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DIREITO ADMINISTRATIVO A impetragao de habeas data ¢ cabivel quando a informagao for relativa a0 proprio impetrante, Fora dessa hipdtese a obtengao de informagao sonegada pelo Estado pode ser viubilizada pela utilizagio de mandado de seguranga individual e mandado de seguranga coletiva, Principio da autotutela A Administrago deve anular seus priprios atos, quando eivados de vicio de legalidade, ¢ pode revoga -los por motivo de conveniéneia ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos” Principio da obrigatéria motivagao © principio da obrigatéria motivago impde & Administragio Publica o dever de indicasio dos pressupastas de fato ¢ de direito que determinaram a pratica do ato (art. 2°, pardgrafo tinico, VIL, da Lei n. 9.784/99), Assim, a validade do ato administrative esti condicionada a apresentagdo por eserite dos fundamentos fiticos ¢ juridicos justificadores da decisde adotada. acorrente maj nos atos vinculados quanto nos atos defende que a motivagio é obrigatoria tanto jomirios. dos atos que exigem motivagio, Todo ¢ qualquer ato administrative deve ser motivade (posigie mais segura para concursos) nomeagiio e exoneracio de cargos comissionados: conhecidos como cargos “de confianga”, sio de livre provimento dispensando motivacio. Mas se for apresentado motivo falso ou inexistente, a exoncraco de comissionado sera nula (teoria dos motivos determinantes). A motivagie deve ser apresentada simultaneamente ou no instante seguinte A pritiea do ato, A teoria dos motivos determinantes afirma que o motive apresentada como fundamento fitico da conduta vineula « validade do ato administrative, Assim, havendo comprovagio de que o alegade pressuposto de fato é falso ou inexistente, o ato forma -se nulo, Assim, por exemplo, se o infrator demonstrar que infragae nio ‘ocorreu, a multa é mula, Ainda nos casos em que a lei dispensa a apresentagao de motivo, sendo apresentada rizio falsa, o alo deve ser anulado, 2.7.3 Principio da finalidade Seu conteiido obriga.a Administragio Piiblica a sempre agir, visando a defesa do interesse pablico primdrio, Em outras palavras, o principio da finalidade protbe ‘0 manejo das prerrogativas da fungio administrativa para alcangar objetivo diferente daquele definido na legislagiio, Desvio de finalidade, desvio de poder ou tresdestinagao ¢ defeito que torna nulo o ato administrative quando praticado, tendo em vista fim diverso daquele ‘ou implicitamente, na regra de competéncia (art. 2°, pardgrafo iinico, e, da Lei n. 4.71765), No desvio de poder (ou de finalidade), o agente competente atua visando interesse alhcio ao interesse publica; no excesso de poder, © agente competent exorbita no uso de suas atribuigdes indo além desua competéneia, Principio da proporeionalida Nao se usam canhdes para matar pardais 2.7.5.1 Proporcionalidade perante a lei e proporcionalidade na lei ( respeito d proporcionalidade vincula a Administra¢io Publica ¢ Poder Le gislativo, Fala -se, assim, em proporcionalidade perante a lei ¢ proporcionalidade ina lei, A proporcionalidade perante a lei aplica -se ao administrador pliblico, que deverd evitar exageros no modo de aplicagaa da lei ao caso concreto. Pelo contririo, « proporcionalidade ma lei constitui exigéneia aplicavel ao legislador, pois, no momento de criagio da norma, esta obrigado, sob pena de violagio do devido processo legal material (art, 5°, LIV, da CF), a estabelecer penas adequadas 4 geavidade dos comportamentos a serem reprimidos, A responsabilidade do Estado por condutas comissivas é abjetiva, nlio dependendo da comprovacio de culpa ou dolo. J4 nos danas por omissio, o dever de indenizar condiciona -se 4 demonstragio de culpa ou dolo, submetendo -se 4 teoria subjetiva, 2.7.7 Prine io da seguranga juridica Proibigaio de aplicagao retroativa de novas interpretagoes de disposi normas administrativas. Nos processos administrativas serio abservados, entre outros, os critérios d XU interpretago da norma administrativa da forma que melhor garanta oatendimento do fim piblico a que se dirige, vedada aplicagio retroativa de nova interpreta s legais e 2.7.9 Principio do contrale judicial ou da sindicabilidade Preceitua que o Poder Judiciario detém ampla competéncia para investigar a legitimidade dos atos praticados pela Administragdo Pabliea, anulando -0s em caso de ilegalidade (art, $*, XXXV, da CF: “a lei nao excluira da apreciagdo do Poder Judiciario lesio ou ameaga a direito”). 2.7.40 Principios da continuidade do servico pubblico e da obrigatoriedade da fun ao administrativa O principio da continuidade veda a interrupgio na prestacio dos servigos piblicos, Por ser caracteristica inerente ao regime juridico dos servigos piiblicos, o dever de continuidade estende -se as formas indiretas de prestago, por meio de concessionirios ¢ permissiondrios, Isso porque a continuidade constitui garantia do usuiirio, que nao-se altera diante da forma de prestagiio do servigo, Entretanto, o art. 6", § 3°, da Lei n. 8.987/95, na esteira do entendimento doutrinario: majoritério ¢ da jurisprudéncia do STJ, autoriza o.carte no fornecimento do servigo, apés prévio aviso, nos casos de: a) razdes de ordem téenica ou de seguranga das instalagies; ¢ b) inadimplemento do usuario. 2.7.11 Principio da descentralizagdo ou especialidade principio da descentralizagio ou especialidade recomenda que, sempre que possivel, as funcdes administrativas devem ser desempenhadas por pessoas juridicas auténomas, criadas por Ici especificamente para tal finalidade. E 0 caso das. autarquias, fundagdes piblicas, empresas pablicas e sociedades de economia mista (art. 37, XIX, da CF). 