habilitado pela sua indole e conhecimento, O estado de Platdo 6 formado em classes diversas, como as dirigentes, as auxiliares © as produtivas: a justica platonica importa em que os membros de cada classe devem cuidar do que he compete, semintromissao no que diga respeito aos membros das outras classes. Em suma, uma perfeita ordem hierarquica, pois certos individuos vem ao mundo com sua estrela peculiar; uns Pagina 18 - ANO 1-1 ascem para governar, outros para auxiliar os que governam, outros destinados a agricultura, a0 comeércio, ao artesanato etc. Aquele que pretenda governar os seus semelhantes, quando s6 ser considerado insensato mas também injusto, portanto, os administradores do Estado, assistidos pelos seus auxiliares, devem estar atentos para que cada um permanega no lugar que Ihe cabe na vida, cumprindo assim, satisfatoriamente, com os deveres proprios da sua posicao. Portanto, essa divisdo faz supor que 0 individuo nao é um ser isolado mas um membro dependente de uma ordem geral em beneficio da coletividade a que pertence, Aristételes tem outro ponto de vista a respeito da Justiga. A Justiga consiste “numa espécie de igualdade”. Ela exige que as coisas deste mundo sejam equilibradamente distribuidas ‘aos membros da comunidade ou Estado; quer que © Direito defenda essa justa atribui¢ao dos bens de quaisquer violagoes. Tendo em vista essa duplice funedo de Justiga, Aristételes apresenta duas formas de Justiga: & primeira chama de Justiga distribuia, que 6 fungéio do legislador consistindo na distribuicao de encargos, direitos, honrarias e bens entre os membros da comunidade de conformidade com o principio da igualdade proporcional. ‘Asmesmas coisas devem tocar a pessoas iguais, coisas desiguais devem caber a pessoas desiguais. “Haver a mesma igualdade entre os quinhdes ¢ as pessoas, pois a proporgao entre os quinhdes corresponderé a proporgao entre as OGaA= dezembro - 1998 pessoas, porque, nao sendo iguais, as pessoas no tero quinhées iguais; as queixas ¢ as disputas s6 surgem quando a pessoas iguais se destinam quinhées desiguais ou, a pessoas desiguais, quinhées iguais.” (O que Aristételes propée para a medida da igualdade 6 o do mérito e da capacidade. Se“A"é duas vezes mais merecedor do que “8”, 0 seu quinhao deve ser duas vezes maior. A pessoa de mais altas virtudes civicas, que mais contribua para.a boa existéncia social, essa deve merecer o maior reconhecimento em matéria de recompensa monetaria, honrarias, fungées puiblicas, etc, A segunda espécie de Justiga para Aristételes chama-se Justiga corretiva. Cabe & Justiga manter a distribuigo de direitos efetuada pelo legislador, contra os ataques ilegais restabelecer 0 equilibrio distributive quando perturbado. Essa funcao corretiva da Justiga & realizada pelos juizes. Se um membro da Comunidade usurpou 08 direitos, privilégios ou haveres de outro, a Justiga corretiva restabelecera o que foi violado, restituindo & vitima o que Ihe pertencia ou determinado 0 ressarcimento dos prejulzos sofridos. ‘Se um homem enriquecer injustamente a custa de outro, perderé o que ganhou indevidamente. Segundo Aristételes, 0 principio da igualdade operante, na Justiga corretiva difere da que se deve obter na Justica distributiva, Pagina 19 - ANO 1-1_ ‘A.Justiga distributiva requer uma igualdade relativa, proporcional, geométrica, que se atém, as naturais diferengas dos dotes mentais ¢ fisicos das pessoas. A igualdade defendida pela Justica corretiva é igualdade aritmética preocupada com o calculo das perdas sofridas e a restituigao dos lucros ilegalmente auferidos. Justiniano no seu “Corpus Juris Civilis” define a Justiga do sequinte modo: “A Justiga é a constante e perpétua vontade de dar a cada um ‘que Ihe pertence”. Essa descri¢ao remonta a Cicero e foi adotada em varios periodos histéricos; & chamada de “suum cuique” (a cada um o que the pertence). © socidlogo e fildsofo inglés Herbert ‘Spencer diz que o valor supremo com a idéia da Justiga nao é a igualdade, mas sim, a‘liberdade”. Todo individuo tem o direito de colher os beneficios resultantes da sua natureza e aptiddes. Acada um