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- ie f COLECCIAU as Origens da urk anistica loderina DIMENS‘GES LEONARDO BENEVOLO as origens da urbanistica | moderna BIBLIOTECA UNIVERSITARIA ) ULFM.G. vg NAO DANIFIGUE ESTA ETIQUETA, 4 COLECGAO DIMENSOES 1. A ARTE COMO OFICIO—Bruno. Munari 2. 0 DESIGN INDUSTRIAL E A SUA ESTETICA — Gitlo Dortles Y 3. ARTISTA E DESIGNER — Bruno Munert 4. APRENDIZAGEM DA FOTOGRAFIA — INIGIAGAO— Michae! Langford 5. DESENHO DE PERSPECTIVA—Robert W. Gill 8. DESENHO BASICO— As Dindmicas da Forma Visual— Maurice do Sausmorez 7. PROJECTAR A CIDADE MODERNA—t, Benevolo, Tommaso Giure Longo ® Carlo Melograni 8. APRENDIZAGEM DA FOTOGRAFIA — APERFEIGOAMENTO — Michael Langford FANTASIA, Invengio, Criatividade © imaginagie — Bruno Munari 10. AS ORIGENS DA URBANISTICA MODERNA, Lecnordo Benevolo EDITORIAL PRESENGA + _—_LIVRARIA MARTINS FONTES BRASIL PORTUGAL PREFACIO A urbanistica moderna no surgiu contemporaneamente aos © processos técnicos e econdmicos que deram origem e implicaram ‘@ transformagio da cidade industrial, mas formou-se posteriormente, °° ‘quando 01 efeitos quantitativos das transformacées em curso se tor- naram evidentes € entraram em conjlito entre si, tornando inevitével uma intervencao reparadora. ‘Ainda hoje a técnica urbanistica se encontra_normalmente atrasada relativamente aos acontecimentos que deveria controlar e conserva o cardeter de um remédio aplicado a posteriori. Torna-se or isso importante esiudar as primeiras experiéncias urbanisticas oe ao ambiente industrial, para descobrir 0 motivo do atraso © presente ensaio tem o propésito de por em evidencia, em primeiro lugar, a dupla origem, técnica e moralista, dessas expe- rriéncias, e propde-se reconstruir paralelamente os dois tipos de mo- vimentos dos primeiros reformadores: as transformacées econémicas e sociais que produziram os desequilibrios dos primeiros decénios do século XIX, e as transformagées da teoria politica e da opiniéo piiblica, para quem estes desequilibrios jé nao eram aceites como uma fatalidade inevitdvel, mas se apresentavam como obstdculos que podiam e deviam ser removidos. ‘As primeiras tentativas para corrigir os males da cidade indus- trial polarizaram-se em dois casos extremos: ou se defendia a ne- cessidade de recomecar do principio, contrapondo a cidade existente novas formas de convivéncia ditadas exclusivamente pela ‘ou se procurava resolver os problemas singulares e remediar os inconvenientes isoladamente, sem ter em conta as suas conexGes e sem uma visto global do novo organismo citadino. ‘Ao primeiro caso pertencem os chamados ut6picos ~- Owen, Saint-Simon, Fourier, Cabet, Godin —que nao se limitam contuio 9 @ descrever a sua cidade ideal, como Moro, Campanella ou Bacon, ‘mas se empenham em po-la em prdtica; ao segundo caso pertencem ‘os especialistas e funciondrios que introduem na cidade os novos regulamentos de higiene e as novas instalagées ¢ que, tendo de encontrar os meios técnicos e juridicos para levar a cabo estas imodificegbes, dio efectivamente inlio.& moderna legslagto ur panistica. ‘A maior parte destas iniciativas, mesmo as aparentemente mais » téonicas, possuem um fundo ideoligico facilmente reconhectvel, que coincide em larga medida com os primérdios do socialismo moderno, de tal modo que para encontrar noticias destes acontecimentos convém consultar os manuais de histéria econdmica e de histéria do socialismo, mais do que os livros técnicos especializados. Esta coincidéncia s6 é porém verdadeira até 1848, enquanto ‘0 movimento operdrio nao esté ainda organizado contra os partidos burgueses; de facto, nas experiéncias urbanisticas deste periodo con- fluem diversas correntes ideol6gicas, desde 0 comunismo igualitdrio de Cabet ao neocatolicismo francés Marx e Engels imprimem seguidamente ao movimento