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Enfermagem em Emergências Neurologicas
Enfermagem em Emergências Neurologicas
5. MONITORIZAÇÕES............................................................................... 16
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7.2- Função Respiratória ............................................................................ 42
8- BIBLIOGRAFIA .......................................................................................... 46
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1. ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIAS NEUROLÓGICAS
Fonte:www.enfermagemvirtual.net
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e pela medula espinal, contida dentro da coluna vertebral. O conjunto é envolvido pelas
meninges e em seu interior circula o líquido cefalorraquidiano (LCR), dentro de
compartimentos denominados ventrículos cerebrais e espaço subaracnóideo.
O encéfalo compreende os hemisférios cerebrais, os gânglios da base, o tálamo,
as vias ópticas, o eixo hipotálamo-hipofisário, a glândula pineal, o tronco cerebral e o
cerebelo. Na transição entre o crânio e a coluna vertebral, o encéfalo dá continuidade à
medula espinal, da qual se originam as raízes e os nervos periféricos, que por sua vez
terminam nos músculos.
A histologia básica do Sistema Nervoso Central (encéfalo e medula espinal) inclui
os neurônios ou células nervosas propriamente ditas que em conjunto correspondem à
substância cinzenta, e a glia, que são células de suporte dos neurônios, que entre outras
funções permitem a formação da mielina, a qual encapa os axônios que são
prolongamentos dos neurônios com a finalidade de estabelecer conexões entre as
diferentes áreas do Sistema Nervoso Central e Periférico e que em conjunto
correspondem à substância branca.
Esta unidade estrutural neuroanatômica básica atua por meio de uma unidade
funcional neurofisiológica também básica que é a sinapse, através da qual o impulso
(informação) gerado no corpo neuronal, é transmitido a outros neurônios ou aos
músculos, através de um mecanismo de despolarização e repolarização elétrica das
membranas celulares e com a ajuda de substâncias químicas denominadas mediadores.
De modo extremamente simplificado, pode-se afirmar que estas unidades
anatômicas e funcionais altamente complexas mantêm o organismo em constante
contato com o meio ambiente, através de informações aferentes de todo o gênero que
chegam às diferentes áreas do encéfalo percorrendo as raízes nervosas posteriores e
medula espinal, bem como a partir dos órgãos sensoriais. No encéfalo, tais informações
são complexamente elaboradas e geram impulsos eferentes, que são levados aos
sistemas efetores das diferentes funções simples e complexas. No caso da função
motora, os músculos são os efetores finais e recebem os impulsos eferentes elaborados
e modificados em diferentes áreas cerebrais e transmitidos via medula espinal e raízes
nervosas anteriores.
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Assim, se considerarmos a enorme complexidade anatômica e funcional do
Sistema Nervoso, entende-se que os sinais e sintomas que sugerem uma doença
neurológica sejam muito variados e possam ocorrer de forma isolada ou combinada.
Tais sintomas e sinais neurológicos são principalmente: alterações psíquicas
(distúrbios da consciência, do comportamento, da atenção, da memória, da organização
do pensamento, da linguagem, da percepção e da organização de atos complexos,
retardo do desenvolvimento neuropsicomotor e involução neuropsicomotora); alterações
motoras (déficit de força muscular ou paralisias nos diferentes segmentos corporais,
distúrbios da coordenação e do equilíbrio, movimentos involuntários, por ex. tremores, e
outras); alterações da sensibilidade (anestesias, formigamentos, etc.); alterações da
função dos nervos do crânio e da face (olfação, visão, movimentos dos olhos, audição,
mastigação, gustação, deglutição, fala, movimentação da língua, do ombro e do
pescoço); manifestações endócrinas por comprometimento do hipotálamo ou hipófise,
que são as áreas do Sistema Nervoso que controlam as glândulas endócrinas (atraso de
crescimento, puberdade precoce, diabetes insipidus, e outras); alterações dependentes
da função do sistema nervoso autônomo (cardiovasculares, respiratórias, digestivas, da
sudorese, do controle de esfíncteres anal e vesical e outras); manifestações devidas ao
aumento da pressão intracraniana, em decorrência do aumento de volume de um dos
três componentes que ocupam a caixa craniana (tecido cerebral, vasos sanguíneos
cerebrais ou líquido cefalorraquidiano), tais como dor de cabeça e vômitos; crises
epilépticas, com ou sem convulsões motoras, com ou sem alterações da consciência;
manifestações de comprometimento das meninges, principalmente rigidez de nuca.
Por sua vez, as doenças neurológicas podem ter diferentes origens: genética ou
hereditária; congênita, ou seja, dependente de um distúrbio do desenvolvimento
embrionário ou fetal do Sistema Nervoso Central ou Periférico; adquirida, ou seja,
ocorrendo, com maior ou menor influência do ambiente, ao longo dos diferentes períodos
da vida, desde a fase neonatal até a velhice.
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Fonte: www.vivomaissaudavel.com.br
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LCR, Eletroencefalograma, Eletromiografia e Neuroimagem (angiografia, tomografia
computadorizada, ressonância nuclear magnética, SPECT, PET-scan).
Finalmente, considerando que o paciente neurológico necessita frequentemente
de um diagnóstico funcional, de acordo com o seu grau de comprometimento e de o
déficit ser temporário ou permanente (sequela), existem especialidades paramédicas
altamente relacionadas ao atendimento neurológico, tais como Fisioterapia, Terapia
Ocupacional, Psicologia, Pedagogia e Fonoaudiologia, envolvidas com o tratamento
paliativo de reabilitação, cujos princípios o neurologista deve conhecer para poder
recomendar.
