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Resul RESUMO DIREITO ADMINISTRATIVO Contetido 1. Administragao Publica pag. 02 2. Centralizagao e Descentralizagao pag. 04 3. Principios da Administragao Publica pag. 05 4, Relagdes Juridicas da Administracao Publica ¢/ Particulares pag. 08 5. Espécies de Regimes Juridicos pag. 09 6. Regime Juridico dos Servidores Publicos pag. 12 7. Contratos Administrativos pag. 19 8. Teoria Geral dos Atos Administrativos pag. 27 9. O Ato Administrativo e os Direitos dos Administrados pag. 32 10. Controle da Administragao Publica pag. 33 41. O Regime Juridico Administrativo pag. 37 12. Principios Constitucionais do Direito Administrativo pag. 38 13. Organizagao Administrativa pag. 41 14. Servidores Publicos pag. 47 15. Responsabilidade Civil do Estado pag. 57 16. Licitagao pag. 58 17. Bens Publicos pag. 67 Alexandre Jové Gramzotto Julho a Outubro / 2002 Resumao RESUMAO - DIREITO ADMINISTRATIVO 1. A_ADMINISTRACAO PUBLICA 4.1, CONCEITO: £ a atividade desenvolvida pelo Estado ou seus delegadas, sob o regime de Direito Publico, destinada a atender de modo direta & imediato, necessidades concretas da coletividade. € todo o aparelhamento do Estado para a prestacdo dos servicos piiblicos, para a gestéo dos bens publicos ¢ dos interesses da comunidade, * “A Administragao Publica direta e indireta ou fundacional, de qualquer dos poderes da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios, obedecerd aos principios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiéncia 4.2, CARACTERISTICAS: + praticar atos tio somente de execucao ~ estes atos sao denominados atos administrativos; quem pratica estes atos so 05 orgdos @ seus agentes, que S80 sempre publicos; * exercer atividade politicamente neutra - sua atividade é vinculada a Lei endo a Politica; * ter_conduta_hierarquizada — dever de obediéncia - escalena os poderes administrativos do mais alto escalao até a mais humilde das fungdes; © praticar atos com respensabilidade técnica ¢ legal — busca a perfeigao técnica de seus atos, que devem ser tecnicamente perfeitos e segundo os preceitos legais; * carter instrumental — a Administragao Publica é um instrumento para o Estado ‘conseguir seus objetivos. A Administrago serve ao Estado, * competéncia limitada — 0 poder de deciséo e de comando de cada area da Administragao Publica 6 delimitada pela drea de aluagao de cada orgao, 1.3, PODERES ADMINISTRATIVOS Vineulado: Quando a lei confers a Administra Pablieg adat_pasa_a—prdiioa-de- Discricionario: ‘Quando 0 Direito concede a Administragéo, de modo explicito ou ea ipa pa ee eae ee Normative: Embora a atividade normativa caiba predominantemente ao Legislativo, nele nao se exaure, cabendo ao Executive expedir regulamentos_e_outros_atos_ normatives de carter geral_e de efeitos externos. € inerente ao Poder Executivo, Resumao Direito Administrativo Hierarquico; E 0 meio de que dispde a Administragao Publica para distribuir e escalonar as i hos piblicos, i 5 seus agentes; ¢ ordenare rever a aluacso de seus agentes. Disciplinar: E conferida & Administragéo para apurar infracdes ¢ aplicar_penalidades administrativa, como é 0 caso das que por ela sao contratados; Poder de Policia: & a atividade da Administragao Publica que, limitando ou disciplinando: direitos, interesses ou liberdades individuais, regula a pratica do ato ou abstenco de fato, em razo do interesse publico. E aplicado aos particulares. Policia Administrativa = incide sobre bens, direitos e atividades; 6 regida pelo Direito Administrativo incide sobre as pessoas. destina-se & responsabilizago penal Policia Judiciaria Poderes Administrativos Caracteristicas Basicas > poder para a pratica de determinado ato, estipulando todos os| Vinculado requisitos e elementos necessérios a sua validade. > poder para a pratica de determinado ato, com liberdade de} Discriciondrio | cscotha de sua conveniéncia e oportunidade. Existe uma gradacSo. > cabe ao Executivo expedir regulamentos e outros atos de’ Normative carater geral e de efeitos externos. E inerente ao Poder Executivo i > — distribuir © escalonar as fungdes dos érgos publicos;| Hierarquico estabelecer a relagao de subordinagao entre seus agentes; Disciplinar > —_apurar infrag6es @ aplicar penalidades funcionais a sou agentes e demais pessoas sujeitas disciplina administrativa > limita ou disciplina direitos, interesses ou liberdades individuais; | Poder de Policia regula a pratica do ato ou abstengao de fato, em razao do interesse | publico. E aplicado aos particulares. LIMITACOES DO PODER DE POLICIA * Necessidade ~ o Poder de policia sé deve ser adotado para evitar ameagas reais ou provaveis de pertubagbes ao interesse publico; * Proporcionalidade > 6 a exigéncia de uma relagado entre a limitagao ao direito individual e 0 prejuizo.a ser evitado; * Eficacia > a medida deve ser adequada para impedir 0 dano ao interesse ptiblico. Resumao ATRIBUTOS DO PODER DE POLICIA Discricionariedade > Consiste na livre escolha, pela Administragao Publica, dos meios adequados para exercer 0 poder de policia, bem como, na op¢ao quanto ao contetido, das normas que cuidam de tal poder. Auto-Executoriedade > Possibilidade efetiva que a Administragao tem de proceder ao exercicio imediato de seus atos, sem necessidade de recorrer, previamente, ao Pader Judiciario. Coercibilidade -> E a imposigao imperativa do ato de policia a seu destinatario, admitindo-se até o emprego da forca publica para seu normal cumprimento, quando houver resisténcia por parte do administrado. Atividade Negativa -> Tendo em vista o fato de nao pretender uma atuagao dos particulares € sim sua abstengao, sdo Ihes impostas obrigagées de nao fazer. 2. CENTRALIZACAO E DESCENTRALIZAGAO MODALIDADES E FORMAS DE PRESTACAO DO SERVICO PUBLICO > CENTRALIZAGAO: é a prestagao de servicas diretamente pela pessoa politica Obs.: prevista constitucionaimente, sem delegacao a outras pessoas. Diz-se que a atividade do Estado 6 centralizada quando ele atua diretamente, por meio de seus érgaos. Orgios sao simples repartigbes interiores da pessoa do Estado, e, por isso, dele nao se distinguem. Sao meros feixes de atribuigdes - nao tém responsabilidade juridica propria — toda a sua atuacdo 6 imputada as pessoas a que pertencem, Séo divisées da Pessoa Juridica. * Se os services estéo sendo prestados pelas Pessoas Politicas ‘constitucionalmente competentes, estard havendo centralizagao. DESCENTRALIZACAO: a transferéncia de execugao do servigo ou da titularidade do servico para outra pessoa, quer seja de direito publico ou de direito privado. * Sdo entidades descentralizadas de direito piblico: Autarquias e Fundagées Publicas. + Sao entidades descentralizadas de direito privado: Empresas Publicas, ‘Sociedades de Economia Mista. * Pode, inclusive, a execugéo do servigo ser transferida para entidades que nao ‘estejam integradas a Administragéo Publica, como: Concessionarias de Servigos Publicos ¢ Permissionarias. Resumao Direito Administrativo + A descentralizagao, mesmo que seja para entidades particulares, nao retira o ‘carater pliblico de servigo, apenas transfere a execugdo. 3. PRINCIPIOS DA ADMINISTRACAO PUBLICA > Antigamente havia uma preocupacao doutrinaria no sentido de se orientar os administradores publicos para terem um comportamento especial frente a Administragao Publica. > Esse comportamento especial, regido por principios basicos administrativos, no Brasil foi aparecendo nas leis infraconstitucionais. Posteriormente, em 1988, os constituintes escreveram no art, 37 da CF um capitulo sobre a Administragao Publica, cujos principios séo elencados a seguir: 1) PRINGIPIO DA LEGALIDADE segundo ele, todos os atos da Administragao tém que estar em conformidade com os principios legais. > Este principio observa nao 36 as leis, mas também os regulamentos que contém as normas administrativas contidas em grande parte do texto Constitucional. Quando a Administragao Publica se afasta destes comandos, pratica atos ilegais, produzindo, por conseqiiéncia, alos nulos e respondendo por sangdes por ela imposias (Poder Disciplinar). Os servidores, ao praticarem estes atos, podem até ser demitidos. * Um administrador de empresa particular pratica tudo aquilo que a lei nao proibe. Ja o administrador puiblico, por ser obrigado ao estrito cumprimento da lei e dos regulamentos, sé pode praticar o que a /ei permite. E a lei que distribui competéncias aos administradores. 