operério a viragem decisiva, e 0 socialismo marxista, empenhado em explicar @ revoluctio de 48 ¢ 0 seu insucesso em termos estritamente po- liticos, poe em evidéncia. as contradicdes dos movimentos anteriores, mas perde de vista a interligacao entre as insdncias potidica € urbanistica, que apesar de formulada de um modo simplista fora até ai tenazmente mantida, De ai em diante, a teoria politica menospreza quase sempre as investigagdes e as experiéncias sectoriais, esforcando-se por absor- ver, sem deixar restduos, as propostas de reformas parciais na reforma geral da sociedade. Por seu lado, a cultura urbanistica, isolada do debate politico, configura-se cada vez mais como uma simples técnica ‘ao servico do poder constituido; mas ndo se torna por isso politi- ‘camente neutra, caindo sim no dmbito da nova ideologia conser- vadora em formacdo precisamente nesses anos, do bonapartismo em Franca, dos grupos tories inovadores em Inglaterra, do imperialismo bismarckiano na Alemanka. Daqui deriva a fei¢do agndstica € subalterna das principais ‘experiéncias urbanisticas posteriores a 48, por trds da qual se esconde © paternalismo politico da nova direita. Esta é a tese central do livro, que contém ainda uma pista para o debate contempordneo, As instancias renovadoras da cultura urbanistica moderna s6 podem efectivamente traduzir-se em realidade se retomarem 0 contacto com as forcas politicas que tendem para uma transformacao geral andloga da sociedade, 0 debate cultural dos tiltimos trinta anos ensinow a reconhecer © contetiéo politico virtual das opedes urbanisticas, mas este reco- nhecimento manter-se-é apenas no dominio tedrico enquanto vigorar © conceito da urbanistica como um campo separado de interesses, que deve depois ser relacionado com os de natureza politica, 0 que constitui justamente a heranca actual da separacdo entre os dois termos operada em 1848. Owen e Chadwick, se bem que apegados a uma ideia primi- tiva da planificagdo urbanistica, mostram-nos esta simples verdade: que a urbanistica é uma parte da politica, necessdria para concre- ticar quaiquer programa operativo ¢ simultaneamente nao redutivel 4s formulas programétioas gerais. Para methorar a distribuigao territorial das actividades huma- nas é necessério methorar as relagdes econdmicas e sociais de que dependem essas actividades; por outro lado, néo basta melhorar 1s relagdes econémicas e sociais para que ax espaciais fiquem auto- ‘maticamente corrigidas. Os tempos e os modos desta accao sto infinitamente mais complexes do que Owen poderia supor, mas 0 objectivo estabelecido pela sua utopia continua ainda vétido para os planos urbanisticos contempordneos: «Encontrar uma colocaao vantajosa para todos, num sistema que permita a continuagdo do progresso técnico de ‘motto ilimitadon. ‘Na Historia da Arquitectura Moderna tentei jd uma breve reconstituigao destes acontecimentos. Fui induzido a voltar ao dis-{ curso de entio, niéo por uma exigéncia dialéctica, talvez prematu- ra, mas devido a algumas experiéncias recentes que tornaram ur- gente a definigdo de uma nova relagao entre urbanistica e politica, € por conseguinte entre planificacdo espacial _e planificacio sécio- -econdmica. Creio, além disso, ter individualizado a principal fra- queza daquéle discurso, isto é, 0 omisso confronto entre os acon- tecimentos urbanisticos e arquitecténicos € a profunda transforma- ‘gio da conjuntura politica entre 1830 € 1830, e sobretudo a crise de 1848. O esclarecimento dado nestas paginas rectifica, a meu ver, inclusive a exposigiio dos acontecimentos do final do século e per- mite uma melhor compreensio dos movimentos de vanguarda de Morris em diante. Deste modo, toda a Historia da Arquitectura Mo- derna se poderia rever deste ponto de vista, sem qualquer melindre para 0 autor, uma