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agra «Quite Comoros pinged por quiut nit sensor er aoe rpc atur am Le Fore ‘je poe tr: Aa are Cane CoRR CAALOCAGLONAFONTE Prgrsien eur cnn Ate Ar Fra ‘geil inde te Sogn Ce tana om gmat gee ene dees aa mney Fie rp 59100 Creo ‘Re denen = =CEP2007000 "35754808, imeem Sumario ‘A soldaredade negatva como romance de um futuro {Bedladoh membre de Richard Rory Alesana Tetra Marques Pt Arthur Arruda Leal Ferreira Problematizando os modos de despsiquiatrizagio ccontempordneos: uma abordagem genealégico-pragmtica . 7 Dax Moraes ‘O confinamento da educacdo entre o sere ‘@ dever-ser do homem: um ensaio do ponto de vista da antropologia filos6fica... var Soil ‘0 direto soberano de matar Foucault ea biopolitica... O confinamento da educacao entre o ser e o dever-ser do homem: um ensaio do ponto de vista da antropologia filoséfica’ Dax Moraes** (u frmacio marl haem no deve cones po rrehoramens dot courey, ms pea Yanormagso rmanoa de pensar e pela funda de um caer apesar de que ondnarament se rocde de cura mania © = ‘cambat ox ces em paral deando inact a iz comm, Oana Kat, Arlo dent ds mee a simples ani, 9.386) 1. Introdugao tendo da inicio a0 presente texto por meio de uma aie ‘magdo que, emborajé se insive no tule, nfo parece sul cientementeconsiderada na grande maioria dos tabalhos sobre Educagio. Tatas de dizer que, antes mesmo de confinr,en- contase a Educacio, ela mesma, confiada, Valeria ainda re- -.—LC—ltrté“‘iSé™SC ‘Sire Geisha ieee tive mame amenmreninan Dumais inwcee scar oar Scar mere ure ae sotmeutiencemceanrmommeanens carcmeun st nico cents fet sobre o fae de io consis preciament no proj tio ange des run nscomu aos agus sens pla Evegio, Novena, valera anda mals = aes = recon cerrch gus, aperar da enorme seria de as pedags> fics prods a0 longo ds ctasdezenas Ge sé Yersidade ea ques comitu er mat bette para qv se pone postures “aditora, “rnorador ec, Po fun, evcago gravis em tn de una mesa “cosa fia Tata se de um limecorum que, en detimeta ds fodo qualguer tntusisme pla “cold dis eis podaggias, manic, res de ido, o caninamenta ds Edveagio gue paredes ss {ts que connate de eda Os wi lt dos ns Ser a elizagio pena do home, omen enquats Home Deum oubo ads prinepos 0 lomas,o DeverSer mods ‘aconal que tewe de onion, de deo, de compromisa, social com aque relagéo 4 ormagao do home ideal = “eal em seria ao, apo patna, ‘Alum pode se perro seabo deme equocar se 0 que eu pretend cn no seis quo Se opine ou femene a foma do Dever Serer coms De ato! Be tara coos ainda se aces norte. Acontcy ‘qe, 20 contro, em Educa, prevalece adi de Ser humano™ ‘como potincia, como aculdade, como uma empécie de “devin ser, wisto porque fol abandonada quase que por completo a idéia de que se rata de uma potncia dada na forma ~ em tos nfo- aittdics, de uma capacidade lima a prin, catingSo qual tava inata entre cada individ ~ em vez dso, tos potenciais faculdadss, todo o equipaments promo para se, mat que #0 de- vm pea educacio, pola cultura, pelo vabalho, pela cooperagso, mediante uma tia “promesa coletia evocada pela nogio de “compromisso") Sim, o homem se redlza em sociedade, mas em sentido mutisimo diveso de como concebiam os gregos. Mas io nas enganemos afimando que nosa educacho & esvencil- mente cisinea da paldéa~ deve-sethe o nome Pade agogi, ‘Mas deinemos exe pretmbula rumo 3 questie que move o presente vabalho. Faz-se contudo necesito que antes s esta fea alguns limites, 2 cere nhac Eo S¢00NaOD HEE MESHED EN) 2. Estabelecendo limites mse tratando o presente ensiode uma reflesdo que toma como pponto de panida uma parspectvaflosdiica da Anopologta,en- Tendendo-s aqui po “Ariropologla” uma subsea do pensamen- to flossico decieada& perguna sobre o Ser aplicade 30 Ser da cexpécie humana, nfo se enconta no Abita ca iscudo que #2 segue consideragdes acerca de problemas partculaes de cunho