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Parte 1

Métodos de sequenciamento de
ácidos nucléicos:
princípios e aplicações

Bióloga - Dra. Mariana Pires De Campos Telles


(CRBio: 30034/04-D)
Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 1C
Mariana P C Telles Quem sou Eu!?
Bióloga CRBio:30034/04-D

Formação acadêmica

1997 2000 2005

Graduação Mestrado Doutorado

Ciências Biológicas - Agronomia (genética e


bacharelado melhoramento de plantas Ciências ambientais

Eugenia dysenterica Eugenia dysenterica Physalaemus cuvieri (ANURA:


(Myrtaceae) - cagaita (Myrtaceae) - cagaita LEPTODACTYLIDAE)
Atuação profissional

2000 2005 2008 2016


2015

Defesa
doutorado
Pesquisa e Formação de recursos humanos Orientações
concluídas

Nível Quantidade
Iniciação Científica 57
Genética de Ecologia
populações molecular
TCC 56
Mestrado 27

genômica filogeografia Doutorado 16


Pós-doutorado 6
Bolsista de Produtividade em Pesquisa
do CNPq - Nível 1C AT ou DTI 20

Programas de pós-graduação
Roteiro do minicurso

Histórico e contexto das técnicas de isolamento e manipulação


01 de genes e genomas

Metodologia de 1ª Geração de Sequenciamento (Sanger ou


02 Clássico)

Metodologias de 2ª e 3ª Geração de Sequenciamento (NGS ou


03 HTS)

04 Estudos de caso e exemplos de uso das metodologias


Objetivo de aprendizagem
✓ Relembrar aspectos da teoria básica e
geral da genética moderna
✓ Entender a relação das técnicas e
metodologias no contexto do uso das
metodologias de sequenciamento de
ácidos nucléicos
Aspectos gerais da fundamentação teórica

Princípios Básicos Marcadores


Genéticos
Genética Moderna
01
Genética clássica ou
mendeliana
estuda a variabilidade
e hereditariedade dos
caracteres
Genética molecular
estuda como os
genes se comportam
ao nível molecular -
DNA, RNA e
Genética de
proteínas
populações
estudo da variabilidade e 03 02
dinâmica dos genes,
entre e dentre
populações
Localização do material genético
Localização do material genético
Princípios básicos em genética
Localização do material genético
Localização do material genético
Princípios básicos em genética
Princípios básicos em genética
Ciclo celular  Passagem da informação entre
gerações

Expressão gênica
Princípios básicos em genética
Estrutura do
ácidos
nucléicos
Princípios básicos em genética
▪ Nucleotídeos: elementos construtores dos ácidos
nucleicos
Nucleotídeos

✓ Purinas
✓ Pirimidinas
Princípios básicos em genética
nucleotídeo
Estrutura do
ácidos
nucléicos
Princípios básicos em genética
Estrutura do RNA
ácidos
nucléicos
dupla hélice
e Estrutura do DNA
Princípios básicos em genética
complementaridade

Antiparalelismo 

nucleotídeo

Modelo plano de uma molécula de DNA


Princípios básicos em genética
▪ 1958 - A. Kornberg isola a DNA polimerase, enzima responsável
pela duplicação do DNA de Escherichia coli.
Princípios básicos em genética
Princípios básicos em genética
✓ RNA polimerase
especializada em
sintetizar um filamento
curto de RNA (primer)

atividade corretora
• atividades:
✓ exonucleotídica
✓ síntese
Princípios básicos em genética
Princípios básicos em genética
Princípios básicos em genética
Princípios básicos em genética
Princípios básicos em genética
Níveis de controle da expressão gênica
✓ Modificações na cromatina
✓ Metilação do DNA/ acetilação de histonas
DNA ✓ Início da transcrição
Transcrição

✓ Rearranjos gênicos
RNAm
✓ Processamento do RNA
✓ Estabilidade do mRNA
Tradução
RNAi

N ✓ Estabilidade da proteína
C ✓ Localização da proteína
Proteína
✓ Modificação protéica
Princípios básicos em genética
Origem do polimorfismo
 Mutações
Princípios básicos em genética
Fenótipo = Genótipo + Ambiente
+...
Contexto histórico Tecnologia do DNA
1950 1956 1970 1978
recombinante (TDR)
1940 1953 1966 1972 2021

