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Psicologia: Teoria e Técnicas Psicoterápicas
Psicologia: Teoria e Técnicas Psicoterápicas
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
PSICOLOGIA
Teoria e Técnicas Psicoterápicas
Ariete Bittencourt Pinto
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Teoria e Técnicas Psicoterápicas............................................................................................................................4
1. Aspectos Históricos e Conceituais de Psicoterapia................................................................................4
2. Teorias e Técnicas Psicoterápicas.. ...................................................................................................................4
2.1. Teoria Psicoterápica Psicanalítica.................................................................................................................4
2.2. Teoria Psicoterápica Humanista. . ...................................................................................................................8
2.3. Teoria Psicoterápica Cognitivo-Comportamental (TCC). .................................................................11
2.4. Teoria Psicoterápica Sistêmica.....................................................................................................................18
Resumo................................................................................................................................................................................ 28
Mapa Mental.....................................................................................................................................................................29
Exercícios............................................................................................................................................................................30
Gabarito...............................................................................................................................................................................43
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................44
Referências........................................................................................................................................................................62
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Teoria e Técnicas Psicoterápicas
Ariete Bittencourt Pinto
Apresentação
Olá!
É uma satisfação fazer parte da sua preparação profissional. Na aula de hoje estudaremos
a Unidade I – Teorias e Técnicas Psicoterápicas, que aborda Aspectos Históricos e Concei-
tuais de Psicoterapia; a Teoria Psicoterápica Psicanalítica; Teoria Psicoterápica Humanista;
Terapia Psicoterápica Cognitivo-Comportamental (TCC) e a Terapia Psicoterápica Sistêmica. A
aula foi elaborada visando explanar aspectos que permitem compreender de forma detalhada
o conteúdo. Em caso de dúvidas, estarei à disposição.
Ótimo estudo!
Prof. Ariete
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Ao longo de seus estudos, Freud identificou que o aparelho psíquico era mais complexo do
que supunha anteriormente ao propor as três dimensões da mente (consciente, pré-consciente
e inconsciente). Introduziu, então, a hipótese da existência de outras três instâncias psíquicas
(id, ego e superego), que não anulam suas ideias anteriores, do contrário, as complementam
(NÁSIO, 1999; SCHULTZ; SCHULTZ, 2015).
Id: é a instância pulsional, a fonte de energia psíquica. É regido pelo Princípio do Prazer, ou
seja, seu objetivo é a obtenção de prazer e a evitação da dor. É constituído principalmente por
aspectos inatos, não conhece ética, moral ou valores. É egoísta, impulsivo, irracional e agressi-
vo, a parte animal da nossa personalidade.
Ego: é a instância responsável pelo contato com a realidade. Seu objetivo é satisfazer as
demandas dos instintos primitivos (id) de modo adequado ao ambiente em que vive. É regido
pelo Princípio da Realidade, que se configura pelo adiamento da gratificação (obtenção do
prazer e evitação da dor). Representante do equilíbrio psíquico e tem função mediadora e inte-
gradora entre as pulsões do id e as exigências do superego. Tem componentes conscientes,
pré-conscientes e inconscientes. Se desenvolve a partir do id, já nos primeiros anos de vida por
meio das interações sociais do indivíduo.
Superego: é a instância da moralidade. Se funda a partir do ego e tem como objetivo su-
primir os impulsos inaceitáveis do id, de modo a possibilitar a convivência civilizada. É respon-
sável pelo senso de certo e errado, pois compreende os valores morais e culturais do indiví-
duo e seu grupo. É, portanto, o responsável pelos sentimentos de vergonha, culpa e remorso
(SCHULTZ; SCHULTZ, 2015).
Os mecanismos de defesa do ego são inconscientes, sendo que a pessoa não se dá conta
de que os está utilizando. De modo geral, podemos dizer que eles servem para proteger o in-
divíduo de verdades ameaçadoras e que causariam um sofrimento que ele considera intenso
demais para lidar.
• Negação: Refere-se a negação de uma realidade difícil de suportar.
EXEMPLO
Os pais de uma criança que acabaram de receber a notícia de que o filho está com uma grave
doença. É comum que, num primeiro momento, eles se auto enganem, agindo como se não
fosse verdade.
• Projeção: consiste em atribuir à outra pessoa algo que consideramos negativo em nós
mesmos.
EXEMPLO
Um rapaz que acusa a namorada de estar lhe traindo quando, na verdade, quem está desejando
cometer a traição é ele.
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EXEMPLO
Um estudante que reprovou de ano e passa a dizer que foi muito melhor assim, pois terá a
oportunidade de aprender os conteúdos novamente; quando, na verdade, está se sentindo fra-
cassado e triste.
EXEMPLO
Um adulto volta a um modelo infantil, no qual se sentia mais feliz e mais protegido. Assim, a
infantilização é uma forma de regressão que protege o ego do encontro com as dificuldades
do mundo adulto.
EXEMPLO
O sujeito que transforma a energia da libido (desejo sexual, agressividade e necessidade ime-
diata de prazer) em trabalho ou arte, sem saber que o faz. Grande parte dos artistas, dos gran-
des cientistas, das grandes personalidades e dos grandes feitos só foram possíveis graças a
esse mecanismo de defesa.
• Formação reativa: Ocorre quando o sujeito sente o desejo de dizer ou fazer alguma coi-
sa, mas faz o oposto.
EXEMPLO
A pessoa procura encobrir algo inaceitável por meio da adoção de uma posição oposta.
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Tanto a transferência como a contratransferência são conceitos que vem sendo ampliados
até o presente e que vão ganhar diferenças a partir de cada escola psicanalítica, entretanto,
ambos os fenômenos se mostram presentes nas relações humanas e devem ser observados,
principalmente nas relações de cuidado.
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Para Maslow, os indivíduos buscam satisfazer, em primeiro lugar, suas necessidades fisio-
lógicas. Sem que essas necessidades sejam satisfeitas, o ser humano não consegue avançar
na hierarquia das necessidades. Depois que isso ocorre, o ser humano busca satisfazer as
necessidades de segurança. Em seguida, as necessidades sociais. Depois a estima e por fim,
chega no topo da pirâmide, em busca da sua autorrealização.
Carl Rogers, que foi um psicólogo humanista que concordou com as pressuposições de
Maslow e acrescentou que para uma pessoa “crescer” e se autorrealizar, precisa de um am-
biente que lhes proporcione verdade (abertura e revelação), aceitação (ser aceito como é, sem
imposição de condições) e empatia (ser compreendido). Rogers complementa que sem isso,
relacionamentos e personalidades saudáveis não se desenvolvem como deveriam (FADMAN
E FRAGER, 2002).
Rogers centrava seus estudos e atenção no ser humano saudável. Logo, o considerava
agente de sua mudança, e não um ser humano doente à espera de fatores condicionantes.
Rogers denominou o indivíduo como cliente.
Uma das contribuições de Carl Rogers e que ele acreditava mais importante foi a descrição
de uma pessoa totalmente funcional. Uma pessoa que está buscando se aperfeiçoar para che-
gar a autorrealização. O indivíduo com funcionamento integral possui variadas características,
dentre elas (FADMAN E FRAGER, 2002):
1. Abertura à experiência: Implica na pouca utilização dos sinais de alerta, que restringem
a percepção consciente do momento presente. Assim, a pessoa fica mais aberta aos senti-
mentos, tornando-se cada vez mais capaz de viver completamente a experiência do seu orga-
nismo, ao invés de impedi-la de alcançar a consciência.