esttamenteempico sea ee socolgle, prcolégqo.ouhstr- co. Trata-se, ates, de ura reflecio acerca de um certo problems de base que se pretende exliciare, desta explicit, darthe lum desenvolvimento propedéutico. ‘A posibldade de se verficar um fundamento compartthae do por eada uma das diversas teoriaseducacionais que se =uce- ‘dem na vadicio ccientl, desde a Gréciaclssca até 0 Brasil fu an st eet > ro Had, nit 8 ei "io ua aprendo de mado gun no € mada de fa une com epato & vd ano se demas ‘sr poivel 3 la remerorr aqua eit jatamente us ais caret oan areas td ane wr tendo 2 sma apendco tds a coisa, nas Impede que, tendo < alum > nemo una cosa =o ese preciament que os hrene cham aprer land ea peso dsb tds cure eos te {or aoa alo we car de proc. Ps, pla vito, prosuar aprender so, na eal ar veer rao.) ete < ou argument > face dienes © Ingo, 005 5253, Meso em Artes, eno ia de qu um gave pes dimer gic ne apo a ate co Ste no tao de neers, deer enentarse no apenas na cnterpag camo o pode ox dss nas tandem ese po clddo mat Tanto es Pio 399 como em At tls 200") ne utd aera doinduo no deve nem pode brescin drum oa cdi anda mae exclon0 cad Pu, 1 sa resis do indie human como stp iia, © mem que ci apna ees ppc nego no pode ser enc comou hor angi pls é en sede Ge ques relia mab lamer eo rela esa qe neg ‘io parle em eased, A tendencies ama apenas coma ci do mundo pvado una impergio, taal; adap oman) na crenga pe de auto homem wolad pderealiar tds sua humane. ‘tus, nada dvd dina do Romano, & claro para tos qu 0 borage rusenniano no ¢ um hhamem em ent pip aun exdisos so capacs de elder eoncer ue pepo Rosen uma afemara tl absurd: ode contin oer atu oaco de qo ptt amen) provér a homancade com Spa hunanidae na momorciscorreias tural em assole len Aieengs & ela em seu Discurso sobre a cesigunaace “humid el race, tio de nda cm quer ier ues} cur, al como sets sual- frente a saber, com conhecmentosimbico ou ert sci mente compathadcs, der qe todo homem € cul, que 3 Culture € um rag neces da humaridade do omer no oer ize que sj una condita scare do oma de vista de a fnwoplegaFlosiica Se Rouseay fo}, como ved Nizsche © fea ours sco, um eric mpd da cla eit € dor mods soc dete tempo, Pao cera mesmo 3 const todo wm ado ideal que tera our fn seo ode evar que 2 ur ~elencida coo cosumespartulres de ua cidade = ormase oes Almont ca Escala pra Palo 2 cxigbihdade esa tfence~ cea precsuente como meopr tc de nero pr named do poste econ lina 4 sua fra ena 20 Ser cole oc sas — tendo ae sinbelos qe assim indreamere = por mo eo tstmul 3 conslinc dese MO aba ipa de seu que ¢ saudouo mesre Scrat, Em outa pala, no 380 Homer femanece Homer na arti Ga conga cla como aa Prati, ele anda mals Homem quando nependente dl 4..A metafisica da Educagio Penso haverexplicitado o sentido das palavas de Patio em sua defini para 3 Educagor a alma, ems mesma no precisa ser _Biada por uma educagio excein pels desvos decorrentes da ‘véncia na materialdade, nese esracho elemento que rejelta 2 forma a pati do momento em que sua natuezaprdpria (caso se potsa avbui alguma propredade a0 que a matéra & por si mes ‘a segundo Plato) 6a informidade ou sei, 2 auséncia deforma (Timeu, 493-50. 2 alma a dar forma 20 copa, forma esta que o corpo ret, tendendo 3 “defemidade” morale todsespécie de ‘egeneragio, Por iso educa € uma tare fei, Contudo, mais ‘fil se tora porque hd habs a que este corpo material, ou ~~ core apo oi OSH OKRE UID EOTOREN 3 melhor, essa mente aderda 8 matralidade conferepreerénia: ‘no poceriam ser outros sendojustamente aqueles que a desobr- {gam da canstincia. Mas Plato logo percebera, segundo Séera- tes, asim como muitos Kideespoltios rligioss em tempos Imemordves, que a sociedade no resist incanstincl, que a razbo humana, de fato, ado encanta dante des nada mas ater ‘osizante do que aimprevislidade eo dexconvale = em outas palavras a auséncia de valores esvls,fundedoces de uma