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O sentido do Projeto

John Dewey

Catarina Mateus a21905789


Conceção e Monotorização de Projetos | Ciências da Educação – Educação Social
30.09.2021
Resumo

A liberdade traduz-se no poder de conceber projetos de os traduzir em atos, análoga ao


autocontrolo na conceção dos fins e da organização dos meios, acabando por se traduzir
num trabalho de inteligência. Porém, a liberdade pode ser trabalhada na parte educativa
de duas formas distintas, a partir da Educação Progressiva ou a partir da Educação
Tradicional, a Educação Progressiva é um movimento pedagógico que tem persistido em
várias formas até o presente, através das raízes na experiência moderna e a Educação
Tradicional referente aos cursos de formação inicial e continuada, sobreveio do estudo
das conceções antigas da educação, e apesar de ambas estarem implementadas, na
elaboração não há recurso hás observações e avaliações inteligentes sem recurso à
liberdade.

Um projeto fidedigno tem o seu ponto de partida no impulso do aluno, o projeto supõe
a visão de um fim, uma previsão de consequências, da ação que se introduz no impulso
inicial, e a previsão das consequências implica a observação objetiva das condições e das
circunstâncias. O impulso em projeto torna-se indispensável na observação. É preciso
compreender a significação do que se vê, que resulta das consequências que decorrem
da ação em que nos empenhámos. Só podemos antecipar-nos judiciosamente sobre as
consequências através de experiências anteriores, como casos que se tornam familiares
por numerosas experiências. Daí a formulação de um projeto ser uma operação
intelectual bastante complexa e implicar:

❖ 1ª – A observação das condições oferecidas pelo meio ambiente;


❖ 2ª – O conhecimento do que foi possível produzir no passado em situações
semelhantes;
❖ 3ª – A avaliação que sintetiza observações e recordações para delas se tirar a
significação, pois um projeto difere dum primeiro impulso e dum desejo pelo
trabalho que supõe, trabalho de elaboração segundo um plano e um método de
ação baseados na previsão das consequências em dadas condições e numa certa
direção.
O desejo é tão intenso que despreza a avaliação das consequências que determinariam
a sua realização, e a previsão seja do desejo seja de qualquer outro fator é impossível
sem a observação, informação e avaliação. A antecipação intelectual e a ideia de
consequência devem misturar-se ao desejo e ao impulso para adquirirem uma força de
atualização. A ideia torna-se plano no interior da atividade que se pretende promover.
Este conjunto de condições são outros tantos factos objetivos, não fazem parte do
desejo inicial, mas é indispensável que se tornem objeto de exame e de avaliação antes
que o desejo se converta em projeto e o projeto em plano de ação. Estes desejos são os
primeiros motores que põem a ação em movimento, a intensidade do desejo mede a
intensidade do esforço e como os meus são objetivos é preciso estudá-los antes de
formular um projeto consistente. Uma das tendências da Escola Tradicional é ignorar o
valor do impulso e do desejo pessoal como motor de ação. O desejo é de um impulso é
a ocasião e o recurso de um plano e de um método de ação e do estímulo para os
realizar.

Porém e concluído a análise, é importante salientar que o verdadeiro método


pedagógico consiste primeiro em tomarmo-nos inteligentemente atentos às aptidões,
às necessidades, às experiências vivenciadas pelos educandos e no desenvolvimento
destas sugestões de base de tal forma que elas se transformem num plano ou num
empreendimento cooperativo, o projeto cresce e toma forma graças a um processo de
inteligência socializada.

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