2) PRINCIPIO DA IMPESSOALIDADE > _no art. 37 da CF 0 legistador fala também da impessoalidade. No campo do Direito Administrativo esta palavra foi uma novidade. O legislador nao colocou a palavra finalidade. ‘Surgiram duas correntes para definir “impessoalidade" impessoalidade relativa aes administrados: segundo esta corrente, a Administragaa 86 pode praticar atos impessoais se tais alos vao propiciar © bem comum (a coletividade). A explicagdo para a impessoalidade pode ser buscada no proprio texto Constitucional através de uma interpretaco sistematica da mesma. Por exemplo, de acordo com o art. 100 da CF, “a excecdo dos créditos de natureza alimenticia, os pagamentos devidos pela Fazenda .....far-se-20 na ordem cronolégica de apresentagao dos precaférios ." . Nao se pode pagar fora desta ordem, pois, do contrario, a Administragao Publica estaria praticando: ato de impessoalidade: impessoalidade relativa a Administragao : segundo esta corrente, os ates impessoais se originam da Administragao, ndo importando quem os tenha praticado. Esse principio deve ser entendido para exciuir a promo¢do pessoal de autoridade ou servicos publicos sobre suas relagées administrativas no exercicio de fato, pois, de acordo com ‘0s que defendem esta corrente, os atos sio dos érgdos e nao dos agentes piiblicos; Resumao 3) PRINCIPIO DA FINALIDADE —relacionado_com a_ impessoalidade relativa & Administragao, este principio orienta que as normas administrativas tem que ter SEMPRE como OBJETIVO o INTERESSE PUBLICO. > Assim, se o agente puiblico pratica atos em conformidade com a lei, encontra-se, indiretamente, com a finalidade, que esta embutida na propria norma, Por exemplo, em relagdo a finalidade, uma reuniao, um comicio ou uma passeata de interesse coletivo, autorizadas pela Administrag3o Publica, poderdo ser dissolvidas, se se tornarem violentas, a ponto de causarem problemas & coletividade (desvio da finalidade). + Nese caso, quem dissolve a passeata, pratica um ato de interesse puiblico da mesma forma que aquele que a autoriza. O desvio da finalidade publica também pode ser encontrado nos casos de desapropriacao de iméveis pelo Poder Publico, com finalidade publica, através de indenizagoes ilicitas; 4) PRINCIPIO DA MORALIDADE > este principio esta diretamente relacionado com 08 préprios atos dos cidadaos comuns em seu convivio com a comunidade, ligando-se & moral e a ética administrativa, estando esta tltima sempre presente na vida do administrador publico, sendo mais rigorosa que a ética comum, > Por exemplo, comete ATO [MORAL 0 Prefeito Municipal que empregar a sua verba de representacdo em negécios atheios 4 sua condi¢ao de Administrador Publico, pois, E SABIDO QUE O ADMINISTRADOR PUBLICO TEM QUE SER HONESTO, TEM QUE TER PROBIDADE E, QUE TODO ATO ADMINISTRATIVO, ALEM DE SER LEGAL, TEM QUE SER MORAL, sob pena de sua nulidade. > Nos casos de IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, os governantes podem ter suspensos os seus direitos politicos, além da perda do cargo para a Administragao, seguindo-se o ressarcimento dos bens © a nulidade do ato ilicitamente praticado. HA um sistema de fiscalizagdo ou mecanismo de controle de todos os atos administrativos praticados. Por exemplo, o Congreso Nacional exerce esse controle através de uma fiscalizacao contabil externa ou intema sobre toda a Administragao Pablica. 5) PRINCIPIODA PUBLICIDADE-> ¢ a divulgagao oficial do ato da Administragao para a ciéncia do pliblico em geral, com efeito de iniciar a sua atuagao extema, ou soja, de gerar efeitos juridicos. Esses efeitos juridicos podem ser de direitos e de obrigagées. > Por exemplo, o Prefeito Municipal, com 0 objetivo de preencher determinada vaga existente na sua Administragaéo, NOMEIA ALGUEM para 0 cargo de Procurador Municipal. No entanto, para que esse ata de nomeagdo tenha validade, ELE DEVE Resumao SER PUBLICADO. E apés a sua publicagao, © nomeado tera 30 dias para tomar posse. Esse principio da publicidade ¢ uma generalidade, Todos os atos da Administragao tém que ser publicos. A PUBLICIDADE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS sofre as sequintes excegdes: nos casos de seguranga nacional: seja ela de origem militar, econémica, cultural etc... Nestas situagdes, os atos ndo so tornados piiblicos. Por exemplo, os érgaas de espionagem nao fazem publicidade de seus alos; nos casos de investigacao policial: onde o Inquérito Policial é extremamente sigiloso (6. @ agdo penal que é publica); nos.casos dos atos internos da Adm,Publica: _nestes, per nao haver interesse da coletividade, nao ha raz4o para serem publicos. > Por outro lado, embora os processos administrativos devam ser publi publicidade se restfinge somente aos seus alos intermediaries, ou sej determinadas fases processuais. > = Por outra lado, a Publicidade, ao mesmo tempo que inicia os atos, também possibilita aqueles que deles tomam conhecimento, de utilizarem os REMEDIOS CONSTITUCIONAIS contra eles. Assim, com base em diversos incisos do art. 5° da CF, o interessado poder se utilizar: do Direlto de Peticao; do Mandado de Seguranga (remédio herdico contra atos ilegais envoltos de abuso de poder); da Agao Popular, Habeas Data; * Habeas Corpus. > — Apublicidade dos atos administrativos é feita tanto na esfera federal (através do Diario Oficial Federal) como na estadual (através do Diario Oficial Estadual) ou municipal (através do Diario Oficial do Municipia), Nos Municipios, se ndo houver © Diario Oficial Municipal, a publicidade podera ser feita através dos jomais de grande circulagae ou afixada em locais conhecidos e determinados pela Administragao. > Por iiltimo, a Publicidade deve ter objetivo educativo, informativo e de interesse social, NAO PODENDO SER UTILIZADOS SIMBOLOS, IMAGENS ETC. que caracterizem a promogao pessoal do Agente Administrativo Resumao Direito Administrativo 4. RELAGOES JURIDICAS DA ADMINISTRAGAO COM PARTICULARES UNILATERAIS— — “atos administrativos”. BILATERAIS— “contratos _administrativos atipicos. ou semipiiblico _da Administragéo” (regidos pelas normas do Direito Privado ~ Civil; posi¢ao de igualdade com o particular contratante) ou “contratos administrativos tipicos ou propriamente dito” (regidos pelas regras do Direite Publico - Administrativo; supremacia da Poder Publico). MODALIDADES: - de colaboragao - 6 todo aquele em que o particular se obriga a prestar ou realizar algo para a Administragaa, camo ocorre nos ajustes de obras, servigos ou fornecimentos; € realizado no interesse precipuo da Administragao. = de atribuicao - 6 0 em que a Administracao confere determinadas vantagens ou certos direitos ao particular, tal como uso especial de bem publico; é realizade no interesse precipuo do particular, desde que no contrarie o interesse pu ESPECIES: = contrato de obra publica; = contrato de fornecimento e servigos; - contrato de consultoria publica; - contrato de permissao © concessio de uso e servi¢o; + contrato de risco; = contrato de gestao etc. PARTES: ‘CONTRATANTE — € 0 6rgao ou entidade signataria do instrumento contratual. ‘CONTRATADO — 6 a pessoa fisica ou juridica signataria de contrato com a Administracao Publica. PRINGIPIOS E FUNDAMENTOS REGENTES: Basicos > Resumao “lex inter partes’: (lei entre as partes) - impede a alteragdo do que as partes convencionaram; “pacta sunt servanda’: (abservancia do pactuado) - obriga as partes a cumprir fielmente o que avengaram e prometeram reciprocamente. Setoriais > norteadores dos contratos administrativos: * vinculagao da Administra¢ao ao interesse publica; * prescricdo de legitimidade das clausulas contratuais celebradas; + alterabilidade das cléusulas regulamentares: * excepcionalidade dos contratos de atribuigdo. CONTEUDO: tém que obrigatoriamente, aterem-se aos termos da lei e a presenga inaportavel da finalidade publica. LEGISLAGAO DISCIPLINADORA: — em nosso direito, compele & Unido expedir normas gerais sobre contratagao (art. 22, XXVIl, CF) - as referidas normas gerais, bem assim como a legisiagao especifica da Unido estao previstas + na Lei n° 8.66/93, com as alteracées introduzidas pelas Leis n°s. 8.883/94 e 9.648/98. + a Lei n° 8.66/93 estabelece normas gerais sobre “licitagées” e “contratos administrativos” pertinentes a obras, servicos, inclusive de publicidade, compras, alienagdes e locacdes no ambito dos Poderes da Unido, dos Estados, do DF e dos Municipios; além dos érgaos da administracao direta, subordinam a esta lei, os fundos especiais, as autarquias, as fundagdes piblicas, as empresas pubblicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta e indiretamente pela Uniao, Estados, OF e Municipios. REQUISITOS DE VALIDADE: citude do objeto e a propria forma do contrato, que preferencialmente, deve ser a prescrita em lei, embora nada obste a forma livre, desde que nao vedada em lei. REQUISITOS FORMAIS: deve mencionar: * Os nomes das partes e os de seus representantes; * a finatidade; * @ ato que autorizou a sua lavratura: * on" do processo de licitacao, da dispensa ou da inexigibilidade; * a sujeigo dos contratantes 4s normas da Lei n° 8.66/93 @ as cléusulas contratuais, Resumao Direito Administrativo * [bem como a publicagdo resumida do “instrumento do contrato™ 5. ESPECIES DE REGIMES JURIDICOS REGIMES JURIDICOS. + A Emenda Constitucional n° 19 ELIMINOU a exigéncia de REGIME JURIDICO UNICO para a administragao direta, autdrquica e fundacional. * Sabemos que a CF previu a existéncia de um REGIME JURIDICO UNICO (RJU) para os servidores da Administracao