A emergência é uma propriedade que uma dada situação assume quando um
conjunto de circunstâncias a modifica. A assistência em situações de emergência e
urgência se caracteriza pela necessidade de um paciente ser atendido em um curtíssimo
espaço de tempo. A emergência é caracterizada como sendo a situação onde não pode
haver uma protelação no atendimento, o mesmo deve ser imediato.
A necessidade da formação do enfermeiro em atuação nas unidades móveis
apresenta a importância dos procedimentos teóricos que aprendemos como enfermeiros
que o socorro nos momentos após um acidente, principalmente as duas primeiras horas
são os mais importantes para se garantir a recuperação ou a sobrevivência das pessoas
feridas.
Os casos de urgência se caracterizam pela necessidade de tratamento
especifico, o paciente será encaminhado para a especialidade necessária, ortopedia,
cirurgia geral, neurologia e clínica médica. Neste caso o risco de vida é pouco provável.
Os casos de emergência se caracterizam pela avaliação de todas as
especialidades, pois o risco de vida é eminente e o início do tratamento terá que ser
imediato, há no setor a sala de Poli trauma, local que possui suporte completo e equipe
sintonizada aos procedimentos necessários ao atendimento. Após o quadro clínico
estabilizado o cliente é removido as unidades básicas de apoio, onde receberá
continuidade ao tratamento.
A capacitação necessária para atuar nas unidades de emergência é importante
para o exercício da enfermagem em setores de emergência que lidam com
pacientes/clientes em iminente risco de vida. Os Padrões da Prática de Enfermagem em
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Emergência da Associação Americana de Enfermagem (AAE), desde 1983, sendo
definidos em três níveis de competência: o primeiro requer competência mínima para o
enfermeiro prestar atendimento ao paciente traumatizado; no segundo o profissional
necessita formação específica em enfermagem em emergência e no último nível o
enfermeiro deve ser especialista em área bem delimitada e atuar no âmbito pré e intra-
hospitalar.
Os níveis de competência são primordiais para delimitar e restringir a atuação de
enfermeiros não especializados em unidades de emergência, uma vez que, a realidade
vivenciada nas unidades dos Hospitais do Brasil e da Bahia, que se percebe, é uma
contratação temporária de pessoal não obedecendo o critério técnico para inserir os
profissionais nessas unidades de cuidados críticos, sendo essa prática uma medida de
caráter clientelista.
Há mecanismos de contratação democráticos obedecendo aos níveis de
competência e em desacordo com as práticas clientelistas que são através de realização
de concursos e processos seletivos com critérios rigorosos de contratação com requisitos
pré-definidos, não deixando de exigir a qualificação profissional sob forma de
especialização e/ou cursos na área de enfermagem em emergência. Sendo assim, pode-
se ter uma assistência com profissionais capacitados para a área.
Entretanto, o enfermeiro bem capacitado, com recursos disponíveis e uma equipe
em consonância com as atividades e trabalhando em harmonia têm condições de exercer
seu papel com atuação eficiente e resolutiva, proporcionando melhoria na qualidade de
vida da população assistida. Sendo ele um profissional que tem seu valor e importância
no exercício da prática em emergências.
O atendimento de emergência nas Unidades Hospitalares tem importante papel
na recuperação e manutenção da saúde do indivíduo. Recuperar a saúde e mantê-la se
estabelece com uma assistência à saúde de qualidade e equipe multidisciplinar voltada
para o indivíduo como um todo na sua integralidade, atentando para aspectos que
envolvem a atuação eficaz, eficiente, rápida e com bom conhecimento clínico e científico.
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Fonte:.www.imeam.com.br
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2. FATORES SUBJETIVOS PARA AVALIAÇÃO
• Diagnóstico
• Disponibilidade tratamento adequado na própria unidade
• Comorbidades
• Desejo do paciente ou do responsável
• Antecipada qualidade de vida e diminuição de sequelas
• Faixa etária
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Fonte:www.pebmed.com.br
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Como consequência, a equipe de saúde responsável por estas unidades
necessitou adequar-se a este ambiente onde recursos tecnológicos e procedimentos
sofisticados passaram a ser amplamente utilizados para reverter distúrbios que podem
colocar em risco a vida do paciente. Muitos destes recursos tecnológicos são
empregados para realizar a monitorização neurológica.
O objetivo da monitorização neurológica é a prevenção ou o diagnóstico precoce
dos eventos que podem desencadear lesões cerebrais secundárias ou agravar as lesões
existentes. O paciente neurológico exige percepção aguda e acompanhamento vigilante
da parte da enfermagem.
Dentro deste contexto, cabe ao enfermeiro conhecer as alterações que podem
ocorrer em seu paciente para poder agir corretamente, pois grande parte da assistência
de enfermagem baseia-se em observação constante e avaliação correta. A avaliação de
enfermagem da condição neurológica incorpora o monitoramento do nível de
consciência, a reação pupilar, as funções motoras e a observação dos sinais vitais, entre
outros. A atuação da enfermagem em uma UTI deve estar voltada para a detecção
precoce de alterações hemodinâmicas e neurológicas. Além da instalação de medidas
preventivas que objetivam o controle do edema cerebral e da hipertensão intracraniana,
e necessária utilização de medidas que reduzam o risco de ocorrência de sequelas
comumente observadas nesses doentes.
A Monitorização Hemodinâmica Invasiva Neurológica é utilizada principalmente
para se avaliar constantemente os parâmetros da Pressão Arterial Média (PAM) e da
Pressão Intracraniana (PIC), de forma a facilitar a identificação da Pressão de Perfusão
Cerebral (PPC).
A assistência de enfermagem é indispensável na monitorização neurológica, pois
está inteiramente envolvida desde o preparo dos materiais utilizados na assistência de
enfermagem e aos pacientes até a manutenção correta das monitorizações invasivas,
bem como na prevenção de complicações.
