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Sumário
NOSSA HISTÓRIA..............................................................................................1
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4
ENVELHECIMENTO ATIVO .............................................................................. 5
TECNOLOGIAS EM SAÚDE .............................................................................. 9
USO DE SERVIÇOS DE SAÚDE POR IDOSOS BRASILEIROS COM E SEM
LIMITAÇÃO FUNCIONAL ................................................................................ 11
UMA PROPOSTA DE LINHA DE CUIDADOS PARA O IDOSO ...................... 13
DIRETRIZES NACIONAIS ............................................................................... 18
CONCLUSÃO................................................................................................... 20
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 22
1
NOSSA HISTÓRIA
2
Vídeos de Apoio
3
INTRODUÇÃO
4
ENVELHECIMENTO ATIVO
Na última década, sucederam transformações relevantes nas condições
socioeconômicas e de saúde da população mundial e, em consequência, na
estrutura demográfica, causando um crescimento expressivo da população
idosa. Estimativas apontam que no ano de 2025, o Brasil terá a sexta maior
população idosa do mundo, sendo cerca de 32 milhões de idosos. Diante desse
cenário, surge, em distintas áreas, uma enorme preocupação com os idosos,
devido estes representarem um grupo extremamente diferenciado entre si e em
relação às outras faixas etárias.
O termo envelhecimento pode ser apontado como um conjunto de
modificações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas, que definem
a perda de maneira progressiva da capacidade de adaptação do indivíduo ao
meio ambiente. A redução das funções orgânicas, expostas com o
envelhecimento, tem tendência a crescer com o tempo, possuindo um ritmo que
varia entre idosos da mesma idade. Essas diferenças devem-se às condições
desiguais de vida e de trabalho, a que estiveram submetidas em sua jovialidade.
O termo “envelhecimento ativo” foi utilizado pela Organização Mundial de
Saúde (OMS) no final da década de 90, reconhecendo que, além dos cuidados
com a saúde, outros fatores afetam o modo como os indivíduos e as populações
envelhecem. Sua abordagem fundamenta-se no reconhecimento dos direitos
humanos dos idosos e nos princípios de independência, participação, dignidade,
assistência e autorrealização estabelecidos pela Organização das Nações
Unidas (ONU).
A Política Nacional de Saúde para a Pessoa Idosa no Brasil, estabelece
e regulamenta a atenção à saúde pelo Sistema Único de Saúde (SUS) às
pessoas com 60 anos ou mais, e o Estatuto do Idoso regulamenta os direitos
assegurados a essa população.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), ao adotar diretrizes de
incentivo à adoção, implementação e qualificação de programas de promoção
da saúde e prevenção de riscos e doenças pelas operadoras de planos de
saúde, colaborou para o progresso dessas ações no setor de saúde
suplementar; persuadiu a reorientação dos modelos assistenciais vigentes;
5
auxiliou para a qualificação da gestão das operadoras, incentivando-as a
conhecer o perfil de saúde e doença da sua população de beneficiários;
despertou a adoção de equipe multiprofissional e a integralidade do cuidado;
cooperou para a qualificação da assistência prestada; e respaldou as ações para
a melhora na qualidade de vida dos usuários de planos privados de saúde.
Estas medidas vêm sendo analisadas desde março de 2005, por meio da
Resolução Normativa (RN) n. 94, que determinou a prorrogação dos prazos para
a integralização da cobertura com ativos garantidores das provisões de risco, por
meio das operadoras de planos privados de assistência à saúde que
desenvolvessem programas de promoção da saúde e prevenção de riscos e
doenças.
No ano de 2008, a ANS aprovou novos incentivos visando o estimulo do
desenvolvimento de programas de promoção da saúde e prevenção de riscos e
doenças, ao estabelecer os valores neles aplicados como investimentos.
Entendeu-se que os recursos empregados nesses programas baseiam-se em
investimentos, pois conseguem fornecer benefícios futuros às operadoras, assim
como seus beneficiários.
