FREQUÊNCIA CARDÍACA
Beatriz Mangabeira- T81
 OBS: o intervalo RR pode ser medido a partir
de qualquer ponto do complexo QRS. Então
poderia medir da onda Q até a próxima onda
Q; da onda S até a próxima onda S. Em
síntese, o intervalo RR representa o intervalo
entre duas despolarizações ventriculares
 Frquência cardíaca vai ser calculada por meio
do tempo entre duas despolarizações
ventriculares, ou seja, o intervalo RR
 OBS: o intervalo entre as ondas P poderia ser
utilizado para determinar a frequência
cardíaca atrial
 Relembrar que a padronização mais comum é
de 25mm/s. O que corresponde a 40
milissegundos (0,04s) por quadradinho. Entre
duas linhas espessas há 5 quadradinhos,
portanto, entre duas linhas espessas tenho
200 milissegundos ou 0,2s
 Ex:
o Observe que na figura abaixo, há 4
quadradinhos grandes no intervalo RR.
Portanto, tenho 800milissegundos ou 0,8
segundos.
 Regras para calcular a frequência cardíaca:
olhar na apostila
o 1º método: Se o ritmo for regular, para
descobrir quantos QRS tem dentro de
1500mm é só fazer 1500 dividido pelo
número de quadradinhos/milímetros entre
os complexos QRS
 Relembrando que cada quadradinho
tem 1mm, então tanto faz dizer o
número de quadradinhos ou a
distância em milímetros entre os
complexos
o Ex: pego o QRS que caiu em cima da linha
espessa (apontado em azul). O espaço
entre ele e o próximo (em laranja) vai ser de
21 quadradinhos (entre duas linhas
espessas há 5 e são 4 quadrados grandes
formados pelas linhas espessas e mais um
quadradinho. Portanto, 21 quadradinhos,
que corresponde a 21mm). Calculando dá:
1500/21= 71 (arredondando)
o Lembrar que esse método só é possível em
ritmos regulares, ou seja, os espaços entre
os intervalos QRS são os mesmos
o 2° método:
 Pego um QRS que cai em cima de ou
próximo de uma linha espessa
 Penso o seguinte: se um próximo QRS
caísse em uma próxima linha espessa,
pela regra anterior, a frequência seria
1500/5mm, ou seja, 300 BPM. Se
caísse na próxima linha espessa seria
1500/10mm, ou seja, 150 BPM, e
assim vai
o A regra rápida é decorar os valores: 300,
150, 100, 75, 60, 50 e 43. Essa regra não é
recomendada para ser utilizada nos
Beatriz Mangabeira- T81
extremos, por exemplo: entre o 150 e o
300, porque entre eles há uma distância de
valores muito grande, mudando muito a
frequência cardíaca em um intervalo
pequeno. Porém, a partir da linha do 100 é
tranquilo usar a regra rápida porque se cair
entre duas linhas espessas basta usar uma
aproximação
 Ou seja, não é recomendado usar a
regra rápida em frequências cardíacas
altas
 Nos ritmos irregulares nós temos que cada
intervalo RR é diferente do anterior, que é
diferente do próximo. Então, se pego só um
intervalo RR posso superestimar ou
subestimar a frequência cardíaca
 Cálculo em ritmos irregulares:
o A gente utiliza 6 ou 10 segundos para
calcular a frequência. Nós sabemos que
cada quadradinho tem 40milissegundos e
que cada quadradão tem
200milissegundos (0,2s). Portanto, para
chegar em 6 segundos preciso de 30
quadradões (0,2 segundos x 30 = 6
segundos)
o Feito isso, vejo o número de QRS dentro de
6 segundos, ou seja, 30 quadradões. Com
isso, acho o número de QRS em 6
segundos, como eu quero em 60 segundos
(que é 1 min correspondente a frequência
cardíaca), multiplico por 10 e acho a
frequência
o OBS: posso usar 3 segundos, que
corresponde a 15 quadradões. Porém, só
posso usar se for taquicardia, se for
bradicardia irei errar
o OBS: normalmente o eletro tem 10
segundos. Então, posso contar a
quantidade de complexos QRS em uma
determinada linha e multiplicar por 6
o Em eletros com frequências baixas
(bradicardia), o ideal é contar o eletro todo
e multiplicar por 6 (olhar eletro B9)
 Como saber se o ritmo é regular? No ECG no
papel eu pego um papel e marco um intervalo
RR com dois pontos, depois coloco em outros
intervalos RR para ver se é o mesmo
 Mulher, usuária de anticoncepcional, atendida
na emergência com dispneia de início súbito.
O diagnóstico provável é tromboembolismo
pulmonar
 Pacientes que praticam esportes muito
rigorosos (atletas de alto condicionamento
físico) possuem uma bradicardia sinusal, os
batimentos são baixos, tipo 30BPM
 Mulher com antecedente de hipotireoidismo,
parou de tomar hormônio tireoidiano por conta
própria, dá entrada no PS com hipotensão e
hipotermia 12 dias após cateterismo coronário
o Quando o paciente tem hipo ou
hipertireoidismo e é dado um contraste
iodado para ele, se o hipo ou
hipertireoidismo estiver descontrolado,
ocorrerá uma exacerbação aguda do
problema tireoidiano, seja hipo ou hiper
o Nesse caso, a paciente tem
hipotireoidismo, mas não é controlado
porque a paciente não está tomando o
hormônio
o Para fazer o cateterismo ela recebe o
contraste iodado, o que causa uma
exacerbação aguda do hipotireoidismo
o No caso dessa paciente ela apresenta um
coma mixedematoso que é definido como
uma forma de hipotireoidismo muito
severo, que ocasiona decréscimo da
consciência, hipotermia e outros sintomas
relacionados à diminuição da função
tireoidiana, afetando múltiplos órgãos
o Paciente com choque e bradicardia tenho
que pensar em problema tireoidiano
 Bradicardia = ritmo cardíaco irregular ou lento,
normalmente com menos de 60BPM