Na avaliação de enfermagem do paciente neurológico deve incluir “o
monitoramento do nível de consciência, a reação pupilar, as funções motoras e a
observação dos sinais vitais. A atuação da enfermagem em uma UTI deve estar voltada
para a detecção precoce de alterações hemodinâmicas e neurológicas”.
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A enfermagem como profissão, teve início no século XIX, na Inglaterra, quando
Florence Nightingale recrutou e treinou mulheres para ajudarem nos cuidados e na
higiene dos soldados feridos durante a Guerra da Crimeia (1854 - 1856). Foi durante este
período que Florence Nightingale, surgiu com a ideia de classificar os doentes de acordo
com o grau de dependência, dispondo-os nas enfermarias, de tal maneira que os mais
graves ficassem próximos a área de trabalho das enfermeiras, para maior vigilância e
melhor atendimento Pacientes de Cuidados Intensivos (PCIt) são aqueles pacientes
graves e recuperáveis, com risco iminente de morte, sujeitos à instabilidade das funções
vitais, requerendo assistência da equipe de enfermagem e da equipe médica permanente
e especializada. O cliente com demanda de cuidados intensivos deverá ser assistido em
unidade com infraestrutura adequada e especializada para este fim (COFEN, 2004).
Com o avanço dos procedimentos cirúrgicos, a necessidade de maiores cuidados
ao paciente aumentou, principalmente durante o período de pós-operatório imediato.
Esta necessidade levou ao desenvolvimento das unidades de Terapia Intensiva. No início
o tratamento era realizado próximo às salas de cirurgia, tendo acompanhamento dos
cirurgiões e depois pelos anestesistas. Após algum tempo a função de ser responsável
pela observação e tratamento clínico dos pacientes de risco foi atribuído aos enfermeiros
e à equipe.
Evolutivamente surgiram os Centros de Tratamento Intensivo (CTI), que são locais
onde se encontram todos os equipamentos e pessoal necessário para monitoração e
tratamento de graves insuficiências orgânicas ou de doenças com grande potencial de
tornar insuficientes os órgãos comprometidos. Durante a Segunda Guerra mundial, as
enfermarias de choque foram criadas para cuidar dos soldados feridos em batalha. A
escassez de enfermeiras, após a Segunda Guerra mundial, forçou as equipes a reunir
um número maior de pacientes em pós-operatório nas salas de recuperação para terem
certeza de que todos seriam cuidados. A vantagem é que houve a expansão das salas
de recuperação para quase todos os hospitais nos anos seguintes.
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Fonte: www.000webhost.com
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4. ENFERMAGEM EM TERAPIA INTENSIVA
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O enfermeiro deve manter a sua presença humanizada junto ao doente,
independente do uso de alta tecnologia na unidade. O avanço tecnológico na área da
saúde é uma grande conquista, pois ela ajuda a equipe a manter com maior qualidade
as necessidades dos pacientes. Mas, além disso, o enfermeiro deve ter uma postura
enquanto ser humano que presta cuidados a outros seres humanos e criar laços de
amizade e cooperação com toda a equipe com o objetivo de dar o seu potencial máximo
na assistência.
5. MONITORIZAÇÕES
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Fonte:www.iespe.com.br
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A capnografia também é uma monitorização não invasiva que se baseia no
registro do gás carbônico ao final da expiração, através de sensores aplicados às vias
aéreas do paciente ou de amostras de ar do mesmo.
A monitorização invasiva por sua vez consiste em métodos mais agressivos ao
paciente e necessitam de uma atenção redobrada com relação aos riscos de infecção.
A Oximetria Bulbo Jugular é um tipo de monitorização indicada aos pacientes
neurológicos, principalmente, pois detecta rapidamente níveis de hipoxemia e isquemia
cerebral.
A Pressão Venosa Central (PVC) mensura a pré-carga do ventrículo direito (VD),
a sua capacidade de enchimento ao final da diástole. Avalia indiretamente a pressão
gerada pelo sangue do retorno venoso no átrio direito. A pressão intratorácica pode
interferir variando a pressão do átrio, durante o ciclo respiratório, tanto na ventilação
mecânica com pressão positiva, quanto em respiração espontânea, então se indica que
a monitorização ocorra no final da expiração.
O cateter de Swan Ganz já é uma monitorização mais completa, pois, apenas na
punção de um único cateter é possível analisar a pressão da artéria pulmonar, pressão
da artéria pulmonar ocluída, pressão do átrio direito e o débito cardíaco por meio de
termo diluição, além de ser possível a coleta de sangue arterial e pulmonar e
administração de cristaloides.
No paciente neurológico as três monitorizações que são constantemente
avaliadas são a Pressão Arterial Média (PAM), a Pressão Intracraniana (PIC) e a Pressão
de Perfusão Cerebral (PPC), pois estes três parâmetros são de suma importância para
a manutenção das funções cerebrais do mesmo.
A PAM é uma monitorização que consiste na introdução de um cateter em uma
artéria através de uma punção ou dissecção, que é conectado a um sistema de
transmissão de pressão, um transdutor de pressão que por sua vez é conectado ao
monitor. A PAM equivale à média exata das pressões sistólica (PAS) e diastólica (PAD),
por ser invasiva é constantemente mutável. Para que seja colocada é necessário que o
teste de Allen seja feito para garantir que há circulação colateral suficiente para suprir as
necessidades do membro. A fórmula utilizada para se obter a PAM é: a PAS adicionada
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a duas vezes a PAD dividida por três (PAS + 2 x PAD / 3). Os valores normais para a
PAM variam de 50 a 150 mmHg.
A PIC é a pressão entre o conteúdo do crânio (cérebro, líquor, entre outros) e
caixa craniana propriamente dita. A variação normal da PIC é entre 5 e 15 mmHg. As
alterações do conteúdo craniano levam a Hipertensão Intracraniana.
A Pressão Intracraniana pode ser medida diretamente pela introdução de cateter
intracerebral permeados com fluido ou de fibra óptica ligados a um transdutor que
permita que a PIC seja medida continuamente. O cateter intracerebral permeado com
fluido pode ser colocado também no ventrículo lateral, o que permite lenta drenagem de
líquor, se a PIC for alta.
A monitorização da PPC é de extrema importância, principalmente em pacientes
que tem a tendência de evoluir para uma Hipertensão Intracraniana. Ela tem um papel
determinante na PPC que corresponde à diferença entre a PAM e a PIC (PPC = PAM -
PIC) e consequentemente, no FSC.
O fluxo sanguíneo cerebral é mantido enquanto a PAM não chega ao limite de 50
mmHg, pois ao chegar a este nível, ela ao invés de diminuir como em um estágio
compensatório, ela passa a aumentar podendo até se igualar aos níveis já altos de PIC,
o que inutiliza o FSC.
Além da manutenção do FSC e PPC, “deve-se, também, manter adequada
concentração de oxigênio arterial (PaO2), hematócrito e hemoglobina, além de
considerar o diâmetro e tônus das artérias encefálicas, que variam de acordo com o
mecanismo de auto regulação cerebral”.
Portanto, a avaliação da PPC ocorre através da avaliação da PAM e da PIC, as
quais em níveis alterados atrapalham o FSC e consequentemente causam lesões
neurológicas graves podendo levar à morte cerebral.
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6. PACIENTE NEUROLÓGICO: DISTÚRBIOS E CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Fonte:www.reabvita.com.br
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Leva-se em consideração que a neurocirurgia também é um dos fatores que
colaboram para o agravamento dessas incapacidades. Durante o curso da doença,
muitos pacientes com afecções neurológicas exigem tratamento em ambiente de
cuidados críticos. Estes procedimentos neurocirúrgicos envolvem uma internação de
duração curta na Unidade de terapia Intensiva (UTI).
A cirurgia neurológica é indicada para diversos distúrbios neurológicos. Ela é parte
integrante do tratamento de pacientes neurológicos, dentre eles: tumores cerebrais,
malformações arteriovenosas e aneurismas.
Para uma assistência de qualidade na Unidade de Terapia Intensiva, o enfermeiro
se faz necessário, já que segundo o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN, 2004),
existe a “obrigatoriedade de haver Enfermeiros em todas as unidades de serviços nos
quais são desenvolvidas ações de Enfermagem que envolvam procedimentos de alta
complexidade, comuns na assistência a pacientes críticos/potencialmente críticos”.
O enfermeiro que possui conhecimento técnico-científico possui autonomia para
lidar com o paciente neurológico e através desta pode tomar decisões, realizar
intervenções e diagnósticos de enfermagem. Ele se vê diante de situações que requerem
o mínimo de raciocínio clínico para solucionar problemáticas. Por assim dizer, o
enfermeiro necessita sempre buscar aprofundar e ampliar, seus conhecimentos na sua
área de atuação, sem esquecer o enfoque interdisciplinar e/ou multidimensional.
Dizem que “como parte da equipe multidisciplinar, a enfermeira desempenha um
papel central no cuidado ao paciente durante a doença. Ela participa no diagnóstico,
tratamento e cuidado de acompanhamento do paciente”.
A prevenção do aumento da PIC, ou hipertensão intracraniana, é uma função de
primordial importância para a enfermagem ao cuidar de um paciente com lesão
neurológica. Em primeiro lugar, é essencial que a enfermeira realize uma avaliação
neurológica basal no paciente, sobre a qual possa ser analisado se houver uma piora
adicional. Em termos gerais, o aumento da PIC manifesta-se por comprometimento geral
de todos os aspectos da função neurológica.
O nível de consciência diminui à medida que a PIC se eleva. Inicialmente, o
paciente pode evidenciar inquietação, confusão e combatividade. Isso descompensa,
então, os níveis inferiores de consciência, variando da letargia até a obnubilação e ao
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coma. As reações pupilares começam a diminuir, com pupilas lentamente reativas até
chegarem a pupilas fixas e dilatadas. O exame pupilar deve ser realizado e deve incluir
o tamanho e simetria (comparação do lado Direito e Esquerdo), foto reação e simetria. A
agitação, as contraturas musculares, os tremores e relacionar a presença de cefaleia
com variações de PA.
A função motora também declina e o paciente começará a mostrar atividade
motora anormal, presença de flexão ou extensão anormal. Os achados tardios são
alterações nos sinais vitais. As variações nos padrões respiratórios são evidenciadas,
mais tarde como apneia total. A tríade de Cushing “descreve os três sinais tardios da
herniação: aumento da Pressão Arterial Sistólica, redução da frequência cardíaca e um
padrão respiratório irregular. O alargamento da pressão de pulso também está associado
à herniação”.
Outro item a ser avaliado é a presença de convulsões, pois estas indicam início
das alterações agudas no SNC. Elas devem ser observadas e acompanhadas quanto à
hora de início e término, onde começaram os movimentos ou rigidez, tipo de movimento
da parte comprometida.
As intervenções de Enfermagem para tratar a PIC elevada incluem a manutenção
do alinhamento corporal, evitar mudar a posição lateral da cabeça de forma brusca e a
flexão ostensiva do quadril, para evitar o aumento da pressão intra-abdominal. A rotação
lateral da cabeça também pode causar compressão da veia jugular diminuindo ou
cessando a drenagem do sangue venoso.
O enfermeiro ao cuidar do paciente neurológico deve estar sempre atento, pois o
seu quadro pode alterar rapidamente e ele deve saber lidar com as intercorrências, não
pode estar só atento ao monitor. O enfermeiro deve ter o cuidado com a elevação da
cabeceira do paciente, com o período de troca dos cateteres, com as anotações dos
parâmetros registrados (PAM, PIC, Relação P / F, entre outros) pelos equipamentos,
assim como os horários e aprazamentos dos medicamentos administrados ao paciente,
sem esquecer-se das coletas de sangue para gasometria e principalmente oferecer uma
assistência humanizada, sem medos e receios de complicações, mas com confiança e
conhecimento para enfrenta-las.
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Os pacientes com lesões neurológicas podem apresentar os distúrbios do
equilíbrio hidroeletrolítico por diversos motivos, como administração de diuréticos
osmóticos, aumento da perda hídrica insensível e disfunção pituitária, gerando distúrbios
de sódio. A enfermeira de cuidados críticos deve levar em consideração todas as
variáveis quando examina o paciente. Ela deve observar e avaliar constante os níveis de
oxigenação para que o paciente aumente os níveis de oxigenação sanguínea e cerebral,
a perfusão para perceber se há isquemia miocárdica, a PIC, a PAM e a PPC para
prevenir lesões cerebrais, monitorar os níveis de eletrólitos séricos e registrar
rigorosamente a ingesta e o débito do paciente com intuito de mantê-los dentro do nível
de estabilidade pré-estabelecido.
Fonte: www.als.be/nl/Patienten-met-ALS-in-ademnood
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superiores e inferiores) indica progressiva lesão de tronco. Estes sinais aparecem
tardiamente.
Os itens de avaliação incluem o nível de consciência, parâmetro importantíssimo
no acompanhamento da evolução do paciente; a verificação da função motora através
de: observação dos movimentos espontâneos do paciente; observação da resposta
motora, resposta ao comando verbal, observação da fala, tipo de fala; postura (flexão,
extensão ou rotação dos membros). Outras avaliações incluem o exame pupilar,
incluindo tamanho e simetria (comparação do lado D e E), foto reação e simetria. A
agitação também é um item de avaliação, porque às vezes, a inquietação indica melhora
do quadro do paciente (recuperação de sua consciência). Entretanto, ela poderá ser
também resultado de má oxigenação cerebral. Ter-se á o cuidado de manter elevadas
as grades do leito e proteger o paciente contra superfícies duras, acolchoando-as. As
contensões no leito serão, na medida do possível, evitadas, pois deverão aumentar a
agitação. Caso o paciente tente retirar cateteres, será necessário enluvar suas mãos
com ataduras de crepom. A sedação exagerada será evitada, pois impedirá a avaliação
do nível de consciência.
A contraturas musculares devem ser observadas e registradas, a intensidade da
contratura (pequena, média, ou grande) e a duração da mesma. Os tremores são mais
comuns nas mãos, porém podem ser notados também na face e nos membros inferiores.
O sintoma cefaleia deve ser investigado quanto à localização, característica
(constritiva, em pontada). Relacionar a presença de cefaleia com variações de PA e de
nível de consciência.
As convulsões são indício de alterações agudas no SNC. Devem ser observadas
quanto à hora de início e término, onde começaram os movimentos ou rigidez, tipo de
movimento da parte comprometida. Ainda deve ser observado a presença de sintomas
ou alterações como arritmias, problemas respiratórios, alterações no tamanho pupilar,
emissão de urina ou fezes durante a convulsão, alteração no nível de consciência.
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6.2. Suporte Nutricional
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ECG < 8= trauma grave.
Para a avaliação da ECG inicial, o paciente já deverá ter sido estabilizado
(ressuscitação cardiorrespiratória inicial), sem estar hipotenso ou hipoxemico.
Para pacientes sedados não deve ser utilizado a ECG, indica-se a Escala de
Ramsay. Nos pacientes mais graves, especialmente nos quais o diagnóstico de morte
encefálica possa fazer parte do paciente do diagnóstico diferencial, são pesquisados os
principais reflexos de tronco: reflexo foto motor, direto e consensual (II e III pares
cranianos) e reflexo faríngeo e da tosse (IX e X pares cranianos.
A ECG determina as alterações do nível de consciência de maneira global, e os 4
demais parâmetros distinguem se o coma do paciente é devido à lesão hemisférica
cerebral, lesão de tronco cerebral ou causa metabólica, ou seja, definem se a alteração
é de origem estrutural ou metabólica.
Pacientes com risco de comprometimento ou deterioração neurológica podem
necessitar de monitorização neurológica. Normalmente pacientes com ECG < 8.
Com relação às implicações para a prática assistencial, não só da enfermagem,
mas também de toda a equipe multiprofissional de saúde, a uniformização da linguagem,
nesse particular, da ECG, por meio de códigos universalmente adotados, é um requisito
indispensável, seja para diagnósticos precisos de gravidade, seja para a evolução e
prognóstico dos pacientes. Tal padronização, por sua vez, permitirá leituras confiáveis e
fidedignas nas pesquisas sobre resultados do trauma, subsidiando tanto programas de
prevenção como de assistência, em suas diferentes fases de intervenção, do pré-
hospitalar ao hospitalar e de reabilitação.
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6.5. Doppler Transcraniano (DTC)
Fonte: www.clinicanusil.com
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Variações na pressão de perfusão cerebral causam mudanças na velocidade do
fluxo sanguíneo cerebral. As principais vantagens são: revelam os dados em tempo
real(7), sua portabilidade, que viabiliza a realização em unidades intensivas, à beira do
leito e durante cirurgias ou procedimentos, e a ausência de invisibilidade ou toxicidade,
o que possibilita a repetição do exame, permitindo o acompanhamento hemodinâmico
do paciente.