~1940– –Primeiras
1972 experiências
Experiências com DNA recombinante
com bacteriófagos
(Berg & Boyer)
1978 – –Isolamento
~1950 Diferenteseeficácias de infecções
caracterização pordeparte
de mais 200 dos
bacteriófagos. Variações entre estirpes bacterianas.
enzimas de restrição
1953 – Estrutura
Prêmio do Arber,
Nobel – W. DNA (Watson
H. SmithCrick)
e D. Nathans
1956 – Isolamento da DNA polimerase (Kornberg)
1966 – Isolamento da DNA ligase (Weiss & Richardson)
1970 – Purifica-se a primeira enzima de restrição tipo II: o
Hind II (Smith & Wilcox)
Contexto histórico Tecnologia do DNA
recombinante (TDR)
1971 – Kathleen Danna e Daniel Nathas

Início da Era do DNA recombinante


Contexto histórico Tecnologia do DNA
recombinante (TDR)
1971 – Kathleen Danna e Daniel Nathas Isolamento de uma enzima bacteriana
Uso da enzima para clivar o DNA viral Primeira fotografia publicada do DNA
cortado com tal enzima → enzima de restrição
Contexto histórico Tecnologia do DNA
recombinante (TDR)

Elucidação do mecanismo de ação das endonucleases de restrição

1978 - Prêmio Nobel em Medicina ou Fisiologia o suíço Werner


Arber os norte-americanos Daniel Nathans e Hamilton Smith
Contexto histórico Tecnologia do DNA
recombinante (TDR)

A partir da Década de 70

Enzima de restrição + inúmeros recursos

Desenvolvimento de várias técnicas


Criar moléculas de DNA recombinante
Replicar moléculas de DNA recombinante
Analisar moléculas de DNA recombinante
Contexto histórico Tecnologia do DNA
recombinante (TDR)
◼ Sentido restrito ◼ Sentido amplo

✓ Molécula de DNA criada em ✓ Tecnologia que é utilizada


laboratório, mediante união para criar e estudar
de sequências de DNA de moléculas híbridas
diferentes fontes biológicas

Poder extraordinário da tecnologia


Possibilita identificar e isolar um único gene ou
segmento de DNA de interesse, dentre milhares...
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
 Isolamento e clonagem fragmentos de DNA in vivo e in vitro

Produz cópia de DNA sem


células hospedeiras

Griffiths et al., 2012


Tecnologia do DNA recombinante (TDR)

✓ A tecnologia do DNA recombinante agrupa diversas técnicas laboratoriais

Métodos amplamente derivados da bioquímica dos


ácidos nucléicos, associada às técnicas genéticas
desenvolvidas para o estudo de bactérias e vírus

Método básico
envolve 7 etapas
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)

✓ A tecnologia do DNA recombinante agrupa diversas técnicas laboratoriais

1. O DNA a ser clonado é purificado de células ou tecidos


2. Uso de enzimas de restrição para gerar os fragmentos específicos de
DNA. Essas enzimas reconhecem e cortam as moléculas de DNA em
sequências nucleotídicas específicas
3. Os fragmentos produzidos pelas enzimas de restrição são unidos a outras
moléculas de DNA que servem como vetores, ou moléculas
transportadoras. Um vetor reunido a uma fragmento de DNA é uma
molécula de DNA recombinante
4. A molécula de DNA recombinante é transferida para uma célula
hospedeira. No interior dessa célula, a molécula recombinante se replica,
produzindo inúmeras cópias idênticas, ou clones, da molécula
recombinante
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)

5. Quando as células hospedeiras se replicam, as moléculas de


DNA recombinante que se encontram em seu interior são
transmitidas a toda sua prole, criando uma população de células
hospedeiras, cada uma carregando cópias da sequencia de DNA
clonada
6. O DNA clonado pode ser recuperado das células hospedeiras,
purificado e analisado
7. O DNA clonado, então, pode ser transcrito; seu mRNA, traduzido,
e o produto gênico, codificado , isolado e usado para pesquisa ou
para comercialização
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
Componentes importantes

◼ Enzimas de Restrição ◼ Vetores


Tecnologia do DNA recombinante (TDR)

As enzimas de restrição clivam o DNA em sequencias


de reconhecimento específicas
enzimas de restrição → produzidas por bactérias → mecanismo
de defesa contra infecções por vírus

