You are on page 1of 13

Índice

1. Introdução ................................................................................................................................................. 2
2. Metodologia .............................................................................................................................................. 3
3. Construtivismo e objecto de estudo .......................................................................................................... 4
4. A escola construtivista .............................................................................................................................. 4
5. Construtivismo piagetiano ........................................................................................................................ 5
6. Características do construtivismo ............................................................................................................. 6
7. Estágios do desenvolvimento genético-cognitivo ..................................................................................... 6
7.1 Período Sensório-Motor: ..................................................................................................................... 7
7.2 Período pré-operatório ou Simbólico ou Intuitivo: ............................................................................. 8
7.3 Período Operatório Concreto .............................................................................................................. 8
7.4 Período Operatório Lógico Formal ou Abstrato ................................................................................. 9
8. Pensamento e Linguagem ....................................................................................................................... 10
9. A teoria construtivista piagetiana e suas interpretações equivocadas ..................................................... 10
10. Metodologia Construtivista ................................................................................................................... 11
11. Conclusão.............................................................................................................................................. 12
11. Bibliográfica ......................................................................................................................................... 13

1
1. Introdução
O presente trabalho de pesquisa enquadra-se na cadeira de Introdução a psicologia e tem como
tema o Construtivismo.
Construtivismo é um termo adotado por diversas abordagens filosóficas contemporâneas. Surgiu
com a obra de Piaget, e desde então vem sendo apropriado por abordagens das mais diversas
orientações ontológicas e epistemológicas
Construtivismo é talvez um dos termos mais indiscriminadamente utilizados na academia. Nos
últimos cinquenta anos assistimos a uma proliferação de sua utilização não somente na filosofia,
mas também na psicologia, educação, neurociência, lógica, matemática e sociologia. Este fato
tornou-se um problema em si mesmo, uma vez que várias dessas abordagens são bastante diversas
ontológicas e epistemologicamente e que não há, até hoje, nenhuma pesquisa em larga escala de
todas essas apropriações.

2
2. Metodologia
Para o presente trabalho, iremos fazer o uso da pesquisa documental.
Segundo Lakatos e Marconi (2001), a pesquisa documental é a coleta de dados em fontes
primárias, como documentos escritos ou não, pertencentes a arquivos públicos; arquivos
particulares de instituições e domicílios, e fontes estatísticas

3
3. Construtivismo e objecto de estudo
Construtivismo é uma teoria sobre a origem do conhecimento que considera que a criança passa
por estágios para adquirir e construir o conhecimento. Tem como objeto de estudo da alfabetização
a língua escrita (Nunes, 1990).
O Construtivismo afirma que o conhecimento é resultado da construção pessoal do aluno; o
professor é um importante mediador do processo ensino-aprendizagem. A aprendizagem não pode
ser entendida como resultado do desenvolvimento do aluno, mas sim como o próprio
desenvolvimento do aluno (Fossile, 2010).

4. A escola construtivista
O construtivismo enfatiza a importância do espaço dialógico, onde a comunicação não é a
transferência de conhecimento, mas a interpretação do conhecimento dentro de uma comunidade
de aprendizes.
Desta forma, o construtivismo é uma visão filosófica que descreve como os alunos e seus
professores interagem, como o tempo e o espaço da sala de aula são usados e como o controle
dentro da sala de aula está em um estado de equilíbrio entre professor e alunos.

O construtivismo pressupõe que a aprendizagem seja possível através dos fatores duplos da
interação social e da exposição simultânea a experiências cognitivas.
As fontes de experiências cognitivas podem ser estimuladas por meio do professor, livro didático,
objetos tridimensionais, software de computador, fenômenos ou reflexão sobre experiências
anteriores de sala de aula ou de vida.

A ideia central do construtivismo é que a aprendizagem humana seja construída, que os alunos
construam novos conhecimentos sobre os fundamentos da aprendizagem anterior.
Esse conhecimento prévio influencia o conhecimento novo ou modificado que um indivíduo
constrói a partir de novas experiências de aprendizado, assim, a noção é que a aprendizagem é um
processo ativo e não passivo.

A visão passiva do ensino vê o aluno como um recipiente a ser preenchido com as informações
que são transmitidas pelo professor, enquanto o construtivismo afirma que os alunos só constroem

4
significado através do envolvimento ativo com o mundo, como experimentos ou a solução de
problemas reais.
As informações podem até ser recebidas passivamente, mas o entendimento não pode ser, pois
deve resultar de conexões significativas entre o conhecimento prévio, o novo conhecimento e os
processos envolvidos no aprendizado.

