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Leqiv Relatorioproteases Alcinoleandromelissamirlen
Leqiv Relatorioproteases Alcinoleandromelissamirlen
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA
BELÉM
2022
Alcino Matos de Azevedo pontes Neto - 201707540050
Leandro Vales Gomes - 20170740029
Melissa Rebeca Melo - 201607540053
Mirlen Soares Nascimento - 201707540032
BELÉM
2022
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4
2 OBJETIVOS ................................................................................................................ 5
2.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................... 5
1 INTRODUÇÃO
O abacaxi (Ananas comosus) é uma espécie frutífera de grande importância
econômica e social cultivada em mais de 70 países de clima tropical e subtropical. A
participação brasileira de produtos de abacaxi no mercado externo ainda é bastante
reduzida, concentrando-se, basicamente, os seus envios para países como Itália,
Alemanha e Países Baixos (MENDES; SCOTONI, 2006), Além do Ananas comosus
todas as outras espécies de Ananas são encontradas no Brasil, sendo este país um dos
principais centros de diversidade genética (FERREIRA; CABRAL, 1998). As excelentes
características qualitativas do fruto abacaxizeiro refletem na sua importância sócio-
econômica (CARVALHO; BOTREL, 1996). O abacaxi é a principal fonte da enzima
proteolítica bromelina (EC 3.4.22.4) sendo este um nome genérico dado ao conjunto de
enzimas proteolíticas encontradas nos vegetais da família Bromeliaceae, da qual o
abacaxi é o mais conhecido. A bromelina é encontrada no caule, folhas, raízes e no fruto
do abacaxi (Ananas comosus) e em todas as espécies da família Bromeliaceae. No
entanto, sua produção ainda é pequena comparada às necessidades do mercado, tornando-
se um produto oneroso devido ao alto valor comercial, por não ser produzido no Brasil
(GONÇALVES, 2000). A bromelina tem diversos usos, todos baseados em sua atividade
proteolítica.
A sua importância econômica está relacionada com a produção de fármacos e a
sua utilização na indústria alimentícia (na clarificação de cervejas, na fabricação de
queijos, no amaciamento de carnes, no preparo de alimentos infantis e dietéticos, entre
outros), no tratamento de distúrbios, digestivos, feridas e inflamações, preparo de
colágenos hidrolisados, nas indústrias têxteis, para amaciamento de fibras e também na
produção de detergentes (DRAETTA; GIACOMELLI, 1993).
A papaína tem sua aplicação farmacêutica na cicatrização de feridas
principalmente as crônicas. O látex do mamoeiro Carica papaya Linn, muito encontrado
no Brasil, apresenta uma mistura complexa de enzimas proteolíticas e peroxidases,
causam a proteólise, degradação da proteína em aminoácido, do tecido desvitalizado e da
necrose, sem alterar o tecido sadio. Isso se deve a uma antiprotease plasmática, a alfa1-
antitripcina, uma globulina humana, presente no tecido sadio que inativa essa protease.
Podendo assim ser utilizada em diversas fases do processo de reparo tecidual em
diferentes concentrações (LEITE, et al., 2012)
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2 OBJETIVOS
3 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA
Verifica-se que estas enzimas se encontram entre os três maiores grupos de enzimas
industriais, sendo responsáveis por 60% das vendas internacionais de enzimas. Na
indústria de alimentos, elas são largamente utilizadas para o amaciamento de carne e
clarificação de cerveja, já na indústria farmacêutica, são empregadas em medicamentos
para distúrbios de digestibilidade para ação antinflamatória, etc. No dia a dia, a utilização
das enzimas proteolíticas pode ser vista em diversas receitas caseiras como a utilização
de leite de mamão e suco de abacaxi para amaciamento de carnes ou cozimento de carnes
juntamente com pedaços dessas frutas.
A gelatina é um produto comercial obtido a partir da hidrólise parcial do colágeno.
O colágeno é uma proteína presente em tecidos conjuntivos, como os tendões e as
cartilagens. Quando hidratada, a gelatina forma uma estrutura definida como gel. Para
obtenção de um gel transparente, homogêneo e flexível a partir da gelatina, é preciso
reduzir a temperatura da solução em menos de 30 °C, assim as macromoléculas de
gelatina podem se ligar a moléculas de água, formando uma rede contínua que se
estenderia em toda a massa de solução. Dessa forma, para se imobilizas grande quantidade
de água, são necessárias pouquíssimas macromoléculas devido aos numerosos sítios
hidrofílicos, os quais nas proteínas, são responsáveis por interações químicas como as
pontes de hidrogênio com as moléculas de água. O princípio do método deste experimento
consiste em monitorar a gelificação do processo que depende da integridade das cadeias
poliméricas, a formação do gel ficará comprometida, uma vez que o processo de
gelificação, confirme o descrito acima não ocorrerá.
4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
− Faca;
− Peneira fina;
− Liquidificador;
− Chapa aquecedora;
− Tubo de ensaio;
− Tubo Falcon;
− Pipeta volumétrica de 10 mL graduada;
− Espátula ou colher;
− Bastão de vidro;
− Béquer de 200 ml e 500 ml.