No ano de 2011 foi aprovada a Resolução Normativa n. 265/2011,
estabelecendo a opção por oferta da bonificação ou premiação para
beneficiários que adotassem a programas de promoção do envelhecimento
ativo, orientados para todas as faixas etárias, estratégia testada e utilizada em
outros países, tendo a capacidade de aumentar a adesão a esses programas.
Em 2012, a ANS sugeriu a definição de plano de cuidado do idoso na
saúde suplementar, abrangendo os conceitos de linha de cuidado e projeto
terapêutico. Desse modo, o plano de cuidado envolve a avaliação do beneficiário
desde sua entrada no sistema de saúde, com a estratificação do seu estado
funcional e a definição da melhor linha de assistência a ser realizada, como o
caminho a ser percorrido a partir de então. Este, inclui: procedimentos
necessários, hierarquização de rede, programas de promoção da saúde e
prevenção dos riscos e doenças adequados e integrados aos cuidados.
CALDAS (2003), leciona:
Não é possível tratar o idoso da mesma forma como se trata um adulto
jovem. É necessário trabalhar com a lógica de uma linha de cuidado
integrando a promoção e a atenção à saúde do idoso em todos os
níveis. Esta estratégia é um aprofundamento de práticas preventivas,
objetivando identificar precocemente agravos e fatores de risco
6
envolvidos na perda da capacidade funcional. CALDAS (p. 733-781,
2003)
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O idoso atualmente tem sua ocupação social maior, incluindo vínculos
afetivos, devido a diversas reformas da previdência, esse tende a trabalhar por
mais tempo, o que tende a ampliar seu círculo social. A manutenção de redes
de apoio entre idosos possibilita a melhora de sua qualidade de vida e saúde
mental. Em geral, qualidade de vida na terceira idade tem sido tratada como um
aspecto de características multidimensionais e subjetivas, uma vez que está
muito mais ligada à autoestima e ao bem-estar pessoal e social.
A família, pode ser um fator negativo para a socialização do idoso, pois
diversas vezes, esta é extremamente protetora e não incentiva a autonomia
deste. É essencial que ele conviva com outros indivíduos, para assim não perder
a sua motivação por viver. Assim como o convívio com outras pessoas é
saudável, o contato com animais de estimação também pode propiciar
experiências benéficas, como o alívio de situações de tensão, companhia
constante, afetividade incondicional, segurança, contato físico, disponibilidade
ininterrupta de afeto.
Outro ponto essencial para compreender os novos espaços ocupados por
idosos na sociedade atual é como se incrementam, nessa faixa etária, as
conquistas das mulheres em relação ao espaço e ao reconhecimento social.
Desse modo, muitas idosas acabam percebendo que nessa fase da vida há um
ganho importante de potencialidades, causando, entre outros efeitos, um
aumento da autoestima das mulheres idosas. É necessário que se conheça a
experiência e as necessidades da vida do idoso por meio de seu próprio
discurso, uma vez que o estigma social legado ao idoso tende a ser uma
construção social através do olhar do outro sobre a pessoa no processo de
envelhecimento. Pode-se reconhecer o surgimento de novos costumes e
comportamentos que trazem mudanças à imagem associada aos idosos, esta
contribuição demonstra o aparecimento de novos grupos compostos por eles e
suas possibilidades de participarem de contextos distintos, gerando uma nova
forma de serem vistos.
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TECNOLOGIAS EM SAÚDE
A tecnologia em saúde compõe-se como importante ferramenta voltada
às diversas relatividade e demandas especificas ao processo de
envelhecimento, conseguindo promover progresso na condição de saúde e
autoestima dos idosos, segurança no ambiente doméstico, subsídio de técnicas
ao cuidado em ambientes de saúde, facilidade na mobilidade, comunicação e
maior oportunidade no trabalho e no lazer, além de dispor novas oportunidades
e desafios, superiores às gerações anteriores.
Os profissionais de saúde necessitam procurar aplicar no seu processo
de trabalho as tecnologias. Uma destas são as tecnologias leves, que
representam as relações pautadas entre profissionais e usuários englobando, o
desenvolvimento de vínculo e acolhimento, estas correspondem a importantes
estratégias que podem ser adotadas desde a atenção primária a terciária. Na
assistência ao idoso mostram-se como um instrumento relevante, na garantia da
qualidade do cuidado prestado.