5. Construtivismo piagetiano
Jean Piaget foi aquele que introduziu o termo ‘construtivismo’ no século XX (cf. VON
GLASERSFELD, 1998), em sua obra Logique et connaissance scientifique, de 1967. Sua
Epistemologia Genética é essencialmente uma tentativa de abordar as questões da teoria do
conhecimento através da investigação da gênese das estruturas cognitivas do sujeito.
PIAGET (1973) oferece uma resposta à questão da origem do conhecimento que ele reconhece
como uma nova versão das teses kantianas. Diz ele que a história da filosofia conhece dois tipos
de respostas tradicionais a esta questão: as empiristas e as racionalistas. Para o empirismo, que
defende aquilo a que estou me referindo aqui como ‘objetivismo’, a origem do conhecimento
estaria nos sentidos, e em última análise, no mundo; o objeto real “imporia” suas formas a uma
mente encarada como um receptáculo passivo.

Para o racionalismo, o conhecimento é inato e sua evolução seria apenas atualização de estruturas
pré-formadas, posição que englobaria em parte a tese kantiana. Piaget postula a terceira resposta
possível, que é a construtivista.

Imagem: Jean Piaget

5
PIAGET (1979) apresenta seu modelo construtivista de desenvolvi- mento cognitivo sustentado
por dados empíricos, com um sujeito construtor, através da ação no mundo, de suas próprias
estruturas cognitivas. Dois de seus conceitos principais que esclarecem sua posição quanto ao
processo de construção são os de assimilação e acomodação. Quando uma criança ou qualquer
pessoa tem uma experiência, ela primeiramente tenta a assimilar em seus esquemas existentes. No
entanto, se essa experiência resiste ao enquadramento, se suas predições sobre fenômenos
semelhantes são repetidamente desmentidas pela ação no mundo, prevalece a tendência de o
esquema se modificar de modo a acomodar-se a essa experiência.

6. Características do construtivismo
O centro do processo de aprendizagem é o aluno.
O professor não é um mero transmissor de informações, mas sim um facilitador e orientador do
processo de aprendizagem. O professor tem a função de colocar o estudante diante de situações
(práticas ou teóricas), para estes encontrarem soluções e, desta forma, construam o conhecimento.
Neste processo, a experiência de vida do aluno e seus conhecimentos, anteriormente adquiridos,
são de fundamental importância.

 Os níveis de amadurecimento, desenvolvimento e conhecimento de cada aluno deve ser


respeitado e levado em consideração no processo de aprendizagem.
 Ao docente cabe também a função de incentivar os alunos na busca de novos
conhecimentos e na aprendizagem de novos conceitos.
 O aprendizado vai sendo construído aos poucos. Um novo conhecimento ou conceito é
aprendido a partir de conhecimentos e conceitos anteriores.
 O ensino é realizado e percebido como um processo dinâmico e não estático, como ocorre
nos métodos pedagógicos tradicionais.
O conhecimento não é entendido como uma versão exata da realidade, mas sim uma
reconstrução daquele que está aprendendo.
7. Estágios do desenvolvimento genético-cognitivo
Piaget, quando descreve a aprendizagem, tem um enfoque diferente do que normalmente se atribui
à esta palavra. Piaget separa o processo cognitivo inteligente em duas palavras: aprendizagem e
desenvolvimento. Para Piaget, segundo MACEDO (1994), a aprendizagem refere-se à aquisição

6
de uma resposta particular, aprendida em função da experiência, obtida de forma sistemática ou
não. Enquanto que o desenvolvimento seria uma aprendizagem de fato, sendo este o responsável
pela formação dos conhecimentos.

Piaget, quando postula sua teoria sobre o desenvolvimento da criança, descreve-a, basicamente,
em 4 estágios, que ele próprio chama de fases de transição (Piaget, 1975):
• Sensório-motor (0 - 2 anos);
• Pré-operatório (2 - 7 anos);
• Operatório-concreto (7 - 12 anos);
• Operatório Lógico-Formal (12 - 16 anos);

7.1 Período Sensório-Motor:


Do nascimento aos 2 anos, aproximadamente, etapa básica manipulativa. A ausência da função
semiótica é a principal característica deste período. A inteligência trabalha através das percepções
(simbólico) e das ações (motor) através dos deslocamentos do próprio corpo. Sua linguagem vai
da ecolalia (repetição de sílabas) à palavra-frase ("água" para dizer que quer beber água) já que
não representa mentalmente o objeto e as ações. Sua conduta social, neste período, é de isolamento
e indiferenciação. (o mundo é ele). Função semiótica: capacidade que o indivíduo tem de gerar
imagens mentais de objetos ou ações, e através dela chegar a representação ( da ação ou do objeto).