2.7.12 Principio da presungao de legitimidade até prova em contrério, os atos administratives so considerados vilidos para Direito, cabendo ao particular o énus de provar eventual ilegalidade na sua pratica. 2.7.43 Principio da isonomia O principio da isonomia é preceito fundamental do ordenamento juridico que imp3e ao legislador ¢ Administragiio Publica o dever de dispensar tratamento igual a administrados que se encontram em situagio equivalente, Exige, desse modo, uma igualdade na lei e perante a lei, tratar desigualmente os desiguais na medida de DESCONCENTRACAO Na desconcentragio as atribuigées sito repartidas entre érgaos puiblicos pertencentes a uma tiniea pessoa juridica, mantendo a vineulagia hiersirquica. ios niio possuem capaeidade processual pois niio tem personalidade juridiea DESCENTRALIZAGAO Ja na deseentralizagao, as competéncias administrativas sio exereidas por pessoas juridicas auténomas, criadas pelo Estado para tal finalidade. Exemplos: autarquias, fundagies piblicas, empresas piiblieas e sociedades de economia mista, O instituto fundamental da descentralizagao é o de entidade, Nos termos do art. 1°, § 2°, Il, da Lei n, 9.784/99, entidade é a unidade de atuagio dotada de personalidade juridica propria. Tendo personalidade autnoma, tais entidades respondem judicialmente pelos prejuizos causados por scus agentes piblicos 3.7 ENTIDADES DA ADMINISTRACAO PUBLICA INDIRETA A Administragao Pabliea Indireta ou Descentralizada é compasta por pessoas juridicas auténomas com natureza de direite pablico ou de direite privade. Sao pessoas de direito piblico: autarquias, fundacdes pilblicas, agéncias reguladoras e associagdes piiblicas Possuem personalidade de direite privado; empresas pal de economia mista ¢ fundagdes governamentais. iS, sociedades 3.7.1 Autarquias sdo pessoas juridicas de dircito piblico interno, pertencentes stragdo Publica Indireta, criadas por lei especifiea para o exercicio de atividades O conceito legislativo de autarquia & apresentado pelo art, 5°, 1, do Deereto -Lei fn, 200/67: servigo auténoma, eriado por lei, com personalidade juridica, patrimOnio ¢ receita proprios, para executar atividades tipicas da Administragio Publica, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestio administrativa e financeira descentral la. As autarquias possu juridicas: 2) so pessoas juridicas de direito piiblico b) sie criadas.e extintas por lei especifica afasta a possibilidade de criagiio de tais entidades por meia de leis a) multitematieas. as seguintes caracteristicas by Em ©) respeito ria das formas, se d) acriagio depende de lei, xtingdo de €) autarquia igualmente exige lei especifica, sendo f) inaplicdyel o regime extintive falimentar; dotadas de autonomia gereneial, argamentiria e patrimoniak: autonomia capacidade de autogaverno representando um nivel de liberdade na gestio de i ntermediirio entre a subordinagio hierarquica e a se independéncia Assim, Publica Di ministerial jutarquias nfo estio subordinadas hierarquicamente 4 Administragio mas sofrem um controle finalistico chamado de supervisiio ou tutela nunca exercem atividade econdi autarquias somente podem desempenhar atividades tipicas da Administragaio Pablica (art, $°, 1, do Decreto -Lei n, 200/67), como prestar servigos piiblicos, exercer o poder de policia ou promover o fomento siio imunes a impostos: por forga do art. 150, § 2°, da Constituigio Federal, autarquias nfo pagam nenhum imposto, Em razio de a norma mencionar somente impostos, taxas, contribuigdes de melhoria, empréstimos campulsérios e contribuigdes especiais, sito devidos normalmente. seus bens siio piiblicas: os bens pertencentes ‘is autarquias so revestidos dos atributos da impenharabilidade, inalienabilidade c imprescritibilidade praticam atos administrativos: os atos praticados pelos agentes piblicos pertencentes ‘as autarquias classificam -se como atos administrativos sendo dotados de presungio de legitimicade, exigibilidade, imperatividade e autoexceutarie dade; celebram contratos administrativos © regime normal de contratacao é estatutdrio: em regra, os agentes piblicos pertencentes as autarquias ocupam cargas piiblicos, compondo a categoria dos servidores piiblicos estatutdrios. A contratacdo celetista é excepcional; possuem as prerragativas especiais da Fazenda Publica: as autarquias possuem todos os privilégios processuais caracteristicos da stuagio da Fazenda Piiblica em juizo, ‘como prazos em dobro para recorrer ¢ em quiidruplo para contestar, desnecessidade de adiantar custas processuais e de anexar procurago-do representante legal, dever de intimagao pessoal, execugiio de suas dividas pelo sistema de preeatérias ete. as autarquias responder objetivamente, isto &, sem necessidade de comprovagio de culpa ou dolo, pelos prejuizos eausados por seus agentes a particulares. Além de objetiva, a responsabilidade também ¢ direta, porque é a propria entidade que deve ser acionada judicialmente para reparar os danas patrimoniais que causar. A Adminisiragia Direta (entidades federativas) 56 podera ser acionada em cardter subsidiaria, vale dizer, na hipotese de a autarquia ndo possuir condigdes patrimoniais © ‘orgamentirias de indenizar a integralidade do valor da condenagio; 3.7.2 Fundagées publicas Fundages publicas so pessoas juridicas de direita pablieo interno, instituidas por lei especifica mediante a afetagao de um acervo patrimonial do Estado 2 uma dada finalidade