Os principais problemas em relação ao método decorrem da dependência e
experiência do operador, da restrição aos segmentos ensonáveis dos vasos, variações
anatômicas do polígono de Willis, hipoplasias da circulação vertebro basilar e espessura
óssea.
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É o melhor método para se detectar atividade convulsiva. Convulsões agudas
ocorrem em até 35% dos pacientes com TCE ou Acidente Vascular Encefálico (AVE).
Para que se possa usufruir de todo o potencial do EEG contínuo em UTI, é
necessário apoio diagnóstico constante de um serviço de neurofisiologia e treinamento
do neurointensivista nos aspectos básicos do EEG contínuo. Assim poderá suspeitar das
alterações mais comuns, solicitando ao neurofisiologista a análise de um determinado
caso ou um estudo eletroencefalográfico completo.
O valor normal é de 63% a 70%, sedo que valores inferiores indicam redução na
oferta de O2 por hipertensão intracraniana, vaso espasmo e/ ou oclusão vascular.
Valores superiores a 70% podem ocorrer no coma barbitúrico ou na hipotermia.
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Indicada em pacientes com risco de complicações neurológicas, pois detecta
rapidamente hipoxemia cerebral.
Fonte:www.experienciasdeumtecnicodeenfermagem.wordpress.com
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Fonte:www.teliga.net
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com a adição de uma lesão, pode levar a um aumento da PIC. Para uma auto regulação
efetiva, os níveis de dióxido de carbono (que é um potente vasodilatador cerebral) devem
estar em uma faixa aceitável, bem como PAM e a PIC.
A PIC é usualmente conceituada como a pressão do líquido cefalorraquidiano
(LCR). A PIC pode variar de acordo com alterações na pressão arterial sistêmica (PA
sistêmica), na respiração, na posição determinada pelo paciente e também pelo aumento
do volume de um ou mais componentes cranianos.
A primeira medida da PIC ocorreu por volta de 1850 com introdução de punção
lombar. A monitorização foi introduzida por Guillaume & Janny, em 1951. Em 1960, a
utilização da monitorização da cavidade ventricular, por meio de um cateter de polietileno
acoplado a um transdutor de pressão.
Adicionado aos parâmetros clínicos, hemodinâmicos, respiratórios e metabólicos,
a monitorização da PIC auxilia e orienta a terapêutica dos pacientes neurológicos.
A PIC está diretamente relacionada ao volume no crânio. Uma elevação acima do
normal pode causar uma redução no fluxo sanguíneo, resultando em isquemia ou lesão
estrutural, decorrente de compressão ou atrito do tecido cerebral com o crânio, causando
complicações secundárias.
Em relação à monitorização, cabe ao enfermeiro muito mais do que habilidade em
manipular o sistema de monitorização, é importante que saiba utilizar a disponibilidade
da monitoragem para identificação dos níveis pressóricos e das ondas anormais a fim de
intervir rápida e efetivamente nos tratamentos que visam diminuir este evento, assim
como, adequar àqueles procedimentos de enfermagem que, por associação, podem
aumentar a hipertensão intracraniana.
A monitorização da PIC é o único método aceito indiscriminadamente como forma
para o diagnóstico seguro do aumento da pressão intracraniana, assim como para o
tratamento da HIC em algumas situações clínicas.
A monitorização do paciente neurológico grave na UTI consiste em identificar, por
meio do exame físico e dos equipamentos monitores invasivos sinais, que indiquem
hipertensão intracraniana e diminuição de perfusão cerebral, que se não forem revertidas
levam à morte cerebral.
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A PIC pode ser medida diretamente por meio da introdução intracerebral (em um
dos ventrículos que contém líquido) de cateteres permeados com fluido ou de fibra óptica
ligados a transdutor e conectado ao um monitor na cabeceira do paciente, que permita
medidas contínuas da PIC e drenagem de LCR.
Os cateteres apresentam alto índice de infecção, variando na literatura entre 7%
e 40%.
A PIC deve ser mantida abaixo de 20 mmHg por meio de sedação com propofol
ou midazolan associados a fentanila, hiperventilação leve (pCO2 em torno de 35 mmHg),
uso de manitol (0,25-1,0 gr/kg) em bolus.
A PIC interfere com o Fluxo Sanguíneo Cerebral (FSC) por ser um determinante
da pressão de perfusão cerebral (PPC=PAM-PIC), sendo os valores normais acima de
70 mmHg.
A manutenção do FSC e PPC influencia na recuperação de pacientes internados
em unidades de terapia intensiva, mas não garante a apropriada oxigenação do tecido
nervoso. Deve-se, também, manter adequada concentração de oxigênio arterial (PaO2),
hematócrito e hemoglobina, além de considerar o diâmetro e tônus das artérias
encefálicas, que variam de acordo com o mecanismo de auto regulação da circulação
cerebral, que traduz a capacidade de aumento ou diminuição do FSC de acordo com o
aumento ou diminuição das necessidades metabólicas do cérebro e a manutenção do
fluxo, apesar da variação da PIC.
O FSC (FSC=PPC/RVC) é diretamente relacionado à sua PPC e inversamente
proporcional à resistência vascular cerebral (RVC)(7). A vantagem da monitorização da
PIC é que se detecta precocemente a elevação da mesma, permitindo a suspeita das
lesões com efeito de massa e com risco de herniação. Também auxiliar na determinação
do prognóstico. E ajuda na drenagem do LCR. A monitorização da PIC pode auxiliar no
manuseio de TCE, hematomas intraparenquimatosos de indicação cirúrgica, em pós-
operatório de neurocirurgias de grande porte e hidrocefalias, e com quadros
pseudotumorais, principalmente na avaliação da indicação de derivações liquóricas.
Indicações de monitorização da PIC no TCE grave
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ECG < 9, com TC de crânio anormal (a monitorização com cateter em
posição intraparenquimatosa apresenta boa precisão nos primeiros três 3
a 4 dias de uso.
