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O Auto da Catingueira

Elomar

Senhores dono da casa


O cantadô pede licença
Pra puxá a viola rasa
Aqui na vossa presença
Pras coisa qui vô cantano
Assunta imploro atenção
Iãntes porém eu peço
A Nosso Sinhô a benção
Iãntes porém eu peço
A Nosso Sinhô a benção
Pois sem Ele a idéa é mensa pru cantá
E pru tocá é pensa a mão
Pra todos qui istão me /ô/ovino
Istendo a invocação
Sinhô me seja valido
Inquanto eu tivé cantano
Pra qui no tempo currido (bis)
Cumprido tenha a missão...
Foi lá nas banda do Brejo
Muito bem longe daqui
Qui essas coisa se deu
Num tempo qui num vivi
Nas terra qui meu avô
Herdô de meu bisavô e o pai seu
Dindinha contô cuan?meu avô morreu
Minha avó contô cuan?meu avô morreu
E hoje eu canto para os filhos meus
E eles amanhã para os filhinhos seus...
Nessa terra há muitos anos
Viveu um rico sinhô
Dono de um grande fecho
Zé Crau cantô mais Alexo
Honras viva de sua mesa
três son Sarafin
três son Balancesa
três son Sarafin
três son Balancesa
Suas posse era tanta
Qui se a memora num erra
Vi dizê que ele tinha
Mais de cem minreis de terra ai
Nos tempo desse sinhô
Dindinha contô pra mim
Viveu Dassanta a fulô
Filha de um tal cantadô
Anjos Alvo Sinhorin
Dele o qui pude apurá
Foi o relato d?um vaquero
Neto de um marruero/ê/
Matadô de marruá
Qui era companhero seu
No Campo do Sete Istrelo
No Campo do Sete Istrelo
Malunga e violero

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