Direta, das Autarquias e das Fundacdes Publicas ~ esse Regime Juridico Unico é de natureza estatutéria e no Ambito da Unido esta previsto na Lei 8112/90, Regime Estatutario > estabelecide por lei em cada estera de govemno (natureza legal) + A-Lei n°9.962, de 22 de fevereiro de 2000 , disciplinou o regime de emprego pUblico do pessoal da Administragao federal direta, autarquica e fundacional, no ambite federal. Determinou a aplica¢éo do regime celetista aos servidores federais. * No entanto, 0 referido regime apresenta peculiaridades, aplicando-se a Jegistagao trabaihista naquilo que a fei nao dispuser em contrdrio. E imprescindivel a criacdo dos empregos publicos, por leis especificas. Os atuais cargos do regime estatutério poderao ser transformados em empregos, também por leis especificas. + Néo poderéo submeter-se ao regime trabalhista os cargos de provimento em comissao, bem como os que forem servidores estatutdrios anteriormente as Jeis que criarem os empregos publicos. * A contratagdo dos servidores devera ser precedida de concurso publico de Provas ou de provas e titulos. * Arescisdo do contrato de trabalho por tempo indeterminado NAO PODERA ser realizada livremente pela Administragao, Serd imprescindivel que se caracterizem as hipéteses previstas no art. 3° da mencionada lei: + falta grave; * acumulagao ilegal de cargos, empregos ou fungées publicas; * necessidade de redugdo do quadro de pessoal, por excesso de despesa; e * insuficiéncia de desempenho. + Regime Estatutério significa a inexisténcia de um acordo de vontades no que tange as condigées de prestagao do servigo — A Administraco nao celebra contrato com 0 Servidor Estatutario - as condigées de prestacao do servico 10 Resumao ‘estado tragadas na Lei. O servidar ao tomar posse no cargo publica, coloca-se sob essas condigGes, no tendo, no entanto, o direito a persisténcia das mesmas ‘condigdes de trabalho existentes no momento em que ele tomou posse. Trata-se de um REGIME LEGAL. + No caso do servidor piiblico nao existe contrato, existe um Estatuto ao qual se submete - que é 0 Regime Juridica Estatutario o qual se ajusta ao interesse publico. As modificagdes sao unilaterais porque so ditadas pelo interesse publico, dai porque preservam a sua supremacia, + importante é a exigéncia do Concurso Publico, que nao se limitou ao ingresso na Administragao Direta, mas também na Indireta, inclusive nas Empresas Publicas € Sociedades de Economia Mista. Regime Trabalhista > regido pela CLT, mas submete-se as normas constilucionais (natureza contratual) * Oservidor celetista é ocupante de emprego publico. * Nao adquirira estabilidade. No entanto, a sua dispensa tera de fundamentar- se em um dos motives fegais. * 0s empregados em geral regidos pela CLT possuem um regime contratual o que significa dizer que em principio ajustam as condicées de trabalho @ assim ajustadas ndo podem ser modificadas unilateralmente. Resumao Direito Administrativo 6. REGIME JURIDICO DOS SERVIGOS PUBLICOS Conceito > Servico Piiblico é todo aquele prestado pela Administracao ou por seus delegados, sob normas e controles estalais, para salisfazer necessidades essenciais ou secundarias da coletividade ou simples conveniéncias do Estado. * A atribuigdo primordial da Administragdo Publica é oferecer utilidades aos administrados, ndo se justificando sua presenga sendo para prestar servigos & coletividade, * Esses servigos podem ser essenciais ou apenas Uteis @ comunidade, dai a Necesséria distingao entre servicos publicos © servicos de utilidade publica; mas, em sentido amplo e genérico, quando aludimos a servigo publica, abrangemos ambas as categorias. Particularidades do Servigo Publico > * 40 vinculados ao principio da legalidade; * a Adm, Publica pode unilateralmente criar obrigagGes aos exploradares do servigo; + continuidade do servico; Garacteristicas > > Elemento Subjetivo - 0 serviga ptiblico é sempre incumbéncia do Estado. E permitido ao Estado delegar determinados servic¢os pUblicos, sempre através de lei e sob regime de eoncessao ou permissao © por licitagao. E 0 proprio Estado que escolhe os servigos que, em determinado momento, sao considerados servigos publicos. Ex. Correios; telecomunicagées, radiodifuséo; energia elétrica; navegagao aérea e infra-estrutura portudria: transporte ferrovidrio e maritima entre portos brasileiros @ fronteiras nacionais; transporte rodovidrio interestadual é internacional de passageiros; portos fuviais é lacustres; Servigos offciais de estatistica, geagrafia e geologia — IBGE; servigos @ instalagaes nucleares; + Servico que compete aos Estados > distribuigdo de gas canalizado; > Elemento Formal — o regime juridico, a principio, é de Direite Public. Quando, porém, particulares prestam servigo em calaboragao com o Poder Publico o regime juridico ¢ hibrido, podendo prevalacer o Direito Publico ou © Direito Privado, dependendo do que dispuser a lei. Em ambos os casos, a responsabilidade é objetiva, (os danos causados pelos seus agentes serao indenizados pelo Estado) > Elemento Material - 0 servico publico deve corresponder a uma atividade de interesse piblico. ito Admi Resumao istrativo Principios do Servigo Publico > Faltando qualquer desses requisitos em um servico pUblico ou de utilidade pUblica, ¢ dever da Administra¢do intervir para restabelecer seu regular funcionamento ou retomar sua prestagao. * Principio da Permanéncia ou continuidade - impde continuidade no servigo; os servigos ndo devem sofrer interrupgoes; * Principio da generalidade - impde servigo igual para todos; devem ser prestados sem discriminagao dos beneficidrios; * Principio da eficiéncia - exige atualizagao do servigo, com presteza e eficiéncia; + Principio da modicidade - exige tarifas razodveis; os servigos devem ser remunerados a pregos razoaveis; * Principio da cortesia - traduz-se em bam tratamento para com o publico. Classificaca s Pab > Servi¢gos Publicos > sao os que a Administragao presta diretamente & comunidade, por reconhecer sua essencialidade ¢ necessidade para a sobrevivéncia do grupo social ¢ do Préprio Estado, Por isso mesmo, tais servicos sa0 considerados privativos do Poder Publico, no sentido de que s6 a Administragao deve prestd-los, sem delegagao a terceiros. &x.: defesa nacional, de policia, de preservagao da salide publica. Servigos de Utilidade Publica > Servigos de utilidade pUblica sde os que a Administragao, reconhecendo sua conveniéncia (ndo essencialidade, nem necessidade) para os membros da coletividade, presta-os diretamente ou aquiesce em que sejam prestados por terceiros (concessionarios, permissionarios ou autorizatérias), nas condigdes regulamentadas e sob seu controle, mas por canta e risca dos prestadores, mediante remuneragao dos usuarios. EX.: 08 servicos de transporte coletivo, energia elétrica, gas, telefone. Servigos préprios do Estado > sdo aqueles que se relacionam intimamente com as atribuig6es do Poder Publico (Ex.; seguranga, policia, higiene @ sadde publicas etc.) e para a execugao das quais a Administragao usa da sua supremacia sobre os administrados. Nao podem ser delegados a particulares. Tais servicos, por sua essencialidade, geralmente so gratuitos ou de baixa remuneragao. Servicos impréprios do Estado - sio os que nao afetam substancialmente as necessidades da comunidade, mas satisfazem interesses comuns de seus membros, e, por isso, a Administragaa os presta remuneradamente, por seus 6rgdos ou entidades: descentralizadas (Ex.: autarquias, empresas publicas, sociedades de economia mista, fundagées governamentais), ou delega sua prestacao, Servigos. Gerais ou “uti universi” > so aqueles que a Administragdo presta sem Ter usuarios determinadas, para atender a coletividade no seu todo. Ex.: policia, iluminagao publica, calgamento. Dai por que, normalmente, os servigos uti universi devem ser mantidos por imposto (tributo geral), e ndo por taxa ou tarifa, que € remuneragdo mensuravel & Proporcional ao uso individual do servigo. Servigos Individuais ou “uti singuli” > 40 os que tém usuarios determinados ¢ utilizagao particular ¢ mensuravel para cada destinatario. Ex,: 0 telefone, a Agua e a energia elétrica domiciliares, So sempre servicos de utilizacdo individual, facultativa e mensuravel, pelo qué devem ser remunerados por taxa (tribute) ou tarifa (prego publico), @ nde por imposto. Servigos Industriais -> so os que produzem renda mediante uma remuneragdo da utilidade usada ou consumida. Ex. ITA, CTA. Resumao Servigos Administrativos > s4o os que a administragdo executa para atender as suas. necessidades internas. Ex.: Imprensa Oficial. Competéncias_e Titularidades> * interesses préprios de cada esfera administrative + anatureza e extensao dos servicos * a capacidade para executa-los vantajosamente para a Administragao e para os administrados. Podem ser: « Privativos > > da Unido - defesa nacional; a poticia maritima, aérea e de fronteiras; a emissao de moeda; 0 servico postal; os servigos de telecomunicagSes