vez aceite 0 cardcter provisorio de um discurso histérico que entra em linha de conta com os propositos operativos do nosso tempo; isto indica apenas que as condicées do nosso tra- balho mudam a todo o momento, exigindo uma continua revistio das nossis concepgdes sobre 0 passado recente, [1963] ‘A FORMAGAO DA CIDADE INDUSTRIAL A historia da urbanistica moderna é, numa primeira fase, uma historia de simples factos: as mudangas produzidas gradualmente pela revolugio industrial nas cidades e nos campos s6 mais tarde surgem claramente ¢ so percebidas como problemas, quando as quantidades em jogo se tornam suficientemente grandes. ‘A primeira mudanca decisiva € 0 aumento de populacio, de- vido a diminuigio da taxa de mortalidade que, pela primeira vez, se afasta decididamente da de natalidade'. Este mecanismo de ‘A. populagio inglesa comega a aumentar rapidamente a partir de 1760. Os cileulos modernos, baseados nos nlimeros de enterros e de baptismos, cestabelecen que em 1700 a populagio da Inglaterra e do Pais de Gales era ‘de cinco milhdes e meio, © em 1750 de seis milhOes © meio; mas em 1801, ‘quando se faz 0 primeiro recenseamento, j subira para nove milhdes, ¢ fem 1831 para catorze milhdes, Sabese, por outro lado, que a natalidade SM pos, um leve aumento nos quatro primeiros deeénios do séeulo dezoito— Se mantém praticamente constante em todo o perfodo, com um indice varidvel {b J66 a 377 por mil, c néo parece que imigracio de outros paises tenha SSo conisiente, mantendo-se certamente inferior emigracio para as coldnias. Em contrapartida a mortalidade, alta até 1740 devido as caréncias a0 aleoolismo, di gradvalmente de 35,8 por mil no decénio de 1730-40 para 211 por mil no decénio de 1811-21. Entre as causas desta diminuigéo, Ashton “enumera a introducio das culturas de tubérculos, que facilitou a Griagio de gado no Inverno e tornou possivel o reabastecimento de carne Fresca durante todo o ano; a substituicdo dos outros cereais pelo trigo © 0 maior consumo de verduras: o melhor asseio pessoal, devido ao maior consumo de sabi e de roupa branca de algodio; a substituicio da madeira pelo tijolo para as paredes. do colmo pela ardésia © pela pedra para os telhados das casas; FP diminuigio dos fabricos.industriais que se_praticavam dentro das paredes Gomesticas es progress da medicina € da cirurgia, © aumento dos hospitals dos dispensitios; a localizagio mais racional dos depésitos de lixo © dos Cemiterios, 0. meliioramento dos espotos © dos aquedutes nas cidades (Cf. 41'S. ASHTON, Industrial Revolution) 13 erescimento d& mesmo origem a uma mudanca da composigao interna —aumenta a percentagem da populagio jovem, pela queda da mortalidade infantil —e interrompe, sobretudo, o secular equil brio das circunstancias naturais, pelo qual cada geracio tendia a ‘ocupar o lugar das precedentes © a repetir o seu destino. As suces- sivas geragdes encontram-se numa nova situagio e tém de resolver com novos meios um problema desconhecido, A medida que aumenta o niimero dos habitantes, muda a sua *distribuigio no territério como efeito das transformagSes econémicas. As primeiras transformagées dizem sobretudo respeito a organizacéo do trabalho, criando as premissas para uma mudanga completa na técnica produtiva, que se reflecte & sua volta sobre a organizacio acelerando 0 desenvolvimento e a concentragio do novo sistema econdmico. Por este motivo, a mudanca da distribuigio da populagio Provocada pelas primeiras transformagdes organizativas ¢ acentuada elas inovacées técnicas, assume o cardcier de uma verdadeira crise, salterando_bruscamente 0 antigo equilibrio entre cidade e campo © criando novas tenses que s6 a longo prazo se poderdo reequilibrar. Mas convém acompanhar ponto por ponto os efeitos das trans- formagdes econémicas sobre 0 povoamente urbano e rural que se delinearam em Inglaterra entre 1760 e 1830. A vedac&o[enclosure]* das antigas terras comuns em redor das aldeias inglesas torna possivel uma melhor ulilizagio do solo © trans- Torma gradualmente 0 cultivadores directos em rendeiros ou assala- iados, coagidos a um nivel de vida forcado, pouco superior ao minimo necessario para sobrevivers, A alternativa para este estado de coisas * Emparcelamento¢ vedagdo das tres comuins, que passim a tr pro Prietério individual [N. T.]