deve ser garantido afirmar a sua \dividualidade, adquirir bens, dedicar-se ao negécio ou & vocagao de sua preferéncia, locomover-se livremente @ manifestar sem constrangimento os seus pensamento e as suas crengas religiosas e possuir a consciénoia de que ‘outros individuos, dotados da mesma liberdade, podem entregar-se, também, as mesmas irrestritas e amplas atividades, sendo imperioso, OG ey ——_ Aliberdade de cada um deve ser limitada apenas pelas mesmas liberdades de todos. “Todo homem tem a liberdade de fazer 0 que queira, contando que nao viole a mesma liberdade que tém todos os outros homens” Ofilésofo alemao Emanuel Kant, também, tomou aidéia de liberdade para detinir o direito e a Justiga. Partindo da premissa de que a liberdade era 0 tinico direito natural originario pertencente a cada homem pela sua condigéo de ‘ser humano, descreveu 0 direito como sendo: “A totalidade das condigées em que a vontade arbitraria de que um pode coexistir com a vontade arbitraria de outro sob uma lei geral de liberdade". sociélogo norte-americano Lester Ward define a Justica: na ‘imposicao pela sociedade de uma igualdade artificial em condig6es sociais que so naturalmente desiguais’. ‘A “igualdade artificial”, mediante a qual Ward pretendia fazer desaparecerem as incidéncias e conseqiéncias da desigualdade natural, deveria constituir o deliberado fim de uma politica social destinada a proporcionar ilimitada igualdade de oportunidade para todos os membros de uma Comunidade ou Estado. Todo individuo, independentemente do sexo, da raga, da nacionalidade, da classe e da corigem social, deveria ter todas as oportunidades de progredir na vida e de levar uma existéncia digna. fildsofo escocés W. R. Sorley disse ser impossivel desenvolver qualquer doutrina da Justiga sem se encontrar um lugar para ambas, a Pagina 20 - ANO 1 “igualdade” ¢ a “liberdade”, no plano de uma organizagao social, e sem tentar a reconciliagaio desses dois valores humanos, eliminando o seu caréter potencialmente antiético, Resumindo 0 pensamento filosético em consonancia com © pensamento magénico, considerando que a Magonaria possui sua filosofia prépria, verificamos que 0 conceito de Justiga, nos tempos atuais, imana-se com o conceit de Liberdade; portanto, Justica Liberdade confundem-se numa idéia tnica: Justiga sem Liberdade nao pode existir ¢ Liberdade sem Justiga, muito menos. AA nsia de liberdade esta profundamente arraigada em todas as criaturas, sejam humanas ound. (Oserhumano adulto, como disse Spencer, “irrita-se nao s6 com as restrigoes visiveis, como também, com as invisiveis", 0 homem goza a liberdade de que dispée exigindo-a ampla, itrestrita e total © filésofo John Locke afirmou: “O fim do direito no é abolir nem restringir, mas preservar e ampliar a liberdade". Jean-Jacques Rousseau disse: “O homem, nasce livre; ¢ em toda parte vive acorrentado’, Jesus dissera: inde a mim que vos libertarei”. Ha varios séculos vemos que a liberdado no tem sido vista em todos 08 sistemas politicos @ sociais, como sendo 0 direito a natural e —O GRENL ‘dezembro - 1998 inaliondvel de todo ser humano. Grandes massas. de povo foram reduzidas a escravidao na antiguidade, mormente o povo hebreu. A Idade Média praticou um tipo de escravidéo amenizada e mais humana. Certas ditaduras modemas sujeitaram seus povos a uma, forma de liberdade restrita que, emibora nao sendo escravidao no sentido juridico, apresentava caracteristica de submissao, Obispo Isidoro de Servilha proclamou no século Vil ser a “liberdade universal de todas as criaturas humanas um mandamento da Justiga natural’. ‘Sao Tomas de Aquino argumentou que o postulado de Isidoro passara por uma transformagaio através dos tempos, e que alguma forma de servidao se verificou ser ttl sociedade; insistia, porém, em que aos homens e mulheres escravizados se reconhecesse, ao menos, 0 diteito & vida, ao sustento e as relagdes familiares, Os filésofos racionalistas exigiam sem reservas a liberdade para todos os seres humanos, Amold Toynbee, o historiador inglés, ‘observou que: “O homem nao pode viver sem um minimo de liberdade, exatamente