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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Características da moral em relação liberdade do Homem na Sociedade

Graciete Vasco alfredo

Cod. 708204004

Curso: Português
Disciplina: Ética Social
Ano de Frequência: 3º Ano
Docente: Carlitos Victorino Mugawanha

Quelimane, Abril de 2022


Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
1. Introdução..........................................................................................................................................3

1.1. Objectivos.......................................................................................................................................4

1.1.1. Geral............................................................................................................................................4

1.1.2. Específicos...................................................................................................................................4

1.1.3. Metodologia.................................................................................................................................4

2. Características da moral em relação liberdade do homem na sociedade...........................................5

2.1. A moral do homem na sociedade....................................................................................................5

2.2. Liberdade humana..........................................................................................................................5

2.3. Liberdade como fundamento do homem na sociedade...................................................................6

3. Formas de liberdade do homem na sociedade...................................................................................7

3.1. Justiça e o Dever do homem na sociedade.....................................................................................7

4. Dever como fundamento da liberdade...............................................................................................8

5. Conclusão..........................................................................................................................................9

6. Referências Bibliograficas...............................................................................................................10
1. Introdução
O presente trabalho aborda sobre as características da moral em relação liberdade do homem na
sociedade, sendo assim, a moral e a liberdade são regras sociais que regulam o comportamento do
Homem em sociedade, definindo um conceito de comportamento que é certo e o que não se
enquadra neste comportamento é tido como errado.  Se observarmos os fatos que acontecem na
sociedade, desde os primórdios, é possível enxergarmos que existem regras sociais que se cumprem
de maneira espontânea, como por exemplo, ser bom e honesto. Tais comportamentos são cumpridos
sem a necessidade de ninguém nos forçar para agir dessa maneira, é o mundo de conduta espontânea,
onde estas regras sociais são cumpridas, muitas das vezes, sem nem percebermos, este é o campo de
atribuição da moral.

Já por outro lado, existem regras sociais que o homem em sociedade só cumpre de forma obrigatória
ou forçada, este é o campo de atribuição do direito ou liberdade de acção, regra social que tem como
sua essência a coercibilidade, visando regular o homem em sociedade de forma adequada, tendo a
figura do Estado como regulador dessas regras de organização, onde, em não sendo cumpridas tais
regras, o homem será forçado a cumpri-las e se enquadrar nesses ditames.

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1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Descrever as características da moral em relação liberdade do homem na sociedade
1.1.2. Específicos
 Mencionar a moral do homem na sociedade;
 Descrever a liberdade humana;
 Abordar sobre a liberdade como fundamento do homem na sociedade.

1.1.3. Metodologia
De salientar que para elaboração do trabalho, a autora recorreu a metodologia de consulta de
algumas obras bibliográficas que versam sobre o tema nelas inclinadas e que tais obras estão
referenciadas na lista bibliográfica. Como se não bastasse, tratando-se dum trabalho científico,
importa salientar que está organizado textualmente da seguinte maneira: a introdução,
desenvolvimento e conclusão.

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2. Características da moral em relação liberdade do homem na sociedade
2.1. A moral do homem na sociedade
Primeiramente quando se fala em moral está justamente se referindo a um sistema de regras e sua
efetivação no mundo prático, porque segundo Piaget (1994, p.23) “toda moral consiste num sistema
de regras, e a essência de toda moralidade deve ser procurada no respeito que o indivíduo adquire
por essas regras”. A moral é basicamente o bem agir humano, o que determina as escolhas que o ser
humano realiza entre fazer ou não uma determinada ação. Por isso, a moral está totalmente ligada ao
mundo prático.

Desde o surgimento do homem ele vem sofrendo influência seja do ambiente em que vive e também
o influência através dos seus comportamentos e atitudes que a cada momento e modificado; o
mesmo convive e organiza-se em sociedade, com essa conduta acaba formando conjunto de práticas
ou regras que o ajudam na relação com o meio e com o seu semelhante.

A moral é um conjunto de normas, aceitas livre e conscientemente, que regulam o comportamento


individual e social dos homens. (Vazquez, 2003, P. 63). Tanto a liberdade quanto a moral são
responsáveis por construir os alicerces que vão nortear a conduta do homem, definindo seu caráter e
virtudes, e ensinar como ele poderá se comportar em sociedade.

Logo, a moral possui um caráter social que envolve comportamento moral dos indivíduos e grupos
sociais, cujos atos têm caráter coletivo, porém livre e consciente. Mesmos os atos sendo individuais
de uma forma ou de outra acaba afetando alguém, e por isso se torna objeto de reprovação ou
aprovação.

