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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE GESTÃO DE RECURSOS FLORESTAIS E


FAUNÍSTICOS

Licenciatura em Contabilidade e Auditoria, 3º Ano

GESTÃO FINANCEIRA I

TRABALHO EM GRUPO

TEMA: Valor das Ações


Discentes:
Emelda Edgar Namalué
Marta Silvia Ismael
Stélio Vicente Bernardo Docente:
Dr. Saide Mirasse

Lichinga, Março de 2023


TEMA: Valor das Ações

Discentes:

Emelda Edgar Namalué

Marta Silvia Ismael

Stélio Vicente Bernardo

Docente:

Dr. Saide Mirasse

Lichinga, Março de 2023


Índice
I. Introdução............................................................................................................................1

1.1.1. Objetivos......................................................................................................................1

1.2. Objetivo geral...................................................................................................................1

1.3. Objetivos específicos.......................................................................................................1

1.4. Metodologia.....................................................................................................................1

Capital próprio............................................................................................................................2

Capital de Terceiros....................................................................................................................2

II. Diferença entre o capital próprio e o capital de terceiros................................................2

III. ações ordinárias................................................................................................................3

3.1.1. As ações preferenciais..................................................................................................3

IV. Avaliação das ações ordinárias........................................................................................4

4.1.1. Conceitos fundamentais...............................................................................................4

V. Tomada de decisão e valor das ações ordinárias.............................................................5

5.1.1. Indicadores de análise de ações....................................................................................5

5.2. Lucro por ação.................................................................................................................5

5.3. Índice preço / lucro..........................................................................................................6

5.4. Valor patrimonial da ação VPA.......................................................................................6

5.5. Calculo do Valor da Ação................................................................................................6

5.6. O valor teórico de uma ação............................................................................................7

5.7. Valor das Ações...............................................................................................................7

5.8. Quando ocorrer várias distribuições de dividendos ao longo do período de aplicação,


temos:8

VI. Conclusão.........................................................................................................................9

VII. Referencias bibliográficas..............................................................................................10


I. Introdução
O presente trabalho aborda um tema que diz respeito a valor das ações que será desenvolvido
por meio de alguns pontos relacionados com o capital próprio assim como o capital de
terceiros, o próprio tem a ver com o patrimônio líquido, ou seja, como o nome sugere sua
origem está na própria atividade econômica e pode ser avaliado pelos lucros, por exemplo.
Em outras palavras: são os recursos que provém dos proprietários ou de sócios e acionistas, já
o capital de terceiros esta relacionado com o passivo real ou passivo exigível (obrigações da
empresa com terceiros) e representa, também como o nome implica, todos os investimentos
feitos por meio de recursos de entidades externas.

I.1.1. Objetivos

I.2. Objetivo geral


O objetivo geral do presente trabalho é de generalizar e observar trazendo meios necessários
para compreensão do tema em debate.

I.3. Objetivos específicos


Encontrar a diferença entre capital próprio e de terceiros;
Conceituar as ações ordinárias;
Trazer alguns exemplos relativo ao valor das ações.

I.4. Metodologia
Para a elaboração deste trabalho, seguimos os preceitos do estudo exploratório, por meio de
uma pesquisa bibliográfica, que de acordo com Gil (2008), “é desenvolvida a partir de
material já elaborado, constituído de livros e artigos científicos” (p.50).

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Capital próprio
Renata F. Camargo (2016), “afirma que capital próprio tem a ver com o patrimônio líquido
(PL), ou seja, como o nome sugere sua origem está na própria atividade econômica e pode ser
avaliado pelos lucros, por exemplo. Em outras palavras: são os recursos que provém dos
proprietários (ou de sócios e acionistas)”.

Capital de Terceiros 
Ainda Renata F. Camargo (2016) “está relacionado com o passivo real ou passivo exigível
(obrigações da empresa com terceiros) e representa, também como o nome implica, todos os
investimentos feitos por meio de recursos de entidades externas”.

Capital de terceiros, ou capital alheio, inclui os recursos externos que empresas buscam para
financiar suas atividades, a partir de entidades terceiras.

Na contabilidade o capital de terceiros é formado por todo o Passivo Exigível. Estes valores
constituem as obrigações adquiridas por meio de contratos a crédito e que são reembolsadas
aos credores depois de um tempo.

Um dos exemplos mais comuns nesse caso são os financiamentos e empréstimos, sejam de
curto, médio ou longo prazo. O fluxo de caixa neste caso é contratual, representado pela
obrigatoriedade do pagamento de encargos contratuais.