como ndo pode viver sem um minimo de seguranga, justiga € alimento. Parece existir na natureza humana um pendor irresistivel, que insiste em que se the ‘conceda uma cena dose de liberdade © que sabe como impor a sua vontade quando contido além dos limites suportaveis' Pagina 21 - ANO 1-1 ministro Harlan F. Stone, luminar do judicidrio norte-americano, disse: “O homem no vive s6 por si, nem s6 para si mesmo. Ha um ponto, na organizagao de uma sociedade complexa, em que 0 individualismo tem de ceder 4s regras de trafego, em que o direito de fazer 0 que se queira se curva as regras de zoneamento, ou até mesmo, em determinadas ocasiées, as tabelas fixadoras de pregos. Ea eterna questdo do direito constitucional 6 justamente a de saber por onde deve passar a linha que assinale o limite entre o campo da liberdade e dos direitos individuais @ o da agao governamental pelo maior bem puiblico, de maneira a conseguir 0 menor sacrificio de qualquer dessas conveniéncias sociais". Assim, retirado 0 que ha de melhor no pensamento filoséfico de ontem e atual, chegaremos a algumas conclusdes que todos conhecem, mas que nem sempre observam. Tomna-se inadmissivel a liberdade de ‘expresso que importe em infundada difamagao de qualquer pessoa. Asatividades organizadas que tenham por objetivo imediato uma revolucao violenta, nao merecem protecao. (© uso da propriedade privada de maneira grave e injustiticadamente danosa para os demais membros da comunidade deve ser vedado, A liberdade de fazer negécio ou contratar nao deve ser levada ao extremo de envolver transagées que repugnam a moralidade publica. O GRaNI ‘dezembro - 1998 A realizagao de negécios por meios de praticas desonestas, assim consideradas por ‘outros comerciantes ou pela comunidade, deve ser sujeita as resttigdes legais. Aliberdade de manufatura deve serlimitada pelo dever que tem o governo de zelar pela satide da comunidade, promulgando, leis ¢ regulamentos para a produgao de alimentos remédios. A liberdade profissional que exige especial habilitagdo deve ser reconhecida unicamente queles que se tenham submetido 4 educagao a0 treinamento profissional necessétios. A liberdade de construir ha de estar subordinada a cenas limitagdes ditadas pelo interesse na seguranga e no bem-estar piblicos. A liberdade de locomogéio tem de ser regulamentada pelas regras de transito. A instrugao piiblica tem de ser promovida, ainda que importe em restrigéo da liberdade dos educandos ¢ de seus pais. Esses conceitos se ampliam se considerarmos os miitiplos setores da sociedade; assim eremos a liberdade sindical, a liberdade dos partidos, a liberdade artistica, aliberdade religiosa, etc. etc. O comportamento livre, porém, encontra limites, que sao as regras do jogo, como para um motorista, a observancia das regras do trafego resulta em sua propria protegéo. H8 porém, individuos que no alcangam o poder da sua liberdadejustica; como exemplo, temos, apenas para citar, 0 habito que tém os fumantes de, sem respeitaro direito de outrem, fumarem em recintos fechados; os imoral istas que se desnudam em locais puiblicos como nas praias; 0s compositores Pagina 22 - ANO 1-1 que langam no mercado cangées cuja letra atenta ‘A moral, mas que todos se obrigam esoutar porque o veiculo, como a TV ¢ radio, atinge os lares. Nos cinemas e teatros ou na literatura, tudo passa a ser admissivel, pela livre expressao; porém a nocividade é relativa, eis que ninguém & ‘compelido a assistir os espetaculos ou ler um livro. O conceito Justica-Liberdade, sob 0 ponto de vista magénico difere um tanto do ponto de vista juridico-politico, pois o principal e grande interesse mag6nico abrange uma area que 6 restrita “a coberto", hd porém, a liberdade, sem mutilar os Rituais, de interpretagao e evolugao. ORitual 6 0 "poder" governamental que dirige em beneficio da “Ordem”, que representa o Estado. E 0 Cédigo que contém as regras a serem observadas; qualquer violacdo exige aplicagao de remédio imediato a fim de estancar 0 abuso. A Declarago dos Direitos Humanos resume a politica que a assembléia das Nacdes Unidas adotou em 10 de dezembro de 