2. Viver no Presente: É a busca por realizar-se completamente a cada momento.
3. Confiança nas exigências internas e no julgamento intuitivo: Consiste na confiança
sempre crescente na capacidade de tomar decisões.
Self ideal pode ser conceituado como o conjunto de características que o indivíduo gosta-
ria de ter e perceber sobre si mesmo. A extensão da diferença entre o Self e o Self ideal é um
indicador de desconforto, insatisfação e dificuldades, por isso o self ideal pode se tornar um
obstáculo ao desenvolvimento pessoal (FADMAN E FRAGER, 2002).
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2.2.4.1. Congruência
EXEMPLO
Quando tenho fome, como; quando estou cansado, sento-me; quando estou com sono, durmo.
2.2.4.2. Incongruência
EXEMPLO
Um paciente internado em hospital psiquiátrico que declara não saber onde está, em que hos-
pital, qual a hora do dia, ou mesmo quem ele é, está exibindo alto grau de incongruência.
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Esta tendência atualizante sugere que há um impulso inato dentro de cada ser humano
voltado para o desenvolvimento pleno de suas potencialidades. Rogers compreende o impul-
so em direção à saúde como força motriz numa pessoa que está funcionando de modo livre,
não paralisada por eventos passados ou por crenças correntes que mantinham incongruência
(FADMAN E FRAGER, 2002).
EXEMPLO
Quando a criança começa a tomar consciência do self, desenvolve uma necessidade de amor
ou “consideração positiva”.
Esta necessidade é universal e existe em todo ser humano. A criança considera o amor
algo tão importante que acaba por ser conduzida, não pela característica agradável ou desa-
gradável dos seus comportamentos, mas pela promessa de afeto. Sendo assim, as crianças
tendem agir de forma a assegurar amor ou aprovação (FADMAN E FRAGER, 2002).
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O termo Terapia Comportamental foi introduzido por pelos menos três diferentes grupos
de pesquisadores:
Durante a primeira onda, o principal objetivo era a eliminação das respostas indesejadas e
das reações emocionais avaliadas como inadequadas por meio de técnicas. Além disso, este
grupo de terapias era caracterizado por um rigor experimental que, segundo alguns autores,
limitou o estudo de questões humanas menos objetivas, que foram relegadas para tradições
menos empíricas (OSÓRIO et. all., 2022).
O modelo comportamental tem uma de suas origens no final do século XIX, com os tra-
balhos de Pavlov (Condicionamento Pavloviano, Clássico ou Respondente). Outros trabalhos
como os de Watson e Mary Cover Jones, Skinner, entre outros, foram necessários para que o
desenvolvimento das intervenções que mais tarde vieram a ser chamadas de Terapia Compor-
tamental se constituíssem como uma modalidade de tratamento psicológico. Os trabalhos
de Watson se propõem a estudar o comportamento observável por meio do método científico
experimental, a fim de prevê-lo e controlá-lo (OSÓRIO et. all., 2022).
No início de 1970 houve um grande questionamento das práticas comportamentais, uma
vez que eram consideradas demasiadamente rígidas. Tal situação culminou na tentativa de
acrescentar componentes cognitivos às técnicas existentes, o que facilitou o surgimento das
abordagens cognitivas. Neste movimento, vale ressaltar o trabalho de Albert Bandura (1925).
Seus estudos sobre aprendizagem social enfatizam a modificação do comportamento do indi-
víduo através da interação e observação de outros indivíduos. Para ele, a aprendizagem pode
ocorrer por meio da exposição do indivíduo a contingências sociais (relação de dependência
entre variáveis do organismo e do ambiente social), mas também, sem que o indivíduo tenha
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sido diretamente exposto às situações, ou seja, indiretamente, por meio da observação das con-
tingências às quais outros indivíduos foram expostos. Segundo ele, a maior parte do comporta-
mento humano seria aprendido pela observação de outros, em processo chamado modelação.
Após Bandura houve um avanço nas pesquisas que acrescentam os processos cognitivos aos
modelos comportamentais, o que contribuiu para o surgimento da abordagem cognitivo-com-
portamental.
A segunda onda das TCC’s surgiu com o modelo cognitivo. O modelo cognitivo propõe que
os transtornos psicológicos são derivados de um modo distorcido/disfuncional de perceber a
si mesmo, os outros/o mundo e o futuro (denominada tríade cognitiva). Neste sentido, estas
distorções de pensamento influenciam e são afetadas pelas emoções e pelo comportamento.
É possível dividir as abordagens da segunda onda em Racionalistas e Construtivistas. As abor-
dagens Racionalistas pressupõem a primazia do pensamento sobre a emoção. Sendo assim,
a atividade cognitiva desencadearia uma resposta emocional, fisiológica e comportamental
subjacente. Já as abordagens Construtivistas enfatizam o papel das emoções na atividade
cognitiva. Entretanto, ambas as abordagens são consideradas abordagens das terapias cogni-
tivas, pois são fundamentadas no conceito de influência mútua entre razão e emoção.
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Segundo a TC, são as interpretações dos fatos, e não os fatos em si, que estão entre as
causas das patologias e trazem sofrimento ao indivíduo.
Obs.: A maneira com que esses fatos são percebidos é expressa na forma de Pensamento
Automático (PA), os quais podem ser definidos como pensamentos espontâneos, dire-
tamente ligados a situações e disponíveis à consciência após um treino adequado.
EXEMPLO
inferência arbitrária (tirar conclusões a partir de poucas evidências), abstração seletiva (pres-
ta-se atenção em apenas alguns aspectos e não se consegue ver o todo), previsão de futuro
(antecipar o futuro de forma tão horrível que será insuportável), desqualificação do positivo
(desqualificar e descontar as experiências e acontecimentos positivos insistindo que estes
não contam), leitura mental (acredita-se tem certeza dos pensamentos ou intenções do outro
sem evidências suficientes).
Os PA’s são oriundos de Crenças Centrais (ou Nucleares). As crenças centrais constituem o
modo mais profundo da estrutura cognitiva e são compostas por ideias rígidas e globais que o
indivíduo tem sobre si mesmo, sobre os outros, o mundo e também sobre o futuro. Estas crenças
se desenvolvem na infância como uma tentativa de organização do mundo interno e externo.
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Tais crenças influenciam o modo como indivíduo lida com o mundo, levando-o a selecionar
detalhes sobre o ambiente e a lembrar dados relevantes que confirmem esta crença. A partir
das crenças centrais, desenvolvem-se outras categorias de crenças denominadas crenças in-
termediárias (também denominadas crenças condicionais ou crenças regra).
As crenças intermediárias não estão diretamente ligadas a situações e costumam ocorrer
em forma de suposições ‘se... então...’ ou regras ‘tenho que’, ‘deveria’. As crenças intermediárias
revelam as estratégias compensatórias, que são comportamentos por meio dos quais o indi-
víduo imagina que suas crenças centrais negativas serão encobertas ou não se manifestarão.
EXEMPLO
Se uma pessoa com a crença central ‘eu sou incompetente’ ativada e associada à crença inter-
mediária ‘se eu sou incompetente então tenho que me empenhar o máximo’, pode engajar-se
em tarefas extremamente difíceis (estratégia compensatória) para encobrir a crença central
‘sou incompetente’.
Obs.: A ideia é que os pensamentos não devem controlar diretamente a ação, mas sim os
valores do indivíduo. Outra característica marcante da terceira onda é a integração de
diferentes conceitos e técnicas. A maioria destas abordagens compartilha os pressu-
postos das abordagens de base cognitiva ou comportamental e utilizam suas técnicas.
Entretanto, integram à sua prática clínica estratégias do tipo Mindfulness, técnicas da Ges-
talt Terapia, aceitação e outras escolas de psicoterapia. Além disso, muitas delas fundamen-
tam seu entendimento (além do comportamento) em teorias como Teoria Evolucionista, Teoria
do Apego e Psicanálise. Exemplos de modelos integrativos são: Terapia de Aceitação e Com-
promisso, Psicoterapia Analítica Funcional, Terapia do Esquema, a Terapia Comportamental
Dialética, e Terapia Cognitiva Processual.
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A TCC é um tipo de intervenção psicoterápica breve (de 10 a 20 sessões), com foco na re-
solução dos problemas atuais do cliente. As sessões de psicoterapia possuem uma estrutura
em que o cliente participa ativamente de sua construção.
Na estrutura das sessões tem-se:
a) verificação do humor (como o paciente sente-se naquele dia e semana anterior);
b) discussão da agenda para a sessão (organiza-se tópicos a serem conversados na ses-
são do dia);
c) feedback da sessão anterior (se e como a sessão anterior ajudou o paciente);
d) revisão da tarefa de casa (dificuldades e aprendizados com a tarefa de casa);
e) discussão dos itens da agenda e planejamento nova tarefa de casa (o cliente elabora
ativamente sua tarefa de casa baseado nos tópicos da sessão);
f) resumo a sessão e feedback (no início do tratamento o terapeuta faz o resumo da ses-
são, posteriormente o cliente faz o resumo).
O objetivo principal da TCC é a reestruturação cognitiva do cliente, envolvendo seus esque-
mas, crenças e atitudes.
Como trata-se de uma abordagem que preconiza a participação ativa do paciente, é pré-
-requisito que estes possuam alta motivação, boa capacidade de tolerância à ansiedade, boa
aliança terapêutica. Por outro lado, a TCC é contraindicada para pacientes com alto nível de
ansiedade, dificuldade de vínculo, ausência de motivação, psicose aguda e deficiência mental
grave (nesses casos, há necessidade de adaptação das técnicas).
O interesse pelo estudo do comportamento e da psicologia dos grupos data do século 20,
onde se destacam as contribuições de Le Bom e Freud, acerca da influência dos fenômenos
sociais/grupais na constituição do sujeito. Os primeiros relatos do uso psicoterapêutico dos
grupos ocorreram nos EUA, no início dos anos 1900, com as experiências de Pratt, Lazel e Mar-
sh. Em 1908, Joseph Pratt, um médico americano, considerado hoje o precursor da psicoterapia
de grupo, adotou o uso de tais grupos no tratamento de pacientes tuberculosos por motivos
econômicos e de ordem prática. Duas vezes por semana, realizava encontros com cerca de 20
a 30 pacientes, discutindo aspectos da saúde e da condição de vida (por meio de conselhos,
instruções e apoio), observando melhoras consideráveis nestes quesitos, sobretudo em função
do reconhecimento, por parte dos doentes, de que não eram os únicos com vivências de sofri-
mento, e que ele poderia ser compartilhado e acolhido. E.W. Lazell, em 1921, publicou um artigo
no periódico Psychoanalytic Review intitulado “The group treatment of dementia praecox’, rela-
tando sua experiência na condução de um grupo de pacientes internados com demência pre-
coce (hoje denominada esquizofrenia), onde temas diversos eram discutidos com um enfoque
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psicanalítico. Ele apontou que a participação dos pacientes nos grupos favorecia um avanço
no tratamento do transtorno. Marsh, se apropriando destas experiências prévias, iniciou uma
atividade de grupo com pacientes psicóticos internados, reunindo cerca de 200 a 400 deles, três
vezes por semana com o objetivo de “integrar a mente, a emoção e a atividade motora” (p.3).
Posteriormente estendeu este tipo de trabalho aos familiares dos pacientes, trazendo esta con-
tribuição inovadora. Com o passar do tempo, esta prática foi sendo apropriada por outros psi-
quiatras, no tratamento de pacientes psiquiátricos institucionalizados, e posteriormente a nível
ambulatorial. Destaca-se a grande expansão desta modalidade de tratamento durante e pós 2ª
Guerra Mundial, em função da grande demanda de problemas emocionais associados à guerra
e a escassez de equipes de tratamento, sendo importantes os trabalhos desenvolvidos por S.H.
Foulkes, W. Bion e Moreno, estimulando e expandindo o uso de tal recurso para uso com outras
populações específicas nas áreas da saúde, social, educacional e organizacional.
Assim como na psicoterapia individual, as psicoterapias de grupo são realizadas tendo-se
por referência diferentes abordagens teóricas e técnicas, e diferentes objetivos, entre eles:
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O biólogo austríaco Ludwig Von Bertalanffy apresenta a Teoria Geral dos Sistemas e, em
1940, e o matemático norte-americano Norbert Wiener inicia a elaboração da Cibernética. Am-
bas as teorias tiveram desenvolvimento paralelo no século XX e configuram os limites para-
digmáticos para a Teoria Sistêmica, em conjunto com a influência da Teoria da Comunicação
Humana, criada por Gregory Bateson e Paul Watzlawick. A seguir, tratar-se-á de cada uma das
teorias supracitadas.
Desde a década de 1920, quando inicia sua carreira como biólogo em Viena, Ludwig Von
Bertalanffy critica a predominância do enfoque mecanicista tanto na teoria quanto na pesquisa
científica. Em 1925, ele publica suas ideias em alemão e, em 1930, lança alguns artigos na Ingla-
terra. Na década seguinte, o autor apresenta sua teoria do organismo considerado como sistema
aberto. Em meio ao contexto da Segunda Guerra Mundial, as ideias de Bertalanffy não foram
bem aceitas em um primeiro momento. O biólogo conhece então, a Teoria da Cibernética que flo-
rescia nos Estados Unidos e passa a ser influenciado por ela. Em 1960, Bertalanffy começa a mi-
nistrar conferências nos Estados Unidos e em 1967 e 1968 publica a Teoria Geral dos Sistemas
por meio de uma editora canadense e, em função da maior propagação de suas ideias, que pas-
sam a estar disponíveis em língua inglesa, a Teoria ganha visibilidade (VASCONCELLOS, 2010).
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A Teoria Geral dos Sistemas também é conhecida por Teoria Sistêmica. Contudo, elas são
diferentes, visto que a Teoria Geral dos Sistemas é mais ampla e abarca todas as áreas do co-
nhecimento (Física, Química, entre outras). Já a Teoria Sistêmica está mais voltada para a área
da Psicologia. Para fins práticos, elas serão utilizadas como sinônimos, o que não se mostra
errôneo, mas faz-se essa ressalva para fins didáticos e de esclarecimento (COSTA, 2010).
