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Psicolinguistica. Ja
Psicolinguistica. Ja
Cod. 708204004
Curso: Português
Disciplina: Linguística Descritiva do
Português III
Ano de Frequência: 4º Ano
Docente: Mirage Bacar Marcane
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Índice
1. Introdução..........................................................................................................................................3
2. Objectivos..........................................................................................................................................4
2.1. Geral...............................................................................................................................................4
2.2. Específicos......................................................................................................................................4
2.3. Metodologia....................................................................................................................................4
6. Conclusão........................................................................................................................................10
7. Referencia Bibliográfica..................................................................................................................11
1. Introdução
O presente trabalho, aborda sobre a “Teorias de aquisição da línguaˮ. Portanto, os estudos acerca da
aquisição da linguagem ganharam destaque no cenário educacional nas últimas décadas tendo em
vista os resultados nas diversas pesquisas dos estudos linguísticos que abordam as teorias de
aquisição da linguagem que deram origem aos estudos actuais. Compreendendo a importância e
necessidade dos estudos da aquisição da linguagem não só para a linguística, mas também para a
cognição humana,
Assim sendo, sabemos que não é possível nivelar todas as crianças em um mesmo patamar de
evolução, uma vez que isso depende de uma série de factores relevantes tais como a sua idade, as
relações sociais da criança, ou seja, com quem ela convive no seu dia-a-dia e se esse convívio lhe
permite um contacto frequente com situações de interacção.
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2. Objectivos
2.1. Geral
Descrever sobre as teorias de aquisição da língua
2.2. Específicos
Definir aquisição da língua;
Indicar as teorias de aquisição da língua;
Mencionar as fases de aquisição da linguagem.
2.3. Metodologia
De salientar que para elaboração do trabalho, a autora recorreu a metodologia de consulta de
algumas obras bibliográficas que versam sobre o tema nelas inclinadas e que tais obras estão
referenciadas na lista bibliográfica. Como se não bastasse, tratando-se dum trabalho científico,
importa salientar que está organizado textualmente da seguinte maneira: a introdução,
desenvolvimento e conclusão.
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3. Teorias de aquisição da língua
3.1. Aquisição da língua
De acordo com Castro (1998), a aquisição da linguagem é o processo pelo qual a criança aprende sua
língua materna. A respeito desse processo, há boas razões para afirmar que a aquisição da primeira
língua é a maior sucesso de um processo individual, que podemos realizar durante toda a vida.
Como bem diz Widdowson (2003), a aquisição da linguagem apresenta-se como uma questão
fundamental na teoria linguística e no estudo da cognição humana. O estudo da aquisição da
linguagem visa a explicar de que modo o ser humano parte de um estado no qual não possui
qualquer forma de expressão verbal e, naturalmente, ou seja, sem a necessidade de aprendizagem
formal, incorpora a língua de sua comunidade nos primeiros anos de vida, adquirindo um modo de
expressão e de interacção social dela dependente.
Toda criança é, em princípio, capaz de tomar a língua de sua comunidade como língua materna e de
adquirir simultaneamente mais de uma língua. A aquisição de cada língua irá requerer a
identificação de seu sistema fonológico, sua morfologia, seu léxico, o que há de peculiar em sua
sintaxe e no modo como relações semânticas se estabelecem.
Diante da variabilidade das línguas, a criança terá de lidar com uma série de variáveis nessa
identificação. A despeito disso, o processo de aquisição da linguagem apresenta um padrão de
desenvolvimento, em grande parte, comum aos diferentes indivíduos nas diferentes línguas, o que
remete àquilo que, na linguagem, é comum `a espécie humana.
Cabe a uma teoria da aquisição da linguagem explicar esse fato, considerando que modo a aquisição
de uma língua específica pode elucidar o processo pelo qual a aquisição espontânea de qualquer
língua humana se realiza. Uma teoria da aquisição da linguagem pode, portanto, ser concebida como
um modelo da dinâmica desse processo. Essa teoria deverá caracterizar o modo como a criança lida
com o material linguístico de que dispõe, extraindo dela informação relevante sobre a língua em
questão, e explicar de que forma esse processo se faz viável para qualquer língua.
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sistematização de linguagem em códigos reconhecidos em uma comunidade específica, em um
tempo e modo característicos, fundamental para que o ser humano possa relacionar-se de modo
organizado com as pessoas que daquele grupo fazem parte.
O desenvolvimento de uma teoria da aquisição da linguagem faz supor uma concepção ou modelo
do estado estável do desenvolvimento a ser atingido e do estado inicial desse processo. Não há,
contudo, no estudo da aquisição da linguagem, total consenso quanto ao modo de se conceberem os
estados inicial e "final". Isso se deve, por um lado, à duplicidade de objectos a que o termo
linguagem pode remeter língua e forma de expressão verbal, o que dá margem a diferentes modos de
se conceber o problema de aquisição.
Para Dias (2010), esta teoria tem como limitações o seguinte aspecto: ao privilegiarem o papel do
meio-ambiente e da experiência, os behaviouristas concebem a linguagem como uma mera colecção
de hábitos e não como um sistema de regras interiorizadas. Ao consideram os estímulos linguísticos
e a imitação essenciais para a aprendizagem ignoram a capacidade que qualquer ser humano tem de
produzir frases e expressões nunca antes vi ou ouvidas, ou seja, ignoram o aspecto criativo da
linguagem.
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4.2. Teoria Cognitivista
Teoria cognitivista defendida por J. PIAGET que enfatizou a relação entre a linguagem e a cognição,
questionando se a capacidade da linguagem estava ou não isolada de outras capacidades cognitivas.
