Professional Documents
Culture Documents
Consulta de Enfermagem: Diabetes Mellitus
Consulta de Enfermagem: Diabetes Mellitus
Diabetes Mellitus
Histórico (Anamnese):
– Realizar a identificação da pessoa: dados socioeconômicos, ocupação, moradia, trabalho,
escolaridade, lazer, religião, rede familiar, vulnerabilidades e potencial para o autocuidado.
– Registrar os hábitos de vida: alimentação, sono, repouso, atividade física, higiene e funções
fisiológicas.
– Realizar o exame da cavidade oral, com atenção para a presença de gengivite, problemas
odontológicos e candidíase.
– Quanto ao uso da insulina, se o usuário realiza a autoaplicação, se não realiza, quem faz
para ele, atentando, nesse caso, aos motivos pelos quais ele precisa de ajuda. Averiguar sobre
a presença de complicações e reações nos locais de aplicação, além da forma de conservação
e transporte.
– Estabelecer motivação para modificar hábitos de vida não saudáveis (fumo, estresse,
bebida alcoólica e sedentarismo).
– Complicações da doença.
– Uso da insulina e o modo correto de reutilizar agulhas; planejamento de rodízio dos locais
de aplicação para evitar lipodistrofia.
– Pessoas com DM com dificuldade para o autocuidado precisam de mais suporte até que
consigam ampliar as condições de se cuidar.
As úlceras nos pés apresentam uma incidência anual de 2%, tendo a pessoa com diabetes um
risco de 25% para desenvolver úlceras nos pés ao longo da vida.
Estudos estimam que essa complicação é responsável por 40% a 70% das amputações não
traumáticas de membros inferiores.
Complicações - Diabetes Mellitus
Complicações - Diabetes Mellitus
Aproximadamente 20% das internações de indivíduos com DM ocorrem por lesões nos
membros inferiores.
Quanto à amputação de membros inferiores na DM, 85% delas são precedidas de ulcerações,
sendo os principais fatores associados a neuropatia periférica, deformidades no pé e
traumatismos.
Complicações - Diabetes Mellitus
A neuropatia sensitivo-motora e a autonômica são a causa mais importante das úlceras
diabéticas.
O exame físico dos pés de portadores de DM deve ser minucioso, seguindo algumas etapas
como a avaliação da pele, a avaliação musculoesquelética, a avaliação vascular e a avaliação
neurológica.
Avaliação - Diabetes Mellitus
Na avaliação da pele, a inspeção deve ser ampla, observando ressecamento e descamação da
pele, unhas espessadas ou onicomicose, intertrigo micótico, presença de bolhas, ulceração ou
áreas de eritema, incluindo observação da higiene dos pés e corte das unhas.
A palpação dos pulsos pedioso e tibial posterior deve ser registrada como presente ou
ausente, observando também temperatura e pelos, além do estado da pele e dos músculos.
Deve-se realizar uma aplicação simulada e uma aplicação concreta nas mesmas áreas para
confirmar a identificação, pelo paciente, do local testado, e, se duas respostas estiverem
corretas, descarta-se a perda de sensibilidade protetora.
O diapasão é aplicado sobre uma parte óssea no lado dorsal da falange distal do hálux,
perpendicularmente com pressão constante, sendo tal aplicação repetida duas vezes, mas
alternada com pelo menos uma aplicação simulada (em que o instrumento não esteja
vibrando).
O teste é positivo se o paciente responde de forma incorreta a, pelo menos, duas de três
aplicações, e negativo com duas das três respostas corretas.
Nesse teste, o paciente deve estar sentado, com o pé pendente, ou ajoelhado sobre uma
cadeira, com o tornozelo em posição neutra. Então, utiliza-se um martelo apropriado para
percussão do tendão de Aquiles. O teste é considerado alterado quando há ausência da flexão
do pé.
Com essa avaliação sistemática, o enfermeiro deve atentar aos sinais clínicos para intervir o
mais precocemente possível em intercorrências envolvendo os pés do paciente com DM,
evitando, assim, complicações decorrentes do diabetes.
Avaliação - Diabetes Mellitus
Condutas diante de lesões nos pés dos Diabéticos
• Coleta do material para cultura dos ferimentos infectados
• Evitar o uso de esparadrapo diretamente sobre a pele e orientar repouso, com o membro
inferior afetado ligeiramente elevado, protegendo o calcâneo e a região maleolar
Calçados mais adequados para Diabéticos
Calçados mais adequados para Diabéticos
Não existe um consenso sobre calçados adequados em normas brasileiras. Porém,
Departamento de Pé Diabético da Sociedade Brasileira de Diabetes elaborou um conjunto de
normas técnicas, com base em conceitos globais mínimos de adequação.
• Ter peso menor que 400 g (e máximo de 480 g)
• parte anterior (frente) ampla, com largura e altura suficientes para acomodar os dedos
(modelos com até três larguras);