Bertalanffy confere importância ao Pensamento Sistêmico como um movimento científi-
co por meio de suas concepções de sistema aberto e de sua Teoria Geral dos Sistemas. De
acordo com o autor, organismos vivos são sistemas abertos que não podem ser descritos pela
termodinâmica clássica, que trata de sistemas fechados em estado de equilíbrio térmico ou
próximo dele. Os sistemas abertos podem se alimentar de um contínuo fluxo de matéria e de
energia extraídas e devolvidas ao meio ambiente. Mantêm-se, portanto, afastados do equilíbrio
em um estado quase estacionário ou em equilíbrio dinâmico (CAPRA, 2006).
O objetivo da Teoria Geral dos Sistemas se constituía em estudar os princípios universais
aplicáveis aos sistemas em geral, sejam eles de natureza física, biológica ou sociológica. Ber-
talanffy conceitua sistema como um complexo de elementos em estado de interação. A inte-
ração ou a relação entre os componentes torna os elementos mutuamente interdependentes
e caracteriza o sistema, diferenciando-o do aglomerado de partes independentes (VASCON-
CELLOS, 2010). A Teoria Geral dos Sistemas combina conceitos do Pensamento Sistêmico
e da Biologia (COSTA, 2010), incidindo na generalização do Modelo Organicista, ou seja, na
noção de que o universo pode ser pensado como um grande organismo vivo (PINHEIRO, CRE-
PALDI, & CRUZ, 2012). Assim, pressupõem-se que os fenômenos não podem ser considerados
isoladamente, e sim, como parte de um todo.
Os conceitos básicos da teoria são: homeostase, morfogênese, circularidade (VASCON-
CELLOS, 2010).
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2.4.2. A Cibernética
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Gregory Bateson (1904-1980), antropólogo inglês, se utilizou das teorias acima citadas
para desenvolver a Teoria da Comunicação. O autor, junto com seus colaboradores de Palo
Alto (Califórnia), descreveu a comunicação patogênica na família do esquizofrênico e apre-
sentou a hipótese do duplo vínculo, ou seja, uma forma de comunicação paradoxal que tem
profundas implicações nas relações interpessoais. Bateson fazia uso de analogias, metáforas
e histórias por acreditar que esses recursos eram um caminho para o estudo das relações
(OSÓRIO, 2002).
A teoria também apresenta o conceito da metacomunicação (comunicação sobre a co-
municação) e o uso de mensagens congruentes ou incongruentes (WATZLAWICK, BEAVIN, &
JACKSON, 1973).
A Teoria da Pragmática da Comunicação Humana afirma que a comunicação afeta o com-
portamento ocasionando implicações nas relações interpessoais. De acordo com Watzlawick
et al. (1973), “atividade ou inatividade, palavras ou silêncio, tudo possui valor de mensagem,
influencia os outros, e estes outros que, por sua vez, não podem não responder a essas comu-
nicações, estão, portanto, comunicando também” (p. 45).
Além disso, Bateson e Watzlawick preconizaram que a teoria também abarca os cinco
axiomas
axioma s que são:
1) É impossível não comunicar;
2) Toda comunicação tem aspecto de relato (conteúdo) e de ordem (relação);
3) A natureza de uma relação está na contingência da pontuação das sequências comuni-
cacionais entre os comunicantes (cada comportamento é causa e efeito do outro);
4) Os seres humanos se comunicam de maneira digital (comunicação verbal) e analógica
(comunicação não-verbal);
5) Todas as permutas comunicacionais ou são simétricas ou complementares, e estão
baseadas na igualdade ou na diferença (WATZLAWICK et al. 1973).
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A palavra “sistema” deriva do grego synhistanai que significa colocar junto. O entendimento
sistêmico requer uma compreensão dentro de um contexto, de forma a estabelecer a natureza
das relações. Cada um dos sistemas forma um todo com relação as suas partes e também
é parte de um todo. A existência de diferentes níveis de complexidade com diferentes tipos
de leis operando em cada nível forma a concepção de “complexidade organizada” (VASCON-
CELLOS, 2010).
O primeiro dos critérios fundamentais do Pensamento Sistêmico se refere à mudança das
partes para o todo. Outro critério diz respeito à capacidade de deslocar a atenção de um lado
para o outro entre níveis sistêmicos (VASCONCELLOS, 2010).
Por fim, o último critério se refere à mudança da ciência objetiva para a epistêmica; o mé-
todo de questionamento torna-se parte integral das teorias científicas. A compreensão do
processo de conhecimento precisa ser explicitamente incluída na descrição dos fenômenos
naturais, de forma que tais descrições não são objetivas (CAPRA, 2006; GRANDESSO, 2000;
VASCONCELLOS, 2010).
Fundamentada na Teoria Geral dos Sistemas proposta por Bertalanffy, na Cibernética de
Wiener e na Teoria da Comunicação, formulada por Bateson e Watzlawick, surge a prática sistê-
mica. Capra destaca que “com o forte apoio subsequente vindo da Cibernética, as concepções
de Pensamento Sistêmico e de Teoria Sistêmica tornaram-se partes integrais da linguagem
científica estabelecida, e levaram a numerosas metodologias e aplicações novas” (1996, p. 53).
No campo da Psicologia Clínica, a Teoria Sistêmica passa a ganhar força trazendo a pro-
posta de mudança no foco das teorias clínicas do indivíduo para os sistemas humanos, ou
seja, do intrapsíquico para o interrelacional. Dessa forma, nas décadas de 50 e 60, ocorre um
movimento de combinação entre abordagens já consolidadas, tais como a psicanalítica, e no-
vos conceitos baseados na Teoria dos Sistemas, na Cibernética e na Teoria da Comunicação.
(KREPPNER, 2003, p. 202).
O Pensamento Sistêmico passa a ser o substrato de propostas de intervenção para a clíni-
ca de família. Dessen (2010) ressalta a relevante contribuição da Teoria Sistêmica da família,
a partir da segunda metade do século XX, visto que trouxe um novo olhar para o contexto
familiar. A adoção da Perspectiva Sistêmica implica em entender a família como um sistema
complexo, composto por vários subsistemas que se influenciam mutuamente, tais como o
conjugal e o parental (KREPPNER, 2000).
Nas décadas de 1960 e 1970, várias escolas se diferenciaram no que se refere as terapias
sistêmicas:
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• ESCOLA EXISTENCIAL: Carl Whitaker e Virgínia Satir – enfatizam o trabalho intenso com
as emoções e vivências no aqui e agora da família e do terapeuta.
• ESCOLA COMUNICACIONAL: Escola de Palo Alto (EUA) – Fundada por Gregory Bateson
e outros intelectuais como Paul Watzlawick – o trabalho concentra-se nas comunica-
ções interpessoais verbais e não- verbais que se estabelecem na tentativa infrutífera de
resolver o sintoma.