4.2 METODOLOGIA
Para a primeira etapa, foram separados uma alíquota de suco de mamão e outra de
suco de abacaxi, fervidas e armazenadas. Foi separado 5 tubos de ensaio para fazer a
mistura do material:
• Controle – 10 mL de gelatina + 3 mL de água;
• Mamão – 10 mL de gelatina + 3 mL de suco de mamão;
• Mamão fervido – 10 mL de gelatina + 3 mL de suco de mamão fervido;
• Abacaxi – 10 mL de gelatina + 3 mL de suco de abacaxi;
• Abacaxi fervido – 10 mL de gelatina + 3 mL de suco de abacaxi fervido.
Após mistura, os tubos de ensaio foram acomodados em um freezer por 15
minutos e, após esse tempo, verificado se ocorreu a gelificação do conteúdo.
Para a segunda etapa, após 15 dias, as alíquotas de abacaxi previamente
congeladas foram descongeladas à temperatura ambiente. Em seguida, uma das alíquotas
foi misturada com água em uma proporção de 1:3 (uma parte de suco de abacaxi para três
partes de água). Uma nova leva de gelatina foi produzida e reservada em temperatura
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ambiente. Foi preparado, também, uma solução de feijão batendo meio copo de feijão cru
com um copo de água, essa solução foi coada, filtrada e congelada até o momento de ser
usada. Após isso, foram preparadas as soluções de NaOH e HCl, em concentração 0,1 M
e 1 M, respectivamente. Tendo todos os componentes prontos, foi montado a segunda
parte do experimento, em cinco tubos de ensaios:
• Controle 1 – 4 mL de gelatina + 2 mL de água;
• Controle 2 – 4 mL de gelatina + 2 mL de suco de abacaxi;
• Abacaxi + NaOH – 4 mL de gelatina + 1 mL de suco de abacaxi + 1 mL de solução
de NaOH 0,1 M;
• Abacaxi + HCl – 4 mL de gelatina + 1 mL de suco de abacaxi + 1 mL de solução
de HCl 1 M;
• Abacaxi + Feijão – 4 mL de gelatina + 1 mL de suco de abacaxi + 1 mL de solução
de feijão.
Após as soluções serem feitas, elas foram para o congelador por 120 minutos para
verificar se houve gelificação das amostras.
Para a terceira parte do experimento, foram utilizados os sucos industriais. Foi
separado 10 mL de suco industrial e reservado. O suco de abacaxi em pó foi feito seguindo
as instruções da embalagem, reservando 10 mL para uso posterior. Para esta etapa, foram
usados também um suco de abacaxi que repousou em temperatura ambiente por três dias
e a alíquota de suco congelada anteriormente, já descongelada. Foram separados 5 tubos
Falcon e preparadas as soluções:
• Controle 1 – 4 mL de gelatina + 2 mL de água;
• Controle 2 – 4 mL de gelatina + 2 mL de suco de abacaxi descongelado;
• Não Congelado – 4 mL de gelatina + 1 ml de suco de abacaxi repousado por três
dias;
• Caixinha – 4 mL de gelatina + 1 mL de suco de abacaxi industrializado;
• Suco em Pó – 4 mL de gelatina + 1 mL de suco de abacaxi reconstituído (em pó).
As soluções preparadas foram para o congelador repousar por noventa minutos
para verificar se houve gelificação das amostras.
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5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
O objetivo do experimento era observar se as proteases presentes no abacaxi e no
mamão seriam capazes de quebrar as cadeias de colágeno que existem na gelatina,
impedindo assim, a gelificação do material.
Na primeira parte, foi verificado com sucos naturais armazenados em temperatura
ambiente e sucos naturais fervidos, chegando aos resultados:
• Controle – Positivo – Formou gelatina neste material, como já era esperado;
• Mamão – Positivo – Formou gelatina neste material. Era esperado que a protease
papaína fosse capaz de quebrar as cadeias de colágeno, porém, o mamão utilizado
no experimento estava muito maduro. O nível de maturação do fruto influencia na
quantidade de proteases. Assim, isso pode explicar a ineficácia do experimento
em impedir a gelificação dessa amostra;
• Mamão Fervido – Positivo – Formou gelatina neste material, como já era
esperado. A elevação de temperatura do suco de mamão utilizado neste material
foi o suficiente para quebrar as moléculas de papaína contidas nele,
impossibilitando assim a quebra das moléculas de colágeno;
• Abacaxi – Negativo – Não formou gelatina neste material. As condições do
abacaxi eram boas para a formação de protease bromelina, e, assim, foi verificado
o sucesso do experimento, tendo impossibilitado a gelificação do material;
• Abacaxi Fervido – Positivo – Formou gelatina neste material, como já era
esperado. Assim como para o Mamão Fervido, a protease bromelina teve sua
eficácia diminuída devido à elevação de temperatura.
• Abacaxi + Feijão – Negativo – Não formou gelatina. Neste material, era esperando
que o feijão desativasse a protease bromelina do material, porém, devido a fatores
desconhecidos, o feijão não foi capaz de desativar completamente a protease do
material, fazendo com que a gelatina não fosse formada.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS