You are on page 1of 9

Universidade Federal de Alagoas

Campus Arapiraca
Ciências Agrárias

FATORES QUE INFLUEM SOBRE AS PERDAS DE SOLO POR EROSÃO

1. INTRODUÇÃO

A erosão hídrica é condicionada numa área agrícola por diversos fatores. As chuvas, a natureza do
solo, o relevo, a vegetação e a ação do homem constituem o conjunto de fatores, sendo as precipitações
pluviais, o principal agente causador desse fenômeno.
Os fatores que influem no processo erosivo, são também denominados de fatores controladores, uma
vez que estes determinam as variações nas taxas de erosão. É por causa da interação desses fatores que
certas áreas erodem mais do que outras. A intervenção do homem pode alterar esses fatores e,
consequentemente, apressar ou retardar os processos erosivos.

2. AÇÃO DA CHUVA

A chuva é um dos fatores climáticos de maior importância na erosão dos solos. O volume e a
velocidade da enxurrada dependem da intensidade, duração e freqüência da chuva. A intensidade é o fator
pluviométrico mais importante da erosão.
A capacidade potencial da chuva em provocar erosão é denominada de EROSIVIDADE. Embora a
definição seja simples, a sua determinação é muito complexa, pois, depende em especial, dos parâmetros de
erosividade e também das características das gotas de chuva, que variam no tempo e no espaço.
A intensidade da chuva que é a sua concentração num determinado espaço de tempo constitui o
mais importante fator pluviométrico, uma vez que aumenta a enxurrada e, consequentemente a erosão. Como
exemplo, pode-se comparar as intensidades das chuvas das regiões da Zona da Mata e Sertão, onde as
chuvas na primeira são de baixas intensidades e, consequentemente, menores as perdas por erosão e, no
Sertão as chuvas são de alta intensidade e de alto poder erosivo, levando-se a concluir que as perdas na
Zona da Mata serão menores. Isso ocorre, pelo fato de que o solo terá mais tempo para absorver a água e
menor também será a ação desagregadora provocada pelo impacto das gotas de chuva sobre a superfície do
solo.
A altura de precipitação representa a quantidade de água precipitada por unidade de área
horizontal. Este parâmetro também influencia o aparecimento da erosão em terrenos declivosos. Sabe-se que
os solos agrícolas possuem um limite máximo de velocidade de infiltração e de absorção de água e, quando
esse é ultrapassado, as enxurradas são formadas. Dessa forma, as chuvas de pequena intensidade e curta
duração dificilmente provocarão enxurradas, as passo que as de grande intensidade e/ou longa duração
saturam o solo e formam as enxurradas.
A freqüência com que as chuvas ocorrem, também em tem grande importância nas perdas por
erosão. Chuvas distribuídas espaços de tempo maiores, provocam menos erosão do que aquelas distribuídas
em espaços menores, isso porque, chuvas de ocorrência próxima uma da outra, encontrarão o solo saturado,
provocando escorrimento superficial.
O impacto das gotas de chuva sobre a superfície do solo, exerce influência sob três aspectos
importantes: 1 – fracionam o solo; 2 – tendem a destruir a granulação; 3 – seus salpicos sob certas condições
produzem o transporte de quantidade apreciável de solo. A incidência direta das gotas de chuva, provoca o
afrouxamento e fracionamentos dos agregados, levando-os praticamente ao desaparecimento. Se o material
dispersado não for transportado pelo escorrimento superficial, poderá formar uma crosta dura diminuirá a
infiltração de água no solo.
No Quadro 1, pode-se verificar o efeito da intensidade da chuva sobre as perdas por erosão, em
solo desnudo e com aproximadamente 20% de declividade. Observa-se que a quantidade de água
precipitada foi praticamente a mesma, diferindo apenas na intensidade da chuva e provocando diferentes
perdas de solo por erosão.
Quadro 1. Relação entre a intensidade da chuva e as perdas de solo por erosão.
Altura da chuva Intensidade máxima* Enxurrada Perdas por erosão
mm mm/h mm t/ha
20,6 7,9 6,8 7,35
21,4 5,0 11,1 1,74
18,0 4,5 7,8 1,06
21,8 2,2 4,5 0,47
20,0 1,9 0,8 0,12
Fonte: Suarez de Castro, 1979. *Intensidade máxima de chuva em 5 minutos.

3. AÇÃO DAS VARIÁVEIS DO PRÓPRIO SOLO

As propriedades do solo são de grande importância nos estudos de erosão, porque juntamente com
outros fatores, determinam a maior ou menor susceptibilidade à erosão. A resistência do solo em ser
removido ou transportado, é definida como erodibilidade. A maior ou menor susceptibilidade de um solo ao
processo erosivo dependerá de características do próprio solo. Entre estas, as mais significativas são: a
capacidade de infiltração de água e a estabilidade estrutural do solo.
Várias são as propriedades do solo que afetam a erosão. Entre elas pode-se destacar: textura,
densidade do solo, porosidade, teor de matéria orgânica, tamanho e estabilidade dos agregados e o pH do
solo. Apesar da importância que essas propriedades têm na erodibilidade, reconhece-se que elas, a exceção
da textura, não são estáticas ao longo do tempo. Dessa forma, quando analisadas, é preciso relaciona-las a
um determinado período de tempo, pois podem evoluir, transformando certos solos mais susceptíveis em
solos resistentes aos processos erosivos.
A textura afeta a erosão, porque algumas frações granulométricas são removidas mais facilmente do que
outras. As frações areia e silte, são mais vulneráveis ao transporte pela erosão do que a fração argila. As
argilas, se por um lado podem, por vezes, dificultar a infiltração das águas, por outro lado, são mais difíceis
de serem removidas, especialmente quando se apresentam unidas formando agregados. Apesar do
reconhecimento da importância da textura na erodibilidade dos solos, os conteúdos de areia, silte e argila
devem ser levadas em consideração em conjunto com outras propriedades, porque a agregação dessas
frações constituintes do solo é afetada por outros elementos, como o teor de matéria orgânica.
De um modo geral, como se pode verificar no Quadro 2, os solos arenosos são mais susceptíveis à
erosão do que os solos argilosos, isto porque, as partículas arenosas possuem menor poder de agregação e,
dessa forma, são mais facilmente arrastados pela água. Já os solos argilosos, mantêm suas partículas mais
agregadas, imprimido maior resistência à erosão.

Quadro 2. Influência do tipo de solo nas perdas por erosão.


Tipo de Solo Perdas de Solo* Erosão Relativa
t/ha %
Arenoso 21,1 100,0
Argiloso 16,6 78,7
Nitossolos 9,5 45,0
Fonte: Bertoni et al. (1972). *Média de chuva na base de 1300 mm e declives entre 8,5 e 12,0%

O decréscimo de matéria orgânica, devido à agricultura, produz várias implicações nos processos
mecânicos da erosão. A diminuição do teor de matéria orgânica, consequentemente, leva a uma diminuição
na capacidade de infiltração de água do solo, porque a agregação instável influencia na ruptura dos
agregados, podendo formar crostas no solo, diminuindo a porosidade superficial que se encontrava aberta
para penetração de fluídos, dificultado a infiltração e aumentando o escoamento superficial.
A densidade do solo é outro fator controlador que deve ser considerado quando se trata compreender os
processos erosivos, pois se refere à maior ou menor compactação dos solos. A porosidade está relacionada
de maneira inversa com a densidade do solo, isto é, à medida que a densidade do solo aumenta, a
porosidade diminui e, em conseqüência, ocorre redução da infiltração de água no solo, aumentando as taxas
de runoff.
A utilização do solo exerce influência nos valores de pH. A intervenção humana, aliada à combinação do
pH com outras propriedades do solo, pode tornar ainda mais complexa a compreensão do seu papel na
erodibilidade dos solos.