1948, cana de inspiragdo magonica, pois os seus preceitos esto, contidos dentro dos Rituais do Rito Escocés Antigo Acsito. “Uma concepeao real isto da Justiga conhecendo as imperteigdes da natureza humana, as limitagées do saber humano as condigdes restritas da tecnologia, do desenvolvimento econdmico e dos recursos naturais, deve tornar os direitos fundamentais do individuo até certo ponto subordinados as necessidades oriundas da interdependéncia social e das exigéncias do estorgo humano de cooperagao. Em outras palavras: a Justiga requer cena acomodacdo ou sintese dos valores comunitarios @ individuais. O Gk; ‘dezembro - 1998 A relagio entre os direitos do individuo ‘bem piiblico na realizagao da Justica, pode ser expressa na seguinte formula: “A Justiga exige que a liberdade, a igualdade e outros direitos essenciais sejam atribuidos e assegurados aos ‘seres humanos com a maior amplitude conciliével ‘como bem comurr", Na atualidade, ohomem esta ameagado de néo ter ar puro para respirar; alimento isento de defensivos venenosos, para se alimentar. A Ecologia, ciéncia que surge de um imperativo, como grito lancinante de um SOS internacional, tem encontrado muito pouca ressonancia; os governos, cientes do perigo, pouco fazem para afastar o problema, porque se envolvem, podetio econémico: esse tem prevaléncia. (© educador alemao Friedrich Wilhelm Poorster, j escrevia em 1959: “Toda a gigantesca ‘empresa da tecnologia, como todas as até agora inimaginaveis conseqiiéncias das descobertas atémicas, requer, para 0 seu sucesso, muito mais que um simples aparelhamento cientifico material; essa empresa faz tremendas exigéncias cultura social e ética da criatura humana, de ‘quem se espera harmonize as diversas fun¢des da maquina gigantesca, impedindo-Ine o mau uso, ‘que na realidade toda a tecnologia representa uma ‘causa perdida, se ndo vier em seu socorro um renascimento moral ¢ espiritual. A tecnologia sem a ética seria como um ser vivo sem alma e sem consciéncia.” O que a Magonaria espera de seus adeptos & o manejo dessa consciéncia; oreconhecimento da existéncia de um Justica que respeita o direito do semethante, motmente do irm&o. Pagina 23 - ANO 1-1 GRAUS HISTORICOS E RELIGIOSOS: 15.16.17... 18.". Nesta 2° Série — Graus Histéricos e Religiosos; passaram todos a serem inicidticos: 15° Grau — Cavaleiro do Oriente 16 Grau — Principe de Jerusalém 17? Grau ~ Cavaleiro do Oriente @ do Ocidente 18° Grau ~ Cavaleiro Rosa-Cruz ou Soberano Nesta escola, o Capitulo dos Cavaleiros Rosa-Cruz; A Maconaria examina as conseqiéncias da destruigao do Primeiro Templo, o Templo de Salomao, e a construgao do Segundo Templo, 0 Tempio de Israel; os ensinamentos morais decorrentes das GRANDES RELIGIOES... tendo em vista a necessidade de buscar argumentos que possam contribuir para o aprimoramento moral dos Magons... no sentido de desenvolver e assegurar fidelidade as obrigagdes assumidas, bem como aprimorar 0 seu cardter, com 0 propésito de prevenir as decepgdes. Esta escola oferece quatro cursos: = curso do Cavaleiro do Oriente - Grau 15." ~ o.curso do Principe de Jerusalém - Grau 16." = ocurso do Cavaleiro do Oriente e do Ocidente Grau 17° = curso do Soberano Principe Rosa-Cruz Grau 18.° 15° GRAU - CAVALEIRO DO ORIENTE Este curso comega por uma INICIAGAO. Consiste de instrugao do grau, aulas e palestras sobre a iniciagao, estudos e pesquisas, visitas, vivéncia, reflexao. Termina por um trabalho escrito em que o Irmao deve demonstrar qualidades de pesquisador e conhecimentos da flosofia do grau. Neste curso devem ser examinados principalmente os motivos que levaram os judeus a0 cativeiro de Babildnia... ea razao dos esforgos O GRRL dezembro - 1998 para alibertagao da Terra Santa, por aqueles que conseguiram sobreviver e conservar a FE e as \VIRTUDES recomendadas por Jeova. Assim, 0 curso se desenvolvera sobre a deportacao dos Israelitas ¢ a sua escravidao por 70 anos, em. BabilOnia; a permissdo para a reconstrucao do Tempio de Jerusalém; libertacao dos ornamentos ¢ jéias do Templo; a elevagao de Zorobabel a Cavaleiro da Ordem de Ciro; a recepoao de Zorobabel