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Beatriz Nunes Costa Anos Letivos 2019/2020 e 2020/2021
Beatriz Nunes Costa Anos Letivos 2019/2020 e 2020/2021
Síntese
Resumo (detalhado)
Exercícios
o De fichas fornecidas
o De exames
o De testes
As Mutações ....................................................................................................... 19
A meiose ............................................................................................................. 27
Fecundação ......................................................................................................... 30
Tipo de reprodução.............................................................................................. 36
Vantagem ............................................................................................................ 36
Desvantagem ....................................................................................................... 36
Unicelularidade e multicelularidade..................................................................... 37
A Multicelularidade............................................................................................. 39
Lamarckismo .......................................................................................................... 41
Darwinismo ............................................................................................................ 43
Argumento embriológico..................................................................................... 48
Argumento bioquímico........................................................................................ 48
Numa família é possível identificar traços que resultam de uma hereditariedade comum.
No entanto dentro desta não temos colones. As semelhanças e diferenças entre
organismos devem-se ao “programa genético” que é herdado, mas que não é
repetido exatamente de mesmo modo como produzido.
O DNA contem o código genético “programa” de cada ser vivo, ou seja, neste está
codificada a informação que determina as características de cada espécie e de cada
indivíduo. Este é o suporte da informação genética, sob o ponto de vista físico, químico
e biológico.
Agora que já recordámos isto podemos ver que apesar de, para todos os seres vivos a
estrutura do DNA ser a mesma, o que torna diferentes dois seres vivos é a ordem das
destas bases e a quantidade de moléculas de DNA de cada espécie. Esta informação
A estrutura da molécula
Replicação DNA
Primase- é uma enzima que cria um primer numa cadeia de DNA adicionando
nucleótidos de RNA à cadeia de acordo com a
sequência do modelo de DNA para começar a
replicação.
Síntese proteica
Nota:
Nos eucariontes, antes de ir para os ribossomas, o mRNA experimenta um
processamento. Isto deve-se ao facto de o DNA dos eucariontes conter sequências
que não codificam informação (intrões), intercalados com secções que codificam
(exões). Neste processo, os intrões são removidos, por ação de enzimas, restando
então, apenas um mRNA maturo e pronto para ir para os ribossomas.
1. Universal: Desde os organismos mais simples aos mais complexos existe uma
linguagem comum em todas as células. Mesmo em virus, entidades acelulares
utilizam este código. (Exceções protozoários ciliados, paramécias) O argumento
é a favor da origem comum dos seres vivos e está na base de várias aplicações
biotecnológicas.
2. Redundante: Vários codões podem ser sinónimos, ou seja, codificar o mesmo
aminoácido.
3. Não é ambíguo: A cada codão corresponde um aminoácido
4. O terceiro nucleótido de cada codão não é tão específico como os dois primeiros
5. O tripleto AUG tem dupla função (metonímia e codão de iniciação)
6. Os tripletos UAA UAG e UGA são codões de finalização ou codões stop
Ribossoma- Os
ribossomas são formados por rRNA (ribossómico ou
ribossomal) e proteínas. São constituídos por duas
subunidades (subunidade maior e subunidade menor).
O mRNA forma-se a partir de um segmento (gene) da cadeia de DNA que lhe serve de
molde. A informação está «escrita» no gene em «palavras» de três letras, ou seja, em
sequências de três bases nitrogenadas (nucleótidos) do DNA (codogene).
As Mutações
Estas podem ser ainda mutações genitais caso ocorram ao nível dos gametas sendo ou
não transmitidas á descendência ou somáticas caso sejam noutras células.
Na generalidade as células passam cerca de 90% da sua vida em interfase sendo este um
período de grande atividade biossintética. Durante esta fase verifica-se o crescimento e
a duplicação do conteúdo celular sendo possível distinguir três fases:
Os outros 10% correspondem então à fase mitótica. Esta embora continua divide-se em
duas fases:
Os pontos de control:
o Fase G1- verifica se o DNA tem algum problema. No caso de ter, a célula pode
entrar em G0 (interromper o ciclo celular) ou desencadear apoptose celular
(morte celular programada);
o Fase G2- verifica se a replicação do DNA ocorreu devidamente. Caso contrário,
ocorre apoptose celular;
o Fase Mitótica- Verifica se os cromossomas são repartidos de forma equitativa
pelas células filhas.
Diferenciação celular
Ao longo da evolução de um sere vivo ocorrem vários processos, através dos quais
células geneticamente idênticas se especializam de modo a desempenhar certas funções,
diferenciação celular.
Existem ainda algumas células como células estaminais (totipotentes) que são utilizadas
para o tratamento de certas doenças da degeneração de tecidos, estas substituem então
os tecidos danificados, estimulando-as para desempenharem a função pretendida.
Reprodução assexuada
Esporulação Formação de células reprodutoras, os esporos, cada um dos quais Bolores como o do
pode originar um novo individuo. pão ou da fruta
Divisão Ocorrência de várias divisões do núcleo celular sem que haja divisão Plasmódios
múltipla ou imediata do citoplasma. Protozoários
esquizogonia
A elevada capacidade de reprodução das plantas tem sido aproveitada pela Humanidade.