piblica, Exemplos: Funai, Funasa, IBGE, Funarte e Fundagio Biblioteca Nacional. De acordo com 0 emtendimento adotado pela maioria da doutrina ¢ pela totalidade dos concursos piiblicos, as fundagdes piblicas sio espécies de autarquias revestindo -se das mesmas caracteristicas juridicas aplicdveis ds entidades autdrquicas. Podem exercer todas as atividades servigos pill ipicas da Administragio Pablica, como prestar licos e exercer poder de policia Agencias reguladoras As agéneins reguladoras sio autarquias com regime especial, possuindo todas as caracteristicas juridicas das autarquias comuns mas delas se diferenciando pela presenga de duas peculiaridades em seu regime juridico: 2) dirigentes estiveis: a0 contririo das autarquias comuns, em que os dirigentes ‘ocupam cargos em comissio exoneriveis livremente pelo Poder Executivo, nas agéncias reguladoras os dirigentes sio protegides contra o desligamento imotivade. mandatos fixos: diferentemente do que ocorre com as demais autarquias, nas agéncias reguladoras os dirigentes permanccem na fungio por prazo determinada sendo desligados automaticamente apés © encerramento do mandate, é-vedada a edigao, pelas agéncias, de atos administratives gerais ¢ abstratos. 3.7.4 Agéncias executivas agéncias executivas € um titulo atribuide pelo governo federal a autarquias, fundagées piblicas ¢ rgios que celebrem contrat de gestio para ampliagio de sua autonomia mediante a fixagdo de metas de desempenho. As caracteristicas fundamentais das agéncins executivas sfo-as seguintes: ay sio autarquias, fundagdes ¢ orgdos que reeebem a qualificagao por deereto do Presidente da Repiblica ou portaria expedida por Ministro de Estado; b) celebram contrato de gestio com o Ministério supervisor para ampliagao da ico de reestruturagdo ede desenvolvimento institucional, voltado para a melhoria da qualidade da gestdo ¢ para redugdo de custos Existom somante ne dimbite federal Associagées piiblicas Canséreia piiblica ¢ 0 negécio juridico plurilateral de direito ptiblico que tem por objeto medidas de nufitua cooperagao entre entidades federativas, resultando na eriagao de uma pessoa juridica auténoma com natureza de privado ou de direito publica, s consércios de direito privado nfo integram a Administragio; associngiio piiblica: se as entidades consorciadas optarem por conferir natureza juridica de direito pablico,a nova pessoa juridica reeebe a denominagao de associagao piblica, De acordo com a tegra prevista no art, 6° da Lei n, 11,107/2005, a associagio piiblica integra a Administragao Pablica Indireta de todos os entes cansorciados, associngdes piiblicas sio pessoas juridieas de direito publico interno pertencentes 4 Administragio Pablica Indireta. 3.7.6 Empresas estatais Empresas pliblicas ¢ sociedades de economia mista tem personalidade de direito privado. sofrem controle pelos Tribunais de Contas, Poder Legislativo ¢ Judicirio; Dever de contratar mediante prévia li citagiio, obrigatoriedade de realizagao de concurso piiblico proibigao de acumulagao de cargos, empregos ou fungdes piblicas contratagdo de pessoal pelo regime eeletista de emprego publico, com excegao dos dirigentes, sujeitos ao regime comissionado (cargos “de confianga”), remuneracio dos empregos no sujeita a0 teto constitucional, exceto se receberem recursos piiblicos para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral impossibilidade de faléncia 3.7.6.1 Empresas publicas Empresas piiblicas sio pessoas juridicas de direito privado, criadas por autorizagio legislativa, com totalidade de capital publica e regime organizactonal livre. 0 conceito legislative esti previsto no art. 5°, II, do Decreto -Lei n. 200/67: empresas piiblicas so entidades dotadas de personalidade juridica de dircito privado, com patriménio préprio ¢ capital exclusive da Unio todo capital & publico: nas ‘empresas piiblicas nio existe dinheiro privado integrando Ko capital soci suas demandas sio de competéne da Justiga Federal 3.7.6.2 Sociedades de economia mista Sociedades de economia mista so pessoas juridicas de direito privado, criadas mediante autorizagao legislativa, com maioria de capital puiblico.e organizadas obrigatoriamente como sociedades andnimas. demandas sio julgadas na justi¢a comum estadual ATOS ADMINISTRATIVOS Nem todo ato da Administragio é ato administrativo. nem todo ata juridico praticado pela Administragao ¢ ato adm nem toda ata administrative ¢ praticade pela Administragio, istrative; cinco atributos: a) presungdo de legitimidade; b) imperatividade; c) ex c) autocxeeutoriedade; e) tipicidade idade; 0 Judiciario nao pode apreciar de oficio a nulidade do ato administrativo. 1« 4.8.2 lmperatividade ou coercibilidade atributo da imperatividade significa que 0 ato administrativo pode eriar unilateralmente obrigagdes aos particulares, independentemente da anuéneia destes. 4.8.3 Exigibilidade A exigibilidade, portanto, resume «se ao poder de aplicar sangées administrativas, como multas, adverténcias ¢ interdigo de estabelecimentos comerciais. 