Degradação do DNA dos vírus

Mais de 3500 enzimas de restrição já foram descritas

➢ Mais de 150 são comumente usadas em pesquisa


Tecnologia do DNA recombinante (TDR)

Especificidade e resultados da clivagem por enzima de restrição

A nomenclatura compõe-se das iniciais do nome da espécie e, às vezes, da sigla da linhagem da


bactéria que a produz.
Por exemplo a enzima EcoRI

E→ Escherichia (gênero)
co → coli (espécie)
R→ RY13 (estirpe)
I→ Primeira identificada (ordem de identificação da bactéria)

Sítio de restrição de Estrutura dos


Enzimas Organismo fonte
DNA bifilamentar produtos cortados


5'-G-A-A-T-T-C- -G 5' A-A-T-T-C-
EcoRI Escherichia coli -C-T-T-A-A-G-5' -C-T-T-A-A 5' G-

Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
Especificidade e resultados da clivagem por enzima de restrição
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)

Especificidade e resultados da clivagem por enzima de restrição

Fragmentos de restrição
Tamanho variável → determinado pelo número de vezes que a enzima corta o DNA

Exemplo
Enzimas de reconhecimento de 4 bases

AluI – reconhece a sequencia AGCT

➢ 4n = 44 = 256 (em média, a cada 256 pares de bases)


Produz muitos fragmentos pequenos (corte frequente)
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)

Especificidade e resultados da clivagem por enzima de restrição

Fragmentos de restrição
Exemplo
Enzimas de reconhecimento de 8 bases

NotI – reconhece a sequencia GCGGCCGC

4n = 48 = 65.536 (em média, a cada 65.536 pares de bases)


Produz menos fragmentos, porém maiores (corte raro)
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)

Especificidade e resultados da clivagem por enzima de restrição

Sequências de reconhecimento

Forma de simetria descrita como Palíndromo


A sequencia nuclotídica é lida igualmente em ambas as fitas do DNA quando a leitura é feita na
direção 5´ a 3´

SOCORRAM-ME, SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS


Tecnologia do DNA recombinante (TDR)

✓ Cortes deslocados → produz extremidades de


fitas simples (coesivas)

Estrutura dos produtos Estrutura dos produtos


Enzimas Enzimas
cortados cortados

-G 5' A-A-T-T-C- -C-C-C G-G-G-


EcoRI SmaI
-C-T-T-A-A 5' G- -G-G-G C-C-C-

-C-T-G-C-A 3' G- -G-G 5' G-G


PstI HaeIII
-G 3' A-C-G-T-C- -G-G '5 G-G-

✓ Cortes não deslocados → produz extremidades de fitas “cegas”


Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
Especificidade e resultados da clivagem por enzima de restrição

Extremidades coesivas
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
Especificidade e resultados da clivagem por enzima de restrição

Vetores:
Transportadores de DNA
Transportar e ajudar a replicar os fragmentos da DNA inseridos
Se diferenciam em função:

Célula hospedeira que consegue entrar


Tamanho do inserto que pode carregar
Número de cópias que pode produzir
Quantidade disponível de sequencia de reconhecimento
Número e tipo de genes marcadores que contêm
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)

Os vetores carregam moléculas de DNA para serem clonados

Características importantes para um vetor:


Ser capaz de replicar-se independentemente
Ser capaz de replicar qualquer fragmento de DNA que carrega
Conter vários sítios de clivagem para enzimas de restrição que
permitam a inserção dos fragmentos de DNA que serão clonados
Conter um gene marcador (comumente um gene de resistência a
antibiótico)

Vetores recombinantes
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)

Os vetores carregam moléculas de DNA para


serem clonados

Tipos de vetores:
Plasmideais
Fago lambda ()
Cosmideais
Cromossomos artificiais
Expressão
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
Os vetores carregam moléculas de DNA para serem clonados
Plasmídeos modificados por engenharia genética

◼ Pequeno → pode carregar fragmento grande


(até 25 quilobases)
◼ Tem uma origem de replicação
◼ Numerosas sequencias de reconhecimento
para enzima de restrição – região de
policlonagem
◼ Fácil identificação
❑ Gene marcador – lacZ
◼ Colônias azuis
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
Os vetores carregam moléculas de DNA para serem clonados
Plasmídeos modificados por engenharia genética
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
Os vetores carregam moléculas de DNA para serem clonados
Etapas para a produção de uma molécula de DNA recombinante com vetor
plasmideal
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)

