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UNIVERSIDADE PEDAGOGICA DE MAPUTO

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


CURSO DE LICENCIATURA EM ENG. ELECTRONICA

FICHA I

INTRODUÇÃO

Vamos estender o conceito de função a funções de mais de uma variável independente.


Tais funções ocorrem frequentemente em situações práticas.
Por exemplo, a área aproximada da superfície do corpo de uma pessoa depende do seu peso e
altura. O volume de um cilindro circular recto depende de seu raio e a altura. De acordo com a lei
do gás ideal, o volume ocupado por um gás confinado é directamente proporcional à sua
temperatura e inversamente proporcional à sua pressão. O custo de um determinado produto pode
depender do custo do trabalho, preço de materiais e despesas gerais.
Para ampliar o conceito de função a funções de um número qualquer de variáveis, precisamos
Primeiro considerar pontos num espaço numérico n-dimensional. Da mesma forma que denotamos
um ponto em R por um número real x, um ponto em R 2 por um par ordenado de números reais
x y  e um ponto em R 3 por um tripla ordenada de números reais x, y, z  um ponto do espaço n
dimensional, R n , é representado por uma ênupla de números reais, sendo comummente denotado
por P  x1 , x2 , x3 ,..., xn  .

1
1. FUNÇÕES DE VARIAS VARIÁVEIS

1.1.FUNÇÕES DE DUAS VARIÁVEIS

DEFINIÇÃO: Uma função de duas variáveis reais a valores reais é uma função
f : A  B , onde A  R 2 .
Exemplo
a) f x, y   x 2  2 xy b) g x, y   x  y 2 c) z  x 2  y 2

Uma tal função associa a cada par x, y   A , um único número x, y   R 2 .
O domínio é todo o plano xy ou parte dele.
O domínio de existência da função z  f x, y  aos conjunto dos valores x e y para os quais essa
função é definida.
Este domínio pode ser representado graficamente no eixo XOY .
A curva que delimita o domínio de existência chama-se fronteira desse domino.
O domínio de existência pode ser fechado, quando os pontos da fronteira pertence ao domínio e
aberto quando nenhum dos pontos da fronteira pertence ao domínio.
Exemplo:

1. f x, y   9  x 2  y 2

Analiticamente
9  x2  y2  0
x2  y2  9
x 2  y 2  32

Df  x, y   R 2 : x 2  y 2  32 

2. ln  y  x 
Analiticamente
yx0
yx

Df  x, y   R 2 : y  x 

2
3. f x, y  

ln x  y 2 
 x2  y2  3

Analiticamente
x  y2  0  x2  y 2  3  0
x  y2 x2  y2  3
x2  y2   3
2


Df  x, y   R 2 : x   y 2  x 2  y 2   3 
2

OBS:
Quando os valores de uma função são dados por uma fórmula e não descrevemos explicitamente o
Domínio da função, admitimos que o domínio consista de todos os
Pontos x, y  para os quais a fórmula é definida.

1.1.1. GRÁFICO
O gráfico de uma função f  x, y  é uma superfície que representa o conjunto de pontos

x, y, z  R 3 para os quais x, y   R 2 ( domínio) e z  f x, y  .

Exemplos
1) f x, y   12  3x  4 y
z  12  3x  4 y
3x  4 y  z  12

2. hx, y   16  x 2  y 2

z  16  x 2  y 2  z 2  16  x 2  y 2
z 2  x 2  y 2  16
z 2  x 2  y 2  42

3
2.1.1. CURVAS DE NÍVEL

A representação geométrica de uma função de duas variáveis não é tarefa fácil. Então
quando se pretende ter visão geométrica da função, utiliza-se as suas curvas de nível, por ser mais
fácil de se obter a sua representação geométrica.
Seja k um numero real, uma curva de nível, C k , de uma função z  f x, y  é o conjunto de todos

os pontos x, y   Df , tais que f x, y   k


Exemplo:

Considere a função f x, y   4  x 2  y 2 , descreve as curvas de nível desta função para k  0,1

k  4  x2  y2  k 2  4  x2  y2  x2  y2  4  k 2
k  0  x 2  y 2  4  x 2  y 2  22
k  1  x 2  y 2  4  12  x 2  y 2  3  x 2  y 2   3 2

2.2.FUNÇÕES DE TRÊS VARIÁVEIS

DEFINIÇÃO: Uma função de três variáveis reais, definida em A  R 3 , é uma função que associa,
a cada terno x, y, z   A , um único número real w  f x, y, y   R .

