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Bananeira - Wikipédia, A Enciclopédia Livre
Bananeira - Wikipédia, A Enciclopédia Livre
género de plantas
Musa velutina
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Subclasse: Zingiberidae
Ordem: Zingiberales
Família: Musaceae
Género: Musa
Regiões de origem das duas principais espécies de bananeira, Musa acuminata, em verde, e M. balbisiana, em laranja.
Taxonomia e nomenclatura
Isto significa que a separação tradicional das secções não é reflexo da realidade biológica.
Os estudos de Wong defendem, contudo, que se deva manter a sepração entre as espécies
de 20 e 22 cromossomas, mantendo a secção de 14 cromossomas como grupo distinto
Uma compilação dos nomes das espécies, subespécies, híbridos, variedades, assim como
de nomes vulgares utilizados em várias línguas, é mantida na Universidade de Melbourne,
Australia, [5] demonstrando que os nomes vulgares são apenas locais e não correspondem a
espécies, nem a cultivares reconhecidos.
Bananas comestíveis
Desde a época de Linnaeus até a década de 1940, tipos diferentes de bananas comestíveis e
de bananas-da-terra receberam a sua designação segundo a nomenclatura binomial, como
Musa cavendishii, como se fossem espécies distintas. De facto, as bananas comestíveis têm
uma origem extremamente complicada, que envolve a hibridação, mutação e, finalmente, a
selecção pelo Homem. Assim, como estas variedades híbridas complexas receberam nomes
científicos, a confusão está instalada em tudo o que diz respeito à botânica das bananas. Na
década de 1940 e de 1950 tornou-se claro que as bananas cultivadas e as bananas-da-terra
não deveriam receber nomes científicos de acordo com a convenção da nomenclatura
binomial, sendo mais prudente utilizar nomes de cultivares. Assim, um sistema alternativo,
baseado no genoma, foi criado para a secção das bananas Musa.
Bananal
Como já foi referido acima, o principal grupo de bananas comestíveis derivam de Musa
acuminata e Musa balbisiana. Como exemplo da aplicação do sistema de nomenclatura
baseada no genoma, a planta antes designada como Musa cavendishii tornou-se Musa
(grupo AAA) 'Cavendish anã'. O "novo" nome mostra, de forma clara, que a 'Cavendish anã' é
triplóide, com três grupos de cromossomas, todos derivados de Musa acuminata, agora
designada pelo "A". Quando nos referimos a Musa balbisiana utilizamos a letra "B" para o
mesmo efeito. Assim, a cultivar 'Rajapuri' passa a ser designada como Musa (grupo AAB)
'Rajapuri'. 'Rajapuri' é, portanto, triplóide, com dois grupos de cromossomas de Musa
acuminata e um de Musa balbisiana. Nas bananas comestíveis, podemos encontrar
combinações de genoma como AA, BB, ABB, BBB e mesmo AAAB.
Não foi criado um sistema de nomenclatura semelhante para o grupo seguinte de bananas
comestíveis derivadas da secção Callimusa. Contudo, este grupo é conhecido geralmente
como bananas "Fe'i" ou "Fehi", existindo numerosas cultivares deste grupo na região do
pacífico Sul. São plantas com características muito distintas com frutos em cachos
ascendentes - como se pode ver em três pinturas de Paul Gauguin. A polpa deve ser
cozinhada antes de ser consumida, tem uma cor alaranjada brilhante - quando consumida,
modifica a cor da urina de quem a ingere. As bananas Fe'i já não têm actualmente grande
importância na alimentação humana, ainda que algumas tenham o seu papel em
determinados rituais. É provável que as bananas Fe'i bananas derivem principalmente de
Musa maclayi ainda que as suas origens não estejam tão bem esclarecidas como as da
secção Musa. As cultivares podem ser designadas, formalmente, por exemplo, como Musa
(grupo Fe'i) 'Utafun'.