4.8.4 Autoexecutoriedade Trata -se de uma verdadeira * autorizagio judicial. toexecutoriedade” porque é realizada dispensando So exemplos de autoexecutoriedade a) guinchamento de carro parado em local proibidl b) fechamento de restaurante pela vigilincia sanitaria; )apreensiio de mercadorias can traban deadas; d) dispersio de passeata imoral; ¢) demoligio de construgao inegitlar em Grea de manancial; 1 requisigao de eseada particular para combater incéndio; 8) interdigao de estabelecimento comercial irregul 4.8.5 Tipicidade A tipicidade diz respeite a necessidade de respeitar -ve a finalidade especifica definida ha [ei para cada especie de ato adininistrativo, Dependendo da finsilidade que a Administragio pretende aleangar, existe am ato definido em tei.» Vilida para todos os atas administrativos unilaterais, « tipicidade protbe, por exemplo, que a regulamentacio de dispositivo legal seja promovida utilizande- -se uma portaria, ja que tal tarefa cabe tegalmente a outta categoria de ato , 0 decreto. (Os elementos de existéncia do ato adminidtrativo sio contetide e forma. Objeto do ato administrative é 0 bem ow a pessoa a que o ato faz reféréneia. 4.10 MERITO DO ATO ADMINISTRATIVO: Mérito ou merecimento ¢ a margem de liberdade que os atos discriciondirios recebem da lei para permitir aos agentes piblicos escolher, diante da situagdo conereta, gual a melhor maneira de atendor ao interesse publica, Trata -se de um juizo de conveniéneia ¢ oportunidade que constitui o néelen da fungdo tipiea do Poder Executivo, razio pela qual é vedado a0 Poder Judiciirio controlar 6 mérito do ato administrative, essa margem de liberdade pode residir no mative ow no objeto do ato discricionsrio. M 6 ; i t Oriste 0 juizode aportunidade diz respetto a0 mamento e ao motivo censejadores da pritica do ato Quanto ao juizo de conyeniéneia, relaciona -se diretamente com a esealha do conieddoc a intensidade dos efeitos do ato juridico praticado pela Administragio. 4.14 REQUISITOS DO ATO ADMINISTRATIVO Competéncia ou sujeito: o primeiro requisito de validade do ato administrative Edenominado competéncia ou sujeito. A competéncia ¢ requisito vinculad: emi regra, a competncia adiministeativa pode ser transferida temporariaimente mediante delegagao au avocagio. Porém, sio indelepaveis: competéncias exelusivas, a edicio de aatos normativos ¢ a decisio de recursos (art. 13 da Lei n, 9.784/99) O objeto é requisito discricionario Forma: é requisito vincutado, envolvende o made ile exteriarizagaa © os procediinentas prévios exigidos na expedicio do ato administrative, Motivo: ¢ a situagde de fate ¢ o fundamento juridien que autorizam a pritica do ato. Constitui requisite diserielonario porque pode abrigar margem de liberdade outorgada por lei ao agente piblico. Kinalidade: requisite vineutado Atos vinculados sio aqueles priticos pela Administragio sem margem alguma de liberdade, pois lei define de antemao todos os aspectos da conduta, Atos vinculadas ndo podem ser revogados porque mo possuem mérito, que é 0 jul zo de conveniéncia e opartunidade relacionado a pratiea do ato, Enttetanto, podein ser iitulidos por vieio de legalidade. Atos disericionirins sip praticades pela Administragio disponde de margem de liberdade para que o agente publico decida, diante do caso concrete, qual a melhor maneira de atingir o interesse pablico. Os atos discriviondrios sto earucterizados pela existéncia de um fuize de conveniéneia © oportunidade no motive ou no objeto, conhecido como mérito, Por isso, padem tao ser anuladas na hipotese de vicio de legalidade quanto revogades por razdes de interesse paiblico Convém nélembrar que os atos discticiondrios esto sujeitos a emplo controle de legalidade perante 0 Judiekrio. Ao juiz & proibido somente revisar o mérito do-ato Disericiondrio. alos simples si aqueles que resultam di manifestagio de um anien érgiio, soja singular (simples singulares) ou colegiado (simples colegiais ou coletivos), aatos comipastos so aqueles praticados por um vinico érgito, mas que dependem da verificagio, visto, aprovaciio, amuéncia, homologagao ou™de acordo™ por parte de outro, como cundigao de exequibitidade, No ato compost, a existéneia, a validade ¢ a eficdeia dependem da manitestagio do primeiro érgio (ato principal), mas a execugio fica pendente até a manifestagaio do ‘outro érgio (ato secundaria). atos complexos sdo formados pela conjugacdo de vontades de mais de um drgito. A manifestagio do segundo érgio é elemento de existéneia do ato complexe. Somente apés, 0 ata toma -se perfeito, Com a in te gragdo da vontade do segundo drgio, & que passa a ser alacdvel pela via judicial ou adminisirativa, ‘Simptes Manitestaco de um tinico digo A vaniade do nico drgto torna © ato existente, valde e eflcaz Mosmo 0-0 drgao for colegiado, 0 ato 6 simplos Compesto Praticado por um digi, mae sujeits 8 aprovagie de outro EX Auta de infragsa que depende: do visio de auloridade superior A voriiade do segunda drado € condigso de exequibilidade do ato, Apareceu na prova ‘condi de exequiblidade”, 0 ato é composto, ‘Complaxo Conjugarao de ventadios de mais de um drgao EX Investidura de funciondrio A vontade da segundo digo ¢ elemento de existéncia do.ato, No ato complexo. as duas vontades se funder na pritica de ato uno, A competéncia para expedigaio de atos normativos € indelegavel atos internos: produzem efeitos dentro da Administracao, vinculando somente ‘radios © agentes pitblicas. Por alcangarem somente o ambiente ac doméstico, nio exigem publieagao na imprensa oficial, bastando cientificar os interessados. Exemplos: portaria ¢ instrugiio ministerial; atos e3 estab srnos: produzem efeitos perante tereeiros. Exemplo: fechamento de ento ¢ licenga atos de império: praticados pela Administragao em posigio de superioridade diante do particular, Exemplos: desapropriagio, multa, interdigio de attvidade atos de gest: expedides pela Administragdo cm posicda de igualdade perante 0 particular, sem usar de sua supremacia e regidos pelo direite privado. Exemplos: locagio de imével, alienagao de bens pablicos, atos de expediente: dio