ECG < 9, com TC de crânio normal, ao menos dois itens.
Idade > 40 anos)
Pressão arterial sistólica < 90 mmHg
Postura anormal (uni ou bilateralmente)
Nesse caso, a Hipertensão Intracraniana (HIC) se desenvolve de 53% a 63% das
vezes(9). Pode-se indicar monitorização da PIC em pacientes conscientes que
apresentem lesões traumáticas com efeito de "massa”. Pacientes com RNC nesses
casos a PIC deve ser instalada.
A interpretação e o tratamento da PIC devem considerar o exame clínico,
tomográfico e a medida da PPC. As complicações na monitorização da PIC incluem
infecção, hemorragia, mau funcionamento da monitorização devido problemas com o
sistema.
As causas mais comuns de hipertensão intracraniana são:
Traumatismo craniencefálico;
Acidentes Vasculares encefálicos;
Tumores Cerebrais;
Cirurgias intracranianas;
Infecções cerebrais (encefalites, meningites);
Hidrocefalia;
Encefalopatia hepática fulminante;
Síndromes associados à diálise;
Cetoacidose diabética;
Hipóxia.
A colonização bacteriana varia conforme a posição do cateter e aumenta
significativamente após cinco dias: ventricular (5%), subaracnóide (5%), subdural (4%),
parênquima (14%), A incidência geral de hematomas é de 1,4%.
Incidência de obstrução e mau funcionamento variam de 10% a 30% sendo maior
quando PIC > 50 mmHg.
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Os sistemas de monitorização devem ser utilizados, no máximo, uma semana e
depois devem ser substituídos.
Diversas lesões neurológicas cerebrais sejam de origem traumática, infecciosa,
metabólica ou hipóxica podem ter como consequência o aumento da pressão
intracraniana (PIC).
Fonte:www.big1news.com.br
Cefaleia;
Náuseas com vômito em jato;
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Edema de papila;
Alteração de força motora (paresia e plegia).
Alterações mentais (déficit de memória, desorientação, apatia, depressão);
Alterações de personalidade;
Alterações de nervos cranianos;
Crises convulsivas;
Alterações de nível de consciência (agitação, sonolência, coma);
Tríade de Cushing (hipertensão arterial, bradicardia e alterações do padrão
respiratório);
Alterações do padrão respiratório (Cheyne Stokes, hiperventilação
neurogênica, apneustica, atáxica);
Alterações pupilares (anisocoria, midríase, e alteração de foto reação).
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PO2 acima de 60-70 mmHg e a PCO2 arterial entre 30-40 mmHg, a ventilação mecânica
deve ser instalada.
Monitorizar o quadro neurológico (Escala de Glasgow utilizada por
enfermeiros).
Monitorar a pressão intracraniana e checar seu sistema, garantindo a
pressão da leitura;
Anotar o aspecto e o volume do líquido cefalorraquidiano (presença de DVE
– Derivação Ventricular Extrema);
Manter a permeabilidade do cateter inserido no ventrículo;
Anotar em prontuário do paciente as medidas de PIC;
Manter o paciente com a cabeça elevada a 30º;
Manter o alinhamento da cabeça do paciente com o resto do corpo,
evitando a flexão do pescoço e a rotação da cabeça;
Avaliar presença ou ausência de movimentos involuntários, como
convulsões, espasmos, decorticação e descerebração;
Avaliar a presença ou ausência de reflexos;
Avaliar parâmetros hemodinâmicos e anotá-los no prontuário do paciente;
Evitar manobras que possam alterar a pressão intratorácica, causando
interferência na pressão intracraniana, como manobra de Valsalva, reflexo
de vômito, reflexo de tosse, flexão do quadril, etc.;
Monitorar ventilação mecânica se for o caso;
Manter via aérea permeável;
Avaliar nível de sedação;
Trocar diariamente o curativo da inserção do cateter de monitorização;
Avaliar sinais e sintomas de infecção, principalmente associados ao cateter
de monitorização;
Realizar procedimentos de higiene e conforto para o paciente;
Controlar rigorosamente eliminação vesico intestinal;
Manter paciente e familiares orientados quanto aos procedimentos que
estão sendo realizados.
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6.12. Monitorização da Temperatura Cerebral
Fonte: www.g1.globo.com
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diferentes fases após lesão cerebral. Pode haver falência anóxica da bomba de sódio e
potássio e consequente acúmulo intracelular de líquido - edema citotóxico, ou perda da
integridade da barreira hematoencefálica com acúmulo de líquido, proteína e íons no
espaço extracelular - edema vasogênico. Para estes mecanismos de edema cerebral há
poucas opções terapêuticas, como, por exemplo, o uso de corticosteroides no edema
vasogênico Peri infeccioso ou Peri tumoral.
Os valores normais estão entre 55% a 75 %, o que mostra uma faixa estreita de
possível ajuste entre a circulação e o metabolismo cerebral. A SvjO2 inferior a 55% revela
isquemia cerebral, enquanto valores acima de 75 % indicam hiperemia.
As indicações para monitorização da oximetria de bulbo jugular são clínicas e
compreendem: a) TCE grave, principalmente ECG < 8; b) HIC; c) procedimentos
anestésicos para neurocirurgias e cirurgias cardiovasculares.
As contraindicações, relativas para o procedimento, incluem: a) coagulopatias; b)
trauma cervical; c) infecções localizadas e d) drenagem venosa cerebral prejudicada.
São raras as complicações descritas com a monitorização da oximetria de bulbo jugular.
a) complicações relacionadas a punção (punção de carótida, hematomas, enovelamento
do cateter); b) relacionadas à manutenção (infecções e trombose).