. a e 2 Em 1795, 0 subsidio que a freguesia devia pagar aos trabalhadores nevessitados foi estabelecido pela Speenhamland Resolution, delerminando que Gada familia "tem direito «uma reribuigdo minima, em” conformidade, com © prego do pao, © que a freguesia deve completar 0 salério real até aquele nivel: «Quando um pedaco de pao de um galio custar um xelim, entao cada hhomem pobre € laborioso recebera para a sua subsistencia trés xelins semanais, ‘ou através do seu trabalho e do da familia, ou do subsidio aos pobres, e para tento da sua mulher ou de qualquer outra pessoa da familia receberd um xelim e seis pence. Quando o mesmo pedago de pao custar uim xelim © quatro ence, ent cada Homem pobre’ laborioso recsbors quatto xelie semanas para © seu sustento e um elim e dez pence para o de um outro membro da sua famfia. E assim por diante proporeionalmente,...«(eit. em The Village Labourer, J. L. e B. HAMMOND, London 1911, p. 139. este modo, o subsidio aos pobres serviu, até 1834 —quando o sistema {oi abolido— para’ manter 0s. salatios agricolas baixos, assegurando aos tra- balhadores © minimo vital mas excluindo qualquer melhoria da sua condicao. 14 era o trabalho industrial, sobretudo o tex ‘estava organizado nos campos, nos domicilios dos camponeses. Mas fa antiga organizagao familiar, no ambito da qual as operacoes de fiagdo, tecelagem ¢ tintura eram realizadas pela mesma familia, que comprava a ld bruta e vendia 0 produto acabado, era demasiado ‘estatica ¢ improdutiva para fazer face A procura de um mercado ‘em continua expansio; por isso, os comerciantes preferiam fornecer a matérieprima e receber o produto acabado, pagando o trabalho feito por empreitada, podendo as diversas operagées ser confiadas a diferentes grupos de operarios especializados. Esgotadas porém as margens de maior produtividade facul- tadas por este sistema, as exigéncias da concorréncia impunham uma ulterior diminuigao dos custos ¢ um aumento das quantidades, tendo estimulado uma série de invengdes técnicas que mudaram radicalmente as condigdes de trabalho. s teceldes usavam a méquina inventada em_1733 pelo relo- jociro J. Kay (fly shuttle), que permitia que cada operério traba- Thasse Sozinho-no tear sem o auxilio de um ajudante que estendesse (6 fios; 2 produeo continuava porém limitada, pela impossibilidade de produit fio em quantidade suficiente, até que em 1764 0 car- pinteiro Hargreaves inventou. um novo tipo de maquina de fiacdo (jenny) cue tornava possivel a um_s6 operdrio. manobrar mais fios. 'A jenny ca fly shuttle ontraram_assim nas casas rurais dot distritos lanigeros ¢ algodoeiros, modificando 0 ritmo de vida de ‘cada componente valido da familia, Mas a quantidade de fio e de tecido produzido por cada maquina era necessariamente limitada pela energia que o trabalho muscular permitia imprimir; para. ir_mais além era necessério substituir 0 brago do homem por um impulso mecanico. Em 1771, um barbeiro de Preston, R. Arkwright, inventou a primeira méquina de fiagio movida a energia hidrdulica (water jrame), ¢ em 1775 0 tecelio S. Crompton comegou a experimentar ‘uma maquina mais aperfeigoada, resultante de uma combinacio da jenny com o novo tear a gua. Estas invengdes deram a fiacio uma vantagem temporéria sobre a tecelagem, até que em. 1778 0 reverendo E. Cartwright inventou a primeira