4. AÇÃO DAS VARIÁVEIS DO PRÓPRIO SOLO

O grau, o comprimento e a forma dos declives influenciam na concentração ou na dispersão das forças
erosivas, como por exemplo, as enxurradas. A topografia também influi na adequação das práticas, como
preparo do solo em contorno, cultivos em contorno, faixas e terraceamento.
O declive é um fator de notável importância na determinação das quantidades totais e taxas de erosão. A
erosão praticamente não se manifesta em terrenos planos. No momento em que o relevo deixa de ser plano,
a erosão se faz presente. Para melhor entender o efeito da topografia sobre a erosão, é necessário que se
separe ou que se decomponha a topografia em seus principais componente, quais sejam: inclinação do
declive, comprimento do declive, curvatura do declive, variação do declive e microrelevo.
A inclinação ou gradiente da superfície deum terreno, normalmente expressa em percentagem, é um dos
fatores importantes na erosão. À medida que o grau do declive aumenta, aumenta a erosão do solo, isto
porque, á medida que o grau do declive, a capacidade de armazenamento de água na superfície do solo
diminui grandemente, aumentando a quantidade total e a taxa de escoamento superficial. O aumento no
volume e velocidade da enxurrada torna a água um melhor agente transportador, além de aumentar o poder
de desagregação de solo pelo escorrimento superficial concentrado nos sulcos existentes sobre o terreno
inclinado.
No Quadro 3, observa-se que considerando constantes outros fatores condicionantes da erosão, podem-
se afirmar que quanto maior a inclinação das encostas, maior será a erosão, resultante do aumento da
velocidade de deslocamento da água sobre a superfície do solo.
Quadro 3. Efeito do grau do declive nas perdas de solo por erosão.
Declive (%) Cultura Perdas de Solo (t/ha)
7 Algodão 14,1
10 Algodão 22,4
12 Algodão 27,4
Fonte: Bertoni et al. (1972)

O comprimento do declive, no estudo da erosão do solo, é medido desde onde começa o fluxo de
água até o ponto onde a água flui para dentro de um canal definido, ou onde o declive diminui de modo que a
deposição ocorra. Durante o escoamento superficial a água acumula à medida que ela flui para baixo no
declive. Conseqüentemente, um maior volume e uma maior taxa de escorrimento ocorrem na porção inferior
do declive, aumentando a erosão do solo à medida que o comprimento do declive aumenta.
No Quadro 4, verifica-se que o comprimento do declive também assume um papel importante nas
perdas por erosão, pois, quanto maior a extensão do declive, maior será a enxurrada. Nesse quadro,
percebe-se que a duplicação do comprimento do declive, aumenta as perdas por erosão.
Quadro 4. Efeito do comprimento do declive nas perdas por erosão.
Comprimento de rampa Perdas
Solo Água
m t/ha %
25 13,9 13,6
50 19,9 10,7
100 32,5 2,6
Fonte: Bertoni et al. (1972).

Além do grau do declive e do comprimento da encosta, a forma desta é importante no que se refere à
erosão. A remoção de partículas e água é diferente quer seja a encosta côncova, linear (uniforme) ou
convexa.
Em geral, os declives são uniformes, convexos ou côncavos. Normalmente, a erosão é maior sobre
os declives convexos porque eles dão melhores condições para que o escorrimento superficial da água seja
mais ativo. Sobre os declives convexos, o escorrimento superficial é mais ativo, haja visto que o grau de
declividade aumenta na direção da base da encosta, aumentando o poder erosivo da enxurrada. O declive
côncavo é menos susceptível à erosão, uma vez que a velocidade da enxurrada tende a diminuir pela
redução progressiva da declividade no sentido da pendente. Dessa forma, a taxa de erosão sobre cada
segmento de um declive varia, dependendo se o declive é uniforme, convexo ou côncavo.
Raramente os declives são uniformes em toda a encosta. Normalmente, ocorre uma alternância de
declives acentuados, menos acentuados e, até mesmo, partes planas. Isto afeta a erosão consideravelmente.
Em adição, tais diferenças na declividade são usualmente acompanhadas de mudanças nas características
de solo, com alternância de alta e baixa capacidade de infiltração. Provavelmente, áreas com declive variável
sofrem menos desgastes por erosão do que áreas com declive uniforme.
O microrrelevo refere-se à rugosidade superficial do solo. As pequenas elevações ou depressões
naturais ou aquelas provocadas pelo preparo do solo, caminhamento de animais e etc., são de grande
influência na erosão do solo, uma vez que afeta o escorrimento superficial. Assim, quanto mais rugosa a
superfície do terreno menor será o escorrimento superficial devido a maior infiltração e, consequentemente,
menor a erosão.