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A família pode ser considerada um sistema vivo, semiaberto, que se desenvolve e se trans-
forma com o tempo – não nasce e não morre, surge de famílias às quais dá continuidade e se
transforma em novas famílias. Para compreendê-la é necessário levar em conta pelo menos
três gerações (ANDOLFI et al., 1984)
A família é mais do que uma soma de seus membros. É um sistema vivo com leis próprias
de funcionamento. Essas leis configuram uma estrutura com a dupla capacidade de morfogê-
nese – capacidade para mudar com o passar do tempo e de homeostase – que garante a esta-
bilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital (BATESON; FERREIRA; JACKSON, 1971).
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Obs.: Conhecer as mudanças que ocorrem ao longo do ciclo vital das famílias orienta o
tratamento.
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RESUMO
• TEORIA PSICOTERÁPICA PSICANALÍTICA:
A psicanálise tem como marco o trabalho de Freud intitulado ‘A interpretação dos Sonhos’,
considerada, por ele mesmo, sua obra mais importante. Para Freud, os sonhos seriam a forma
através da qual se teria acesso à dimensão inconsciente da vida psíquica, sendo eles uma
expressão dos desejos mais íntimos do indivíduo e dos mecanismos de censura que operam
para mascarar tais desejos, conhecidos como repressão.
Uma das contribuições significativas de Freud foi a construção de uma teoria sobre o in-
consciente, pré-consciente e consciente
Uma das contribuições de Carl Rogers e que ele acreditava mais importante foi a descrição
de uma pessoa totalmente funcional. Uma pessoa que está buscando se aperfeiçoar para che-
gar a autorrealização. O indivíduo com funcionamento integral possui variadas características,
dentre elas (FADMAN E FRAGER, 2002).
Como trata-se de uma abordagem que preconiza a participação ativa do paciente, é pré-
-requisito que estes possuam alta motivação, boa capacidade de tolerância à ansiedade, boa
aliança terapêutica. Por outro lado, a TCC é contra-indicada para pacientes com alto nível de
ansiedade, dificuldade de vínculo, ausência de motivação, psicose aguda e deficiência mental
grave (nesses casos, há necessidade de adaptação das técnicas).
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MAPA MENTAL
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EXERCÍCIOS
001. (2022/IPE SAÚDE/ANALISTA DE GESTÃO EM SAÚDE/PSICOLOGIA) Relacione a Co-
luna 1 à Coluna 2, associando autores com descrições de teorias da personalidade (HAN-
SENNE, 2003).
Coluna 1
1. Sigmund Freud.
2. Carl Rogers.
3. Aaron Beck.
4. B. F. Skinner.
Coluna 2
( ) No caso da depressão, o autor postulou que os doentes deprimidos têm distorções cogni-
tivas, que fazem com que eles decodifiquem a realidade de maneira inadequada. Com base
nisso, o autor elaborou a terapia cognitiva para ajudar as pessoas a modificarem as distorções
cognitivas.
( ) Trabalhou com conceitos fundamentais para o desenvolvimento da personalidade, em espe-
cial: a empatia, a consideração positiva incondicional e a congruência.
( ) Os elementos mais importantes desta teoria são: a personalidade é um conjunto dinâmico
constituído por componentes em conflito, dominadas por forças inconscientes, e a sexualida-
de tem um papel crucial nesta teoria.
( ) O autor considerava que o ambiente determina a maior parte das nossas respostas e que,
em função das suas consequências, elas serão ou reproduzidas ou eliminadas. Refere ainda
que os comportamentos respondem a leis: é possível controlá-los através de manipulações
do ambiente.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) 1 – 2 – 3 – 4
b) 2 – 3 – 4 – 1.
c) 3 – 4 – 1 – 2.
d) 4 – 2 – 1 – 4
e) 4 – 3 – 2 – 1.
002. (INÉDITA/2022) O conceito de empatia passou a ser estudado pelo psicólogo Carl Ro-
gers com a finalidade de aplicá-lo em sua prática terapêutica conhecida por Abordagem Cen-
trada na Pessoa.
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a) uma mente aberta para aceitar qualquer tipo de experiência e de novidades, assim como
também, necessidade contínua de maximizar o seu potencial.
b) ligação forte com a família e extrema preocupação com o bem-estar destes.
c) comportamento calmo e passivo.
d) uma mente que evita qualquer tipo de desafio após muito avaliar os riscos.
005. (INÉDITA/2022) Self ideal pode ser conceituado como o conjunto de características que
o indivíduo gostaria de ter e perceber sobre si mesmo. A extensão da diferença entre o Self e o
Self ideal é um indicador de desconforto, insatisfação e dificuldades, por isso o self ideal pode
se tornar um obstáculo ao desenvolvimento pessoal (FADMAN E FRAGER, 2002).
007. (INÉDITA/2022) Carl Rogers, em sua terapia centrada na pessoa, considera pessoas ple-
namente funcionais ou psicologicamente saudáveis quando apresentam:
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a) a pessoa fica mais aberta aos sentimentos, tornando-se cada vez mais capaz de viver com-
pletamente a experiência do seu organismo, ao invés de impedi-la de alcançar a consciência.
b) ligação forte com a família e extrema preocupação com o bem-estar destes.
c) comportamento calmo e passivo.
d) uma mente que evita qualquer tipo de desafio após muito avaliar os riscos.
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b) O ego é regido pelo “princípio do prazer”. Profundamente ligado a libido, está relacionado
a ação de impulsos é considerado inato. Está localizado na zona inconsciente da mente, sem
conhecer a “realidade” consciente e ética, agindo portanto apenas a partir de estímulos instin-
tivos, o que lhe atribui a característica de amoral.
c) O id consiste em instintos mais primitivos, enquanto o ego é o componente da personalida-
de acusado de lidar com a realidade. O superego é a parte da personalidade que mantém todos
os ideais e valores que internalizamos de nossos pais e cultura.
d)O ego é o componente inibidor da mente, atuando de forma contrária ao id. Considerado
hipermoral, segue o “princípio do dever” e faz o julgamento das intenções do sujeito sempre
agindo de acordo com heranças culturais relacionadas a valores e regras de conduta. O ego é,
então, componente moral e social da personalidade.
014. (INÉDITA/2022) Consiste em atribuir à outra pessoa algo que consideramos negativo em
nós mesmos.
a) Contratransferência
b) Racionalização
c) Negação
d) Projeção
016. (INÉDITA/2022) A partir das contribuições de Melanie Klein, a psicanálise com crianças
alcançou grandes avanços, com o estabelecimento do brinquedo e dos jogos como instrumen-
to de grande importância para o trabalho psicanalítico.
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021. (INÉDITA/2022) “A família é mais do que a soma de seus membros. É um sistema vivo
com leis próprias de funcionamento. Essas leis configuram uma estrutura com a capacidade
de morfogênese e de homeostase” (BATESON; FERREIRA; JACKSON, 1971). Dentre as alter-
nativas abaixo, assinale corretamente aquela que corresponde ao conceito de morfogênese e
homeostase:
a) morfogênese – que garante a estabilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital e de
homeostase – capacidade para mudar com o passar do tempo.
b) morfogênese – capacidade de resolução de conflitos e de homeostase – capacidade para
mudar com o passar do tempo.
c) morfogênese – que garante a estabilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital e de
homeostase – capacidade de perceber a pessoa na sua singularidade.
d) morfogênese – capacidade para mudar com o passar do tempo e de homeostase – que
garante a estabilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital.