em geral; de energia elétrica; de navegacao aérea, aeroespacial e de infra-estrutura portudria; os de transporte interestadual ¢ internacional; de instalagao e produgdo de energia nuclear; ea defesa contra calamidades publicas. > dos Estados — distribuicéo de gas canalizado; > dos Municipios - 0 transporte coletivo; a obrigagdo de manter programas de educagao pré-escolar e de ensino fundamental; os servigos de atendimento a sauide da populagao; 0 ordenamento territorial e o controle do uso, parcelamento e ocupagao do solo urbano; a protegao ao patriménio histérico-cultural local. +» Comuns > > servigos de satide piblica (SUS); promogao de programas de construgdo de moradia; protegdo do meio ambiente: + Usuarios > > 0 direito fundamental do usuario 6 0 recebimento do servigo; > 0s servigos uti singuli podem ser exigidos judicialmente pelo interessado que esteja na area de sua prestacao e atenda as exigéncias regulamentares para sua obtengao; > — Atransferéncia da execugao do servigo piiblico pode ser feita por OUTORGA ou por DELEGAGAO. QUTORGA: implica na transferéncia da propria titularidade do servico. © Quando, por exemplo, a Uniéo cria uma Autarquia e transfere para esta a titularidade de um servigo piblico, ndo transfere apenas a execugdo. Ndo pode mais a Unido retomar esse servigo, a ndo ser por lei. Faz-se através de lei e sé pode ser relirada através de lei. Resumao + Outorga significa, portanto, a transferéncia da propria titularidade do servigo da pessoa politica para a pessoa administrativa, que desenvolve o servico em seu proprio name @ nao no de quem transferiu. E sempre feita por lei e somente por outra lei pode ser mudada ou retirada. DELEGAGAO: implica na mera transferéncia da execugao do servigo. Realiza- se por ato ou contrato administrative. Sao as concessées @ permissées do servigo publico. Pode ser retirado por um ato de mesma natureza. + Deve ser autorizada por lei. * Concentragéo e Desconcentragao ocorrem no ambito de uma mesma pessoa. DESCONCENTRACAO: existe quando as atividades estiverem distribuidas entre os ‘rgaos de uma mesma pessoa - quando forem as atribuigées transferidas dos érgaéos centrais para os locais/periféricos. CONCENTRAGAO: ocorre o inverso da desconcentragao. Ha uma transferéncia das atividades dos 6rgaos periféricos para os centrais. Obs.: tanto @ concentragdo como a desconcentragdo poderdé ocorrer na ‘estrutura administrativa centralizada ou descentralizada, * Ex: 0 INSS é exemplo de descentralizagao. * A Unido é um exemplo de centralizagdo administrativa — mas as atribuigdes podem ser exercidas por seus drgaos centrais — hd concentragao dentro de uma ‘estrutura centralizada. * Desconcentragéo dentro de uma estrutura centralizada - quando ha delegacao de atribui¢ao. « Administragao Direta: comesponde a centralizacao. * Administracao indireta: corresponde 4 descentralizagao. OUTORGA T DELEGACAG * OEstado cria a entidade © o particular cria a entidade * Oservico ¢ transferido por lei * © servigo ¢ transferido por lei, contrato (concessao) ou por ate unilateral (permissao) Transfere-se a titularidade * transfere-se a execugado Presungdo de definitividade + transitoriedade Resumao > incumbéncia do Poder Pablico, na forma da lai, diretamente ou sob regime de concessio ou permissiio, sempre através de licitagao, a prestagdo de servicos puiblicos, > Existe a necessidade de Iei autorizativa * Alei disporé sobre: I- © regime das empresas concessionérias @ permissiondrias de servigos plblicos, o caréter especial de seu contrato © de sua prorrogagéo, bem como as condigdes de caducidade, fiscalizago e fescisao da concessao ou permissao; ie ‘os direitos dos usuari mW - ica tarifaria; IV- a obrigacao de manter serviga adequado. CONCESSAO > ¢ a delegacao contratual da execugao do servigo, na forma autorizada € regulamentada pelo Executive. O contrato de Concessao é ajuste de Direito Administrativo, bilateral, oneroso, comutativo © realizado intuito personae PERMISSAO > = @ tradicionalmente considerada pela doutrina como ato unilateral, discriciondrio, precario, intuifo personae, podendo ser gratuito ou ‘oneroso. © termo contrato, no que diz respeito a Permissao de servico , lem o sentido de instrumento de delegagdo, abrangendo, ‘também, 0s atos administrativos. + Doutrina > Ato Administrative © Lei > Contrato Administrativo (contrato de Adesao); Direitos dos Usuarios > participacao do usuario na administragao: I. as reclamagées relativas 4 prestaciio dos servicos piiblicos em geral, asseguradas 4 manutengao de servigos de atendimento ao usuério e a avallagao periddica, externa e interna, da qualidade dos servicgos; I= 0 acesso dos usudrios a registros administrativos ¢ a informagbes sobre atos de govemo; Ill- a disciplina da representagao contra o exercicio negligente ou abusive de cargo, emprego ou funcao na administragao publica. Politica Tarifaria > os servicos pUblicos sao remunerados mediante tarifa. Licitagao > * Concessdo > Exige Licitagao modalidade Concorréncia * Permissao > Exige Licitagao Contrato de Concessao > Resumao Contratar terceiros > Atividades acessorias ou complementares Sub-concessao > Mediante autorizagao Transferéncia de concessao e Controle societario > $6 com anuéncia Encaraos do Poder Goncedente > regulamentar o servica; fiscalizar, poder de realizar a rescisdo através de ato unilateral; Encargos da Concessionaria > prestar servigo adequado; cumprir as clausulas contratuals; Interven¢ao nos Servicos Publicos > para assegurar a regular execugdo dos servigos, Poder Coneedente pode, através de Decreto, instaurar_—_procedimentos administrativos para intervir nos servicos prestados pelas concessionarias. Extingdo da Concessao > Advento do Termo Contratual > a0 término do contrato, o serviga é extinto: Encampagao ou Resgate-> a retamada do servigo pelo Poder Concedente durante © prazo da concessao, por motivos de interesse pUblico, mediante Lei Autorizativa especifica e apds prévio pagamento da indenizagao. Caducidade 3 corresponde 4 resciséo unilateral pela nfo execugio ou descumprimento de clausulas contratuais, ou quando por qualquer motivo © concessionario paralisar os servigos. Rescisio > por iniciativa da concessionaria, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo Poder Concedente, mediante agéo judicial, Anulagao > por ifegalidade na licita¢éo ou no contrato administrativo; Faléncia ou Extingao da Concessionaria; Falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual; Autorizagdo > a Administragao autoriza o exercicio de atividade que, por sua utilidade publica, estd sujeita ao pader de policia da Estado. E realizada por ato administrative, discriciondrio e precdrio (ato negocial), E a ‘transferéncia a0 particular, de servigo publico de facil execugao, sendo de regra sem remuneragdo ou remunerado através de tarifas. Ex.° Despachantes; a manuten¢ao de canteiros e jardins em troca de placas de publicidade. Convénios e Consércios Administrativos > Resumao Convénios Administrativos > sdo acordos firmados por entidades piblicas de qualquer espécie, ou entre estas e organizagé Particulares, para realiza¢do de objetivos de interesse comum dos participes. Consércios Administrativos > sao acordos firmados entre entidades estatais, autarquieas, fundacionais ou paraestatais, sempre da mesma espécie, para realizago de objetivos de interesse comum dos participes. ‘Agéncias Reguladoras — A Reforma Administrativa ora sendo implantada previu a criagdo de autarquias especiais que vao exercer o papel de poder concedente relativamente aos servigos publicos transferides para particulares através do contrato de concessao de servigos publicos. Elas iro receber maior autonomia administrativa , orgamentaria e financeira mediante contratos de gestdo firmados pelos seus administradores com 0 poder piiblica. Ja foram criadas algumas Agéncias Reguladoras, como por exemplo: + ANEEL - Agéncia Nacional de Energia Elétrica; * ANATEL — Agéncia Nacional de Telecomunicagées; * ANP Agéncia Nacional do Petréleo Agéncias Executivas } também sdo autarquias que vao desempenhar atividades de execugéo ma administragéo publica, desfrutando de autonomia decorrente de contrate de gestéo. E necessario um decreto do Presidente da Repiblica, reconhecendo a autarquia como Agéncia Executiva. Ex.: INMETRO. Organizagoes Sociais (ONG’s) > * S80 pessoas juridicas de Direito Privado, sem fins Jucrativos, instituidas por iniciativa de particulares, para desempenhar servigos sociais nao exclusivos do Estado, com incentivo ¢ fiscalizagdo do Poder Publico, mediante vinculo juridico instituido por meio de contrate de gestao. Resumao 7. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS Gontrato: 6 todo acordo de vontades, fimado livremente pelas partes, para criar obrigagdes e direitos reciprocos CONTRATO ADMINISTRATIVO: — ¢_o_ ajuste que a Administragao, agindo nessa qualidade, firma com o particular ou outra entidade administrativa PARA A CONSECUCAO DE OBJETIVOS DE INTERESSE PUBLICO, nas condigées estabelecidas pela _—prépria Administragao. CARACTERISTICAS Consensual: acordo_de_vontades, e néo um ato unilateral e impositive da Administragao: Formal: ‘expressado por escrito © com requisitos especiais; Oneroso: remunerado na forma convencionada; Comutativo: porque estabelece compensagées reciprocas; Intuitu Personae: Deve ser executado pelo proprio contratado, vedadas, em principio, a ‘sua substituigao por outrem ou a transferéncia de ajuste. MODALIDADES DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 1. CONTRATO DEOBRAPUBLICA: Trata-se do ajuste levado a efeito pela Administra¢éo Publica com um particular, que tem por objeto A CONSTRUCAQ, A REFORMA OU AMPLIACAO DE CERTA OBRA PUBLICA, Resumao Tais contratos sé podem ser realizados com Profissionais ou empresa de engenharia, registrados no CREA. « Pela EMPREITADA, atribui-se ao particular a execugao da obra mediante remuneracao previamente ajustada. * Pela Tarefa, outorga-se ao particular contratante a execugao de pequenas obras ou parte de obra maior, mediante remuneragao por prego certo, global ou unitdrio. 2. CONTRATO DE SERVIGO: Trata-se de acordo celebrado pela Administracdo Publica com certo particular. Sao servigos de demolig0, conserto, instalagao, montagem, operagao, conservacao, reparagao, manutengao, transporte, etc. Nao podemos confundir contrato de servico com contrato de concessao de servigo. No Contrato de Servigo a Administragao recebe o servi Jana Concessdo, presta o servigo ao Administrado por intermédio de outrem, 3. CONTRATO DE FORNECIMENTO: E o acordo através do qual a Administragao Publica adquire, por compra, coisas méveis. de certo particular, com quem celebra o ajuste. Tais bens destinam-se a realizagao de obras e manutengdo de services publicos. Ex. materiais de consumo, produtos industrializados, gneros alimenticios, etc. 4, CONTRATO DEGESTAQ: = ¢ © ajuste celebrado pelo Poder Publico cam orgao au entidade da Administragao Direta, Indireta e entidades privadas qualificadas como ONG's 5, CONTRATO DE GONCESSAQ: Trata-se de ajuste, oneroso ou gratuito, efetivado sob condicgéo pela Administragdo Publica, chamada CONCEDENTE, com certo particular, 0 ‘CONCESSIONARIO, visando transferir o uso de determinado bem piiblico. E contrato precedido de autorizagao legislativa, PECULIARIDADES DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS: > A Administracdo Publica aparece com uma série de prerrogativas que garantem sua supremacia sobre o particular. Tais peculiaridades constituem as chamadas CLAUSULAS EXORBITANTES, explicitas ou implicitas, em todo contrato administrativo. 20 Resumao (CLAUSULAS EXORBITANTES +> jamais seriam possiveis no Direito Privado 1. Exigéncia de Garantia 2. Alteragdo ou Rescisao Unilateral por parte da Administragao; 3. Fiscalizacao; 4. Retomada do Objeto; 5. Aplicagao de Penalidades e Anulago 6. Equilibrio Econdmico e Financeiro; 7. Impossibilidade do Particular Invocar a Excegao do Contrato no Cumprido; 1. Exigéncia de Garantia: — Apds ter vencido a Licitagao, 6 feita uma exigéncia ao contratado, a qual pade ser: Caugdo em dinheiro, Titulos da Divida Publica, Fianca Bancaria, etc. Esta garantia sera devolvida apés a execucao do contrato. Caso 0 contratada tenha dado causa a rescisdo contratual, a Administragao podera reter a garantia a titulo de ressarcimento. 2. Alteragdo ou RescisSo Unilateral: A Administrago Publica tem o dever de zelar pela eficiéncia dos servicos piblicos ¢, muitas vezes, celebrado um contrato de acorde com determinados — padrées, —_posteriormente, observa-se que estes nao mais servem ao interesse piiblico, quer no plano dos proprios interesses, quer no plano das técnicas empregadas. Essa ALTERAGAO nao pode sofrer resisténcia do particular contratado, desde que 0 Poder Publico observe uma cléusula correlata, qual seja, 0 EQUILIBRIO ECONOMICO e financeiro do contrato. + motivos ensejadores de alteragdes nos Contratos We V- 3, Fiscalizagao: nao cumprimente de clausulas contratuais, especificagdes, projetos ‘au prazos; a lentidao do seu cumprimento, o atraso injustificado no inicio da obra, servigo ou fornecimento ou a paralisagéo da obra, do servico ou do fernecimento, sem justa causa e prévia comunicagao a Administragao; a decretagdo de faléncia ou a instauragao de insolvéncia civil; a dissolugao da sociedade ou o falecimento do contratado, ou ainda, a alteragao social ou a modificagao da finalidade ou da estrutura da ‘empresa que prejudique a execugao do contrato; raz6es de interesse piblico; a ocorréncia de caso fortuito ou de forga maior; Os contratos administrativos prevéem a possibilidade de controle e fiscalizagdo a ser exercido pela prépria Administracdo. Deve a Administragdo fiscalizar, acompanhar a execuco do contralto, admitindo- 8@, inclusive, uma intervencao de Poder Publico no contrato, assumindo @ execugao do contrate para eliminar falhas, preservando o interesse blico, Resumao 4, Retomada do Objeto: © principio da continuidade do servico publico AUTORIZA a retomada do objeto de um contrato, sempre que a paralisagdo ou a ineficiente execugao possam ocasionar prejuizo ao inleresse publico. 5. Aplicago de Penalidades: Pode o Poder Piblico IMPOR PENALIDADES em decorréncia da fiscalizagao e controle (aplicagéo de multas e, em casos extremos, a proibigao de contratar com a Administragao Publica). Resulta do principio da “auto- executoriedade” e do poder de policia da Administrago Publica, * OBS: E evidente que no contrato de direito privado seria inadmissivel a aplicagao das sangées penais que exigem intervencdo do Poder Judicidrio. 6. Equilibrio Financeiro: Nos contratos administrativos, os direitos dos contratados estéo basicamente voltados para as chamadas clausulas econémicas, * O contratado tem o direite 4 manutengao ao longo da execugdo do contrato, da mesma proporcionalidade entre encargos @ vantagens estabelecidas no momente em que o contrat foi cetebrado. * Por isso, se a Administracio alterar clausulas do servico, IMPONDO MAIS GASTOS ou ONUS AO CONTRATADO, DEVERA, de modo correlato, proporcionar modificagdo na remuneragao a que o contratado faz jus, sob pena do contratado reclamar judicialmente PLEITEANDO O EQUILIBRIO ECONOMICO FINANCEIRO, que 6 a manutengao da comutatividade na execugao do contrato (equivaléncia entre as prestagdes — comutativo). 7. Excegao do Contrato nao Cumpride: a impossibilidade do Particular invocar a Excegao do Contrato nao cumprido. Nos contratos de direito privado, de natureza bilateral, ou seja, naqueles em que existem obrigagbes reciprocas, ¢ admissivel a excegdo do contrato nde cumprido — a parte pode dizer que somente cumpriré a obrigagao se a oulra parte cumprir a sua. * No entanto, nos contratos administrativos, afirma-se que o principio da ccontinuidade dos servigos ptiblicos IMPOSSI ITA AO PARTICULAR argiir a ‘excecao do contrato nao cumprido. Se a Administragdo descumpriu uma cidusula contratual, o particular néo deve paralisar a execucdo do contrato, mas postular perante o Poder Judiciario as reparagées cabivels ou a rescisao contratual + a inoponibilidade da excegdo de cantrate n4o cumprido s6 prevaleceria para ‘908 contratos de servigos piiblicos. Nos demais, seria impossivel a inoponibilidade da excegao do contrat nao cumpride, Hoje, a Lei 8666/93 - Contratos & Resumao LLicitagges - prevé a paralisagio da execugo do contrato ndo pago por periodo acima de 90 dias. INTERPRETACAO DOS CONTRATOS > As normas que regem os contratos administrativos sao as de Direito Publico, suplementadas pelos principios da teoria geral dos contratos € do Direito Privado. > Nos contratos administratives celebrados em prol da coletividade nao se pode interpretar suas clausulas contra essa mesma coletividade. > Existem principios que no podem ser desconsideradas pelos intérpretes, tais como a “vinculagao da administragao ao interesse pUblico", “presun¢ao de legitimidade das clausulas contratuais" > — Quaiquer clausula que contrarie o interesse publico ou renuncie direitos da Administrago, deve ser interpretada como no escrita, salvo se autorizada por lel. FORMALIZAGAO_DO.CONTRATO ADMINISTRATIVO. > — Os contratos Administrativos regem-se pelas suas clausulas e pelos preceitos de Direito Publico, aplicando-ihes supletivamente os principios da Teoria Geral do Contratos e 0 Direito Privado. > — Os contratos administrativos tem que ser precedides por Licitagdo, salvo nos casos de INEXEGIBILIDADE 6 DISPENSA. > Terao que constar, obrigatoriamente, Clausulas Obrigatérias: + aS que definem o obje as que estabelecam 0 regime de execugao da obra; as que fixem 0 prego e as condigdes de pagamento; as que tragam os critérios de reajustamento ¢ atualizagdo monetaria; as que marquem prazos de inicio, execugao, conclusao e entrega do objeto do contrato; * as que apontem as garantias, etc. Instrumento Contratual; —_lavram-se nas prdprias reparticdes interessadas; + exige-se Eseritura Publica quando tenham por objeto