Segundo Vázquez (2003, p. 69) “a função social da moral consiste na regulamentação das relações
entre os homens (entre os indivíduos e entre o individuo e a comunidade) para contribuir assim no
sentido de manter e garantir uma determinada ordem social”. É na interação e relação interpessoal
que a moral se forma e se estabelece, sendo assim, não há moral sem o outro. O tema da moral
impõe não somente uma, mas várias dificuldades de estudo e sistematização.

2.2. Liberdade humana


Portanto, Reale (2000), o ser humano possui a consciência moral, isto é, a faculdade de observar a
própria conduta de formular juízos sobre os atos passados, presentes e as intenções futuras. E ,após

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julgar , o homem tem condições de escolher , dentre as circunstâncias possíveis, seu próprio caminho
na vida.

segundo Carnelutti (2000), a liberdade, no entanto, não como uma propriedade humana, nem como
uma possibilidade de ser exercida ou não - não é uma das características humanas ser ou poder ser
livre, “ser humano é ser liberdade”. O que é mais propício ao homem é ser esse nada de
determinação que se revela como liberdade, no sentido de que nada o força, o obriga ou o determina
a ser de um modo ou de outro específico, dessa ou daquela maneira necessariamente.

2.3. Liberdade como fundamento do homem na sociedade


Apesar de todos os condicionalismos, o Homem é um ser livre, pois, em última instancia, é sempre
ele quem decide agir ou não. Sendo livre, toma decisões que tem como objectivo responder a sua
necessidade de realização pessoal, em conformidade com o seu próprio projecto de vida (liberdade
para). (Câmara 2012).

O homem pode escolher agir de acordo com as normas impostas pela sociedade, leis jurídicas
normais culturais, etc, e ainda pelas normas e valores interiorizados pela sua consciência. Assim, o
Homem age de acordo com a sua consciência perante outras responsabilidades e se torna um sujeito
ético-moral e a sua acção é moral. (Câmara 2012).

Define-se a responsabilidade moral é uma característica em virtude da qual a pessoa responde pelos
seus actos perante aos outros e perante o si mesmo, reconhecendo-os como seus e assumindo as suas
responsabilidades. A acção humana é a manifestação de urna vontade livre e, portanto, consciente
dos seus actos. Este pressuposto implica que o sujeito não ignore a intenção os motivos e as
circunstancias, assim como as consequências da própria acção, algo que está longe de ser sempre
satisfeito. (Câmara 2012).

Para Guimarães (2009), a liberdade, designa de uma maneira negativa, a ausência de submissão, de
servidão e de determinação, isto é, ela qualifica a independência do ser humano. De maneira positiva,
liberdade é a autonomia e a espontaneidade de um sujeito racional. Isto é, ela qualifica e constitui a
condição dos comportamentos humanos voluntários.

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Todo acto moralmente responsável exige as seguintes condições:
 Imputabilidade – Só é responsável por um determinado acto, aquele a quem é atribuída a
sua autoria.
 Consciência- O sujeito age Conscientemente, com conhecimento de causa,  pode controlar as
consequências imediatas do seu comportamento. Por isso quando maior for o grau de
conhecimento e educação que o sujeito moral tiver, maior será a sua responsabilidade. Se
uma pessoa age por ignorância inculpável ou inadvertência ao bem e ao mal, a sua
responsabilidade será atenuada ou suprimida.
 Intencionalidade –  O acto realizado é intencional, quando, deriva de uma decisão
consciente, voluntaria, livre.

Um acto moralmente responsável, é uma acção moral, quanto for praticado por alguém, (sujeito
Moral) no gozo da sua liberdade e das suas faculdades mentais (Consciência da acção) com vista a
um determinado fim (Intenção). Sendo assim, a liberdade designa a capacidade que todo o homem
possui de agir de acordo com a sua própria decisão: é a capacidade de autodeterminação.

3. Formas de liberdade do homem na sociedade


As formas de liberdade segundo Guimarães (2009) são:

 Liberdade interior: autonomia face a si mesmo (Liberdade psicológica)) e de agir segundo


valores livremente escolhidos (Liberdade moral).
 Liberdade Exterior: autonomia face à sociedade (Liberdade sociológica) e de exercer os
direitos básicos de qualquer cidadão  (Liberdade política).

3.1. Justiça e o Dever do homem na sociedade


Para Montenegro (2012), a Justiça é uma virtude ou qualidade humana que consiste na vontade firme
e constante de dar a cada um o que lhe é devido. “Aristóteles” A justiça como, virtude pressupõe a
existência de uma pessoa que tem o direito a um objecto que lhe pertence e outra que tem o dever de
o respeitar. Assim a justiça,  consiste em dar a cada um o que é seu por direito.