022. (INÉDITA/2022) Maurizio Andolfi (terapeuta sistêmico) considera que todo o grupo tem
sua verdade fundante que quando questionada tende a desorganizá-lo, aumentando a tensão
e ameaçando a:
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a) agregação somatopsíquica
b) desintegração da matriz egóica
c) coesão do sistema
d) valorização da vida emocional
023. (INÉDITA/2022) A sistêmica passou por dois grandes movimentos conhecidos como:
Cibernética (ciência da comunicação) de Primeira ordem e Cibernética de Segunda ordem.
Frente ao exposto, relacione a primeira coluna de acordo com a segunda.
a) Cibernética de Primeira Ordem
b) Cibernética de Segunda Ordem
I – Está relaciona a técnicas de controle, automatização, inovações tecnológicas.
II – Não possui o foco no sintoma (este apenas identifica que algo não vai bem na família).
III – Marina fez terapia no intuito de trabalhar sua ansiedade. O terapeuta por sua vez, trabalhou
com técnicas de modo a extinguir seus sintomas. Ela melhorou mas, voltou a fazer sintoma. O
terapeuta acreditou que isso se deu porque Marina estaria buscando sua homeostase.
IV – Ulisses e sua família estão em processo psicoterápico a partir de uma queixa inicial que
era a separação dele/esposa e em decorrência disso, o filho de 6 anos estava apresentando
medos e insônia. O terapeuta por sua vez se desprendeu da queixa inicial para ter um olhar
global sobre a família e estabeleceu seu plano terapêutico visando trabalhar: comunicação
clara entre o casal e deles para com o filho situando-o sobre a separação do casal; os papéis
de pai e mãe; expressões de sentimentos, e outros aspectos que julgou necessário. Assinale a
alternativa correta:
a) I-A, II- A, III- B, IV- B
b) I-A, II- B, III- A, IV- B
c) I-B, II- A, III- B, IV- A
d) I-A, II- B, III- B, IV- B
024. (INÉDITA/2022) A Terapia Familiar surgiu após a Segunda Guerra Mundial. Se desenvol-
veu nos Estados Unidos, na década de 1950. Nas décadas de 1960 e 1970, surgiram várias
escolas que se diferenciaram. Frente ao exposto, relacione corretamente as escolas àquilo que
a conceitua.
I – ESCOLA TRIGERACIONAL
II – ESCOLA EXISTENCIAL
III – TERAPIA FAMILIAR ESTRUTURAL
IV – ESCOLA COMUNICACIONAL
V – ESCOLA ESTRATÉGICA
( ) enfatiza o trabalho intenso com as emoções e vivências no aqui e agora da família e do
terapeuta.
( ) enfatiza as questões organizacionais da família na gênese e na resolução de problemas.
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025. (INÉDITA/2022) Existem diversas questões que devem ser consideradas na dinâmica e
estrutura de uma família para que seja possível alcançar um diagnóstico do seu funcionamen-
to. Dentre as alternativas listadas, assinale a que não deve ser considerada pelo terapeuta para
o seu diagnóstico:
a) o nível socioeconômico e as características étnico-culturais da família.
b) o momento atual da família.
c) a capacidade da família de se comunicar e resolver conflitos.
d) a motivação da família para o tratamento.
e) a compatibilidade entre as crenças da família e as crenças do terapeuta.
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II – Os períodos de transição de estágio, geralmente, são os que geram mais ansiedade e con-
flito, pois o equilíbrio e a organização da família são afetados. Nestes momentos, sintomas
podem surgir como forma de expressar as dificuldades da família em se reorganizar diante
das exigências da nova fase.
III – Os sintomas podem desaparecer com o tempo, quando o próprio sistema encontra recur-
sos para superar a crise e tem flexibilidade para utilizá-los num novo equilíbrio. Caso a família
não consiga se rearranjar devido a sua rigidez, o sintoma agrava-se nas fases subsequentes,
caracterizando um funcionamento patológico crônico.
Assinale a opção correta:
a) I-V, II-V, III-V
b) I-V, II-V, III-F
c) I-F, II-V, III-F
d) I-F, II-F, III-F
028. (INÉDITA/2022) A família pode ser considerada um sistema vivo, semiaberto, que se
desenvolve e se transforma com o tempo – não nasce e não morre, surge de famílias às quais
dá continuidade e se transforma em novas famílias. Para compreendê-la é necessário levar em
conta pelo menos três gerações (ANDOLFI et al., 1984)
029. (INÉDITA/2022) “Quando o pai é um pai, e o filho é um filho; quando o irmão mais velho
faz o papel de Irmão mais velho e o mais novo, seu papel de irmão mais novo; quando marido
é realmente marido e a esposa uma esposa, então há ordem.” Esse texto do I Ching, dentro das
dinâmicas intrafamiliares, é um exemplo de:
a) impotência do eu isolado.
b) fundamento do bom funcionamento sistêmico familiar.
c) complementariedade dos opostos.
d) reconhecimento da regra clara.
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034. (INÉDITA/2022) Um professor corrige a tarefa escolar feita por seus alunos. Eles são
chamados um a um para levar o caderno até a mesa do professor. Este age batendo um carim-
bo que associa uma figura com uma expressão elogiosa como “muito bem”, “ótimo” ou “exce-
lente”. E não usa figura alguma, caso não tenha feito a tarefa. Em seguida, registra quem fez
e quem não fez a tarefa, dizendo que o aluno que cumprir todas as tarefas sem erro receberá
um ponto na média final bimestral. Depois, fala à classe que quem não realizou a tarefa deve-
rá fazer durante o horário do recreio. A conduta desse professor é corretamente interpretada
pela abordagem
a) Comportamental
b) Psicanalítica
c) Sistêmica
d) Rogeriana
035. (INÉDITA/2022) Aaron Beck desenvolveu uma forma de psicoterapia no início da década
de 1960, a qual denominou originalmente “terapia cognitiva”, hoje Terapia Cognitivo-Compor-
tamental (TCC). Usada para o tratamento da depressão, Beck concebeu uma psicoterapia es-
truturada, de curta duração, voltada para o presente, direcionada para a solução de problemas
atuais e a modificação de pensamentos e comportamentos disfuncionais (inadequados e/
ou inúteis).
036. (INÉDITA/2022) Para a Terapia de Família, a família pode ser considerada um sistema
vivo, semiaberto, que se desenvolve e se transforma com o tempo – não nasce e não morre,
surge de famílias às quais dá continuidade e se transforma em novas famílias. Para entendê-lo,
é necessário levar em conta pelo menos três gerações.
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038. (INÉDITA/2022) O termo Terapia Comportamental (TC) foi introduzido por pelos menos
três diferentes grupos de pesquisadores. São pesquisadores da Primeira Onda da TC:
a) Lindsley, Skinner,Solomon, Eysenck, Lazarus
b) Lindsley, Skinner, Aeron Beck, Eysenck, Lazarus
c) Lindsley, Skinner,Solomon, Eysenck, Albert Ellis
d) Michael Mahoney, Skinner,Solomon, Eysenck, Lazarus
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044. (INÉDITA/2022) Segundo a TC, são as interpretações dos fatos, e não os fatos em si, que
estão entre as causas das patologias e trazem sofrimento ao indivíduo. A maneira com que
esses fatos são percebidos é expressa na forma de Pensamento Automático (PA), os quais
podem ser definidos como pensamentos espontâneos, diretamente ligados a situações e dis-
poníveis à consciência após um treino adequado.