Outros vetores...
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)

Etapas para a produção de uma molécula de DNA recombinante com


vetor fago 

✓ Até 15 kb
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)

Etapas para a produção de uma molécula de DNA recombinante com vetores


cosmidiais
Vetores híbridos
Parte do cromossomo
lambda e parte dos
plasmídeos
Podem carregar cerca de
50kb
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)

Etapas para a produção de uma molécula de DNA recombinante com


vetores Cromossomos artificiais bacterianos (BAC)

Baseado do plasmídeo de fertilidade


(fator F) de bactérias
Podem carregar cerca de 300 kb
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)

Etapas para a produção de uma molécula de DNA recombinante com


vetores Cromossomos artificiais de levedura (YAC)
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)

Produção de uma molécula de DNA recombinante com vetores


Tecnologia do DNA recombinante (TDR)

O DNA foi clonado primeiramente em células hospedeiras procarióticas

http://www.youtube.com/watch?v=x2jUMG2E-ic&feature=related
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)

Etapas para a produção de uma molécula de DNA recombinante com


vetores Vetores de expressão

Destinados a ativar um gene clonado e


produzir muitas cópias da proteína
codificada por esse gene em uma célula
hospedeira
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)

Bibliotecas recombinantes são coleções de


sequencias clonadas
Um conjunto de clones de DNA, originado de um
único indivíduo ou de uma só população, é
denominado uma biblioteca clonada.
Essas bibliotecas podem representar:
Um genoma inteiro ou parte dele: Bibliotecas genômicas
Um único cromossomo: Bibliotecas cromossomo-específicas
Um conjunto de genes que é expresso: Bibliotecas de cDNA
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)

Bibliotecas recombinantes são


coleções de sequencias
clonadas - Bibliotecas Genômica

Teoricamente:
Contém pelo menos uma cópia de cada
sequencia do genoma de um organismo
O número de clones de uma biblioteca pode ser
calculado como:

N – número de clones necessários


P – probabilidade de recuperar uma
dada sequencia
f – fração do genoma em cada clone
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)

Bibliotecas recombinantes são


coleções de sequencias
clonadas - Bibliotecas
cromossomo-específicas
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)

Bibliotecas recombinantes são


coleções de sequencias
clonadas - Bibliotecas de cDNA
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)

Como estudar
essas bibliotecas?
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
Clones específicos podem ser recuperados de uma biblioteca
Hibridização de DNA
Princípio: uma sequência alvo desnaturada e uma sonda de fita simples de
DNA ou RNA complementar formam um híbrido estável pela ação do calor
(Swinger e Tucker, 1996)
primeira técnica de hibridização in situ utilizando sondas marcadas com
radioisótopos
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
Clones específicos podem ser recuperados de uma biblioteca

Diversos métodos permitem investigar uma biblioteca


Rastreamento da biblioteca
➢ Sondas – qualquer sequencia de DNA ou RNA que foi marcada de algum modo e é
complementar a alguma parte de uma sequencia clonada, presente na biblioteca
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
Clones específicos podem ser recuperados de uma biblioteca

Tecnologias de microarranjos

Base do aprimoramento das


tecnologias de sequenciamento
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
As sequencias clonadas pode ser analisadas de diversos modos

O sequenciamento de DNA é o modo definitivo para


caracterizar um clone
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
 Isolamento e clonagem fragmentos de DNA in vivo e in vitro

Produz cópia de DNA sem


células hospedeiras

Griffiths et al., 2012


Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
 Isolamento e clonagem fragmentos de DNA in vivo e in vitro

PCR - Reação em Cadeia da Polimerase


PCR - Polymerase Chain Reaction

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8f/DNA_replication_en.svg
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
 Isolamento e clonagem fragmentos de DNA in vivo e in vitro

PCR - Reação em Cadeia da Polimerase


PCR - Polymerase Chain Reaction

1985 - K. Mullis desenvolve o método de PCR


✓ descrevendo um novo procedimento para detectar a mutação na
hemoglobina que causa a anemia falciforme

O aquecimento necessário para desnaturar o


DNA após cada ciclo de PCR inativava essa
polimerase, de modo que ela precisava ser
adicionada novamente- te após cada ciclo.