por Ananias; a designagéo de Zorobabel para Chefe da Nacéio Judaica; e a construgao do Segundo Templo. Portanto, este grauinaugura uma nova fase do aprendizado magénico... e enseja a oportunidade para que 0 Iniciado aproveite os variados meios postos ao seu alcance para melhorar os seus conhecimentos - que, se devidamente aproveitados, olibertarao do dominio da ignorancia - que 0 mantém esoravizado as fraquezas humanas. Ea razdo por que, na iniciagao neste grau, a Maconaria faz 0 Neéfito vivenciar a personalidade de Zorobabel, o construtor do ‘Segundo Templo, a fim de fazé-lo entender - que somente a integral fidelidade - aos juramentos prestados - poderé fazé-lo livrar-se do desfalecimento - ante a iminente tarefa de combater as suas proprias fraquezas... sobretudo se tiver de refazer-se de desiizes praticados apos © conhecimento da verdade ... Daf por que a construcao do Segundo Templo de Jerusalém foi mais dificil... pois, além do Obreiro manejar a trolha, tinha de estar de espada na mao. E 0 Templo de Israel jamais atingiu a perfeicéo e beleza do Templo de Salomao! Verificamos, deste modo, que este Grau enseja uma magnifica ligao moral: © Magom deve vigiar ‘0s seus atos e pensamentos para conferi-los dia- acdia... a fim de que possa melhoré-los sempre, uma vez que livremente foi INICIADO... Pagina 24-ANO 1-1 “O LIVRO DE ESDRAS: Cap. 3; Vers. 8 a 10. Capitulo 3 -E levantado o altar. Versiculo 8 - Ora, no segundo ano da sua vinda & casa de Deus em Jerusalém, no segundo més, Zorobabel, flo de Sealtiel, e Jesud,flho de Jozadaque, € os outros seus irmaos, os sacerdotes e os levitas, ¢ todos os que vieram do cativeiro para Jerusalém, deram inicio & obra @ constiuiram os levitas, da idade de vinte anos para cima, para superintenderem a obra da casa do Senhor. 9 - Entao se levantaram Jesud com seus fihos e seus imaos, Cadmiel e seus flhos, os fihos de Juda, como um s6 homem, para superintenderem os que faziam a obra da casa de Deus; como também os filhos de Henadade, ‘com seus filhos e seus itmaos, os levitas. 10 - Quando os edificadores langaram os alicerces dos Templo do Senhor, os sacerdotes, trajando suas vestes, apresentaram-se com trombetas, @ 08 levitas, filhos de Asafe, com Cimbalos, para louvarem o Senhor, segundo a ordem de Davi, rei de Israel.” 16.” GRAU ICIPE DE JERUSALEM Este estdgio comega por sua iniciagao. Consiste de instrugao do grau, estudo da comunicacdo, reflexao, vivencia. Termina pelo aproveitamento do Irmao. Este 6 complemento do curso precedente, visto como neste grau é examinado o resultado da Embaixada dos Israelitas junto ao Rei Dario, para desfazer as intrigas dos Samaritanos e pedir ‘ajuda 20 Rei Persa. Trata ainda da volta dos cinco ‘embaixadores chefiados por Zorobabel; de suas designagoes para Principes de Jerusalém; do tributo exigido pelo mais forte e da soberania das nagies. —O GRRL dezembro - 1998 A ténica deste grau 6, pois, a exaltagao do valor moral, da firmeza de caréter e da constancia no ideal. Por isso que neste mundo de disputas de discutidas cooperagdes; em que as armas da intriga e da deslealdade s4o esgrimidas em todas as diregdes; ¢ muito dificil cul gentileza, a beleza do amor, o heroismo da verdade, 0 exercicio da justica e a pratica da caridade, Dai por que, na iniciagdo deste grau, a Magonaria faz 0 Nedfito vivenciar a situacéio de Zorobabel - como embaixador unto a Dario, - para defender-se das intrigas dos opositores & construgao do Segundo Tempio... no sentido de fazé-lo entender, mais uma vez, as redobradas dificuldades que teré de enfrentar toda vez que - depois de Iniciado; ceder as tentagdes das fraquezas humanas; com 0 objetivo de fazé-lo entender, ainda, que, mesmo contra possiveis, adversérios, mesmo inimigos..., 6 necessario que ‘© Macom seja justo, posto que ainda nas mais, adversas condigdes; ele deve estar sempre cconstruindo e reconstruindo o TEMPLO DE DEUS: Que ¢ 0 seu préprio corpo! e Para quendocesse demelhorar as suas condigdes morais, -as Gnicas armas de que dispée para defender a evolugao do seu espifito.... “O LIVRO DE ESDRAS: Cap. 6; Vers. 13 16; élido neste Grau. Capitulo 6 - O rei Dario confirma a ordem de edificar 0 templo. Versiculo 13 - Entéo Tatenai, o Governador a oeste do rio, Setar-Bozenai e os seus ‘companheiros executaram com toda a diligéncia ‘© que mandara 0 rei Dario. 