O domínio é todo o R 3 ou parte dele.

Exemplo:
f x, y, z   x 2  2 xy  z g x, y, z   2 x 2  y 2  z 3 w  x 2  3z 2  y

2.2.1. SUPERFÍCIES DE NÍVEL

O gráfico de uma função de três variáveis é um subconjunto do espaço de quatro dimensões e,


como tal, não temos a possibilidade de representá-lo em um desenho. Dizemos que se trata de uma
híper-superfície de R 4 .
De modo geral, o gráfico de uma função f : A  R , onde A  R n é uma híper-superfície

do espoco R n1 .
Como já foi dito não é possível visualizar o gráfico de uma função de três variáveis, pois o
gráfico é em 4 dimensões.

4
Em vez disso, consideramos suas Superfícies de Nível. Uma superfície de nível de f x, y, z  é

uma superfície f x, y, z   c no R 3 , onde a função tem valor constante.

Exercícios
1. Seja a função definida por f x, y   1  3x 2 y . Determine:

a ) Domínio de f . b) f 1, 4 c) f 0, 9 d) f 1,  1

2. Seja a função g x, y   x 2  2 y . Calcule a imagem dos pontos abaixo.


a) P3, 5 b) M  4,  9 c) T x  2 , 4 x  4
3. Determinar o domínio e descrever o mesmo das funções:


a ) f x, y   ln x  y
2
 b) f x, y   x 2  y 2  4

y  x2

c) f x, y, z   ln 16  4 x  4 y  z
2 2 2
 d) f x, y  
1 x2

e) f x, y   f) f x, y   e x h) g x, y   x 2  y 2  2


1 2
 y2
i)
x y

f x, y   x  y j) f x, y, z  
1
 yz
x
4. Esboce o gráfico das funções abaixo:

a) f x, y   x  y  4 b) g x, y   x 2  y 2 c) hx, y   25  x 2  y 2

d) f x, y   1  x 2  y
5. Trace algumas curvas de nível das funções abaixo:
a ) f x, y   x  2 y b) g x, y   x 2  y c) f x, y   y senx d) z  x  y

e) hx, y   x 2  y 2  9

6. Dada a função hx, y   25  x 2  y 2


a) Determine o seu domínio e o represente no plano
b) Escreva a equação da curva de nível k  4 e a represente no plano

5
3. LIMITES E CONTINUIDADE

Introdução
Enquanto um ponto variável x num eixo coordenado pode se aproximar de um ponto fixo
x0 por apenas dois sentidos, um ponto variável x, y  num plano coordenado pode se aproximar

de um ponto fixo Px0 , y0  por um número infinito de caminhos.


Definição
Diz-se que o limite de f x, y  é o numero L e escreve-se lim f x, y   L , desde que o valor de
 x , y P

f x, y  da função em x, y  tende para L , quando x, y  tende a x0 , y0  sobre todos os caminhos
que estão no domínio de f ou seja:

lim f x, y   L  para todo   0 , existe um   0 tal que, para todo x, y  Df ,
 x , y P