iden- tidade coletva segundo 2 qual a propia sociedade se configure ‘como un todo constant, para 6 que é neces, anes de todo, tina relagio de confanga ent pariculare, Deve-se obserar que nada dso ¢ arbi, Fis aos valo- res da "unidade’, da *constincia’, da "veracdade”, 0 fildsofos elegeram a univesaldade, a imutabildade, a incandicionadede como direties palawas-chive de suas metaficas,Consatou- se que a materiaidade no perence a este Ambit, mas que & a razlo a no poder prescindr das. Nia sfo outros os prinelpios {que levaram &valarizagio do publica em devimento do privado, ‘do socal em detriment do individual as noges de “natureza” ede ciénca" no encontam fundamento melt ainds que ape- lado para nivs infrioes de unversliace, no importando se estamos falando de Pltio ou de Durkheim. A razio, encarada como aqullo que hi de mais elevado ~e mesmo dino por isso ‘mesmo portant tempo encarada como faculdade da alma, e nfo do oxganismo = elage os prncpios que lhe sf0 (ou the parecer Ser) mals afns, tomas como crite para 0 estabelecimenta de fins, es que temos una concepcdo sobre a natureza ca divin, 'Nasce wma tologla, onde natureza do kos ordem) deve es. tar adequada 3 ratureza do divin, Nasce uma cosmologa, onde a natureza dos sees vives deve estat adequada 3 natureza do oimo como ordem modelar.E asim por dant, até chegarmos, ‘do universal ao parcular, no ser raconal, cujanatueza, ou Se? pdprio, deve estar adequada SquelaRazdo funda de todo © sistem, completandose o cieula Mas ohiomem fechou-se neste circulo,wancado pela lado de fora. Ld dentro abateu-se uma pesada escuridSo, como em ‘uma cavera, até que alguém reacendesse a luzes da raziol O a cure uetiscooraen homem que necesita da EducacEo é aquele cuj ser encontra se. fata, fala corsigo mesmo Tem uma diva, ov sje, no o que deve er A Educagdo € a ténica encontrada por aquele {que conheceu 0 caminhorpars-alm ~ |e, 0 método, segundo (0s gregos ~e, segundo esa técnica, 0 educador achacse capaz te veconduzir © homem & sua forma prépra, ao seu Dever- Ser, dquilo que ele deve, a0 saldo de sua dlvide reconbecida ra “ontologia da divida’, do ndo-sabe, iso exclusivamente porque ele sabe preciamente o que o homem em geral deve fer fpotencialmente) mas (atuulmente)ndo 6. Somente temos ums Pedagogia se saberos (ou supomos saber o que o Homer Ge Into cnsiste na necesidade de se ter uma Antropolaga, fuma medidadoshomem proptiamente dia, com toda a carga ‘metafsea que o terma € capaz de susentar sem rompers, © nfo uma antopologia cultural, de cunho empirico,Pavece-me fevidente que ter um fato colhido nas mos e apresenti-lo a todos como proveniente do estud cientico de “fatos sociais™ rio difre, em termos pitcos, de indicélo como tendo sido rutido a partir de raizesmetaiias~ afiral,vatase do mesmo: fruta, ou conclusio, $6 que agora como que “produzido em laboratsrio" Poder dizer, em acréscimo, que jamais um discuso sobre «cultura harnana ser bastante para ura Pedagogia Geral, ni Uvapassanda jamais os limites de uma técnica educacional de leance resto e em um conexto dado. Lm dscurso de antropo- Togia empiica x pode se ( €admissvel em Educagfo, em Et ca eem Polite, tal como eletvamente so na atualidade viros tdscurtos dese po, mediante uma determinada concep pre via. do que signifies serhomem em gerl. em uma determinads ‘concep, orund da Modemnidade, que se fundam 0 deverser tolerant, o deverser plural, o deverser global os Direitos Huma- ros enquanto diets natura, exclusive inalendves,daqueles ‘que compartham 2 qualidade “serhomem”. Muito diam aqui Que seal Hoje vemos ser-dochomer como um Ser em aberto, e isto consul uma eveluciorelizada na democracia represen tatval”. Tal otmisme, de carter inegavelmenteluminisa, julga ainda mais racional o reconhecimento das ciferengas e 2 respon- a | cou cw caso MEAN BODEN) sablidade solidria do que a universalidede, a incondcionalida- de, a5verdades