andamento a pracessos administrativos. Sao atos dle rolina interna praticades por agentes subalternos sem competéncia deciséria, Exemplo: numeragdo dos autos do proceso. atos unilaterais: dependem de somente uma vontade. Exemplo: licenga atos bilaterais: dependem da anuéneia das duas partes. Exemplo: contrato administrative, atos constitutivos: criam novas situagées juridi em escola pibli Exemplo: admissio de al atos extintivos ou desconstitutives: extinguem situagies juridicas. Exemplo: demissao de servidor; aatos declaratérios ou enunciatives: visam preservar direitos e afirmar situagdes proexistentes. Exemplos: certidiia ¢ atestado; atos alienativos: realizam a transferéncia de bens ou direitos a terceiros. Exempla: venda de bem piblico atos modificativos: alteram situagdes preexistentes. Exemplo: alteragdo do local de reuniio; atos abdicativos: aqueles em que o titular abre mio de um direito. Exemplo: renincia 4 fungao publica, {tos precdrios: expedidos pela Administragdo Pablica para eriagio de vinculos 0s efémeras ¢ temporirios, passiveis de desconstituigio a qualquer momento autoridade administrativa diante de razdes de interesse piiblico superveniente. Pela sua propria natureza, nilo geram direito adquirido permanéncia do beneficio Exemplo: autorizasio para instalagio de banca de flores em calgada. 4.13.3.12 Quanto ao modo de execugao atos autoexeentérios: podem cordem judicial, Exemplo: requi exeeutados pela Adm igdio de bens; tragiio sem nee tos niio autoexecutérios: dependem de intervengio do Poder Judi para produzir seus efeitos regulares, Exemplo: execugio fiscal ATOS ORDINATORIOS portarias:.Sio expedidas por chefes de érgiios ¢ repartigdes puiblicas, As portarias nunea podem ser baixadas pelos Chefes do Executiv 4.44.3 Atos negociais. strative unilateral, dectaratério ¢ vinculado que libera, a todos que preencham os requisitos legais, o desempenho de atividades em principio vedadas pela lei, Trata -se de manifestagao do poder de policia desbloqucando atividades cujo exercicio depende de autorizagio da Administragao. Exemplo: licenga para construir licengaz constitui ato adh autorizagio: ato unilateral, discricionario,constitutive ¢ precdrio expedido para a realizagao de servicos ou a utilizagao de bens piiblicos no interesse predominante do particular, Exemplos: porte de arma, mesas de bar em calgadas ¢ autorizagio para exploragio de jazida mineral permissio: ato unilateral, disericioniirio (corrente majoritiria) e preeario que faculta o exercicio de servigo de interesse coletivo ou a utilizagao de bem piiblico Difere da autorizago porque a permissio é outorga no interesse predominante da coletividade.- toda permissio deve ser precedida de 4.15 EXTINGAO DO ATO ADMINISTRATIVO Retirada do ato: é a forma de extingao mais importante para provas € concursos piblicos. Ocorre com a expedigio de um ato secundério praticado para extinguir alo anterior. As modalidades de ret caducidade ¢ contraposigao Por envolver questo de mérita, a revogagaio Publica, ¢ niio pelo Judiciari, pode ser praticada pela Administragio A revogagiio é de campeténeia da mesma autoridade que praticou 0 ato revogado. Obs: Quando Judieidrio eo Legislative praticam atos administrativos no exereicio de fungao atipiea, a revogagio pode ser por eles determinada. £ vedado ao Judictirio revogar ato praticado por outro Poder. Além disso, a revogagio s6 pode extinguir ates disericioni nijo admitem reavaliagio do interesse piblico $ porque atos vinculados a revogaciio produz efeitos Futuras, n retroativas, ex nunc ou proativos, O ato revocatario ¢ ato secundiirio, constitutive ¢ discricionario, O ato revocatorio deve ter obrigatoriamente a mesma forma do ato revogado, A competéneia para revogar atos administrativas. eimprescritivel, intransmissivel, irrenuneiivel O ato anulatério tem natureza vinculada, sendo insuscetivel de revogacio, Por tal motivo, ¢impossivel revogar a anulagio. A revogagio de atos precirios ou de vigéneia indeterminada nio gera, porém, dever de indenizar, pois neles a revogabilidade a qualquer tempo é inerente a natureza da vaniagem estabelecida, Ao contririo da revogagaa, a anulagio pode ter como sujeito ative a Administragio ou © Poder Judiciario, dircito da Administrago de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoriveis para os destinatarios decai em einco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada mi -fé", Jia anulagio via Poder Judicidrio é decoremte do controle externo exercido sobre a atividade administrativa e sujeita -se ao prazo prescricional de cinco anos (art. 1° do Decreto n, 20.910/32). Sdo passive Defeitos no objeto, motivo ou finalidade de convalidaco os atos com defeito na competéncia ou na forma. Jo insandveis, obrigando a anulagio do ato, A convalidagiio ¢ uma decisiio disericioniria. 