14 - Assim os ancides dos judeus iam edificando e prosperando pela profecia de Ageu, © profeta, e de Zacarias, ofilho de Ido. Edificaram Pagina 25 - ANO 1 @ acabaram a casa de acordo com o mando de Deus de Israel, e de acordo com o decreto de Ciro ede Dano, e de Artaxerxes, rei da Pérsia. 15- Eacabou-se esta casa no terceiro dia do més de Adar, no sexto ano do reinado do rei Dano. 16 - Eos filhos de Israel, 0s sacerdotes € 06 levitas, ¢ 0 resto dos filhos do cativeiro fizeram a dedicagao desta casa de Deus, com alegria.” 47° GRAU - CAVALEIRO DO ORIENTE bo ocwenre Este curso comega por uma iniciagao. Consiste de instrugéo do grau, estudo da comunicacao, reflexdo, vivéncia. Termina pelo aproveitamento do Irmo. No entanto, se quiser prosseguir seus estudos no Grau 18.°, tera de apresentar um trabalho escrito, em que demonstre seus conhecimentos magénicos. A organizagai e filosofia deste grau foram transportadas da Palestina para a Europa, donde ‘asua denominacao de CAVALEIRO DO ORIENTE EDOOCIDENTE. A sua tonica 6 a defesa da FE e da CARIDADE. Pois, a Ordem dos Cavaleiros de Malta, para os quais nao hé fronteiras entre as nagdes, nem estrangeiros a considerar, foi organizada para combater o male fazer o bem, para combater a tirania @ lutar pela liberdade e 0 progresso, a fim de conseguir a paz e a fraternidade universal, Trata, portanto, este grau do direito de REUNIAO @ do direito de INSTRUIR-SE; posto que somente haveré PUBLICO se 0 povo for educado e se nao houver apenas escravost... Este curso exige muita reflexdo, por isso a Magonaria, na sua iniciagao, faz 0 Nedfito O GRRL dezembro - 1998 vivenciar a personalidade de um dos PRIMEIROS ONZE CAVALEIROS DAS CRUZADAS, que, em 1118, prestaram juramento a Garimont, Patriarca @ Principe de Jerusalém; como objetivo de tazé- loentender que o Magom deve estudar as diversas religides e o costume dos diferentes povos; para evitar a discriminacao sectaria, e para que possa respeitar e defender, como dogma, a liberdade de cada pessoa adotar a religido que mais Ihe convenha, ou mesmo de nao adorar nenhuma religido; mas, de que ele, 0 Magom, teré de conscientemente crer em Deus ¢ na sobrevivéncia doseuespitito; para que possa realmente cultivar a amizade, a unido, a submissao, a discrioao, a prudéncia, a fidelidade e a temperanga; atributos indispensaveis aos Obreiros!. "O APOCALIPSE DE SAO JOAO: CAP. 5; VERS. 1A5. Capitulo 5 - O livro selado com sete selos. ‘Somente 0 Cordeiro é digno de abr-lo. Versiculo 1 - Vina destra do que esta assentado sobre 0 trono um livro escrito por dentro @ por fora, bem selado com sete selos. 2- Vitambém um anjo forte, chamando com grande voz: Quem é digno de abrir 0 livro ¢ de romper os seus selos? 3 E ninguém no eu, nem na terra, nem debaixo da terra, poderia abrir o livro, nem olhar para ele. 4- E eu chorava muito, porque nao era achado ninguém digno de abriro livro, nem de olhar para etc. 5 - E disse um dentre os ancidos: Nao chores; eis que 0 Ledo da tribo de Juda, a raiz de Davi, venceu para abrir o livro e romper os seus sete selos.” Pagina 26 - ANO 1-1 18° GRAU - SOBERANO PRINCIPE. ROSA-CRUZ Este curso comega por uma INICIAGAO. Consiste de instrucao do grau, estudo, pesquisas, aulas e palestras sobre a iniciagao, reflexao, conclusées, visitas, vivéncia, comportamento. Termina por um trabalho escrito em que o lmao deve demonstrar conhecimento satisfatério do Grau. Neste curso é examinado a transcendental mensagem oferecida & meditagao do crente; desde o nascimento a crucificacao do Cristo: ea semelhanga do Cristianismo com as outras Grandes Religides da Humanidade. & um curso longo, mas de uma beleza @ atragao irresistiveis. Pois, indubitavelmente, este é um dos graus mais proveitosos para o aperfeicoamento moral intelectual do Iniciado. Sua ténica é 0 exame da FE, da ESPERANCA e da CARIDADE. Os seus simbolos sio a CRUZ e a ROSA; isto é, 