5. AÇÃO DA COBERTURA VEGETAL E DO MANEJO DO SOLO

A cobertura vegetal é a defesa natural de um terreno contra a erosão. O efeito da vegetação


pode ser assim enumerado:
a) proteção contra o impacto das gotas de chuva;
b) dispersão da água, que é interceptada e evaporada antes que atinja o solo;
c) decomposição das raízes das plantas que, formando canalículos no solo, aumentam a infiltração da
água;
d) melhoramento da estrutura do solo pela adição de matéria orgânica, aumentando a sua capacidade de
retenção de água;
e) diminuição da velocidade de escoamento da enxurrada pelo aumento do atrito na superfície.
Os fatores relacionados à cobertura vegetal podem influenciar os processos erosivos de
várias maneiras: através dos efeitos espaciais da cobertura vegetal, dos efeitos na energia cinética da chuva,
e do papel da vegetação na formação de húmus, que afeta a estabilidade e teor de agregados.
Quando a chuva cai em um terreno coberto com densa vegetação, as gotas se dividem em
inúmeras gotículas, diminuindo sua força de impacto. Em terreno descoberto, ela faz desprender e salpicar as
partículas de solo, que são facilmente transportadas pela água. Como a cobertura vegetal pode reduzir a
quantidade de energia que chega ao solo durante uma chuva, minimiza os impactos das gotas, diminuindo a
formação de crostas no solo, reduzindo a erosão. Dessa forma, a cobertura vegetal proporciona melhor
proteção em áreas com chuva de maior intensidade.
O efeito da vegetação sobre a erosão dos solos pode dar-se de acordo com a percentagem de
cobertura vegetal. Assim, pode-se observar através do Quadro 5 a ação de diferentes coberturas vegetais
nas perdas de solo e água pela erosão. Os dados mostram que a forma de uso tem grande influência no
processo erosivo. Os preparos intensivos podem provocar grandes distúrbios na estrutura, causando
desagregação da camada superficial e compactação na subsuperficial, o que facilita sobremaneira a ação
erosiva das águas de chuva.
A cobertura vegetal em uma floresta pode atuar de duas maneiras: primeiro reduzindo o volume
de água que chega ao solo, através da interceptação e, segundo, alterando a distribuição do tamanho das
gotas, afetando, com isso, a energia cinética da chuva. Em áreas parcialmente cobertas pela vegetação, as
perdas de solo podem aumentar rapidamente. Esse aumento está relacionado a solos com menos de 70% de
cobertura vegetal e ocorre geralmente em áreas semi-áridas, agrícolas e de super-pastoreio.
Quadro 5. Efeito do tipo de uso sobre perdas por erosão.
Perdas
Tipo de uso Solo (kg/ha) Água (% da chuva)
Mata 4 0,7
Pastagem 400 0,7
Cafezal 900 1,1
Algodoal 26.600 7,2
Fonte: Bertoni et al. (1972)
A proteção oferecida ao solo pela cobertura vegetal varia em função da cada tipo de vegetação e
também com o desenvolvimento vegetativo da cultura, conforme pode ser observados nos resultados
apresentados nos Quadro 6 e 7.
O manejo do solo consiste num conjunto de operações realizadas com o objetivo de propiciar
condições favoráveis à semeadura, à germinação, o desenvolvimento e à produção das plantas cultivadas. O
manejo adequado do solo consiste em realizar estas operações evitando a degradação e a erosão do solo.
Estas operações envolvem desde os tipos e sistemas de cultivo, passando pelo aproveitamento dos resíduos
culturais e controle de invasoras, até os trabalhos de preparo do solo, semeadura e fertilização.

Quadro 6. Efeito do tipo de cultura anual sobre as perdas por erosão.


Perdas
Tipo de uso Solo (t/ha) Água (% da chuva)
Algodão 13,0 10,8
Feijão 11,9 13,1
Milho 10,9 10,2
Cana-de-açúcar 2,2 2,7
Capim pangola 0,6 2,6
Fonte: Silva et al. (1986)

Quadro 7. Perdas de solo por erosão em diferentes estádios da cultura, usando-se chuvas simuladas e
preparo convencional.
Estádios da Cultura*
Cultura I II III IV Total
Kg/ha
Algodão 9.252 1.303 2.088 352 12.995
Soja 6.738 39 07 641 7.425
Milho 994 747 35 00 1.776
Fonte: Bertoni et al. (1972).
* I – Da germinação aos 30 dias; II – dos 30 dias aos 60 dias; III – Dos 60 dias à floração e; IV – Após a colheita.