direito real sobre iméveis +o contrato verbal constitui excegdo, pois os negdcios administratives dependem de comprovagao documental e registro nos érgdos de cantrole interno, * Aauséncia de contrato escrito ¢ requisitos essenciais ¢ outros defeitos de forma > podem viciar as manifestagdes de vontade das partes e com isto acarretar a ANULAGAO do contrato. Conteudo: a vontade das partes expressa no momento de sua formalizagao Resumao + surge entdo a necessidade de clausulas necessarias, que fixem com fidelidade © objeto do ajuste @ dafinam os direitos ¢ obrigagées, encargos & responsabilidades. + N&o se admite, em seu contetido, cléusulas que concedam maiores vantagens ao contratado, € que sejam prejudiciais a Administragao Publica. + Integram 0 Contrato: 0 Edital, o projeto, o memorial, célculos, planilhas,etc EXECUGAO DO CONTRATO > £0 cumprimento de suas clausulas firmadas no momento de sua celebragao; ¢ cumpri-lo no seu objeto, nos seus prazos e nas suas condi¢ées. Execucao Pessoal * todo contrato ¢ firmado “intuitu personae”, ou seja, s6 podera executd-lo aquele que foi o ganhador da licitagao; * nem sempre é personalissimo, podendo exigir a participagdio de diferentes técnicos ¢ especialistas, sob sua inteira responsabilidade; Encargos da Execugao + © contratado & responsdvel pelos encargos trabalhistas, previdenciarios, fiscal € ‘comerciais decorrentes da Execugao do contrato; * a inadimpléncia do contratado, com referéncia a esses encargos, nao transfere a responsabilidade 4 Administragdo € nem onera o objeto do contrato; * outros encargos poderdo ser atribuidos ao contratado, mas deverao constar do Edital de Licitagao; Acompanhamento da Execugao do Contrato * 6 direito da Administragao e compreende a Fiscalizaco, orientagao, interdigao, intervengao e aplica¢ao de penalidades contratuais. Etapa Final da Execugao do Contrato * consiste na entrega ¢ recebimento do objeto do contrato. Pode ser provisério ou definitivo INEXECUCAQ DO CONTRATO. > — Eo descumprimento de suas clusulas, no todo em parte. Pode ocorrer por ago ou omissao, culposa ou sem culpa de qualquer das partes. Causas Justificadoras: Sao causas que permitem justificar 0 descumprimento do contrato por parte do contratado. A existéncia dessas causas pode levar & ‘extingdo ou a revisao das clausulas do contrato. Teoria da Imprevisio Fato do Principe Fato da Administragao Caso Fortuito sen Resumao 5, Forga Maior TEORIADAIMPREVISAO: Pressupde —situagdes_—imprevisiveis que —_afetam substancialmente as obrigagdes contratuais, tornando excessivamente oneroso 0 cumprimento do contrato. + Ea aplicagao da antiga cldusula “rebus sic stantibus”. * Qs contratos so obrigatérios ("‘pacta sunt servanda”). No entanto, nos contratos de prestagdes sucessivas est4 implicita a clausula “rebus sic Stantibus" (a convengdo nao permanece em vigor se hauver mudanga da situagao existente no momento da celebragao), * Aaplicagdo da TEORIA DA IMPREVISAO permite 0 restabelecimento do equitibrio econémico-financeiro do contrat administrativo. FATODOPRINGIPE: também denominada “Alea administrativa", ¢ a medida de ordem geral, praticada pela prépria Administragdo Publica, nao felacionada diretamente com o contrato, MAS QUE NELE REPERCUTE, provocando desequilibria econémice-financeiro em detriment do contratado. Ex: Medida Governamental que dificulte @ importagao de matérie-prima necessaria 4 execugdo do contrato. FATO DA ADMINISTRACAO: 6 toda acdo ou omissdo do Poder Publico que , incidindo direta e especificamente sobre o contralo, retarda ou impede a sua execugdo, E falta contratual cometida pela Administragao. CASO FORTUITO: € 0 evento da natureza, inevitavel e imprevisivel, que impossibilita © cumprimento do contrato. Ex.: inundagéa FORGAMAIOR: 40 acontecimento humano, imprevisivel e inevitavel, que impossibilta a execugao do contrato. Ex.: greve. Conseqiiéncias da Inexecugao: * propicia sua rescisao; * acarreta para o inadimplente, conseqiléncia de Ordem Civil ¢ Administrativa; + acarreta a suspensao proviséria ¢ a declaracao de inidoneidade para contratar com a Administragao. REVISAO_DO CONTRATO ADMINISTRATIVO Resumao Direito Administrativo > — Pode ocorrer por interesse da prépria Administragdo ou pela superveniéncia de fatos. novos que tornem inexequlivel o ajuste inicial, Interesse da Administragdo: quando o interesse publico exige a alteragao do projeto ou dos processos técnicos de sua execucao, com aumento de encargos; ‘Superveniéncia de Fatos: quando sobrevem atos de Governo ou fatos materiais imprevistos e imprevisiveis pelas partes, o qual dificulte ou agravem a conclusao do objeto do contrato, * em qualquer destes casos, o contrato é passivel de REVISAQ, RESCISAO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO: > Eo término do contrato durante a execugao por inadimpléncia de uma das partes, pela superveniéncia de eventos que impegam ou tornem inconvenientes o prosseguimento do ajuste. > — Aesse respeite distinguem-se as hipdteses de RESCISAO: a) ADMINISTRATIVA; b) JUDICIAL; c) DE PLENO DIREITO. PLENO DIREITO: nao depende de manifestagdo das partes, pois decorre de um fato ‘extintivo ja previsto, que leva a rescisdo do contrato de pleno direito. Ex,: a faléncia. JUDICIAL: 6 determinada pelo Poder Judiciario, sendo facultativa para a Administragao - esta, se quiser, pode pleitear judicialmente a rescisdo. © contratado somente podera pleitear a rescisao, JUDICIALMENTE. ADMINISTRATIVA: * Por motivo de interesse publico + Por falta do contratado, a) por motivo de interesse publico: A Administragdo, zelando pelo interesse publico, considera inconveniente a sua manutengao, Obs: 0 particular fard jus a mais ampla indenizaco, no caso de rescisdo por motivo de interesse piblico. b) por falta do contratado: Nesse caso, ndo esta a Administragao obrigada a entrar na justica @, entéo por seus proprios meios, declara a rescisdo, observando o DEVIDO PROCESSO LEGAL, ou seja, que se assegure 0 direito de defesa ao contratado. g Resumao ATO_ADMINISTRATIVO: 6 0 ato juridico praticado pela Administragao Publica; & todo 0 ato licito, que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos; ‘+86 pode ser praticada por agente publico competente; FatoJuridiee: um acontecimento material involuntério, que vai produzir conseqiiéncias juridicas. Ato Juridico: é uma manifestagdo de vontade destinada a produzir efeitos juridicos. Fato Administrative: € © acontecimento material da Administrago, que produz conseqUéncias juridicas. No entanto, nao taduz uma manifestagao de vontade voltada para produgéo dessas conseqtiéncias. Ex.: A construgao de uma obra publica; 0 ato de ministrar uma aula em escola publica; 0 ato de realizar uma cirurgia em hospital publica, > —O Fato Administrative nao se destina a produzir efeitos no mundo juridico, embora muitas vezes esses efeitos ocorram, como exempio, uma obra publica mal executada Resumao vai causar danos aos administrados, ensejando indenizagdo. Uma cirurgia mal realizada em um hospital publico, que também resultara na responsabilidade do Estado. 8.2, ESPECIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS. Atos Normativos: Atos Ordinatérios: Atos Negociai aqueles que contém um comando geral do Executivo, visando a correta aplicacao da lei; estabelecem regras gerais e abstratas, pois visam a explicitar a norma legal. Exs.: Decrefos, Regulamentos, Regimentos, Resolugées, Deliberagées, etc. visam disciplinar o funcionamento da Administragao e a conduta funcional de seus agentes. Emanam do poder hierarquico da Administragao. Exs.: Instrugées, Circulares, Avisos, Portarias, Ordens de Servico, Offcios, Despachos. aqueles que contém uma declaragdo de vontade de Poder Publico coincidente com a vontade do particular; visa a econcretizar negécios piblicos ou atribuir certos direitos ou vantagens ao particular, Ex. Licenga; Autorizagéo; Permissdo; Aprovacéo; Apreciagao; Visto; Homologago: Dispensa; Renuincia: Atos Enunciativos: aqueles que se limitam a certificar ou atestar um fato, ou emitir Atos Punitivos: opiniao sobre determinado assunto; NAO SE VINCULA A SEU ENUNCIADO. Ex.: Certidées; Atestados; Pareceres, atos com que a Administragao visa a punir e reprimir as infragées administrativas, ou a conduta irregular dos administrados ou de servidores. E a APLICACAO do Poder de Policia e Poder Disciplinar. Ex. Multa; Interdigao de atividades; Destruigao de coisas; Afastamento de cargo ou fungao. 