0 corpo e 0 espirito: JESUS e 0 CRISTO. Talvez porque 0 mundo vem, de algum tempo para ca, sob 0 império da tirania e da maldade; a Magonaria na iniciagdo deste grau, faz 0 Neofito vivenciar a personalidade de um Cavaleiro TEMPLARIO; com 0 objetivo de que nele, a Razéo ea Fé; simbolizadas pela Rosa a Cruz, superem o pessimismo @ a descrenga; forgando-o a encontrar‘a confianga em simesmo © 0 olimismo da comunhaio fraternal; QUE O FARA VENCEDOR NO PORFIADO COMBATE ENTRE OBEMEOMAL, E ainda, possivelmente, para perseguiresta finalidade; sobretudo considerando a grande semelhanga existente entre Cristianismo e muitas outras das Grandes ReligiGes da Humanidade; 0 Rito Escocés Antigo e Aceito, dedicou o titimo curso desta escola, 0 Capitulo dos Cavaleiros Rosa-cruz; especialmente ao exame da LIAO DE AMOR E PUREZA vivida na Terra, por nosso -0 CR — queridissimo Mestre, Nosso Senhor Jesus Cristo, © Mensageiro de DEUS ; para revelar ao “homem de boa vontade" - que é justamente pela PUREZA e pelo AMOR - que ele libertard o seu espirito da escravidao da matéria: “SEDE PUROS E AMAI- VOS UNS AOS OUTROS" é 0 mandamento! Pois, “quando a razdo reconhece uma VERDADE como cena, a Magonaria ensina que essa concepgao humana corresponde a uma REALIDADE: quando a consciéncia reconhece uma VERDADE MORAL, a Maconaria ensina que ela deve merecera nossa mesma CERTEZA que as Verdades de ordem material"... “O EVANGELHO SEGUNDO MARCOS: Cap, 14; Vers. 12.417. Capitulo 14 - A conspiracao contra Jesus. Versiculo 12- Ora, no primeiro dia dos pes zimos, quando imolavam a pascoa, disseram-lhe ‘seus discipulos: Aonde queres que vamos fazer ‘0s preparativos para comeres a pdscoa? 13- Enviou, pois, dois dos seus discipulos e disse-Ihes: Ide a cidade, e vos sair ao encontro um homem levando um caintaro de agua; segui-o; 14 - E onde ele entrar, dizei ao dono da casa: 0 Mestre manda perguntar: Onde esta omeu aposento em que hei de comer a pascoa com os meus discipulos? prepararam. a pascoa. 15-E ele vos mostrard um grande cenéculo mobiliado e pronto; 4 fazel-nos os preparativos. 16 - Partindo, pois, os discipulos foram & cidade, onde acharam tudo como ele dissera, € 17- Aoanoitecer chegou ele com os doze.” Carlos Antonio Pitombo: Gr! Insp.'. Geral Pagina 27 - ANO 1 DEMOLAY’ ae A Ordem Demolay e as Filhas de Jé- sob os auspicios do SUPREMO CONSELHO DO BRASIL PARAORITOESCOCES ANTIGO E ACEITO. ‘A Ordem DeMolay foi fundada em marco de 1919 em Kansas City, com o resultado da associagao de um magom, Frank Sherman Land, € 0 jovem Louis Gordon Lower. O grupo original de 9 rapazes, logo passou a mais de dois mil em menos de dois anos ¢ hoje a Ordem DeMolay se enconctra em todo 0 mundo e é considerada a maior organizagéio do mundo de jovens com idade entre 13 € 21 anos. (Os garotos de Kansas City tomaram as Virtudes e 0 melhores valores da antiga cavalaria @ 0s traduziram em conceltos e usos modemos. O objetivo ¢ fazer do jovem um melhor filho hoje & um methor cidadao, lider e pai no futuro. Para isso sdo empregadas as sete virludes cardeais de um DeMolay. Amor Filial, Reveréncia Pelas Coisas Sagradas, Cortesia, Companheirismo, Fidelidade, Pureza e Patriotismo; que sao passadas ao jover para que alcance este objetivo. A Ordem € dividida em nicleos denominados Capitulos, ¢ se reinem em Templos Magénicos. Os Capitulos so compostos por um corpo magénico, este conhecido como Conselho Consultivo, responsavel pelo patrocinio e pelos deveres de ajudar, aconsethar e supervisionar as ages dos jovens, que organizam seus trabalhos através de comités, pequenos grupos responséveis pelas diversas atividades do niicieo, implantados no Capitulo. Quando iniciado, 0 jovem esta pronto para O GAR, ‘dezemb aprender os ensinamentos de nossa Ordem, que irdo Ihe proporcionar lideranga, criatividade, poder de decisao, aco cooperativa, responsabilidade, novas amizades ¢ toda uma atmosfera que Ihe dé a chance de ser bem sucedido, como também a liberdade de errar e aprender de seus erros. Esses so os beneficios de ser un DeMolay!!! ORDEM DA CAVALARIA ‘AOrdem da Cavalaria é uma Organizagao paralela de antigos DeMolays. © programa da Cavalaria é para DeMolays Ativos entre 17 e 21 anos de idade que so organizados em um corpo denominado CONVENTO com seu proprio Ritual © nome oficial da Ordem da Cavalaria é: “Nobres Cavaleiros da Ordem Sagrada dos ‘Soldados Companheiros de Jacques DeMolay’ Nao é um Grau Honorifico ou um prémio, mas um Corpo de trabalho cujo propésito é o de estender ‘© Companheirismo e servir a Ordem DeMolay. As principais fungées de um Convento sao: 41) Desenvolver e apoiar a Ordem DeMoaly e os seus Capitulos. 