A cobertura e o manejo do solo utilizado são importante no controle do processo erosivo, devido
a grande influência que o homem exerce sobre eles, diferente dos fatores chuva, solo e topografia onde a
ação do homem é limitada apenas sobre este último, através do uso de práticas agrícolas.
Muitos problemas de degradação do solo têm sua origem no uso predatório que o homem faz com
aplicação de práticas de preparo inadequados e ineficientes. A própria experiência tem demonstrado que o
uso excessivo de implementos agrícolas pode induzir o aparecimento de camadas compactadas. Além desse
aspecto, as operações de preparo quando excessiva, destrói a agregação natural, o que facilita o
arrastamento do solo pelo escorrimento superficial.
Os dados abaixo (Quadro 8), mostram que as perdas de solo diminuem à medida que o revolvimento
da camada superficial diminui. Como se sabe, o manejo do solo, é conseqüência da atividade do homem, na
sua forma de conduzir a exploração agrícola através de sistema de preparo, de plantio e de condução das
culturas.
Quadro 8. Efeito do sistema de preparo do solo sobre as perdas por erosão.
Perdas
Sistema de preparo do solo Solo (t/ha) Água (%da chuva)
Uma aração 12,0 5,5
Duas arações 14,6 5,7
Aração profunda 8,6 5,0
Fonte: Bertoni et al. (1972).

6. AÇÃO DAS PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS

Além da cobertura vegetal e do manejo adequado do solo para o controle da erosão, o uso de
práticas de caráter edáfico, vegetativo e mecânico, permite reduzir tanto as perdas de solo, como de água a
um nível aceitável, ao ponto de não comprometer a produtividade agrícola por um longo período de tempo.
As práticas de controle à erosão visam basicamente proteger a superfície do solo do impacto direto
das gotas de chuva, bem como melhorar as condições físicas da camada superficial do solo para aumento da
infiltração. Essas práticas são destinadas a diminuir o processo erosivo, quer de forma direta, como é o caso
das práticas mecânicas ou de forma indireta, como as vegetativas e edáficas, que se caracterizam pela
proteção do solo contra o impacto das gotas de chuva, assim como pela melhoria das condições físicas,
químicas e biológicas do solo.
O efeito de diferentes práticas de controle às perdas de solo por erosão, pode ser observado no
Quadro 9, onde se percebe que as maiores perdas ocorrem na área preparada morro abaixo, aquela que não
recebeu nenhuma medida conservacionista.
Quadro 9. Efeito de algumas práticas conservacionistas sobre as perdas por erosão.
Práticas Conservacionistas Perdas de solo (t/ha)
Preparo morro abaixo 26,1
Preparo em contorno (em nível) 13,2
Contorno + alternância de capins 9,8
Cordões de cana-de-açúcar 2,5
Fonte: Bertoni et al. (1972).

7. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ASSIS, A.F.F. A experiência brasileira no controle à erosão rural. Campinas: Coordenadoria de
Assistência Técnica Integral, 1980. 42p.

BERTONI, J.; PASTANA, F.I.; LOMBARDI NETO, F.; BENATTI JÚNIOR, R. Conclusões gerais sobre
conservação do solo no Instituto Agronômico. Campinas: IAC, 1972. (Circular n° 20).

CASTRO, O.M. Degradação do solo pela erosão. Belo Horizonte: Informativo Agropecuário, v.13, 1987,
147p.

COGO, N.P.; CABEDA, M.S.V.; CASSOL, E.A. Conservação do solo. Porto Alegre:UFRGS, 1982, 183p.
(Apostila).

FREIRE, O. Conservação do solo. Piracicaba:ESALQ, 1979. 99p. (Apostila).

GUERRA, A.J.T.; CUNHA, S.B. Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos.2.ed. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 1995, 472p.

MONDARDO, A. Conservação do solo: Manual agropecuário para o Paraná. Londrina: Fundação Instituto
Agronômico do Paraná, v.2, 1978. p.62-77.

MONDARDO, A. Controle da erosão no estado do Paraná. Londrina: Fundação Instituto Agronômico do


Paraná, v.2, 1977. 70p. (Circular n° 13).

SILVA, I.F.; ANDRADE, A.P.; CAMPOS FILHO, O.R.; OLIVEIRA, F.A.P. Efeito de diferentes coberturas
vegetais e de práticas conservacionistas no controle da erosão. Campinas: R. Bras. Ci. Solo, v.10,
1986. p.289-292.

You might also like