II. Diferença entre o capital próprio e o capital de terceiros


Por enfrentarem diversas limitações impostas pelo uso exclusivo do capital próprio é que as
companhias (em especial às equipes ligadas à gestão financeira e a contabilidade) passaram a
conceber um modelo em que ambos os recursos sejam equilibrados, e foi por isso que surgiu
a estrutura de capital.

Segundo Alexandre (2020), “capital próprio é composto por sócios e acionistas da empresa
além do próprio saldo positivo de suas operações, o capital de terceiros tem origem nos
bancos e nos fornecedores, que emprestam dinheiro através de empréstimos, financiamentos
e outras dívidas”.

O que diferencia eles são as obrigações que gera para o tomador, enquanto na primeira, os
investidores recebem como uma divisão de lucros e na segunda o pagamento não depende do
desempenho empresarial e deve ser feita com juros.

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III. ações ordinárias

As ações são os títulos que representam o capital social de uma sociedade anônima de capital
aberto ou fechado. Cada ação é uma pequena fração do capital social que atribui ao seu
detentor a condição de acionista.

As ações constituem parte do capital de uma empresa, de modo que o detentor de uma Acão é
proprietário de uma parte dessa empresa. Sendo as ações transacionadas em bolsa, importa,
pois, avaliar qual devera ser o respetivo preço de compra ou de venda. Neste capitulo são
apresentados alguns modelos de determinação do preço de equilíbrio das ações, tendo em conta
diversas hipóteses quanto a evolução futura dos dividendos (António Afonso & Teresa Garcia,
2004, p.191).

Victor Basile (2023), afirma que as ações ordinárias (ON) são aquelas que dão ao investidor
o direito de votar em eleições empresariais e assembleias. Portanto, a ON permite que o
investidor participe de decisões da empresa.

Contudo, é fundamental entender que a participação do acionista na tomada de decisões que


impactam o rumo do negócio depende diretamente da quantidade de ações que ele possui.
Sendo assim, se ele faz a compra de uma quantidade pequena de ativos, naturalmente a sua
opinião e o seu voto não terão tanto potencial sobre o rumo da empresa. Além disso, ao
investir em ON há um risco maior já que os acionistas que adquirem esse tipo de ação são os
últimos a serem ressarcidos caso ocorra a falência do negócio.

As ações ordinárias são, por definição, ações que concedem a completude dos direitos em
uma sociedade anônima, sem restrições e, que alterou a Lei das Sociedades por Ações, tais
ações passaram a comportar subdivisões em uma ou mais classes, o que antes era vedado.
Tais ações, em regra, atribuem os direitos padrões ao acionista, descabendo a declaração de
suas prerrogativas no estatuto da companhia, uma vez que decorrem naturalmente da Lei. No
entanto, as ações ordinárias poderão ter classes diversas para, inclusive, atribuir o voto plural
a uma ou mais classes de ações ordinárias.

No entanto, nem tudo é desvantagem, pois os investidores que têm ON contam com o direito
ao tag along. Isso garante que seja possível vender a ação por até 80% do preço pelos
controladores em uma situação de venda da empresa.

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Logo, isso significa que se a empresa mudar de direção e o investidor não quiser mais
participar do novo rumo, ele pode fazer a venda dos seus papéis de forma vantajosa.

III.1.1.As ações preferenciais

As ações preferenciais são aquelas que dão aos investidores a preferência no recebimento de
dividendos. Contudo, diferente das ações ordinárias, a PN não dá direito a participação e voto
nas assembleias da empresa. Ao fazer a compra de ações preferenciais, em caso de falência ou
liquidação da empresa, os acionistas contam com a preferência no reembolso do capital. Além
disso, outro detalhe importante das ações preferenciais é que elas são as mais negociadas
na Bolsa de Valores. Portanto, isso faz com que elas contem com uma maior liquidez e o risco
assim pode ser menor (Renata F. Camargo, 2016)).

as ações preferenciais, ao contrário das ordinárias, são sempre diferentes entre si. A ideia é
que cada classe de preferencial concedam direitos distintos, sempre respeitando os termos da
Lei das Sociedades por Ações, sobretudo, que são os direitos mínimos a serem concedidos a
tais ações, quais sejam:

(i) a prioridade na distribuição de dividendo, fixo ou mínimo;


(ii) prioridade no reembolso do capital, com prêmio ou sem ele; ou
(iii) na acumulação das preferências e vantagens dos itens. Todavia, vale dizer que é
meramente exemplificativo, posto que as preferências ou vantagens previstas pelo
artigo de lei não são exaustivas, sendo possível o estatuto social prever outras
vantagens e preferências a tais ações, sempre respeitando os limites da Lei.