absolut, mas, pr sua ve, no podemos supor {que o“fartasma do Ser tana sido exorzado e, com ee, toda a Melafsca. A Metafsca tomouse mas cruel na exata media de su inconscéncia de i, entdo poderfamas nos perguntar se uma ‘metafsicainconsciente- desi pode promover, ainda que indireta- mente, o despenar da consciéniaee-s, ov Sea alum exprito cfetvamente etic, 'O principio libetiro de nSo-consrangimenta (comum a liberals € marsisas, deve-se ressatan, uma vez aplicide 3 Pe- dagopia sob o rtulo de nso-dretivdace,além de fazer $8 pro- dlzirem embaragsastentatvas de diferencia entre as auais mmeteologiasdialdgiease.0 método maigtic de Sécrates, recat ‘enum alarmanteequivoca muito bem observada por Ghialdall 5. 2002: 24, nx: eer de aiar qu ors de Dey freee ‘vem dc-dc € coma os etn det explana, un dtemina omer ‘ott campo, cepa 2 ser epoca eos de Aosta da educagio e bt cd focato, No Sal e também na Fang naa ltt vie mov mee do marine eds oe aot de 980 ev Sean esse a conarna uss tds ator ue fsa en tends pagar” naqula pce Inceressanteobservar que se tata de uma pedagogia ndo apenas “inconscente des” 0 que se pode aibult 3 ideologia {que 2 move = como também, e sobretido, seletivamente“des- ‘memoriada". Ora, mas Sioa Keologia © a Hstra abet pri- vilelads da critica manxana ~ para quendo se vonfunda com Aifusos “marxismos" -, de medo que al movimento ndo pode inttularse, com propriedade, “marisa pedagégico". A “in- Conscigncia des” que se aponta na afaglo acrtice de nfo- dliretividade por esa pedagogi, que acuta até mesmo Sécrates ‘daqullo que ela mesma comparilha sem perceber, consist n0 PrGprio impediment ideoligico que faz de toda Educagzo uma 8 nara rqustcoamrelas educagbo rerodutva ~ dia Marx, que nfo deco tao 20 Sora Chrael éautac eo so acm eo gu em perl somo com cores, es sn atte use ‘edd pte ade que abn ase esucaionl ge tele embra dese em sbeo o por departs do proceso Greranoaprendangem =o qo, spunea digo, nfo dea de Srestupor uma compensa cade do alin enna hura- so genic enoiem pass cbjevon, dies ro a um "Shi pr cado. Seu etoconeserando que nao se pode dlacr quea'purcpaeo’ do lo, enant ou educando em Shsuer ume dels, ea maior ou mere” quand comparadas Meebo, por exemplo “0 qu ae qu spss implicam levees quaidaces eee de pata, en eae Dorada par socedadese epoca dererts” O panorama des- tito pot Chinidal ra elena sors de Hear, Dewey {Tree come “evluges ma era edueaconl” no sexe ema cera did com relagio& tag, mas a tomada de- is em conn, aprerent-ae come ocumprimenotedrice do “preyrama vibra pet uminamo pelo Romana doe sEcs hvWvil eX, posto qu so, aw jas, “eae trent rks de Descartes e Kant para Herb. ce Camens owns, Hegel Darwin e Netashe pre Dewey, devo Toots" dente os quis eu desta Hegel ~, princi mented elementos leroy de iis oes dos sul XX Tix pare eve” G002.10).E no enn natal qe o fo de tess tears se dover spd it 02" no meso gah ‘atsumes i outas do qu acs sus ance loses” dee cena do prépo spt de eta gue seria de context a Sean respecte autres oda a5 sara no Sebo ema Sociologia a Eco. Tim sts 0 qv cab de cz: € qe, ensusro Pea- soaia ao menos da anc comoornaiamenteaenenderos "Rr cero, objet, ena media em quo “abo” € ovo que ‘oo corselénca prada esa consti clea, alira- (fo, eo sempre qu oreconbecimen dno cltvofor alo Srenado pelo educodr ler ee qe me parece bastante ic cee contra emo parecer Mar “ ovr DLR OHLONE WUKAD GENEL.) 