“A função semiótica começa pela manipulação imitativa do objeto e prossegue na imitação interior
ou diferida (imagem mental), na ausência do objeto. É a função semiótica que permite o
pensamento". (Lima, 1980: 102). Neste estágio, a partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê
começa a construir esquemas de ação para assimilar mentalmente o meio (LOPES, 1996). Também
é marcado pela construção prática das noções de objeto, espaço, causalidade e tempo (MACEDO,
1991). Segundo Lopes, as noções de espaço e tempo são construídas pela ação, configurando
assim, uma inteligência essencialmente prática.

7
7.2 Período pré-operatório ou Simbólico ou Intuitivo:
Dos 2 anos aos 7 anos, aproximadamente. Etapa intuitiva e de aprendizagem instrumental básica.
Neste período surge a função semiótica que permite o surgimento da linguagem, do desenho, da
imitação, da dramatização, etc. Podendo criar imagens mentais na ausência do objeto ou da ação
é o período da fantasia, do faz de conta, do jogo simbólico. Com a capacidade de formar imagens
mentais pode transformar o objeto numa satisfação de seu prazer (uma caixa de fósforos em
carrinho, por exemplo). É também o período em que o indivíduo “dá alma” (animismo) aos objetos
("o carro do papai foi 'dormir' na garagem"). A linguagem está em nível de monólogo coletivo, ou
seja, todos falam ao mesmo tempo sem que respondam as argumentações dos outros. Duas crianças
“conversando” dizem frases que não têm relação com a frase que o outro está dizendo.

Seu pensamento continua centrado no seu próprio ponto de vista. Já é capaz de organizar coleções
e conjuntos sem, no entanto incluir conjuntos menores em conjuntos maiores (rosas no conjunto
de flores, por exemplo). Quanto à linguagem, não mantém uma conversação longa, mas já é capaz
de adaptar sua resposta às palavras do companheiro. Intuição: é uma representação construída por
meio de percepções interiorizadas e fixas e não chega ainda ao nível da operação.
Ou, é um pensamento imaginado. Incide sobre as configurações de conjunto e não mais sobre
simples coleções sincréticas simbolizadas por exemplares tipos. Imagem mental: é um produto da
interiorização dos atos de inteligência. Constituinum decalque, não do próprio objeto, mas das
acomodações próprias da ação que incidem sobre o objeto. Cópia do objeto realizada através do
sensório-motor. É a imagem criada na mente de um objeto ou ação distante.

7.3 Período Operatório Concreto


Dos 7 anos aos 11 /12anos, aproximadamente. É o período em que o indivíduo consolida a
construção das operações subjacentes às quais se encontram as possibilidades intelectuais do
período. Tais operações são o resultado de ações mentais interiorizadas e reversíveis. No início
desta fase do pensamento lógico concreto a lógica infantil está, ainda muito dependente da
manipulação concreta de objetos, e de relações entre objetos. Entende que as conservações de
número, substância, volume e peso não acarretam, necessariamente, a mudança de quantidade.

8
Sua organização social é a de bando, podendo participar de grupos maiores, chefiando e admitindo
a chefia. Já podem compreender regras, sendo fiéis a ela, e estabelecer compromissos. A
conversação torna-se possível (já é uma linguagem socializada), sem que, no entanto possam
discutir diferentes pontos de vista para que cheguem a uma conclusão comum. Reversibilidade:
quando a operação deixa de ter um sentido unidirecional. A reversibilidade seria a capacidade de
voltar, de retorno ao ponto de partida.
Aparece, portanto como uma propriedade das ações do sujeito, possível de se exercerem em
pensamento ou interiormente. Lembramos que as operações nunca têm um sentido unidirecional;
são reversíveis. Conservação: uma invariante que permite a formação de novas estruturas. “A
invariância é a conservação. A estrutura é apenas um patamar: O funcionamento levará à formação
de novas estruturas" (Lima, 1980: 56). Pode ser observada na área: Lógico- matemática:
conservação dos números, etc.
Conforme NITZKE et alli (1997b), neste estágio a criança desenvolve noções de tempo, espaço,
velocidade, ordem, casualidade..., sendo então capaz de relacionar diferentes aspectos e abstrair
dados da realidade. Apesar de não se limitar mais a uma representação imediata, depende do
mundo concreto para abstrair. Um importante conceito desta fase é o desenvolvimento da
reversibilidade, ou seja, a capacidade da representação de uma ação no sentido inverso de uma
anterior, anulando a transformação observada.