Cap. 7 - Estudando Genes – Cox et al.2012 Pg. 252


Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
 Isolamento e clonagem fragmentos de DNA in vivo e in vitro

1987 - Utilização da DNA polimerase de


Thermus aquaticus (Taq polimerase)
possibilita a automatização da reação de
PCR

Cap. 7 - Estudando Genes – Cox et al.2012 Pg. 252


Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
 Isolamento e clonagem fragmentos de DNA in vivo e in vitro

PCR - Reação em Cadeia da Polimerase


PCR - Polymerase Chain Reaction

➢ Mullis & Falona 1987


➢ amplificação in vitro de fragmentos específicos
✓ A quantidade de DNA final segue uma função exponencial, onde:

N = N 0 . 2n
N = Número final de cadeias de DNA
N0 = Número inicial de DNA molde (template)
n = Número de repetições do ciclo
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
DNA molde

PCR
Nucleotídeos

Termociclador

Primer (iniciador)
AATGCTCAATTGCATGCC
ACTGATCATCATCGC

Taq DNA polimerase


Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
 Isolamento e clonagem fragmentos de DNA in vivo e in vitro

Desnaturação
Reação em Cadeia
da Polimerase
(PCR)

Extensão do Anelamento
DNA do primer
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
 Isolamento e clonagem fragmentos de DNA in vivo e in vitro

Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)

Fichier:PCR basic principle1.jpg — Wikipédia (wikipedia.org)


Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
 Isolamento e clonagem fragmentos de DNA in vivo e in vitro

Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)


➔ Quantidade de nucleotídeos
➔Quantidade de Cloreto de Magnésio (pH ideal = 7,5)
➔ Concentração de oligonucleotídeos (primers)
➔ Temperaturas:
✓ desnaturação
✓ Anelamento do primer (Tm)
✓ extensão da molécula (72ºC - taxa = 150nucleotídeos por segundo por molécula
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
 Isolamento e clonagem fragmentos de DNA in vivo e in vitro

Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)


▪ Multiplex PCR
▪ Nested PCR
▪ RT-PCR (Reverse Transcriptase Chain Reaction)
▪ PCR quantitativa ou em tempo real
▪ PCR de emulsão
▪ PCR de fase sólida Variações
mais comuns
▪ PCR Digital
▪ PCR LAMP
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
 Isolamento e clonagem fragmentos de DNA in vivo e in vitro

Variações  Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)

Multiplex Ligation-Dependent
Probe Amplification Analysis
(MLPA)
✓ 45 regiões específicas

Journal of Biomolecular Techniques RF 9:238–243 (2008)


Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
 Isolamento e clonagem fragmentos de DNA in vivo e in vitro

Variações  Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)

✓ Nested PCR
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
 Isolamento e clonagem fragmentos de DNA in vivo e in vitro

Variações  Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)


✓ RT-PCR (Reverse Transcriptase Chain Reaction)
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
 Isolamento e clonagem fragmentos de DNA in vivo e in vitro

Variações  Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)

PCR quantitativo – qPCR ou RT_PCR


detectar a quantidade (expressão) do gene na amostra
Análise Qualitativa (PCR comum)
detectar a presença ou não do gene
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
 Isolamento e clonagem fragmentos de DNA in vivo e in vitro

Variações  Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) PCR de emulsão

Um fragmento por bead: Cada molécula de DNA da


biblioteca se ligará a apenas uma bead. Estas serão
isoladas dentro de uma micela de óleo (emulsificação), no
meio aquoso, junto com os reagentes da reação de
PCR.

PCR de Emulsão: Todos fragmentos ligados


as beads são amplificados simultaneamente. Sendo
que cada bead apresentará varias cópias do
único fragmento ligado a ela inicialmente.
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
 Isolamento e clonagem fragmentos de DNA in vivo e in vitro

Variações  Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)

PCR de emulsão
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
 Isolamento e clonagem fragmentos de DNA in vivo e in vitro

Variações  Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)

PCR de fase sólida


Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
 Isolamento e clonagem fragmentos de DNA in vivo e in vitro

Variações  Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)

PCR de fase sólida Cluster

amplificação
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
 Isolamento e clonagem fragmentos de DNA in vivo e in vitro

Variações  Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)

PCR Digital
Tecnologia do DNA recombinante (TDR)
 Isolamento e clonagem fragmentos de DNA in vivo e in vitro

Variações  Reação em Cadeia da Polimerase (PCR)