5. Individualismo, subjetividade e diferenca: a velha “nova metatisica” ‘A saldailuminista da cavern tra cegado a todos e imediata- ‘mente substuid a realidae plural por uma fantasia alucinada, ‘que €auniversalidade dis cferengas Em otras palvras, hi hoje ‘uma exigéncia por ser diferente, e& pela dferenca,e no pela Semelhanca, que 0 harem é exaltado, de maneita que, quand Uumindividvo excepcional ve, de exces) ating natoriedade (0 que, ais, s6 & posivel pelo reconhecimento de uma “famiir- ade’, queremos ser como ele, queramos saber come se chega |e somos estimulados a acredtar que podems. Somos nés a conferi valor elevagio do particular sobre o cleo em cada equeno movimento catidiano. No impéio do individualism, de to sozinhos que fcamos,necesitames air a atencao dos ‘outros para nds, queremossegudores, queremas companhia. ~ 08 outros, que evntualmente nos seguem (ou mesmo que s@- ‘ulmos, também. Fara tao, € conudo necessirio distingurse si mesmo, ainda que isto no implique na dstingso do outro tenguanto“discriminagio"depreiatna “Ser efeent € normal.” Sejmes dierent: ential Mas para tudo hé um limite, © af que reencontam's de manela mas cata nota velha metaisica jo no reconhecimento nes das uals a abscuridade em que nos encorttamos, express pela palava“alucinado”~ Le, ndoslum nado ~,levanos 3 “antasia”~ Le, 2 sobreposigdo de uma apa- ‘cia ideal imaginaa sobre a cena concreta a ter supostamente ‘transformada’. A metafisica esgueia-e em perguntas ais coma: Dene tudo aquilo que podemos ser, o que devernos set Traba- Ihadores, cidadios, dotdos de competincias e habilidades Plo ‘que trabahar, ou liar’ Devers ser isto, endo aura coisa, sob pena certs de excusfolE eno a Pedagogia deve vir em socorca 8 ale qualquer demands “antopolégica’, enistoconsistem suas *renevagbes" Deve-se perceber que, uma vez levados por valores moder- nos para a dversidade perene, deveras nos adequar a esta di- versidade, endo, desta vez, para sermos como autos quaisquer, mas pare sermos aquila que a sociedade quer, aqullo de que a 6 rcs ees ovens sacledade precisa, sob pena de no termos lugar algum neiae, ademais, nfo podecmot dar Iu2 uma ua toda-diversa. Now: mente, sob 0 império do indvidualismo, devemas nos empenar para realizar a sociedae juss lal come nos incicaram Séevates, Patho, artes ~ ito 36 pare citarmos os “és paiarcas” de nossa radio (ndo apenas lassie, mas, sobretudo,cvilzacio- nll). Na verdade, 0 que menos importa é se esamos tratando {da homemfgeofo dos gregos, do homem-critao de Paulo, do homermpradutivo de Locke, do homemivre de Rousseau, do hhomemconsciene de Mars, do homergenal de Nietsche, do hhamem-positvo da cincia, © efetio problema das ideas pe- agogicas nunca fol o ndo-teconhecimento da igualdade natural da expécie, pois encontramodla em cada um dos pensadores 2 ‘las dedcados, mas sim, em ceros casos, © ndo-econheciment, por pare de muitos pensadores, de que a cada ser humana, sin- Bularmente considerado, sea passive! a realizag30 pena de um ‘deverser em geral. ste “em gral” nfo € um actéscimo retro, ‘evo restalta., Com eet, €0 que hd de mais opressvo, funesto terrvel na pensarents humano desde Descartes ~ mas Or 4 Descartest! Porque fol ele aestabeleer, no primeiissimo pars- traf da primeira pare de seu Discurso do metodo, aidentidade tente “senso comum e “bom senso, de modo a aribui, como (05 cécos, leptimidade a cada expresio cultural em particular, f2ranindolegtimidade para sua propriaconcepgdo particular de bem ede verdade,conforme o argumento que se segue: Inet no mundo coe mls bam dbus que 9 bom er, vit gcc revo acd sett be prov dele que mao or ma dn de atfazer om ual {unr ou spect eosuram desea posulo mas que psuem.€ prvi que todos se enganem 2 ‘te spo; mato anes ur poa de que o pec eg de forma covet dicey eneo verdadero « (ao, que jana o que 6 denarinado bom sem fu azo, glen odor ornament, asim send, de {ue deride densa opis nas origina doa (ke wre alguna al ices qu ures Spee de “ aaa ganna MeOH FONE RE A.) gos nor pean por camishon drei © io coneideamoe at aa oat (200025) (© carter ingato deste verdadero gto de ibetagso do su eto, paradigma da Moderidade, consist preisamente no ato e Descartes chegat 2 conclusio de que, havendo verdades ab- soluts,e sendo todos os Seresracionals dotdos iualmente da ‘apacidade de tings, 0 “senso comm? pode conduit awa apreensio universalmente vida do Bem ~ 0 prio Kant