0 x  x0 2   y  y0 2    f x, y   L  

Propriedades
Seja dados L e M números reais tais que lim f x, y   L e lim g x, y   M , então:
 x , y P  x , y P

a) lim  f  g   L  M b) lim  f  g   L  M
 x , y P  x , y P

c) lim
 x , y P
 f  g  L  M d) lim k  f  k  L
 x , y P

f L
e) lim    , com M  0
 x , y  P g
  M

6
Exemplo:
1) lim
 x , y 1, 2 
x 2

y  xy  2  12  2  1 2  2  2  2  2  6

2x  y 2  2   1 3 3
2) lim    1
 x , y 2, 1 x y 2   1 4 1
2 2 2 2
3

 
lim sen2 x  y  2

 sen  lim 2 x  y 2   sen 2   0 2   sen  0

 x , y   , 0   x , y   ,0    2 
3) 2   2  

x 2  xy 12  1 1  0 
lim  lim  
 x , y 1,1 x 2  y 2  x , y 1,1 12  12 0
4)
x 2  xy x x  y  x 1 1
lim  lim  lim  
 x , y 1,1 x  y
2 2  x , y 1,1  x  y  x  y   x , y 1,1  x  y  1  1 2

x  y 1 0 1 1 0
lim  lim   
 x , y 0 ,1 
 x  1  y  x , y 0 ,1  0  1  1  0 

5) lim
x  y 1

x  1 y
 lim 
x  y  1 x  1  y

 
 x , y 0 ,1 
 x  1  y x  1  y  x , y 0 ,1  x  y 1
lim
 x , y 0 ,1 
 
x  1  y  0  1 1  0  0  0

3.1. Regra dos dois caminhos


Há casos em que o limite de uma função de duas variáveis não existe, então nesta situação,
para mostrar que o limite não existe, utilizamos conjuntos particulares convenientes
(caminhos), dados geralmente por curvas que passem em x, y  . Se para dois caminhos
diferentes para um mesmo ponto P resulta em dois limites diferentes, ou em um dos
caminhos o limite não existe, então esse tal limite não existe.
Exemplos
2 xy
Mostre que lim não existe
 x , y 0, 0  x  y 2
2

2x  0
Eixo x  f x, 0 
0
 2 0
x 0
2 2
x
lim 0  0
x 0

2x 2
Na recta y  x  f x, x   2
2 xx
 1
x  x 2 2x 2

7
lim 1  1
x 0

2x 2
Mostre que o limite lim não existe
 x , y 0, 0  x 2  y 2

2x 2 2x 2
Ao longo do eixo x , temos que f x,0  2  2 2
x  02 x
lim 2  2
x 0

2  02
Ao longo do eixo y temos f 0, y  
0
 2 0
0 y
2 2
y

lim 0  0
y 0

Pelo teorema da unicidade do limite que diz se o limite existe ele é único podes afirmar que
os limites apresentados nos exemplos acima não existem.

3.2. Continuidade
Definição
Uma função f x, y  é continua no ponto Px0 , y0   Df , se e somente se,

lim f x, y   f x0 , y0  , ou seja:


 x , y  x0 , y0 

a) f é definida em x0 , y0  ;

b) lim f x, y  existe;


 x , y  x0 , y0 

c) lim f x, y   f x0 , y0  .


 x , y  x0 , y0 

Se f for continua em todos os pontos de um subconjuntos A de Df , então f ‘e continua em A.

Se f e g forem funções continuas no ponto Px0 , y0  que pertencem a seus domínios, então

f
f g , f g, f g e , com g  0 , também serão continuas nesse ponto.
g
Se z  f x, y  for uma função continua em x e y e w  g z  for uma função continua de z ,
então a composta w  g f x, y  é continua.
Se a função pode possuir uma descontinuidade evitável (ou não essencial), então é possível definir
a função, obtendo assim uma função continua.

8
Exemplo:

1. Verifica se a função f x, y   25  x 2  y 2 é continua no 3,4


Vamos analisar as condições de continuidade
1. 3,4 Df
2.  lim f x, y 
 x , y 3, 4 

3. lim f x, y   f 3,4


 x , y 3, 4 

A 1 condição se satisfaz pois o ponto faz parte do domínio

lim 25  x 2  y 2  lim 25  32  4 2  25  9  16  25  25  0
 x , y 3, 4   x , y 3, 4 

f 3,4  25  32  4 2  25  25  0

Logo lim 25  x 2  y 2  f 3,4  0


 x , y 3, 4 

Dai podemos concluir que a função é contínua no ponto dado.


