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Síndromes Medulares

NOÇÕES DA ANATOMIA  Prova de Romberg:

O examinador deve pedir para


o paciente permanecer em pé
com os pés juntos, mãos ao
lado do corpo e olhos fechados
por um minuto. O examinador
deve permanecer perto do
paciente por precaução, já que
este pode cair ou se machucar.
O teste é considerado positivo
quando se observa o paciente
balançar, balançar
irregularmente ou mesmo cair.
A característica principal a ser
observada é que o paciente se
torna mais instável com os
olhos fechados.

Um teste Romberg positivo sugere que


a ataxia é de natureza sensorial, ou seja,
depende da perda da propriocepção. Um
teste Romberg negativo sugere que a
ataxia é de natureza cerebelar, ou seja,
 Tratos em azul= vias ascendentes depende de disfunção localizada
 Tratos em vermelho= Vias descendentes do cerebelo.
 A parte de motricidade está muito
relacionada com a parte anterior e lateral
da medula, já a parte de sensibilidade/
propriocepção em geral está mais ligada a
parte posterior e também lateral da
medula.
 Trato espinotalâmico lateral- mediação de
dor e temperatura (cruzam na própria
medula- contralateral); Fascículo grácil e
cuneiforme- via de propriocepção
(ascendem e só cruzam no tronco
encefálico- ipsilateral). Trato Aplicação prática- Tabes Dorsalis
corticoespinhal- funções de motricidade.  Neurossífilis

SÍNDROMES MEDULARES

1. Síndrome da Coluna Posterior


 Região do fascículo grácil e cuneiforme
acometida.
 Problemas de propriocepção;
 Ataxia sensitiva (Lesões nos nervos
sensoriais que levam a pessoa a não
sentir onde as suas pernas se encontram 2. Síndrome do Corno Posterior
em relação ao corpo);  Alteração de dor e temperatura

 Marcha talonante ou tabética:


- Elevação súbita e violenta dos MMII e
recolocação no solo inicialmente dos
calcanhares
- Aumento da base de sustentação e
olhar dirigido ao solo.

Maria Suélen Andrade de Barros


Terapia Ocupacional- UFPE
3. Síndrome do Canal Central da Medula 5. Síndrome do Corno Anterior
 Muito frequentes em tumores  Clínica de 2° motoneurônio: fraqueza
intramedulares flácida com atrofia (diminuição do tônus)
 Alteração de dor e temperatura em ambos  Reabilitação motora
os lados
 Compromete as fibras nervosas
responsáveis pela condução das
sensibilidades térmica e dolorosa que
cruzam para os lados opostos para
constituírem os tratos espinotalâmicos.
 “Anestesia em colete”: anestesia térmica e
dolorosa de ambos os lados do corpo e
que afeta apenas os dermátomos
correspondentes aos segmentos
acometidos.
Ex.: Poliomielite: inflamação na substância
cinzenta (polio) da medula.

6. Síndrome do corno anterior e do trato


piramidal combinada
Siringomielia*: é a formação de uma
 Trato piramidal (1° motoneurônio) + Corno
cavidade líquida dentro da medula
anterior (2° motoneurônio)
espinhal, decorrente de alterações da
circulação liquórica. Geralmente acontece
Ex.: Doença Esclerose Lateral Amiotrófica
na medula cervical e torácica alta.
(ELA): Doença que afeta o sistema nervoso
de forma degenerativa e progressiva e
acarreta em paralisia motora irreversível.
Nesta doença degenerativa, há atrofia de
4. Degeneração Combinada da Medula
motoneurônios de toda a medula espinal e de
 Associada a deficiência de vitamina B12
núcleos de nervos cranianos, associada à
 A vitamina B12 é necessária para a
lesão dos tratos piramidais. Deste modo,
formação e manutenção de uma bainha
podem coexistir paresia, atrofia e hiper-
de gordura (bainha de mielina) que
reflexia num mesmo músculo. Explica-se este
envolve algumas células nervosas e que
aparente paradoxo pela preservação de
acelera a transmissão dos sinais
alguns motoneurônios, que, embora
nervosos. Na degeneração combinada
insuficientes para manter o trofismo, podem
subaguda, a mielina é lesionada,
exibir hiperatividade em virtude da lesão
causando a degeneração das fibras
piramidal. O comprometimento de
nervosas sensoriais (propriocepção) e
motoneurônios de nervos cranianos
motoras da medula espinhal.
manifesta-se principalmente através de
atrofia e fasciculações da língua, disfagia e
disartria.

Maria Suélen Andrade de Barros


Terapia Ocupacional- UFPE
T12-L1. Nos membros inferiores, a parte
7. Síndrome de Hemissecção medular anterior da coxa é inervada por L1 a L3,
(Brown- Séquard) as faces anterior e lateral da perna por L4
 Altera a propriocepção ipsilateral e dor e e L5, a parte posterior da coxa por S1 e
temperatura contralateral S2 e a região perianal por S4 e S5.
 Associam-se: síndrome piramidal e perda Secções situadas acima de C4 causam
da sensibilidade profunda do lado da paralisia dos movimentos respiratórios.
lesão devido ao comprometimento dos  Mielopatias transversas podem ter
tratos piramidais e grácil (e cuneiforme, se diversas etiologias. Traumas,
a lesão localizar-se acima da porção compressões agudas por tumores
superior da medula torácica); anestesia malignos, infecções e inflamações agudas
térmica e dolorosa do lado oposto ao da são algumas das causas mais comuns.
lesão devido ao comprometimento do Muitas vezes a lesão envolve todos os
trato espinotalâmico. tratos, mas sem comprometê-los
 No nível do segmento medular afetado totalmente, havendo preservação parcial
pela hemissecção ocorrem alterações da das funções motora e sensitiva.
sensibilidade e motricidade ipsilaterais à
lesão.

8. Síndromes de transecção da medula


 Causa abolição imediata de todas as for-
mas de sensibilidade e da motricidade
voluntária abaixo da lesão.
 Na fase inicial, denominada fase de
choque medular, os reflexos profundos e
superficiais também estão abolidos.
Somente após algumas semanas
aparecerão o sinal de Babinski e os
reflexos profundos, que progressivamente
tornar-se-ão hiperativos. Na fase de
choque medular ocorrem retenção urinária
e fecal secundárias à arreflexia do
detrusor e à paralisia do peristaltismo
intestinal, respectivamente. O limite
superior da anestesia, denominado nível
de sensibilidade, permite reconhecer o
segmento em que ocorreu a transecção.
 Não há necessidade de conhecer a
inervação de todos os dermátomos,
bastando memorizar alguns pontos. A
sensibilidade do crânio depende do
trigêmeo e da raiz C2, pois a raiz C1 não
tem território cutâneo de inervação. Como
as raízes C5 a T1 inervam os membros
superiores, a secção transversal acima de
C5 termina por abolir a sensibilidade nos
quatro membros. O mamilo é inervado
pela raiz T4, a cicatriz umbilical por T10 e
o ligamento inguinal marca a transição
Maria Suélen Andrade de Barros
Terapia Ocupacional- UFPE

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