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eletrocardiograma e eletroencefalograma portáteis, máquinas de hemodiálise e
hemofiltração lenta, marca-passo portátil, calorímetro, etc.
Deve-se ressaltar que não basta a aquisição dos equipamentos, é preciso ter um
programa de treinamento que deve incluir o conhecimento do funcionamento e a
manutenção preventiva em termos de cuidados na operação, limpeza e tempo de uso
dos mesmos.
A admissão de pessoal de enfermagem para trabalhar em UTI deve levar em
conta não somente a competência técnica do indivíduo, mas os princípios de disciplina,
ética e responsabilidade profissional. Essa equipe tem que estar apta a responder por
suas ações no que se refere à esfera das funções e deveres no trabalho. Deve, também,
estar constantemente motivada e num processo de melhora do nível profissional através
de um programa de educação continuada.
O enfermeiro tem um papel importante no planejamento da assistência, devendo
dar continuidade ao cuidado através de uma avaliação diária e sistematizada, efetuando
intervenções precisas durante o atendimento.
Considera-se que nas Unidades de Terapia Intensiva, o enfermeiro ofereça
assistência contínua a pacientes críticos, e isso exige desse profissional uma melhor
capacitação, fundamentação teórica para aplicar o raciocínio clínico.
Finalizando, a avaliação neurológica é primordial na composição da base de
dados de enfermagem para identificação do diagnóstico de enfermagem e para o
planejamento das intervenções de enfermagem. A precisão deste levantamento de
dados e a habilidade do enfermeiro para interpretar seu significado e tomar as decisões
apropriadas formam a fundamentação central da prática da enfermagem em
neurociência.
Os cuidados com pacientes neurológicos a cada dia são mais explorados e
exigem um grande conhecimento por parte dos profissionais que cuidam deles.
O avanço tecnológico é contínuo, destacando novas técnicas para cuidados com
esses pacientes e aprimorando as que já eram utilizadas. Esses recursos tecnológicos
ajudam a reverter distúrbios que colocam em risco a vida do paciente.
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Monitorizar pacientes com alterações neurológicas é um grande desafio para toda
a equipe, mas é através dela que se obtêm dados confiáveis e necessários para a
intervenção.
O enfermeiro deve estar atento, pois cuidados inadequados podem piorar o
quadro geral do paciente, agravando o quadro neurológico, podendo levar chegar à
morte, devendo estar capacitado para atender as necessidades desse tipo de paciente,
um paciente crítico que exige vigilância constante, e aplicando as intervenções
necessárias para a sua recuperação.
Fonte:www.genesiscasaderepouso.com.br
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7.1- Enfermagem Neurológica
Posicionamento
Mobilização
Transporte
Estímulo à fisioterapia
Orientação ao uso de órteses
Preparo para deambular
Atividades físicas
Integridade Cutânea
Mudanças de decúbito
Inspeção da pele
Higiene
Massagens
Orientações
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7.4- Alívio da Dor
Medicações
Conforto
Monitorar a inscrição cirúrgica
Avaliação
Retenção
Sonda vesical de Folley
Cateterização intermitente
Incontinência
Condon
Fraldões
Higiene
Preparo da família
Avaliação
Alimentação
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7.8- Fibras
Frutas e verduras
Líquidos
Dietista
Medicações
Mobilidade
7.10- Higiene
Banho
Oral
Ocular
Tricotomias
Desenvolvimento da autoestima
Educação do Paciente / Família e Cuidados
Domiciliares de Saúde
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7.12- Dor
Fonte: www.alzheimerportugal.org
“A dor não é somente um sintoma que exige a nossa compaixão; pode ser uma
agressiva causa de dano do Sistema Nervoso.”
DOR: Experiência desagradável sensorial e emocional, associada à lesão tecidual
real, ou potencial, ou ainda, descrita em tais termos.
DOR AGUDA: É relacionada à lesão e, se resolve durante o período apropriado à
recuperação. Responde ao tratamento com analgésicos e à terapêutica da causa
determinante. A evolução natural da dor aguda é a sua remissão espontânea. Uma dor
aguda não aliviada pode levar com frequência a uma dor crônica.
DOR CRÔNICA: É a que persiste por mais de três meses ou que ultrapassa o
período usual de recuperação. A dor crônica não é útil a qualquer propósito biológico. A
dor é mais temida do que a própria morte.
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• Entender as bases fisiológicas e farmacológicas das terapias.
• Estar familiarizados com os efeitos colaterais das drogas.
• Estar atentos às respostas individuais do tratamento para dor.
• Conhecer as drogas disponíveis em sua unidade.
• Avaliar a eficácia do analgésico em intervalos regulares.
• Sugerir ao médico mudanças na prescrição de analgésicos.
• Orientar o paciente sobre o uso correto dos analgésicos.
8- BIBLIOGRAFIA
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AMANTE LN, Rossetto AP, Schneider DG. Sistematização da Assistência de
Enfermagem em Unidade de terapia Intensiva sustentada pela Teoria de Wanda Horta.
Rev Esc Enferm: USP [periódico na internet], 2009
HILTON G. Histórico do paciente: Sistema Nervoso. Cap 33, p. 760-84 In: Gallo, BM,
Hudak CM, Morton PG, Fontaine DK. Cuidados Críticos de Enfermagem: Uma
Abordagem Holística. 8 ed., 2007.
SILVA FD, Chernicharo IM, Silva RC, Ferreira MA. Discursos de enfermeiros sobre
humanização na unidade de terapia intensiva. Esc Anna Nery. 2012; 16(4):719-727.
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Sociedade brasileira de doenças cerebrovasculares. Primeiro Consenso Brasileiro para
Trombólise no Acidente Vascular Cerebral Isquêmicos Agudo. Arq. Neuropsiquiatria, p.
675-680, 2002.
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