 2 xy
 se x, y   0,0
2. Verifique se a função f x, y    x 2  y 2 é contínua n ponto dado.
 0 se x, y   0,0

O 1 ponto é satisfeito pela função.
Agora vamos verificar se o limite existe
2 xy
lim
 x , y 0, 0  x  y 2
2

Regra de dois caminhos

2 xax  2ax 2 2ax 2 2a


y  ax  lim 2  2  2 
 x 0 x  ax 2 x a x 2 2
x 1 a 2
1 a2  
2a 2
C1: a  1 temos que lim  1
 x 0 1  a 2
11

2a 0
C2: a  0 temos que lim  0
 x 0 1  a 2
1 0

Logo C1  C2  L1  L2 podemos concluir que o limite de f x, y  não existe.

Dai que a função não é continua no ponto dado.

9
Exercícios

1) Determine os limites casos existam.

a) lim
 x , y 2,1
x 2
 4 xy  b) lim
x3 y
 x , y  5,3  x 2  y
c) lim
 x , y 1, 4 
x
4

d) lim e 3 x 2 y e) lim e x y f) lim x 2  y 2  z 2 1


 x , y 0, 0   x , y 0,ln 2   x , y 1,3, 4 

e x senx x y x
g) lim h) lim i) lim
 x , y 0, 0   x , y 0, 0  x  y  x , y 0, 0 
x x2  y2

x3 y3 1 xy  2 x  y  2
j) lim k) lim 3 xy  1 l) lim
 x , y 1,1 xy  1  x , y 0, 0   x , y 1, 2  x 2  y 2  2x  4 y  5

2) Mostre pela definição que lim 3x  4 y   1.


 x , y 3, 2 

3) Determine o conjunto no qual a função é continua

a) f x, y   ln x  y  1 b) g x, y   25  x 2  y 2 c) f x, y, z   xy  tg z

x2
f  x, y   e) hx, y   sen f) f x, y   arcsenx  y 
x
d)
y 1 y

10  x  2 y se x, y   2,2


4) Dada a função f x, y    , determine o valor de k , para que f
k se x, y   2,2

seja continua em P 2,2 .


5) Analise a continuidade das seguintes funções
 x2 y3
 se x, y   0,0
a) f  x, y    2 x 2  y 2
.1 se x, y   0,0


se x, y   0,0
xy
 2
b) f x, y    x  xy  y 2
.0 se x, y   0,0

6) Determine se a descontinuidade é removível ou não. Se a descontinuidade for removível,
redefine f 0,0 , de tal modo que a nova função seja continua na origem.

x 3  xy 2 x 2  4x
a) g x, y   b) f x, y   c) g x, y  
xy
x  xy  y 2
2
x y x

10
3.3. Derivadas Parciais

Introdução

Podemos aplicar o cálculo de derivadas de Função a uma variável para uma Função de duas
variáveis.

Podemos, por exemplo, tomar x ou y constante e considerar f x, y  como uma função da outra
variável. As derivadas das funções resultantes são denominadas Derivadas Parciais.

A derivada Parcial de f x, y  em relação a x é obtida, tornando-se y como uma constante e


derivando-se me relação a x , ou seja:

f f x  x, y   f x, y 
 lim
x x0 x

A derivada Parcial de f x, y  em relação a y é obtida, tornando-se x como uma constante e

derivando-se me relação a y , ou seja:

f f x, y  y   f x, y 
 lim
y y0 y

Na maioria dos casos, não temos que calcular os limites acima, para determinar as derivadas
parciais da função.
Ao invés disso, utilizamos as regras de derivação de funções de uma variável.

Exemplo
Aplicando a definição calcule a derivada das seguintes funções:
a) f x, y   x 2 y  3 y 2

f
 lim
f x  x, y   f x, y 
 lim
2

x  x  y  3 y 2  x 2 y  3 y 2 
x x0 x x 0 x

 lim
 2

x  2 xx   x y  3 y  x y  3 y
2 2 2 2
 lim
x 2 y  2 xyx  y2 x  3 y 2  x 2 y  3 y 2
x 0 x x 0 x
2 xyx  y x2
x2 xy  yx 
 lim  lim  lim 2 xy  yx  2 xy
x 0 x x 0 x x 0

11
f f x, y  y   f  x, y  x 2  y  y   3 y  y   x 2 y  3 y 2 
2
 lim  lim
y y 0 y y 0 y
x 2 y  x 2 y  3 y 2  6 yy  32 y  x 2 y  3 y 2 x 2 y  6 yy  32 y
 lim  lim
y 0 y y 0 y
y x 2  6 y  3y 
 lim  lim x 2  6 y  3y  x 2  6 y
y 0 y y 0

3.3.1. Derivadas parciais de ordem superior

Se f é uma função de duas variáveis, então, em geral, suas derivadas parciais de 1ª ordem são,
também, funções de duas variáveis. Se as variáveis dessas funções existem, elas são chamadas
derivadas parciais de 2ª ordem de f .
Para uma função de z  f x, y  temos quatro derivadas parciais de 2ª ordem. Já vimos como
f f
encontrar as funções e , então utilizando o mesmo procedimento, podemos encontrar as
x y
funções:
2 f   f  2 f   f 
    f xx     f xy
x 2
x  x  yx y  x 

2 f   f  2 f   f 
    f yy     f yx
y 2
y  y  xy x  y 
Exemplos
1) Seja f x, y   xy 2  x 3 y 5 . Encontre as derivadas parciais até 2ª ordem.

2 f   f   2
x 2
  
x  x  x

y  3x 2 y 5  6 xy 5

2 f   f  
y 2
   
y  y  y
 
2 xy  5 x 3 y 4  2 x  20 x 3 y 3

2 f   f   2
  
yx y  x  y
 
y  3x 2 y 5  2 y  15 x 2 y 4

2 f   f  
   
xy x  y  x
 
2 xy  5 x 3 y 4  2 y  15 x 2 y 4

12
Exercícios

1. Aplicando a definição calcule as derivadas parciais de 1ª ordem das funções abaixo.


a) f x, y   3x 2  2 xy  y 2 b) g x, y   6 x  3 y  7

c) hx, y   x  y 2 x  y  y

2. Determine as derivadas parciais das seguintes funções

a) f x, y   2 x 4 y 3  xy 2  3 y  1 
b) f x, y   x 3  y 2 
2
c) f x, y   sn3x  cos y

f x, y   xe y  ysenx e) f x, y  e x f) f x, y   e x ln y


2
y
d)

g) f x, y   x cosx  y  h) f x, y   xe y  ye x i) f x, y   secx  y 

3. Considere a função f x, y   x 2  3 y 2 . Calcule:

a) f x 3, 2 b) f y 3, 2

1
4. O volume de cone circular recto de altura h com raio r é V  r 2 h . Qual é a taxa de
3
variação do volume em relação ao raio quando r  2 m e h  6 m ?
5. Uma Placa metálica aquecida em um plano xy de tal modo que a temperatura T no ponto

x, y  é  
dada por T x, y   10 x 2  y 2 . Determine a taxa de variação de T em relação á
2

distancia no ponto P1, 2 na direcção do eixo dos xx e na direcção do eixo dos yy .

6. Encontre a Inclinação da recta tangente á curva z  6  x 2  y 2 , resultantes da intersecção de

z  f x, y  com x  2 , no ponto P2,1,1 .

