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O ADULTO JOVEM 2

DISCIPLINA DE PSICOLOGIA JURÍDICA


PROFESSOR ANDRÉ PATELLA
PATERNIDADE E MATERNIDADE
— Segundo principal papel adquirido no início da vida
adulta.
— 9 em cada 10 adultos serão pais.
— Maioria entre os 20 e os 30 anos.
— Senso de propósito, autovalia, de amadurecimento, alegria
compartilhada entre marido e mulher.
— Mudanças na vida nem todas fáceis.
PATERNIDADE E MATERNIDADE
— Vem sendo retardada pelas questões econômicas e pelo
ingresso da mulher na força de trabalho.
— Custos econômicos e emocionais.
— Responsabilidades definitivas.
— Realidade da passagem do tempo=envelhecimento
— Abrir mão do papel de filho ou filha.
— Gratificação de reviver com os filhos cada etapa de seu
desenvolvimento.
— Tendem a repetir os conflitos com seus pais.
— Feminina, 28 anos, após nascimento da filha tornou-se
exigente com o marido, que necessitava dispensar a ela
quase os mesmos cuidados que com a filha.
— Ao nascer, recebera poucos cuidados da mãe, enlutada
por sua própria mãe ter falecido na véspera.
POR QUE FILHOS?
— Conservação da espécie (causa biológica)
— Satisfação profunda de capacidade.
— Atingir a posição idealizada dos pais.
— Aliviar a dor da perda dos pais.
— Poder reparar relacionamento com seus próprios pais.
— Forma de aceitar a transitoriedade da vida =continuar
vivo através dos filhos.
— Projetam nos filhos sua auto-realização.
INFERTILIDADE
— Incapacidade para conseguir a gravidez ou parto de um
bebê vivo após uma no de relações sexuais regulares.
— Apesar dos avanços médicos continua sendo visto como
defeito vergonhoso e estigma social.
— Rouba do casal o senso que são participantes da vida.
Podem sentir-se frustrados, incapacitados e até punidos.
INFERTILIDADE
— Sexo sem reprodução foi golpe severo a crença social da
origem familiar como o apogeu dos objetivos da vida.
— Reprodução sem o sexo abala os valores tradicionais.
Reprodução assistida lida com objeções religiosas e
morais, questões legais associadas ao esclarecimento da
origem familiar da criança e estigma contínuo. Desafio
para se esclarecer e proteger os direitos da criança.
ADOÇÃO
— Instituição com séculos de existência.
— Conceito variando ao longo da história:
“Obtenção de um filho através da lei” (suprir necessidades
de casais inférteis).
“Adoção com reais vantagens para criança”(ECA, 1990).
“Criação Jurídica de um laço de filiação entre duas
pessoas.” (Robert, 1989)
ADOÇÃO
— Fundação de Roma (753 a.c.) envolve história de Adoção
de Rômulo e Rêmulo
• Fontes históricas tradicionais, mitos, lendas, histórias em
quadrinhos, filmes e novelas tratam do tema adoção.
• A cultura através de histórias fictícias permite às pessoas
elaborarem situações afetivas que são desconhecidas e
temidas ao longo dos tempos.
ADOÇÃO-curiosidades históricas
— Ato de expor os filhos no Brasil foi introduzido pelos brancos
europeus, pois o índio não abandonava os próprios filhos.
— Períodos colonial e imperial, crianças legítimas e ilegítimas eram
abandonadas em diversos locais urbanos, na tentativas dos pais
de se livrarem do filho indesejado, não amado ou ilegítimo.
— Por séculos o nascimento de filho ilegítimo era ostensivamente
reprovado = abortos, infanticídios ou nascimento clandestino
com abandono.
— Foi criado “Roda dos Expostos”(até 1950). Abandono anônimo
de bebês.
Roda dos
expostos
ECA Lei 8069 de 13/7/1990