7.4 Período Operatório Lógico Formal ou Abstrato


Dos 12 aos 16 anos em diante, em que acaba a construção de estruturas intelectuais próprias do
raciocínio hipotético-dedutivo, que é característico nos adultos. É o ápice do desenvolvimento da
inteligência e corresponde ao nível de pensamento hipotético-dedutivo ou lógico-matemático. É
quando o indivíduo está apto para calcular uma probabilidade, libertando-se do concreto em
proveito de interesses orientados para o futuro. É, finalmente, a “abertura para todos os possíveis”.
A partir desta estrutura de pensamento é possível a dialética, que permite que a linguagem se dê
em nível de discussão para se chegar a uma conclusão. Sua organização grupal pode estabelecer
relações de cooperação e reciprocidade. Logicização: processo de transformar o pensamento
simbólico e intuitivo em pensamento operatório. Segundo WADSWORTH (1996) é neste
momento que as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de
desenvolvimento.

9
8. Pensamento e Linguagem
Para Piaget, “a linguagem não é suficiente para explicar o pensamento, uma vez que este tem raízes
na ação e nos mecanismos sensório-motores”. A origem do pensamento é anterior à linguagem (e
independente dela) (Miranda e Senra, 2012; Magalhães). A linguagem é uma construção da
inteligência (Magalhães) e tem origem no estágio sensório-motor, quando se inicia a função
simbólica (Miranda e Senra, 2012).

As estruturas da linguagem não são ofertadas pelo meio ambiente, mas sim concebidas pelo
nascimento e desenvolvidas no dia a dia. Piaget afirma que o desenvolvimento da linguagem é um
processo de equilibração progressiva: “uma permanente passagem de um estágio de menor
equilíbrio para outro” (Magalhães).
Piaget denomina a fala privada de “fala egocêntrica”, uma vez que a função simbólica não está
desenvolvida inteiramente (Miranda e Senra, 2012).

9. A teoria construtivista piagetiana e suas interpretações equivocadas


Na teoria piagetiana, corrobora-se a existência de estruturas mentais dinâmicas e específicas para
o ato de conhecer, dado que elas possuem uma gênese e se desenvolvem por um complexo
processo de dialética – adaptação – entre o sujeito e o objeto (CHIAROTTINO, 1984).
A inteligência, na epistemologia genética, não é fruto apenas de uma maturação biológica ou de
uma internalização – que lembra muito o processo de osmose – do social no indivíduo. De acordo
com Piaget (1977, p. 28):
[...] o organismo e o meio constituem um todo indissociável, o que quer dizer que a par das
mutações fortuitas é necessário haver lugar para variações adaptativas que impliquem, ao mesmo
tempo, uma estruturação própria do organismo e uma ação do meio, sendo os dois termos
inseparáveis. Do ponto de vista do conhecimento, isto quer dizer que a atividade do sujeito é
relativa à constituição dos objetos, do mesmo modo que esta implica aquele: é a afirmação da
interdependência irredutível entre a experiência e a razão; o termo relativismo ao nível biológico
estende-se assim na teoria da interdependência do sujeito, e do objeto, da assimilação do objeto
pelo sujeito e da acomodação deste àquele.

Esta interação entre o indivíduo e o objeto estudado se dá por meio da assimilação, que é
caracterizada como um processo pelo qual o sujeito incorpora o objeto às suas estruturas mentais.

10
Podemos dizer que as novas experiências são assimiladas pelo indivíduo tendo como base as
estruturas existentes em si próprio, ou seja, ele assenta a ação às características dos objetos que
conhece anteriormente, assim, enriquece esses objetos por intermédio da assimilação de novas
características percebidas no ambiente. Ao fazer isso, adequa os objetos às suas estruturas mentais,
que por sua vez, se adequam às novas características do objeto, ocasião em que sujeito e objeto
são modificados pelo processo de acomodação (MACEDO, 1994).