7. Encontre a inclinação da recta tangente á curva z  2 x 2  5xy 2  12 x , resultante da intersecção

de z  f x, y  com y  1 , no ponto P2,1,  6 .

8. Seja C o traço do parabolóide z  9  x 2  y 2 no plano x  1 . Determine a equação da tangente

a C no ponto P1, 2, 4 .
9. Calcule as derivadas de 2ª ordem das funções:
a) f x, y   x 4 y 5 b) f x, y   3xy 2  2 y  5x 2 y 2 c) f x, y   ln 2 x  3 y 

10. Seja f x, y   x 3 y 4 , encontre:

a) f x 2,1 b) f y 2,1 c) f xy 2,1 d) f xx 2,1

13
3.3.2. Regra da Cadeia

Introdução
No estudo de funções de uma variável utilizamos a regra da cadeia para calcular a derivada
de uma função composta. Vamos, também utilizar a regra da cadeia para o caso de funções de
várias variáveis.
Inicialmente vamos trabalhar com funções de duas variáveis

a) Função de duas variáveis


1º Caso: Se w  f x, y  tem derivadas parciais f x e f y continuas e se, x  xt  e y  yt 

são funções diferenciáveis em t , então a função composta w  f xt , yt  é uma função
diferencial de t e:

dw f dx f dy
 f x xt , yt  x ' t   f y xt , yt  y ' t 
dw
ou    
dt dt x dt y dt

Exemplo:

Sejam as função f x, y   y  x 2 , xt   t  1 e yt   t  4 . Encontre


df
, utilizando a regra da
dt
cadeia.

dw f dx f dy
     2 x  1  1  1  2 x  1  2t  1  1  2t  2  1  2t  3
dt x dt y dt

b) Regra de cadeia para funções de três variáveis


1º Caso: suponhamos que f x, y, z  tem derivada da 1ª ordem continua e que
x  xt , y  yt , z  zt  são funções diferenciáveis em t , enão:
df f dx f dy f dz
  
dt x dt y dt z dt
2º Caso: Se G  f x, y, z , x  xu, v, w, y  yu, v, w, z  zu, v, w , possuem derivadas de 1ª ordem
continua, então:
f f x f y f z f f x f y f z f f x f y f z
        
u x u y u z u ; v x v y v z v ; w x w y w z w

14
Exercícios

1. Seja f x, y   xsenxy  , xt   t e yt   t , encontre


5 3 df
.
dt

2. Seja f x, y   x ln xy , x  u 3  5 , y  secu  , encontre f u .

, quando w  x  y , x  e  cos t , y  e sen t .


dw 2 2 t t
3. Encontre
dt

4. Determine wu , se w  x  y , x  ln u e y  e
2 2 u

5. Se u  txy e x  1  t 2 , y  1  t
4

6. Seja f x, y   x y , x  3t e y  2t  1 . Calcule g ' ' t  , utilizando regra da cadeia sendo


2 3

g t   f x, y  .

du
7. Se u  x  y  z e x  1  t 2 , y  1  t 2 , z  1  t 4 , achar
dt

15
3.4. Derivadas direccionais

Introdução
A derivada em relação a x f x  e a derivada em relação a y  f y , só nos dizem as taxas

de variação de f x, y  , quando x, y  se desloca paralelamente aos eixos dos x ou dos y . Para se

ter um completo conhecimento da função, precisamos saber suas taxas de variação, quando x, y 
se desloca em outras direcções. Tais taxas de variação são chamadas Derivadas Direccionais. A
derivada direccional de f , a partir de um ponto Px0 , y0  é determinada pela recta orientada r 

que forma com o eixo-x um ângulo  .