IV. Avaliação das ações ordinárias

IV.1.1. Conceitos fundamentais


De acorodo com Vicente S. (2020), “Dividendos representam parte dos resultados líquidos de
uma empresa apurados em determinado exercício e distribuídos em dinheiro aos acionistas.
São pagos proporcionalmente à quantidade de ações de cada investidor”.

Juros sobre o capital próprio: a legislação permite que as empresas optem por remunerar , até
certo limite, os acionistas pelo pagamento de juros sobre o capital próprio, em vez de
distribuir dividendos . Os juros podem ser lançados como dedutíveis para calculo do imposto
de renda.

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• Valorização: equivale ao ganho de capital que um acionista pode ter pela elevação
dos preços das ações em seu poder;

• Bonificação: podem ser em ações ou em dinheiro. Quando uma empresa decide


elevar o capital social incorporando reservas patrimoniais pode emitir novas ações
distribuidas gratuitamente aos seus acionistas na proporção existente. Ou pode
distribuir parcela adicional dos lucros alem dos dividendos.

Direito a subscrição: é o direito que tem todo acionista de adquirir aumentos de capital na
proporção das ações que possui. Como não é obrigado a fazer isso o acionista pode
negociar esse direito no mercado.

Toda aplicação em ações equivale a um problema de fluxo de caixa - exemplo

• Um investidor adquire uma ação por R$ 38,00 e a vende , 6 meses depois por
R$41,20. Alem disso recebe R$ 0,40 em dividendo. Com isso ganha ;

• R$ 41,20 – R$ 38,00 = R$ 3,20 ganho de capital


+R$ 0,40 dividendos
R$ 3,60 rendimento total

V. Tomada de decisão e valor das ações ordinárias

V.1.1. Indicadores de análise de ações


• Os indicadores de análise de ações procuram verificar o reflexo do desempenho da
empresa sobre o valor de mercado das suas ações;
• São importantes para tomada de decisão financeira.

V.2. Lucro por ação


O lucro por ação (LPA) é o resultado líquido (após imposto de renda) obtido por cada ação
supondo a distribuição integral do lucro aos acionistas.

LPA = Lucro Líquido .


número de ações emitidas
Não significa que cada ação irá receber esse LPA, pois o valor de distribuição é definido por
política da empresa.

exemplo

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Uma empresa apurou no final do exercicio de 2009 um lucro líquido de R$ 21.246.000,00 e
possuía nesse mesmo ano 7.200.000 ações em circulação. Qual o LPA correspondente?

LPA = R$ 21.246.000 / 7.200.000

LPA = R$ 2,95

V.3. Índice preço / lucro


Indica o numero de exercícios sociais que um investidor levaria para recuperar o capital
investido na ação.

P/L = preço de mercado da ação


LPA
Esse indicador não leva em consideração o risco ao longo do tempo.

Exemplo

Uma empresa apurou no ultimo pregão da bolsa de valores de 2009 um lucro por ação de R$
6,0 0 e a cotação de fechamento de suas ações foi de R$ 54,00 por ação.

Calcular o P / L

P/ L = 54,00 / 6,00 = 9 .

Assim o investidor deveria esperar 9 anos para recuperar seu investimento.

V.4. Valor patrimonial da ação VPA


Representa todos os recursos dos acionistas (recursos próprios) que estão investidos na
empresa dividido pelo numero total de ações.

VPA = patrimônio líquido


numero de ações emitidas
patrimônio líquido é a diferença entre total de ativos e o montante de dívidas exigíveis.

Exemplo

No ultimo semestre a empresa apresentou um patrimônio líquido de R$ 100 milhões. Nesse


tempo estavam em circulação 10 milhões de ações .

Calcular o valor por ação

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VPA = R$ 100.000.000 / 10.000.000 = R$10,00

V.5. Calculo do Valor da Ação


A descoberta do valor justo, teórico, das ações é o nosso objetivo. Se baseia em três aspectos
principais:

• Desempenho no passado – da empresa e do mercado;


• Conjuntura econômica atual – ex taxa de juros, cenário internacional;
• Percepção do investidor – quanto ao mercado e o risco que quer assumir.

V.6. O valor teórico de uma ação


É o preço máximo que um investidor estria disposto a pagar para comprar a ação, de acordo
com os dividendos a serem recebido e a projeção do valor da ação no mercado futuro, isto é,
de acordo com a taxa de retorno mínima exigida.

investimento com duração indeterminada

• Chamando de K o retorno mínimo exigido pelo investidor tem-se

valor teórico = LPA / K

exemplo

Uma empresa projeta um lucro por ação de $0,50 indefinidamente.