— “ Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou


por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações,
proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas
a filiação.”
QUEM PODE ADOTAR?
Nova Lei Nacional de Adoção - nº 12.010/09
Maiores de 18 anos, qualquer que seja seu estado civil.
Adotante deve ser 16 anos mais velho do que o adotado.
Cônjuge ou concubino pode adotar o filho do companheiro.
Adoção conjunta exige que os adotantes sejam casados no civil ou
mantenham união estável.
Não prevê adoção por homossexuais.
A adoção por pessoas ou casais residentes fora do país só será
admitida se não houver brasileiros habilitados no cadastro
nacional de pais adotantes.
OUTROS DETALHES
• Passa a ter os mesmos direitos e deveres, inclusive hereditários, de um filho
legítimo.
• Quem é adotado recebe o sobrenome do adotante.
• A adoção é irrevogável, ou seja, a criança ou o adolescente nunca mais
deixará de ser filho do adotante, nem mesmo com sua morte.
• Processo que costuma durar meses a anos(destituição do poder da família
de origem, institucionalização, período de convivência e a finalização com a
ordem judicial e modificação no assentamento do registro de nascimento)
• Enquanto aguarda a criança será colocada sob a guarda de família
cadastrada em programa de acolhimento familiar. Esse tipo de iniciativa terá
preferência sobre o acolhimento do menor em abrigos.
• A nova proposta estabelece a redução do tempo de permanência nessas
instituições, que deverá durar, no máximo, dois anos.
Pessoa quer adotar
— Habilitação legal:Vara Infância e Juventude entrevista
psicólogo e assistente social. Promotor e juiz decide se
incluída ou excluída do cadastro nacional virtual.
— Se mostram que tem condições, dizem que tipo de
criança querem adotar=ficam na espera ou se criança
apta 1 ano de estágio de convivência e nos com mais
idade, entregam a guarda.
Criança para adoção
— Destituído Pátrio Poder Processo de Preparação para
Adoção:
— Procuram cadastro, ordem de inscrição.
— É autorizado visita e observado se houve vinculação.
— Entregue em guarda, estágio de convivência se necessário.
— Registros civis são eliminados. Nome novo, muda sobrenome,
filiação, avós. Registros antigos guardados em microfilme. Aos 18
anos tem acesso se quiser.
ADOÇÃO

— Lidar com situações afetivas desconhecidas e temidas.


— História que remete ao “ABANDONO”(mesmo numa
entrega para adoção) e a “MORTE DOS PAIS”.
— Esterilidade
ADOÇÃO
— SEGREDO E NEGAÇÃO
— Contam que é adotado, mas poucas informações.
— Para proteger a si e ao filho de uma intrusão do passado,
mas também pelo estigma da ESTERILIDADE.
— “ Se não se pode saber de algo, isso deve ser mau”.
— ACEITAÇÃO DA DIFERENÇA= Adoção bem sucedida
(Kirk,1964).
— Efeito devastador que os segredos na família tem sobre a
confiança e na comunicação familiar.
ADOÇÃO
— Segredo é também uma questão legal.
— Registro de adoção são lacrados para proteger as
crianças do estigma doloroso da ilegitimidade e das
intrusões dos pais biológicos na família adotiva e vice-
versa.
— Adoção aberta é complexa, pais biológicos perturbarão
lares adotivos, crianças divididas entre duas famílias.
— Medo do abandono. Problemas de identidade,
descrevem como “vazio”. Culpa quando curiosos de sua
origem.
CAPACITAÇÃO DOS PAIS ADOTIVOS
— Devem ser os primeiros a revelar a adoção ao filho e poder
continuar falando depois da revelação inicial.
— Expressar compreensão a necessidade do adotado de conhecer
seus antecedentes e as razões pelas quais foi adotado.
— Disposição para aceitar o passado da criança, seus sentimentos e
recordações sobre sua família, respeito pela família genética,
ajuda-la a conservar e valorizar sua própria história.
— Aceitar os sentimentos de ambivalência e insegurança da criança.

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