Definição: Se f x, y  é diferençável no ponto Px0 , y0  então f x, y  tem derivadas direccionais
neste ponto em qualquer direcção e vale:

f x0 , y0   f x x0 , y0   Cos  f y x0 , y0   sen


Podemos determinar a direcção de uma recta r através do seu vector director u ou então do seu

versor v , portanto podemos escrever que:

  
f u x0 , y0   Du f x0 , y0   f x x0 , y0   a  f y x0 , y0   b , onde v  a  i  b j

Exemplos:
1. Encontre a derivada direccional da função f x, y   4  x 2  y 2 em P1,2 , sendo   60 0 .

f f
 2 x  2 y
x y
f  x0 , y0   f x x0 , y0   Cos  f y x0 , y0   sen

f  1,2  2 1  cos 60 0   2  2  sen 60 0   1  2 3   1  2 3 
2. Determine a derivada direccional da função f x, y   x 2 y 3  4 x , ponto P2;  1 na direcção do
vector u  3i  4 j .
f f f
 p   Du f  p   f  p   uunitario  2 xy 3  4  3x 2 y 2
u x y

16

f x, y   f x ; f y u  32  4 2  9  16  25  5

f x, y   2 xy 3  4 ; 3x 2 y 2 uuni 
3; 4   3 ; 4 
 
5 5 5
f
f 2,1  2  2   1  4 ;3  2 2   1 2 ;1   8 ;12  3 ; 4   24  48  24
2

u 5 5 5 5 5
f 2,1   8 ;12

3.4.1. Vector gradiente

Chama-se Gradiente de f x, y  no ponto  x0 , y 0  e é representado por grad f x0 , y0  ou



 f x0 , y0  , o vector:

  
 f  x0 , y 0   f x  x0 , y 0   i  f y  x0 , y 0   j

Exemplo:
Seja a função g x, y   4 x 2  y 2 . Encontre o vector gradiente da função no ponto A2, 3 .

g g g
x, y ; g x, y 

 8 x  2 y  g  x, y  
x y x y

 g 2,3   8  2 ;  2  3   16 ;  6

A fórmula para encontrar uma derivada direccional pode ser escrita em função do Vector

Gradiente e do versor  v  do vector director da recta, ou seja:
 
 
fu x0 , y0    f x0 , y0   v
Propriedades do Gradiente

Seja f diferenciavel no ponto x, y  .


 Se grad f x, y   0 , então Du f x, y   0 , para todo u ;

 A direcção de crescimento máximo de f é dada por  f x, y  . O valor máximo de

Du f x, y   0 é  f x, y  .

 A direcção do crescimento mínimo de f é dada por  f x, y  . O valor mínimo de

Du f x, y   0 é   f x, y  .

17
Exercícios

1. Qual é a derivada de f x, y   x 2 y 3 no ponto P2,1 na direcção do vector AB , onde
A3,1 e B4, 3 ?

2. Calcule o gradiente da função e a derivada direccional no ponto, na direcção e no sentido


indicado.
3   1  2 
a) f x, y   senx  y  , em P ,   , u   i j.
4  5 5
  
b) f x, y   x 2  e 2 y , em P4, 3 , u  2 i  3 j

  4 3
i  j e Dv f 1,2  0 para v  i  j , então, quando
1 1
3. Se Du f 1,2 
7
para u 
2 2 2 5 5
valem f x 1,2 e f y 1,2 ?
4. Determine a direcção segundo a qual f decresce mais rapidamente a partir de P 1,1 e a
razão de variação de f nessa direcção sendo f x, y   x 2  xy  y 2 .

5. Quais as duas direcções em que a derivada de f x, y   xy  y 2 , no ponto P2,5 , é nula?


6. Achar as derivadas direccionais das seguintes funções no ponto dado e segundo a direcção
indicada. Achar ainda o módulo e a direcção do gradiente no mesmo ponto.

a) z  x 2  y 2 , P2,1 e   600
b) z  ln x 2  y 2 , P2,1 e   30 0
c) w  2 x 2  y 2  z 2 , P1, 2, 3 na direcção da recta determinada pelos pontos P1, 2, 3 e
Q3, 5, 0
d) w  xy  yz  xz , P1,1,1 e   600 ,   450 e   600

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