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2. No mesmo texto, a autora se refere a alguns mitos que levam a uma leitura
tendenciosa do fenômeno da deficiência. Descreva-os e aponte as implicações dos
mesmos.
O termo Generalização indevida refere-se à transformação da totalidade da pessoa com
deficiência na própria condição de deficiência, na ineficiência global. Ou seja, o indivíduo
não é nada além de sua deficiência. Como exemplo temos o depoimento de Chevigny (1946),
autor francês que, ao ficar cego, viu-se ser tratado também como uma pessoa com deficiência
auditiva.
A correlação linear é a lógica do “se”, onde existe a crença de que uma atividade é boa para
um PCD então vai ser boa para todos, mesmo que as deficiências sejam diferentes ou possua
graus diferentes.
Também temos o mito do contágio osmótico, que é o medo de ser contaminado pelo convívio
com a pessoa com deficiência, como se a condição pudesse ser adquirida através do contato.
3. Qual a implicância da utilização de estereótipos acerca das pessoas com
deficiência?
Estereótipo é a concretização/personificação do preconceito, cria-se um tipo fixo e imutável
que caracteriza o objeto em questão. Quando se trata da deficiência também é possível
encontrar estereótipos particularizados em relação aos tipos de deficiência. Por isso, as
pessoas com deficiência podem ser encaixadas em três tipos:
Herói: aquele que supera todos os obstáculos, ultrapassa todas as barreiras, é “bom”
(corporificação do bem).
Vilão: aquele que é desestruturador, destrutivo, “o mau”.
Vítima: o impotente, coitadinho.
4. “(...) reconhecer a diferença significativa do outro nos causa profundo mal estar,
tensão e ansiedade, uma das possibilidades é o acionamento dos mecanismos de
defesa.” Fale sobre como esses mecanismos se inserem na questão das atitudes
acerca das pessoas com deficiência.
Ao entrar em contato com a diferença pode-se acionar o mecanismo de defesa da negação,
que pode revestir-se de roupagens específicas como a compensação, simulação e atenuação.
O famoso “mas” que vem para compensar a condição da pessoa com deficiência. Negamos
uma característica que consideramos genuína e contrapomos a um atributo desejável.
11. Por que a Declaração de Salamanca pode ser considerada inovadora para a
Educação Especial?
Ela define que toda criança tem direito fundamental à educação e lhe deve ser dada a
oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem. Também incluiu não só
crianças com deficiência, mas também crianças de alta habilidades, baixa renda e até crianças
em situação de rua.
12. Como a Declaração de Salamanca ampliou o conceito de necessidades
educacionais especiais?
O conceito de “necessidades educacionais especiais” passará a incluir, além das crianças
portadoras de deficiências, aquelas que estejam experimentando dificuldades temporárias ou
permanentes na escola, as que estejam repetindo continuamente os anos escolares, as que
sejam forçadas a trabalhar, as que vivem nas ruas, as que moram distantes de quaisquer
escolas, as que vivem em condições de extrema pobreza ou que sejam desnutridas, as que
sejam vítimas de guerra ou conflitos armados, as que sofrem de abusos contínuos físicos,
emocionais e sexuais, ou as que simplesmente estão fora da escola, por qualquer motivo que
seja.” Orienta para a existência de um sistema único, que seja capaz de prover educação para
todos os alunos, por mais especial que este possa ser ou estar.
13. Quem ou quais categorias foram colocadas como necessidades especiais, além
das crianças ‘portadoras’ de deficiências?
Incluiu não só crianças com deficiência, mas também crianças de alta habilidades, baixa
renda e até crianças em situação de rua.
15. Com base na Declaração de Salamanca, não é mais o aluno que deve se adaptar à
escola. Então, o que cabe à escola?
A escola enquanto espaço físico, precisa ser adaptada para receber os alunos com
necessidades educacionais especiais, da mesma forma, toda equipe diretiva, os docentes e os
próprios alunos com e sem deficiência precisam ser conscientizados de que as diferenças são
positivas e as barreiras do preconceito precisam ser desfeitas em prol de uma educação
inclusiva de qualidade para todos.
16. O que a Declaração de Salamanca traz sobre a estrutura e ação em educação
especial?
Tem como objetivo principal informar sobre politicas e guias para ações governamentais. Ela
atende a organizações internacionais ou agências nacionais de auxilio, organizações não
governamentais e outras instituições na implementação das diretrizes propostas na
Declaração de Salamanca. Os principios orientados dessa estrutura são que qualquer pessoa
com deficiência tem o direito de expressar seus desejos com relação à sua educação, de
acordo com as possibilidades de estes serem realizados.
17. Como deve ser o currículo, conforme a Declaração de Salamanca?
O currículo deveria ser adaptado às necessidades das crianças, e não contrario. As escolas
deveriam, portanto, prover oportunidades curriculares que fossem apropriadas a crianças com
habilidades e interesses diferentes.