Segundo o filósofo contemporâneo, Carlos Dias Hernández, a noção de justiça exprime uma tripla
dimensão:

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 Ético-pessoal –  Como virtude pessoal, designa a imparcialidade, e nas relações com os
outros a capacidade de antepor exigências morais aos interesses relativos ou de conjuga-los
adequadamente.
 Ético-social – É a sociedade ou sistema politico justo, no qual existem relações sociais
institucionalizadas, ordenadas e coerentes, no interior das quais cada um recebe o que é seu
por direito (deveres do Estado e da politica para com os seus cidadãos)
 Jurídico-legal –  sistema de leis (Direito), que estabelecem de modo positivo o que
corresponde a cada um nas diversas circunstâncias e que utiliza os mecanismos adequados
para o seu cumprimento. A justiça é aplicada quando a lei é cumprida.

4. Dever como fundamento da liberdade


O dever é um princípio que está ligado à dimensão Ético-pessoal da pessoa e define o fim da acção e
sua moralidade. O principal defensor de uma ética moral por dever foi Emanuel Kant (1724 - 1804),
que desenvolveu uma teoria Ética que influência toda reflexão filosófica. O dever é uma realidade
interior que leva a vontade de agir de determinada maneira; é um imperativo categórico, na
terminologia de Kant, isto é, uma obrigação, viso que impera incondicionalmente. A lei moral, ou
dever, não diz o que fazer nesta ou naquela situação, mas indica ao ser humano como se deverá
comportar em todas as situações.

Na execução do dever, a liberdade é a condição essencial: A liberdade é a condição importante do


dever, visto que dever fazer uma coisa implica necessariamente a possibilidade de não o fazer.
Assim sendo o dever só se impõe ao homem e aos animais e objectos impõe-se o determinismo. O
dever encontra a sua fundamentação em tendências que podem ser resumidas assim:

 Tendência teísta  – Defende que o verdadeiro fundamento do dever é Deus, criador e


legislador supremo da natureza e do homem.
 Tendência positiva  – Defende o dever como resultante da expressão exercida pela
sociedade sobre o homem, com o tempo se transformou em obrigação de consciência.
 Tendência Racionalista  – Defende como fundamento do dever a própria razão humana,
autora das leis. (obrigatória), imperativo categórico.

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5. Conclusão
Ao refletir sobre esse tema percebi a importância dele em nosso dia a dia e que este deveria estar
presente em todos os segmentos da sociedade, seja na política, na família e nos meios de
comunicação, eles precisam continuar sendo os norteadores de todas as ações que atinge as pessoas.
Para ser ético precisamos tomar consciência de nossos atos, agir com autocontrole, ou seja,
respeitando-se e respeitando as pessoas.

E preciso parar um pouco para refletir, e assim nos tornamos pessoas sensíveis e mais sensatas,
porque ela nos aproxima da realidade e nos torna mais conscientes das ações que praticamos em
qualquer espaço da nossa vida. Atualmente a ética e a moral estão sendo relegadas por certas classes
sociais e políticas, muitos valores estão sendo quebrados em prol do individualismo, ou seja, “cada
um por si” e com isso ética e moral vêm perdendo o sentido.

A discussão entre as características da moral em relação liberdade do homem na sociedade é um


tema que se estende desde os primórdios até os dias atuais. Embora com o passar do tempo tal tema
tenha recebido alguma pacificação, ainda existem pontos de divergências doutrinárias sobre a função
da Moral e da liberdade. O que é certo é que se tanto a moral, quanto a liberdade do homem,
conseguirem caminhar lado a lado, sendo um auxiliando o outro, quem ganha é a sociedade, que
passará a ter um mundo mais justo e moral, onde as diferenças serão menores, e, por conseguinte, a
procura pelo Poder Judiciário.

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6. Referências Bibliograficas
Reale, M. (2000). Lições preliminares de Direito. 29° edição, ajustada ao novo Código Civil, 6°
Tiragem.

Carnelutti, F. (2000). Teoria Geral do Direito. 2° impressão, São Paulo, Editora Lejus.

Câmara, A. F.(2012). Lições de Direito Processual Civil. 21. Ed. São Paulo: Editora Atlas.

Montenegro F., M. (2012). Curso de Direito Processual Civil. 8. Ed, São Paulo: Editora Atlas.

DINIZ, M. H. (2008). Código Civil anotado. 13. ed. São Paulo: Saraiva.

Guimarães, D. T. (2009). Dicionário técnico jurídico. 12 ed. São Paulo: Rideel.

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