5.2 PODER VINCULADO Onde houver vinculagao, o agente pablico é um executor da vontade legal ples Na discricionariedade, o legislador atribui certa competéncia a Administragio Publica, reservando uma margem de liberdade para que o agente publico, diante da situagio conereta, possa selecionar entre as opgdes predefinidas qual a mais apropriada para defender o interesse publica, Importante destacar, ao final, que os autores so undinimes em admitir amplo controle judicial sobre o exercicio do poder discriciondrio, exceto quanto ao mérite do ato 5.4 PODER DISCIPLINAR O poder disciplinar consiste na possibilidade de a Administragio aplicar punigies aos agentes piblices que cometam infragdes funcionais, Assim, trata -se de poder interno, nao permanente ¢ disericionario. interno porque somente pode ser exercido sobre agentes piiblico, nunca em relagao a partieulares. Importante frisar que, constatada a infragdo, a Administragdo é obrigada a punir seu agente, E um dever vineulado, Mas a esealha da punigao ¢ disericionsri: PODER HIERARQUICO Importante destacar que no existe hierarquia entre a Administragio Direta eas entidades componentes da Administragio Indireta, A autonomia caracteristica das autarquias, fundagdes pablicas ¢ empresas governamentais repele qualquer subordinagio de tais entidades perante a Administragdo Central. O poder hicrirquico também nio é exereido sobre érgios consultivos. a delegagio pode ser revogada a qualquer tempo pela autoridade delegante, aregra é a delegabilidade da competéneia, Porém, « propria legislagiio assevera que trés competéncias administrativas sie indelegiveis: ato de carater normative recursas administrativos matérias de eompeténcia exclusiva 5.5.2 Avocagao de competéncia Diante de motivos relevantes devidamente justifieados, o art, 15 da Lei n, 9.784/99 permite que a autoridade hierarquicamente superior ehame para si a competéneia de um érgio au agente subordinado. 5.6 SUPERVISAO MINISTERIAL A supervisio ministerial, ou controle mi Ministérios Federai entidades pertencent sterial, € 0 poder exercido pelos pelas Sccretarias Estaduais ¢ Municipais, sabre érgios ¢ 4 Administragao Pablica Indireta, Como as entidades descentralizadas so dotadas de autonomia, inexiste subordinagao hierirquica exercida pela Administragdo Direta sabre tais pessoas autGnomas, Assim, os drgiios da Administragio central desempenham somente um controle finalistice sobre aatuacao de autarquias, fundages piblicas ¢ demais entidades descentralizadas. Diante da autonomia das entidades descentralizadas, as decisis por elas expedidas, em principio, ndo se sujcitam a recurso hierirquico dirigide a Ministro de Estado da respectiva pasta, Porém, hi casos excepeionsis de expressa previsiio legal de recurso: contra decisio das emidades descentrabizadas enderegado a Administragio direta, E 0 chamado recurso hierarquico impréprio. O certo ¢ que decretos ¢ regulamentos sido atos administrativos e, como tal, encontram -se em posigao de inferioridade diante da lei, sendo -Ihes vedado eriar obrigagies de fazer ou deixar de fazer aos particulares, sem funcamento direto na lei nfo pode ser objeto de delegacio a edigio de atos de earater normativo. Eniretanto, o pardgrato dinico do art, 84 da Constituigao Federal prevé a possi de 0 Presidente da Repablica delegar aos Ministros de Estado, a0 Procurador ~Geral da Repablica ou av Advogade -Geral da Unido a competénci para dispor, mediante decreto, sobre as hipateses do art, 84, parigrafo tiniea, da CI como 08 linicos casos adm: idade los de delegagdo de competéncia regulamentar, Poder de policia é a atividade da Administragio Poblica, baseada na na supremacia geral, consistente no estabelecimento de limitagées 4 liberdadee propriedade dos particulares, regulando a préitica de ato ou a abstengio de fata, manifestando -se por meio de ates normatives ou concretos, em beneficio do interesse puiblico. naturera discricioniria (regra geral): na esteira daquilo que tradicionalmente se compreende como a natureza juridica do poder de policia, trata -se de atribuigao discriciondria, exeegdo Feita a casos raros, como a licenga, em que prepondera o carter vinculado da atribuigio; ‘ poder de policia é; discricionario ¢ € indelegdvel O tombamento nfio transforma a coisa tombada em bem priblico, mantendo -a no dominio do seu proprictirio. Mas sujeita 0 dono a uma série de restrigdes extensivas também a tereeiras, Responsabiidade objetiva do estado Divisor de éguas no a tearia abjetiva, ‘ito brasileiro, a Constituigio de 1946 passou a adotar A Carta de 1967, em seu art. 105, actescentou a necessidade de comprovagio de culpa ou dolo para responsabilizagio do agente pablico na acho regressiva, A Constituigiio Federal de 1988, em seu art. 37, § 6°, estabelece que “as pessoas Juridicas de dircito piblico & aie WHFEHE va prestaITAN Me EFVIEHS HADNEOS responderdo pelos danos que scus agentes, nessa qualidade, eausarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra 0 responsiivel nos easos de dolo ou culpa O direito positive brasileiro, com as excegdes acima mencionadas, adota a responsabilidade objetiva na variagao da teoria do riseo administrativo. reconhece exeludentes da responsabilidade estatal. Excludentes sio circunstineias que, ocorrendo, afastam o dever de indenizar. Siio trés: culpa exclusiva da vitima ocorre culpa exclusiva da vitima quando o preju consequéncia da intengdo deliberada do préprio prejudicado. og b) forga maior: 6 um acontecimento involuntéria, imprevisivel e incontrolivel que rompe o nexo de causalidade entre a agdo estatal ¢ 0 prejuizo sofrido pelo particular. Exemplo: crupgio de vuledo que destréi vila de casas. culpa de terceiro ocorre quando o prejuizo pode ser atribuido a pessoa estranha a08 quadros da Administragao Publica, 0 caso fortuita adutara. -exclui a responsabilidade estatal; Exemplo: rompimento de Para configuragaio da responsabilidade estatal ¢ irrelevante a ficitude ou iticitude do ato lesivo, bastando que haja um prejuizo decorrente de ago ou omissiio de agente piiblico para que surja.0 dever de indenizar. 