LAMP – PCR (Loop-Mediated Isothermal Amplification)

https://www.neb.com/applications/dna-amplification-pcr-and-qpcr/isothermal-amplification/loop-mediated-isothermal-amplification-lamp
Literatura recomendada

Capítulo 3 - Nucleotídeos, Ácidos Nucleicos e Informação Genética - Voet


Capítulo 7 - Estudando Genes – Cox
Capítulo 10 - Isolamento e Manipulação de Genes - Grifiths
Capítulo 14 - Genomas e Genômica - Grifiths
Capítulo 7 - Técnicas de Biologia Molecular - Watson BioMGene
Capítulo 4 - Técnicas moleculares aplicadas ao diagnóstico de doenças genéticas - Otto
Capítulo 13 - Tecnologia do DNA recombinante e clonagem gênica – Kulg
Capítulo 8. Genomas, Transcriptomas e Proteomas - Cox
Capítulo 14 - Genomas e Genômica - Grifiths
Aspectos gerais da fundamentação teórica

Princípios Básicos Marcadores


Genéticos
Marcador genético
é uma característicaC Ifenotípica
A R O D R IGU E Z , PH ou
D

genotípica de um indivíduo, cuja


herança pode ser seguida por
gerações
Marcador genético
• todo e qualquer fenótipo molecular oriundo de um
Marcador gene expresso, como no caso de isoenzimas, ou
de um segmentoCespecífico
IA RODR deIGU
DNAE Z , PH D
(correspondente a regiões expressas ou não do
molecular genoma) - Ferreira & Grattapaglia, 1998

• Ao se verificar o seu comportamento de acordo com os princípios


básicos da herança mendeliana, um marcador molecular é
adicionalmente definido como marcador genético
Estudo do comportamento do marcador em uma população
segregante
Marcador genético
comparações
C I A R O D R IGU E Z , PH D

indivíduos populações espécies

Detecção da variabilidade genética


Marcador genético
Marcadores moleculares

Marcadores Marcadores Marcadores Marcadores de


morfológicos citogenéticos bioquímicos DNA e RNA
C I A R O D R IGU E Z , PH D
RRL / RAD-Seq / GBS
Marcadores baseados em NGS (Next Generation Sequence)
Era – Pós-Genômica Equipamentos de alto desempenho (2005)
SNPs em Chips
AFLPs em analisadores automáticos de DNA (1998) SNPs
Sequenciamento de Genomas completos
Era – Genômica Automação de sequenciadores de DNA (1996)
AFLPs(1996)

SCARS cDNA sequenciamento


RAPD (1990)
SSCPs
Microssatélites (SSRs 1989) CAPs (1993)

PCR loco-específico
Era – Síntese Oligos PCR (1986)

Pré – PCR RFLP (1980)

Era – Hibridização de DNA Enzima de restrição (1968) e Southern Blotting (1975)


Isoenzimas (1960)

Era - Proteínas Eletroforese em gel (1950)


Variantes morfológicas (Antes de 1950)
C I A R O D R IGU E Z , PH D

Fonte: adaptado de Henry, 2012


Marcador molecular
1 2 3

L1 Padrão binário
ou
Base genética “dominante”
A/A A/B B/B
C I A R O D R IGU E Z , PH D
1 2 3
B B B
Padrão
L1
“codominante”

A/A A/B B/B

A/A A/B B/B

Cromossomos contêm as L1 Padrão


unidades informacionais “haplótipo”
transferidas de uma
geração para a outra
Genética
forense

Diagnóstico
Taxonomia
molecular

C I A R O D R IGU E Z , PH D

Genética da
Marcadores Identificação
conservaçã
moleculares de espécies
o

Ecologia Processos
molecular Evolutivas

Melhoramento
Genético
Marcador molecular

C I A R O D R IGU E Z , PH D
Marcador molecular
single-nucleotide
polymorphism

C I A R O D R IGU E Z , PH D

next-generation
sequencing

fragment length
polymorphism
Ômicas

Transcriptômica Proteômica Metabolômica Fenômica


Genômica

DNA RNA Proteína Metabólitos Fenótipo


Bibliografia recomendada
C I A R O D R IGU E Z , PH D
Obrigada!
tellesmpc@gmail.com

@marianapctelles

Mariana Pires de Campos Telles

CRÉDITOS: Slidesgo

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