2) Manter o interesse e a dedicacéio dos DeMbolays antigos. 3) Providenciar um programa de atividades para ‘os membros do Convento. ‘A Order da Cavalaria foi criada em 1946, quando foi apresentada perante 0 Supremo Conselho Internacional. Através dos anos, as atividades dos Cavaleiros tem consistido de programas sociais ¢ educacionais voltados para Pagina 28 - ANO 1-1 O GRR dezembro - 1998 ‘08 DeMolays mais antigos, com énfase especial ao planejamento de uma carreira e atividades em grupo, uma vez que é nesta faixa etaia que o jovem comega a definir seus objetivos profissionais. A Ordem da Cavalaria possui dois graus: O Grau da Cavalaria e 0 Grau do Ebano. Ao ‘completar 17 anos de idade, todo DeMolay regular em seu Capitulo tem o direito de ser inves Grau da Cavalaria. Atingindo a idade de 19 anos, 0 jovem Cavaleiro deve ser automaticamente investido no Grau do Ebano. © Convento Sir Percival de Gales No001- Master da America Latina; fundado em 04 de setembro de 1993; no Campo de Sao Cristovo -114 - Rio de Janeiro-RU. ‘A Ordem Internacional das Filha de J6, foi fundada em 1920, pela tia Ethel T. Wead Mick em Omaha, Nebraska, EUA tendo desde 1918 reunides extra-oficiais. A Ordem @ baseada no Livro de J6, do qual a fundadora de nossa Ordem retirou ligdes de grande importancia para sua vida. Para que os ensinamentos de Jé pudessem continuar a ser passados para outras jovens, nasceu a idéia de eriar a Ordem Internacional das Filhas de J6 que prega 0 respeito aos pais, a Patria e amor ao Pai Celestial. ‘A Ordem existe atualmente no Brasil, EUA, Canada, Australia e Filipinas. Na pratica as Filhas de J6 tém um papel social que consiste na construgao de cidadkis que buscam um futuro mais justo para sua cidade, seu estado e seu pals. Entao, se vocé tem parentesco Magénico se enquadra nesses ideals procure a Bethel Lirio do Valle pois aqui vocé tera a oportunidade de fazer parte de um ciclo de muitas amizades e por em préttica os mais elevados ensinamentos que uma jovem pode receber. BETHEL LiRiO DO VALLE N. 7 ‘Campo de Sao Cristovao -114 Rio de Janeiro - RJ. CEP.: 20921- 440 © CONHECIMENTO E A RAZAO "...As vezes, atormentado pelo espeticulo do mundo e pelas incertezas do futuro, o homem levanta os olhos para 0 céu, € pergunta-Ihe a Verdade. Interroga silenciosamente a Natureza © 0 Seu préprio espirito. Pede a ciéncia os seus segredos, ea religiéo os seus entusiasmos. Mas, anatureza Ihe parece muda, e as respostas dos sdbios e dos sacerdotes nao satisfazem & sua razao nem o seu coragao. Entretanto, existe uma solug&o para este problema, solugao melhor, mais racional e mais consoladora que todas as oferecidas pelas doutrinas e flosofias do dia; tal solugdo reposta sobre bases mais sélidas que se conhecee possa: 0 testemunho dos sentidos € a experiéncia da razio". (Leon Denis). FAGA SUA ASSINATURA DA REVISTA O GRAAL Para vooé conhecer mais sobre o seu SUPREMO CONSELHO DO BRASIL PARA O RITO ESCOCES ANTIGO E ACEITO; O Museu Magénico, Templos Escoceses, a Blibioteca com um grande acervo Cultura MacOnica e da Historia do Brasil; a maior Pinacoteca Mag6nica Mundial com mais de 500 quadros. FAGA SUA ASSINATURA: RS 30,00 ieee koecort FONES: (021) 580-464 (ee eed Aos irméos do SupremoConselho do Brasil parao R.'.E..A.A.';; compete a divulgar este Informativo Cultural do Rito; em todos os Orgdos e Corpos que compée oSupremo Conselho do Brasil A maior Pinacoteca - Maconi Museu + Templos Escoce: NEY COELHO SO Sob.'. Gr.'. Comendat Campo de Sao Cristovao, 114 - CEP 20921-440 FONES: (021) 580-4647 - 589-8971 - 589-877: te

You might also like