048. (INÉDITA/2022) A TC foi desenvolvida por Aaron T. Beck como uma prática de psicotera-
pia baseada em evidências, inicialmente desenvolvida para o tratamento de depressão.
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GABARITO
1. d 37. d
2. C 38. a
3. a 39. d
4. b 40. C
5. C 41. C
6. b 42. b
7. a 43. C
8. E 44. C
9. c 45. C
10. b 46. b
11. c 47. C
12. d 48. C
13. E 49. C
14. d 50. C
15. a
16. C
17. C
18. b
19. E
20. c
21. d
22. c
23. b
24. d
25. e
26. c
27. a
28. C
29. a
30. a
31. b
32. c
33. d
34. a
35. C
36. C
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GABARITO COMENTADO
001. (2022/IPE SAÚDE/ANALISTA DE GESTÃO EM SAÚDE/PSICOLOGIA) Relacione a Co-
luna 1 à Coluna 2, associando autores com descrições de teorias da personalidade (HAN-
SENNE, 2003).
Coluna 1
1. Sigmund Freud.
2. Carl Rogers.
3. Aaron Beck.
4. B. F. Skinner.
Coluna 2
( ) No caso da depressão, o autor postulou que os doentes deprimidos têm distorções cogni-
tivas, que fazem com que eles decodifiquem a realidade de maneira inadequada. Com base
nisso, o autor elaborou a terapia cognitiva para ajudar as pessoas a modificarem as distorções
cognitivas.
( ) Trabalhou com conceitos fundamentais para o desenvolvimento da personalidade, em espe-
cial: a empatia, a consideração positiva incondicional e a congruência.
( ) Os elementos mais importantes desta teoria são: a personalidade é um conjunto dinâmico
constituído por componentes em conflito, dominadas por forças inconscientes, e a sexualida-
de tem um papel crucial nesta teoria.
( ) O autor considerava que o ambiente determina a maior parte das nossas respostas e que,
em função das suas consequências, elas serão ou reproduzidas ou eliminadas. Refere ainda
que os comportamentos respondem a leis: é possível controlá-los através de manipulações
do ambiente.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) 1 – 2 – 3 – 4
b) 2 – 3 – 4 – 1.
c) 3 – 4 – 1 – 2.
d) 4 – 2 – 1 – 4
e) 4 – 3 – 2 – 1.
002. (INÉDITA/2022) O conceito de empatia passou a ser estudado pelo psicólogo Carl Ro-
gers com a finalidade de aplicá-lo em sua prática terapêutica conhecida por Abordagem Cen-
trada na Pessoa.
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005. (INÉDITA/2022) Self ideal pode ser conceituado como o conjunto de características que
o indivíduo gostaria de ter e perceber sobre si mesmo. A extensão da diferença entre o Self e o
Self ideal é um indicador de desconforto, insatisfação e dificuldades, por isso o self ideal pode
se tornar um obstáculo ao desenvolvimento pessoal (FADMAN E FRAGER, 2002).
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007. (INÉDITA/2022) Carl Rogers, em sua terapia centrada na pessoa, considera pessoas ple-
namente funcionais ou psicologicamente saudáveis quando apresentam:
a) a pessoa fica mais aberta aos sentimentos, tornando-se cada vez mais capaz de viver com-
pletamente a experiência do seu organismo, ao invés de impedi-la de alcançar a consciência.
b) ligação forte com a família e extrema preocupação com o bem-estar destes.
c) comportamento calmo e passivo.
d) uma mente que evita qualquer tipo de desafio após muito avaliar os riscos.
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O humanismo surgiu contrapondo a Psicanálise e defendia que o homem não era regido por
um inconsciente e nem mesmo por fatores externos mas, segundo Maslow se interessava em
saber o que fazia as pessoas felizes e o que elas faziam para atingir esse objetivo.
Errado.
A alternativa correta é a “B”. As demais encontram-se incorretas, pois são autores de outras
linhas teóricas.
Letra b.
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A opção A inicia destacando que o “id é a parte consciente da mente”- errado pois, o id é in-
consciente. A opção B, destaca que o ego é regido pelo “princípio do prazer” – errado pois isso
é uma função do id. A opção D, frisa que o “ego é, componente moral e social da personalidade”
– incorreto pois, essa ´´e uma função do superego.
Letra c.
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014. (INÉDITA/2022) Consiste em atribuir à outra pessoa algo que consideramos negativo em
nós mesmos.
a) Contratransferência
b) Racionalização
c) Negação
d) Projeção
016. (INÉDITA/2022) A partir das contribuições de Melanie Klein, a psicanálise com crianças
alcançou grandes avanços, com o estabelecimento do brinquedo e dos jogos como instrumen-
to de grande importância para o trabalho psicanalítico.
Melanie Klein foi uma renomada psicanalista infantil que usava brinquedos e jogos no trabalho
com crianças.
Certo.
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Formação Reativa ocorre quando o sujeito sente o desejo de dizer ou fazer alguma coisa, mas
faz o oposto.
Letra b.
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021. (INÉDITA/2022) “A família é mais do que a soma de seus membros. É um sistema vivo
com leis próprias de funcionamento. Essas leis configuram uma estrutura com a capacidade
de morfogênese e de homeostase” (BATESON; FERREIRA; JACKSON, 1971). Dentre as alter-
nativas abaixo, assinale corretamente aquela que corresponde ao conceito de morfogênese e
homeostase:
a) morfogênese – que garante a estabilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital e de
homeostase – capacidade para mudar com o passar do tempo.
b) morfogênese – capacidade de resolução de conflitos e de homeostase – capacidade para
mudar com o passar do tempo.
c) morfogênese – que garante a estabilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital e de
homeostase – capacidade de perceber a pessoa na sua singularidade.
d) morfogênese – capacidade para mudar com o passar do tempo e de homeostase – que
garante a estabilidade de seu funcionamento ao longo do ciclo vital.
022. (INÉDITA/2022) Maurizio Andolfi (terapeuta sistêmico) considera que todo o grupo tem
sua verdade fundante que quando questionada tende a desorganizá-lo, aumentando a tensão
e ameaçando a:
a) agregação somatopsíquica
b) desintegração da matriz egóica
c) coesão do sistema
d) valorização da vida emocional
Quando a coesão do sistema fica ameaçada, seus membros tendem a buscar a homeostase
visando reorganizá-lo.
Letra c.
023. (INÉDITA/2022) A sistêmica passou por dois grandes movimentos conhecidos como:
Cibernética (ciência da comunicação) de Primeira ordem e Cibernética de Segunda ordem.
Frente ao exposto, relacione a primeira coluna de acordo com a segunda.
a) Cibernética de Primeira Ordem
b) Cibernética de Segunda Ordem
I – Está relaciona a técnicas de controle, automatização, inovações tecnológicas.