Para atender as necessidades do idoso é preciso que ocorra o empenho,
em todos os níveis da assistência, com o envolvimento da equipe
multiprofissional, incorporando as tecnologias leves, para possibilitar a
assistência de saúde dos idosos de forma integral. A melhor maneira para que
isso ocorra é através da utilização adequada da comunicação, por meio da
linguagem verbal e não verbal, pois é através desta que sucede a criação de
vínculos, o acolhimento e, consequentemente, a melhoria da resolutividade dos
processos e otimização da autonomia dos idosos.
As tecnologias leve-duras são retratadas através dos saberes
estruturados utilizados no processo de trabalho. O uso de cartilhas como
tecnologia educacional é uma forma de garantir a inserção de novas
informações, por meio de múltiplas potencialidades, capacidades e interesses
dos educandos, o que pode individualizar o aprendizado contribuindo para a
construção de um aprendizado coletivo. Desse modo, a tecnologia deve ser
utilizada para proporcionar a participação dos indivíduos no processo educativo,
colaborando para a construção da cidadania e o aumento da autonomia dos
envolvidos.
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As tecnologias leve-duras devem ser incorporadas na assistência ao
idoso devido propiciarem o envolvimento dos idosos e dos sujeitos que
participam na execução do cuidado cotidiano, no caso familiares e/ou
cuidadores. Estes devendo ser bem informados para garantir a promoção de um
cuidado digno ao idoso, de forma a encorajar o autocuidado e favorecer a
melhora do bem-estar, da qualidade de vida e sobrevida do idoso.
As tecnologias duras são os equipamentos, as máquinas e que encerram
trabalho morto, fruto de outros momentos de produção. Relacionadas ao cuidado
com idosos se têm os dispositivos de sensores, que conseguem identificar
alterações na rotina diária ou na homeostase destes, e alertar os sistemas de
saúde, profissionais ou familiares para que possam intervir rapidamente,
reduzindo a morbimortalidade do idoso.
A utilização de tecnologias duras para idosos, seja na instalação de
sensores de monitorização, na inclusão das health informatic technologys (HITs)
nas instituições de saúde, seja no desenvolvimento de softwares para análise de
bancos de dados, são de extrema importância na tomada de decisões clínicas,
de modo a observar dados por meio da concomitância de informações, acerca
dos problemas de saúde na terceira idade e seus fatores prenunciadores de risco
e comportamentos atípicos. Estes indicadores são essenciais para a elaboração
de políticas públicas e ações de prevenção e educação em saúde. No entanto,
é necessário considerar que essas tecnologias precisam ser instaladas
permanentemente na perspectiva de junção com tecnologias leves.
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USO DE SERVIÇOS DE SAÚDE POR IDOSOS
BRASILEIROS COM E SEM LIMITAÇÃO FUNCIONAL
Populações mais idosas apontam maior carga de doenças crônicas de
incapacidades, gerando um aumento da demanda por atenção à saúde. Existe,
dessa forma, crescente interesse na análise do perfil e das desigualdades
relacionadas ao uso de serviços de saúde por idosos com limitações funcionais,
tanto em países com populações mais envelhecidas quanto naqueles em rápido
processo de envelhecimento.
Os determinantes da utilização de serviços de saúde estão relacionados
a fatores contextuais (tipos de sistemas de saúde e sua organização, por
exemplo) e a fatores individuais, estes abrangem características predisponentes,
como idade e sexo, características facilitadoras, como escolaridade e renda e
necessidades de saúde. No Brasil, a organização da atenção à saúde é baseada
no Sistema Único de Saúde (SUS), responsável pelo fornecimento universal e
gratuito dos serviços e programas de saúde. O sistema público convive com o
sistema privado, cujo acesso depende da capacidade de pagamento.