8.3, REQUISITOS DO ATO ADMINISTRATIVO REQUISITOS > COmpeténcia, Finalidade, Forma, MOtivo e Objeto (COFIFOMOB) COMPETENCIA: @ 0 poder, resultante da lei, que dad ao agente administrative a capacidade de praticar 0 ato administrative; 6 VINCULADO; > Eo primeiro requisito de validade do ato administrative. Inicialmente, é necessario: verificar se a Pessoa Juridica tem atribuicdo para a pratica daquele ato. E preciso saber, em segundo lugar, se o érgéo daquela Pessoa Juridica que praticou o ato, estava investido de atribuigées para tanto. Finalmente, é preciso verificar se 0 28 Resumao agente publico que praticou o ato, fé-lo no exercicio das atribuigdes do cargo, O problema da competéncia, portanto, resolve-se nesses trés aspectos. * A competéncia ADMITE DELEGACAO E AVOCAGAO. Esses institutos resultam da hierarquia. FINALIDADE; — @ 0 bem juridico objetivado pelo ato administrativo; é VINCULADO; > — O ato deve aleangar a finalidade expressa ou implicitamente prevista na norma que atribui competéncia ao agente para a sua pratica, O Administrador nao pode fugir da finalidade que a lei imprimiu ao ato, sob pena de NULIDADE do ato pelo DESVIO DE FINALIDADE especifica. Havendo qualquer desvio, o ato ¢ nulo por DESVIO DE FINALIDADE, mesmo que haja relevancia social. FORMA: a maneira regrada (escrita em lel) de como o ato deve ser praticado; E 0 revestimento extemo do ato; 6 VINCULADO. > Em principio, exige-se a forma eserita para a pratica do ato, Excepcianalmente, admitem-se as ordens através de sinais ou de voz, como sao feitas no transite. Em alguns casos, a forma é particularizada e exige-se um determinado tipo de forma escrita. MOTIVO: ¢ a situacao de direito que autoriza ou exige a pratica do ato administrativo; mativacdo obrigatéria - ato vinculado pode estar previsto em lei (a autoridade so pode praticar o ato caso ocorra a situagdo prevista), motivagdo facultativa - ato discricionario ou nao estar previsto em lei (a autoridade tem a liberdade de escolher o mativo em vista do qual editard 0 ato); > Aefetiva existéncia do motive é sempre um requisito para a validade do ato. Sea Administrador invoca determinados motivos, a validade do ato fica subordinada a efetiva existéncia desses motivos invocados para a sua pratica. € a teoria dos Motivos Determinantes. OBJETO: 0 contetido do ato; é a propria alteragao na ordem juridica; é aquilo que o ato dispGe. Pode ser VINCULADO ou DISCRICIONARIO. ato vinculado > © objeto ja est predeterminado na lei (Ex. aposentadoria do servidor). ato discricionario® hd uma margem de liberdade do Administrador para preencher o contetide do alo (Ex.: desapropriagéo - cabe ae Administrador escalher 0 bem, de acordo com os interesses da Administracaa). 20 Resumao > nos chamados caracterizam 0 que se MOTIVO © OBJETO, denomina de MERITO ADMINISTRATIVO. MERITO ADMINISTRATIVO > corresponde a esfera de discricionariedade reservada ao Administrador ©, em principio, mao pode o Poder Judiciério pretender substituir a discricionariedade do administrador pela disericionariedade do Juiz, Pode, no entanto, examinar os motives invocados pelo Administrador para verificar se eles efetivamente existem e se porventura estd caracterizado um desvio de finalidade. Ato Legale Perfeito> € © ato administrativo completo em seus requisitos e eficaz em produzir seus efeitos; portanto, é o ato eficaz e exeqilivel; REQUISITOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS > Requisitos Tipo do Ato | Caracteristicas > 60 PODER, resultante da lei, que da ao agente) COMPETENC| Vinculado | administrativo a capacidade de praticar o ato| administrativo. Admite DELEGACAO e AVOCACAO. > € © bem juridico OBJETIVADO pelo ato) FINALIDADE = |Vinculado | ministrative; & ao que 0 ato se compromete; > 6a maneira regrada (escrita em lei) de como o ato FORMA Vineulade | deve ser praticado; & o revestimento externo do ato wonvo Vinculado ou | 6 a situagae de direito que autoriza ou exige a Discricionario | pratica do ato administrative; é 0 por que do ato | OBJETO Vineulado ou | 6 0 contetido do ato; é a propria alteragdo na Discricionario ordem juridica; ¢ aquilo de que o ato dispée, trata. 8.4. ATRIBUTOS E QUALIDADES DO ATO ADMINISTRATIVO (PIA) 30 Resumao PRESUNCAO DE LEGITIMIDADE: todo ato administrativo presume-se legitimo, isto 6, verdadeiro e conforme o direito; € presunco relativa (juris tantum). Ex.: Execugéo de Divida Ativa — cabe ao particular o énus de provar que néo deve ou que o valor esta errado, IMPERATIVIDADE: 6 a qualidade pela qual os atos dispdem de forga executéria e se impdem aos __particulares, independentemente de sua concordancia; Ex," Secretario de Saide quando dita normas de higiene - decorre do exercicio de Poder de Policia — pode impor obrigagde para 0 administrado, & 0 denominade poder extroverso da Administragao. AUTO-EXECUTORIEDADE: — ¢ 0 atributo do ato administrativo pelo qual 0 Poder Plblico pode obrigar @ —administrado =a = cumpri-lo, independentemente de ordem judicial; 8.5, CLASSIFICACAO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS aan] ATOS Exemplos > destinam-se a uma parcela grande de | Edital: sujeitos indeterminados © todos aqueles que se véem — abrangidos pelos seus preceitos; Instrugies. Demissao: Regulamentos; > destina-se a uma pessoa em particular | Exoneragao; ua um grupo de pessoas determinadas. | Quiorga de Licenga Circulares; > 0s destinatarios sao os Orgaos e agentes | portarias: da Administragao; ndo se dirigem a terceiros . Destinatarios Individuais Internos Instrugdes; > alcangam os administrados de modo | Admissao; geral (sd entram em vigor depois de publicados). Licenga. e > aquele que a administragao pratica no | P&SaPropriagaa; $ |Império gozo de suas prerrogativas; em posigao | Interdicao; 2 de supremacia perante o administrado; Requisiga Gestdo Alienagdo e ey Resumao > sdo 0s praticados pela Administragao piling de em situagdo de igualdade com os | és! particulares, SEM = USAR SUA | Coriag SUPREMACIA; erewes . > — aquoles praticades por agentes Expediente subalternos; atos de rotina interna; Protogola > quando nao ha, parao agente, liberdade | Licenga; Vinculado de escolha, devendo se sujeitar 4S | pagido de determinagées da Lei; Aposentadoria > quando ha liberdade de escolha (na LE!) Discricionario| para o agente, no que diz respeito ao mérito | Autorizagao ( CONVENIENCIA e OPORTUNIDADE ). Regramento > produzido por um Unico érgao; podem ser simples singulares ou simples colegiais. | DesPacho Simples > produzido por um érgio, mas Composto dependente da ratificagde de outro érgao | DisPensa de licitagao para se tornar exeqiivel. > resultam da soma de vontade de 2 ou mais érgaos. Nao deve ser confundido com | Escolha em lista procedimento administrativo (Concorréncia | triplice Publica). Formagao do ATO ‘Complexo 9. OATO ADMINISTRATIVO E O DIREITO DOS ADMINISTRADOS EXTINCAO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS > CASSAGAO: — embora legitimo na sua origem e formacao, torna-se ilegal na sua execugao; quando 0 destinatario descumpre condig6es pré-estabelecidas. Ex..: alguém obteve uma permisséo para explorar 0 servico ptiblico, porém descumprit: uma das condigdes para a prestagao desse servio. Vem o Poder Publico e, como penalidade, procede a cassacao da permissao. REVOGAGAO: ¢ a extingdo de um ato administrativo legal e perfeito, por razdes de conveniéncia e oportunidade, pela Administrag&o, no exercicio do poder discriciondrio. O ato revogado conserva os efeitos produzidos durante o tempo em que operou. A partir da data da revogagao é que cessa a producgao de efeitos do ato até entao perfeito e legal. Sé pode ser praticado pela Administragao Publica por razées de oportunidade & conveniéncia. A revagacao nao pode atingir os direitos adquiridos EX-NUNC = (nunca mais) - sem efeito retroativo ANULAGAO: — @ a suipressdo do ato administrative, com efeito retroativo, por razdes de ilegalidade @ ilegitimidade. Pode ser examinado pelo Poder Judiciario (razdes de legalidade e legitimidade) e pela Administragao Publica (aspectos legais e no mérito) EX-TUNC = com efeito retroativo, invalida as conseqiiéncias passadas, presentes e futuras. Resumao CADUCIDADE: E a cessagdo dos efeitos do ate em razdo de uma lei superveniente, com a qual esse ato 6 incompativel. A caracteristica @ @ incompatibilidade do ato com a norma subseqiiente. ATOS NULOS E ATOS ANULAVEIS > Atos Inexistentes: S80 0& qué contém um comando criminoso (Ex.: alguém que mandasse tarturar um preso). Atos Nulos: so aqueles que atingem gravemente a lei ( Ex.: pratica de um ato por uma pessoa juridica incompetente). ‘Ato Anulavel: representa uma violagao mais branda a norma (Ex.: um ato que era de compaténcia do Ministro @ foi praticado por Secretario Geral. Houve violaggo, mas nde t8o grave porque foi praticado dentro do mesmo 6rgao). CONVALIDAGAO: E a pratica de um ato posterior que vai conter todos os requisitos de validade, INCLUSIVE aquele que nao foi observado no ate anterior ¢ determina a sua retroatividade a data de vigéncia do ato tido como anulavel. Os efeitos passam a contar da data do ato anterior — € editado um novo ato. CONVERSAO: —Aproveita-se, COM UM OUTRO CONTEUDO, 0 ato que inicialmente fol considerado nulo. Ex.; Nomeagao de alguém para cargo puiblico sem aprovagao em concurso, mas poderé haver a nomeagao para cargo comissionado. A conversao da ao ato a conotagao que deveria ter tido no momento da sua criagdo. Produz efeito EX-TUNC. 10. CONTROLE DA ADMINISTRACGAO PUBLICA Conceito: é a faculdade