Na agricultura, a multiplicação vegetativa é utilizada para conseguir um elevado número
de plantas. Tradicionalmente, os agricultores selecionam as plantas com as melhores
características e, através da multiplicação vegetativa, sendo que estas produzem vários
descendentes geneticamente iguais (clones) garantindo a qualidade. No entanto, para
além deste processo foram-se desenvolvendo outras técnicas de propagação artificial
Vantagens:
Desvantagens:
Reprodução sexuada
A meiose
As duas replicações de DNA que ocorrem na mitose são precedidas de uma única
replicação do DNA. Durante o período S os cromossomas duplicam, passando a
apresentar dois cromatídeos unidos pelo centrómero.
Divisão I
Divisão II
Caso não tenha ocorrido citocinese após a telófase I, o citoplasma divide-se agora,
originando 4 células-fichas haploides.
Tal como na mitose podem ocorrer ocasionalmente erros que conduzem a alterações na
estrutura ou no número de cromossomas das células resultantes, as mutações. Podem ser
numéricas ou estruturais.
Mitose Meiose
Ocorre em células somáticas Ocorre para a produção de
gâmetas ou esporos
Origina duas células-filhas, Origina quatro células-filhas,
cujo número de cromossomas cujo número de cromossomas
é igual ao da célula mãe é metade do da célula mãe
A quantidade de DNA das A quantidade de DNA das
células-filhas é igual ao da células-filhas é metade do da
célula-mãe célula-mãe
Não há emparelhamento de Há emparelhamento de
cromossomas homólogos cromossomas homólogos
nem fenómenos de crossing- com possibilidade de
over crossing-over
A informação genética das A informação genética das
células-filhas é igual à da células-filhas é diferente à da
célula-mãe célula-mãe, devido à
separação dos homólogos e à
ocorrência do crossing-over
O centrómero divide-se na O centrómero só se divide na
anáfase anáfase II
Só ocorre uma divisão Ocorrem duas divisões
sucessivas, sendo a divisão II
semelhante à mitose.
Fecundação
Tal como nos animais nas plantas ocorrem diversas estratégias que permitem o sucesso
da reprodução sexuada. Nas plantas com flores os mecanismos são extremamente
variados, sendo que nestas existem estruturas reprodutoras que permitem o
desenvolvimento de sementes.
Unicelularidade e multicelularidade
Estima-se que os primeiros seres procariontes surgiram há 2,5-2,0 mil milhões de anos
atrás no pré-câmbrico. Sendo que as células procarióticas surgiram há 3,8-3,5 mil
milhões de anos e as cianobactérias há 3,5. Com base nestes dados supõem-se que as
células procariontes podem ter estado na origem da vida na Terra e que as células
eucariontes possam ter sucedido destas. Desta forma seguindo estas suposições
formaram-se vários modelos explicativos de como seria possível a evolução de seres
procariontes a eucariontes. Destas teorias destacam-se duas:
o Modelo autogénico
o Modelo endossimbiótico
Modelo autogénico
Este modelo sugere que os seres eucariontes são o resultado de uma evolução gradual
dos seres procariontes. Numa fase inicial, as células desenvolveram sistemas
endomembranares resultantes de invaginações da membrana plasmática. Algumas
dessas armazenavam o DNA, formando o núcleo. Outras evoluíram no sentido de
produzir organelos semelhantes ao reticulo endoplasmático. Posteriormente algumas
porções do material genético abandonaram o núcleo e evoluíram sozinhas no interior de
estruturas membranares (mitocôndrias e cloroplastos). Estas células teriam dimensões
aproximadas à dos procariontes.
Esta é a teoria mais aceite pela comunidade cientifica. Porém, não explica tudo,
nomeadamente a formação do nucleo e outros organelos intrecelulares para além das
mitocondrias e cloroplastos.
A Multicelularidade
Quando uma célula aumenta de tamanho, verifica-se que a razão entre superfície e o
volume diminui, ou seja, o
volume aumenta mais do que a
superficie (membrana), e é por
este mesmo motivo que se
começou a dar a divisão
celular. Este processo apenas
se deu pois a taxa de
metabolismo por quantidade de trocas com o exterior por parte da célula aumentasse
significaria que os gastos eram maiores que a produção de matéria logo ou esta célula
passava a dividir-se, apresentar multicelulariedade ou reduzia o metabolismo.
Vantagens da multicelularidade
Evolucionismo e fixismo
No entanto, o trabalhos de cientistas como Lamarck e Darwin fizeram com que hoje em
dia se adopte uma prespetiva evolucionista, isto é, as espécies alteram-se de forma lenta
e progressiva ao longo do tempo. Esta prespetiva foi lancada devido ao aparecimento de
fosseis que nada tinham haver com as espécies que hoje em dia habitam o planeta.
Lamarckismo
Lamarck na sua obra Philosophie Zoologuique a teoria que ficou conhecida por teoria
Lamarckista fundada sobre dois princípios.
A necessidade de se adaptarem às
condições ambientais ditaria
assim um uso ou desuso de
determinados orgão levando à sua
atrofia ou hipertrofia, lei do uso e
desuso.