Adultos que possuem planos privados tendem a realizar mais consultas
médicas e odontológicas comparadas ao restante da população. Na percepção
destes, as principais diferenças entre a atenção recebida na rede pública e a
privada são: a forma de agendar a consulta, que é mais facilitada na última
situação, a qual possui pré-agendamento, tempo de espera maior para conseguir
a consulta na primeira, o tipo de médico atendente sendo clinico no caso da
primeira, e o motivo da consulta sendo predominante exame periódico de saúde
na última.
A prevalência da limitação funcional varia entre países e em função do
critério adotado para a sua definição, podendo ser destacado o relato de
dificuldades para realizar atividades básicas ou instrumentais da vida diária. Os
idosos com limitações funcionais tendem a realizar mais consultas médicas e
são mais propensos à ocorrência de hospitalizações, independentemente de
fatores predisponentes, como idade e sexo, assim como de características
facilitadoras, como residência com o cônjuge/companheiro(a) e nível de
escolaridade. O principal motivo para o maior uso de serviços de saúde por
idosos com limitações funcionais diz respeito a maior prevalência de doenças
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crônicas e de comorbidades, assim como o risco de complicações a elas
relacionadas, que, consequentemente, levam ao maior uso de medicamentos.
A consulta médica é um aspecto positivo da atenção em saúde, por ser
uma oportunidade para diagnóstico precoce, prevenção, tratamento e
encaminhamento para reabilitação, quando oportuno. No entanto, o uso
excessivo de serviços de saúde é um marcador da atenção com baixa
resolutividade, as hospitalizações, devem ser evitadas, caso desnecessárias. É
evidente que complicações de várias doenças podem ser evitadas com ações
efetivas da atenção primária.
As áreas geográficas com mais hospitalizações por condições sensíveis
à atenção primária são aquelas que possuem mais hospitais privados ou
beneficentes e com baixa cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF). A
atenção primária de qualidade é uma excelente estratégia para evitar
hospitalizações desnecessárias de idosos com limitações funcionais.
Uma importante expressão das desigualdades sociais no Brasil é o
acesso à medicina suplementar, que depende da capacidade de pagamento.
Usuários do sistema privado tende a apresentar melhores condições de saúde e
usar mais serviços de saúde do que usuários do sistema público.
Devido sua forma de organização, os planos privados de saúde ofertam
mais consultas com especialistas, e seus usuários procuram assistência em
consultórios particulares ou clínicas privada. Enquanto no sistema público
ocorrem mais consultas com clínicos gerais, sendo o local predominante da
procura por atenção a UBS.
Independentemente do sistema de saúde ser público ou privado, a
limitação funcional não está associada a especialidade médica, nem à existência
de serviço ou profissional de referência. De outra forma, no sistema privado,
nota-se maior propensão dos idosos com limitações funcionais a procurarem a
UBS, que é uma unidade de atendimento do sistema público. Uma possível
explicação para esse fato é a localização ser próxima do domicílio ou o modelo
de atenção primária adotado por essas unidades ser mais conveniente, na
percepção dos usuários, às necessidades daqueles com limitações funcionais.
A percepção do usuário sobre a atenção em saúde é um considerável
recurso para avaliação dos sistemas de saúde. No Brasil, estudos de base
populacional mostram que, geralmente, a avaliação pelo usuário da qualidade
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da atenção médica recebida é positiva. No entanto, essa avaliação é um pouco
pior no sistema público em relação ao privado, principalmente devido à falta de
liberdade em escolher o médico e o longo tempo de espera para atendimento,
em consonância com o padrão recentemente descrito para o conjunto da
população adulta brasileira.
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Os níveis hierárquicos necessitam ser parcela constituinte do plano de
cuidados e do caminho assistencial a ser explorado pelo beneficiário, esse é o
maior obstáculo para os programas de promoção e prevenção na atualidade. A
integração é definidora do sucesso do modelo, inclusive do ponto de vista
financeiro. A hierarquização da rede propicia pelo menos dois elementos
essenciais para o cuidado do idoso, a diminuição de iatrogenia e a organização
do fluxo de cuidados.
Ademais, é possível introduzir a lógica de promoção e prevenção por todo
o percurso, permitindo também o monitoramento dos resultados. As diretrizes e
protocolos clínicos também são fundamentais na construção do plano de
cuidados, estes devem direcionar a boa prática, ser pautados na melhor
evidência disponível e adequados a cada situação clínica.