Cultivo
Enquanto que as bananeiras originais produziam frutos com grandes sementes, as que são
utilizadas após selecção para a produção alimentar humana são cultivares triplóides (logo,
produzem frutos sem sementes formados por partenogénese). Estas, propagam-se
assexuadamente a partir de brotos ou rebentos que nascem das socas da planta. As socas
são obtidas a partir da remoção cuidadosa de uma parte do caule subterrâneo que contenha
algum rebento e algumas raízes intactas, geralmente na base do pseudocaule. De seu
pseudocaule/tronco é extraído palmito da bananeira.[6] Um só rizoma pode dar origem a
vários rebentos (vulgarmente designados como filhos ou filhotes). Para que frutifiquem em
condições, contudo, é necessário que alguns sejam suprimidos - caso contrário competirão
entre si pelos recursos da planta (água e sais minerais). O escapo floral forma-se 5 a 8
meses após a formação dos brotos. Como a "bananeira" é cortada após a colheita do cacho,
deve-se ter especial cuidado, nesta operação, para não danificar os brotos mais jovens.A
banana é cultivada dentro de um balde de água.
Doenças
Ainda que não esteja propriamente em perigo de extinção, é possível que a cultivar cavendish
se torne inviável para cultivo a larga escala nos próximos 10 a 20 anos. A cultivar Banana
Gros Michel, que a precedeu no monopólio do comércio mundial sofreu o mesmo destino.
Apesar da sua popularidade nos mercados europeus e americanos, a Cavendish, tal como a
maioria das bananas, não apresenta qualquer diversidade genética (já que se reproduz
assexuadamente), o que a torna particularmente vulnerável a doenças que ameaçam, de
igual forma, a agricultura de subsistência. As principais doenças são:
Os cachos de bananas são, por vezes, envoltos em sacos protectores de plástico, cuja acção preventiva pode ser
complementada ou não com o uso de pesticidas
Doenças fúngicas
As doenças provocadas por fungos estão entre as que mais danos causam na cultura da
bananeira. Muitos entranham-se na planta, absorvidos juntamente com a água da seiva
bruta, infectando o pseudocaule e as folhas. Os seus efeitos nefastos podem resultam em
perdas de 100 por cento nas colheitas. A propagação destas doenças está, em muitos
casos, relacionada com o comércio global de bananas. Os próprios trabalhadores ajudam à
dispersão dos fungos nos utensílios usados na lavoura ou mesmo nas roupas. Os meios de
controle, adaptados a cada caso, incluem a utilização de variedades cultivares resistentes, a
eliminação de partes atacadas pelos fungos (folhas, flores etc.), de acordo com os sintomas
apresentados pela planta, utilização de fungicidas (com moderação, já que a resistência dos
patógenos tem aumentado), controlo de plantas daninhas e nematóides, protecção dos
cachos com polietileno perfurado, entre outras medidas.
Mal-do-panamá - ou fusariose.
Sigatoka-amarela
Sigatoka-negra
Mancha-de-cladosporium
Mancha-de-cordana
Ponta-de-charuto
Podridão-da-coroa
Doenças bacterianas
As doenças, provocadas por bactérias devem, acima de tudo, ser combatidas através da
prevenção, evitando que se propaguem, quer em utensílios (desinfectando-os
convenientemente), quer através de insectos onde as bactérias se hospedam. As principais
doenças deste género são:
Murcha-bacteriana (Moko)
Podridão-mole
Inspecção de bananeiras para prevenir a propagação de moscas, que se contam entre os vectores de bactérias
nocivos à cultura da bananeira
Viroses
Os vírus, geralmente transmitidos por insectos hospedeiros, como os afídios, podem, por
vezes, estarem relacionados com outras culturas de vegetais onde estes são infectados. As
doenças virais mais representativas são:
Estrias da bananeira
Mosaico
Nematóides
Nematóide cavernícola
Nematóide espiralado
Meloidoginose
Pragas
Contamos entre as principais pragas que atacam as bananeiras:
Broca-do-rizoma
Tripes
Lagartas desfolhadoras
Pulgão-da-bananeira
Ácaros de teia
Barata-da-bananeira
Tipos de Banana
Seção Ingentimusa
M. ingens N.W.Simmonds
Seção indeterminada
M. celebica Warb. ex K.Schum. M. sakaiana Meekiong et al.
Classificação do gênero
Referências
Wong, S., Kiew, R., Argent, G., Set, O., Lee, S. K., and Gan, Y. Y., "Assessment of the Validity of
the Sections in Musa (Musaceae) using ALFP." Annals of Botany 90 (2) : 231 - 238 (2002).
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Última modificação há 5 meses por Minzirévidi