rai ‘ard es oimismo, permitindose encontrar, por sua vez, paver sidade em todo homem, ou a0 menos a propensio geal 30 mal Por reconhece, todavia, que a incomensuablidade dos valores correntes em diferentes cutuas ~ mesma incomensurabilidade (que impede a sua hierarquzarso qualtava ~ torn a ca umn ‘campo de saber autodestratvo na medida em que seus problemas Uuniversaistomam-se indecilvels, Descartes afasta-se dos cticos = 50 6 que por algum momento tenha efetvamente estado pro ximo deles~ em benefcio da afimagso de um bem universal, slobal ~a saber, 0 ber do Mamem. isto significa, no fim das oatas, que o relativism caresiano, expost na primelea parte do Discurso do metodo, 20 invés de abalar dfiitvamente as ‘esruturas do universalismo moral, a conslida de uma vez pot todas, Seo Ser do homem éserpensante, e o serpensante guar- cdaem sa verdad, retcramos a Plat e sua concepgio sobre a responsabilidade de todo homem pare com 2 Verdade e para ‘com @ Dever, com a dferenga nada desprezivel de que Plato rnio reconhecia 2 todo indviduo a capacdade ata! de encontro deste bem da razio, Descartes a “democratiza” ~ difarnos hoje, Mas afin, © a peresidade” a que me reel? Onde est? No simple fato de que s6 podemos ser punidos por aqueles deveres cath wt cee ue tnd pn pepmacene ter reese tate ae DES depetunte Seis oseoemrsecren jeden aoe ee eme serene ee eee eneey eae a rac cus MPO ‘que nfo cumprimos embore estando em candlcdes de cumpr: Jog, send justament af que Kant econhece nota propensio ao ‘mal. Arenhum ser humano é dado, desde Descaes, eximirse de sua responsabildade enquanto servaconal-morl, coisa que antes poderia sr justficada por deficénciasinatas ou mesmo a ausErcia da gagadivna.Aqul, a palavea de Kan se faz ouvir em toda sua fora, tomada 20 imperative categérico: se 0 dever nas ‘rdena a sermos homens bons, no nos ordena, port nada que ‘do sejapratcSvel”(1974b: 386), eno seré por eutro motive que ‘a0 homem é imputada a responsablidade moral por cada uma de suas agbes, ndependente de “aca” ou “ered” ou ultra”. EnquantoPlatio prtendia em seu prjeo, dig cade In lve & fungzo que lhe cabia pr natreze nesta vida, 2 ova antopologia fos moderna afemavd que a toda homem es tard aber a porbilidade de acupar qualquer funglo que sea, ra medida de seu estorg intelectual e material, Apds isto, quan. do se trocou a verdade pela produtvidade, a contemplacdo pela ‘erica, quando tedo cutive do esto ‘omeuseluxo demi novias fidalgas — concepgées esas pelas quai Locke me parece sero grande responsivel-, edo 0 esorgo da grande maiora das dias pedagégicasliberi-democrticas consiiria no eximulo& rodugdo de resuades prticos,podurindo, adversamente toda tuma série de contadigbes e desiqualdades que, antes de leva rem o sistema 20 colapso,oalimentam. Em vez dese reconhecer aberamente, gor uma arimaicarlatvamente trivial, que &im= ossivel 2 realzapso social de todos em um contexto de com: Petkvidade,esimulase er todos 0 esprito novador capaz de arena substtuigho do obsoieto, impedindo a todos a devide escanso ne pracesso sempre inacahado de “modemizagdo” ~ liso inacabamento const seu carter pepo, pois, com a cise da metafsica a conseqiente consdeagio do “melhoe” ‘camo algo indeterminade, o uminisme conslida 0 dogma do progress infin. Em cada canca &incutdo 0 veneno que iz: Minha vez vai chega. O lado obscuro deste aimisme € a im- plicagio de que “outo hide car nese mesmo ala". Arevlacio de ul pervesidade exbiria acontadigio de nosso supesto dever fem tal medida que no mais nos reconheceriamos no se-comum a | eu ao un 40D: MKD ENOCH) que nos éensnado: no serve, no segual no seratemo. Af al Somos e que somes enquanio nc ha quem seja mals do que és, 0 que deveros evar para que possamos mantr 0 préprio curs de nossa vida prada 6. © Humanismo nas teorias do conhecimento ‘Abordando esta conjuntura a pair de outro ponto de vista, deve- se expliciar