A organização de sete níveis hierárquicos de atenção, considera que a
linha de cuidado à população idosa inclina-se a ser um processo que evolui em
direção à maior complexidade. Esta é a tendência, salvo raras exceções, e as
etapas não podem ser completamente fixas, devido existir a probabilidade de
reversão da incapacidade e retorno a um patamar de menor complexidade,
dependendo da situação. O modelo está estruturado com base em uma
subdivisão com sete níveis hierárquicos, sendo eles:
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(suporte operacional para todas as etapas), e local para Atendimento
ambulatorial de baixa complexidade.
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dos incentivos a bonificação e premiação pela realização de tais ações,
aplicando o screening básico de triagem rápida do perfil da saúde do cliente e
realizando a entrevista qualificada de adesão. Em relação à cobertura parcial
temporária (CPT), um profissional de saúde do sistema da porta de entrada
realizará a entrevista, procurando determinar as doenças preexistentes no
paciente, visando estabelecer as carências contratuais.
No prontuário deve ser realizada uma triagem epidemiológica básica,
contendo poucas perguntas, que avaliam principalmente algumas de suas
características operacionais. Apesar do pequeno número de questões neste
instrumento, existe um grau de confiabilidade bastante grande em seus
resultados, funcionando como excelente organizador da demanda.
A triagem rápida, necessita ser empregada em todos os idosos usuários
do sistema de saúde, no momento da recepção, ou seja, fora do ambiente
específico de uma unidade saúde. Esses instrumentos garantem grande
flexibilidade, visto que os entrevistadores podem ser técnicos de enfermagem,
agentes comunitários de saúde ou atendentes, desde que capacitados. Devem
ser usados instrumentos com indicadores de saúde validados, que possibilitem
a padronização do procedimento. Dessa forma, além da identificação do idoso
de risco, pode ser possível uma estratificação que favoreça o atendimento e
utilize os recursos de maneira adequada, melhorando o atendimento, sobretudo
nos níveis posteriores, com a criação de critérios de prioridade vinculados à
natureza da necessidade e não à regra cruel da hora de chegada à fila de espera.
No segundo nível, existe a sugestão de utilizar de um centro sócio
sanitário de promoção e prevenção de saúde, no qual se realize a verificação
das vacinas, palestras, ações educacionais de saúde, estímulo à nutrição
saudável e à prática de atividades físicas, assim como grupos de convivência e
local para realização da Avaliação Funcional Breve, com intuito de identificar os
riscos funcionais, visando estabelecer o perfil de saúde do beneficiário. Todas
as informações devem ser registradas em prontuários eletrônicos. Caracteriza-
se também como um Centro de Conveniência, com facilidades para familiares
na compra de equipamentos e de facilidades na compra de equipamentos ou de
ingresso de atividades de lazer, entre outras ações. O Gerente de
acompanhamento, que serve de suporte operacional para todas as etapas, será
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designado e responderá pelos clientes. É também neste nível que ocorre o
Atendimento ambulatorial de baixa complexidade.
O nível 3, ambulatório especializado, está estruturado para atendimento
de idosos com síndrome geriátrica e fragilizados ou em processo de fragilização,
que precisam de acompanhamento especializado, mais minucioso e de maior
complexidade, no qual a assistência deve ser realizado por médicos geriatras e
equipe multidisciplinar de saúde. É crucial saber o quanto as doenças crônicas
impossibilitam o idoso de realizar suas atividades rotineiras de forma autônoma
e independente. Neste nível a Avaliação Geriátrica Multidimensional é aplicada,
devido ser um instrumento importante para precisar um diagnóstico, um
prognóstico e um julgamento clínico adequado para um planejamento
assistencial efetivo.
A assistência médica mostra que a diminuição da capacidade funcional
do idoso é que o tornará dependente de um nível mais complexo de assistência.
E ela poderá ser ocasionada pela evolução da própria patologia de base, por sua
má administração e sequelas, ou pela inadequada assistência recebida.
