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BRAJUPM NACIONAL

Central de Apoio aos Policiais Militares

ILUSTRÍSSIMO SENHOR COMANDANTE DA 11ª CIPM – COMPANHIA INDEPENDENTE


DA POLÍCIA MILITAR – LAJEDO/PE

SD PM Mat. 120.985-0 / 11ª CIPM / CLAUDIONOR APARECIDO DA SILVA


JÚNIOR, vem, respeitosamente à honrosa presença, consoante
comunicação que foi entregue e a fim de exercer o amplo Direito de
Defesa, albergado no Art. 5º, LV da Constituição Federal da
República do Brasil e Art. 11, §5º da Lei nº 11.817/00, apresentar,
tempestivamente, a presente RAZÃO DE DEFESA, alicerçado nos
fundamentos de fato e de direito adiante aduzidos:

1.DAS PRELIMINARES

1.1. DA INTEMPESTIVIDADE DA COMUNICAÇÃO

Com o máximo de respeito ao Ilustríssimo Oficial, mas vem


este DEFENDENTE informar que a referida comunicação é intempestiva.
Conforme preconiza o próprio parágrafo 5º do art. 11 da Lei
11.817/00, o prazo para notificação é de cinco dias úteis.

Diante do fato narrado, onde a suposta transgressão se deu


em janeiro do corrente ano, ocorrendo assim a preclusão. Além disso,
a notificação não fundamenta qual suposta transgressão teria este
Militar cometido.

Wagner Martins & Martins Advogados


Matriz – Rua Visconde do Rio Branco, nº 49, Centro, Juazeiro-BA, CEP 48.903.585
Filial – Rua Gal Dantas Barreto, nº 142, Centro, Garanhuns-PE
Filial – Av. Gov. Agamenon Magalhães, nº 2936, Edf. Sobrado Empresarial
Salas 201, 205, 207, 606, 607, 2º e 6º andares, Espinheiro, Recife-PE, CEP 52.021-170
TELEFAX: (74) 3612-4628, e-mail: intimacoes@ajupm.com.br, site: www.ajupm.com.br
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Ante o exposto, requer que seja acatada a presente


preliminar, para que seja arquivada a presente comunicação, com a
consequente absolvição do militar.

2. DAS RAZÕES DE MÉRITO E DO DIREITO

Inicialmente, destacamos que a notificação em questão em


desfavor deste militar, ora DEFENDENTE, não merece acolhida. O fato
em questão não está tipificado em nenhuma das transgressões
previstas na Lei nº 11.817/00.

Dessa forma, não há o que se falar em transgressão praticada


por este DEFENDENTE. Estamos diante de uma conduta atípica, pois o
fato das luzes e ar condicionado estarem ligado no alojamento, não
tem condão algum de punição, seja na esfera, administrativa,
disciplinar, cível e criminal.

Estamos diante de um fato atípico. O esquecimento dos


equipamentos ligados não tem por si só o dever punitivo do Estado,
na pessoa do superior hierárquico, uma vez que não houve prejuízos
direto para ao erário público, como consta da comunicação.

Diante do exposto, e uma vez comprovado não ter sido


cometido nenhuma transgressão por parte deste militar, solicito que
no momento da análise desta comunicação, sejam levadas em
consideração os bons antecedentes e o comportamento ÓTIMO em que me
encontro, conforme preconiza o próprio CDME nos artigos citados
abaixo:

Art. 21. - O julgamento das transgressões


disciplinares militares deve ser precedido do uma
análise que considere;

I - os antecedentes do transgressor;
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Art. 22. - No julgamento das transgressões


disciplinares militares, podem ser levantadas
causas que as justifiquem, ou circunstâncias que as
atenuem ou agravem.

Art. 24. - São circunstância atenuantes:

I - a constatação de bons antecedentes, registrados


nos assentamentos do transgressor;

Portanto, com base nos antecedentes, fica evidente que faço


jus a punição de advertência, na conformidade do artigo citado logo
abaixo, em substituição a qualquer outra punição disciplinar.

Art. 28. As penas disciplinares militares a que


estão sujeitos os militares estaduais, segundo o
estabelecido na Parte Especial deste Código, são as
seguintes:

§ 3º Precedente à aplicação de qualquer pena


disciplinar ou medida administrativa, previstas
nestes artigos, a autoridade competente poderá
adotar o recurso da advertência, como orientação
verbal ao transgressor, sem registro em sua ficha
disciplinar, e poderá fixar-se unicamente nesta
administração, quando se tratar da primeira
penalidade aplicada no transgressor ou quando os
antecedentes deste assim o recomendarem.

Dessa forma, uma vez demonstrada que não houve


irregularidade por parte do militar, este não merece ser penalizado,
devendo então a presente comunicação ser arquivada.

3. DOS PEDIDOS

Face os argumentos aqui estampados, somos de entender que


como servidor público militar, não se deve aplicar punição, haja
vista não ter cometido qualquer conduta irregular (transgressão
disciplinar), uma vez que o fato em questão se trata de algo
atípico, não havendo razão para ser punido.
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Diante de todo o exposto de que o Militar não cometeu


nenhuma transgressão militar, vem respeitosamente, solicitar que
seja acatada a preliminar levantada, quanto a intempestividade da
comunicação, com o consequente arquivamento da notificação.

Caso não seja o entendimento do Ilustríssimo Oficial, que


sejam julgadas improcedentes todas as acusações contra o militar,
bem como o arquivamento da comunicação e consequente ABSOLVIÇÃO sem
nenhuma penalidade imposta, uma vez que se trata de fato atípico.

Se ainda assim não for este o entendimento do Ilustríssimo


Oficial, requer que lhe seja aplicada, em substituição a qualquer
outra punição disciplinar, a punição de advertência, em conformidade
com o art. 28, §3º, do Código Disciplinar dos Militares do Estado de
Pernambuco.

Termos em que,
Pede deferimento.
Lajedo/PE, 21 de março de 2022.

____________________________________________
CLAUDIONOR APARECIDO DA SILVA JÚNIOR
Matrícula nº 120.985-0

____________________________________________
RAUL FERRAZ CORNÉLIO GOMES LEAL
OAB/PE nº 50.902

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