melhor em que conte 0 Ser em que se funda 9 DeverSer acima descrto. Tatas de uma remisio a tudo aqullo que 2 cultura nos incute como 0 que hi de mais caro e desen- Volvido em nossa cwvilzagio humanist: os ideas de linerdade, Igualdade e raternidade. Essa mudanca de perspectva vise expl- Citar que no se trata apenas de uma ma delimitago de deveres, mas de uma compreensio pacialsta do Serprdprio do homer Emoutaspaavas as iis pedagégicas vém colocando sua 8r- fase om queses de ordem praca, perinentes ca e3 Politica, ‘como sos demas cntemporineos nd fossem resutantes no apenas de uma AntropoogiaFlosica(desconsiderdaenquanto tal como também de uma espéce de Epsteologia intimamen- te vincuada a ala Ttase, entio, de deer que a problemstica envolvidando diz espeito estritamente a saberespriics, mas a Sus fundameniosteGrcos, seam eles hilesficoe ou centfcos. [As formalacées deters sabre Ser também nfo $80 at bivariedades, 30 menos nfo em sent amp. Ou sia nfo #80 ‘eros postulados, mas resultants de uma contemplagao, ja 90 tradicional send de visio" prea da alma, ou inuigo ime- ectal, ej na Semi de reflex a posterior sabre experiéncias ‘concretas. Melante un modo tide por legtime de conhecimen- 10 do Sey, isto 6, mediante uma teva do conheciment, € que Spode garantr o esau epstemolégco das demas teoias do sistema em questo (inclusa a a prdpraEpistemologia). A subs- tiigdo do paradigms inelectalsta pelo empiista nao significa que as ontologlas idealists, realists, naturalists fossem relativa- ‘mente inconsistent com a eras sabre ocanhecimenta huma- no que Ihes serviam como condi. ssa ontoogias no #80, o acura encores Pporanto, em si mesmss, menos legtimas do que 36 onologas Empirsas, nominaitas ou eBieas, ainda que cevaros passar a entender “onoigia® em um sentido bem mals rao. Por exer Plo, se Pati afm o Ser como idea, sentido real, sua epitemo= Togia deve sustentar a possbidade de confecimento da iia, Se Arstéeles ov Locke cada qual 8 sua maneia,desacreitam ‘essa epstemologla, colocaro 9 sentido toga 0 resto dentro dos Timites por eles extabelecids respecivamente, qua sis, os da perceptibilidade serve e das inuigbes af fundadss ste aspecto € de grande importincia, pos, antes de lider com qualquer outa subsirea da Flosofa, 2 Educagdo tata do tconhecimente humana, Als nfo € tea que, em busca de cien- bcidade, a Pedagogia, a0 menos desde Herb, fose abrigar sob a Biolog e a Psicologia, e suas variants. Tal movimento finds hoje se veriica pela grande importinciaconferida = nao ‘Sem mito ~ a Paget eVigoiky em Educacio. De todo modo, do porto de vista de uma Antropolagia Flesiica, vale aentar para 1+ teoriasflosScas acerca do conhecimento humano, e 0 que ‘Se pode verifear & que aque se expera do aluno edo professor € necessriamente dedusdo das premissas dadas, que slo as fe. rentesresposas aos radiionals problemas coloados desde Pla to, Como exemplo, Indico € possve!ensnare aprender? Ede ‘que modo se pode consatar que howe ensino e aprendizagem, ‘caso ocoram? Em caso pot, 0 que éposivelensnareapren~ ‘eft Em meio Squll que se pode ou se acredita poder ensinar © ‘aprender, hl coisas que se deve evar? Quas seria A resposta 3 cada uma destas questées pode no se sucente, claro, mas ‘Enecessria para se pensar Gualqurorietagdo educaciona, de ‘modo que qualquer omisso &impeditia de qualquer espéce de Pedagoga. Se ais respatas no dizem tudo arespeito do serdo~ homer, forecem os linites legis de seu deverser mais proprio, them como de seus supastos limites cognitoseftvas que serv ‘io de pardmetros para a Didstica, que nio pode dscutre atuar senio sobre posbiidades dadas come universas, isto just ‘mente porque deve fdr cam odvero. A pergunta sobre como 0 Homem aprende nfo écontudo (ou por so mesmo) respondida fem atenglo 8 singlaridade, mas sim, em fungio de uma con- n camaro norco aeesnnoxe ei uo Doro ses) cepgo genérica euniversalizante do Homer como tl, do ho- mem enguanto Hamam, endo enquantoindviduo, Ora tal coisa supe nfo apenas que haa uma "Verdade natural e necesséria® ‘que abarque a humanidade em seu todo, mas, alm dso, que tal ‘erdade nos sea acesivel ao conhecimentoe pelo dicurso?