tecedeira mecinica; pouco depois, entre 1785 ¢ 1790, descobriu-se uma forma de substituir a energia hidréulica recorrendo & méquina a vapor de Watt, patenteada em 1769. A indistria téxtil tinha portanto de abandonar a antiga orga- nizagio dispersa e concentrar-se em grandes oficinas onde pudesse. dispor da necesséria forga motriz, primeiro proximo dos cursos de Agua e depois das minas de carvao, necessérias para alimentar 15 |, que desde hi muito 9%» Pe | oe Fis aldeia de ©: 1768, co « " Figura 2; A mesma aldeia aps a vedacdo [emparcelamento} dos terrenos ts cas em ontesio tm pouusns lies {em SHARD, English Posoren) ‘comuns (em SHARP), a méquina de Watt. Por sua vez, a mquina a vapor permitia resolver definitivamente 0 problema da eliminagdo das infiltragdes de agua nas minas, revolucionando a técnica de extraccéo do carvio ¢ transformando a propria mina numa oficina moderna. No mesmo perfodo tornou-se de uso comum a invencio de Darby que substituia 0 carvao vegetal pelo coque, na laboracio dos metais ferrosos, e em 1783 H. Cort descobriu a maneira de utilizar 0 carvéo nos processos de pudlagem ¢ de laminagem; a si- derurgia tornou-se apta a alimentar a indistria mecnica nascente, © até as fundigdes, como os altos fornos, se deslocaram das regides de floresta para as regides mineiras, favorecendo 0 nascimento de grandes instalagoes de tratamento completo. ‘Assim, consumaram-se durante uma tinica geracio, entre 1760 © 1790, os_progressos_técnicos que fornaram. possivel um aumento ‘ado da_produgéio industrial®; o desenvolvimento das indastrias tor © a sua concentracdo em grandes oficinas atrairam muitas familias (°° dos distritos agricolas do Sul_para_os distritos minciros do Norte € do Centro, ¢ transferiram-nas das casas isoladas do campo para ‘5 bairros compactos construidos nas proximidades das oficinas; nas- ceram assim, improvisadamente, novas cidades, e muitas das cidades igas cresceram desmedidamente', evinis A associacfio entre inddstria e cidade depressa se consolidou: a nas novas cidades, que se desenvolveram fora do sistema uadicional sitar dos burgos ¢ freguesias, empresarios e operirios podiam fugir culos anacronicos do sistema corporativo isabelino; 0s empre- sdrios contavam com uma reserva de mio-de-obra sempre abun- dante ¢ substituivel, enquanto os operdrios, se bem que cruelmente explorados pelos novos patrées, encontravam na cidade uma m: lade de escolha e uma possibilidade de reconhecer-se como classe, de se organizarem em defesa dos interesses comuns*. 2 A produsio de ferro passou de 17000 toneladas em 1740 para 650 000 em 1830; a indistria do algedio trabalhava em 1764 (quando a jenny Foi descoberta) '$ 800000 libras peso por ano, que aumentaram em 1773 —com o aparecimento do tear a vapor — pata 18 milhoes, em. 1810 para 123 milhdes, © em 1830 para 273 milhies de libras (cl. C. BARBAGALLO, Le Origini della Grande Industria Contemporanes, Florenca 1951). *” Manchester, que em meados do século XVIII era uma aldeia de 12000 habitantes, transforma-se em 1800 numa cidade de 95 000, © em 1850 atinge 0s 400000 habitantes; entre meados dos anos 700 © dos anos 800, Glasgow passou de 30000 para 300000 habitantes, © Leeds de 17000 para 170000. Em Franca, Mulhouse passou de 10000 habitantes em 1812 para 36000 em 1836, © Roubaix de $000 em 1816 para 65000 em 1866 (cf. P. LAVEDAN, Histoire de 'Urbanisme, vol. III, Patis 1958) 8 As primeiras assoviagdes operdrias, surgidas como antitese das cor- Poragdes tradicionais, incorrem nas proibigdes da lei francesa de 1791 e da inglesa de 1800, revogadas respectivamente em 1813 e em 1824. 18 Figira 3: Una parila perferin do Notthigtnm ede’ olDoetanents peas Acompania 0. tragado. da vedapio (ef. W. C. HOSKINS, ‘The Moking of English Lendvoepe).

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