de vigilancia, orientagao e corregéo que UM PODER, ORGAO QU AUTORIDADE exerce sobre a conduta funcional de outro. Espécies de Controle 1. quanto a extensao do control CONTROLE INTERNO: 6 todo aquele realizado pela entidade ou érgao responsavel pela atividade controlada, ne ambite da prapria administragao. + exercide de forma integrada entre os Poderes * responsabilidade soliddria dos responsaveis pelo controle interno, quando deixarem de dar ciéncia ao TCU de qualquer irregularidade ou ilegalidade. ‘CONTROLE EXTERNO: ocorre quando o érgao fiscalizador se situa em Administragao DIVERSA daquela de onde a conduta administrativa se originou. * controle do Judiciario sobre as atos do Executivo em agdes judiciais; * sustagao de ato normativo do Poder Executivo pelo Legislativo; 3B Resumao ‘CONTROLE EXTERNO POPULAR: As contas dos Municipios ficaréo, durante 60 dias, anualmente, a disposi¢ao de qualquer contribuinte, para exame e apreciagao, o qual poderé questionar-thes a legitimidade, nos termos da lei. 2. quanto 20 momento em que se efetua: ‘CONTROLE PREVIO OU PREVENTIVO: ‘CONTROLE CONCOMITANTE: ‘CONTROLE POSTERIOR OU CORRETIVO: 3. quanto a natureza do controle ‘CONTROLE DE LEGALIDADE: ‘CONTROLE DO MERITO: 6 0 que é exercide antes de consumar-se a conduta administrativa, como corre, por exemplo, com aprova¢ae prévia, por parte do Senado Federal, do Presidente e diretores do Banco Central, acompanha a situagio _administrativa no momento em que ela se verifica. E 0 que ocorre, por exemplo, com a fisealizagao de um contrato em andamento. tem por objetivo a revisio de atos ja praticados, para corrigi-los, desfazé- los ou, somente, —confirma-los. ABRANGE ATOS como os de aprovacéo, homologacdo, anulacaéo, revogacao ou convalidagao. € 0 que verifica a conformidade da conduta administrativa com as normas legais que a regem. Esse controle pode ser interno ou externo, ‘Vale dizer que a Administragao exercita-o de oficio ‘ou mediante provocagao: 0 Legislativo sd 0 efetiva nos casos constitucionalmente previstos; e 0 Judiciério através da acdo adequada. Por esse controle 0 ato ilegal e ilegitimo somente pode ser anulado, ¢ nao revegado, 6 0 que se consuma pela verificagao da conveniéncia da oportunidade da conduta administrativa. A competéncia para exercé-lo 6 da Administracao, e, em casos excepcionais, expressos na Constituigao, ao Legislativa, mas nunca ae Judiciario, 4, quanto ao érgao que 0 exerce: * Controle Administrativo; ‘Controle Legislativo; ‘Controle Judicial 34 Resumao ‘CONTROLE ADMINISTRATIVO: € exercido pelo Executive e pelos érgaos administrativos do Legislativo e do Judiciario, sob os ASPECTOS DE LEGALIDADE E MERITO, por iniciativa propria ou mediante provocacao. Meigs de Controle: Fiscalizagao Hierarquica: esse meio de controle é inerente ao poder hierarquico. Supervisdo Ministerial: APLICAVEL nas entidades de administragao indireta vinculadas a um Ministério; superviséo ndo 6 a mesma coisa que subordinagao; trata-se de controle finalistico. Recursos Administrativos: sao meios habeis que podem ser utilizados para Provocar © reexame do ato administrative, pela _ PROPRIA ADMINISTRAGAO PUBLICA, Recursos Administrativos: em regra, 0 efeito E NAO SUSPENSIVO. Representagao: —dentincia de irregularidades feita perante a propria Administragaa; Reclamagao: —_oposigzo expressa a atos da Administragao que afetam direitos ou interesses legitimos do interessado; Pedido de Reconsideraco: — solicitaaio de reexame dirigida & mesma autoridade que praticou 0 ato; Recurso Hierarquico préy dirigido @ autoridade ou instancia superior do mesmo. ‘6rga0 administrativo em que foi praticado a ato; & decorréncia da hierarquia; Recurso Hierdrquico Expresso: dirigida_ autoridade ou érgéo estranho & repartigo que expediu o alo recorrido, mas com competéncia julgadora expressa, CONTROLE LEGISLATIVO: NAO PODE exorbitar as hipdteses constitucionalmente previstas, sob pena de ofensa ao principio da separacao de poderes. © controle alcanca os érgaos do Poder Executive e suas entidades da Administragao Indireta ¢ © Poder Judicidric (quando executa funcao administrativa). Controle Politico: tem por base a possibilidade de fiscalizagao sobre alos ligados a fungao administrativa e organizacional. Controle Financeiro: A fiscalizagdo_—_contabil, _financeira, _orgamentaria, operacional @ patrimonial da Unido e das entidades da administracéo direta e indireta, quanto a legalidade, legitimidade, economicidade, aplicagdo das subvengdes @ renuneia de receitas, sera exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Campo de Controle: —_Prestara contas qualquer pessoa fisica ou juridica, publica ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou 38 Resumao administre dinheiro, bens e valores publicos ou pelos quais a Unido responda, ou que, em nome desta, assuma obrigagées de natureza pecuniaria. TeU: & 6rgao integrante do Congreso Nacional que tem a FUNGAO DE auxilié-lo no controle financeiro externo da Administragao Publica. Obs.: No Ambito estadual e municipal, aplicam-se, no que couber, aos respectivos Tribunais e Conselhos de Contas, as normas sobre fiscalizacao contabil, financeira e orcamentaria ‘CONTROLE JUDICIAL: 6 9 poder de fiscalizagao que o Judicidrio exerce ESPECIFICAMENTE sobre a atividade administrativa do Estado, Alcanga, basicamente, os atos administrativos do Executivo, mas também examina os atos do Legislativo e do prdprio Judiciario quando realiza atividade administrativa. & VEDADO AO JUDICIARIO apreciar o mérito administrative restinge-se ao controle da legalidade e da legitimidade do ato jimpugnado, Atos sujeitos a controle especial: atos politicos; atos legislativos; atos interna corporis. REMEDIOS CONSTITUCIONAIS | Conceito Consideragées sempre que alguém sofrer (HC. ) ou se achar|> pode sem impetrado pela ameagado de sofrer (HC propria pessoa, por menor ou HABEAS CORPUS _|Preventiva) violéncia ou coagao em | por estrangeiro. sua LIBERDADE DE LOCOMOGAO, por ilegalidade ou abuso de poder, > para assegurar 0 conhecimento de informagées relalivas & pessoa do impetrante, constante de registro ou bance de dados de entidades govemamentais ou de carater publica: serve também para relificagio de dados, quando NAO se prefira fazé-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. > 2 propositura da agdo ¢ gratuita; HABEAS DATA > uma aco personalissima MANDADO DE SEGURANCA > para proteger direlto liquide certo ndo amparado par HC ou HD, quando 0 respansavel pela ilegalidade ou abuse de poder for autoridade piiblica ou agente de pessoa juridica no exercicio de atribuigées do Poder Publica. > Liquide e Certo: o direito nfo desperta duvidas, esta isento de obscuridades. > qualquer pessoa fisica ou juridica pode impetrar, mas 36 Resumao somente através de advogado. MANDADO DE SEGURANCA COLETIVO > instrumento que visa proteger direito liquide © corto de uma coletividade, quando =o responsavel pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade publica ou agente de pessoa Juridica no exercicio de atribuigdes do Poder Publico. > Legitimidade para impetrar MS Coletivo: Organizagao Sindieal, entidade de classe ou associa legalmente constituida a pelo menos 1 ano, assim como partidos politicos. ~—com representagdo no Congresso Nacional. > OBJETIVO: defesa do interesse dos seus membros ou associados. MANDADO DE INJUNC AO. > sempre que a falta de norma regulamentadora que torne invidvel © exercicia dos direitos @ liberdades constitucionais e@ das prerrogativas inerentes a nacionalidade, @ soberania e a cidadania, > qualquer pessoa (lisica ou juridica) pode impetrar, sempre através de advogado. AGAO POPULAR: > visa a anulagdo ou a declaragdo de nulidade de atos lesivos ao: Patriménio Publico, & moralidade Administrativa, a0 Meio Ambiente, a0 Patriménio Histérico e Cultural. > @ propositura cabe a qualquer cidado (brasileiro) no exercicio de seus direitos politicos, DIREITO DE PETICAO: % Objetivo: Defender direito ou noticiar llegalidade ou abuso de autoridade publica, > — qualquer pessoa pode propor, brasileira ou estrangeira 411. O REGIME JURIDICO - ADMINISTRATIVO PRINCIPIOS — demais normas juridicas. PRINCIPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PUBLICO ‘so regras que surgem como parametro para a interpretagao das de interesses, prevalece sempre o interesse publica. € 0 principio que determina privilégios juridicos e um patamar de superioridade do interesse publico > havendo confit sobre o particular Conseailéncias: a) a administragao publica como DETENTORA DE PRIVILEGIOS, + imunidade reciproca entre os entes publicos (nao pagam impostos); + prescrigao qilingiienal (prazo Unico); 3” execuciio fiscal de seus créditos ~ a fazenda ¢ credora (ei 6.830/ estabelece). ago regressiva contra seus servidores culpados por danos a terceiros; impenhorabilidade de seus bens e rendas; prazo quadruplo para contestar; impedimento de aciimulo de cargos piblicos.

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