Se o investidor deseja um retorno mínimo de 10 % calcule o valor teórico da ação para esse
investidor

Valor teórico = 0,50 / 0,10 = $ 5,00 por ação.

V.7. Valor das Ações


Critério do fluxo de caixa descontado

Dn Pn
P0 = n
+
( 1+ k ) (1+ k ) n

P0 = valor de aquisição de ação;

Dn = dividendo recebido ao final do período;

Pn = preço de venda previsto da ação;

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k= taxa de desconto que representa o retorno requerido na aplicação.

Exemplo:

Uma ação foi adquirida, no início de um ano, por $ 2,20,

sendo vendida ao final desse mesmo período por $ 2,50,

após ter o investidor recebido $ 0,15 sob a forma de dividendos.

O retorno (k) produzido por essa aplicação atinge:

2,50 0,15
2, 20  
1  k 1 k

k  20,5% a.a.

V.8. Quando ocorrer várias distribuições de dividendos ao longo do período de


aplicação, temos:
n
Dt Pn
P0 =∑ t
+
t =1 ( 1+ k ) ( 1+k )n

P0 = valor de aquisição de ação;

Dt = dividendos recebidos ao final do período;

Pn = preço de venda previsto da ação;

k= taxa de desconto que representa o retorno requerido na aplicação.

Exemplo

Um investidor estimou em $ 0,30 e $ 0,50 os dividendos por ação a serem distribuídos ao


final de cada um dos próximos dois anos. Admitindo-se que o valor previsto de venda ao
final do segundo ano seja de $ 6,90 por ação, o preço máximo a ser pago por essa ação hoje,
ao fixar-se em 20% a.a. a rentabilidade mínima desejada, será:

$ 0 , 30 $ 0 , 50 $ 6 , 90
P0 = + + =$ 5 , 40 / Ação
1 ,20 1 , 202 1 , 202

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VI. Conclusão
Em gesto de conclusão digamos que possível alcançar os objetivos traçados inicialmente e
dizer que as ações são os títulos que representam o capital social de uma sociedade anônima
de capital aberto ou fechado. Cada ação é uma pequena fração do capital social que atribui ao
seu detentor a condição de acionista. As ações concedem aos seus titulares a condição de
acionistas da companhia, criando, assim, direitos e deveres perante a companhia.

As ações ordinárias atribuem os direitos padrões ao acionista, descabendo a declaração de


suas prerrogativas no estatuto da companhia, uma vez que decorrem naturalmente da Lei. No
entanto, as ações ordinárias poderão ter classes diversas para, inclusive, atribuir o voto plural
a uma ou mais classes de ações ordinárias.

Isso cria um impasse sempre que um único acionista decidir obstaculizar a proposta de
alteração e não exista, por exemplo, um acordo de acionistas que possua cláusulas de
resolução de impasses entre acionistas. Já as ações preferenciais, ao contrário das ordinárias,
são sempre diferentes entre si. A ideia é que cada classe de preferencial concedam direitos
distintos, sempre respeitando os termos da Lei das Sociedades por ações.

Dessa forma, cada sociedade anônima pode possuir uma estrutura societária totalmente
distinta da outra, a depender dos direitos conferidos às ações ordinárias e preferenciais, sendo
certo que é necessário estar atento as diferenças de cada espécie de ação, bem como as
atualizações que são realizadas na legislação para a utilização das referidas ações.

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VII. Referencias bibliográficas

Afonso. A., Barros. Carlos., calado. J. & Relvas. Teresa. (2004). Introdução a economia
financeira, avaliação das ações. Lisboa, Portugal: Escolar Editora.

Carrijo Wesley (2020), jornal contábil. Capital Próprio e Capital de Terceiros recuperado
em:

https://www.jornalcontabil.com.br/capital-proprio-e-capital-de-terceiros-entenda-a-
diferenca/

Camargo. Renata. F. (2016). Treasy, Custo de Capital. Recuperado em:

https://www.treasy.com.br/blog/custo-de-capital-capital-proprio-x-capital-de-terceiros/

Basile Victor .(2023). As Ações Ordinárias E Preferenciais. Recuperado em:

https://pt.linkedin.com/pulse/descubra-o-que-s%C3%A3o-a%C3%A7%C3%B5es-
ordin%C3%A1rias-e-preferenciais-victor-basile

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