O nível 4 também trabalha com a lógica preventiva, e possui como intuito
a redução da progressão e complicações de uma doença já sintomática, sendo
aspecto importante da terapêutica e da reabilitação. Esta é uma instância de
cuidado a ser utilizada, por meio da assistência domiciliar ou hospital-dia. Já o
nível 5 é reservado somente para os eventos agudos da doença crônica,
preferivelmente por um curto período de tempo. Após a remissão da fase aguda,
o hospital de baixa complexidade ou a assistência domiciliar deve ser o melhor
local de continuação do tratamento. E por último, os níveis 6 e 7 abrangem as
instituições de longa permanência, os asilos (nursing homes) e os hospices ou
cuidados paliativos, na fase terminal.
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DIRETRIZES NACIONAIS
A organização e estruturação da atenção em Redes de Atenção à Saúde
é uma diretriz do SUS orientada pela Portaria nº 4.279, de 30 de dezembro de
2010, possui os fundamentos conceituais e operativos essenciais a esse
processo de organização, com objetivo de garantir ao usuário o conjunto de
ações e serviços que este necessita, com efetividade e eficiência. A
Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa destaca como um de seus objetivos, a
elaboração de uma proposta de Modelo de Atenção Integral à Saúde da Pessoa
Idosa, que objetiva colaborar na organização da atenção e ampliação do acesso
qualificado da população idosa no âmbito do SUS.
A atenção deve ser pautada nas necessidades da população, centrada
no indivíduo, levando em conta sua integração na família e na comunidade,
substituindo a atenção prescritiva e focada na doença. A especificidade e a
heterogeneidade nos processos de envelhecer devem ser analisados, por meio
dos determinantes sociais da saúde, em seus mais diferentes aspectos,
obedecendo ainda as diferenças de gênero e raça, buscando a equidade e
resolutividade do cuidado a ser ofertado. Para tanto, as especificidades e
singularidades da população idosa com suas novas necessidades de cuidado
devem ser priorizadas na organização e oferta de serviços.
Deve ser incluído em todas as etapas de organização do cuidado a
garantia do acesso, o acolhimento e cuidado humanizados da população idosa
nos serviços de saúde do SUS. A assistência deve ser guiada por meio da função
global da pessoa idosa, analisando o risco de fragilidade existente e o seu grau
de dependência, visando a autonomia possível, do indivíduo em questão.
A organização do cuidado das pessoas idosas deve ser estruturada em
rede, no âmbito de uma Região de Saúde, ou de várias delas. A organização e
o financiamento desse cuidado devem ser pactuados nas Comissões
Intergestores. Visando atestar a qualidade da atenção, é essencial assegurar
recursos humanos suficientes e capacitados, fortalecendo o carecimento de
investimento na formação profissional e educação permanente. O respeito aos
direitos humanos, certificando a autonomia e a liberdade das pessoas idosas, o
combate ao estigma, à violência e ao preconceito, bem como a garantia da
equidade de gênero e raça devem nortear toda a ação voltada à pessoa idosa.
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Relacionadas à promoção da saúde da população idosa as
implementações de ações locais devem ser norteadas por meio das estratégias
de implementação, contempladas na Política Nacional de Promoção da Saúde –
Portaria 687/GM, de 30 de março de 2006, do Ministério da Saúde, possuindo
como prioridades ações específicas listadas abaixo:
Divulgação e implementação da Política Nacional de Promoção da
Saúde (PNPS);
Alimentação saudável;
Prática corporal/atividade física;
Prevenção e controle do tabagismo;
Redução da morbi-mortalidade em decorrência do uso abusivo de
álcool e outras drogas;
Redução da morbi-mortalidade por acidentes de trânsito;
Prevenção da violência e estímulo à cultura de paz;
Promoção do desenvolvimento sustentável.
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CONCLUSÃO
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permeiam a utilização das tecnologias frente à intersubjetividade do idoso. O
desafio é superar o uso de um sistema tecnológico como um simples instrumento
de trabalho e visualizá-lo como inovação tecnológica capaz de produzir
mudanças no processo de cuidado do idoso.
21
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