* 'As expats de Plata foram natralmente consistentas com su sistema, e nfo podemos dizer que fessem - do pono de vis: {2 contemporsneo ~ otmistas em seu todo. Segundo ele, aquilo rermo que & 0 compromisso mais urgente da Edueasio, que & | ormacio de Hmem moral, capaz de ser um bon dado ~ tentenda-se pot este tro um Ser consciente, responsive livre © Justo, mem ou mulher ~ como concordard a imensa maioria dos pensadores da Edicagio,ndo pode ser ensinado ~ ¢ aqui 0 mais relevante noe estamos flande de wm universalsmo mo- falou de um multicultralsmo, pola virude mera e ncina- ‘So para 0 justo dependem do empanto da alma na busca pelo Bem, muito embora ssa dil e eventualmente eficaz 0 estimulo texte guisdo pelo sibio, ou eja, quel que & rezeriamente atado das qualidades exigidas. As, se tal esmulo ndofosse porsivel ~ e Platlo acredtavaplamente que o fase, gragas 20 exemplar método dalgico de Sécrats~, nenhur pojeto peda- {5tico seria patsivel de exeqUiblidade, mas apenas pensivel por ‘Uma mente clos, no passanda, os, de expeculacao flosdfica Sabedor de que tl empenho no dilego e na busca do autoco- heclmento|éndo ea em seu contesto uma frgaencontrive na grande maiova dos homens ~ algo qu jdse pode nota na citag do feta acima ~,imporava a Platéo estabelecer moos prticos de se ‘lta a degeneragzo da sociedade por meio da slocagioracional tds cidadios segundo suas disposigbes espectiastestemunhar das 20 longo do pedprio processo formatvo jf em andamento 2 earn pa a i pancs ue ie tea 9 dct soi i sca urge on ae (Co ay tue ue nl laa sts pata ‘ols poeocemenepte do ete ues‘ dan (fev cn no era “se qumo “ral wn ag sig el es por ce ” co scones Ee proceso deveria abrangerndititamente toes s crangas, submetidas a rigersos convoles (quant as infuéncis externas) Conc liadoea uma cescentementeexensivaliberdage (quanta 88 possbilidades de progresso na diresio do Ber, entendido como Autoconhecimento), Nisto se fundaria um sstona poltico est ‘mente orgdnico ~ nem menos nem mals do que 0 dukelmiano, por exemplo -, com uma racioalzada diviso do vabalho se- {undo disponigdes natura, consivindo uma soc.edade neces: Srlament asters, verticlizada, porém prvaca de conlitos interes, inva, competitvidade e consumo, onde todas as “lasses” se tram atamenteinterdependents. Somente asia se garatria uma unidade estivel, segundo os principio de uni- \eralidade, constinciae incondicionalidade, sinttizados sob a dia de usc, supost tema cenal do didlogo A epublica Uma grave injustica cometida contra ess ideal teria sido ex tir da recusa 20 inatismo dos contetidos mentais— 0 que aftaia to-somente a Psicologia ~ 0 postulado de que, em lugar da velha teoria, devera se exabelecerateviaantaginica de Lock sobre 4 tabula vasa, a que ae deca am seu Enso aceres do entend: ‘mento humano e que ni & de modo algum perdi de vista em seu Segundo tratado sabre 0 goveno chill Embora mantis 0: ideais cos, a mudanga da Prcoogiae sas implicagBes epi temoldgicas subvert as coutinas polticas, exigindo ndo uma. recusa extensive, mas uma adaptardoprofanda em vita de anti pologiasflosdcasegtimavels enplecamente. No s6 a verdade ‘os valces (como conteide) so exilados da alma para ombito da faculdade de abstacio, mas com iso, também toda espécie de pré-clsposiczo ou propenso inata pasa aero efeto do pro- ‘cess0formatvo a posterior da personalidad, © que restam sio faculdadesvazias e inoperartes (mers potéacias genéricas) na auséncia de estmulos enemos. Com efeto, um me simples Je fundamentase, empiricamente a igualdade da espéci ‘Mas hétambsim paraiso uma juifiativa eolgic,jé evo:

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