II – Não possui o foco no sintoma (este apenas identifica que algo não vai bem na família).
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III – Marina fez terapia no intuito de trabalhar sua ansiedade. O terapeuta por sua vez, trabalhou
com técnicas de modo a extinguir seus sintomas. Ela melhorou mas, voltou a fazer sintoma. O
terapeuta acreditou que isso se deu porque Marina estaria buscando sua homeostase.
IV – Ulisses e sua família estão em processo psicoterápico a partir de uma queixa inicial que
era a separação dele/esposa e em decorrência disso, o filho de 6 anos estava apresentando
medos e insônia. O terapeuta por sua vez se desprendeu da queixa inicial para ter um olhar
global sobre a família e estabeleceu seu plano terapêutico visando trabalhar: comunicação
clara entre o casal e deles para com o filho situando-o sobre a separação do casal; os papéis
de pai e mãe; expressões de sentimentos, e outros aspectos que julgou necessário. Assinale a
alternativa correta:
a) I-A, II- A, III- B, IV- B
b) I-A, II- B, III- A, IV- B
c) I-B, II- A, III- B, IV- A
d) I-A, II- B, III- B, IV- B
024. (INÉDITA/2022) A Terapia Familiar surgiu após a Segunda Guerra Mundial. Se desenvol-
veu nos Estados Unidos, na década de 1950. Nas décadas de 1960 e 1970, surgiram várias
escolas que se diferenciaram. Frente ao exposto, relacione corretamente as escolas àquilo que
a conceitua.
I – ESCOLA TRIGERACIONAL
II – ESCOLA EXISTENCIAL
III – TERAPIA FAMILIAR ESTRUTURAL
IV – ESCOLA COMUNICACIONAL
V – ESCOLA ESTRATÉGICA
( ) enfatiza o trabalho intenso com as emoções e vivências no aqui e agora da família e do
terapeuta.
( ) enfatiza as questões organizacionais da família na gênese e na resolução de problemas.
( ) usava intervenções terapêuticas que tendem a reestruturar o funcionamento familiar esta-
belecido em torno do sintoma. Desenvolveram-se também grupos de terapia familiar compor-
tamental destinadas a extinguir sintomas.
( ) trabalha as três gerações que envolvem a família ou mesmo o sujeito que esteja em proces-
so psicoterápico.
( ) o trabalho concentra-se nas comunicações interpessoais verbais e não- verbais que se es-
tabelecem na tentativa infrutífera de resolver o sintoma.
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025. (INÉDITA/2022) Existem diversas questões que devem ser consideradas na dinâmica e
estrutura de uma família para que seja possível alcançar um diagnóstico do seu funcionamen-
to. Dentre as alternativas listadas, assinale a que não deve ser considerada pelo terapeuta para
o seu diagnóstico:
a) o nível socioeconômico e as características étnico-culturais da família.
b) o momento atual da família.
c) a capacidade da família de se comunicar e resolver conflitos.
d) a motivação da família para o tratamento.
e) a compatibilidade entre as crenças da família e as crenças do terapeuta.
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028. (INÉDITA/2022) A família pode ser considerada um sistema vivo, semiaberto, que se
desenvolve e se transforma com o tempo – não nasce e não morre, surge de famílias às quais
dá continuidade e se transforma em novas famílias. Para compreendê-la é necessário levar em
conta pelo menos três gerações (ANDOLFI et al., 1984)
029. (INÉDITA/2022) “Quando o pai é um pai, e o filho é um filho; quando o irmão mais velho
faz o papel de Irmão mais velho e o mais novo, seu papel de irmão mais novo; quando marido
é realmente marido e a esposa uma esposa, então há ordem.” Esse texto do I Ching, dentro das
dinâmicas intrafamiliares, é um exemplo de:
a) impotência do eu isolado.
b) fundamento do bom funcionamento sistêmico familiar.
c) complementariedade dos opostos.
d) reconhecimento da regra clara.
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O enunciado denota papéis bem definidos no contexto familiar sem haver inversão de papéis.
Letra a.
Em conformidade com o conceito de resiliência e o que consta descrito nessa alternativa, essa
está correta.
Letra b.
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034. (INÉDITA/2022) Um professor corrige a tarefa escolar feita por seus alunos. Eles são
chamados um a um para levar o caderno até a mesa do professor. Este age batendo um carim-
bo que associa uma figura com uma expressão elogiosa como “muito bem”, “ótimo” ou “exce-
lente”. E não usa figura alguma, caso não tenha feito a tarefa. Em seguida, registra quem fez
e quem não fez a tarefa, dizendo que o aluno que cumprir todas as tarefas sem erro receberá
um ponto na média final bimestral. Depois, fala à classe que quem não realizou a tarefa deve-
rá fazer durante o horário do recreio. A conduta desse professor é corretamente interpretada
pela abordagem
a) Comportamental
b) Psicanalítica
c) Sistêmica
d) Rogeriana
035. (INÉDITA/2022) Aaron Beck desenvolveu uma forma de psicoterapia no início da década
de 1960, a qual denominou originalmente “terapia cognitiva”, hoje Terapia Cognitivo-Compor-
tamental (TCC). Usada para o tratamento da depressão, Beck concebeu uma psicoterapia es-
truturada, de curta duração, voltada para o presente, direcionada para a solução de problemas
atuais e a modificação de pensamentos e comportamentos disfuncionais (inadequados e/
ou inúteis).
036. (INÉDITA/2022) Para a Terapia de Família, a família pode ser considerada um sistema
vivo, semiaberto, que se desenvolve e se transforma com o tempo – não nasce e não morre,
surge de famílias às quais dá continuidade e se transforma em novas famílias. Para entendê-lo,
é necessário levar em conta pelo menos três gerações.
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038. (INÉDITA/2022) O termo Terapia Comportamental (TC) foi introduzido por pelos menos
três diferentes grupos de pesquisadores. São pesquisadores da Primeira Onda da TC:
a) Lindsley, Skinner,Solomon, Eysenck, Lazarus
b) Lindsley, Skinner, Aeron Beck, Eysenck, Lazarus
c) Lindsley, Skinner,Solomon, Eysenck, Albert Ellis
d) Michael Mahoney, Skinner,Solomon, Eysenck, Lazarus
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As outras alternativas estão incorretas por enfatizarem que na TC o objetivo é a “eliminação das
respostas desejadas”. A TC também não trabalha com conteúdos/processos inconscientes.
Letra d.
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Carl Rogers era humanista. Carl Gustav Jung era da psicologia analítica e Sigmund Freud era
da psicanálise.
Letra b.
044. (INÉDITA/2022) Segundo a TC, são as interpretações dos fatos, e não os fatos em si, que
estão entre as causas das patologias e trazem sofrimento ao indivíduo. A maneira com que
esses fatos são percebidos é expressa na forma de Pensamento Automático (PA), os quais
podem ser definidos como pensamentos espontâneos, diretamente ligados a situações e dis-
poníveis à consciência após um treino adequado.
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048. (INÉDITA/2022) A TC foi desenvolvida por Aaron T. Beck como uma prática de psicotera-
pia baseada em evidências, inicialmente desenvolvida para o tratamento de depressão.
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Janeiro: Zahar.
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