Alguns exemplos das leis de Lamarck chegaram a ser propostos como o pescoço das
girafas, o das membranas interdigitais das patas dos patos a perda dos membros
posteriores e anteriores pelo lagartos gerando cobras. A mais comum e o melhor
exemplo ilustrativo é o do pescoço das girafas. Estas ao tentarem adaptar-se ao meio em
que viviam e para se alimentar melhor das folhas que ficam nas partes mais altas das
árvores, as girafas começaram a esticar seus pescoços, o que provocou o seu
alongamento. Esta
característica e a
necessidade de comer
folhas em locais mais altos
foram transmitidas por
várias gerações.
Críticas a Lamarck
o O facto de a teoria admitir que a matéria viva teria uma “ambição natural” de se
tornar melhor, de forma a que cada ser vivo seria impelido para um grau de
desenvolvimento mais elevado.
Darwinismo
Em 1831 Charles Robert Darwin partiu a bordo do navio HMS Beagle onde
reconheceu parte dos dados que utilizou para formular a sua teoria no livro A origem
das espécies
Outro homem que o influenciou foi Thomas Malthus, com o seu trabalho do
crescimento das populações. Este defendia que a população tende a crescer de forma
geométrica enquanto os recursos alimentares crescem em progressão aritmética, logo
existe um ponto critico em que os recursos não satisfazem as necessidades da
população.
Darwin admitiu então que à semelhança do que acontece com os criadores de animais
(como ele) a Natureza faz uma seleção dos indivíduos reprodutores, seleção natural,
com as diferenças de que são os fatores ambientais que este é um processo evolutivo
lento e gradual.
Exemplos práticos
Deste modo os ratos amarelos são mais facilmente alvo de caça sendo que, uma fração
relativamente maior de ratos amarelos será caçada face à de ratos pretos. Assim, se
olharmos para a proporção entre ratos pretos e amarelos dentro do grupo sobrevivente, a
de ratos pretos será maior do que na população inicial.
Lamarck Darwin
Unidade Evolutiva Individuo População
Agente ativo Esforço e adaptação Meio ambiente
Princípio Lei do uso e desuso Os seres vivos da mesma
fundamentais Lei da transmissão dos espécies apresentam variações
caracteres adquiridos entre si
As populações tendem a
crescer em progressão
geométrica
Luta pela sobrevivência
Características mais aptas
Seleção natural
Transmissão das características
mais aptas à descendência
Acumulação de variações ao
longo dos anos
Argumentos do evolucionismo
Argumentos paleontológicos
Argumento embriológico
Argumento citológico
Argumento bioquímico
Nos últimos anos, os estudos da natureza bioquímica vieram dar um impulso notável à
argumentação evolucionista, destacando-se algumas “provas”. O facto de todos os
organismos serem constituídos pelos mesmos compostos
orgânicos (glícidos, lípidos, prótidos e ácidos nucleicos) e
a universalidade do código genético com a intervenção do
DNA e do RNA no mecanismo de síntese proteica. Uma
das formas de estimar a proximidade entre espécies é
através da hibridação do DNA. Nesta técnica, misturam-se
fragmentos das cadeias de DNA desenroladas de espécies
diferentes e espera-se que o emparelhamento ocorra.
Uma das principais críticas apontadas à Teoria de Darwin era o facto de esta não
explicar o surgimento de “variações naturais” nos indivíduos de uma determinada
espécie, nem o modo como estas eram transmitidas à geração seguinte.
Um dos erros mais comuns sobre a evolução é considerar que um organismo, durante o
seu período de vida, sofre evolução no sentido darwiniano. A seleção natural atua em
indivíduos, mas o que evolui são as populações.
Deste modo quanto maior a variabilidade, maior será a probabilidade de uma dada
população se adaptar a mudanças que ocorram no meio, pois nesta população podem
existir indivíduos portadores de conjuntos genéticos que sejam favorecidos pela seleção
natural. Logo uma população mais heterogénea tem mais chance de sobreviver a
mudanças drásticas do que uma população homogénea e bem-adaptada a um meio.
Podemos considerar dois tipos de seleção natural, estabilizadora e evolutiva, sendo que
a evolutiva se pode subdividir em dois tipos direcional e disruptiva:
Fatores de evolução
Existem diversos fatores que podem atuar dobre o fundo genéticos de uma população,
modificando-a. Deste podemos destacar alguns como as mutações, as migrações, a
seleção natural, a deriva genética e o cruzamento ao acaso.
Migrações
Deriva genética
Sistemas de classificação
o Semelhanças morfológicas
o Permite a identificação rápida dos seres vivos, pois agrupam-nos de acordo com
o grau de semelhança
Árvores filogenéticas:
o Organização celular
o Nutrição
o Interações nos ecossistemas
A chave dicotómica da atividade permite identificar cada um dos seres vivos através de
um conjunto de características que eles possuem quanto mais semelhantes são, maior o
número de taxa comum a que pertence.
Os primeiros sistemas foram feitos em latim pelo que é justificável que ainda se use na
nomenclatura. Existem, contudo, algumas regras de nomenclatura.