6.11 RELAGOES DE CUSTODIA Por isso, a responsabilidade estatal ¢ objetiva inclusive quanto a atos de terceiras (Os exemplos mais comuns siio: o preso morto na cadeia por outro detento; a crianga vitima de briga dentro de escola piblica; bens privados danificados em galpao da Receita Federal, Quanto a0 fato de tereciro, néo constitui excludente da responsabilidade nos casos de custddia, em razio do mais acentuado dever de vigilincia e de protegio atribuido a0 Estado nessas relagdes de sujeigio especial. prazo prescricional para propositura da ago indenizaérin é de trés anos contatos da ocorréneia da-evente danoso 6.14 ACAO REGRESSIVA A acio regressiva é proposta pelo Estado contra o agente piblice causador do dano, nos casos de culpa ou dolo (art. 37, § 6°, da CF). Tem como pressuposto ja ter sido 0 Estado condenado na agio indenizatéria proposta pela vitima, baseado no art. 37, § 5°, da Constituigao Federal, de que a ago regressiva é impreseritivel Entretanto, quando se tratar de dano causado por agente ligado a empresas piiblicas, sociedades de economia mista, fundagdes governamentais, concessionirios € permissionarios, isto é, para pessoas juridicas de direito privade, o prazo é de trés anos (art, 206, § 3°, V, do CC) contados do transito em julgado da decisdio condenatéria. 6.16 RESPONSABILIDADE DOS CONCESSIONARIOS O ant. 2% III, da Lei n. 8.987/95 define concessio de servigo piblico: “a delegagio de sua prestag te licitagdo, na modalidade dec presas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta ¢ risce e por prazo determinado”” Assim, a responsabilidade primaria pelo ressarcimento de danos decorrentes da prestagio é do concessionério, eabendo ao Estade concedente responder em cariter subsidirio, art, 37, § 6°, pritneira parte, da Constituigao Federal: "As pessoas juridicas de direito piblico ¢ as de direito privado prestadoras de servigos piblicos responderao pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a lerceiro: Toda entidade governamental, de qua mantidas com auxilio de verbas pill juer Poder, assim como instituigdes privadas s, deve licitar Licitagdes Mesmo apés a realizagao da licitagao, “a Administragdo Pablica nio é obrigada a celebrar 6 contrato”, de modo que o vencedor do procedimento lieitatério possui somente expectativa de direito a celebragao do contrato, ¢ nie direito adquii do; segundo a Constituigae Federal de 1988, a competéncia para legislar sobre licitagdes éprivativa da Unido, mas a doutrina considera que a competéncia ¢ eoncerrente, 7.42.6 Empresas estatais exploradoras de atividade econémica Empresas piblicas ¢ sociedades de economia mista sio pessoas juridicas de direito privado pertencentes a Administragio Pablica indireta e, nessa condigio, encontram se submetidas ao dever de licitar. Contratos administrati vos desigualdade entre as partes: no contrato administrativo, as partes envalvidas iio esto em posigao de igualdade. Isso porque o interesse piblico defendido pela Administragiio ¢ juridicamente mais relevamte do que o interesse privado do contratado, Por isso, 10 contririo da horizontalidade vigente nos contratos privados, ‘0s contratos administrativos caracterizam -se pela verticalidade, pois a Administracao Publica ocupa uma posigio de superioridade diante do particular, revelada pela presenca de eliusulas exorbitantes que conferem poderes especiais a Administragao contratante; excepcianalidade dos contratos de atribuicio: no Direito Administrative, predominam contratos de colaboracio, que sio aqueles firmados no interesse da. Administragaio.Os contratos de atribuigdo constituem exeegies, pois neles prepandera 0 interesse particular; Importante destacar que nem todos os servigas piblicas admitem delegagio de sua prestacdo a terceinos mediante contrato de concessio, Assim, sio insuscetiveis de concessio a terceiras: 8) 08 servigos piiblicos nao privativas do Estado: como ¢ 0 caso dos servigas de satide e educagiio, cuja prestagio é constitucionalmente facultada aos particulares mediante simples autorizagio do Estado; a legislagio brasileira trata da permissio como um eontrato de adesio. Eo que se depreende da leitura do art, 40 da Lei n, 8.987/95: “A permissao de servigo piblico seri formalizada mediante contrato de adesio, que observari os termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de licitago, inclusive quanto ‘a precariedade e & revogabilidade unilateral do contrato pelo poder concedente”. A precariedade significa, afinal, que a Administragao dispde de poderes para, fexivelmente, estabelecer alteragdes ou encerri -la, a qualquer tempo, desde que fundadas razies de interesse piblico 0 aconselhem, sem obrigagio de indenizar 0 permissionario".: 8.11.13 Contrato de convénio jicas Conv o acorde administrativo multilateral firmado entre entidades pill de qualquer espécie, ou entre estas ¢ organizagées particulares,.« visande a cooperagao reciproca para alcangar objetivos de interesse comum a todos os conveniades, Os convénios diferem dos consorcias, essencialmente, quanto a dais pontos: 8) convénios podem ser celebrades entre quaisquer entidades pilblicas, ou entre estas ¢ organizagdes particulares; consdrcios so firmados somente entre entidades federativi Assim, podemos conceituar agentes piiblicos como “todos aqueles que tém uma vinewlagio profissional com o Estado, mesmo que em cardter tempordrio ou sem remuneragio” 9.3 OCUPANTES DE CARGOS EM COMISSAO Conhecidos popularmente como “cargos de confianga”, os cargos em comissdo ‘ou comissionados esto reservados a atribuigdes de direeio, chefia ¢ assessoramento (art. 37, V, da CF). Qualquer outra atribuigio de fungao a comissionados — e que ndo envolva diregdo, chefia ou assessoramento — deve ser considerada como inconstitucional, ‘Tais