Do mesmo modo, para Macedo (1994), o processo de acomodação parte da assimilação, uma vez
que esta atribui características novas aos objetos, porém, num determinado momento este objeto
deixa de ser aquilo que se conhecia em função das novas características recebidas e o esquema é
modificado para aceitar as novas características percebidas no ambiente, ou até mesmo um novo
esquema pode ser construído pelo indivíduo.

10. Metodologia Construtivista


O ponto de partida da metodologia construtivista é, justamente, a construção do conhecimento.
Para que o conhecimento seja construído, são necessários mecanismos e técnicas que favoreçam o
aprendizado, e, mais que isso, que o indivíduo possa aprender a aprender.
É na relação do professor com o aluno e este com os demais alunos que ocorre o aprendizado. Ao
se deparar com um conhecimento novo, o aluno internaliza e contribui, com a sua interpretação e
expressão, um produto deste aprendizado: o aluno aprende e também ensina. Não é só passivo
diante do conhecimento. Ele transforma e contribui. O professor é um mediador do processo,
criando condições e oferecendo ferramentas para que este construa o seu conhecimento sobre o
mundo.
A metodologia construtivista é baseada na obra de Jean Piaget (1896-1980), um biólogo e
psicólogo suíço que estudou os meios de aquisição de conhecimento. Para ele, o conhecimento se
constrói através das interações entre sujeitos e o meio.
A psicóloga e pedagoga argentina Emilia Ferreiro foi a percursora do construtivismo na América
Latina, uma vez que foi também aluna do Jean Piaget na Universidade de Genebra. Para a autora,
a criança tem seu próprio tempo para aprender e a aprendizagem percorre um movimento do todo
para as partes.

11
11. Conclusão
O construtivismo é na verdade o nome de várias correntes surgidas na arte, na psicologia, na
filosofia, na pedagogia e nas ciências sociais em geral. No presente trabalho tentamos explanar
algumas das correntes e seus idealizadores.
Para alguns teóricos como Piaget, Vygotsy, bruner e Ausubel construtivismo é uma teoria, que
procura descrever os diferentes estágios pelos quais passam os indivíduos, no processo de
aquisição de conhecimentos, de como se desenvolve a inteligência humana e de como o individuo
se torna autônomo. Em busca de descobertas feitas pelas teses construtivistas, muito se tem escrito
sobre como se poderia ser o processo de ensino fundamentado nessa teoria, há várias críticas sobre
o construtivismo que advêm de uma tradução feita por alguns educadores para a pedagogia,
objetivando justificar a adoção de determinados procedimentos no ensino.

12
11. Bibliográfica
NUNES, Therezinha. Construtivismo e alfabetização: um balanço crítico. Educ. Revista, Belo
Horizonte, 1990
FOSSILE, Dieysa K. Construtivismo versus sociointeracionismo: uma introdução às teorias
cognitivas. Revista Alpha, Patos de Minas, UNIPAM. 2010.
MARCONI, M. A; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de
pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração e interpretação de dados. 3.ed. São
Paulo: Atlas, 1996.
VON GLASERSFELD, E. (1984). An introduction to radical constructivism. In WATZLAWICK
(org.) (1984), op. cit., p. 18-40. Em português, p. 24-45. Artigo original em alemão: 1981
(1983). A psicogênese dos conhecimentos e a sua significação epistemológica. In: PIATELLI-
PALMARINI, M. (org.). Teorias da linguagem, teorias da aprendizagem: o debate entre Jean
Piaget e Noam Chomsky. Trad. A. Cabral. São Paulo: Cultrix, p. 39-49. Orig. francês do livro:
1979.
LIMA, Lauro de Oliveira. In: MACEDO, Lino de. Ensaios Construtivistas. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 1994.
BROUWER, L. (1983). Intuitionism and formalism. In: BENACERRAF, P. & PUTNAM, H.
(orgs.). Philosophy of mathematics: selected readings. 2a ed. Cambridge: Cambridge University
Press, p. 77-89. Orig: (1913). Bulletin of the American Mathematical Society 20: 81-96.
OLIVA, A. (2003). É possível uma sociologia da ciência sem uma filosofia da ciência? Episteme
17: 82-116.

13

You might also like