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Redação Filosofia 29-11
Redação Filosofia 29-11
Desde que, em 2010, o Catar foi decidido como o país que sediaria a Copa do Mundo
de 2022, inúmeras críticas surgiram sobre a situação dos direitos humanos no país,
especialmente no que diz respeito às mulheres, membros da comunidade LGBTQIA+,
trabalhadores migrantes e jornalistas, por exemplo. Catar é um dos 70 países do
mundo onde as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são criminalizadas,
segundo a organização Anistia Internacional. No país, são aplicadas penas de até sete
anos de prisão por violação dos artigos 285 e 296 do código penal, referentes a essas
relações. De acordo com a Human Rights Watch, há relatos de membros da
comunidade LGBT sendo presos por atividades online, e o governo censura
regularmente conteúdo relacionado à identidade de gênero e orientação sexual. Em
preparação para a Copa do Mundo, o governo do Catar disse que aceitará turistas da
comunidade LGBT com “tolerância” e não restringirá sua expressão. Mas há dúvidas
sobre como os cidadãos do Catar serão tratados ao mesmo tempo.
O país está sob escrutínio global depois que milhares de mortes foram relatadas entre
trabalhadores migrantes, que muitas vezes vêm de alguns dos países mais pobres do
mundo para fazer trabalhos perigosos, em calor extremo e por baixos salários. A
Anistia Internacional até pediu à Fifa que aloque US$ 440 milhões para compensar os
trabalhadores migrantes. Uma reportagem exclusiva do jornal britânico The Guardian
revelou que até 6.500 trabalhadores migrantes sul-asiáticos morreram no Catar desde
2010, quando o Catar foi escolhido para sediar a Copa do Mundo de 2022. A CNN não
conseguiu verificar esse número, e o governo do Catar negou categoricamente a
acusação.
“Isso é algo que precisa ficar absolutamente claro. Absolutamente claro. O número de
mortes nos estádios da Copa do Mundo relacionadas ao trabalho é de três mortes. Há
pouco mais de 30 mortes que não estão relacionadas ao trabalho”, Nasser al Khatel,
executivo-chefe do comitê organizador da Copa do Mundo no Catar, disse à CNN.
Protestos de seleções
Pelas denúncias que envolvem os direitos humanos, a seleção da Dinamarca
pretendia usar camisetas durantes seus treinos na Copa do Mundo com mensagem
em prol dos direitos humanos. No entanto, a Fifa proibiu a iniciativa.