eargos sio acessiveis sem concursa puiblieo, mas provides por nomeagio politica De igual modo, 2 exoneragio 6 ad nutuns, padendo os comissionados ser desligados do cargo imotivadamente, sem necessidade de garantir contraditério, ampla defesa e direito ao devido processo legal. NB se deve confundir, porém, cargo de confianga (comissionado) com fungio de confianga. As fungdes de confianga também se relacionam exelusivamente com atribuigdes de direeda, chefia e assessoramento (art. 37, V, da-CF), mas s6 podem ser exercidas por servidores de carreira. Pressupdem, portanto, que 0 individuo que iri exercer a fungao de confianga pertenga a08 quadras de pessoal da Administragao, Exemplo: a fungao de chefia na procuradoria do municipio 36 pode ser exercida por um procurador concursado, A livre nomeagio para HERB cc confianca, portanto, depende de vinculagiio prévia com 0 servigo piblico, A eontratagio temporiria, como-se nota, no se rege pela Lei n. 8.112/90 —0 Estatuto do Servidor Patblico Federal, Apés a posse, os empregados piblicos nio tém estigio probatério, mas se sujeitam ao periodo de experiéncia com duragio de naventa dias, previsto no art. 455, parigrafo tinico, da Consolidagio das Leis do Trabalho. E relevante destacar que o art. 118 da Lei n. 8.112/90, em que pese ser esta uma lei aplicavel somente ao ambito da Unido, estende a proibigao de acumular eargas au empregos piiblicos as entidades da adh do indireta de Distrito Federal, dos Estados, dos Territérios e dos Municipios, Tradicionalmente, a doutrina patria sempre sustentou que @ aprovagao em coneurso piiblico gera ao candidato somente expectativa de direito, e nio direito adquirido a posse no cargo. A Lei n. 8.112, de 11 -12 -1990, institui o “regime juridico dos servidores piiblicos s da Unio, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundagdes piblicas federais", sendo conhecida como Estatuto do Servidor Publica Federal Trata «se de lei aplicavel somente no Ambito federal, sujeitando especificamente os ocupantes de cargos piiblicos e cargos em comissio da Unido, bem como suas pessoas juridicas de dircito piiblico, isto €, as autarquias, fundagdes piblicas, agéncias reguladoras ¢ associagGes pitblicas federais ‘Quanto aos ocupantes de cargos piiblicas estaduais, suas regras de aluagaio devem ser estabelecidas em leis proprias promulgadas em cada uma das esferas federativas, A investidura em cargo piblico ocorre com a posse, A nomeagio em cariter efetive ¢ a tinica forma de provimento originirio na medida em que no depende de prévia relagio juridica do servidor com o Estado, contrale de mérito: ¢ exercido somente pela propria Administragio quanto aos juizos de conveniéncia e oportunidade de seus atos, Nao se admite controle do mérito de atos administrativos pelo Poder Judiciario, exceto quanto aos atos praticados pelo proprio Judicidrio no exereicio de fungio atipica, Exemplo: revogagio de ato administrativo 16.5 CONTROLE ADMINISTRATIVO controle administrative ¢ fundamentado no peder de autotutela que a Administragdio exerce sobre seus proprios atos. Tem come-objetivos a confirmagiia, corregao ou alteragiio.de comportamentos administ Os meios de controle administrative sio a supervi centidades descentralizadas e 0 controle hierarquice tipico dos Administragao direta. 16.5.1 Recurso hierdrquico préprio e impréprio Quanto aos recursos hierdrquicos, a doutrina identifica duas categorias: a) recurso hierarquico préprio: éaquele enderegado 4 autoridade superior ‘aque praticou o ato recorrido, Como tal recurso ¢ inerente & organizago escalonada da Administragio, pode ser interposto sem necessidade de previsio legal. Exemplo: recurso contra autuagio dirigido & chefia do setor de fiscalizagio; b) recurso hierdrquico impréprio: dirigido 4 autoridade que nfo seupa posigiia de superioridade hierairquiea cm relagio a quem praticau o ato recorrido, Tal modalidade de recurso sé pode ser interposta mediante expressa previsto legal. Exemplo: recurso contra decisfio tomada por autarquia enderegado ao Ministro da pasta a qual a entidade recorrida esta vineulada. art. 49, V:“E da competéncia exclusiva do Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de del , 0s Tribunais de Contas tém competéncia para fiscalizagio de quaisquer entidades piiblicas ou privadas que utilizem dinheiro piblico, incluindo as contas do Ministério Pablico, do Poder Legistativo edo Poder Judiciario, 16.7 CONTROLE JUDICIAL controle judicial das atividades administrativas E realizado sempre mediante provocacio, 17.2 LEI DO PROCESSO ADMINISTRATIVO — N. 9.784/99 Trata «se de uma lei aplicdvel exclusivamente ao Ambit da Unio, possuindo natureza juridica de lei federal na medida em que nao vincula Estados, Di Federal e Municipios. A Lei n. 9.784/99 também ¢ aplicdvel ao Legislative ¢ ao Judiciérie quando atua rem no exercicio de fungi Por isso, 0 art, 5° da Lei n, 9,784/99 afirma que o processo administrative pode iniciar se de officio ou a pedida do interessado Importante destacar que a capacidade, para fins de provesso administrativo, é eonferida aos maiores de dezoito anos, ressalvada previsio especial em ato normative proprio (art. 10 da Lei n. 9784/99). Em nenhuma hipétese, podem ser objeto de delegagio: a) a edigio de atos de carter normativo; b) a decisio de recursos administrativos; cc) as matérias de competén exclusiva do érgiio ou autoridade. delegagio ¢ avocagio constituem excegdes a regra geral da indelegabilidade de competéncias administrativas,

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