Para Piaget, o pensamento precede a linguagem e pode existir sem ele. O desenvolvimento cognitivo
resulta da interacção com o contexto. Os processos centrais de aprendizagem incluem a assimilação
(acção do sujeito sobre o objecto) e a acomodação (acção do objecto sobre o sujeito).
No ponto em que se fala sobre o cognitivismo construtivista, faz-se um paralelo contraditório entre o
behaviorismo de Skinner que defendia que a linguagem era um conjunto de comportamentos e o
inatismo de Chomsky que afirma que a linguagem vem de uma herança genética, isto é, inata, onde
se nasce com uma gramática na mente e que se desenvolve no decorrer do tempo.
Diz ainda que se a criança dependesse de aprender através de imitação, como ressaltava o
behaviorismo, ela nunca teria uma gramática perfeita (Uphoff, 2008; Oliveira, 2014 apud Arce,
2015. No que refere a linguagem considera que o cérebro assimila informação linguística nova e,
simultaneamente, acomoda as estruturas linguísticas já existentes para permitir a inclusão de novos
inputs linguísticos.
O desenvolvimento é um processo gradual que decorre da resposta da criança aos estímulos do meio
ambiente num nível cada vez mais adequado e, simultaneamente, da influência que o meio ambiente
exerce na promoção do desenvolvimento da criança. Esta teoria ao considerar o desenvolvimento
como resultado da interacção com o meio ambiente, recusa a acção da programação genética.
Nesta perspectiva, a linguagem é entendida como parte da cognição. Dentre as correntes teóricas
cognitivistas, uma das mais importantes é a corrente construtivista representada principalmente por
Jean Piaget (Dias, 2010).
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Durante estas abordagens, esta teoria possui como limitação ao se verificar que os mentalistas não
deram importância devida à interacção verbal e ao contexto, não dão devida importância a fase
posterior aos cinco (5) anos a adolescência e também não exploraram, com rigor, a relação entre a
linguagem e a cognição.
A partir do momento que a criança incorpora como modelo algumas estruturas da língua mãe, não é
porque imitou, mas por que incorporou novos modelos de regras para sua língua. Chomsky, defende
também que a criança possui um dispositivo de aprendizagem chamado de DAL, que é activado e se
processa a partir de sentenças, que recebe o nome de IMPUT, que tem como resultado a língua a
qual a criança está exposta.
Fase do balbuceio: ocorre por volta dos seis meses e a criança começa a produzir os
primeiros sons da linguagem humana;
Fase holofrástica: ocorre, normalmente, um pouco depois do primeiro ano. As crianças já
aprenderam que os sons se relacionam com os significados e produzem as suas primeiras
“palavras”;
Fase das duas palavras: ocorre por volta dos dois anos. Nesta fase ainda não há marcas
sintácticas ou morfológicas, ou seja, flexão de número, pessoa, tempo, etc. Os pronomes são
raros.
Fase do telégrafo para o infinito: ocorre mais ou menos aos três anos. A criança começa a
encadear mais de duas palavras, podendo a sua produção consistir em três, quatro, cinco ou
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mais palavras. As primeiras produções de mais de duas palavras geralmente não contêm
palavras funcionais; limitam-se a palavras plenas, de conteúdo, razão pela qual tais
produções se denominam “ discurso telegráfico”.
O desenvolvimento da linguagem se divide em dois estádios: pré – linguístico, quando o bebe usa de
modo comunicativo os sons, sem palavras ou gramática; e o linguístico, quando usa palavras. No
estádio pré-linguístico a criança, de princípio, usa o choro para se comunicar, podendo ser rica em
expressão emocional.
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6. Conclusão
Em função do que foi explicado no trabalho, deu-nos a entender que a aquisição da linguagem é um
estudo de interfaces, já que implica estudar uma teoria que explique o fenómeno da aquisição e,
também, escolher um ângulo da linguagem para explanar, observar, descrever e, posteriormente,
explicar, visto que é humanamente impossível estudar todos os aspectos da linguagem de uma só
vez. A linguagem também pode ser estudada a partir de suas diferentes modalidades: oral, sinalizada
e escrita. Este artigo debruça-se sobre essas três modalidades.
O estudo da aquisição da linguagem visa a explicar de que modo o ser humano parte de um estado
no qual não possui qualquer forma de expressão verbal e, naturalmente, ou seja, sem a necessidade
de aprendizagem formal, incorpora a língua de sua comunidade nos primeiros anos de vida,
adquirindo um modo de expressão e de interacção social dela dependente. Esta primeira parte traz
estudos sobre a aquisição da linguagem oral considerada normal, precedendo as informações sobre a
modalidade sinalizada e a modalidade escrita, todos objectos de estudo da Linguística..
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7. Referencia Bibliográfica
Dubois, et al, (1993), Dicionário de Linguística, São Paulo: Editora Cultrix.
Ellis, R. (2008). The study of second language acquisition (2nd edition). Oxford: Oxford University
Press.
Gass, S.M., & Mackey, A. (2007). Data elicitation for second and foreign language research.
Mahwaw, NJ: Lawrence Erlbaum.
Kato, Mary A., (s/d), No Mundo da Escrita: Uma Perspectiva Psicolinguística, 7 ed., São Paulo:
Editora Ática.
Mussalim, F.; Bentos, A. (2001), Introdução à Linguística: Domínios e Fronteiras, São Paulo: Cortez
Editora.
Vigotski, L. S., (1998). Pensamento e Linguagem, 2ª ed., São Paulo: Livraria Martins Fontes Editora
Ltda.
Xavier, M. F. E Mateus, M. H. (1992). Dicionário de Termos Linguísticos, Vol. II, Lisboa: Edições
Cosmos.
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